A Comarca da Sertã nº291 16-04-1942

@@@ 1 @@@

 

– FUNDADOR ES as
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
= “Dr. Angelo Henriques Vidigal — 4
—— Antônio Barata e Silva —— |
Dr. José Baratá Corrêa e Silva .

Eduardo Barata da Silva Corrêa .

o i o nec

O | | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO. a pé a
Q a . :
E Eduardo Barata da Filva Coreia TIP. PORTELLA FENÃO
pá REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
u| |RUA SERPA PINTO-SERTA: RIR
<| | PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS e . nos
Apis neaa | Hebdomadário daabaiistá, independente, defensor dos interêsses. da comarca da Sertã: concelhos de Sertã E a di ri se
Nº 291| Oleiros, Proença-a-Nova e-Vila E Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação ) ‘| “49492

Notas ; aa

ESTA em perspectiva a rea-

lização, para opróximo
mês, de um grande baile nos
salões do Clube Sertaginense.
Promovido por um grupo de

sócios casados e cujas despe-.

nas mesmas condições, quere
dizer no mesmo estado…

E considera-se indispensá-
vel contratar um bom jazz-
band !

aí seus tesos! Os casados
a dar sota e az aos meninos e
aos celibatários !

Contudo, é bom não deitar

foguetes antes da: testa: não
vá ficar tudo em águas de. da:

de !

Não cbatalite haver já mui-

tos dias de sol lindo el

radioso;: como saildação cari-
nhosa da Natureza aos ho-
mens, porfiados em transfor-
mar a vida no mais intolerá-
vel flugelo, o tempo continna
com grandes oscilações, sem

e O barómetro alcance aqué-

e equilibrio que tanto seria
de desejar.

-E, enquanto assim for, há
que ter todos os cuidados com
a. saúde, pois, precisamente,
as irregularidades de fergie
ratura é que pôem de mô
os menos precavidos.

ro

Coco oo “do o OC ogao ore 0 0? 0 on 00 ta

traição dos agitadores
; indás à cansa da India
já com razão excita os protés-
tos da América. Mentindo a
Chan – Kai- Lhek, mentindo a
Cripps, êles seriam apenas

dignos de certos epítetos jus-

ticeiros que estão sentenciados
há séculos nas Cartas de Albu-
guerqgue em versos lapidares
de-Camões»,

Eis agui duas frases, que
pôr iguul são lapidares, do
dr. Francisco Veloso, um gran-
dê e apreciado cronista dos
acontecimentos internacionais.
E” tam certo o que êle diz que,
na nossa colónia de Mogambi-
gue,. onde os indianos. puse:
ram: o pé há séculos e ali pu-
“lulam: como cogumelos, entre
váriadissimas castas e seitas,
são: Proverbialmente conheci-
dos pela sua traição, aprovei-
tando: todos os ensejos para
ahavalharem os brancos pelas
costas.. Até lá se costuma di-
zer que não se dispensam de
trazer meia fúlta de papel
selado nobólso…

“Contado, não KA nerna sem
excepção.

Mas há qualidades que im»
põem o indiano português: o
rêspeito pelas nossas leis, o
orgalho que manifestam por
serem portugueses e o elevado
grau de cultura, muito além
do: .nivel geral das demais cos
lónias nacionais op-estrangei-
FAS.

FESTA ESCOLAR PO CONCELHO

Com a colaboração de que os
srs. agentes de ensino do concelho e
dos alunos das respectivas escolas e
postos eiectua-se, no PROXIMO DO-
MINGO, 19, a festa escolar do conce-

lho da Sertã, com o seguinte prograuia:

| canto dos Hinos Nacional e da Moci-
|[dade; Gimnástica; ás 17 — Poesias e

I PARTE
A’s 10 horas — Chegada, à Alame-

da Salazar, de todos os professores

com os seus alunos; ás 11, Missa; Re-
gresso á Alameda e lanche.

à cAit PARTE

A’s 15 horas — Apresentação de
cumprimentos ás autoridades do con-

celho na Câmara Municipal; ás 14,30.

Inauguração da Exposição Escolar do

concelho na sala da escola Conde Fer-

reira; Saiidação á Bandeira Nacional,

canções das escolas, no campo de
futebol.

Durante a festa estará aberto o
bazar na Alameda e as meninas pro-

icederão á venda da flor.

EM BOA PAZ…

um documento oficial dimanado da
mais alta personalidade política e
representativa do concelho da Sertã, defi-

Dar primeira vez —lque eu saiba —

niu, em termos precisos, a razão dos direi-
tos e necessidades da sua sede em relação
| valor efectivo,

Com a autoridade que o reveste, veio
o Sr. Presidente da Câmara demarcar no
o | relatório da sua gerência quadrienal, apre-|

às demais localidades concelhias,

º | sentado ao Conselho Municipal em 12 de

Fevereiro último, a posição desta vila na,
órbita do Município, e fê-lo de maneira à
| não deixar dúvidas a ninguem àcêrca duma
questão que tem andado várias vezes fora!
do seu eixo próprio, alimentando tendên-
cias e concepções tão ousadas como subver-.,

sivas dos princípios que regulam a vida e
relações dos povos.

Este importante capítulo do relatório;
presidencial, que êste semanário inseriu no
seu n.º 289, tem tôda a oportunidade e veio

firmar doutrina e preceitos que o justo ra-
ciocínio aceita sem reservas.

Com efeito, a sede do concelho, Segdo!
também o seu primeiro aglomerado popu-|
lacional, desempenha, no campo da admi-|

nistração pública, uma função que não com-

pete a nenhuma outra terra do seu departa-

mento, e as necessidades e exigências que

essa função lhe acarreta e nenhuma outra

terra do seu departamento pode invocar, dão à
esta vila primazias que só não são vistas
pelos que deliberadamente lhe fecham os
olhos.

