A Comarca da Sertã nº193 23-05-1940

@@@ 1 @@@

FUNDADORES
Dr. José Carlos Ehrhardt —
2— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
“o António Barata e Silva ——
José Barata Corrêa e Silva |

Eduardo Barata da Silva Corrêa

O | | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO Sor ia
Luan Parata da Tilva Coreia TIP. PORTELIA FELÃO
E — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— es
= x TELEFONE
«< PUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS É 112
ANO N | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | E peça
N.º 1993 Oleiros, Proença=a- Bóia e Vila de Rei; e frequesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação) | 1940

OR

Notas …

O número 2 do corrente pu»
blicímos uma correspons
dência da Madeirã em que se
alude à iniciutiva, a todos os
títulos digna de aplauso, dos
habitantes do logar da Cava,
em perfeita colaboração com
os seus patrícios residentes em
Lisboa haverem contratadojum
engenheiro para elaborar o
projecto de um ramal de es-
trada ligando aquela povoa-
ção ao Alto da Cava; o nosso
prezado Correspondente infor-
mou estarem terminados os
trabalhos de campo.
A construção do ramal re-

ferido, bem como a ligação da |

sede de freguesia da Madeirã
ao Alto da Cava, em que se
fala há um ror de anos, cons
– titue uma premente necessida-

de daquéles povos e, enguanto |
“ela não gor levada a efeito, a ar
To j –

rã absolutamente isolada e até
agora de nada têm valido as
justas solicitações junto das
entidades competentes no sen-
tido de obter os seus desejos.
Confrange tal situação, vera-
tória para aquela boa gente,
humilde e ordeira, que é soli-
– cita no pagamento dos seus
encargos tributários,

Nem tudo se pode fazer com
a prontidão desejada.

Mas estamos certos de que
o sr. Governador Civil do dis»
tricto, a quem muito interessa
o progresso e bem-estar dos
povos da sua jurisdição, em»
pregará tódo o esfórço para
que a treguesia da Madeirã
veja obtida a sua mais alta, e
bem legítima, aspiração.

Permita-nos, pois, S. Ex.,
que nos tornemos intérpretes
dos desejos de uma freguesia
que quere viver e progredir,

Bote O sad

A «Semana da Taberculose»,
grupos de senhoras colhe-
ram donativos na Sertã e em
Sernache do Bomjardim, ten:
do obtido, respectivamente,
ge e 172300,

ted tp

a do sr. dr. Guilherme
Nunes Murinha, na Praça
da República, precisa de ser
convenientemente limpo; mes
mo a base está cheia de relva,
que pouco trabalho dá a tirar.
Para o caso chamamos a
atenção da Câmara.
Também era bom evitar que
algemas vendedeiras, nos dias
– de mercado, deixassem de fa-
zer poiso dentro do gradea-
mento). Fazem-no insensâta-
mente, por certo, sem saber
que cometem uma falta de res-
peito.

 

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

 

 

p fi
Está a ad da Made;-

SE

S horas Siad em que vive O
Mundo, sentindo rugir a tor-
menta ameaçadora em parte da
Europa e da Asia, tornam-se

mais sombrias e tétricas com o avolumar
de boatos que se desencadeiam em tor-
rente impotuosa, avassalando as consciên-
cias, criando a perturbação nos espíritos
e fazendo vergar os mais animosvs ao pêso
de preocupações fantásticas, inconcebi-
veis e aterradoras.

“* Entre nós, o boateiro lauça o palão
aos quatro ventos, a mentira destinada a
envenenar o meio=ambiento, a estabelecer
o pavor entre os ignorantes e os mais fã-

semente em bom. campo, cresce, avolu-
a-se, engrossa e frutifica, produzindo o
o b o terror e
; e, o resultado
da sua obra. dotestágel e “aproveita uma

 

 

lhor, para repetir a graça!

Se alguém, menos pêssimista, se
atreve a pôr em dúvida o que se afirma,
atribuindo a origem a malévolo boato,
logo o outro, o que transmite a atoarda,
redargue escandalizado : — Você não está
bom do juizo! Pois não sabe que se deu
isto, aquilo e aqueloutro ? De resto, con-
clue, eu nada sei, foi o que ouvi dizer!…

E no ouvi dizer é que está o mal. Es-
ta 6 a expressão com que se defende sem
pudor o indívidno que se prestou à divul-
gação da novidade, modelada na retorta
da infâmia; é dali que ela sai como ferro
candente para marcar funda e dolorosa
cicatriz nos espíritos fracos e timoratos,
impotentes para repelir a aleivosia.

| ater , ement

a

cilmente crédulos; a mentira, lançada como .

 

próxima. conjectura, a que lhe parece al

 

 

di nt coma

Vivemos uma hora de terrivel incer-
teza. O dia de âmanhã antevê-se cheio de
negrumes. O. coração dos pais sente-se
oprimido e quiçã desesperado pelo futuro
dos filhos; há o temor de lhes legar uma
vida de maiores privações e misérias do
que a que estamos suportando.

Todos aquêles que estão longe do
teatro da guerra, que têm cérebro para
pensar e coração para sentir, não podem
ser indiferentes à tortura de milhões de
se:es, vitimas do pior dos males. E nós,
portugueses, permanecendo em Paz, li-
-vres de horrores que a outros aflige, com-
preendemos, em tôda a latitude, que está
em perigo a Civilização Ocidental, mile-
nária, de que RE os sido valorosos pio-
neiros. :

n

panda para que tornar maiores as
nossas preocupações, para que agravar o
sofrimento moral que nos oprime ?
”” Levantemos o nosso moral, tam aba-
tido pelo entrechocar das mais descome-
didas paixões, continuemos trabalhando
com sossêgo e calma e confiemos na vitó-
ria daqueles que lutam pelos mais belos
ideais da Humanidade

O boateiro faz parte da escória da
sociedade, é um elemento organizado da
quinta coluna, é o réptil asqueroso, imundo
“e torpe, que sente inexprimível prazer
com as dores e a derrota dos povos que
não queriam a guerra, que procuraram
evitá-la até à última,

“O boateiro deve ser perseguido e
esmagado porque é um traidor,

Eduardo Barata

INSTRUÇÃO
Por portaria de 11 de Abril,

 

jescolar do Maxial da Estrada, ( freguesia de Sobreira Formosa,
freguesia da Sertã,
Alice de Jesus Monte.

