A Comarca da Sertã nº196 13-06-1940

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Dr.

 

FUNDADORES
> Dr: José Carlos Ehrhardt -——
— Dr. Angelo Henriques Vidigal ae
—— António Barata e Silva ——
José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO pt
a Eduardo Barota da Filva Coreia TP. PORTELA PEN
s REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— E
m| | RUA SERPA PINTO-SERTAÃ eshodi
R E a TELEFONE
< PUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS . 112
ANO N | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | ) Ú et o
N.º 196 | Oleiros, Proença -a-fova e Vilade Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação ) 1940
Cas ans soccer ú espeto IToDanTuiza de à q Da peer nam: se LICEU SRTA ESSO EO RU ea E PESO gEa a PED E “eva poceR re

Notas +…

CONTINUAM com todo o en:
tusíasmo e devoção patrió-
tica as celebrações dos cente-
nários da Fundação e Reston»
ração de Portugal em home-
nagem aos varões ilustres que
nos legaram a mais bela hes
rança a que podíamos aspirar:
uma nação forte pelos seus sen-
timentos profundamente mos
rais, mognífica de tradições
gloriosas, que espalhou pelo
orbe, mantendo-se impercíveis,
pedaços da sua alma forjada
nas duras pelejas pelos mais
nobres e sagrados ideais.
Basta o esftôrço de Portugal
na dilatação da Fé Cristã pa-
ra consagrar os seus oito sé-
culos de existência.
Se o paganismo perdurasse
“através dos séculos, o homem
seria o eterno escravc de outro
homem, a personalidade hn=
mana manter -se-ia no mesmo
nível do irracional ea moral
estaria reduzida à condição
de mito.
Um mundo materialista
“mesmo aperfeicoado até ao
mais alto grau pela inteligên-
cia e engenho do homem, seria
sempre um mundo de trevas,
um palco de nenarráveis tra-
gédias, o forte transformudo
em carrasco do fraco, a bru-
talidade arvorada em lei do-
minadora.
Bendigamos a nossa Pátria
e sintamos todo o orgulho de
ser poriagueses.
eg) pag
PO! posto à venda uma inte
: ressante colecção de sêlos
comemorativos das festas do
duplo centenário.
et Bag

SOUBE-SE há pouco como o
* tenente Bonrguignon e os
seus homens defenderam uma
casamata até à consumação do
sacrifício supremo: durante
dias e dias choveram milhares
de granadas sôbrea casamata,
mas os defensores permaneciam
no seu posto, absolutamente
indiferentes à tempestade…

Era a aviação a despejar
bombas de grande potência, a
artilharia a vomitar metralha
à doida .. e nada!

Aquela gente não re rendia !
Segue-se o ataque da infanta-
ria com metralhadoras, mas
os defensores ceifam-na bru:
talmente. Duroa a luta até as
munições se esgotarem.

O inimigo penetra, finalmen-
te, na casamata acabando por
verificar que tinha perdida
centenas de homens para ven
cer uma escassa meia dúzia de
soldados…

Em todo o caso não deixou
de apregoar vitória, anuncian»
do, mesmo, a destruição de
uma parte da linha «maginot»,

Uma nação que, como a Fran-
ça, tem filhos de tanto valor,
pode, de facto, por uma ques-
tão de inferioridade de fórça
material, ficar vencida. Mas

 

convençam-se todos que nunca
poderá morrer,
Ê

 

Comemorações Centenárias

 

soe Rs.

Ra

 

pe so
— e So

Discurso proferido pelo professor João Mateus Bártolo na sessão solene
realizada na Gâmatra Municipal de Proença-a-Nova, em 2 do corrente,
para inauguração das Gomemorações Gentenárias naquele Goncelho,

Minhas Senhoras e meus Senhores:

UANDO qualquer ente querido prefaz
mais um ano de existência, nós senti»
mos um prazer inefável que não po-
demos deixar de exteriozar, o que si-
gnifica que a nossa sima rejubila com

a companhia, o amparo espiritual, a dedicação e
carinho, ou até com a simples presença dessa
pessoa de família.

E”, pois, unidos pelo mesmo sentimento
que liga vos filhos aos pais, que todos os portu-
gueses espalhados pelas cinco partes do mundo,
hoje. vibram em unisono de alegria ao come-
morar o oitavo centenário da Fundação e o ter-
ceiro da Restauração da Independência da Mãi-

Pátria. Nêste ano de 1940 Portugal conta não
“mais um ano de vida, mas mais um século, e por
“isso todos os seus bons filhos que são todos os . –
f fóra “| horas de tristeza e de alegria nacionais, lá seguem

bons portugueses que dentro ou fóra: do seu solo
vivem à sombra da Bandeira Nacional exultam de
justificada alegria por verem a Mãi comum, nas-
cida ha largos anos nus campos de Ourique e
velhinha embora mas cada vez mais rejuvenes-
cida e capaz de prosseguir na senda da missão
gloriosa, que a Divina Providência lhe destinou
logo à nascença.

“Recordar é viver; e, conseqiientemente,
nós recordando os nobres exemplos dos nossos
maicres, fortificaremos as energias e virtudes cí-
vicas, e aviventaremos o nosso patriotismo tão
necessário nos tempos calamitosos e confusos
que vão correndo.

Recordemos, pois:

No acampamento dos soldados cristãos em
Ourique, diz a tradição que a Cruz de Cristo lá
apareceu como sinal de vitória, e, se não fôra as-
sim, é pelo menos incontestável que se não fôsse
a protecção Divina e Fé inquebrantável dos sol-
dados cristãos jámais seria possivel o milagre de
um punhados de guerreiros chefiados por um
loiro moço derrotarem as aguerridas e numerosas
hostes agarenas. Foi principalmente em conse
qlência dessa memorável vitória de Ourique e
das de Cemeja e Val-de-Vez, nas quais o inimigo
castelhano foi tambem dominado, que obteve
emancipação o pequeno Condado de Portucalen-
se, cujo govêrno foi dado pelo rei de Leão e Cas-
tela, Afonso VI, ao fidalgo francês, o Conde D.
Henrique, como premio dos serviços prestados
contra os defensores do sicorão.

Pode, pois, dizer-se que o nósso vêlhinho
e glorioso Portugal nasceu em Ourique em 1139
e atingiu a maioridade potico tempo depois no
tratado de Zamora. Filha do esperançoso e va-
lente D. Afonso Henriques e neta de D. Henri-
que que já acalentava a ideia da sua independên-

 

cia, a nossa Pátria conta agora oito séculos de.

vida, mercê de Deus que pela mão do seu repre
sentante na terra, o Papa Alexandre III, a aben-
çoou e colocou sôbre a sua protecção no aludido
tratado de Zamora.

A fé, valentia e patriotismo do jóvem rei,
caldeados com o sangue generoso dos soldados
cristãos, lançaram os alicerces da Nacionalidade
Portuguesa, a que estava reservado um ridente
futuro e nobilíssima missão no Mundo.

Uma única preocupação domina os primei-
ros 4 reis do pequeno Portugal: combater os
mouros, alargando os domínios da Pátria e pro-
pagando a fé cristã O rei Bolonhês, após a con:
quista do Algarve, fixa de vez as fronteiras da
Nação Portuguesa no extremo sudoeste da Europa.