Sendo ainda a Sertã — pode dizer-se
—a sala de recepções da sua vasta circuns-
crição administrativa e comarcçã, onde nu-

merosa população flutuante se movimenta.

e renvva dia a dia, tem por dever imperioso
exteriorizar a sua qualidade com uma apre-
sentação que corresponda, quanto possível,
à época e à dignidade dos povos que re-
presenta.

Isto é lógico.

De resto, o Sr. Presidente da Câmara,
proclamando solenemente, através do seu

relatório e. sob o ponto de vista que venti- |

lou,’a supremacia da sede do concelho, não.
afrontou nenhuma das povoações que o
constituem. ‘Pôs simplesmente em equili-
brio uma verdade insofismável que, se nem
sempre se tem, ajustado a factos e intenções,
não deixa de ser real nem de manter o seu

– Ciosa das suas prerogativas seculares,
indo nisso o seu pundonor, a sede do con-

celho é igualmente ciosa dos direitos legi-
timos-dos. povos que ao concelho andam li-
gados, os quais considera preciosos ramos

de tronco comum.

Nenhum dôles deixou de ter, em qual-
quer época, o apoio ou complacência da Ser-
tá Das suas razoáveis pretenções, sem falar
nos benefícios que muitos devem à acção
exclusiva 6 “expontânea dos homens desta

vila.

“Não há fantasias que possam ocultar

as realidades bem visíveis e palpáveis, e se,
infelizmente, muitas parcelas concelhias as
não: conhecem na medida das suas carên-

cias, outras as usufruem em quantidade
que: possivelmente não satisfará naturais
ânsias de progresso, mas denancia, pelo
menos, a existência dentro da comunidade
municipal e à sua mesa, de logares para
onde a ementa camarária tem convergido
mais abundante e variada.

[Reconheço sem custo a importância
dos factores determinantes da ordem esta-

“belecida neate sector da vida adminiatrati-

va./O que não está certo é que, pár a pár
com: aquêles que pouco ou nada teem par-
tilhado das vituálhas do Município sejam
outros de melhor quinhão que andem a
queixar-se -da tirania que lhas recusa,

Tenho pelos-homens que amam e de-
fendem as suas terras, a admiração que só
encontram em quem sente tambem esse de-
ver patriótico, mas nãv vejo em que possam
ganhar os interôsses colectivos com atitu-
des e palavras que os acontecimentos e o
tempo se encarregam inexoravelmente de
contraditar.

“(Continua na 4º página)

. alápis

NO mercado tem havido muix

ta abundância de laranja
e quási tóda de óptima quali.
dade.

No de sábado registaram-se
os seguintes preços: ovos,
4850, a dúzia; laranjas, 5300,
o quarteirão; batatas, de 12 a
14 escudos, para plantar e de
15 a 17, para consume, o ale

queire; milho, 16800, o algueis
re; galinha, 16 a 20 escados;:

pescada, 10, carapan, 3 e pa:
20, 7 escudos, 0 quilograma.

eu

PREGUN TAM-NOS quando

abre à circalação pública
o célebre quêlhão de triste me-
mória, que foi transformado
em logradonro particular há
uns poucos de anos !

Não sabemos responder, nem

Iganta deveria antes ser assim
formulada: — Porque se fes
chou o quêelhão ?

trad

UM motorista da nossa pra.
ça, que há dias foi cha-
mado para levar ao Outeiro
da Lagoa — três quilómetros,
se tanto! — um médico, cuja
assistência era reclamada com
a máxima urgência. exigiu
pelo serviço 80 escudos ! IT

Há falta de gasolina, escasa
seiam os pneus quást em abso=
Into, é certo, mas tal exigên-
cia é intolerável, entrando nos
domínios de uma exploração
ignóbil, que se vê, nitidamen-
te, partir do aproveitamento
de uma situação anormal.

Para acabar com êstes abu=
sos parece-nos que o melhor
é a Câmara actualizar as tas
belus existentes, de modo que
o público não continue sujeito
a êstes escaldões violentos, ga
rantindo-se aos motoristas o
lucro razoável que por direi
to lhes cabe,

Ore

A imagem de N. S. de Fáti-

ma, que saiu da Cova da
lria para Lisboa, foi, no tras
jecto, alvo de uma manifesta
ção grandiosissima de Fê por
parte do povo humilde. Aº che-
gada à capital as manifesta
ções atingiram o auge.

À permanência da imagem
da Virgem em Lisboa coinci-
diu com a realização do Cons
gresso das Juventudes Cató-
ticas.

OIE

DA «Comissão dos Amigos

do Hospital da Sertã» em
Lisboa recebemos a oferta de
um dos magníficos azulejos
que ostentam, a côres, as ars
mas da Sertã e cuja venda,
em benefício do Hospital, tem
obtido um êxito extraordinás
rio.

Os nossos agradecimentos

pela gentileza,

queremos indagar. Mas a pre.

À UIBaNaS pipaa gentileza,

queremos indagar. Mas a pre.

 

 

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-A Comarca da Sortã

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enteada GS O 19,76 m. (15 18 me/9)

12,30 “ Actualidades | GRV: 2492m. (12,04 mc/*)
21,00 (») Noticiário = GSk. 31,32 m. ( 9,58 me/*)
| GSB’ 31,55m: (9,51 mes)

21,15 Actualidades |. GRT 41,96 m. ( 7,15 me/*)

(+) Este noticiário ouve-se também em GR V, em 24 92, me-
tros (2, 04 me).