Foram criados postos escola-

a sr.” D.| na sede da freguesia da Ermida

e no logar da Cava, freguesia

foi nomeada regente do postolres no logar dos Cunqueiros, [da Madeira.

 

IMAGENS DA GUERRA

Na frente francesa — Aerostato de observação

“Mas, ao jato assim é: e nós o com-.

“e. d lápis

Companhia Colonial de
Navegação adquiriu mais
um paquete para as carreiras

Ide Africa, a que deu o nome

de «Serpa Pintos.
Comemorou-se o início das
viagens do novo barco com

uma festa a bordo e, conforme

o costume, houve discursos.
Um dos oradores, o sr. dr.
Soares da Fonseca, delegado
do Govêrno junto daquela
Companhia, teve esta feliz e –
incisiva figura de retórica:

«O Mundo atravessa horas
críticas como há mais de mil
anos a civilização cristã não
conhecera. Se lhe era lícito

empregar uma imagem já uti-

lizada noutra oportunidade,
afirmaria que a política inter
nacional dos povos lhe pares
ceria girar hoje à roda de
quatro operações aritméticas
que uma nução poderosa resol-
veu praticar em seu exclusivo

“proveito, somando-se, à casta

da subtracção de outras nas
ções e dividindo os demais Es-
tados para se multiplicar».

«Que em Portugal também
se erecntam as quatro opera.
ções aritméticas, mas ao jeito
civilizador, isto é, científico,
Dêste modo, no Estado Novo, .
os portugueses subiraem-se.
aos seus egoísmos, para aval»
tarem a soma dos esforços co-
muns, dividem-se ordenada.
mente pelas suas actividades
próprias, a-fim-de multiplica-;
rem a obra de todos. A aqui»
sição e o aprontamento do
«Serpa Pinto» são nêste mos
mento, o expoente da afirmas
ção que fazia.»

«ago QD ap

SERPA Pinto, o notável e ara

rojado explorador afri-
cano que tanta glória deu a
Portugal, iniciou a sua viagem
através o Continente Negro
partindo de Benguela, em No+
vembro de 1877 e chegando a:
Pretória em Fevereiro de 1879,
Depois, em 1884, prepara uma:
nova expedição, tendo por comp.
panheiro um moço oficial. de
marinhas destinava-se esta Q.
reconhecer, de uma maneira
científica e sobretudo nacional,
uma comunicação directa entre 1
o lago Niassa e a nossa costa.
de Moçambique, no norte do.
Zambeze, explorando a região.
intermédia, ainda na maior
parte desconhecida.

-Gategb gap
PEVE há dias a sua primeira
reiinião, sob a presidên-
cia do Chefe do Govêrno, o
Gabinete de Coordenação dos
Serviços de Propaganda e In=
formações criado pelo decreto
de 19 de Março.

Na reiinião, que foi bastante
prolongada, trataram-se vários

[problemas relacionados com

a defesa da opinião pública
no actual momento,
a defesa da opinião pública
no actual momento,

@@@ 1 @@@

 

onduladas de Fibro-

CHAPAS cimento parate!hados

US Oie curas ip es

paredes, etc. ‘

TUBOS -para água, esgôtos, chaminés, etc.

DEPÓSITOS – para água, azeite e outros líquidos

SEE E Ta
AGENTE E DEPOSITÁRIO
JOÃO FERREIRA PINHO
“7 Wo

TELEFONE,

MARCA REGISTADA)

113 TOM AR

 

de… de 194…
conhecida).

— (Assinatura re

*

Importante

 

(Dirigido ao mesmo). — P…,na-
tural e residente em… na quali.
dade de tutor, como prova com do-
cumentos do menor F…, filho de
PP… e de F…, natural de,..,
de… anos de idade, residente em

No intuito de evitar que pes- | +++» pretende, ao abrigo do n.º 3
s0as estranhas ao Srta o ubi do artigo 28.º do decreto 27.304
co pratiquem verdadeiras explcs de 8 de Dezembro de 1936, lhe se.

rações, exigindo um preço exore ja passado certificado do que a res-
bitante para fazerem os requeri- | peito do mesmo menor constar (me-
mentos padindo o certificado do | 0” ou interdito) no Registo Cris
Registo Criminal e Policial, o | Minal e Policial para efeito de…
sr. Director do Arquivo solicitou, | (indicar o fim a que é destinado o
à Secretaria Judicial, a afixação | certificado). — Pede deferimento, —
dos modêlos que, no interôsso | (Data)… de… de 194.,. (Assi-
geral, passamos a reproduzir: | Natura reconhecida).

Modêlos de requerimentos a
dirigir ao sr. Director do
Arquivo Geral do Registo
Criminal e Policial

CINE – TEATRO TASSO

HOJE, 23. QUINTA FEIRA, ÁS 21,15 HORAS a PÁ-
TRIA FILMES, LD.* de Lishoa, apresenta
o surpreendente filme de espionagem

ULTIMATUM
AM…

O mais oportuno dos assuntos, num
magnífico filme da actualidade, com a
interpretação de DITA PARLO, ERIC
STROHEIN e ABEL JACQUIM.

