A Comarca da Sertã nº301 25-06-1942

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AVENÇADO-

Re

PUBLICA-SE ÁS

—- FUNDADORES –
— Dr. José Carios-Ehrhardt == |
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— “António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

O ais nato Eau o: o H Composto e Impresso
“DIRECTOR, EDITOR É PROPRIETARIO, ÇA
Loluarolo Barata da fila Coreia: | TIP. PORTELA FEUÃO |
as “REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO e a CASTELO)
ao PERA RR IBRANCO|
RUA SERPA PINTO-SERTA Ri a
E TELEFONE)
QUINTAS FEIRAS. 112.
ANO VII | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | sea
| Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação) | 1942

Notas ..

OM movimento de largo e pro-

fundo alcance: social se,

inícios no nosso País com a
criação da «Primeira Jornada
das Mais de Família», tenden-
te à protecção conscienciosa,
permanente, eficaz e obrigató-
ria à mulher grávida.

E compreende-se a razão
dêste movimento: a mortalida-
de infantil e, sobretudo, a mor-
ti-natalidade aumentam de ano
para ano numa percentagem

assastadora enguanto que a|

natalidade deminai.

Estamos convencidos de que
esta campanha em favor das
mais portuguesas há-de pro-
dnzir os seus benéficos frutos,
figurando, em primeiro logar,
o ataque cerrado contra a pro
pagação da tuberculose, do

“cancro e da sífilis; também,

por certo, não pode deixar de
se combater o atentado que se
vem cometendo, em número
sempre crescente e apavorante,
contra cs peguenos seres que
não chegam a viver porque a
maior parte das vezes são cri-
minosamente mortos antes de
completarem a sua gestação.

impõe-se a defesa das mãis
por todos os meios e pcr to-
dos os-modos,

Se a miséria é cansa de tan-
ta mortalidade, procure dar-se
à mãài humilde o confôrto de

que necessita para cumprir,

com solicitule e amor, a sua
nobilíssima e sacrossanta mis»
são. .
Eis que agora surge em tô-
da à sna grandeza o lema de
Salazar:

«Todos não somos demais
para continuar Portugal»,

ros

À Sertã, em maior ou me-

– nor número, abandam,
gudsi sempre, dementes, infeli-
Zes que o Destino condenou às
mais duras provações, desgra-
gados sem’eira nem beira es-
corraçados pelas famílias eque
servem de gánudio à garotada
eatéa pessoas pouco escrupa-
losas gue denotam falta de
sentimentos e de vergonha:

Vítimas do álcoo:, da sífilis
e da mais sórdida miséria, es-
ses pobres e infortunados va-
gabundos sofrem por aí, não
poucas vezes, tratos de polê,
sem que as almas caritativas
deles se amercie, lhes estenda
a mão protectora e amiga,
Quando cometem tropelias vão
parar à cadeia e não há ontro
remédio nem ontra solução
porque ningném está disposto
a correr o risco duma agres-
são ou dum enxovalho.

Uma doida de Amioso, que
há mitos meses vagúeia por
essas ruas, foi encontrada no
Adro, nam déstes dias, a ma-
lhar desapiedadamente numa
sua filha peguenita, usando
uma pedra como instrumento
de tortura! ERA

Quási que chega a parecer
milagre que a eriança sosso-

EUGÉNIO ALBERTO DE CARVALHO LEITÃO

Homenagem à memória do saudoso sertanense e grande bairrista,

| Eugénio Leitão

Na sus artotocrática figura
* Havia um cesto fundo de nobiesa,
D’aquela filalguia portuguesa,

De hecóis e santo, de linhagem puma…

E sua barta, de uma doce alvnta,
Gra um espelho vivo da beleza,
* De uma alma simples cheia de grantexa,

Saixanio sempre a uma grande Eftural. .

O sen olhar, de um brilho penelvante,
— Crsvesco, semeltando -o-da centelha,

Scndia e dominava, num instante…

Ble quis ao seu torção, como ninguém,
& na cruvada santa -a Cruz Vermelha – ;
Endou cemeando a fina Flor do Bem !

Luiz da Silva Dias

Entro pe DECARVALHOLEITÃO,

tôdas as homenagens que se prestem
à sua memória, que será sempre acompa-
nhada de saidades de todos os quê tiveram
à honra de o conhecer e com êle privar.

Exemplar admiravel de Português de
rija tômpera, com qualidades extraordiná-
rias de probidade, de educação e de pa-
triotismo.

No seu entêrro apareceu Joaquim
Bensaúde, esse sábio considerado em todo
o mundo culto, que me disse: — não conhe-
ço aqui ninguém, mas, a-pesar-de velho e
doente, não quis deixar de vir aqui prestar
homenagem a êste homem que foi um sim-
bolo de honradez.

Eugénio Alberto de Carvalho Leitão
tinha há muitos anos trabalhado na casa
Bensaúde.

A Cruz Vermelha Portuguesa e os
seus corpos directivos tinham a maior es-
tima por esse grande amigo da instituíção.
Quando pela sua doença teve de se retirar

bem merece pelos actos da sua vida, |

do serviço, a Comissão Central deliberou

por unanimidade elevá-lo a Sócio Benemé-
rito, propondo ao Ministério do Interior
para ser agraciado com a Cruz Vermelha
de Benemerôncia, como de facto foi, por
Portaria de 21 de Junho de 1939, publica-

‘da no «Diário do Govêrno» n.º 146 (II se-

rie) de 26 do mesmo mês e ano.

Não podia prestar-lhe maior homena-

em. :

j A Família, a sua querida Sertã (terra
da sua naturalidade) e a Cruz Vermelha
Portuguesa absorviam a sua vida de ho-
mem recto e correcto.

Pensava bem, sentia bem e fazia bem,

Algumas vezes o surpreendi a escre-
ver à sua querida neta, verificando que 05
seus olhos estavam avermelhados e hume-
decidos, Perguntava-lhe: que tem, er. Lei-
tão ?

— Saiidades da minha neta!.. Estou
a escrever-lhe !…

Lisboa, 13-6-942,
Affonso de Dornellas

des! Seria obra de misericór-

pobre criancita, livrando-a de

em inxos e inúteis superflui-
dia que, alguém que o pudesse | dades, casais sem filhos que do «Miradouro— Parque Infantil»,
fazer, tomasse à sua conta a!-vivem na abastança!

bre perante tantas bratalida – | veres que desperdiça dinheiro |

REGTIFICAÇÃO
Saiu errado o último período

publicado no pretérito número,
que foi assim redigido : «Acabe-

do confório e carinho de que

precisa. Comissão

– Há tanta gente de teres e ha-

tanta selvajaria, rodeando – a Este número foi visado pela

de Casfelo Rranço

mos com os hábitos um tanto ou
quanto freiráticos que levamos e
em que arrastamos a criança,
dando-lhe a vida que ela merece
e a que tem todo o direito»,

de Censura

«ce. alápis

DIVERSAS vezes temos on

vido dizer que a nossa Ft-
larmónica podia e devia apro»
veitar as tardes ou noites de
verão para dar uns concertos
no Adro.

Realmente a Filarmónica não
existe para ontra coisa nem
tem outra fanção que não seja
a de tocar, distraindo e delei-
tando as pessoas apreciadoras
de música, a mais bela arte
que conhecemos. Uma filar=
mónica bem organizada conse
titui apreciável elemento de
cultura e de educação para os
seus componentes, desdobran-
do-se, ainda, em múltiplas van-
tagens, e uma das quais, por
certo a não menos importante,
é servir de valioso meio de
propaganda à terraquea pos-
sui.