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| das pelas carreiras de Joaguim’ Francisco de Oliveira, Ld,º,º,

 

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Cobrança de fssinafuras
na Província

Vamos proceder à cobrança
das assinaturas na Província, pe-
lo correio, querendo ficar a de-
ver a todos o favor de liquidarem
prontamente os recibos, porquan=
to, se a cobrança já por si é
muito dispendiosa, a devolução
causa prejuízos e transtôrnos in-
calculáveis.

O ideal seria que todos os nos-
sus assinantes mandassem directa-
mente o dinheiro das assinaturas.
Verifica-se, porém, que muitos
não se lembram de o fazer e
grande número procura furtar-se
a maçadas,

Solicitando o pagamento no
acto da apresentação dos recibos.
não: imploramos um favor, in-
vocando apenas um direito. E
note-se que não vimos para aqui
carpir nos pelas grandes dificul-
dades que huj: nos assoberbam,
entre as quais figuram, como de
maior vulto, os aumentos relati-
vos a taxas» postais e ao custo do
papel e impressão, que são tre-
mendos.

Esperamos, pois, que todos,
de ui» modo gera!, se compene-
trem de que nao estamos em con-
dições de enviar o jornal de bor-
la a ninguém.

A Administração

rdias

enerrolagia

“António Martins Vidigal Salgado

No passado domingo faleceu
em Lisboa, na rua do Barão, 35,
onde vívia há muitos anos, o
nosso estimado assinante sr. An-
tónio Martins Vidigal Salgado,
de S6 anos de idade, proprietá-
rio e capitalista, natural de Pes
drógão Pequeno, irmão da sr.?
D. Maria Angela da Conceição
Vidigal, residente na mesma vila.

A urna foi transportada para
Pedrógão, onde, na 3.º feira, se
efectuou o [uncrai para O jazigo
da Família Vidigal,

:- O extinto era tio do nosso
amigo sr. dr. Angeio Henriques
Vidigal, Delegado de Saúde dês-
te concelho.

A” família enlutada apresenta-
| mos as nossas sentidas condo-
lências.

: Ss

“FEIRAS

No próximo dia 25, sábado,
electuam-se as tradicionais feiras
anuais: na Sertã, a de S. Marcos
e em Pergulho, concelho de
Proença-a-Nova.

A comarca da Sertã

Notícias e informações
diversas

Até ao fim do corrente mês
encontram-se a pagamento as li-
cenças de estabelecimento comer-
cial ou industrial, a que estão
srjeitos todos os indivíduos ou
emprêsas que exerçam qualquer
actividade tributada em contri=

buição industrial, salvo se sel
tratar de indústrias de transpor-;

tes em veículos automóveis O
pagamento pode ainda efectuar-
-Se nos dois meses seguintes,
mas, neste caso, será acrescido
dos juros de mora. Ao solicitar-
-Se a licença na Secretaria da Câ-
mara é preciso exibir o recibo
comprovativo do pagamento da
contribuição – industrial do -ano
corrente.

— À disciplina da indústria e
do comércio de produtos resino-
sos levou a Junta Nacional dos
Resinosos a intervir na resolução
de problemas que interessam di-
rectamente os proprietários de
pinhais. Para que êles possam
colaborar na ordenação de um
tam importante ramo da vida da
lavoura, foi publicado um -decre-
to determinando que três repre-
sentantes dos Grémios da Lavou-
rá passem a fazer parte da refe-
rida junta.

—O sr. ministro da Justiça
determinou que não fôssem mer-
cadas nos tribunais mais de duas
deligências para a mesma hora
e, cada uma, com intervalos umas
das outras. Esta ordem vem aca-
bar com a perda de tempo que as
testemunhas, declarantes ou quei-
xosos, tinham nos tribunais para
serem ouvidos, registando – se,
muitas vezes, chegar-se ao fim
do dia e as suas declarações fi-
carem transferidas para outros
dias, com manifesto prejuizo des-
sas pessoas, que perdiam horas
sem utilidade.

Abastecimento de águas à
vila da Sertã

Por despacho de 30 do mês
findo o sr. Sub secretário de Es-
tado das Obras Públicas e Co-
municações autorizou a conces-
são à Câmara Municipal da Ser-=
tã a comparticipação de
177.399$00 pelo Fundo de De-
semprego, para a obra de abas.
tecimento de água a esta vila,

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

O nosso editorial com a epigrafe
acima, pablicado no n.º 289, foi acum
lhido com o maior aplauso por muitos
dos nossos leitores, alguns dos quais

do=nos, ao mesmo tempo, para pros
seguirmos na campanha contra a ta-
berna, um dos maiores cancros que
corroe a sociedade de nossos dias por-
que dela emana quási tôda a série de
crimes que se vêm perpretando, dia a
dia, e que os grandes diários aproveix
tam para longos relatos, espécie de
crónicas macabras, pois são tão per=
niciosos que em vez de sofrear antes
parecem iazer recrudescer os ímpetos
ferozes dos comparsas das tragédias
de sangue, irequentadores da tasca
imanda.

Entre essas cartas, temos O prazer
de destacar duas, de amigos que main
to prezamos :

«Cm abraço de felicitações pelo seu
belo artrggo À TABERNA, que só hoje
li; Mas não basta um só artigo, nem
um só jornal. Mais e mais… E’ pres
ciso, também, o concarso das autori-
dades; creio que q sr. Governador Cim
vil já decretoa qualquer coisa de rem
pressão e, por enquanto, não vejo, in»
felizmente, em prática. Porque não
encerram, mais cedo, as tabernas, es»
ses cancros dos meios pequenos? Porm
que não prendem ou maltam os ébrios
e os taberneiros que lhes vendem vim
nho nesse deplorável estado ? Porque
são elas iranqueadas a menores? Com
esses antros abertos até alta noite, de
pouco ou nada servirão as salas bem
nemériias das «Casas do Povo», com
as suas bibliotecas, passatempos hom
nestos, conferências, teleionia, etc.,
elc.