Completa o espectáculo: Azenhas
do Mar, Debaixo de água, Orquestras
Americanas e O elefante de Mickey
(com uma parte sao

O ultimatum…. a Guerra

ANTINGIO

2º Publicação

&

Faz-se saber que pela ter-
ceira secção da Secretaria
Judicial desta comarca, e
nos autos de indiciação do
falido Manuel Henriques
Dias, casado, de 48 anos,
que foi comerciante, natural
do logar da Eira Velha, fre-
guesia e concelho de Vila de
Bei, destã comarca, filho de
José Henriques Dias e de
Maria Antónia, ignorando-ss

 

O custo de qualquer dô-tas

«Ex,”º Snr, Director do Arqui= : S a
certificados é de 25800.

vo Geral do Registo Criminal e
Policial — Lisboa — F. (nome por
extenso), filho de… e de. .., na-
tural de…, de… «anos de idade
(estado civil e profissão) residente

-em,.., requere a V. Ex? lhe seja
passado certificado do que a seu
respeito constar no Registo Crimi.
nal e Pol.cial para efeito de (de-
elarar qual o fim a que se destina
o certificado). Pede deferimento. mm
(Data)… de… de 194… (assi
natura reconhecida),

A nuneio

 

Faz se saber que no dia 1
do proximo mez de Junho,
pelas 12 horas, à purta do
Tribunal Judicial desta co-
marca da Sertã, se ha de
proceder à arrematação em
hasta publica do prédio a
seguir designado e pelo
mair lanço que for oferecido
acima do seu valor indicado:

PRÉDIO

Uma casa de habitação,
sita no lugar de Vale Perei-
ro, freguesia da Varzea dos
Cavaleiros, construida em
terreno de Manuel Lopes.
Vai pela primeira vez à pra
ça no valor de treze mil e
duzentos escudos (13.2006)

%

(Dirigido ao mesmo), — P… (no
me por extenso), natural e sede
te em,.. requere, ao abrigo do n.º
4 do artigo 23,º do decreto 27.804
de 8 de Dezembro de 1986, certi-
ficado do Registo Criminal e Po
licial de F…, filho de… e de..,
natural de. .., de. . anos de ida
de, (estado civil, profissão e rei
dência) 0 qual se encontra ausente
em,.., e pretende o referido cera
tficado para efeito de… (indicar,
sempre que seja possível, o fim a
que o documento é destinado), co-
mo prova com a carta que junta ao
requerimento, — Pede deferimento.
—Duta),.. de… de 194,,,—

á acção de letra (em execução
(Assinatura reconhecido), : ( y

de sentença) em qué é exe
quente Julia Oceana da
Fonseca Pereira e executa-
do António Ribeiro L-pes,
cuja execução corre os scus
termos pela primeira secção
da Secretaria Judicial da sé-
tima vara de Lisboa.

Sertã, 20 de Maio de 1940,
Verifiquei
O Juiz de Direito
Armando Torres Paulo

O Chefe da 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos

(Dirigido ao mesmo), —P… (no=
me vor extenso), natural e resi
dente em,.., requere, ao abrigo do
n.º 2 do artigo 28.º- do decreto
27.304 de 8 de Dezembro de 1936,
certificado do Registo Criminal e
Policial para seu filho FP… e de
sua mulher PF… nascido a,..
em. .., (estado civil e profissão),
actualmente residente em. .., onde
tem de apresentar o certificado,
que se destina a… (indicar, sem
prs que seja posstvel qual o fim a
que o documento é destinado). —
Pede deferimento, — (Data)…

 

Penhorada nos antes de!

a sua residência actual, prc-
ndiado nêsto Juizo por

– | despacho de 20 de Novoem-

bro próximo passado, como
autor do crime de quebra
iCulposa, previsto no art.º
| 1302 e punido pelo art.º 1304
ambos do Código do Proces-
so Civil, correm éditos, de
trinta dias, a contar da pu:
blicação do respectivo anun-
cic, citando o mn esmo indi-
ciado para no prazo de quin-
ze dias, findos que sejam os
éditos, se apresentar em Jui-
zo e deduzir a contestação,
nos termos da art.” 1311 do
Código do Processo Civil.

Sertã, 7 de Maio de 1940.
Verifiquei
– O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3,º Secção, int.º,
Armando António da Silva

= mo

Se V. Ex.º está compra-
dor de Carnes de Porco,
verdes, Salgadas, fumadas
e ensacadas, não deixe de
consultar os preços da

SALSICHARIA DA BEIRA

|ISIMÕES & PIRES, h.ºº

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Castelo Branco… 9,05 | 9,15 || Moinho do ea 15,45 | 1545
Taberna Sêca. . . 9,35 9,35 di Valedo Pereiro . . 4 15,50. | 15,50
Cabeça doInfante.-. :, =. 0] 955 9,55 || Moínho Branco | TODO 15,99
Sarzedas. cs | 10,00 | 10,10 | Proença a Nova ; «| 16,15 | 16,26
Monte Gordo Ss vu 410,25. | TO25 1 Sobreira Formosa: 5. 1 10,50 [17,00
Catraia Cimeira : 10,40 | 10,40 || Catraia Cimeira do e 4,20 17,20
Sobreira Formosa. . Ã. 11,00 | 11,10: | Monte Gordo; 1. codigo tia
Proença a Nova . ,:. 11,34 : 11,45 | Sarzedas. . gm ol 14,90 |-18,00
Moínho Branco – «| 12,05 | 12,05 | Cabeça do Infante. – «| 1805 | 1805
Vale -da-Pereino. a cova “2 12/10 | 1210] Taberna Seca, Sos 51825 | 1825
Maimho do Cabo, +… [1215 | 12,15 | Castelo Branco. . – 41845 | 1855
DERÃO aonii aos. crie d 2,90 — || Castelo Branco (estação) . .| 19,00 as

EFECTUAM-SE DIARIAMENTE

A Comarca da Sertã

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o Tonar 11,20 » Ferreira do Lezere 18,55
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@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

quo arena comente

Meniecroto gia

 

D. Isabel Rangel Costa Silva

No dia 1.º do passado mês de
Abril faleceu, em Lisala (Congo
Belga), a sr.? D. Isabel Rangel
Costa Silva, de 25 anos de ida-
de, espôsa do nosso amigo e
prezado assinante sr. Joaquim
António da Silva, sócio da fir
ma A, J. Silva & C.?, com sede
em Businga.