Até certo ponto os reparos
de que nos fazemos eco são
compreensíveis e aceitáveis ;

Imas é preciso, por outro lado,

que os sertanenses, olhando
pelas coleciividades úteis que
possuem, não se limitem à crie
tica e procurem, por todos os
meios ao seu alcance, propors=
cionar-lhes uma vida fácil e:
desafogada, em poucas pala
vras, dar-lhe todo o amparo
moral e material de que cares
cem. Quanto à Filarmónica da
Sertà tóda a gente sabe com
que dificuldades enormes ela
luta para se manter e o esfôra
ço extraordinário que o sem
director sr. Anibal Corrêa vem
empregando no sentido de ela
singrar neste mar de escolhos,
Se não fôsse tanta pertinácia,
já ela teria desaparecido; esta
a verdade, mas compreenda-
mos todos que a persistência
não pode resistir indefinida
mente às contrariedades que
se antolham e pareecm recrna
descer de ano para ano.

Ficou a nossa Filarmónica
sem a sofrível receita até há
dois anos obtida nas romarias
da região; daí não veio pro-
veito para ninguém e-para ela
só prejuízos. Com que provens
tos pode contar agora?

Por muito entusiasmo que
os seus componentes tenham
pela arte, é preciso ver que a
maioria São pessoas pobres, a
quem se torna impossível aban-
donar o trabalho, de que obtêm
o necessário ao sen sustento,
para cumprir a sua fanção de
músicos, que ponco ou nenhum
interêsse lhes dá. Até há pon
co o lucro material servir lhes-
ta de estímulo, a

às condições de existência
da Filarnica são tão difíceis
que os músicos envergam a
mesma farda miserável de co-
tim há uns poncos de anos e
não conseguiram, até hoje, ar-=
ranjar um fardamento para o
inverno.

O instrumental precisa de
ser melhorado e aumentado,
mas tudo isto custa bastante
dinheiro. Eº grande parte da
população da Sertã que vai

 

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A comarca da Sertã

Horário da Carreira de Passageiros entre Castelo Branco (est.) e Sertá
Companhia de Viação de Sernache, Ld: q

í Má

D’OLIVEIRA | PEDRO“

Antônio Francisco Ferreira

Vindo de Ambriz (Angola), on:

de reside há 26 anos, encontra-se
na Codeceira (Sertã), de visita a
sua família, o nosso amigo e con-
ceituado comerciante sr. António
Francisco Ferreira, que já tive-
mos o prazer de abraçar.

Apresentamos lhe os nossos
cumprimentos de boas-vindas e
fazemos os melhores votos por
que na Metrópole goze o longo
e bem merecido repruso a que
tem direito.

ga

Manda a sabedoria…

Passear duas horas todos os
dias; dormir sete horas tôdas as
noites; levantar logo que se a-
corde; trabalhar logo que se le-
vante; comer devagar e quando
se tiver fome; não falar mais do
que for necessário, nem dizer
mais do que a metade do pensa
mento; beber só quando tiver
sede; não dizer mais do que se
possa dizer; não fazer mais do
que se possa fazer; ter sempre
em mente que os outros conta-
rão com um, mas que um não

deve, em geral, contar com os.

outros; e não apreciar o dinhei-
ro em mais nem em menos do
que vale.

etnia

Liga Agrária da Im-
– prensa Regional .

Êste jornal acaba de inscrever-
se na «Liga Agrária da Imprensa
Regional», dirigida pelo conhe-
cido publicista Motta-Ferreira,
que, a par de uma actividade li-
terária, se vem dedicando, há lon-
go tempo, à orientação agrária
“pla Imprensa, sistema por si
criado em Portugal, passando a
publicar-se, neste jornal, artigos
técnicos e económicos e um apa
nhado do que na quinzena ante-
rior houver sido publicado no
«Diário do Govêrno».

Terá um «consultório», deven-

do tôda a correspondência ser:

dirigida ao publicista Motta-Fer-:

reira, Director da «Liga Agrária
da Imprensa Regional», Rua de
Faria Guimarães, 201 — Pôrto.

Podem, porém, ser dirigidas
para o Instituto Minero Industrial,
Rua da Picaria, 71 — Pôrto, as
consultas sôbre enologia, e para
os Serviços Agronómicos do Ni-
trato do Chile, Rua de Rodrigues
Sampaio, 50 1 * — Lisboa, as re-
ferentes a adubações.

Marco Postal

Exmº Snr. Francisco Pedro
— Lisboa: Nada há a rectificar,
amigo! Então não compreende
que há mais Marias na terra, ou,
como quem diz, pessoas com
nomes iguais? Pois é o que se
dá no caso que aponta. E? de es-
tranhar que não tenha compreen-
dido isso, Sempre ao seu dispor,

| Agosto de 1848, e introduzido
pelo arqueólogo Williams Tho:
»nes para expressar tudo o que |.

«e» DE SEARA ALHEIA
Harmonia na desigualdade

Como as águas vivas no fun
do dos mares, também a vida se
agita no mundo das almas, em
constante e perpétuo movimento;
fluxo e refluxo de miséria e d
misericórdia.

Deus, na sua misericórdia sem
limites, salva-nos sem nos con-
sultar. O mal que nos fazem, é
neutralizado pelo bem que outros
praticam, e tudo isto é lei de
amor. Ao lado dé fortunas que
nésciamente apodrecem no seio
de mãos avarentas, — miséria,
há outras fortunas, com livre cur
so no mundo do Bemfazer, —
misericórdia.

Ao lado das massas gozado-
ras, que espreitam a vida regala-
da nos caminhos de Sodoma, —
miséria, correm a pat e passo
outras massas Íirmes no-piso da
Cruz, gigantes de caridade, que
escolheram o Ingar de M ria sem
deixar a lida de Marta, — Mise-
ricórdia,

“A par de tálamos de malícia,
onde se: sustentam filhos: para
não sustentar filhos, miséria, há
mulheres piedosas que genero-=:
samente aceitam a cruz dos filhos

como bênção do Senhor — mi-| 4

sericórdia.

0. coo.o

De

“soco cata rtcco coros:

«Pão dos Pobres» – P*
Amético — Coimbra.

po si
QUEM PERDEU ?

Foi encontrada determinada im-
portância, que será entregue a
quem provar pertencer-lhe.

rag
a Polk-lore» quere dizer

O vocábulo «Folk lores, no
original, hoje universalizado, foi
empregado pela primeira vez na
revista «Athcneum», em 22 de

se refere às tradições, costumes
e literatura populares. E” um
composto de «Folks (povo) e
«Lore> (saber).

O neologismo anglo-saxónico
entrou assim na linguagem cor-
rente, e depois nos dicionários.

«Sets

Confribuições e impostos:
O imposto profissional

Os patrões são obrigados a
apresentar durante o mês de Ju-
lho, na secção de Finanças do
concelho ou bairro onde tiverem
a sede do estabelecimento, uma
relação, em duplicado e em pa-
pe! comum, dos seus emprega-
dos sujeitos ac imposto profis-

Faz-se saber que no dia 3 do
próximo mês de Outubro, pelas do-
ze horas, á porta do Tribunal Ju
dicial desta comarca, se há de pros

ceder à arrematação em hasta pú-:

blica dos bens a seguir indicados

pertencentes: ao casal -do falecid »

José Martins, declarado insolvente
por sentença de dois de Murço do
corrente ano, cujo processo de in
solvencia corre na comarca de
Eluila, com séde em Sá da Bandeis
ra, e do qual for extraída a com
petente carta precatória para arre-
matação,

BENS A ARREMATAR

1.º — Metade de uma terra de
oliveiras e mato, sita ao Valzincão,
limites da Póvoa, fréguesia de Vár
zea dos Cavaleiros, minta com Luta
Martins e mulher Ilda Suvéria
Martins, Faz parte do artigo qua:
trocentos e setentu e sete da matriz
predial, Vai pela primeira vez á
praça no valôr de mil escudos,
1.000500.