Outra:

«No último número da «Comarca»
li o seu moralizador artigo sôbre a
taberna. Maitíssimo bem. A «Comar+
ca» é muito lida nos meios rurais, e
por isso é provável que prodaza 0 men
lhor- efeito. continue, mea amigo, e
que Deus o recompense A taberna é
um vício inveterado nos costumes dês-
tes povos. Começa-se a irequentá-lia
na mocidade. Os ireguentadores- max
dam de estado, mas não mudam de
costumes, do que resalta muitas vezes
a degeneração das raças. Aparecem
nas gerações que sucedem — desiqui»
librados, tarados, raquíticos de que
não aproiundam as causas. Se se pro
curassem, eu creio que a taberna se-
ria a origem.. Descupe esta obser=
vação, e continue, para o bem da ham
manidade>.

-ergso-:
Escola do Figueiredo

Encontra-se vaga a escola mix-
ta do Figueiredo,

ee
MELHORAMENTOS REGIONAIS

No plano de 1942 foram atri-
buídos 2.250 contos à E. N.
54-2 entre Santo António do
Marmeleiro-Cardigos, por Pêso
e ramal para Vil: de Rei.

— Pelo Fundo de Melhora-
mentos Rurais foi concedida, à
Junta de Freguesia de Cambas
(Oleiros), a comparticipação de
18 529800 para construção de
uma ponte na ribeira da Póvoa,

EIRAMESCDAVEOMAREGA

“A TABERNA”,

se apressaram a felicitar-nos, pedinm

Máximas e… mínimas

Nunca digas «desta água não
beberei> quando estiveres ao pé
da tua sogra, porque ela é mui-
to capaz de ie meter um balde
de água pela bôca abaixo só pa-
ra te contrariar!

Oferece sempre o teu lugar
sentado às senhoras de: idade,
mas nunca o faças a uma mu-
lher nova porque passarás por
prezumido |.

Se não puderes comer dois bis
fes ao almôço, come quatro por-
que a carne, de um dia para o
outro, pode estragar-se !

Se tens as unhas crescidas e
os teus afazeres não permitem que
as cortes, não te amofines com
isso e roi-as na repartição !

E’s pobre e não tens dinheiro
para envernizar as unhas ? Bom
remédio! Come à unha carne
assada às refeições e não laves
as mãos!

Se seguires à risca o conselho,

«produzir e poupar» a certa al-
tura terás de alugar armazéns
para guardar o que produziste e
poupaste, e lá se vai o lucro
todo nas rendas que terás de pa-
gar |

Se te derem um estalo, ofere-
ce a outra face ao benemérito e
arreia-lhe dois «borrachos» ! As-
sim nunca te poderão acusar de
assambarcador de murros |

Não tenhas vergonha de andar
sem peúgas e com as gaspeas
dos sapatos rôtas e os dedos dos
pés a espreitar cá para fóra a
ver se chove. Se reparares
nas senhoras verás que também
andam assim e não são elas que
compram os sapatos !

Se tiveres parentes ricos que
não te déem nada, rende graças
ao Todo Poderoso! Isso é pre-
ferivel a que tivesses parentes
pobres que andassem sempre a
cravar-te!

Consola-te se não chegares a
ver a conclusão das obras da
Avenida da Liberdade, porque
os teus bisnetos quando morre-
rem dir-te-lão que também não
as viram |

Se a tua mulher passar a vida
atráz de ti por desconfiar que te-
nhas outra mulher, faz-te Lucas
e agradece-o a Deus, pois dessa
forma evita-te o trabalho de an-
dares tu atráz dela por temer
que tenha outro <h me»!

Antes de entrar para um celé-
ctrico» pregunta ao condator se
leva moedas de meio tostão. Se
te responder que não, mete-te
num «táxi» porque te fica mais
barato !

(De <Os Ridiculos) GODO

=, eme

OUTEIRO DA LAGOA, 6 — Efeca
tuou-se ontem neste lugar a festa esco-
lar que apesar do dia invernoso teve
ainda a afluência de enorme multidão
tanto do povo dêste lugar e Calvos
como da Sertã, Cabeçudo e lugares vi-
zinhos.

De manhã pelas 9 horas realizou-se
a cerimónia religiosa com’a inaugura-
ção da Cruzada Eucarística. O templo
que se encontrava engalanado estava
repleto de povo que veio assistir à
missa.e a cerimónia dos Cruzados. Hou-
vê também comunhão dos professores,
alunos e de quási todos os fieis que
assistiram a tão tocante cerimónia,

Assistiram a êste acto o Senhor -Vi-
gário da S:rtá e Rev.º João Prata,
Compareceram também os Cruzados
da Sertã.

Seguidam nte foi oferecido ao ar li-
vre um lanche às 119 crianças das es-
colas e realizada uma parada de ginás-
tica que a multidão apreciou com ver-
dadeiro carinho.

Pelas 12 horas foi realizada a sessão
solene na escola para a abertura da
exposição dos trabalhos escolares.

Falou o s”. professor Eduardo Antó-
nio de Caires e a professora D. Maria
Freire Ribeiro que numa alocução bri-
lhante, digna do seu talento, fez sentir
o esfôrço que todos os pais devem de-
dicar junto dos mestres dos seus filhos.