O desenlace causou profunda
consternação

A extinta era filha da sr.º D.
Laura Costa, e do sr. Evaristo
Costa, de Lisboa, cunhada dos
srs. António Joaquim da Silva,
de Lisala, José Francisco, de
Pôrto Carro, D. Maria da Con»
ceição, de Alcobia, D. Joaquina
da Conceição, da Calvaria, D.
Emília da Conceição, da Póvoa,
D. Edvizes da Conceição, do
Souto Novo, D. Zulmira da Con-
ceição, da Calvaria e D. Matilde
da Conceição, de Lisboa

D. Maria Antão

Falecéu no dia 16 do corrente.
em Pedrógão Pequeno, a Sr.º D.
Maria Antão, de 79 anos de ida-
de, realizando se o funeral no
dia seguinte, da casa onde vivia
para a igreja matriz, em que foi
celebrada missa de corpo pre-
sente, e dali para o cemi ério
daquela vila onde a urna ficou
depositada no jazigo de sua fa
milia.

O funeral foi concorridíssimo.

À extinta era mãi das Sr ** D.
Marta da Conceição Silva Bar
bosa e D. Maria da Conceição
Silva Maio e dos srs. João Ba-
ptista da Silva, Américo do Sa-
cramento Silva e Nuno da Con-
ceição Silva, e sogra dos srs.
Américo Barbosa, Francisco

“Maio, D. Mercês Delgado Quei-

– roz Silva, D. Elena Augusta Sil |
-— vae D. Maria de Jesus Silva. |
é para Lisboa, |

 

– Antes de retirar p
– a família Conceição Silva man
* dou distribuir pé

– bres que assistiram ao funeral da

 

 

extinta a quantia de 350800 e
entregou 100300 para a Caixa,

Escolar da Escola Masculina e
20800 para a Caixa Escolar da
“Escola Feminina da vila de Pe-
drógão Pequeno.

D. Guilhermina Santos Dias
Cardoso

Faleceu no dia 13 do coriente,
na Lousã, depois de prolongado
sofrimento, asr*D Guilhermina
Santos Dias Cardoso, espôsa
amantíssima do sr. dr. José Cars
doso, distinto Inspector Notarial.

À morte causou profunda cons-
ternação naquela Vila, onde a
ilustre senhora, pelas suas virtu
des, desfrutava gerais simpatias.

*

«A Comarca da Sertã» apre-
senta às famílias enlutadas a vi-
va expressão do seu pesar.

rd; .
O nosso aniversário

Pela passagem do 4.º aniver-
sário da fundação dêste semaná-
rio, dirigiu-nos palavras muito
amáveis o nosso prezado colega
«À Beira Baixa», que se publica
na sede da Província.

Também nos felicitaram os
nossos amigos srs. José de Oli-
veira Tavares Júnior, de Cardi-
gos e Eugénio A. de Carvalho
Leitão, da Sertã.

Muito e muito obrigados.

ea
AGRADECIMENTO

Demétrio da Silva Carvalho e
família vêm, por esta forma, a-
presentar os seus sinceros agra-
“decimentos a tôdas as pessoas
que se dignaram acompanhar à
última jazida seu querido e cho-
rado- filho, Fernando Martins
Farinha Carvalho e ainda àque-
las que os confortaram em ho»
ras de tam grande amargura e
lhes apresentaram condolências.

Sertã, 18 de Maio de 1940,

 

as pessoas p3-.

Essas

 

 

Através da Comarca

 

(Noticiário dos nossos correspondentes)

PROENÇA A NOVA, 12— Trabalha-se afanosa-
mente na conciusão do calcetamento da rua de Nossa Se-
nhora e p:lo alargamento da rua e da pedra granítica em=
pregada no pavimento, com cimento, tem a via pública
um bonito aspecto. Da série de melhoramentos que esta
vila tem beneiiciado, espera-se inaugurar a abertura das
aulas do ensino elementar na nova Escola, nos primeiros
dias do p:óximo mês de Outubro. :

— Pefim-de conferenciar e em missão especial da
Direcção Geral da saúde pública, esteve nesta vila, no dia
10 do corrente mês, o ilustre Delegado de Saúde de Aviz,
cujo clínico, acompanhado pelo estudioso Delegado de
saúde nêste concelho, visitou alguns enfêrmos de doenças

“intestinais para melhor conhecerem e chegarem a uma

conclusão sôbre a origem da epidemia que grassa nesta
freguesia e em que os dois ilustres médicos estão empe-
nhados em estudar, Por Deus e pelos esforços da ciência
poucos casos fatais hã a registar, mas queremos aqui sa-
lientar o estudo perseverante e cuidadoso do ilustre Dele-
gado de saúde nêste concelho, que a provar-se a sua opi-
nião, da origem da doença, evitar-se-ia à humanidade
muitos sofrimentos.

— Sepultou=se no dia 5do corrente mês a Sr.? D.
Maria Isabel Pereira, viúva residente nesta vila e irmã do
falecido Bispo de Damão (India Portuguesa) D. Sebastião
José Pereira. A extinta era dotada de bondade excelsa e
há muito que estava retida no leito, por desastre sofrido

duma queda,

– — Por motivo de pedirem a demissão da Mesa
Administrativa da Santa Casa da Misericórdia desta fre-
guesia, os srs. José Alves Catarino, Provedor e Joaquim
António Tavares, vogal, foram substituídos pelos srs. Al-
varo Luiz Pereira, Provedor e Joaquim Cardoso, vogal,
membros substitutos da Mesa Administrativa.