Com uma situação previligiada, um clima

delicioso, acariciado pelas brisas do Atlantico, .

Portugal, a que os poetas justificadamente cha-

maram «Jardim da Europa à beira mar plantado»

dêsde os tempos mais remotos foi cubiçado por
– diversos povos. a
Ibéros, celtas, fenícios, gregos, cartagi-
neses, romanos, visigodos e mouros, viveram e
disputaram a posse dêste nosso torrão natal. Po-
rém, expulsos os mouros, os límites de Portu-
gal são ainda insuficientes para conter o génio
do povo da jóvem nacionalidade.
Consolidada a sua independência mais
uma vez na miraculosa batalha de Aljubarrota, o
Infante Navegador, sábio e investigador perse-
verante, debruça-se em Sagres sôbre o oceano
iracundo, ausculta o palpitar das ondas alterosas
e procura devassá-lo com a sua vista de lince e
divisar, lá da outra banda, novos continentes.

As caravelas portuguesas encimadas pela
‘ Bandeira das Quinas, que hoje como outróra flu-
| túa altaneira no sólo da Pátria, e pela Cruz de
– Cristo, sua companheira inseparável em todos as

confiantes, sulcando em todos os sentidos os
medonhos cceanos. E? rasgado o denso véu do
Mar Tenebroso e os seus mistérios passam ao
domínio dos navegadores portugueses. Bariolo=
meu Dias afronta o gigante Adamastor; Vasco da
Gama rasga a ambicionada estrada marítima da
India; Cabral aposta a Terras de Santa Cruz;
Afonso de Albuquerque forma o vasto império
do Oriente; Fernão de Magalhães dá a volta ao
Mundo que é pequeno já para os portugueses,
‘ Mas, como velho caminheiro exausto de
tanto esfôrço, Portugal cai de cansaço ao cabo
| de tão longa e gloriosa jornada. Nos areais de
Alcácer Kibir o mouro, inimigo secular, teve en-
sejo de lhe vibrar golpe mortal, do quai soube
aproveitar-se o outro velho inimigo castelhano.

E nêsse ano trágico de 1580, o grande
épico e patriota Luiz de Camões, antevendo o
fim da sua e nossa querida Pátria, exala o últi-

| mo suspiro exclamando : «Morro com a Pátria»,
E de facto a Pátria morreu; mas morreu provisô-

| riamente porque não podia morrer |definitiva-
mente uma Pátria cujos filhos tinham assombrado

– o Mundo com a sua valentia, com o seu valor e
ardor patriótico.

Passados 60 longos anos, novamante a
alma portuguesa é a aquecida pela chama ardente
do patriotismo e, em 1640, o opressor é escorra-
cado. Portugal desperta do sono letárgico que
.lhe entorpecia os movimentos e é restaurado à
voz dos conjurados — faz nêste ano três séculos
que comemoramos. Confirmada a independência
nas batalhas que se travam durante 28 anos, Por-

tugal volta à plenitude da sua vida livre, retos

mando o seu des’iino glorioso de pioneiro da ci-

– vilização cristã. E essa independência que readqui-
riu em 1640, jámais a perdeu nem perderá, por-
que Portugal será eterno.

Minhas Senhoras e meus Senhores:

Remontando de elo em elo até aos longin-
quos tempos da fundação da Nacionalidade Por-
– tuguesa, nós contemplamos orgulhosos e embe-
vecidos os; feitos gloriosos dos nossos antepas-
sados, o esfôrco homérico dos portuguêses de
todos os tempos, à energia sempre viril da raça
“lusa, a sua fé inabalável em Deus e nos destinos
da Pátria querida.

He óis sobrehumanos, temíveis guerreiros,
navegadores arrojados, conquistadores assombro-
sos, sábios eminentes, poetas inspirados e até san-
tos dos maiores emolduram as paginas da Histó-
ria Pátria. As conquis’as de Afonso Henriques
e Albuquerques, as descobertas maritimas dos
Gamas e Cabrais, a ciência de Pedro Nunes e
Garcia da Horta, as obras literárias de Camões,

 

(Continia na 4.º página)

 

MEM merecido especial aten-

ção ao Govêrno a emigração
dos trabalhadores portugueses
que desejam exercer a sua acti=
vidade temporária no estran-
Seiro.

Nesta ordem de ideias, fo:
ram publicados, em 7 do cora
rente, dois importantes diplo-
mas-—os decretos n.ºº 30.492 e
30 494; pussou a ser reduzi
da a documentação e igual»
mente reduzidos, para 20800, .
o preço do passaporte, e o dos
«vistos» consulares.

O trabalhador, e isso é o:
mais importante deixa de es
tar acorrentado à exploração
ignóbil de muitos engajadores
e agentes de passagens e pas-
saportes. que às vezes o dei-
ram ficar sem camisa. Às aú-
toridades administrativas pas-
sam a fazer o convitt à inscri-
ção dos trabalhadores que
queiramemigrar para o estran-.
geiro em cumprimento de con-.
tratos de trabalho, procedem
ao sorteio dos trabalhadores
inscritos e réquisitam aos Go
vêrnos Civis os necessários
passaportes quando os intes
ressados não queiram utilizar
-Se dos agentes de passagens
e passaportes; preferindo-o8,
aguéles agentes não poderão
cobrar em caso algum mais
de 50300.

Foi autorizada a substitais.
ção da caução militar por uma

“sarantia bancária eo traba.

lhador não terá preocupaçõe
para a obter. ,
São de conta do contratans
te as viagens dos trabalhado:
res que se destinem à França.
o Da
A subscrição para o monu-
mento ao Condestável D.
Nuno.Aºlvares Pereira, a erigir
na cidade de Abrantes, atingiu
cerca de 55 contos em princi-
pios dêste mês.
«24 Qro
Temos recebido diversas car-
tas de felicitação pelos ar=
tigos publicados acêrca dos
acontecimentos internacionais.
E consideramo-nos satisfei-
tos porque essas cartas vêm
subscritas por pessoas que dis=
feutam da maior reputação
moral. á
“Não nos enchemos de vaidas
de, é certo, mas tais provas

“| de. simpatia são o testemanho

claro e iniludível de que esa
tamos dentro dos bons princta
pios e animam-nos a prosse-
Suir com a mesma energia na
defesa déles..

E” claro que os pequenos jor«
nais podem marcar uma linha
de conduta sem tibiezas, repes
lir e condenar tudo o que re=
presente jogos malabares; e q
sua voz, por muito fraca que
seja, é clara e serena e pode-se
fazer ouvir muito longe.

A pequena Imprensa. como é
agora uso chamar-lhe, até tem
o direito de não se querer ven=
der…

Não é porque falte quem a
queira comprar… e bem!alte quem a
queira comprar… e bem!

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A Comarca da Sertã

es TOO DO RO TT

Horário da carreira de Passageiros entre Castelo Branco (est.) e Sertã
CONCESSIONÁRIO Companhia Viação de Scrnache, Ld.’

