A Comarca da Sertã nº192 16-05-1940

@@@ 1 @@@

 

— Dr.

 

—- FUNDADORES –
— “Dr: José Carlos Ehrhardt —

—— António Barata e Silva aê
Dr. José Barata Corrêa e Silva í

Eduardo Barata da Silva Corrêa :

Angelo. Henriques Vidigal —

Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO Comp é tos
ç Coluando Barata daJilva Conntia TIP, PORTELA FENÃO
E sadia ”
E — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO temem ;
w| |IRUA SERPA PINTO -SERTÃ E
> ã o,
« PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS no
NO N | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | ç no o

N.º 192

al a aa

Notas +…

ce»10- ge carece ss sro qua.

Já vai alto o clamor, até nas
nações que quizeram apagar
as estrêélas do céu, dos que
apelam para as fôórças espiri-
tuais.

Está o Mundo a desmoro-
nar-se; e já reaparece tudo o
que constitue a miséria do pa-
ganismo-—o culto idolútrico da
fórça, a negação do direito que
se imponha ao interêsse da
nação mais forte, um direito
natural de escravizar os mais
fracos, a condenação orgulho»
sae inhumana das virtudes,
da docura e da misericórdia,
a selecção puramente animal
da raça, o império da tirania
mais absoluta, a ambição de-
sordenada de domínio,. Ins-
tala-seja barbárie já naEuropa,
“mas armada com todos os re-
cursos da ciência e técnica mos
dernas.

E ão contemporâneo trágicamen
te amarrado à pira do incên-
dio que loncamente ateon, esta
lição de fé, de respeito e pro-
tecção às fontes donde brota
para o Mundo a luz dos espí-
ritos e paz dos corações e à
elevação das almas, e a digni-
ficação dos homens, e a justi-
ficação da moral e do direito
ea harmonia das nações».

(Palavrasdo sr. Cardial Patriarca
a propósito da Concordata
entre Portugal e a Santa Sé).

A 1 É

O último número de «A Bei-
ra Baira» vem o seguinte
suelto :

«E outro jornal inglês, «Dais
ly Express», diz também isto
a propósito do que vai por ês-
te nosso Portugal: «Na capi
tal portuguesa não se cons-
truíram fortalezas nem abri-
gos a-pesar-da tensão do Me.
diterrâneo. O Govêrno lusitano
activa os preparativos para
que a Exposição Imperial, com

“que se comemorará o oitavo
centenário da fundação de Por-
tugal, esteja pronta a tempo»

“Comentário do nosso colega:
<E há qe estar, porque agora
tudo por cá se faz a tempo. E
há de reconhecer-se que foi
com razão que se não cons-
truíram fortalezas nem abri
£os, porque, com a ajuda de
Deus, havemos de continuar
em paz».

Oxalá assim seja. Mas sem=
pre ouvimos dizer que mais
vale prevenir do que remediar.
A época presente oferece-nos
bastos exemplos de cinismo e
de brutalidade das grandes
“contra as pequenas nações;
algumas destas que confiaram
demasiadamente no respeito
dos tratados internacionais e
na honra da pulavra dos gran»
des países, sofrem hoje os mais
horrorosos martírios.

4 eterna história do lobo e

do porápico

 

por :
|mos de Cotas que não. “vale a. “pena viver.
‘ Se o homem, que se diz civilizado, apro-
veita a sua inteligência e o seu saber para trans-

 

Oleiros, e e Vila de-Rei; e ad E e e per de Mação) E

iram meme

 

en nal i Fran é later

r ÃO é sem a a emoção que escre-
vemos estas linhas, tam impressiona-
dos ficámos ao ter conhecimento da
agressão teutónica contra a Bélgica e

Holanda. Sentimo-nos revoltados com |

mais esta brutalidade inqualificável, com esta sel-
vajaria sem nome, sarcástica e cínica, continua-
ção da série de crimes horrorosos que têm por
palco a Europa, onde a Civilização foi banida

para dar logar à opressão, à tirania, à escravi- |

dão, à ruína e à miséria.

A besta de Apocalipse, irada, parece in-
vencível na sua fúria maldita. As fôrças do Mal,
como que insubjugáveis, são uma tremenda ava-

lanche que se apresta a ruir tôda uma obra de

progresso e de felicidade humana.

Hoje assiste-se ao baquear, um após ou=’

tro, dos mais belos princípios cristãos, aqueles,

justamente, que poderiam tornar a vida do ho.

mem digna de ser vivida.

Se é a fôrça que. “domina, se um povo .
grande, de génio inventivo subordina tôda a sua
activida: d o

 

formar num inferno a existência de outro homem,
manietando-o, escravizando-o, reduzindo-o ao
estado de inconsciência, à simples condição de
coisa, marcando-lhe na fronte oferrete da igno-
mínia, hemos de observar e concluir que, menos
desgraçados que nós, são os hotentotes e as trí-
bus de vida errante que estúpidamente são consi-
deradas selvagens.

Abre-se um novo capítulo na história tráo

gica da Eurcpa dementada. Fe Nie

8

 

Movimento Judicial.

Por virtude do recente movi-
mento judicial, foi transferido,
de Abrantes para Tomar, O Juiz:
st, “dr. Custódio Lopes de Cas-
tro e, de Tomar para Alcobaça,
o Juiz sr. dr. Manoel Pinheiro
da Costa,

O’sr. dr. Lopes de Castro de:
sempenhou as mesmas funções
nesta comarca, onde, mercê das
suas explêndidas qualidades de,
carácter e coração e porque é
um magistrado íntegro e sabe-
dor, conquistou as mais doses
simpatias

FJA poucos dias faleceu na

Sertâum soldado da Guar-
da Republicana. As condições
da família são tam precárias,
uma inteliz viúva e cinco fi-
lhos pequenitos, que, para o
enterramento, teve de se fazer
uma subscrição para a compra
do caixão.

Tratando-se de um elemento
de uma prestigiosa corporação
militar, o caso tornou se no-
tado e com certa razão. Isso
uão impedin que contribnis-
sem com a maior boa vontade
todos aqueles q quem foi diri-
gido o apélo,

E

IMAGENS DA GUERRa

Coube agoraa vez à Bélgica e à Holan-
da. De nada lhes valeu o respeito-por uma-neue
tralidade que se procurava manter a;tôdo o: cus=
to. O flagelo da guerra não pouparia êstes pe-
quenos países. Era a: ‘determinação maquiavélica
daqueles que sofrem do; delírio | da conquísia e
da hegemonia.

Para atingir os fins, todos os meios ser-
vem.

E” preciso verter sangue precioso, imolar

milhões de vítimas, levar a ruína e miséria a um

povo fraco e inocente ? Que importa isso ?

Se a paz.e;os direitos das pequenas na-
ções se consideram um mito, porque não há de
a fôrça destruí-los ?