€,

<eSox

– CARDIGOS, 13 — Folgamos por podermos noticiar
aos filhos de Cardigos que por longas terras labutam pe-
la vida e leem este belo jornal, que a nossa terra não es-
taciona e vaí seguindo no movimento de progresso que se

| nota em quasi toda a parte, graças ao Estado Novo.

As calçadas que se tinham protelado devido ás chu-
vas consecutivas, vão a estar concluidas. O Largo da Pra-
ça, com a feição que inteligentemente se lhe deu — envol-
vendo o marco fontenario e pelourinho, com algumas ar-
vores de sombra, n’uma placa independente, que ocupa o
centro — dá realce e beleza à vila. ‘

E” um amplo e formoso local que se presta aos im»
portantes mercados que todos os domingos atraem à terra
aeonne numero de pessoas dos povos circunvisinhos e de
onge.

— A rua que do Largo da Igreja paroquial segue
para a estrada, Rua de S. Bernardo, — está sendo alinhada
e rectificada. à : e

+ — —A Capela de S. Bernardo também está sendo rem
construida, de forma que o largo em frente é alargado.

digos, Casas da Ribeira, Pracana, Freixoeira, Arganil, Ca-

saes de S. Bento e Lameirancha –

– Resta-nos louvar calorosamente pelas suas iniciati-
vas e esforços as respectivas entidades.

— Encontra-se nesta vila com sua digna esposa a
sr.* D. Elisa, e sua irmã a sr.2 D. Maria Tavares Urbano
Rodrigues, o nosso querido amigo st. José Maria Tavares,
importante exportador de vinhos da região de Colares,
onde reside, e é aqui proprietario”

— Também ha pouco tivemos aqui a visita do nos-

so tambem amigo sr. Dr. Alfredo Pequito, ilustre director

do Liceu da Guarda; tanto este sr. como o antecedente
são assignantes da «Comarca da Sertã».

= No proximo domingo, celebra-se aqui a festivida-
de do Divino Espirito Santo. E:

 

E” uma festa antiquissima, que vem de antanho,
com algumas de suas tradições, que se vão conservando
atravez dos tempos, Por exemplo — a procissão com as
enormes fogaças de alqueire, muito enfeitadas, com O tipo
primitivo e conduzidas por formosas raparigas enroupa-
das de branco e com os seus melhores sorrisos. Ha o res=
pectivo arraial em volta da capela, o indispensavel fogue-
torio, etc. Tudo abrilhantado pela filarmonica da visinha
Vila de Rei, E

— Ha um assumpto importante que eu desejaria fo-
car, mas o-meu querido amigo sr, Barata, muito inteligen-
te director deste simpatico jornal, segreda-me discrição. .
E que remedio senão obedecer-lhel…

E por isso, recalcando desejos, limito-me a pregun-
tar a alguem que poderia responder-me se as minhas pala-
vras tivessem a autoridade indispensavel para tal: — Não
seria justo que enquanto se não dá andamento à estrada
54-2.2, se construisse um ramal que partindo de Cardigos,
atravessasse as importantes povoações de Roda, Carras-
cal e Valas, fosse entroncar em Oliveirinhas da Serra, en

tre Proença a Nova e Sertã, na estrada de Castelo Branco.

e Tomat ? A distancia é curta, sem obras de arte, por ter-
ras maleaveis e consequentemente pouco dispendiosa à
construção. Por que é, qual a rasão por que se não cons-
true este pequeno troço de estrada que muito beneficiaria
não só esta região mas também o norte e sul do paiz pe-
Ia mais facil ligação que estabeleceria entre muitos po-
vos! Porque ? :

Eu sei que as vantaoens foram já reconhecidas nas
estancias competentes, ha pouco ainda, e em tempos an-
tiquissimos, mas…

Mas eu, com a minha incompetencia, e com a alma
inflamada pelo patriotismo e pela razão, venho lembrar
que agora, que Portugal está em plena festa dos Cente-
narios, seria justo que esta região — e não só esta região
— que tão leal e afecta tem sido ao Estado Novo fosse
beneficiada com um melhoramento a que se julga com di-
reito, cuja necessidade tem sido reconhecida desde tem-
pos antiquissimos, e continua a ser de uma forma incon-
testavel.

Esperamos ser ouvidos. C.

Esços

NESPERAL, 15 — Tivemos o prazer, há dias, de

ver na nossa aldeia a sempre querida por todos os ham
bitantes do Nesperal, sr.? D. Emília Barata, ex-proiessom
ra e sua gentil sobrinha, menina Maria Delfina Barata,
Maito querida por todos, a senhora D. Emília Ba»
rata aviva sempre, mais, mais e mais, a grande saiidade
pela sua ausência do Nesperal «e desejaríamos corres»
ponder à breve visita que nos fez, provando-lhe o prazer
que as pessoas amigas sentem com a sua vinda aqai.
Embora se esforcem por patenteá-lo, fica maito aquém
do que esta sr-2 merece, mas nestas linhas fica manifes»
tado o desejo de todos os moradores do Nesperal.
—Também aqui se têm feito novenas pedindo pela

REPOR PS a RS R o eve RsaAnE sa O as E ag E * – | Paz do Mundo, juntando-se algumas pessoas na nossa
Não se descura também o interesse dos povos |
| que estão na area da freguesia, procedendo-se a pesquisas
“de águas para abastecimento de fontes, para o que se ese.
tão organisando os respectivos estudos por pessoal habi-
litado da Engenharia, Podemos citar os seguintes :— Car-

igreja. Que sejam ouvidas as preces tam ardentemente

* dirigidas a Nossa Senhora. .