2º — Um pequeno quintal com
duas oliveiras : cusa de eirado,
sita na Grade, limites da Póvoa,
a que corresponde um sexto do ar-
tigo quinhentos e três da matriz
predial. Vai pela primeira vez á
praça no valôr de cento e cincoen
ta escudos, 150800.

3º — O fôro de cinco alqueires
de trigo que paga anualmente Joas
uim Freiro, marador na Aldeia
de João da Tira, fréguesia do Ca:
deçudo, Vai pela primeira vez á
praça no valôr de mil tresentos é
oitenta e um escudos é cincoenta
centavos, 1,9818050.

Sertã, 8 de Junho dê 1942,
Verifiquei.
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int.º,
Armando António da Silva

Colégio Vaz Serra”

(PARA AMBOS OS SEXOS)
Curso dos liceus:
Admissão aos liceus

e Instituto Comercial
e Industrial.

SERNACHE DO BOMJARDIM

tros (12,04 mcy/º).

numerosos desejos que lhe foram

14,15 Noticiário | GRZ | 13,86m. (21,64 me)

| GSO | 19,76m. (1518 me)
14,30 Actualidades | GRV 24,92m. (12,04 mç/)
23,00 (x) Noticiário. «| GSC 31,32 m. ( 9,58 mc/*)

| GSB 31,55 m. ( 9,51 me/*).
23,15 Actualidades | GRT 41,96 m. (7,15 me) .

(+) Este noticiário ouve-se também em GR V, em 24,92 me-

 

A Emissora de Londres—-B. B. C.,—além das suas habituais
emissões, diurnas e nocturnas, respectivamente às 14,15 e às 23:
horas, começou, no passado dia 4 de Maío, a fazer mais uma emis.
| são para Portugal, Madeira e Açõres à 12,45, em satislação dos ‘

manifestados para tal efeito. .

ANUNCIO

(2: Públicação)

Pelo Juizo de Direito da Co-
marca da Sertã, 2.º Secção, no
processo de execução sumária
que o exequente Emidio da Sil
va Rosa, solteiro, maior, agri-
cultor, residente no logar do
Pisão Gimeiro, freguesia de Vila
de Rei, promove contra o exe-
cutado António Pereira, viuvo,
proprietario, residente no mes
mo logar e freguesia, correm
éditos de 20 dias, contados da
segunda e última públicação
deste anúncio, citando os crédo-
res desconhecidos daquele exe-
cutado, para no prazo de 10
dias, posteriores ao dos éditos,
virem à dita execução deduzir
os seus direitos.

Sertã, 11 de Junho de 1942
Verifiquei :
– O Juiz de. Direito,
Armando Torres Paulo
O Cheté de 2: Secção,
Angelo Soares Bastos
aaa e À
Papel para embrulho
Vende se nesta Redacção. |

bica do Fagos do Ato

A Pirotenica Sertaginend |
= DE

JOSE NUNES E SILVA
É SUCESSOR Ae

loão Hunes da Silva (Maljog:)
Sertã e (Beira Baixa) — – |

-EncarregaSe de todos os tras :
balhos da mais. moderna pirotes
cnia em todos os géneros. –

Grande variedade de foguetes –
de fantasia: e «bouquets»,

“Novos livros

Nesta Redacção encontram-se à –
venda novas obras literárias, que têm
obtido grande sucesso por tôda a par=
te : E E

Calcanhar do Mundo (romance) — .
Virgílio Godinho, 12809; O soldado .

prático (história do Exército portas,

-guês ou, melhor, do heroísmo lasiada
através da História, escrita por Paiva
Couceiro, protagonista das campa-
nhas africanas de ocupação), 15800;

Concessionário:
DOURAD 0R E P I N TOR | Cheg, Part. | Cheg. | Part.
SER TT dã Castelo Branco (Estação). — GU) SB des 18 15 +
a O E Ce O RR Castelo Branco . . . 9,05 9,15 | Moinho do Cabo . 18,30 – |. 18,30
Douram-se 6 pintam-se todos cs trabalhos concernentes à Taberna Sêca ep ADO 9,35 | Vale do Pereiro. . 18,34 | 18,34
arte religiosa. Douramento em al- Cabeça do Infante . . 9,55 959 | Moinho Branco . | 1840 18,40
tares, a ouro fino, prata é douradura. Mordentes e brunidos. Sarzedas . | 10,00 10,10 Proença a Nova. «’ 19,00 | 19,114.
TODA A OBRA DE TALHA — Tribunas, altares, cas= Monte Gordo . . 10,25 10,25 | Sobreira Formosa . .| 19,35 1945 |
tiçais, tocheiros, banquetas, cadeiras paroquiais, estantes Catraia Cimeira. 10,40 10,40 | Catraia Cimeira. | 20,05 | 20,00.
para missal, cadeiras, guardaventos, etc., etc.. FINGIDOS: a Sobreira Formosa . . 11,00 11,10 | Monte Gordo «| 20,20 | 20,20
” todos os mármores e madeiras. Proença a Nova. . .| 11,34 11,45 |Sarzedas . . . o 20,35 | 20,45 |
É : a : Moinho Branco. . .| 12,05 12.05 | Cabeça do Infante . .| 20,50 2:1,50.
Pinturas : Bandeiras em séda com artísticas pinturas para ir- | | Vaje do Pereiro. . | 1211 12,11 | Taberna Sêca . BIO | Dito
— —>—— mandades; Imitação a damascos a córes próprias e Moinho do Cabo 1215 12,15 | Castelo Branco. .-..| 21,35 | 21,40
escolhidas, Pinturas em Tabuletas em Vidro, Madeira ou Pedra. Sertã . . 12.30 Ros Castelo Branco (estação) .| 21,45 -—
Pinturas e retoques em imagens com esmerada acabamento, E : Es +
– Pessoal habilitado que se desloca a qualquer ponto do País A’s 3.º, 6.º e sábados | A’s 2.º, 4º o 6.º: ai a
Pe gia à cao ço e ed em uutos e mobí- nem mms ceara serem RE o
lias. Trabalhos à prova no distrito de Castelo Branco, Santa- ssa
rém, Coimbra, Guarda. Trabalhos na Exposição do Mundo Á N U N Q | O |
Português e na Nau Portugal. Executam-se todos os trabalhos ; E :
: ue respeitam a arte reliviosa, ‘ 9 e 0 : da
Mo aC ou (24 PUBLICAÇÃO) º a a
E = | e fala e o mundo acredita.

Sob o pendão real — Laiz de Almeida

Braga, 15800; Dois Nacionalismos, Hi=
pólito Raposo, 10$00; Dissertação.a fa- –
vor da Monarquia – Marquês de Penal. |

va, com um estugo de Caetano Beirão, .

12850; Lagoa Escura (contus)—Hipóli=

to Raposo, 10800; 4 Aistória Sergista –
de Portugal —J, Preto Pacheco, 8$00; .