Terminou q seu discurso dando vi-‘ para a organização de festas desta na-*

vas aó sr. Director do Distrito Escolar
de Castelo Branco e ao povo da Cape-
lania e a Portugal,

Réeita

De tarde levou-se à cena a interes-
sante e singela revista, em 2 actos e 3
quadros, «Pó do Caminho», escrita ex-
pressamente pelo professor sr. Caires
para a simpática festa : trabalho bem
urdido, produto de um esfôrço otienta-
do no sentido de proporcionar ao pú-
blico umas horas agradáveis sem a
mais ligeira fadiga, baseado em cos-
tumes populares, alguhs do próprio fol-
clore local, rico e variegado. «Procis-
são», «Os sinos da minha aldeia», «Ros-
maninho», «Lenda das Rosas», «O li-
nho», «Caldo Verde»… e tantos outros
sucedem-se, como num «écran», em be-
la harmonia e colorido e em alguus
números a música delicia, aquêle con-
junto de vozes infantis que constitue
um côro muito aproveitável. Há um

côro que encanta: o acompanhado pela .

flauta rústica.

Tôda a gente gostou da festa e a
prova é que ninguém arredou pé do
local, não obstante a chuva cair, con-
tínua e aborrecida, durante todo o tem-
po do espectáculo,

O êxito do espectáculo mostra, além
de uma competência especial de parte
dos professores do Outeiro da Lagoa

(Noticiário

turezZa, úmi acentuado amor pela iristrita
ção e pela educação, um elevado cari-
nho pelos pequeninos e a interpretação
da ciência pedagógica precisamente
nos aspectos que mais se identificam
com a moldagem da alma da criança.
Para os pequeninos do Outeiro, foi
uma festa inesquecível, que perdurará
na sua memória como uma das melho-
res e mais salutares ao seu espírito e
que melhor se identifica com os seus
corações tam puras como o cristal.

Cs
4
+
Festa Escolar.

MADEIRÁ, 7 — Realizou-se ontem
nesta localidade uma simpática festa
escolar.

De manhã, celebrou-se missa can-
tada na igreja matriz, celebrada pelo
sr. P.e Bernardo Prata, Prior da fregue-
sia de Alvaro, seguida de comunhão
geral das cri. nças e adultos.

Em seguida, foi servido um abundan-
te almôço às creanças, gentilmente ofe-
recido pelo sr. António Lourenço Silva
da Vinha Velha.

Pelas 16 horas, com uma numerosa
assistência, realizou-se na sala da es-
cola a festa escolar. Assumiu a presi=
dência o sr. P,. Prata, que se rodeou
das pessoas mais categorizadas,

Recordando as invasões franeasas

Carta de um português ao Duque
de Wellington

«Ilustríssimo e Excelentíssimo

Senhor :

Depois que V. Excelência fez
ir de escantilhão para França o
fanfarrão Junot, tendo-o pôsto
em palpos de aranha nos campos
de Vimieiro;

Depois que V. Excelência fez
saír, com vento de baixo, ao la-
dino Soult, da cidade do Pôrto,
ea as calças na mão, para Cas»
tela; Ra

Depois que V. Excelência dis-
se ao zanaga Massena—c<alto lá,
senhor São Macário» —e jogando
o jogo dos sizudos, lhe mostrou
as linhas com que se cozia, fas
zendo-o dar às trancas e apanhar
pés de burro por ter dado com
as ventas num sedeiro;

Depois que V. Excelência fez
ir de catrâmbias a Berrier, da
Cidade Rodrigo, e ao cachola
Philippon limpar a mão à parede
em Badajoz. como quem diz «fas
ça que me não viu» e tendo esa
tado tem-te, Maria, não cáias;

Depois, finalmente, que V. Ex-
celência, nos campos dos Arapi-
les… zás-traz, nó cego… de-
sancou o macambúzio Marmont
e o obrigou a contar a sua der-
rota p-a-pá, Santa Justa, tim-tim
por tim-tim;

Foi então, Excelêntissimo Ses
nhor, que nós, os pés de boi,
Portugueses velhos, dissemos:
«Este não é general de cácaracá,
não faz cancaborradas, não deixa
fazer-lhe o ninho atrás da orelha
e, como prudente, acomete umas
vezes e outras põe-se na conserva.

Agora podemos dormir a sono
solto, o nosso medo está nas
malvas; a vinda do inimigo será
em dia de São Nunca à Tarde.

Portanto, só resta agradecer à
V. Excelência a visita que nos
faz, que desejamos não seja dé
médico, nem com o pé no estri-

|bo, devendo saber V. Excelên-

cia que estes desejos não são eme
bófias nem parolas que leve o
vento, mas sim ingénuos votos
de corações agradecidos e leais,
sôbre os quais tem V. Excelêne
cia erguido com tanta justiça, um
trono de amor e respeito»,
(Cópia do manuscrito de autor
português desconhecido)

afeto
BAPTIZADO

Em 5 do corrente baptizou se,
na Igreja Matriz, um filhinho do
nosso amigo st. António Rodri-
gues, distribuidor rural, aposen-
tado, e de sua espõsa, da Sertã.
Do neófito, registado com o nos
me de Jorge Alberto, foram pas
drinhos a menina Olívia Mars
ques Barata e o sr. dr. Francisco
Nunes Corrêa.

dos nossos correspondentes)

Falou em primeiro lugar a Regente
da escola, sr,“ D. Maria Irene Alves
Proença, que muito agradou à assis-
tência as palavras, que proferiu. Se-
guiu-se a professora inactiva D. Rosa
Augusta, que enalteceu o esforço e tem
nacidade da Regente desta escola e fo-
cou as vantagens destas festas educa-
tivas. Em seguida falou o sr. Padre
Prata, que proferiu uma brilhante ora-
ção. Por último, o correspondente dês-
te jornal, que igualmente teceu elogios
à dirigente desta festa e como se en-
contrasse presente o professor aposen-
tado sr. Francisco Ribeiro, que durante
28 anos fez brilhar a instrução nesta
casa, tendo muitos dos seus alunos in-
gressado no ensino superior, prestou-
lhe homenagem sendo o referido pro-
fessor saiidado calorosamente por tôda
a assistência,