Chegada | Partida Chegada | Partída
Castelo Branco (estação) . — OVO | Sertã co : ac 15,30
Castelo Branco SE 9,05 9,15 || Moínho do Cabo . : 15,45 | 15,45
Faberna Séca. cc. 9,35 9,35 || Vale do Pereiro É 15,90: 15,90
Cabeça do Intante.. 2… 1 95 9,55 || Moinho Branco 10 | JOD ld
Sarzedas. . +. +. – «| 10,00 | 10,10 || Proença a Nova o | 16,19: 10,26
Monte Gordo . =» «| 10,25 | 10,25 | Sobreira Formosa. 116,50: 117,00
Catraia Cimeira o» «| 10,40 | 10,40 || Catraia Cimeira 800.1 17,20: 1 17,20
Sobreira Formosa. . . 11,00 | 11,10 || Monte Gordo. | TAS 11,99
Proença a Nova cs 11,34 | 11,45 | Sarzedas. . . . 17,50 | 18,00
Moínho Branco . .. 12,05 | 12,05 || Cabeça do Infante. ‘ 18,05 | 18,05
Male do Pereiro sc: 12,10 | 12,10 || Taberna Sêca. Ê 18,25 | 18,25
Moinho do Cabo . . 12,15 | 12,15 || Castelo Branco e 18,45 | 18,55
Sertã os : 12,30 — Castelo Branco (estação) 19,00 —
EFECTUAM-SE DIARIAMENTE
R A E ns s 5 pr
O Heroismo do Soldado Francês | Julgado Municipal de Qleirs| Se W. Ex.: está compra-

cce coa. covag rogo coco gos

<O quadro de honra dessa es-
plêndida mocidade, que está nes-
ta duríssima batalha a engrinal-
dar de novo glórias à França
católica, a sua geração nova de
alma caldeada no crisol de Cris-
to, completa-o o depoimento dos
próprios inimigos implacáveis.
Poisarão regalados os olhos do
mundo que confia do resgate da
França que mil desvairos doutri-
nários quiseram fazer apodrecer,
nesta confissão do jornal alemão
«Hamburger Tageblatt», que ve-
mos referida no «Figaro» de 2
de Junho:

«Não faremos melhor elogio
dos nossos soldados do que pres-
tando a homenagem devida aos
nossos adversários, e entre êles,
aos mais novos. Numa casa-ma-

“ta, depois de horas de um ataque
formidável dos nossos com em-
prêgo de tôdas as potências da
guerra moderna, batia se o últi-
mo homem entre muitos mortos
é Ícridos. Um obús alemão des-

fez-lhe a metralhadora e levou-

lhe uma das mãos Com a outra,
o bravo pegou no seu revólver é
disparou até cair, numa luta cor-
po-a-corpo. Não morrera do gol-
pe. O coronel alemão chegou-se
a êle, tirou lhe da mão a arma e
apertou-lha entre as suas, cheio
de admíração pela sua bravura.
Sentimo-nos orgulhosos de com-
bater contra inimigos tam dignos.
Tinha 18 anos êste herói, São
aos milhares os bravos soldados
franceses ainda quási imberbes
como êste»,

iDo magnífico diário de
Lisboa «Novidades»)

E um sentimento de dignidas
de fazer justiça aos próprios ini-

migos.
ata

Ensino Particular

Foi para o Diário do Govêr-
no o despacho ministerial pror-
rogando até 30 de Junho o prazo

 

para opção pelo ensino de um |

dos sexos em colégios e escolas
particulares.

. Conforme êsse despacho, con-
siderar-se-ão, quanto aos estabe-
lecimentos de ensino situados
em terra que não seja capital de
distrito e mediante requerimento

fundamentado, as circunstâncias |

especiais que justifiquem uma
solução adequada e transitória.

RBESERA Rios

CERTA DIA

Precisa-se que saiba co-
sinhar e outros serviços ca-
seiros.

Dirigir à SAPATARIA
BENJAMIM.

Rua Serpa Pinto, 109 a 113
TOMAR

Este número foi visado pela

Comissão de Censura
de Castelo Branco

|
|ANUNCIO
2: PUBLICAÇÃO

Por êste Juizo, única sec
ção da Secretaria Judicial
deste Julgado e autos de e-
xecução que o exequente
Ministério Publico move
contra o executado Daniel
Mateus Muralha, solteiro,
maior, proprietário, residen-
te no lugar da Povoinha, fre-
guesia e concelho de Oleiros
correm éditos de vinte dias
a contar da segunda e ulti-
ma publicação do presente
anuncio, citando os crédores
desconhecidos para no pra
zo de dez dias, findo que seja
o dos éditos, deduzirem o
seu pedido, indicando a na-
tureza, montante e origem
do seu crédito e cfarecendo
logo as provas.

Oleir:s, 23 de Muio de:
1940,
O Chefe de secção, —Jodo
Texugo de Sousa
Verifiquei
O Juiz Municipal, — Antonio
Ferreira Pinto.

 

Norberto Pereira
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Convém aproveitar o tempo
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Nesta R dacção indica se
um professor particular ha-
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Saída 9,20 Saída 17,30
» Pernes 10,00 » Sernache i 17,50
» Torres Novas 10,35 Saída 18,00
O Tomur 11,20 » Ferreira do a o
» Ferreira do louro 11,00 EO a 19,40
> Sernache 13,00 » Torres Novas 20,25
>» Sertã 13,20 » Pernes * 21,00
Ê : » Santarém 21,40
E saldo so > Cartaxo 22,10
» — Cesteiro >» Vila Franca 23,10
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A Comarca da Sertã

ey,

Em, um
E SV,
Ca ta A

=

es ra e Ea a es se ”
Estiveram na Sertã os srs.
ddrião Morais David e espô-
sa, Mário Ascensão e espôsa e
Ricardo Moreira dos Reis, de
Lisboa; tr. Hermano Marinha,
de Evora dr “ustódio Lopes
de Castro, de Tomar, João
Mateus Báriolo, de Proença-a-
Nova e dr. José Barata €C. e
Silva e espôsa de Tomar.

— Retiraram para Lisboa o
sr. Eutíguio Belmonte de Le-
mos e cspôsa,

-— Encontram-se: na Sertã,
o sr. dr. João do Carmo C,
Botelho, de Escalos de Baixo
e em S. Torcato (Guimarãâis),
o sr. Manoel Ramos, de Lisboa.

— De Coimbra regressou à
Sertã o sr. António Domingos
Barata.

— De visita a sua família es»
teve em Santo Estêvão (Cabde-
cudo), Mademoiselle Maria da
Conceição Ferreira, funcioná-
ria dos Correios em Castelo
Branco.

Aniversários natalícios :

 

6, D. Arminda Júlia Fogaça
dos Santos, espôsa do sr. José
Félir dos Santos, Lagos; 7,
D. Ifigênia N. Corrêa e Silva
e menina Maria de la Salette
Martins, tilha do sr. dr. Car-
los Martins; 9, Mademoiselle
Alda da Silva Bartolo e dr.
Flávio dos Reis e Moura; Il,

“D. Fernanda Tasso de Figuei-
redo, Lisboa; 12, D, Maria
lida Gameiro Barata Corrêa,
espôsa do sr. dr. José Barata
C. e Silva, Tomar, dr. Ber-

nardo Ferreira de Matos, Lis-

boa e Mademoiselle Lídia Man»
so; 16, D. Maria de Lourdes
“Graça Bernardino-e Francisco
A. Marrafas, Lisboa; 16, Er-
“nesto E. Carvalho Leitão, Lis-

“boa; 17, António Farinha Go-

“mes, Lisboa; 18, menino An-
gelo, filho do sr. Angelo Bos-
tos; 19, menina Rosa de Oli-
veira Gomes, filha do sr. An-
tónio Farinha Gomes, Lisboa.