Cartas a um cêptico—José Maria Peu
mán, 10$90; Assuntos regionalistas —
Jorge Vernex, 10800. |

Anancla-se para breve am novo-ro=

mance de Vergílio Godinho—A Rerda- . de dos Castros nao crítica aguards
com bem justificado ifiteresse

Horário da Carreira de Passageiros entre Sertã e Lisboa

Concessionário: Companhia de Viação de Sernache, L “*
am – RPE d sional com os nomes, moradas
vencimentos anuais e o concelho *
ou bairro onde prestam serviço,
no caso de ter havido qualquer
alteração á ultima relação entre-
gue

Cheg. | Part. | Cheg. | Part. Oleg. | Part. | Oheg. “Part.
Sertã (Rua do Vale) . -. — 7,45| — |1250| Lisboa (Av. Alm, Reis, 62-H).| — 640 | — [dado .
Sernache do Bonjardim ,. 805 | 8,15) 1310] 13,30 | Vila Franca E | 7,35] 7,40] 11,05] 1,10 -.
Ferreira do Zezere . « 9,10 | 9,15 | 14,25 | 14,30 | Cartaxo. 840 | 8,45 | 12,10 | 12,15:
Calçadas 9,451 9,45 | 15,00 | 15,00 | Santarém À 915 | 9,20 | 12,45 | 13,05
Tomar . «| 9,55 | 10,05 | 15,10 | 15,25 | Pernes . : «| 10,00 | 10,00 | 13,45 | 13,45
Tôrres Novas «- «| 10,50 | 10,55 | 16,10 | 16,15 | Tôrres Novas. | 1035 | 10,35 | 14,20 | 14,25
Pernes . . +. + 11,30/]11,30|1650|1650| Tomar . + +| 11,20 | 11,30 | 15,10 | 15,20.
; Santarém + + | 12/10/1230] 17,30 | 17,40 | Calçadas. «o «| 11,40] 11,40 | 15,30 | 15,30
Cartaxo . «| 13,00 | 13,05 | 18,10 | 18,15 | Ferreira do Zezere. . . .| 12,10| 12,25] 16,00 | 16,10 .
Vila Franca . | 14,05| 14,10] 19.15 | 19,20 | Sernache do Bonjardim . «| 13,20 | 13,35 | 17,08 1,35. E
Lisboa (Av. Alm. Reis, 62-H).| 15,15 | — 120,25] — | Sertã (Rua do Vale) 11355] — 117,45) — o,
Efectuam-se : qto 0.8 a mdhados] dg 2,º* fis Efectuam-se ; aos domingos Pagar An

 

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A COMARCA DA SERTÃ

 

“= Principais deliberações tomadas

em. sessão de 12 de junho
– delo4o:

Tomat conhecimento de diver-
sa correspondência recebida;

— Intimar 2 proprietários com
prédios urbanos na Rua Cândi
do dos Reis a colocar janelas nas
suas respectivas casas, avisar os
donos de prédios que não pro-
cederam. a caiações no prazo pri-
meiramente assinado, para que o
taça na prorrogação que lhes
foi concedida, sob pena das mul-

tas da Lei.. :

visar o proprietário de
outro: prédio a colocar nêle uma
chaminé, e uma grade na sacada
do mesmo prédio. as

— Proceder à escolha do nú
mero: de crianças que, de cada
freguesia, tomará parte nas pró-
ximas colónias balneares orga-
nizadas. pela Junta de Província,
responsabilizando se a Câmara
por metade do custo das inscri-
ções, na importância de 90800
por cada criança, ficando os res
tantes 90800 a cargo da referida
Junta; :

— Mandar proceder ao preen-
chimento de boletins de raciona-
mento em todo o concelho, em
ordem ao racivnamento geral da
população, cuja execução está
sendo preparada pelo Govêrno;

— Atender uma Comissão de
habitantes do lugar do Fundão,
da freguesia do Troviscal, no
sentido de subsidiar a construção
de uma fonte no referido lugar
com a cooperação da Junta da
mesma Ireguesia;

-— Autorizar diversos paga-
mentos; |

— Delerir diversos requerimen-
tos.

MUSICA.

Nã noite de domingo a Filar-
mónica União Sertaginense, da
regência co sr. António Teixei-
ra, deu um bélo concerto no Adro,

sendo apresentados diversos nú-
meros novos, que agradaram ple-

-namente. Assim se verifica que |

a direcção da Filsrmónica, a des
peito de tôdas as dificuldades de
natureza económica que a asso
berbam, procura agradar, tim-
brando .em manter a posição de
destaque há muitos anos con-
quistada entre as suas congêne-
– res do distrito.

António Teixeira é o regente
inçansáv.l e empreendedor, que
não conhece desanimos porque
. sabe bem quanto pode produzir
– 0 seu eslôrço bem orientado,
“i+ A? direcção e regência apre.
sentamos Os nossos parabens pe-
“lo êxito da noite de domingo,
para que, também, contribuiram
a boa apresentação dos compo-
nentes e o brilho do instrumen-

“tal, todo a relulgir à luz. disper=

sa pelo c reto.

Se..a Filarmónica-tivesse uma
tarda nova, de boa fazenda azul,
então seria outra coisa | en

Assistiram. centenas de pes-

soas ao concerto; as crianças, na’

sua esfuziante alegria, empres-
– taram ao. recinto uma nota de
encanto.

E «Prosa

Adrião: Morais David

Regressou a Lisboa, na 2.º
“Teira, acompanhado de sua espô-
sa, O nosso amigo sr. Adrião
Morais David.

Apraz-nos dizer que a sua per»
manência na Sertã, onde veio
procurar um bem merecido re-
pouso e a necessária mudança de
ares, contribuíram muito para o
restabelecimento da sua abalada
saúde. Sentimos nós, como todos
os sets amigos, que os afazeres
. na capital não lhe tenham permi-
“s- tido uma mais longa vilegiatura

nesta terra,

Ao bota fora assistiram muitas
genhoras c cavalheiros,

so

Se ec

ão literária
mis =—— = —

A lei de 24 de Julho de 1856
determinou que fôssem de con-
dição livre todos os filhos de
mulheres escravas, nascidos de-
pois da publicação da mesma
lei, O decreto de 29 de Abril de
1858 mandou que fôssem tam-
bém de condição livre todos os

em território portugues no dia
em que se completassem 20 anos,
contados da data do mesmo de-
creto. O decreto de 25 de Feve-
reiro de 1869, referendado pelo
Marquês de Sá da Bandeira, D.
António — Bispo de Viseu, — Sei-
xas de Andrade, Conde de Sa-
modais Latino Coelho, Calheiro
e Meneses, aboliu o estado de
escravidão em todos os territó.
rios portugueses desde o dia da
publicação do decreto.

Todos os escravos, sem dis-
tinção de sexo, passavam à con-
dição de libertôs, gosando de

itodos os direitos, mas ficando

sujcitos a todos os deveres con-
cedidos e impostos aos libertos
pelo decreto de 14 de Dezembro
de 1854 Os serviços a que os
libertos ficavam obrigados ces-
savam em 29 de Abril de 1878,
dia em que teria de acabar in-
teiramente o estado de escravi-
dão em todos os domínios de
Portugal, em virtude do decreto
de 29 de Abril de 1858. À lei de
1875, subscrita p r Andrade Cor-
vo, declarava extinta nas pro-
víncias ultramarinas, um ano de-
pois. a condição servil designa-
da no decreto com fôrça de lei
de 25 de Fevereiro de 1869, sen

indivíduos escravos existentes |.

FLOR DO SERTÃO

por E. VENTURA REIMÃO
i

corria e ocultou-se com uma ár
vore, a algumas dezenas de me-
tros da sentinela, gritando quan-
to seus possantes pulmões o per-
mitiam que desejava ser presen-
te ao régulo para lhe fazer uma
comunicação do maior interêsse
e urgência.

Deu o régulo pela insólita ce-
na, que tam -fora de propósito
ameaçava prejudicar a festa. Ce-
dendo porém à curiosidade deu
ordem para que lhe trouxessem
o intruso, à cautela de mãos
amarradas, não fôsse o diabo
tecê las. Uma vez em presen-
ça do régulo, rojou-se o preto
por terra e disse-lhe: .