Nesta: hora, de tam dolorosas provações,

«em que os pilares da Civilização vão baqueando

estrondosamente,. parece que grande parte do
Mundo contempla indiferente, numa inconsciên-
cia louca, a tormenta medonha que o vai arra-

sando, quando o instinto de conservação, ao me-.
nos, lhe impõe o dever de um esfôrço comum
“para subjugar a ambição: desordenada. do domí-
“io, :

para exterminar a barbárie.
Há nações que uma. fôrça oculta fançou

no “caminho de insensata cobardia, depois do

atrofiamento de tudo o que representa brio, hon-
ra e dignidade.
Podem elas livrar-se do incêndio horrível?
Podem elas extinguir o brasido que cre-

pita à sua volta?

Se a França e Inglaterra são, nesta hora
calamitosa, « os arautos dos mais sagrados princi-

pios humanos, da salvaguarda da Civilização
Cristã, dos direitos e dignidade dos povos pe.

quenos e fracos, que Deus as salve.
: E. BARATA

Patrulha motorisada de reconhecimento de um esquadrão motorisado françês

POr assinada a Concordata e
– 0 Acôrdo-Missionário-en»
tre Portugal e a Santa Sé.

mentos celebrados em: confors
midade com as leis canónicas,
desde que a acta do casamen-
to seja transcrita nos compe-

Em harmonia com as propries
dades essenciais do casamento
católico, pela celebração do
casamento canónico os cônja-
ges, renunciarão à faculdade
civil de requererem o. divórcio,
gue por isso não poderá ser
aplicado pelos tribunais civis
aos casamentos católicos.

-O ensino ministrado pelo
Estado nas escolas públicas
será orientado pelos princípios

guentemente ministrar-se-á o
ensino da religião e moral
tólicas nas escolas púb

médias aos alunos cujos pais,

ou quem suas vezes fizer, não

tiverem feito pedido de isenção.
DS

PARA quem tem um aparelho

irritar os nervos é ouvir mal

tar relato de sensação ou mil=
sica boa. ;

No nosso País há uma estas
ção emissora que até faz per»

I dera paciência… a um santo !

Ninguém percebe nada do
que se diz, mas às vezes isso
é uma conveniência!

et) dep

Avenida Baima de Bastos;
em propriedade que pertencem

a Casa dos Magistrados.

. E’ também naquela artéria
que se pensa expropriar o ter
reno necessário para a cons

|trução do edifício dos Cop
reios, Telégrafos e Eoterqnçs,

rosa

és ad

ram, lamentando que aih
guns câis, dos que existelh
dentro de portas, as impeçal
de dormir, porque ladram fôt’-
temente durante tôda a santa
noite!

fram com paciência! Pior sê»

ria que não dormissem pelo:
latido daqueles outros câis
que mordem.. e não ladram des

De

DESDE 25 de À bril que estão

proibidas as vendas de
azeite para o estrangeiro, som
excepção do Brasil.

existência de azeite no País,

medidas que as circunstâncias-
aconselharem relativamente à
exportação e ao abastecimento
do mercado interno,

 

… a lápis

O Estado Português recos
nhece efeitos civis aos casa

tentes registos do estado civil.

da doutrina e moral cristãs,
tradicionais do País. Conses.

 

elementares, complementares e

receptor, o que mais pode.

qualquer emissão, sobretudo
quando se prepara para escit=.

PROJECTA conietrairadçh ne

ao falecido Eusébio do Rosário,

VÁRIAS pessoas se nos quel. a

Que havemos de fazer? Ea

Em face das declarações de,

cujo prazo terminou em 10 do.
corrente, serão adoptadas as:m 10 do.
corrente, serão adoptadas as:

@@@ 1 @@@

Azeites extra-finos, consumo e em latas estampadas de 1a 5 litros, marca (L. V. S.)

Vende para a praça e exportação aos melhores preços do mercado
Fornecedor dos principais Hotéis e Restaurantes

E US A
PRODUTOS DA CASA VAZ SERRA
Séde em SERNACHE DO BOMJA RDIM -— Beira Baixa — Telefone 4 |

 

Vinhos engarrafados das suas propriedades (Marca Registada), grande vinho de Mesa L. V. S.

Fábrica de Moagem, Serração e Oficina de Automóveis em SERNACHE DO BOMJARDIM

 

A Comarca da Sertã

 

| MADE:;RAS — Depósito em Sernache do Bomjardim.

– Azeites da região da Sertã e vinhos engarrafados — Depósito na Avenida Almirante Reis n.º 62-1.º– LISBO À

Cha Vi e Sermache, Limitada

(GARREIRA RÁPIDA)

LISBOA — ALVARO

Carreiras entre Sertã-Lishoa, Sertá- Alvaro e Sertá-Pedrógão Pequeno

 

AOS DOMINGOS ÉS SEGUNDAS FEIRAS
inte né H.M.| H. M.
SAÍDA DE LISBOA 6,30 ane DE ALVARO Raso
h E ega a ao Cesteiro
Chegada a Santarém 9,15 Seeá i 655
Saída 9,20 Saída 17,30
» Pernes 10,00 > Sernache 17,50 E
» Torres Novas 10,35|. — Saída – 18,00
» Tomar 11,20) > Ferreira do Tere 18,55
» Fereira do lezere 11,00 Saída 19,00
» Tomar 19,40
> Sernache 13,00 » Torres Novas 20,25
» Sertã 13,20 » Pernes 21,00
Saída 14.00 » Santarém “21,40
: ? » Cartaxo 22,10
ERRO 15,05] , VilaFranca 23,10
» Alvaro 15,15 » Lisboa 0,10

 

Foram estes horários estabelecidos de harmonia com as necessidades da região, “viado
assim um menor dispendio de tempo às pessoas que Os seus afazeres chamam à Capital, pelo que
esta Companhia espera que os seus clientes correspondam a mais esta vantagem, não deixando
de utilizar os seus carros

Garage em Lisboa: — Avenida Almirante Reis n.º 62-H
Telefone, 4 5503

 

Carreira de Gamionetes de Passageiros entre

SERTÃ E PROENÇA-A-NOVA
Concessionária

: Companhia Viação Sernache, bd.
Séde — Sernache do Bomljardim

o ã’s 5.º, 5.ºº e sábados Cheg. Part.
Medion ca pon 18
Proença- anova . 4 us “19

Aºs 2. is e OM feiras Cheg. | Part.
PidenEaa: Nois no ca. 6,30
segs dessa 7,30

 

Dá ligação às Carreiras da mesma Companhia, de TOMAR e LISBOA
LuxoI Gonforto! Gomodidade! Segurança! Rapidezl

 

Escritório e garage em Lisboa: Avenida Almirante Reis, 62 H,

ANUNCIO

 

(2.º Publicação) J

Faz- se saber que no dia
18 do proximo mez de Maio,
pelas 12 horas, à porta do
Tribunal Judicial desta co-
marca da Sertã, se ha-de
proceder à arrematação em
hasta publica do prédio a
seguir designado e pelo
maior lanço que for ofereci-
do acima do seu valor indi-
cado:

PRÉDIO

Uma casa de habitação,
sita no lugar do Vale Perei-
ro, freguesia da Varzea dos
Cavalsiros, construida em
terreno de Manuel Lopes.
Vai pela prineira à praça
no valor de vinte seis mil é
quatrocentos escudos.