Parabens.
828 6) pa

CINEMA

Na próxima 5.º feira, 20, exi.
be-se no nosso <«écran» o mas
gnífico filme Terra de Ninguém.

sega

Do filme “Bocage”

 

Exibido no Cine-Teatro Tasso,
da Sertã, em 22 de Setembro
de 1959 |

-. LUNDUM

À mulátinha
Quando canta o seu landum
Não pense em moço ninhum
Pensa na sua terrinha…

Pois eu coitada
Desde que o mê oio o vê
Trago a almia despegada

E agarrada

A? di você

Ão violão
Canto e não sei o quê canto,
Dá-me no corpo um quêbranto
Que mi quebra o coração…
Vejo o seu moço,
E mi faço tóda em ais
Põe se me um nó no pêscoço
E não posso
Cantar mais…

O men amor
Chora como um cavaquinho
Quando toca mais fininho
Numa noite di calor

E tanto chora,
Que se a corda dá di si,
Vou di barco barra fora,

Vou-me embora

P’ro Brazi…

(Versos de Matos Sequeira e *
Pereira Coelho — música de;

Rodrigues).

 

Através da Comarca

 

Gentonários

MADEIRÁ, 3 — Também nesta aldeia, perdida en-
tre as s.rranias e isolada do mundo por falta de vias de
comunicação, foi comemorado o inicio das festas centená-
rias, tão prejudicadas pela sangrenta luta em que a Euron
pa se debate neste momento,

Pelas 11 horas de ontem, os sinos repicaram festi«
vamente e pelas 17 horas, na igreja matriz, realizou-se
um solemne Te-Deum, a que concorreram muitos fieis.

Amanhã, 4, com a formação dos alunos das duas
escolas oficiais, serão içadas na escola masculina, as ban-
deiras Nacional e da Fundação, fazendo os respectivos
professores prelecções alusivas a este acto. E

e,
o Sal

Comemorações Centenárias

FEDROGÃO PEQUENO, 2 — Celebrou-se um Te-
Deum na Igreja Matriz, cantado pelos Rev.ºs Padres Sera-
fim dos Anjos Serra e António Fernandes da Silva Mar-
tins e a que assistiram os professores desta vila e regentes
do Bravo e Vale da Galega, com os respectivos alunos,
vogais da Junta de Freguesia, regedor e outras entidades
oficiais, além de muíto povo que enchia completamente as
três naves e o côro da Igreja Matriz.

– Após a missa e antes do Te-Deum comemorativo
dos Centenários; proferiu uma breve oração, repassada de
alto sentimento patriótico e religioso, o pároco da fregue-
sia, Rev.º Serafim dos Anjos Serra,

O cortejo formado pelos alunos de tôda a freguesia,
| em número de-160, com as suas bandeirinhas da Fundação

mara Municipal da Sertã, foi um efeito surpreendente e de
erande cunho patriótico, cantando no seu trajecto hinos
religiosos, «A Portuguesa», e o Hino da Restauração». |

cego E;

O que tem sido a instrução em
Cambas

CAMBAS, 4 — A escola desta localidade está práti-
camente sem professora há oito longos anos. São oito
anos de instrução perdida. Duas gerações ficaram privadas
dêsse beneficio a-pesar-de o Govêrno pagar muitó caro
para que tal não sucedesse. Várias vezes se pediram pro-
vidências para que êste estado de coisas não continuasse
e não deve continuar. Ultimamente, para dar satisfação à
povoação, foi afastada do serviço, por incompetência pro-
ficional, a professora e colocada na escola uma regente;
não sabemos porque motivo parece querer, apora que es-
tamos quási no fim do ano lectivo, voltar ao serviço, tal«
vez com o fim de nos prejudicar mais. Tendo cometido já
muitas irregularidades, bom era que a não deixassem fazer
mais. E Re E a e
teceu também no fim do outro — abria as portas da escola;
alunos, porém, nenhum aparecia; a«pesar-disso, os mapas
eram preenchidos como se tudo corresse normalmente.
Actualmente, porque teima apresentar-se ao serviço com
manifesto repúdio de todos, está sucedendo o mesmo.

Todos os pais e crianças desta povoação levantam
bem alto o grito de protêsto por se sentirem lesados nos
seus direitos, o que é do conhecimento de todos, inclusivé
do sr. Director Escolar do Distrito, a quem várias vezes
foram pedidas providências.

Embora seja bastante o que dizemos, muito mais é
o que fica por dizer. E” preciso, acima de tudo, acabar co
abusos inteiramente inadmissíveis. E

<a
Noticias Diversas

PESO, 6 — Pelo Exm.º Director da Companhia de
Seguros a «Mundial» sr. Alfredo de Oliveira Pires e pelo
sr. José da Silva, nossos conterrâneos, foi-nos cedido gra-
tuitamente, para beneficio da nossa terra, a parte do ter-
reno que lhes pertencia no local onde vai fazer-se o largo
do chafariz. O restante terreno que lhe fica anexo, e que
era pertença do sr, Américo de Oliveira Pires, foi desti-
nado ao mesmo fim pelo que foi expropriado pela Exm.?
Câmara de Vila de Rei. No louvável desejo de tornar mais
amplo e agradável o dito recinto, iniciativa que aplaudi-
mos sem reservas, somos informados de que se pretende
demolir um velho e inestético casebre que lhe fica junto,
servindo actualmente de palheiro, e a que outrora se dava
o nome impróprio de «Casa do Povo» não só por ser des-
tituída das mais rudimentares condições de higiene, mas
também por ser pertença exclusiva da igreja.

Pela lei da separação, o Estado passou a ser o seu
detentor, mas, pela concordata que o Govêrno da Nação
recentemente estabeleceu com a Santa Sé, ela voltará de
novo à posse da igreja, e assim, os seus aquiridores terão
de entender-se com o bispado da Diocese, porque só êle
decidirá da sua cedência.

— Está=se procedendo a reparações na igreja matriz,
rebocando e caiafdo as paredes, alindando-se assim O
templo que há muita carecia de obras,

‘ da Nacionalidade Portuguesa, oferecidas pela Exm.? Cà- :

” No princípio do ano lectivo corrente — o que acon- |. Sertã-Cumiada, em que os flhós
“em Lisboa, andam tam empenhados; continuamos pedindo
– para que se não esqueçam de tam grande beneficio para a

 

(Noticiário dos nossos correspondentes)

— Nêste mesmo lugar aludimos há já algum tempo
âcêrca de enorme prejuizo que resulta para a nossa fre-
guesia do mau estado de conservação da Estrada que nos
liga a Vila de Rei, pedindo então as necessárias providên-
cias. Porém, até hoje, e a-pesar-do nosso instante apélo,
ainda não logrâmos ser atendidos pela entidade que supe-
rintende em tais serviços. e

Vimos pois lembrar uma vez mais a situação deplo-
rável em que nos encontramos sempre que precisemos de
utilizar-nos da dita estrada.