— Senhor, perdoa vir inter=
romper a festa em honra de Flór
do Sertão, mas venho fugido
das terras de Lourenço Marques
para te dizer que um grande
bando de pretos, dirigidos por
alguns melangos (*) armados de
espingardas, te vêm fazer guer»
ra para aprisionar e levar como
escravos a nossos irmãos. .

tar-me as mãos e dar-me de co-
mer, que minha vida responde
pela sinceridade das minhas pa-
lavras.

“Ficou o régulo perturbado com
a. estranha comunicação, e ime-
diatamente mandou desamarrar
o preto, ordenando que lhe des-
sem uma perna de cabrito para
que refizesse as forças. Seguida-
mente mandou cessar o batuque
e dispor a sua gente para a defe-
sa do acampam. nto.

Caia a noite. Um perfume ine-

 

do declarados livres aqueles a
quem o dito diploma se referia,
Os libertos ficavam sujeitos à
tutela pública, excepo para os
que professassem alguma arte ou:
ofício, que exercessem, e sou-
bessem ler e escrever, ou que se
ocupassem no ensino público ou
particular, cessando aquela tutela
jem 29 de Abril de 1878.

A tutela era exercida por um
magistrado, procurador geral, em
cada uma das províncias de Ane
gola, Moçambique e S. Tomé e
Principe. O trabalho dos liber-
tos era declarado livre para o
fim de poderem fixar as suas
condições e receberem o salá io
ajustado. Os tutelados eram obri-
gados a contratar os seus servi.
ços por dois anos, sendo os con-
tratos feitos, de preferência, com
os antigos pindes, se estes O
quizessem. Os que fossem cone
tratados como colonos não po-
diam ser separados de suas mu-
lheres ou dos filhos até à idade
de 15 anos. Esta lei foi regula-
mentada pelo decreto de 20 de
Dezembro do mesmo ano, refe-
rendado também por Andrade
Corvo. é

Havia três dias e três noites
que a povoação principal das
terras. de Mafuma Se encontrava
em fodido ovo
” Centenas de pretos ali haviam
corrido por ordem do régulo,
a-fim-de animarem com os seus
folguedos as festas em honra de
Flor de Sertão, que o poderoso
régulo das vizinhanças pedira
em casamento.

Apresentaram-se os pretos com
as melhores capelanas (!) e ma-
jovos (2) e atacaram o mais for
midável batuque de que na re-
gião havia memória. Estava a
festa no seu auge quando uma
das sentinelas, por gritos e ges
tos, anunciou a aproximação de
um preto que, a grandes perna-
das, se dirigia para o acampa-
mento. Tornara-se suspeito o ho-
mem, e como as regras do quem
vem lá? faça alto! ainda não.
tinham penetrado nos sertões de
Lourenço Marques, dispunha-se
a alarmada sentinela a enviar ao
temerário uma zagaiada certeira,

Percebeu o preto o risco que

! briante se evolava das árvores
ida floresta. Gritos de animais
| ferozes se faziam ouvir ao longe.

Flôr do Sertão, verdadeira.

Vénus. de ébano, chorava silen-
| ciosamente
Entre o régulo e o emissário
| de tam más novas travou-se en-
tão o seguinte diálogo :

— Como te chamas, irmão ?
— Em Lourenço Marques cha-
mavam-me Pé Leve. Outro nome
não sei que tenha. Há dez anos
que fugi do teu reino, por oca-
sião da grande fome, e fui ser-
vir para casa de um melango
rico daquela cidade, cnde apren
di muitas coisas que ignorava
— Continua, irmão, que muito
me interessa a tua história,
|! — Senhor, como ia dizendo,
muito. aprendi em casa do tal
melungo, homem mau que tem
enriquecido com o negócio d s
escravos. Mas eu não tinha por
onde escolher…

— Miserável interrompeu o ré-
gulo, levantando os braços ao
icéu, com os punhos cerrados,
aquéle que vende o seu seme-
lhante merece mais justamen
te ser perseguido e caçado que
as panteras ou os leões. (*)

— Senhor, continuou Pé Leve,
a grande raínha de Lisboa há
muitos anos que não consente
que os pretos sejam levados para
fora da Africa, mas por nosso
mal, nem sempre as suas ordens
são cumpridas, porque o negó
cio é bastante rendoso, a cubiça
é muita e muitos são também os
que lucram com a venda dos
nossos irmãos, como se fôssem
animais.

Eu sei senhor, que o deus dos
melungos não consente que isto
se faça, porque é todo miseri-
córdia e amor, mas bem se im-
portam êles com isso, contanto
que as algibeiras se lhes encham
de dinheiro…

Navios portugueses e ingleses,
armados com grandes canhões
e que navegam sem se servir do
vento, vigiam o grande mar para
impedir que os nossos irmãos
sejam levados para o Brasil e
outras terras tam distantes. Mas
os brancos são matreiros e mes»
mo assim os levam presos com
amarras de ferro e tam maus

Grande chefe, manda sol. |

A Comarca da Sertã

iz -se oa x.

-—(Que o correio da Sertã,
para Pedrógão Pequeno demo-
ra nada menos de 3 dias, tan-
to como daqui para os confins
da Península!

-—(Que o parque do Hospital
já está limpo, benza-o Deus,
mas as galinhas continuem
por ali à solta como em quinta
solarengal

— Que hà diversos edifícios
da Sertã a receber limpeza
exterior, ou, como quem. diz,
novas caiações, mas que mui-
tos outros continuam. . a ver
a cai ao longe, envergonhados
de tanta sujidade!

— Que os seus donos perma-
necem indiferentes perante tan-
ta porcaria, cegos, mudos e
surdos aos editais da Câmara!

— Que sea Câmara não lhes
aplica talhada grossa, a Ser-
tà nunca mais passará da ce:
va torta no que diz respeito a
estética! .

—(Que essas casas, sujas e
abandonadas, com os telhados
transformados em densa flo-
resta, oferecem certa curiosi:
dade ao visitante! .

—(Que nunca mais se deira-

“Irão de deitar águas sajas e

porcarias paraas ruas enquan-
to tôdas as casas não possuí-
rem às precisas instalações sa-
nitárias ligadas à rêde de es-
gôtos!
«reg
Tenente – Coronel F. de
Pina Lopes

Tem passado bastante inco-
modado, o que de-veras senti-
mos, O nosso prezado amigo e
denodado beirão sr. Tenente-Co-
ronel Francisco de Pina Lopes.

Fazemos sinceros e ardentes
votos pelo rápido restabeleci-
mento de S. Ex.º.

Spa

Hospital da Sertá

Subserição aberta pela «Go»
missão dos Amigos do Hos»
pital da Sertã,» em Lisboa,
“para a compra de material
cirúrgico :

Transporte (do n.º 299), 15.080$40

Ex.” Srs. Manoel Milheiro
Duarte, 308; António Alves Man-
so, 258; Dr. Domingos Antônio
Lopes, 20$; António Craveiro,
15$; Armando António da Silva,
108. Soma, 1008.

A transportar, 15. 180840,

NOTA: E’ de 208 e não 200$ o do-
nativo do sr. Ingenheiro Francisco
Mateus Mendes, de Lisboa, que figura
na conta da «Noite Regionalista» pu-
blicada no n.º 281.

tratos lhês dão que mais são os
que morrem na viagem que os
que chegam vivos ao seu desti-
ir no ..

Um tiro de espingarda dispa-
rado a menos de cem metros da
linha avançada das sentinelas in-
terrompeu a narrativa de Pé Les.
ve.