Penhorada nos autos de

acção de letra (em execução
de sentença) em que é exe-
“quente Julia Oceana da Fon-
seca Percira e executado An- |

tonio Ribeiro Lopes, cuja e-
xecução corre seus termos
pela primeira secção da Se-
cretatia judicial da sétima
vara de Lisbua.

Sertã, 29 de Abril de 1940,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando, Torres Paulo
O Chefe da %* Secção,
Angelo Soares Bastos

Exames de Instrução Primária

Pouco falta para os exa-
mes de instrução primária.
Convém aproveitar o tempo
o melhor possível.

Nesta Redacção indica-se
um professor particular ha-
bilitado.

Horário da carreira de Passageiros entre Castelo Branco (tst.) e Sertã
CONCESSIONARIO Companhia Viação de Sernache, Ld.’

Chegada | Partida Chegada | Partida
Castelo Branco (estação) . | — 9,00 || Sertã . Mi — | 1530
Castelo Branco . . 905 | 9,15 | Moinho do Ghoe. . . Ibo 156
Taberna Séc. 9,35 9,35 || Vale do Pereiro . . – | 1550 | 15,50
Cabeça do Infante. . . 9,55 | 9,55 || Moinho Branco + | 1555 | 15,55
Sarzedas. . . . :. 110,00 | 10,10 || Proença a Nova . . – «| 16,15 | 16,26
Monte Gordo. . “e | 10,25 | 10,25 || Sobreira Formosa. . . 16,50 | 17,00
Catraia Cimeira «| 10,40 | 10,40 || Catraia Cimeira 17,20 | 17,20
Sobreira Formosa. | 11,00 | T1,10-:| Monte Gordo. +. «+. . 17,35 | 17,35
Proençaa Nova . . . [11,34 | 11,45 | Sarzedas. . | 17,50 | 18,00
Moinho Branco . | 12,05 | 12,05 || Cabeça do Infante. «| 18,05 | 18,05
Vale do Pereiro . . . 11210 | 12,10 | Taberna Sêca. . . . | 1825 | 18,25.
Moínho do Cabo. . . .| 12,15 | 12,15 || Castelo Branco . – «| 1845 | 18,55
sem a 1230 | — Castelo Branco (estação) . .| 19,00 | —

EFECTUAM-SE DIARIAMENTE

 

IMARCA REGISTADA)

 

Ad

TUBOS -para água, esgôtos, chaminés, etc.
DEPÓSITOS – para água, az-ite e outros líquidos

CHAPAS Cento para testados

CHAPAS lisas para tetos.

paredes, etc.

aa

 

AGENTE.

HE DEPOSITÁRIO

– JOÃO FERREIRA PINHO

TELEFONE, 113

TOM A KR

 

Anuneio

 

Faz-se saber que no proximo
dia 18 do corrente mez de Maio,
pelas 12 horas, á porta do Tri-
bunal Jndicial desta comarca da
Sertã, se ha-de proceder à arre-
matação em hasta publica dos
predios abaixo desiguados e pe-
lo maior lanço oferecido acima
dos seus valores, a saber: –

1º—0 direito e acção á metas

de de uma casa de habitação com |
primeiro andar e réz do chão, no.
lugar da Fóz do Giralde, tregues

sia do Orvalho, Vai pela segun
da vez á praça no valor de 3608.

2,º-—Um pedaç» de terra de

cultivo no lugar da Levada, fre=
guesia do Orvalho. Vai pela se-
gunda vez á praça no valor de
83860.

8.º-—O direito e acção à terça
parte de um chãc, no lugar da
Horta Nova, freguesia do Orva-
lho. Vai pela segunda vez á pra
ça no valor de 151980

4º-—Um psdaç» de tarra de
cultivo com oliveiras, vo lugar
do Vale Corisco, freguesia d’
Orvalho, Vai pela segunda v-z á
praça nc valor de 852940.

6.º—Uma hora, no lugar do
Vale do Corisco, freguesia do
Orvalho, Vai pela segunda vez á
praça no valor de 88860. e

6.º—Um bocado de terra de
mato com oliveiras, no lugar do
Barrocão, freguesia de Sarnadas
de São Simão. Vai pela segunda
vez á preça no valor de 11500.

7.º—Um bocado de terra com
uma ocsrej-iro, no lugar da Vale

Corisco, fregussia do Orvealho.:

Vai pela segúada vez à praça no
valor de 70540,

8.º-Um bocado de terra de
mato, no lugar do Tojal, fregue-
sia do Orvalho. Vai pela segun
da vez à praça no valor de 26240.

Penhorados na execução por
falta de pagamento de imposto
de justiça, multa e acre oimos
legais, que o Digno Agente do
Ministerio Publico move contr:
o executado Manuel Augusto.
casado, pedreiro, morador no lu
gar da Foz do Q raldo, freguesia
do Orvalho concelho de Oleiros,
cuja execução corre seus termos
pela segunda secção da secreta-

ria judicial da comarca da Sertã. |

Sertã, 6 de Maio de 1940.
Verifiquei
O Juiz de Direito
Armando Torres Paulo

O Chefe da 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos

 

ANTUNnNGIO

1.º Publicação

Faz-se saber que pola ter-
ceira secção da Secretaria
Judicial desta comarca, e

nos autos de indiciação do

falido Manuel Henriques

| Dias, casado, de 48 anos,

que foi comerciante, natural

do logar da Eira Velha, fro.

a e cuncelho de Vilade .

el, desta comarca, filho de RUE Re

José Henriques Dias e de
Maria Antónia, ignorando-ss
a sua residência actual, pros
nunciado nêste Juizo por
despacho de 20 de Novem-
bro próximo passado, como
autor do crime de quebra
culposa, previsto no art.”
1302 e punido pelo art. 1804
ambos do Código do Proces=
so Civil, correm éditos, de
trinta: dias, a centar da pu-
blicação do respectivo anun=
cic, citando o mesmo indix
ciado para no prazo de quin-
ze dias, findos que sejam os
éditos, se apresentar em Jui-
zo e deduzir a contestação,
nos termos da art.” 1311 do
Código do Processo Civil.