Pelos alunos de ambos os sexos há-
bilmente ensaiados, foram recitadas
poesias e diálogos, que muito agrada
ram a tôda a assistência, Foram entoam
dos os hinos Nacional e da Mocidade,
sendo saiidadas as nobres figuras de
Carmona, Salazar e Ministrojda Educa-
ção Nacional,

Na sala, lindamente ornamentada, es-
tavam expostos muitos e apreciados
trabalhos manuais e lavôres,

Assim terminou esta festa, quê a to-
dos cativou e deixou gratas recorda
ções, e a petizada com os seus gritos

e saltos demonstrava bem a sua ale.
gria e satisfação pelo brilhante êxito
desta festa, E

CASTELO, 10 — Na Póvoa da Ribei-
ra Serdeira, faleceu no dia 4 do corren-
“te, a sr.2 D, Emilia da Conceição Alco-
bia, viúva de Joaquim Nunes Moita,
falecido em 1916, e mãe das Sr.as D,
Maria do Carmo Blanco, Natividade da
Conceição, Guilhermina da Conceição,
Laura da Conceição, dos srs. António
Nunes Moita proprietário êm Mosgã-
medes e Libânio Nunes Moita, do Ci-
mo da Ribeira, e avó da sr.2 D. Maria-
na do Carmo Bianco, sogra dos srs.
Cândido Blanco e Adelino Nunes, da
Granja.

A extinta, que contava 88 anos de
idade, era muita estimada nesta fregue-
sia, muito piedosa, associada aposentan
da da Irmandade da S.S, Sacramento
desta freguesia; as suas esmolas anuais
eram sempre das mais avultadas. ‘O
funeral, realizado no dia imediato, foi
muito concorrido, não só por pessoas
da freguesia, mas ainda do Carvalhal,
Cabeçudo e Sertã.

C;

A! família enlutada apresenta «A Co.
marca da Sertã» sentidas condolências,

 

@@@ 1 @@@

 

– A Comarca da Sertã

 

RESSURREIÇÃO

Morte | não me causa medo

o teu sorriso fatal.

Podes vir—ou tarde ou cedo —
que eu bem sei que sou mortal.

E no cemitério amigo

uma cova deve haver

que ao meu corpo dê abrigo
junto à Cruz, quando morrer.

Mas não rias com a misé

ria

do tristissimo despojo;
— Podridão, lodo, materia
Que sómente inspiram nojo…

Porque o eu, a alma, as vidas

fojem-te,

fúlgidas, belas]

e deslumbram, ressurgidas,
nas amplidões das estrêlas’!

Cardigos

OLIVEIRA TAVARES JUNIOR

) budismo ua China

Na fabulosa India, cêrca de o
quinto século antes da nossa era,
uma princesa real, de nome Maia,
deu à luz um filho que se cha
mou Sidarta, Cresceu e fez-se
um vigoroso adolescente. Impres-
sionado pela vaidade do ensino
bramânico, retirou-se do bulício
do mundo, para ir cismar e pro-
curar a verdade na soledade e
meditação. A tradição conta-nos
a imensa piedade de que dêle se
apoderou, quando ao sair do seu
palácio, deparou com um mendi-
go, um doente, um cadáver. Pe-
la primeira vez a miséria huma-
na sensibilizou um coração pro-
fundamente puro; pela primeira
vez, o mundo ia ouvir palavras

de comiseração e solidariedade.

Sidarta ia transformar-se em «Bu-
da» —.o sabio — e semear a sua
doutrina a um tempo desoladora
e terna.

«Viver, dizia êle, é sofrer; re-
nunciemos, pois, a nós mesmos,
às nossas paixões, às nossas ale-
grias miseráveis; destruamos em
nós o desejo pela reflexão—a re-
flexão pelo êxtasis, pelo aniqui-
lamento, para alcançar o «Nirva-
na» — a perda completa da per-
cepção —o fim de todos os seres.
Neste caminho de salvamento
não esqueçamos os noss.s irmãos,
estendamos mão benfaseja à hu-
manidade ; tenhamos compaixão
de todos que vivem e que a nos-
sa bondade desça sôbre êles com
infinita brandura. Convém cos
nhecer a miséria de cada um,
desculpar todas as faltas, perdoar
tôdas as injúrias. Oferecer a to-
dos o tesouro de amor do nosso
coração. E possa a humanidade
inteira, resgatada por tanta bon-
dade e resignação, chegar ao
grande abismo do repouso — ao
nada da morte—eternamente cal-
mo, ao Nirvana !»

Esta doutrina tão extremamen-
te triste e tão pura, esta religião,
sem esperança e sem deus pes
soal, atraíu bem depressa todos
os desgraçados, todos os humil-
des, todos os desprezados.

Esta doutrina tão filosófica, foi
por assim dizer o sol acariciador
dêsse novo ideal, que, seguindo
a sua natural evolução, chamou
ao seu seio mais de seiscentos
milhões de adeptos. Expandiu se
com um poder de dispersão nun-
ca visto. O poderoso rei Asoca,
da India, adoptou-a, engrande-
ceu-a, fundando hospitais, mos-
teiros, enviando missionários
aos povos convizinhos.