Principalmente a viação acelerada quando a ela re-
corremos, quer para transportes pessoais, quer para trans-
porte de mercadorias necessárias ao consumo dêste povo,
está sendo grandemente prejudicada o que acarreta pre-
juizos de tôda a ordem. Insistimos pois em dizer que a
reparação que se impõe é de uma necessidade absoluta e
inadiável. Sabemos muito bem que os minguados recursos
da Junta de Freguesia não lhe permitem custear a dita re-
paração e por isso apelamos confiadamente para a Câma-
ra Municipal, certos de que ela se dignará atender sem
mais delongas a nossa justa pretensão, e o erário do Mu-
nicípio nem tanto sofrerá com isso, e menos ainda apro-
veitando-se a benemerência de alguns particulares que
decidem contribuir com o seu auxílio pecuniário para com
o seu incentivo evitarem que a nossa terra seja atirada
para um completo isolamento por falta daquêle único meio
de comunicação. “e

— Do Rio de Janeiro, Brazil, onde permanecia há
18 longos anos, acaba de chegar a esta aldeia, terra da
sua naturalidade, onde tenciona passar alguns mezes de
bem merecido repouso, em companhia de sua família, o
nosso amigo sr, Carlos Farinha Portela, aquem apresenta-
mos cumprimentos de boas vindas. Neo

— De Lisboa a Exm.2 Sr.? D. Beatriz Simões e sua
sobrinha a Sr.? D. Ana da Silva. :

— O mildio tem produzido grandes estragos nas Vi-
deiras o que traz os agricultores descontentes, pois é de
esperar uma fraca colheita, su

— Para Comemorar as festas dos Centenários rea-
lizou-se no dia 2, com tôda a solenidade um Te-Deum na
igreja de S. João Batista, encontrando-se o templo reple-
to de fieis. O dia 4, especialmente destinado a celebrar O
8º centenário da Constituição da Nacionalidade e Come-
morações do duplo Centenário da Fundação e Restaura-
ção, foi um dia de alegria em que compartilhou todo O
povo desta freguesia. Muitas dezenas de crianças das es-
colas Primátias empunhando bandeiras da Fundação, per-
correram, acompanhadas dos respectivos professores, as
ruas desta localidade, gritando bem alto o nome de Por-

“tugal e entoando hinos patrióticos e relígiosos. Foram

queimadas muitas dezenas de foguetes. é

Esses

“CUMIADA, 7 — Começaram os arranjos do adro
da igrela matriz da freguesia que no fim de prontos, em-
belezarão sobremaneira o pitoresco e aprazível monte de
Sant’Ana. E justo é que uma igreja nova, tenha junto de
si um adro condigno.

“ — Nada sabemos sôbre a construção da estrada.
; : desta terra residentes

sua e nossa terra natal.

— Esteve bastante atacado de reumatismo, reten-
do-o alguns dias na cama, o nosso prior, sr. Padre Isidro
Farinha; felizmente já está melhor, celebrando com regu-
Jaridade, embora com algumas dificuldades.

— Devido à queda que deu de um carro, esteve
muito doente, sentindo agora bastantes melhoras, o sr.
Manuel Nunes Costa, do Casal do Calvo, Chocou-nos es-
ta noticia, especialmente por sabermos que tencionava saír
no dia seguinte para Lisboa, passar alguns dias na casa
de seu filho sr. João Nunes Costa.

— Também tem estado muito doentinha a menina
Maria Amélia Marçal da Silva, filha do digno depositário
da caixa postal sr. Afonso Marçal da Silva, do Casal de
Sant’Ana. A doença da interessante pequenita tem trazido

“tôda a sua familia triste, principalmente os pais de quem

ela é tôdo o enlêvo e a alegria de tôda a sua vizinhança,
A todos os doentes desejamos do coração as rápidas me-
lhoras.

— Começaram as festas patrióticas da Fundação e
Restauração de Portugal. Nesta pequenina freguesia não
foram elas esquecidas. No dia 2, o sr. Padre Isidro Fari-
nha falou ao Evangelho, cheio de entusiasmo e patriotis-
mo e ao mesmo tempo, duma ianeira impressionante, só-
bre a Fundação e Restauração da Pátria querida e fé
cristã que sempre nostearam êstes acontecimentos. No dia
4 foram desfraldadas as Bandeiras Portuguesa e da Fun-
dação no edificio escolar e em ocasião que muitos fogue-
tes e morteiros reboavam nos ares, AO meio dia todos os
alunos do escola, perfilados como pequenitos soldados,
tendo à frente a sua professora D. Laurinda Rosa Bicho,
saiidavam as Bandeiras, com tanto respeito e amor que
comovia tôdas as pessoas que a êste acto tam glorioso
quiseram comparecer, Foram depois para a escola onde a
sua professora lhes fez uma pequena e simples palestra a
respeito das festas que se comemoravam nêsse dia. A”
mesma hora os sinos da ‘greja começaram a soar com vi-
gor e os foguetes constantemente a ouvirem-se, anuncia-
vam a todos os habitantes desta humilde e boa freguesia,
as grandes festas, as festas do nosso querido e santo Por-
tugal.

Q

Ensino Primário

quinzena de Junho.
As provas do exame. de 3.º |
classe iniciam-se em 1 de Julho, |

 

; 1940.

Dezembro de 1940.

destinados à cada uma das três |
classes do ensino primário ele-
Às provas de passagem à 2.º | mentar: Dr. Agostinho Celso de
e 3.º classes realizam-se na 2.º, Azevedo Campos;
de liceu: José Saraiva e Francis-
co Júlio Martins Sequeira; Ins-
pectores de ensino primá io: D.
devendo estar terminadas em 14. Felismina. da Glória Oliveira e
À idade legal, mínima, é de 9 D. Aurea Judite do Amaral; Di-
anos referida a 1 de Outubro da rectores do distrito escolar: Ar-
|, ménio Gomes dos Santos, Do
Os exames da 4.º classe (2.º mingos de Azevedo Rodrigues
grau), iniciam-se em 15 de Julho Evangelista e António José Es-
e vão até o dia 31. À idade le-, carameia; Professores de ensino
gal mínima é de 11 anos com- primário: Manuel António Janei-
pletos ou a completar até 31 de ro Acabado, D. Clotilde da Con-
‘ceição Mateus e António Fialho;
| Artistas: Emérico Nunes, D. Lau-
Foi nomeada a seguinte co- ra Costa, D Raquel-Roque Ga-
A. Correia Leite e Armando missão para a elaboração e ilus-; meiro e professor do ensino té.
tração dos textos do livro único cnico Rui de Morais Vaz.

DOENTES.
– Encontra se g âvemente doen
te a sr.º D Ifigênia Neves Cor
ra e Silva.

— Também têm estado doentes
aguardanio o leito há dias, a sr.
D. Maria Luíza Lourenço, espôsa
do sr António da Silva Louren-
ço e o menino Armando, filho do
sr. dr, Armando Tóôrres Paulo.

Desejamos, muito sinceramen-
te, o restabelecimento rápido de
todos.

Professores

ts

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio
e produtos da sua indústria ?

Gastando uma insignificância,
pode arunciáclos na «Comarca
da Sertã».