Sertã, 7 de Maio de 1940.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int.”,
Armando António da Silva

 

—— pe

Se V. Ex.” está compra-
dor de Carnes de Porco,
verdes, Salgadas, fumadas
e ensacadas, não deixe de
consultar os preços da

SALSICHARIA DA BEIRA

= “DE
SIMÕES & PIRES, h.ºº
Praça da Republica- Sertãlica- Sertã

@@@ 1 @@@

 

RSRS ADD pa CORRA RA

+Necroto gia

 

David Pedro Alves

Em 29 de Abril faleceu, em
Lisboa o nosso estimado assinan-
te sr. David Pedro Alves, de 37
anos de idade, empregado da
Fiscalização dos Géneros Ali-
. mentícios, natural da Isna de S.
Carlos, que deixa viúva a-sr.º
D. foana de Oliveira Alves e um
filho, o menino Vasco de Olivei-
-ra Alves, de 7 anos. Era irmão
da sr. D. Carolina do Rosário
Alves e do sr. António Pedro
Alves, da Isna de S. Carlos, do
sr. Capitão José Pedro Alves de |
Lisboa e dos srs. Joaquim e Leo-
SD) Pedro Alves, do Pará (Bra-
sil).
O funeral, com grande con-
corrência, efectuou-se no dia ime-
diato para o cemitério do Lu-
miar.

D. Barbara Sraveiro

Faleceu na Sertã, em 7 do cor
rente, após prolongado sofrimen-
to, a sr? D. Bárbara Craveiro,
de 80 anos de idade, daqui na-
tural, viúva do sr. Joaquim Mas
ria Alberto Craveiro.

Muito estimada pela sua bon-
dade e qualidades de carácter, a
“extinta era mãi dedicadíssima dos
nossos amigos srs. Olímpio Al.
berto Craveiro, chefe de Conser=
vação das Estradas, António Al-
berto Craveiro, amanuense da
Câmara Municipal da Sertã e
Albino Heitor Craveiro, funcio
nário dos Serviços Pecuários em
Tete, Colónia de Moçambique;
irmã do Rev.º P.º António Pedro
Ramalhosa, Abel Ramalhosa e
D. Maria da Conceição Rama-
lhosa, da Sertã e avó dos meni-
nos Maria Helena, Arlindo, Edite
e Eloísa, da Sertã e Joaquim Ma-
tia e Olímpio, de Tete. |

O funeral efectuou-se no o
Seguinte com grande acompanha-
mento, em que tomaram parte al-

— umas senhoras e cavalheiros do
“Cabeçudo e Sernache do Bom-|
“jardim e a Filarmónica local Du-.

rante o trajecto organizaram se
diversos turnos. .

José, Gorrêa

Contando 81 anos de idade,
faleceu nesta vila, no sábado, o
sr. José Corrêa natural da Venda
da Pedra (Sertã) e aqui residente,
que deixa viúva a sr.* Aurélia
de S José Corrêa; era pai das
sr.’* Gracinda de S. José e Maria
José e do sr. Abel Corrêa, da
Sertã e do sr. Alfredo Corrêa,
de Luanda (Angola) cavô da sr.º
Maria dos Remédios, espôsa do
nosso amigo sr. Manoel Antunes.

E
A’s famílias doridas apresenta

«A Comarca da Sertã» a expres-
são muito sincera do seu pesar.

HO
as B, 5, ss 5a B mA
+ a aa ea Pa Rs “a

Ê é AGENDA +

o E o na a as a Cd É

Vindo da Madeira e de pas-
sagem para Eixo-Taboeira, ti»
vemas o prazer de cumprimens
tar na Sertã o nosso prezado
assinante sr. Manoel Marques
de Oliveira e sua espôsa.

— Encontra-se na Venda da
Pedra (Sertã) o nosso amigo
sr. José Luiz, informador fis-
cal na Covilhã.

Aniversários natalícios:

 

Hoje, Augusto Justino Rose
sie José Ferreira Júnior; 20,
Francisco de Matos Gomes,
Antanhol (Coimbra).

Parabens
Ago opea

«O Povo da Louzã»

Correspondeu gentilmente à
nossa visita «O Povo da Lou-
zã», semanário nacionalista, de
que é director o sr. dr. Eugénio
de Lemos.

Os nossos cumprimentos, com

votos pelas suas melhores pros | p

peridades.

A Comarca da Sertã

TETE

“Casa da Sertã” em kisboa

O sr Doutor David Lo-
pes apoia inteiramente
a nossa ideia quanto à
criação daquele organis
mo e apresenta o sem
valióso oferecimento

Lisboa, 6 de Maio de 1940
– Sr. — Li com muito inte
rêsse o seu apêlo na Comarca
(n.º 189) para a fundação em
Lisboa da Casa da Sertã Es-
tou plenamente de acôrdo e da
| rei todo o meu apoio a essa idea.
| Mas êsse apoio será apenas ma-
terial e pode V…. dar o meu
nome à comissão organizadora
Sou um doente. De inverno
não saio de noite, nem de dia
com mau tempo, e de verão es-
tou sempre ausente do País.
Sou de V…., ete., David
Lopes.

 

A”
“py

– Venham adesões!

E” preciso que a Colónia do
Concelho da Sertã na capital
desperte, se una e congregue
para tornar, numa feliz realidade,
a obra de maior valor para a
nossa terra e concelho, aquela
que melhor pode corresponder
ao bairrismo de todos — a «Ca-
sa da Sertã —

Se o nosso concelho conta, em
Lisboa, tam bons elementos, do-.
tados da mais rasgada iniciativa
e actividade, porque se espera ?

Cada qual tem o direito de
nos expor o que pensa acêrca
de tam importante assunto.

O inquérito está aberto.

Oro
OS AMIGOS DA «COMARCA»

O sr. Guilhermino Martins, de
Pedrógão. Pequeno, indicou-nos,
como assinante, o sr. João Cris-
tóvão Martins, do Vilar Cimeiro |
e o sr. José Serra, de Cascais,

indicou o sr. António Vaz, de |

Lisboa.

Agradecemos muito reconhe-

cidos.
trio

CALICIDA’!

— Ai compadre, continuo so-
frendo horrívelmente dos calos!
À pomada que me indicou não
deu resultado ! &

— Pois sinto muito, comadre,
Eu, que sou um tipo muito ca-
licida, tenho feito aplicação dela
com o melhor resultado !

Gt) sd

CINEMA

Para o próximo dia 23 traz-
nos a Pátria Filmes um filme |
espantoso que vai dar a última
palavra sôbre tam palpitante te-
ma: A Grande Guerra, «ULTI.
MATUM» é o título dêsse filme
que, numa sucessão de imagens
de rara beleza, nos descreve as
origens do trágico drama que
enlutou a Furopa de 1914! Eis
o mais oportuno dos assuntos,
na mais surpreendente película.
da actualidade, com Eric Von
Stroheim e Dita Parlo. Magniífi-
ca realização de Robert Wiene.

E brevemente desenrolar se-á
no nosso écran uma película
verdadeiramente emocionante: ;
Nossa Senhora de Paris.

Às sessões imediatas a 23 do
corrente são a 6 e 20 de Junho,
4 e 19 de Julho, etc., isto é, às
quintas-feiras, de 15 em 15 dias.

tgp
« Às subsistências e à
população »

Peio Ministério da Agricultu-
ra foi-nos enviado um folheto
subordinado àquela epígrafe, que
serviu de tema a uma importan-
tíssima conferência proferida em
17 do mês passado, no Teatro
da Trindade pelo sr. dr Rafael
Duque, ilustre titular daquela
asta.