“Ouviram-se gritos allitivos do
preto alvejado, que fôra atingi-
do no ventre pelo traiçoeiro pro-
jectil. Ao primeiro tiro outros se
seguiram. Os pretos arremessa-
vam à doida as suas zagaias en.
venenadas, mas pouco resultado
tiravam dessas armas porque o
inimigo fazia fogo abrigado e
as pontarias eram mais certeiras.

(Continaa)

: (1) — Pano que serve de capa:

(2) — Vestimenta de peles, atada à
cintara.

(3) — Brancos. –

(4) — Frase atribaida ao célebre réx
galo caíre Manicussa, da província de
Lourenço Marques, transcrita no li-
livro de Diocleciano Fernandes das
Neves «Itinerário de uma viagem

caça dos elefantes» publicado em Lis»
boa em 1878

Arns da Cometa
(Noticiário dos nossos Compota

PEDROGÃO PEQUENO, 19–Con-
tinua esta vila a receber só a mala que
vem de Pedrógão Grande que é como
quem diz que a correspondência da se-
de do concelho e comarca, continua a
arrastar-se demoradamente nas esta-
ções de Pombal, Figueiró do Vinhos
e Pedrógão Grande, até que passados
4 e 5 dias chega a Pedrógão Pequeno.
Sabemos bem da anormalidade da épo-
ca presente no tocante-a meios de trans-
porte, mas por isso mesmo mais se im-
põe que seja restabelecida com a ur-
gência que O caso requere, a mala que
outrora havia entre a Sertãe esta vila.

No dia 1 de Maio, a: Junta de Fre-
guesia reiinia extraordinariamente e
oficiava ao Sr. Director dos C. T. e T,,
para que se reparasse tão grande falta,

Para conhecimento daquelês que ain-
da malévolamente continuam a dizer
que não há quem se interesse pelo Pe-
drógão Pequeno e pela maneira que as
coisas correm sôbre o correio, aqui pu-
blicamos hoje o ofício que o Sr. Presit-
dente da Junta de Freguesia enviou ao
Sr. Director dos Correios de Castelo
Branco.

Exm.º Senhor Diréctor dos C, T.
e T. de Castelo Branco . Tendo esta Junta conhecimento de
que se pretende uma condução de ma-
las de correio entre Ramalhos é Vizeu
passando pela Amieira, da. freguesia do
Carvalhal, e como Pedrógão Pequeno
dista daquêle último lugar apenas 4
quilómetros julga esta Junta ocasião
oportuna de requerer a V. Ex.? mais
uma vez, para que-aquela condução, de
malas se estenda até Pedrógão Peque-
no, como outrora, atendendo ao grande
transtôrno que nos causa, por facto de
estarmos separados da sede de conce-
lho e comarca, e o que tudo, em devido
tempo, já foi exposto a V. Ex.º e,
mais uma vez, agora, deliberado em
sessão extraordinária de hoje.

Espera esta Junta deferimento

A Bem da Nação
O Presidente da Junta de Freguesia,
a) Carlos Ferreira David.

Há agora que ponderar sôbre o as-
sunto, visto que não pode realizar-se
a praça ou arrematação do exposto no
ofício acima por motivos que para nós,
não nos interessam agora.

Porém, o Sr. Director dos Correios,

-E que é pessoa competente e digna de

avaliar do grande prejuizo que nos cau-
sa este estado de coisas, não deixará, –
por certo, de providenciar no sentido
de que seja deferida a pretensão da
Junta de treguesia, tão justa ela é,
para que a mala que vem da Sertã aos
Ramalhos prossiga até aqui, visto que
já se lhe demonstrou que é de uma ne-
-«cessidade absoluta e imperiosa e distar
apenas dos Ramalhos aqui — 6 quiló=
metros.

Sabemos que estas coisas não se re-
solvem de um dia para O outro e por
isso saberemos esperar: confiados na
justiça do Sr. Director dos Correios
do Distrito. E

4 Juno
Subscrição para a construs
ção da estrada Madeirã-—
– Blto da Gava

LISTA N.º 2

Transporte . . 4.100800

Lourenço Antunes da Silva, Madei-
rã, 5n0$00; Augusto Dias Loureriço, Ma-
deirã, 200800; Alberto Alves Barata,
Madeirã, 200800; Isidro Dias Garcia,
Madeirã, 200400; João Lourenço da:Sil-
va, Madeirã, 100400; António Fernan-
des, Sobral, 150800; António Gonçalves
de Andrade, Oleiros, 100800; Dr. Afon-
so Lourenço Dias da Silva, Silves,
100800; Dr. José da Silva, Lisboa,
109800; António de Almeida Figueira,
Vilarejo, 100800. . E a

A transportar .

SERNACHE DO BOMJARDIM, 20—
Faleceu nesta aldeia no dia 17, pelas
nove horas, o Sr. Libânio dá Silva Gi-
rão, solteirô, de 50 anos de idade filho
da Sr.º D. Cárolina da Silva Girão e
do Sr. Libânio Girão já falecido. O seu
funeral realizou-se no dia seguinte pa-
ra jazigo dé família no cemitério local.

—Chegou fihalmente o calor, tendo
os últimos dias estado um calor abra-
sador. .

As irregularidades do tempo tem pre-
judicado muito as vinhas que -na sua
maior parte se encontram perdidas,

Cc.

. 5.850500
Cc “

rt A
É E “a Ed es EA “a, É É e Ed “es Ed o

» AGENDA “

% Ed “es Ss Ms EA eg + e A a A

, De visita a sen irmão sr. dr.
José Carlos Ehrhardt, encon
tra-se na Sertã o sr. Guilher-
me Ehrhardt, do Pórto,to,

 

@@@ 1 @@@

 

 

SENSUALISMO

A Comarca da Sertã

Naquela noite, solitáriae triste,

Em que escutavas, pela vez primeira,
A minha voz; e em que, também, sentiste,
As minhas mãos, em louca brincadeira;,

Naquela noite, meu amor, não viste
Que um lindo anjo estava à nossa beira
Chorando, quando, virginal, sorriste,

Por eu brincar,

Eu quiz deixar-te; mas

assim, de tal maneira?!.

teu corpo, ardendo,

E as lindas faces, empalidecendo,.
Pediam, doidamente, p’ra ficar…

E eu fiquei. E quási adormecida.
Em meus hercúleos braços, nova Vida
Em ti nasceu e te ensinou a Amar!

De «Ecos do Sul»

MOTTA FERREIRA

R ACIONAMENTO

Da Câmara Municipal recebe.
mos a seguinte nota :

-O contingente de março foi
distribuído à roda do dia 20 da-
quêle mês, e por esta razão só
foi posto à venda em abril. Su-
cedeu, assim, que em abril foi
consumido o contingente de mar-

ço, em maio o de abril e em ju-.

nho está a ser consumido o de
maio. –

Como presentemente já foi dis:
tribuído ao concelho todo o con-
tingente de junho e dentro em
breve será também distribuído o
de julho; vai entrar-se em regime
de normalização do serviço dis-
tribuindo-se no mês próximo, em
todo o concelho, os 2 contingen-
tes de junho e julho, recebendo
desta forma o consumidor do-
brada porção naquêle mês.

-Na freguesia de Sertã, onde
vigora o regime de racionamen
to, aconselha se a todos os con-
sumidores a conveniência de le-
vantarem tudo quanto lhes é atri
búído, conservando em reserva
o que puderem poupar, pois é de
prever que nos próximos meses
os contingentes diminuam.

Há quem entenda que a reser-
va deveria f:zer se nos estabele-
cimentos comerciais. A Secção
Policial é de parecer diverso : por
um lado, os estabelecimentos já
estão sobrecarregados com uma
reserva para doentes; por outro,
há a levar em linha de conta que
o pagamento dos géneros racio-
nados é feito pelo comerciante
antes de receber a mercadoria, e
por, isso seria ilógico, se não vio-
lento, obrigá-lo a ter em depósi-
to quantidades consideráveis de
mercadoria, por medida de pre-
vidência em proveito do consu-
midor.