 

Tribunal Judicial

 

“MOVIMENTO DE MAIO

Distribuição : 6) Inventários or=
fanclógicos por óbitos de: João
Francisco Xavier Franco, Amio-
so Sertã; Piedade Sobral Fernan= .
do, Sobreita Fermos:; Maria da
Purificação Maljoca, Proença-a-..
Nova; Nzz1 é Fernandes, Vale de :
Agua, Proença-a-Nova; Beatriz,

Rodrigues, Castanheira, Sobreira

F.rmos:; Manoel Dias Branco,..
Lameita da Ordem, 8. Pedro do
Esteval; Conceição de Jesus, Ver:
gão Cimeiro, Proença-a-Nova;
Maria Hermínia Rosa, Vale da.
Mua, Peral. O
9, Francisco Martins Camelo,
Macieira, Amícira; Clementina de
Jesus, Sabugal, Sobrel; Manoel
Barata, Póvoa do Serrado, Mas.
deiiã; Manoel Filipe, Vale da
Ouzanda, Estreitc; Maria da Car-,
mo Mendes, Roqueiro, Estreito, ,
Maria da Cenceição, Pedrogão
Pequeno; José Martinho, Pampi-
lhal, Sernache do Bomjardim;
Maria do Rosário Vale Santos-da
Rocha, Sertã, 13) José Barata,
Cavalo, Oleiros (vindo do Julga-
do Municipal de O eiros); Ade-
lino Mertins, Vila de Rei. e
16) Acção sumaríssima em que.
é autor o Delegado do Procura.
dor da República na dupla qua-
lidade de representante do Estado,
e dos Corpos Administrativos e
réu, José Aparício, casado, ex«
chefe da Secretaria Municipal,
Vila de Rei; 23) Inventários orfa-
nológicos por óbitos de: Maria
do Carmo, Vilar do Meio, Ma-
deiiã (vindo do J. M. de Oleiros);
Antônio Antunes, Sarnadas de
Baixo, Alvaro (idem); José Alves,
Cava, Madeira (partilha adicio-,
nal, idem); Maria de Jesus Matr-
tins, Talvinheira, Alvaro (vindo.
do |]. M. de Oleiros); Inventário
de maioies por óbito de João
Goncalves e mulher Maria Ca =
dosa, Castanheira Sobreira Fora
mosa. | so

O Almirante Jean Abrial

O actual defensor do campo
entrincheirado de Dunkerque não
é desconhecido em Portugal. Veio
a Lisboa em Junho de 1937 quana
do comandava a esquadra fran-
cesa do Mediterrâneo. Por essa
ocasião, a 14 de Junho, depôs .
uma coroa de flores no monu-
mento aos mortos da guerra, no
decurso de uma imponente ceri-
mónia. Seguidamente, recebido
pelo Dr Oliveira Salazar, man-
teve com êle uma longa con-
versação.

O almirante Abrial conta ac-
tualmente 61 anos de idade e é
filho de um recebedor dos im-
postos em Realmont (Tarn). In-
gressou na Escola Naval em 1896
e idesempenhou no Oriente uma
missão hidrográfica, na Indochi-
na; oficial artilheiro, mais tarde,
a última guerra surpreendeu-o
no cargo qe chefe do serviço da
artilharia e director de tiro do
couraçado « /ean Bart». Em 1916,
comandante da canhoeira AR=
DENT, patrulhou o Atlântico.
Em 1917, obtida a carta de ob=
servador aeronáutico, participou
na luta contra os submarinos.
Depois da guerra, ascendeu em
1922 a comandante da 3.º es-
quadrilha de torpedeiros, em
1925 foi nomeado assistente no
centro dos Altos Estudos Nas
vais. Depois de, transitoriamen-
te, haver comandado o cruzador
Tourville, foi promovido a con-
tra-almicante a 5 de Março de
1931 e a chefe de E-tado Maior
da -1.º Esquadra. Por fim, em
1936, assumiu o comando da es-
quadra francesa do Mediterrâneo.
Pouco depois da sua passagem
por Lisboa, foi agraciado com o
grande oficialato da Legião de
Honra: Entrou no conselho Su- .
perior da Marinha e assumiu, no
comêço da guerra, as lunções de
comandante chefe das Fôrças Mas
rítimas do Norte.

Commandante Yves Branmandante Yves Bran

@@@ 1 @@@

 

teve
teias

Comemorações

A Comarca da Sertã –

de O Gr

Epoca medieval: Junho, 13 —
Romagem ao local tradicional da
batalha de Ourique (1139); inau-
guração do padrão comemorativo
em Cabeço de Rei. Partida para
Faro. 14 — Festa provincial do
Algarve. Comemoração da toma-
da de Faro (1249) e do quarto
centenário da sua elevação a ci
dade (1540). 15 — Actos solenes
de Lagos e Sagres. Preito ao In-
fante e aos navegadores do ciclo
henriquino, percursores do Impé-
rio. Missa campal no rochedo de

E A MS A

A Oração à Virgem será radio-
difundida para todo o Mundo
Português e constitue o pórtico
dos actos e solenidades que terão
logar em Sagres.

Finda a Oração iluminar-se-á
a Cruz de Cristo monumental,
erguida no extremo sul do pro-
montório, que se conservará ilu-
a até à madrugada do dia

A’s 22,30-Toque de recolher
na Fortaleza, Velada dºArmas.
A guarda da fortaleza é asse-

 

Sagres; bênção ritual do Mar.

Epoca imperial: 16—Inaugu-
ração da Exposição do Mundo
Português. 22—Recepção de cre-
denciais das Embaixadas extraor-
dinárias e Missões especiais es-
trangeiras no Palácio de Belém.
Visita à Exposição.

x

Glorificação do Infante e dos
Navegadores do Ciclo Henri
quino

14 de Junho—Chegada a Sa-

gres das Representações da Mo-
cidade Portuguêsa e da Legião
Portuguêsa.
“As representações bivacarão
em Sagres, nos terrenos adjacen-
tes á povoação, e ali permanece-
rão até ao dia seguinte.

Visita dos Filiados da M.P.
e dos Legionários à Fortaleza.
Prédica por um graduado da M.
P. sôbre o significado dos actos
e solenidades que terão logar no
promontório.l

Chegada á baia de Sagres dos
navios da Divisão Naval portu-
guêsa e do navio-escola brazilei-
ro «Almirante Saldanha».

As 21,80 — Procissão das Ve
as. ;
“A procissão sái da capela da
N.º Senhora da Graça e faz o cir-
cuito completo da Fortaleza, re-
gressando de novo à Capela.

Oração à Virgem:

Senhora de Sagres

Virgem fazedora

de tantos milagres !

Divina Rainha

da Córte dos Astros |

Senhora Madrinha –

das primeiras velas

que, em dias de outrora,

por entre procelas

sulcaram O mar,

levando nos mastros

à Cruz a sangrar;
— Paz ás almas dos nautas que morreram

por dem

da Pátria-Mái,

para glória maior dos que venceram |
Amen.