 

 

Muito agradecemos a atenção.

 

 

Sessões de cinema

 

Foram estabelecidas assinaturas

A Direcção do Clube Sertagi-
nense e Teatro Tasso, desejando
proporcionar aos espectadores
melhores comodidades, dando,
também,algumas vantagens âque-
les que frequentam as. sessões
com assiduidade, resolveu: in-
verter a disposição das cadeiras
e geral, ficando, por isso, aque-
las “para trás e com preços mais
acessíveis; e estabelecer duas mo-
dalidades de assinaturas para as
cadeiras e galerias: primeira con-
cedendo 20 º/, de desconto sôbre
o preço corrente, sendo o especta-
dor obrigado a ficar sempre com
o bilhete; segunda, o espectador
paga o bilhete pelo preço cor-
rente e não é obrigado a ficar
com êle dêsde que previna até às
15 horas do dia da sessão. .

Aceitam-se, dêsde já, propos=
tas por escrito, que devem ser
entregues à Direcção do Clube.

Agradecimento

Libânio Vaz Serra e es-

pôsa, profundamente reco-
nhecidos, vêm agradecer a
tôdas as pessoas, que direc
tam ente se interessaram pe-
la saúde do seu filho Nuno,
durante a grave enfermidade
que o reteve no leito.

HO LO

N. 8, DE FÁTIMA

Na noite de domingo rea
lizou-se, na Sertã, a habitual
procissão das Velas em hon-
ra de N. S. de Fátima, em
que tomaram parte muitas
centenas de fiéis; algumas
povoações e capelanias fize
ram-se representar com os
seus estandartes.

Antes e depois da nrocis-
são foram prégados sermões,
escutados com o maior res-
peito e devoção. O altar-iór
da Igreja Matriz estava lín-
damente ornamentado e ilu-
minado.

No dia seguinte rezaram-
-se algumas missas, tendu-se
aproximado muito povo da
Mesa da Sagrada Comunhão.

a da a

DOENTES

Tem estado doenteo Rev.º

P. Augusto António Ribei-

ro; de Sernache do Bomjar-
dim.

Esteve giâvemente enfêr-
mo, encontrando-se, agora,
um p;uco melhor, o nosso
amigo sr. José Antunes, da
Macieira (Troviscal),

Fazemos votos pelas rápi-
das melhoras de ambos,

ros

Diz-se…

 

— Que o nossa Zé Lopes tem
à janela quatro formosos ga-
los… que não cantam!

— Que os casacos fôlhas de
almeirão voltaram a estar em
moda!

— Que a Eléctrica suprimin
uma hora de luz para econo-
mizar carvão… de cepa!

«LrB rs

FESTA NO CABEÇUDO

* No próximo dia 23, realiza-se
no Cabeçudo a solenidade do
Corpo de Deus, com comunhão
geral das crianças, procissão e
sermão.

Um grupo de meninas acom=
panhará as cerimónias a vozes e

harmónium.

Como de costume, espera-se
que a festa seja largamente; con-
corrida,

 

Mguns dados Moncgrálicos
sore a Ireguesia do Eslreilo

V
(Continuação do n.º 164)

A freguesia comporta duas zo-

nas climatérioas perfeita-
mente distinta ; zona norte, ven»
tosa e fria que «vista a nordeste
a zova da Estrêla, e à zona sul,
temperada e escapa aos contentes
ventos de norte e noroeste. Ness
ta zona, a flyrescêncio da urge e
da queiroz dá-se respectivamen-
te, om fins de Janeiro a meados
de Fevereiro e em fins de Feve-
reiro a fins de Março,

Porque o monte aqui vem
mais cedo, o apicultor avisado
muda o seu colmeal para a zona
norte, depois das abelhas have-
rem tirado o máximo de provei-
to do «monte» na zona sul, facie
litando assim a vida da cidade e
proporcionando ás obreiras au-
mento de tempo, de trabalho e
de abastança,

E’ também a zona sul que
mais convém ás vigências do me-
dronheiro, entre- misturando-se
com a esteva, lintrisoa, urze e
pinheiro e chegando a atingir
quatro e ciuco metros de altura.

E* ainda a região do bosque,
couto predileoto do lôbo, gato
montês, raposa, texugo, javali e
coelho,

O habitante da zona sul— Pó.
voas — (bãá bastantes povoados
nesta zona a que o habitante da
zona norte chama Póvoas) fez,
anualmente, alguns milhares ds
escudos em aguasardente de me=
dronho,

Há quem atinja a colheita de
400 litros de medronheiro, em
determinados anos.

E’ sensivel a quantidade de
aguardente produzida entre nós.

E, por mal dos nossos peca-

| dos, constitui ela bebida quotis
“diana da maior parte da popula-

ção,

O homem cá ido sítio, o ope-
rário principalmente, excedesse
no uso da substância venenosa
que bebe como que se água fôra.

Grande mal, verdadeiro contá-
gio a depauperar incessantemente

fa robustez da gente da «Serrave

Sem pão a qualquer das refei.
ções passa-se perfeitamente, po=
rém, sem, o «mata-bicho> de
meio litro, quando calha, é coisa
que faz muita falta. |

E o pior é que tamtén as mus
lheres vão adquirindo o vício dos
homens e, por isso mesmo, 0 ne»
fasto abuso reveste excepcional
gravidade. Quem nos acode ?

Deus com o seu infinito poder
porquanto a doença tem foros de
hereditaria, vem de molestar &
geração passada e insiste em
martirizar a presente e à futura.

O alcoolismo impera na fre.
guesia à rédea-sólta e sintetiza
o primeiro agente de degenerône
cia desta entiga raça de «Viria-
tos»,

Não obstante o gast? supére

fluo e prejudicial de aguardente

em cada ano, a freguesia não
consome tôda a medronheira que
produz,

Exporteea para algumas das
freguesias limitrofes, sendo prine
cipal centro de venda Oleiros,

Aceite-s=, sem exagero, a mé.
dia enual de 600 decalitros de
aguardente, cá na fregue-ia. Ven
dida ao preço de 25500 por dal
perfaz O rendimento de 15.0003,
sem
lheita,

E’ que o medronheiro, à se:
melhsnça do pinheiru e da urze,
se sébe dar, não aprendeu a pes
dir.

E dá colheita farta quási todos
08 anca,

Durante o inverno, oferece
ainda alimento nutritivo á cabra
e à ovelha,

Estes animais, quando a pas-
tegem falha nos vales e encostas,
aceitum de bom grádo a fôlha
larga, oval e viçosa do medro
nheiros

Em bom terreno, atinge con:

cutro tratalho além da go- |.

 

Queima das sifas

PROGRAMA GERAL

 

Damos hoje a público o Pri
grama Geral da Queima das Fi-
tas. As tradicionais e sempre bri-
lhantes Festas da mocidade aca-
démica de Coimbra, devem êste
ano revestir se de extraordinário

“brilhantismo, dado que o progra-

ma se apresenta completo. Dia
24 — Tarde de Arte na Faculda-
de de Letras e Exposição de Pass
tas de Luxo. Cortejo humoristico
«lda e Voita a Portugal» dos
Lentes, em bicicleta. Sarau de
Grande Gala no Teatro Avenida.
Festivais no Paraue da-Cidade.