Saúde Pública

Da Câmara Municipal recebe-
mos a Seguinte nota :

Muitas pessoas mostram-se
apreensivas com a possível falta
de medicamentos que de um mo
mento para o outro: pode verifi-
car-se em meios.como o nosso,
por virtude da crise de transpor-
tes estar tomando aspectos cada
vez mais agudos,

Para obviar a inconvenientes
desta natureza as autoridades
competentes tomaram já as me-
didas necessárias para que nas
farmácias exista sempre um mí
nimo de quantidades, sobretudo.
de produtos que são de prescre-
ver em casos de urgência.

Os proprietários das farmácias,
verdadeiramente integrados no
espírito da sua profissão, aco-
lheram com agrado a medida
adoptada. O quadro dos medi-
camentos, com indicação das res-
pectivas existências mínimas, foi
elaborado pelos 4 ilustres clíni-
cos -desta vila,

! go a falta involuntária da citação,

Cartas de Saiidade

De; António da, Silva Nunes
(Forneiro), soldado n.º 253/40
32 C., 1º P., 1.º Batalhão
Expedicionário do R. 1.15—-S,
Vicente – Cabo Verde, natural
da Sertã, para o sr. António
Craveiro, aqui residente:

3/6/942. — Sr. António tenho
a dizer-lhe que eume encontro
em Cabo Verde há cinco meses
que cá estou. Agora tenho-lhe a
dizer que ainda. não é tau mau
como diziam pois a falar verda-
de é o clima que não é como; o
do, Continente, pois o pior que
nós cá temos é estarmos longe
da família fora disso é bom. Sr.
António até ainda não nos faltou
nada nós ainda comemos o ran-

cho melhor que em Tomar, nós.
aqui também temos vinho tôdas.

as quintas feiras é domingo. Sr.
António Deus queira que nós
de-pressa torne a voltar à minha
linda Sertã que é minha terra.
Agora eu encontro-me em Cabo
Verde é para: defender minha

Pátria que é Portugal, pois nós

até aqui estamos estado em paz
mas 0 inimigo às vezes pode-nos
vit atacar sem nós esperarmos
então no fim cá estou para com-
-bater até morrer o inimigo e de.
fender a minha Pátria que é Pore
tugal. Agora o sr. António pode
ler a minha carta diante d s fun-
cionários da Secretaria da Câ-

mara. Ag’ra eu estou numa come.
panhia boa. O Comandante é

bom talvez o sr. António o co-
nheça êle chama-se o Capitão
Fernando de Magalhãis Olivei-
ra. Agora êle esteve no Quartel
General e era o Comandante dá
Legião em Tomar. Agora eu es
tor em S, Vicente cidade de
Mindelo Cabo Verde. Agora eu
pedia-lhe para me escrever na
volta do correio para eu saber

algumas notícias da Sertã. Sr.:

António sabe eu já cá quis meter
cá um requerimento para ir para
Angola Lourenço Marques mas
a quem eu me fui informar dis-
se-me que não podia mas se fôs-
se no Continente podia mas não
estando mobilizádo. Com isto
termino enviando lhe muitos
cumprimentos é a tôda-a sua fa-
mília dêste seu amigo e lembra-
do António da Silva Nunes. Sr.
António agora dê muitos cum-
primentos ao sr. dr. Firmino e
ao sr. Aníbal Corrêa e a todos
os funcionários da Secretaria da
Câmara,

«Flor do Sertão»

Eº da autoria do nosso estima»
do colabdrabor sr. Capitão Eduar-
do Ventura. Reimão, de Lisboa,
o interessantíssimo conto que co-

meçámos a publicar no passado ‘

número e continuamos no pre-
sente sob aquela epigrafe.
– Que nos desculpe o nosso ami-

RESINAGEM

Publicamos – hoje “o último fig em com-
clusão do exposto nos nº 297 e 298
sob aquela epígrafe :

Exm.º Senhor Dr. José Ribeiro Cardo-
so, Presidente da Junta de Provin-
cia da Beira Baixa

CASTELO BRANCO
Exm.º Senhor

-Em resposta;ao. oficio de V. Ex,2 n.º,
42, de 6 de Março p. p. cumpre-me,
em primeiro lugar, apresentar a V. Ex.º
as minhas desculpas. pelo lamentável
lapso na direcção do meu oficio n.º
294, de 17 de Janeiro.

penalisou tal confusão ao agradecer a
interessantissima monografia que V
Ex.2 quiz ter a amabilidade de meofe-
recer.

que demorei esta resposta apenas para

constituição da Junta Nacional dos Re-

sinosos, introduzindo nela três repre-

sentantes dos Grémios da Lavoura.
Foi assim satisfeito um dos pedidos

Provincia: da digna Presidência de V,
Ex .* e das Camaras Municipais da Bei-
ra Baixa, ! A: 4 mis

Embora essa representação não te-.
nha sido enviada a esta Junta para dar.

arecer— como V, Ex? foi’erradamante’
nformado… muito me alegrou ver que
os representantes duma região. tão va»
liosa sob o ponto de vista resineiro pe-
diam a introdução na Junta de repre-
sentantes . da produção, solução que
sempre defendi e que.a instalação dos
Grémios da Lavoura por todo o paiz
permitiu pôr em execução.

Espero que o contacto directo, assim
obtido, entre a produção ea indústria
dos resinosos, muito facilitará a reso-
lução do. problema, ERR o raça

Relativamente a preço de resina’ in-.
formo V. Lx 2 que, na presente campa-
nha, não são estabelecidos os preços
de aluguer de pinhal para resinagem

De futuro, o justo preço da resina.
deverá ser assegurado por meio de
contratos colectivos entre os Grémios
da Lavoura e a União dos Grémios de
Industriais e Exportadores de Produtos
Resinoso , nas É

A Direcção Geral dos Serviços Agii-
colas; pela Repartição das Corporações
e Associações Agrícolas, está estudan-
do 2 forma de coordenar a acção dos
Grémios da Lavoura nó que diz respei-
to á resinagem e a este estudo se refe-
re a passagem do meu ofício que V.
Ex.? transcreve a pag. 4e 5, .

Desnecessário se torna esclarecer
que a nomeação de representantes dos
grémios da lavoura para esta Junta
torna possível a: imediata intervenção
destes organismos nos assuntos de re-
sinagem, sem prejudicar a’cdordenação
da sua acção que oportunamente será
feita sob a orientação do Instituto Na-
cional do Trabalho é Previdência e Di-
recção Geral dos Serviços Agrícolas.
Parece-me, agora necessário dar a V.
Ex.2 alguns esclarecimentos ácêrca do:
oficio do Eng.º Almeida Garrett trans-
crito no oficio de V. Ex,2.

A Junta Nacional dos resinosos esta-
belece todos os anos os chamados «nu-

; Cleos de ensino, demonstração e pro-
paganda» que se destinam á aprendisa-
gem de futuros resineiros e a fazer pro-
paganda dos métodos legais de resi=
“nagem.

Os fins desses nucleos encontram-se
pormenorisadamente expostos na. pu-
blicação de que junto um exemplar.

Para organisar estes nucleos tem a
Junta de alugar pinhais que:são resina-
dos pelos aprendizes dirigidos por re-
sineiros da Escola de resinagem da Es-

‘ tação de Experimentação do Pinheiro
Bravo da Marinha Grande. í

Do que fica exposto se conclue não
ser intenção da Junta, ao aluguer. pi-
nhais, resolver o problema económico
‘ da extracção de resina, mas apenas en-
sinar e fazer propaganda dos bons mé-
todos de. resinagem. RSA,

Resta-ime. abordar o assunto tratado
na parte final do ofício de V, Ex.º a
industrialisação da resina.