» Senhora de Sagres !
Wrgem fazedora
de tantos milagres |
Divina Rainha
da suprema Córte !
Senhora Madrinha
dos bons pescadores !
Santa protectora
& amparo das dôres
dos bravos, sem par,
que encontram a morte
na faina do mar:
— Por entre as ogivas de viçosas palmas,
no bem
do eterno Além,
dai sereno descanso às suas almas |
Amen,

Senhóta de Sagres |
Virgem fazedora

de tantos milagres |
Divina Rainha

do Mundo cristão :
Senhora Madrinha

do mar da Saudade:
— 30 chegar a hora
da vil tempestade,
domai-o de vez!

— fai-lhe coração
pois que é português !

Velho romeiro de oitocentos anos
pelos rudes caminhos dos oceanos,
eis o que vos suplica Portugal
Senhora Virgem-lãi d’alta memória |
Eis o que vos suplica Portugal, –

gurada por Legionários, em 4
| postos instalados nos adarves das
“muralhas. As sentinelas soltarão,
‘ durante a noite, os usuais brados
– de alerta.

| Durante tôda a noite arderão
‘ barricas de alcatrão colocadas na
| base exterior das muralhas, em
tôda a sua extensão.

Os navios da Divisão Naval
conservar-se ão iluminados até
às 24 horas e realisarão exerci-
cios luminosss com seus projec-
tores.

15 de Junho. — A?s 6,30 —
Alvorada na Fortaleza.

A’s 8-—Hastear das bandeiras

Nacional e da Cruz de Cristo
nos mastros da Fortaleza, peran-
te as representações da M, P. e
da L. P. e fôrças desembarcadas
dos navios da Divisão Naval, em
grande formatura.
« Durante a marcha de continên-
cia as bandeiras subirão lenta:
mente até ao tope dos mastros,
içadas pelos dois mais jovens
Filiados da M. P.

À’s 9 — Concentração das re-
presentações que constituem o
Cortejo que acompanhará o Chefe
de Estado e S, Eminência o Sr.
Cardeal Patriarca ao local onde
se realisarão as solenidades re-
ligiosas.

A concentração faz-se no páteo
da fortaleza, devendo as repre-
sentações guardar os logares que
lhes sejam designados.

A’s 10—Chegada de S. Ex.º o
Presidente da República a Sagres.

do Estado é formada pelas repre-
sentações da M, P. e da L. P. e
de fôrças do Exército e da Ma-
rinha, estendidas em 2 colunas
desde a entrada da fortaleza até
à estrada do farol de S. Vicente.

Sua Excelência será recebido
no exterior da fortaleza por Sua
Eminência o Sr. Cardeal Patri-
arca.

Aºs 10,30–Solene-Missa Cam-
pal celebrada por S. Excelência
Reverendíssima o Snr Bispo do
Algarve com. a assistência de S.
Eminência o Sr, Cardeal Patriarca.

Aºs 11,45 — Benção Ritual do
Mar. Do alto do promontório de
Sagres, Sua Eminência o Sr. Car-
deal Patriarca, Príncipe da Igreja
portuguêsa, invocará em favor
do Mar e do Império, a Bênção
Divina.

Finda a cerimónia da Bênção,
trombeteiros medievais executas
rão a marcha. guerreira da Fun
dação. Salvas por todos os na-
vios de guerra surtos na baía,

4º’s 12— Representação do Au-
to «Rosas de Santa Maria», evcoa-
tivo do regresso de Gil Eanes
depois da passagem do Cabo
Bojadoór.

O Auto foi expressamente es-
crito e musicado para ser repre-
sentado em Sagres por autores
algarvios: o poeta Cân ido Guer-
reiro e o musicólogo Fernando
Lopes. Será representado ao ar
livre, em cenário apropriado, por
um grupo de artistas teatrais por-
tugueses.

O ramo de rosas que, em uma
das cênas do Auto, Gil Eanes
entrega ao Infante, como sinal
das terras que descobriu e da
sua semelhança com as terras do
reino, é formado por rosas ofi-
undas das Colónias portuguesas
— uma por cada Colónia — feitas
de ouro. prata ou outros metais
extraídos do seu solo.

 

e. vos deve tôda a glória
à seu destino imortal

E’ este o ramo simbólico das

À Guarda de honra ao Chefe

 

Toponímia da Sertã

A Câmara Municipal deliberou
por unanimidade: dar à rua do
Soalheiro. o nome de D. Nuno
Alvares Pereira; à avenida Bai-
ma de Bastos, rua Gonçalo Ro-
drigues Caldeira; ao largo da
Fonte de S. Sebastião, Lopo Bar-
riga; à rua de Ourém Dr. Temus
do da Fonseca; ao largo das
Acácias, Dr. João António de
Azevedo; à rua em frente do
Adro da igreja matriz, Padre
Manso de Lima; à rua da Portela,
Cinco de Outubro; à rua do Aba-
de, Vinte e Oito de Maio; à par-
te da estrada nacional desde a
rua dos Combatentes da Grande
Guerra (em Santo António) até à
Praça da República, paralela à
rua D. Nuno Alvares Pereira
(antiga rua do Soalheiro), rua
Pero da Sertã.

Deliberou mais manter os no-
mes antigos dos restantes largos,
praças e arruamentos, colocar
placas com os nomes respectivos
naquêles onde não existem e pro-
ceder à numeração policial.

HOP

Vacinação contra a varíola

Desde o dia 6 que se está a
proceder às vacinações contra a
varíola no nosso’ concelho, a
qual é obrigatória para as crian-
ças.

Damos o dia e hora em que
elas se efectuam nas sedes das
respectivas freguesias :

Troviscal, dia 6, às 9 horas;
Cabeçudo, 11âs 10; Ermida(no Fi-
gueiredo), 13, às 10; Figueiredo,
13, às 10; Várzea, 13, às 14; Mar-
meleiro, 16, às 11; Cumeada; 16,
às 10; Sertã, tôdas as terças-fei-
ras de Junho, pelas 12 horas; Cas-
telo, 24, às 15: Nesperal, 26, às
15; Palhais, 20, às 15; Sernache,
todos os domingos de Junho, pe-
las 11 horas; Carvalhal, 17, às
10; Pedrógão Pequeno, todos os
domingos de Junho, às 10 horas.

Festividades Religiosas

Realizou-se no passado do-

mingo, nos Calvos, com o cone,

curso da Filarmónica União Ser-

taginense, a costumada festivi-,

dade anual,

Nos próximos dias 16 e 23 rea-
lizam-se, na Sertã, respectiva
mente, as festas a Santo António,
na sua pitoresca ermida cado sS.
C. de jesus, esta com comunhão
solene das crianças.

 

 

«Rosas do Império» que será de-
posto no altar da N 2 Senhora de
Guadalupe, como homenagem dos
portugueses de Além-mar à Vir-
gem protectora do Infante e dos
seus navegadores, e como sím-
bolo da sua, presença espiritual
em Sagres.

Oferta a N.º Senhora de Gua-
dalupe do ramo das «Rosas do
Império».

O ramo será entregue a S.
Excelência o Sr. Presidente da
República pelo maisjovem Filiado
da Mocidade Portuguesa que, pas
ra tal, o tomará das mãos da fi-

| gura do infante no Auto,

O Chefe de Estado fará a en
trega solene do ramo a S. Exce-
lência Reverendíssima o Sr, Bis-
po do Algarve a quem incumbe
a sua deposição no altar da vir
gem.

Durante a cerimónia da entrega
do ramo das rosas os pescadores,
em côro, entoarão a «Salvé Raí-

nha» tradicional da costa algar- |

via.