Dia 25 — Tarde Desportiva. Tor-
neio de Futebol (final) inter-facule
dades; Basket-ball e atletismo
por equipes femininas de Lisboa
e Porto. Venda da Pasta; Baile
das Quatro Faculdades no Giná-
sio do Liceu de D. João Ill. Dia
26 — Garraiada na Pigueira da
Foz; nêste grande festival taurino
em que se celebra o IV Centená-

tio da Marrada toma partê O
aplaudido – rancho académico,
coreográfico e folclórico «Fini-
nhos do Litoral». Marcha Mila=
neza de 150 figurantes e «Finhos
do Litoral» à noite no Parque da
Cidade. Dia 27 — Tradicional ces
rimónia da Queima das Fitas, ses
guida do cortejo dos novos Quins
tanistas. Festivais no Parque e
nova apresentação dos <Fininhos
do Litoral.

Dia 28 — Dia do Grelado. Ba.
calhoada de confraternisação dos
Quartanistas de todas as Facul-
dades. Despedida dos «<Fininhos
do Litoral»,

Todos os dias grandes festivais
no Parque da Cidade que se
apresentará decorado e profusas
mente iluminado ; nêles tomarão |
parte os seguintes ranchos :

“Fininhos do Litoral — Flôres
da Beira Mar de Buarcos — Cane
tarinhas da Figueira da Foz — Ina
fantil da Louzã — Rancho de
Coimbra — Cavaquinhos Lusitas
nos (infantil) do Porto — Infantil
de Soure — Odidinhos da Mea-
lhada e as Bandas da Polícia e
de S.ure.

Gaiteiros — Ranchos — Fôgo de
Artifício— Alegria — Mocidade —
Boa disposição — Humorismo —
Curas Radicais. .

Deslumbrantes manifestações
de vitalidade da Academia de
Coimbra.

 

 

sideravel altura e, neste caso, é
aproveitado para cavalo da Vie
deira do embarrado, abundante
na zona sul. Como o solo é bas-.
tante acidentado, existem em tal
zona fregtientes correntes (ribei=
ros) que sómente no inverno e
principio da primavera, época das
enxurradas, vertem água para A
Ribeira do Alcôva,

Estes Ribeiros, desde ônga
data, vêem de ser adaptados à&
oultura da videira trepadore, olis
veira e fruteiras,

Os proprietários construiram,
desde a fóz à origem das aludie
das correntes, uma espécie di
barragens a que dão o nome
açudes, Destinamese a captar, E
vez de água, terra humosa e ab
tritiva que desce da encosta 8
o impulso das águas pluviais. é .

Dois ou três anos após & con
trução, o dique retém grang ê
quantidade de terra fertil à quê
: lavrador, daqui, chama «oniçãe

AD.

Quási todos 98 ribeiros e regão
tos se encontram transformados.
em calçadas que lembram, quans
do observadas a certa distância,
do lado fronteiriço, enorme escãs
daria de acesso Bo andar supe=
rior de alta habitação,

(Continue)

 

Postais com vistas da Sertã

(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção |
Colecção de 7 postais = 5460 .

@@@ 1 @@@

 

Ambulâncias aéreas

UANDO, após uma grande
(q batalha, as estradas se

encontram pejadas de fe-
ridos são inestimáveis os servi-
ços que as ambulâncias aéreas
poderão prestar. Essas ambulân-
cias são pequenos aviões ligeiros
cujos flancos estão preparados de
forma a comportar um homem
estendido sôbre uma maca. A”
altura do rosto do ferido está co-
locado um telefone acústico que
lhe permite comunicar com o pix
loto.

‘O ferido é transportado para
junto do avião numa ambulância
automóvel. Rapidamente, os en-
fermeiros deslocam a maca e ins
talam-se no avião, ligando àquela
ós membros do ferido para que

“Êle não deslise com a trepidação

inevitável. A uma ordem breve,
o piloto descola o mais suaves

mente possivel a-fim-de não fazer:

sofrer muito o passageiro.

Calcula-se que não são preci-.

sos mais de quatro minutos e
meio entre a chegada do ferido
à pista e o momento em que o
avião princípia a subir. Em menos
de uma hora, os feridos de gra-
vidade, os que têm uma grande
hemorragia, uma bala nos intes-

-tinos, etc., podem ser transpor-

tados a mais de 299 quilómetros
para o interior e receber no mais
«curto prazo o tratamento de ur-
gência que o seu estado reclama.
Muitas vidas que noutro tempo
se perderiam podem agora ser
salvas por êste processo.

Pintadas de branco, com uma
grande cruz vermelha sôbre a
minúscula carcassa, estas avio-
netas assemelham-se de longe a
grandes libélulas. De resto, não
são só elas que se empregam na
condução de feridos pelo ar. Há
outros aparelhos muito maiores
com a capacidade para transpor-
tar simultaneamente até 12 feri-
dos, Estes aviões sanitários, tante
to os pequenos como os grandes,
podem fazer um mínimo de qua-
tro viagens diárias, provando-se
com isso que, mesmo em casô
duma grande ofensiva e da con-
segquente afluência de feridos,
êles serão suficientes para eva-
cuar todos aquelés cujo estado
ofereça gravidade. IRA

“” Comandant ANDRE GOURMONT
RR E pa

CASAMENTO

“Em Serfiache do Bomjardim
tealizou-se, no pretérito dia 27,
o enlace matrimonial da menina
Alice Odélia de Oliveira Guer-
ra, gentil e prendada filha da sr.º
-D. Maria Deolinda de Oliveira

«Guerra e do nosso amigo sr.

António Augusto de Sousa Guer-
ra, digno Chefe de Conservação,
aposentado, com o nosso amigo
sr. António Serra, empregado do
sr. Libânio Vaz Serra em Fernan-
do Pó. Foi celebrante o Reitor
do Seminário das Missões, Rev.º
Luiz Filipe Pereira Tavares, que,
no final dirigiu uma alocução aos
noivos.

Foram padrinhos, por parte da
noiva, seus tios sr.* D. Alda
Monteiro Reis e o sr. Alberto de
Oliveira Reis e, por parte do
noivo, seus tios sr? D. Maria
Celeste da Mata Vaz Serra e
sr. Libânio Vaz Serra.

O acto civil efectuou-se em
casa dos pais da noiva, onde

após a cerimónia religiosa, foi

servido um magnífico copo de
água, a que assistiram muitos
convidados, trocando-se afectuo-
síssimos brindes,
-“Osnoivos partiram, depois, de
Sernache, em viagem de núpcias.
Àos nubentes, que são dotados
das melhores qualidades de co-
ração e pertencem a famílias dis-
tintas e muito consideradas, des
sejamos, sinceramente, tôdas as
venturas de que são dignos.