– -—Desde o ano passado que, constantemente, e por
intermédio da «Comarca da Sertã», insistimos no nosso
pedído à Câmara para que a nossa escola seja provida
do material didáctico necessário. Devido a protiados esm
forços dam Ex.'”o Vogal, já foram enviados 1 quadro e 2
mapas. As crianças e a proiessora trabalham com mar
terial insuficiente. Queremos, além da renovação do nos-
so pedido, agradecer os esforços do sr. Venceslaa Fer-
reira, digno Vogal, pela aquisição referida.

—Continua o desânimo dos lavradores que, com
os últimos temporais, tem sofrido grandes prejuízos na
lavoura. Há muitos que se queixam das doenças que es
tão atacando as videiras e que são de difícil cara. Há
também árvores maito atacadas e nota-se que esta área
é sempre a mais atingida. Nas últimas tardes têm paira-
do sôbre esta região grandes trovoadas, sem que, Íeliz-
mente, tenham causado danos, C

Concerto musical

A Filarmónica União Sertagi-
nense deu um concerto no Adro,
no passado domingo, que foi

O domínio dos Aliados no mar

Após sete mezes de guerra,
mais de 2.000 navios, que com-

Missão. Educativa das Mis
Mai de família! Que cargo!
Como é difícil, crítico e impor-

 

ouvido com muito agrado.

Um dos números executados,
que teve a sua estreia e mais in-
terêsse despertou, foi a rapsódia

«Sertã e Subúrbios», composta

de cantos ap-esentados pelo nú-
cleo do Outeiro da Lagoa e
Calvos, em – Dezembro último,
na gravação de discos para re-
colha de trechos do cancioneiro
popular, uma das realizações ins
critas no programa oficial das
Comemorações Centenárias, nú-
cleo aquêle que, como se sabe,
representou o nosso concelho.
A composição é do maestro
António Teixeira e foi aplaudida

!com grande entusiasmo pelo pú-
| blico.

Er Bb pap
A França e a Guerra

Os antigos Romanos tinham
um deus JUNO BIFRONTE que,
pela sua cabeça com duas faces,
simbolisava a Paz e a Guerra.

À França em guerra tem igual-
mente dois aspectos:

À rectaguarda mostra, aos |

seus amigos o aspecto tranquilo
dos seus monumentos e das suas
paisagens.

va frente impõe ao inimigo
o duro clima da guerra,

 

punham cerca de 309 «comboios»,
foram dirigidos livremente para
os seus destinos, escoltados por
forças navais francêsas, e com as
perdas maximas de 4 navios em
2.000.

Por outro lado, as tropas de
Argélia, Marrocos, Tunísia, Se-
negal, do Império Colonial fran-
cês, e um exército canadiano de
divisões híndus. australianas,
neo-zelandezas, do Império Bri-
tânico, atravessaram Oceanos,
sem perder úm único homem.

Além disto, importantes con-
tingentes de trabalhadores dos
dois Impérios aliados, chegaram
à Europa, igualmente sem per-
das, graças á fiscalização dos
mares exercida pelas armadas

| francêsa e inglêsa.

GILBERT SEGARD
6) ep

Carreira de Camicnetes de
Passageiros

Foi autorizada, provisôriamen-
te, a carreira de camionetas de
passageiros entre Castelo Bran-
co e Orvalho à firma Martins &
Sebastião.

tante! Estava quási tentado a
dizer que ainda reclama maiores
disposições que o dos mesmos
pais, se nos quisermos limitar à
esfera da educação doméstica.

Com efeito, ninguém há que
ignore que as mãis de família
são os espelhos, onde os meni-
nos trazem sempre fitos os olhos;
aquelas com quem tratam mais
íntima e fregiientemente; que en-
caminham os seus primeiros pas-
sos; desatam as tenras prisões
de sua língua balbuciante; co-
meçam a dissipar as trevas que
envolvem o. seu rude espírito;
em menos palavras: à excepção
de um pequeno número de pais
que sabem estimar êste honroso
exercício, elas são as únicas
mestras de seus filhos em pri-
meira idade. Mas, se por infeli-
cidade estas mestras não tiveram
uma educação virtuosa, como é
crível que possam dar a seus
filhos ?

D. Fr. Caetano Brandão .

— Memórias (Século
XVII).

pote d) tag

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio
e produtos da sua indústria ?

Gastando -uma insignificância,
pode anuhciá-los na «Comarca

 

da Sertã»,

28

 

O RAPTO

(Conto por Eduardo Antanes
Gaspar, de O anos incompletos,
de Lisboa).

– O Macáco «Africa», estava
intrigado com o rapo do pati-
nho mais velho da ninhada de
D. Pata Marreca. O caso não era
para menos, pois havia já dois
dias que o patinho tinha sido
raptado, e ainda não tinham des-
coberto o seu paradeiro. Convém
dizer que o nosso macáco, O
«Africa», era o mais sagaz de-
tective do Reino da Bicharada.
Mas voltemos à vaca fria: Sem-
pre a meditar no caso, «Africa»
dirigiu-se à casa de D. Pata Mar-
reca a-fim de apurar alguma
coisa sôbre o.caso.

D. Pata estava em casa. A’fri-
ca entrou e, principiou a fazer-
lhe algumas preguntas :— O seu
filho a que horas saíu de casa a
última vez ?,—eram seis da mas
nhã — respondeu D. Pata. —Para
onde foi ?, — Foi trabalhar em
casa de D. Perú. E acrescentou:
—como sabe eu sou viuva e não
gosto que o meu filho esteja a
espreguiçar-se deitado numa ca-
ma e demais a mais com a ida-
de que tem.– Não suspeita do
Perú ? — Não.