Os pedidos para serem autorisadas
novas fabricas de produtosresinosos de-
verão ser feitos nos termos do art.” 4,º
do decreto n.º 27,994, tendo em aten-
ção O disposto na parte 1,2 do decreto
n.º 29,733. 2º FASE

– Junto duas publicações contendo os
citados diplomas. :

A Bem da Nação

Junta Nacional dos Resinosos

O Presidente
legível

Lisboá, 18 de Abril de 1942.
«PoteBapeg

DESASTRE

Informam de Alvaro que, nó
logar da Longra, devido à explo-
são de um tiro de dinamite, ficou
com três dedos da mão esquerda
– esfacelados e com ferimentos no

| peito e num dos olhos João Luís, :

ido referido logar, que teve de

erp para Oleiros a-fim-de ré |

ceber tratamento,

Asseguro a V. Ex.2 que muito me |

Desejo, em seguida, informar V. E? |
ter o prazer de, ao mesmo tempo,: co- |

municar a.V. Ex’* que o Decreto n.º |
31.968, de 10 do corrente, modifica a |

feitos na representação da’ Junta de |

“À margem Cêrca de 200 oficiais e soldados franceses, reitos prisio=
nesros pelos alemãis, escaparam se dá Alemanha para’a

– Rússia e dali transportaram-se para a Inglaterra, onde
se vêem alguns a ler um jornal: dos franceses livres.

Igreja Matriz de Oleiros

Presentemente procede-se à re-
paração interior da igreja matriz
de Oleiros, para que o Estado
concedeu, há tempo, a necessá ia
comparticipação; essa obra abran-
ge a total substituição dos velhos
soalhos, colocação de mosaicos,
limpeza de azulejos e ainda uma
série de trabalhos constantes do
projecto. Neste, porém, não ficou
abrangido o restauro de tôla a

do teto e douramento da tribuna

Sem êste restauro ficariam in-
completas as obras de reparação.
Sabendo isto, o importante in-

custa, os citados trabalhos, que,
segundo nos dizem, devem orçar
por cinqiienta contos; tanto assim
que já solicitou, dum artista com-
petente, a elaboração do estudo
r.spectivo.

Demonstra o sr. Augusto Fer-
nandes um alto espírito de gene
ro:idade e amor pela sua terra,
tanto mais de louvar e engran-
decer quanto é certo que tais
atributos são, infelizmente, raros
nesta época de tão sórdido egois-
mo. Podem considerar se felizes
‘e honrados os concelhos que pos-
suem homens desta têmpera: a
sua bôlsa abre-se, expontanea
mente, para acudir às mais ins
tantes necessidades | cais e au-
xiliar os humildes e desprotegi-

va leve a marca da esmola que
rebaixa o favorecido.
Não precisa o sr. Augusto Fer-
nandes de louvores, mas enten-
demos que o seu gesto deve ser
registado e apontado para exem-

plo.

As boas acções sempre encon»
tram algum eco entre os indife-
rentes.

Notas a lápis

(Continuação) mantendo as colegtividades lo.
cais, com grandecarinho e
abnegação, diga-se à verdade,
mas há muita gente que pode-
ria prestar anxílio mais eficaz
porgue os seas meios lho per
miten; não está para aí volta-
da, preferindo gue tudo desa-
pareça a prestar um mais con»
ventente auxílio.

Qualguer apêlo no intuito
de colher uns cobres cai no
vácuo; dum modo geral tam-
bém os nossos patrícios ausen-
tes se fazem surdos!

E” pena que assim seja. que

não haja mais bairrismo, mais
dedicação por esta terra, que
só pode ser grande e progres-
siva se tiver o amparo do for.
te amor de seus filhos,

capela-mor: pintura dos quadros.

custrial de Ol-iros e nosso amis |
go st. Augusto Fernandes pro |
põe-se mandar efectuar, à sua

dos da sorte sempre que isso Se,
torne preciso e sem que a dádi-‘

«A Comarca da Sertã

«Este nosso distinto colega. por.
quem temos a maior simpatia, no sea
último número, dá-nos:a honra ‘de fá.
zer duas transcrições e reierencias,
uma à Casa de Saude e outra à pera
mata. do Jornal. As deferencias que
Abrantes tenha para a Sertã, a sim-.
pátia com que à-trate, representam’o’.
pagamento de uma divida de gratidão
que se não deve esquecer. Ro

Em IZde Agosto de 1808 ordenans=
ças do Concelho da’ Sertã jantamente’
com Companhias de Caçadores da.
Monsanto e Salvaterra e ordenanças
de Vila de Rei vieram atacar Abrana
tes ocapada pelos irancezes conses
guindo, depois de am combate renhi=
do, libertar a cidade. Passaram: 154
anos mas o patriotismo dos Sertagi«
nenses .é sempre e a proposito lem=
brado com simpatia

Pelas locais trancritas e ainda pe- |
las felicitações do aniversário do jor-
nal e gentis palavras que as acompa=
nham, os nossos melhores agradeci=

mentos».
+
Palavras textuais que nos dirige o

nosso estimado colega «Jornal de
Abrantes» em um dos seis áltimos

números e traduzem, simplesmente, a:

amizade e boa camaradagem, reci=

-procas, que nos ligam. Destas próvas

“de deferência e estima só pode advir
proveito para as regiões quea’ cada
um; de nós compete defender, tanto:
mais que «Jornal de Abrantes», pares
‘cerido probir da mesma cepa que «A
‘Comarca», ataca com energia é sem
pestanejar, a’ fundo, como soeídizera
‘se, os problemas importantes de Cas.
rácter local sem cuidar de saber se
‘interêsses particulares que só devem.
‘e podem ser considerados dentro dé’
certa medida. – Eos

Falar com desassombro e clâramen= .
te nestes tempos que correm, sem res
ceio do papão, é virtude, para não di-
‘zer coragem, quási exclusiva da Ima, |
prensa Regionalista e esse dom sobra
aquêle colega amigo. ERRO

Não conhecíamos a façanha histó=
rica apontada pelo confrade — somos
forçados: a confessar a nossa: ignos
rância – é não foi sem vaidade que.
dela tivemos notícia, afanando-nos’da: –
galhardia e espírito patriótico dos .
sertanenses e vilaregenses durante
esse desgraçado período, quando, o |
País era talado pelas hordas barbas
ras é sanguinárias de Napoleão; à ‘
devastação, à carnificina, aos sagães
e aos sacrilégios respondia a popula»
ção hámilde e heróica das nossas seér=
ras com o combate leal, utilizando,
para desaironta, a escopeta, o chaço,
o bacamarte, o cacete e até a pedram
da! Iniligia-se ao invasor o castigo
que êle merecia. Não se lhe davan
tréguas. Se as armas er m exígaas;
ao menos não faltavam pulsos rijos a
manejá-las e fé patriótica no coração.
dêsses bravos, para os quais não has
pia sacrifícios de maior quando: sê
tratava de defender a honra da Bans
deira e a Religião. E

Feira de S. Pedro

Realiza se no próximo dia 29,
2.º feira, nesta vila, a tradicional
feira de S. Pedro.

LO .
QUEDA

Quando na passada 5.º feira, à
tarde, se entretinha a pescar à
linha, na margem daribeira gran-.,
de, caiu para a água, desampa-
rado, o nosso amigo sr, Joaquim
Ferreira Monteiro, de cuja queda
não resultaram mais, felizmente,
de que um banho forçado e leves

arranhões na cara,