 

Este número foi visado pela.

Comissão de Censura
de Castelo Branco

| palavras o que penso da acção

A Comarca da Sertã

O nosso aniversário,

 

«Meu prezado Amigo — A-pe-
sar-de’ nesta data andar por ter-
ras do nosso Baixo Alentejo,
não quero deixar passar desper=
cebido oganiversário que a «Co-
marca da Sertã» vai passar, dan-
do início ao quinto ano da sua
existência. Não vou descrever o
que foram êstes quatro anos de
vida da «Comarca da Sertã» por-
| que, decerto, a pena do seu Di
rector a abrilhantará tanto quan-
to a mesma merece. Quero ape
nas expor em meia dúzia de

déste jornal, cujo Director mere
ce os maiores elogios pela sua
iniciativa e cujo valor regiona-
lista é de indiscutível interêsse
para todos aquêles que perten-
cem à Comarca.

E? êste jornal que nos põe ao
corrente do que se passa nas
nossas aldeias, para o quegtodos
deviam assiná lo, fazendo dêle a
maior propaganda; isto seria o
mesmo que fazer propaganda da
nossa terra. E” sem discussão o
melhor e mais completo jornal
que até hoje ali se tem publica-
do pela sua acção informadora e
defensora dos interêsses de tôda
a Comarca,

Felicito, pois, o seu mui di-
gno Director e mais colaborado-
res pela passagem do 4.º aniver-
sário.

6 de Maio de 1940,

Francisco Pedro

Também nos enviou um amá-

vel cartão de felicitações o nosso |

bom amigo sr. José Pedro, actual-
mente em Belém (Lisboa).

A um e outro dos nossos ami-
gos agradecemos, muito reço-
nhecidos, os seus votos de pros»
peridades.

Missão Pastoral

 

S. Ex.º Reverendissima, o Se-
nhor Bispo de Bela, visita
a Vila de Sobreira Formosa

Informam da Vila de Sobreira
Formosa que o Senhor Bispo de
Bela, D. José Alves Martins, se
dignou visitá la em 2 do corren-
te em missão pastoral. Por tal
motivo vestiu as melhores galas
para o receber.
-S. Rev.”º chegou ali às 11
horas, fazendo a sua entrada so-
lene na Igreia Paroquial meia
hora depois, para onde foi con
duzido processionalmente sob o
pálio.

Depois:de S. Ex.º ter dirigido
algumas palavras aos fiéis, que
por completo enchiam o templo,
seguiu-se o sacramento da Con-
firmação que foi recebido por
535 pessoas de ambos os sexos,
para o que previamente haviam
sido preparadas.

Prêgou a Rev.º Jaime Ribeiro
Martins, coadjutor da freguesia,
encorporando-se na procissão
palio povo e a filarmónica lo-
cal.

Em tôdas as cerimónias houve
o máximo respeito e ordem, pe-
lo que é digno de elogios o
Rev.”º Pároco, sr. Padre jJMa-
noel Vaz. ;

Carreira de camionetas de
passageiros e condição de
Malas do Correio entre
Tomar e Sertã

Somos informados de que den-
tro em breve, deve recomeçar
uma nova carreira de camionetas
de passageiros entre Tomar e
Sertã, transportando, ao mesmo
tempo, as malas de correio.

Como se sabe, aquela carreira
foi cancelada e, por tal motivo a
condução de malas tem sido fei-

* ta em automóvel,

 

Vilae não aldeia

===” T
HUMORISMS |

Formas e… fórmulas de publicidade

Ninguém ignora os esforços
e sacrifícios que o comercio
mundial vem fazendo para com-
bater a enorme crise que a todos
atingiu. agora agravada com o
horrível conflito europeu.

Assim, recorre, o negociante
e o comerciante, à publicidade
para, mais . facilmente, colocar
as suas mercadorias. Inventando
anúncios. dos. mais variados igé-
neros que, sendo. para êles de
primeira necessidade, a nós
«Ex “º clientes» actuais e futu-
ros, deixam muito a desejar.

Além do velho anúncio na im-
prensa, dos cartazes colados” nas
paredes e tapumes dos prédios,
construídos, em construção e em
demolição, temos ‘as novas ‘mo-
dalidades de rêclame aos artigos
para vivos e para… mortos.
Das quais cito algumas, de en-
tre tantas, em que entram ima-
gens para convencer os… anji-
nhos. e

Discos gravados em prosa na
frente e verso no… verso, emi-
tidos pelas estações de rádio.

Nas montras manequins… vi-
vos. Por exemplo:

Uma senhora demonstrando
a boa qualidade das meias e a
má qualidade das… pernas; um

tipo que faz a barba rapando,.

muitas vezes, a cara, para mos-
trar que a lâmina é de marca e
não necessita ser amolada, por-
que ête é que se… amola.

A? porta das casas de artigos
eléctricos :

Ventoínhas, trabalhando a tô-
da a fôrça, põem as saias das
senhoras á… cabeça e desço-
brem a carêca a… calvas res-
peitáveis. Logo a seguir um po-
tente radiador que, em brasa,

de as. faces das meninas, co. SQMDE clic
p a | tracção- e, tanto assim que, se

rando as mais que os palavrões
a 900800 pela tabela do… To

rel. Se a vitima é baixa, deve.

defender o baixo… ventre, pois
de contrario apanha um calo
em cheio no… vasio.
Eº vulgar vêr-se um espanta-
lho fazendo gestos feios, com
um braço, convidando-nos a en:
trar. ;
“Recebi, há pouco, uma circu-
lar dum agente de artigos para
funerais, que termina assim :

«V. Ex. não seja parvo… |

mate a sua sogra, se não a pode
aturar. Não tem crôas (dinheiro)
para o funeral? Não se preocu-=
pe, a nossa casa fa lo-á a pres-
tações com bonus pela lotaria, .»

Esta é dum descaramento inau-
dito e repugnante para os gen-
ros e nóras que amam as…
gaivotas (!) das sogras.

Quanto a marcas e… firmas,
existem as mais extravagante-
mente posssiíveis e… imaginá-
veis.

Dos muitos anuncios diâria-
mente publicados, recordo um,
que me surpreendeu, pois nada
tem de analogia, Um cabeleirei-
ro «Clipper», a não ser que a

especialidade da casa consista

em executar permanentes em ca-
beças… no ar.

– Sôbre este assunto, muito mais
havia. a dizer, porém, como sou
pouco amigo de dar à lingua
e o motivo dava para os muitos
linguados que. tenho. na gaveta
e… outros. É ainda, por eco-
nomia de papel que, actualmen-
te, é uma medida de… pêso,
vou dar princípio ao… fim.

lá que falei de liguados, ven-

do o meu peixe, terminando, com,

uma pequena anedota, esta criti-.
tica… crónica.

Sendo um dito de… graça,
não levo nada a quem dêle gos-
tar: ;

Pregunta: Qual é a diferença

que existe, entre o guarda-no-.

cturno e o guarda-chuva de Cham-
berlain ?