Eram oito horas da noite e o
meu filho ainda não tinha apare-
cido. Então telefonei pelo tubo
de borracha que serve de telefo-
ne, para casa de D. Perú. Foi êle
próprio que me atendeu, dizen-
do que meu filho tinha saído ao
meio dia do trabalho—o Perú é
inventor—e viera à janela ver se
o meu filho ia por boa ou má
estrada para casa e, quando se
meteu para dentro viu por entre
os vidros que saia de uma moita
um ladrão o Pássaro Bisnau, que
foi no encalço do meu-filho.

«Africa» saiu dizendo com os

Iseus pêlos :— Então foi esse par-
vo do Pássaro Bisnau que raptou |

o filho de D. Pata Marreca ? Pa-
tife |! Marôto !
No dia seguinte foi em busca

recaíam tôdas as culpas. Em fren-
te de uma palmeira gigante «A’fris
ca» viu uma casinha que tinha

saro Bisnau». «Africa» empu-
nhando uma automática de dez
tiros entrou. A um canto, estava
o filho de D. Para Marreca amars

pássaro tinha ido buscar insectos
para o almoço. Com um golpe
de canivete, «Africa» cortou as
cordas do prisioneiro que tinha
desmaiado. Depois saíu com o
filho de D. Pata, ás costas.
Chegando à porta viu que O
Pássaro Bisnau tendo chegado,
corria para êle disposto a dar-lhe

teiro «Africa» matos-o.
Momentos depois,
entregava à D. Pata Marreca o
seu filho são e escorreito.
Se não fôsse «Africa»…

Sr Os

Comemorações Gentenárias

carácter festivo

O Govêrno, interpretando fiel.
mente os sentimentos do povo

do Conselho de Ministros ter
examinado a situação internacio-
nal, modificar o programa das
comemorações centenárias nos
pontos de carácter festivo, man-
tendo, contudo, a realização dos
actos solenes nas datas constan-

ao seu significado patriótico.
É eta OD pd
Correio Tomar–Sertã

sou a ser feita a condução de
malas do correio entte Tomar e

Companhia de

 

; nache,

Colaboração Infantil J

rado e amordaçado. O maldito

uma sova. Mas com um tiro cer=.

Foi modificado o pro-
grama nos pontos de .

português perante a guerra que:
enluta a Europa, resolveu, depois:

Com o horário habitual, pasa.

do Pássaro Bisnau sôbre o qual |

sôbre a porta este letreiro: «Pás. |

«Africa»

tes do programa e em obediência .

Sertã e vice-versa em camione- ,
ta, estando O serviço a cargo da .
Viação de Sera

@@@ 1 @@@

A Comarca da Sertã

Senhoras e senhores! Portugueses !
Finos cidadãos! Rudes montanheses !
Sabeis o que é Coimbra? A Academia ?
Vivestes, por ventura, uma hora, um dia,
A beleza das festas coimbrãs, .

Divino sorrir de moças louçãs ?
Ouvistes amor de lábios corados,

Que fazem esquecer pecados passados,
Promessas de noívas, sonhos ao luar,
Canções entoadas em triste cantar,
Tricanas formosas, guitarras gementes,
Serenatas lindas que lábios ardentes
entoam sentidos com todo o ardor ?
Sabeis, por acaso, O que é o amor,
Resado baixinho como um queixume
por bocas lindas que exalam perfume ?
Sabeis o que é a vida, o que é o folgar
Sem sombra de dor que possa parar,

As febrís e ardentes pulsações,

Que em peitos amantes batem corações ?

QUEIMA DAS FITAS

Convocação

“teroso dr o tocas accord, Poco nto o

Ainda Coimbra, cingida de ameias,

Com tôórres altivas, belas, rendilhadas,
Com portas medievas que grossas cadeias
Fechavam ao luar; ainda Coimbra
Lembrava a lenda de mouras encantadas,
Que penaram de amor p’lo Mondego amante;
Ainda Coimbra, em tempo distante, |
-Bordava canções, sentidas, chorosas,

Com o amôr dé Pedro pela aia linda,

E já a Academia em ceias faustosas,

Com versos suaves e loucas guitarradas
Cantava o amôr de meigas tricanas,

De sorrisos de ouro e caras maganas.

E vós, fieis ao passado, à tradição, .
Vinde a Coimbra, como vossas avós
Outrora vieram à Meca do amôr |
Trazei-lhe mais vida, risos em flôr,
Trazei lhe a alegria do vosso coração !
Vinde a Coimbra! Vinde até nós!

sai bs et

 

Jorge Lôbo Coutinho

 

cllocidndo Portuguesa» da Ser Os amigos da “COM ABA”

 

Uma ideia simpática, mere-
cedora dos maiores aplausos

Fazendo parte da «Mocidade
Portuguesa», organização pré-
militar do maior valor patrióti-
co, moral e social, os rapazes
das escolas da Sertã, o profes-
sor desta vila, nosso amigo sr
António A. Lopes Manso, to-
mou a bela iniciativa de obter
fardamentos para 30, pelo me-
nos, dêsses rapazes, exercitan-
do-os convenientemente, para
que possam tomar parte nas so-
lenidades que se devem realizar
na Sertã por ocasião das Come-
morações Centenárias.

A maioria dos alunos, pobres
como são, não estão em condi-
ções de adquirir, à sua custa, os
fardamentos; e assim, aquele
nossso amigo solicitou donativos
aos srs. Governador Civil, Pre-
sidente da Câmara e Delegado
Especial do Govêrno, que pro-
meteram dar-lhos da melhor vona
tade e mostraram a sua satisfa-
ção por uma jideia que é digna
de todo o auxílio e dos mais
rasgados aplausos,

A Caixa Escolar também cons
tribuirá com a sua cota parte.

Os rapazitos vão impar de ale-

tia ao vestir as suas bonitas.

ardas.

Escusado será dizer que o sr.
professor Manso conta com a
decidida anuência dos pais dos
alunos que podem fazer a des-
pesa do fardamento e calçado.