Do vale de o Ganges, o budis- .
mo, aliás transformado por alte- |

rações sucessivas disseminou se
pela península industânica, de-
pois infiltrou-se às populações
da raça amarela. E, ao mesmo
tempo que longas lutas e perse-
guições, visando estirpá-lo do

solo da India, êle crescia à mara- |

vilha nas regiões afastadas e fi=

xava aí, de vez o seu predomí-
nio religioso.

O mundo estranho, afastado
do Extremo Oriente, abriu-lhe de
par em par as suas portas, e, ao
contacto dêste novo poder, o bu-
dismo adquiriu maior grau de
perfeição. A China orgulhosa,
soberba de nada dever se não a
si mesma, deixava-se conquistar
pela doutrina triste e encantado
ra de Buda.

Que modificações, porém, não
deveria esta doutrina experimen
tar entre os povos de um espíti-
to bem diferente e chegados já a
um alto grau de perfeição | À sua
civilização tão elevada—relativa
mente a outros povos—sentia se
abalada pelas novas teorias, as
quais iam absorver, no seu seio,
e reduzir esta alta e misteriosa
filosofia, ás proporções de uma
alta moral prática e utilitária.

Era a época da grande prospe-
ridade da China, o momento em
que, pouco a pouco, ela alcança-
va esse belo estado de riqueza e
de bem-estar moral que conser
vou por largo espaço de tempo.

Foi nesta época de plena e
viva civilização que o budismo
penetrou na China. Coisa ex-
traordinária! Como é que a re-
ligião do povo mais propenso ao
misticismo, que ainda houve no
mundo—o povo índu—a expres-
são suprema dos sonhos secula
res, pôde cativar de pronto esta
vastissima nação inteiramente
prática e utilitária ?

Mas, a-pesar-de tudo, a China
não perde nunca os seus hábitos
milenários. O budismo não é
praticado ali com aquêle misti-
cismo doentio.e louquejante ain-
da hoje exibido na lendária re-
gião do Ganges —mas sim com o
mais estrondoso ruído. Nos pa-
godes venera-se Buda com estri-
dor dos clarins, das trombetas,
das campaínhas, dos tambores e
dos címbalos — em-toda-a parte
um tumulto atroador!…

Síriaco Santos

Participação o agradecimento

Maria do Carmo Blanco, seu
marido e filho, António Nunes
Moita (ausente), Natividade da
Conceição, seu marido e filho,
Guilhermina da Conceição, seu
marido e filha, Libânio Nunes
Moita, sua mulher e filhos, Laura
da Conceição, Jorge Nunes Duar-
te e demais família, cumprem o
doloroso dever de participar que
fui Deus servido chamar á sua
Divina presença sua saiidosa mãe,
sogra, avó e parente Emília da
Conceição Alcobia. no passado
dia 4 de Abril, na Póvoa da Ri-
beira Serdeira, agradecendo, re-
conhecidamente, a tôdas as pes-
soas que se dignaram acompa-
nhá-la à sua última morada.

‘ “Póvoa da Ribeira Serdeira
(Castelo), 10 de Abril de 1942,

EM BOA PAZ…

(Continuação da 1.2 página)

Não é bastante fazer afirmativas
mais ou menos pomposas e res-
sonantes E” preciso dar lhes a
consistência da lei, dos elemen-
tos estatísticos e fontes de infor-
mação autorizadas, ou que resul-
te dos juízos conformativos da
consciência pública.

Tudo o que não seja assim,
será erguer castelos sôbre areia
movediça que tombem ao primei.
ro sôpro investigador dos seus
fundamentos, e—pior do que is-
so — será alimentar velhas e ne-
fastas tradições que os novos
conceitos polílicos repelem por
incompatíveis com o interêsse
mútuo de povos vizinhos. .

é Não seria preferível que, an-
tes das suspeições e imputações

sem base, se inquirisse da origem

é No seria melhor que, em vez
das resoluções precipitadas, se
procurassem as soluções adequa-
das, num ambiente de franco en-
tendimento com os meios conce-
lhios a cujo conhecimento e pa-
recer não podem, em regra, ser
furtados ?

Penso que sim, e como eu
pensa sem dúvida a maioria.

é Porque não há-de, então, en-
trar-se em melhor caminho ?

Esta vila não nutre desígnios
prejudiciais a outras localidades,
e só injuriosamente poderá fa-
zer se-lhe essa arguição.

Se defende, como um dever
sagrado, o seu património histó-
rico e moral por onde quer que
ande repartido, e se nos domí
nios do seu fôro não tolera, sem
protês’o, intromissões absorven-
tes e ilegítimas, respeita, por seu
lado, os domínios alheios e os
dieitos que lhes cabem.

Burgo do distrito, deseja ser,
dentro dêle, um elemento de pro-
gresso construtivo que dê honra
“A Sua. Capital,-sme co

Como sede do concelho, pre-
tende, pelo seu decôro e aparên-
cias honrar as populações do de-
partamento a quem dá o nome,
sentindo-se também honrada em
ser o centro de ligação de tôdas,
dentro dum agregado adminis-
trativo em que Sertã, Sernache
do Bomjardim e Pedrógão Pe-
queno, pelas suas belezas na-
turais, pitoresco e atrativos for=
mam um triângulo de valor
turístico apreciável, e onde
todos os povos, desde os mais
modestos aos de maior relêvo,
se engrandecem e engrandecem
o concêlho pelo trabalho honesto
e labor patriótico a que se entre
gam, num instinto de progresso e
defesa que chega a resistir aos êr-
ros dos seus homens responsáveis.