Resposta: O guarda-nocturno.

| pode anunciá-los: na «Comarca

| tibeiros…

+. +Sr. Director — Com bastan-
te estranheza li na nossa «Co-
marca» uma carta do sr. P.º Al-
fredo de Lima, a propósito da
justa homenagem prestada ao
muito Rev *º P.º Antônio Fernan-
des da Silva Martins, na qual
qualifica de aldeia a pitoresca
vila de: Pedrógão Fequeno.

Há perto de 70 anos que aban-
donei a minha querida terra, mas
nunça a esqueci e, como patriota
que me-honro de ser, para amar
o nosso Portugal, começo pela
terra onde nasci.

Para não ter muito trabalho, o
sr, P.º.Lima que consulte o livro |
do seu colega Rev.º António Lou-
renço;Farinha—A Sertã e o seu
Concelho—e aí verá que Pedró-
gão Pequenoj— O Pedrógão do
Grão Priorado —é vila antigiiís=
sima com foral de’D. Manuel 1,
foi concelho, etc.

E lá está o pelourinho a ates.
tar as suas nobres tradições. Por
isso protesto contra o termo aí
deiâe |” s

‘Com tôda a consideração

– Lisboa, 7/5/940 :
João do Casal

 

N. da R.—Tem muita razão o
: nosso bom amigo João do Casal.
Pedrógão Pequeno, como está
lârgamente demonstrado, é uma
antiguissima, Vila: foi D. Afonso
V, em: 1455, que a elevou a essa
catego:ia e mais tarde D. Manoel
concedeu lhe foral. Conhecemos
muito bem o Rev.” P.º Alfredo
Cotrêa de Lima para não fazer
dêle a injusta ideia de que algu-
ma-vez pretendesse amesquinhar
uma terra, como Pedrógão Pe-
queno, de tam belas tradições
históricas e que, em tempos não
muito afastados teve grande im-
portância. HORA de Neo
-” O emprêgo do termo aldeia
deve somente atribuir-se a dis-

antes de enviarmos a carta para

a tipografia, o tivéssemos notado,
não teríamos dúvida alguma em
substituí-lo pelo de vila, que de
direito pertence a Pedrógão Pe-
queno; e o nosso amigo P.º Lima
ficaria, disso estamos inteiramen-
te convencidos, satisfeito com a
emenda. a

O erga

Desastres em Sobreira
– Formosa

No dia 28 de Abril foi atrope-
lado por um- automóvel, quando
de Sobreira Formosa se dirigia a
Proença-a-Nova em bicicleta, o
pedreiro António Ribeiro Venân-
cio. O embate deu-se próximo
do ValePorco ae vítima ficoubas-
tante contusa. O facto foi comu-
nícado à autoridade: administra-
tiva de Proença, que ordenou o;
regresso do-feriio à: Sobreira,
sendo-lhe dispensados socorros!
no, Posto da Casa do Povo pelo
médico sr, dr. Tomé.

Também no mesmo dia deu
uma queda fracturando uma per-
na, o mendigo António Mendes
Grilo, residente em Sobreira For-
mosa e que há pouco tempo saiu
do hospitalide.S José, onde es-
teve dúrante muitos anos em tra-
tamento da grave doença de que
sofre: A

<td) pa

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu coméccio
e produtos da sua indústria ?

Gastando uma: insignificância,

da Sertã». |

 

serve para abrir as portase O
guarda-chuva para fechar os por-
tos… aos alemãis.

 

(1) Gaivotas ou picótas, usado nas
hortas para tirar agua dos poços oú

 

Necessidades inadiá-
veis da Passaria

Pessoa amiga, natural da Pas-
saria, onde tem lamília, que ago-
ra visitou e a cuja localidade não
ia há mais de três anos, mostrcu-
-Se-nos desgostosa por ainda não
ter sido prolongada, até ali, a es=
trada do’ Couto, que vai já a
Carnapete. E” apenas coisa de
1.000 metros, poucofmais oú me=
nos, o que falta e êsse melhora-

-mento podia a Câmara Municipal

da Sertã fazê-lo sem grande dis=

pêndio.

Passaria, Herdade e Malpica,
contando hojé uma população

“densa, à volta de 1.000 habitan-

tes seriam altamente benelicias
das com o prolongamento da es-
trada em referência; desaparece-
riam as dificuldades de transpor.
tes de pessoas, mercadorias e
géneros agrícolas, seria simpli-
ficada e tornar-se-ia maís econó-
mica.a condução dos médicos em
caso de doença e, aquelas povoas
ções, utilizando seus veículos,
com rapidez se deslocariam à
sede do concelho, onde, por ne-
cessidade, vêm com fregiiência.

A Passaria espera, confiada-
mente, que a Câmara resolva,
também, sem detença, o problema
do abastecimento de água, que
tanto preocupa os seus habitans=
tes, pois basta dizer-se que êles
se servem de uma fonte de mer-
gulho, onde vão ter as imundí-
cies levadas por um ribeiro, fon-
te ou, digamos antes, charco
imundo, utilizado, indiferente-
mente, por pessoas e animais!

Causa dor de alma o que se
verifica e é de admirar que a in-
quinação das águas dêsse char=
co não tenha ainda originado as
mais graves consegiiências para
a saúde da população, que, or-
deira, morigerada e cumpridora
das leis como é, merece que ve-
lem por ela, fazendo-se alguma
coisa em seu benefício.

“Para os dois casos expostos

chamamos a atenção da Câmara

Municipal, cientes dos direitos
que cabem àqueles povos e da

justiça em que se baseiam as

suas reclamações.
rose

Cantigas Populares

Nossa Senhora faz meia
Com: linha feita de luz;

O novelo é lua cheia

E às meias são p’ra Jesus.

“Na velha, antiga Judea,
Terra que ao Mundo deu Luz,
Nunca ninguém usou meia

E muito menos Jesus.

Se o-beijo não é pecado,

Se não faz mal a ninguém,
Porque é que então os não pedes
Na frente de minha mãi ?

Tu pregunta à tua mãi,

Quando ela estiver só,

Quantos lhe deu o teu pai
Ma frente da tua avó |

et Drag

Mravás da Comarca

 

(Noticiário dos nossos. Correspondentes)

CAVA, 9— De visita a suss
famílias estiveram aqui, há dias,
os srs. Capitão Farinha da Silva,
e seu irmão Jaime da Silva, Ma-
noel Domingos da Silva, Vergílio
Deniz da Silva, David Alves e
António Alves, de Lisboa.

-— No pretérito mês vieram uns
dias de lindo, que parecia, mes=
mo, estarmos em Agosto, mas
depois sucederam-se muitos dias
de mau, tempo, tanto de chuva
como de frio intenso, o que pres
judicou ashortas e as sementei«
ras feitas, notando-se, também
o aparecimento do «míldium» nas
videiras e batatais; há grande
quantidade de batatas podres. .

Carlos Simões (Filho)…

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