A’s 12,48 — Partida do Chefe de
Estado e da comitiva oficial para
a ermida de N.º Senhora de Gua-
dalupe.

Aº’s 13-—Na ermida de N.º Se-
nhora de Guadalupe Deposição
no altar da Virgem das «Rosas
do Império».

As 13,45 — Partida do Chefe
de Fstado e da comitiva oficial

 

para Lagos,

COMEMORAÇÕES

CENTENÁRIAS

Continuação da 1.º pagina)

João de Deus e Julio Diniz, os| Se outrora deu «novos mun-
milagres de St.º António de Lis- | dos ao mundo», agora sabe dar

boa, Raínha Santa Isabel e do
Santo Condestável, a coloniza-
ção e civilização irradiada das
praias lusitanas através dos con-
tinentes selvagens, a dilatação da

 

nobres exemplos ao mundo:
exemplos de ordem e de paz, de
administração e progresso, de
concórdia e fraternidade humana.

éHa porventura maior exem.

Fé e do Império Português por | plo de fraternidade do que aquêle
todos os recantos do Mundo afir- | que Portugal tem dado no auxí-
mam bem alto a vitalidade dum líio desinteressado e franco que
povo e o direito que tem de vi- | tem dispensado aos nossos visi-

ver livre e independente.

E se na vida dos povos como
na dos indivíduos ha sempre ho-
ras de felicidade e de amargura,
a Pátria Portuguesa tem natu-
ralmente experimentado também
períodos de expiendor e progres-
so e outros de decadência e crise
moral, motivados pela fôrça das
circunstâncias ou pelo amoleci-
mento da fé patriótica dos seus
filhos, em momentos de adver-
sidade.

Mas êsse desânimo é logo sa-
cudido com energia pelo vigor
da raça lusa, pelo seu ardor pa-
triótico, porque o calor do san-
gue de Viriato, de Afonso Hen-
riques e de Nun’Alvares jámais
deixará de aquecer o coração dos
portugueses de todos os tempos.

As virtudes cívicas amestrais
da raça lusa perduram sempre
através dos séculos.

Eº assim que a um período
de desânimo como o que se se-
guiu ao de Alcácer-Kibir logo,
surge outro de reacção como o
que se seguiu a 1640.

Em Ourique, pois, como em
Cemeja, em Montijo como em
Montes Claros, na Roliça como
no Bussaco, nas Terras de Santa
Cruz como nas longíquas para-

gens do Oriente. na Af.ica como
na Oceânia ou na Asia e Amé-.
rica, nos mares como nos conti. .
nentes, na paz como na guerra, ||

nhos espanhóis, inimigos de ou-
tros tempos? Não. Não ha nem
| pode haver maior isenção, maior
| desejó de contribuir para a paz
‘da humanidade.
Eº assim que Portugal é res-
; peitado, Portugal é considerado,
‘ Portugal tem o direito de viver
livre e independente, graças a
‘Deus e dos seus filhos mais.
“ilustres.
Tenhamos, pois, fé em Deus,
que a árvore da independência
| da Pátria, oito vezes secular, cuja
| semente regada com o sangue
“generoso dos seus filhos germi-
| nou em Our.que e ganhou fortes
itaízes em Aljubarrota e Linhas
de Elvas e em tantos campos de
lutas sangrentas, há-de continuar
“a dispensar-nos a sua sombra
protectora e amiga e os seus fru-
tos deliciosos. Saibamos porém,
ser dignos filhos de mãi tão no=
bre e conservemo-nos todos nos
nossos postos prontos a.correr
em sua defeza contra os seus inis
migos internos ou externos, ves
nham êles donde visrem
Nestes tempos t:mpestuosos
em que quási todos os povos do
Velho Continente se debatem em
lutas ferozes e em Portugal se
‘ mantem o milagre da paz e trans
“quilidade relativa, é um crime de
lesa Pátria criar dificuldades ao:
Govêrno da Nação..
Tenhamos confiança em Sala-

-vura, valor e patriotismo, tam-

a História do povo português é zar que êle com a ajuda de Deus
digna e honrosa é das maiores |e de Nossa Senhora de Fátima
do Mundo. E se o povo portu- ha-de livrar-nos do fozareiro da
guês sabe dar exemplos de bra- guerra, que tudo ameaça destruir.
Saibamos todos ser portugue-
bém sabe dar exempios de admi- ses dignos dos nossos antepas-
nistração e erdem, mormente | sados que nos legaram um nome
quando a maioria dos outros po- honrado e um Portugal glorioso,
vos, como agora sucede, se de- cujas tradíções deveremos mana
gladiam em lutas ferozes, impró- ter custe o que custar.

prias do século XX, Portugal foi | E, confiantes, curvemo nos pes
semp é e continúa a ser o ver- rante o altar da Pátria e comun-
dadeiro pioneiro da civilização guemos com devoção a hóstia do
cristã e no longo caminho já per- ‘ sacrifício, tendo sempre bem
corrido de Ourique até aos nos- , gravados na alma o nome de

 

sos dias, jámais se afastou da

nações civilizadas.

senda do dever no concêrto das |

| Portugal.
Viva Portugal eterno.
: Viva a Pátria independente. .

 

Nolasa lápis

 

(Continuação)
FINALMENTE, alguns pros

por bem, gue os não deviam
caiar !
Pois nós estamos convenci-

“dos de que só obrigados êles
cumprirão as determinações

da Câmara. Por falta de ci-
vismo ou mesmo por espírito
de contradição, há muita gen
te que sente prazer em fugir à
lei, julgando-se, contudo, no

direito, a propósito de tudo e

de nada, de afinar a rabeca pe-

lo diapasão do seu critério,

sempre estreito e curtinho de

vista!-
ppa

EXCURSÃO

Um grupo de conterrâneos nos-
sos, residentes em Lisboa, pro-
jecta, para, o dia 7 do próximo
mês de Julho, uma excursão à
nossa região, havendo, presente-
mente, cerca de 40 inscritos.

Estão fixados, como pontos
principais de visita, Sertã, Pedró-

 

Nu Pequeno e Sernache do Bom-

“jardim,

prietários de prédios ur-.
banos da Sertã entenderam,

DESASTRE

Na manhã de 5 do corrente,
quando os serradores Manoel
Guilherme e José Faustino, da
‘ Mougueira, freguesia da Sertã, se
“encontravam na propriedade da
sr.* Maria de Jesus Ramalhosa,
ao Boeiro, ao pretenderem desa
locar um pinheiro, já cortado,

| duma ladeira, Manoel Guilherme,

| que, por imprevidência, se en-
“contrava em posição inferior, foi
atingido pela árvore, ficando
muito contuso.

Depois de receber os primei-
ros socorros no hospital, reco
lheu a casa.

= 6) pa
Os amigos da “COMARCA”

O nosso amigo sr. Manvel dos
Santos Mendes, de Lisboa indi.
cou para assinante o sr. Jo.
sé Reboredo Ribas, da mesma
cidade.

Agradecemos.
+ O 44

interêsses Regionais

Foi concedida à Junta de Fre-
guesia de Sobreira Formosa a
comparticipação de Esc. 11 0354
para abastecimente de água à

 

povoação de Maxiais,