Silvânio
trt

RACIONAMENTO

Era de esperar, como já dis-
semos, que o racionamento de
géneros provocasse descontenta-
mentos; contudo, aparte algu-
mas rectificações a fazer na clas-
sificação de lamílias dentro das
categorias, O sistema adoptado
mantém-se para o mês de Maio,
se bem que tenha de fazer-se já
alguma redução nas quantidades
constantes das senhas respecti-
vas. Esta redução torna-se ne-
cessária porque em cada um dos
dois próximos meses são atri-
buídos ao concelho menos 2.250
quilogramas de açúcar; da redu-
«ção ficam excluídas as catego-
“rias n.º 6 e 2.

Mais uma vez se recomenda a
conveniência de poupar pois é
possível que os contingentes
atribuídos sofram ainda maior
diminuição.

Às senhas de arroz foram dis-
tribuídas na 4.º feira, dia 8. O

das coisas ou se medissem as,
consegiientes reacções ? t

arroz deverá ser também reduzi. |
do nas categorias mais favoreci- |
das por ser diminuto o contin

gente e ser necessário atender.

as dezenas de famílias que só à

última hora fizeram as suas de: |

| Baptista, de Viseu, deu se pelo

A unidade da Comunidade britânica de povos livres, no es:
fórço da guerra arregimentou homens de tódas as raças

e religiões. Num combóio

naval, Mahomet, exemplar cas

racterístico das raças guerreiras da India, janto de ama
“ metralhadora múltipla, espera a aviação inimiga. SB

MVotas a lápis|

(Continuação)

Ná fachada principal da ga-

rage da Companhia de
Viação de Sernache, em Ser-
nache, vê-se um bonito painel
que ostenta, de nm lado, ama
carripuna puxada a mulas, a
típica diligência dos tempos
idos, tendo por baixo a data
de 1900; e, dontro, uma camio-
neta moderníssima e lnxnosa
sôbre a data de 1940.

Mas como, agora, no que
diz respeito a meios de trans:
porte de passageiros, recuá-
mos nada menos de 40 unos,
podia, sem favor colocar-se
de-baixo de 1900 uma nova
data: 19421 E assim o painel
ficaria actualizado !

E Ja

O espaço que excede o actual

pavimento da Rua Gonçalo
Rodrigues Caldeira, por moti-
vo do afastamento de uma par-
te do muro de suporte para o.
lado da ribeira pequena, po»;
dia agora ser ntilizado para,
jardim, plantando-se ali tam-,
bém alenmas roseiras.

O conjanto ofereceria, de-:
pois, uma certa beleza, a-con à
trastar com a rasticidade do |
casario e até com uma certa

“serneesam

aridez que se verilica iaguato |

local por falta de arborização,
Olímpio Craveiro, que tem
gôsto por estas coisas, é mai-|
ja capaz de fazer obra de jei
0. ;

Não: vamos nós-ensinar-o :

Padre-Nosso ao cara…
ga

Assaltos a um lagar e |
dois moínhos

Na manhã de 7 do corrente,
no sítio da Ribeira da Amieira,
limites do Vale do Rei e Amiei-
ra, freguesia de Pedrógão Pe-:
queno, verificou-se ter sido as. :
saltado, em qualquer das noites ‘
anteriores, o lagar de moer azei-
tona pertencente a João Antunes,
donde furtaram uma lata com.
cinco alqueires de azeite e uma
enxada; e nuns moínhos próxi-
mos, já na área d; freguesia do
Carvalhal, p:rtencentes a Manoel
João, da Amieira e a Manoel

desaparecimento de cinco alquei-
res de pão em grão,

Até agora não se conseguiu,

“clarações. | descobrir cantor dosturtos. |

Posse do Senhor Presilente
da República

Verificou-se ontem, perante à
Assembléia Nacional, a posse do
venerando Chefe do Estado para
prosseguimento do novo período
do seu mandato.

O acto revestiu-se dum entu-
siásmo patriótico indescritível,
em que comungou, sincera < ex-
pontânea, a alma, sempre galhar
da e varonil, da Nação Portugue-
sa. Dessa homenagem vibrante
ressalta, ainda mais grandiosa,
se possível, a figura excelsa do
Senhor General Carmona que os
poriugueses aprenderam a vene-
rar com tanta Fé como aquela
que têm sabido pôr nos seus
destinos de povo livro. Sim, por
que o nome do Senhor Presiden-
te da República está firmemente
ligado à idéia da nossa Pátria in-
dependente.

Na cerimónia da po-se a Câ
mara Municipal da Sertã fez se
representar pelo vice-presidente
sr. dr. Francisco Nunes Corrêa .
e pelo chefe da Secretaria sr dr.
A, Caldeira Firmino, que era
portador do estandarte municipal.

Bombeiros Voluntários da Sertã

Dirigidos pelo sr. 1.º coman-
dante, interino, têm-se efectuado
exercícios do corpo activo.nas
últimas semanas, depois que o
tempo melhorou. Fa

A direcção da Associação pen-
sa contratar uma emprêsa cineé
matográfica para vir efectuarses:
sões, ao ar livre, a partir de Maio,
revertendo parte do produto em
benefício do Cofre da Corporde
ção. a
Grémio da Lavoura da Sertá

e Úila de Rei :

5
Foi adiada para depois dé
amanhã a posse da direcção do
Grémio da Lavoura da Sertã é
Vila de Rei, que será conferida
pelo sr. Presidente da Câmara
Municipal da Sertã na respectiva
Secretaria.

ad
OS AMIGOS DA «COMARCA»

O sr. Domingos Martins Val.
dez, de Oleiros, teve a amabili-

– dade, que muito agradecemos,
– de nos indicar, para assinantes,

os srs Francisco C. Couceiro de
Albuquerque, de Sarzedas e João:
Nunes Mateus, de Oleiros,