8 ED qe
Eugénio À. de Carvalho Leitão

O nosso querido amigo sr.
Eugénio A. de Carvalho Leitão,
pessoa que tôda a Sertã estima
pelas suas belíssimas qualida-
des e fino trato e ainda porque
é um bairrista às direitas, com-
pletou 82 anos no pretérito dia
14,

Que conte muitos mais, sem-
pre com saúde e a melhor dis-
posição de espírito, são os noss
095 sinceros desejos,

BENEFICÊNCIA

‘ tegidos, 20800.

 

O nosso bom. amigo sr José
C. Martins Leitão, de Lisboa,

sócio da conceituada firma, An- |

drade Leitão & Joaquim, Ld,*,
teve a bondade de nos enviar
89800 como «contribuição para
auxílio ao jornal em virtude da
grande subida do papel», indi-
cando-nos, também, para assi-
nante o sr. Higino Serra Barata,
da mesma cidade.

O nosso estimado assinante sr.
Manoel Marques de Oliveira, Ei-
xo – Taboeira, no régresso da
Madeira, além do pagamento da
sua assinatura por um ano, entre-
gou nos 5800 como auxílio ao
iornal.

Agradecemos sinceramente re-
conhecidos.

OH tra

Recebemos: do sr. Vergílio
Alves, da Sertã, para os pobres
da Sertã, 100800 e para a Mise-
ricórdia, 50800 e do sr. Joaquim
Martins, de Businga (Congo Bel-
ga), para Os pobres nossos pro

A ambos, os melhores agrade-
cimentos,
gro

Preguntas

cre remo

 

por Silvério da Rosa

14—Porque é que as raposas,
em Africa. quando têm muita
pulga, colhem uma grande «bo-

WNotasa lápis
(Continuação)

PRECOS dos principais gé-

neros no mercado do pre:
térito sábado : ovos. 38 esc. q
dúzia; galinha, 7850 a 8800,
cada, frango, 4800e 4850 cada;
milho, 10850 e 11800, o alquei»
re; batata nova, 10800 o al-
queire; feijão verde 3 esc. o
quilograma; cerejas — quási
tódas verdes, por sinal— 50 a
60 ctvs a tigela; laranjas bem
doces e sumarentus, de 2,9 a
desc o quarteirão; nêsperas,

 

apareceram pela primeira vez

e pedia-se nm tostão por cada,
o que levando em linha de con-
ta os caroços, é um pau por
um ólho; quanto -a ervilhas,

foi um ar que lhe deu: saíram

da praça mais de-pressa do
que entraram! Tem-se notado
uma grande falta dêste legu-
me; ainda que a nossa região

Pouca produza, nos anos an-

teriores notava-se alguma
abundância.

HDs
Cemitério de Cambas

 

Situação grave

Informam-nos de Cambas que
o cemitério daquela freguesia
chegou a tal extremo de abando»
no que, ao abrir-se qualquer se-
pultura, se topa com os cadáve-
res semi-consumidos,

Conclue-se, disto, que o ce-
mitério. é, actualmente, de aca-
nhadas dimensões.

Se as autoridades não toma-
rem sérias e imediatas providên-
cias, não se poderá estranhar
que a população da aldeia ve-
nha, dentro em breve a ser víti-
ma de terrível epidemia

Chamamos em especial, para

Municipal dE emos fa
IGREJA MATRIZ DA SERTÃ
Porque não se trata de con-

seguir que ela seja classit-
cada monumento nacional?

Já por mais de uma vez aqui
temos sugerido a ideia de se
conseguir que a nossa igreja ma-
triz fôsse considerada monumen-
to nacional. –

Não há inconveniente aigum a
impe-í lo; antes, pelo contrário,
só se apresentam vantagens: se-
gundo os termos da Concordata,
recentemente celebrada entre Por-

| tugal e a Santa Sé, «os imóveis

classificados como «monumentos
nacionais» ou que o venham a

! ser dentro de cinco anos a con-

tar da troca das ratificações, fi-
cartão em propriedade do Estado
com afecção permanente ao ser
viço da Igreja. Ao Estado cabe a
sua conservação, reparação e res-
tauração de harmonia com o plano
estabelecido de .acôrdo com a
Autoridade eclesiástica para evi-
tar perturbações no serviço reli-
gioso; à Igreja incumbe a sua
guarda e regime interno, designa-
damente-no que respeita ao horáes
rio de visitas, na direcção das

“| quais poderá intervir um funcio-

nário nomeado pelo Estado».
Isto quete dizer, por exemplo,

que a nossa igreja matriz ficaria

como propriedade do Estado úni.

 

cada» de panasco muito fino, e,
em seguida metem-se, suâvemen-
te, a pouco e pouco na água: ;
por fim mergulham, deixando o
paolegnedo a boiar ? |
16—Porque é que os rapazes:
altos escolhem para noivas rapa- ‘
rigas, em regra, baixas ? |
17—Porque é que o vulgo diz.
sempre — Não me maces os tím-
panos dos ouvidos ?
18—Porque é que as rosas,
quanto mais lindas e belas,,
maiores espinhos têm no né? |,
19—Porque é que o povo das,
cidades do norte do País chama |
pão «fresco», quando o pão é

quente? ;

ca e simplesmente para se garan
tir a sua conservação, reparação
e restauração — circunstância esta
qué reputamos dever ser consi-
derada e em que se baseia e nos=
so ponto de vista para a sua clas-
sificação como monumento na-
cional—;a autoridade e prestígio
da Igreja não sofreriam a menor
diminuição, a mais pequena que-
bra e, da mesma forma, o culto
não seria prejudicado.

A nossa defesa, em tal sentído,
tem ainda plena e indiscutível
justificação porque a igreja ma-
triz é muito importante pela sua
antiguidade, magnífica arquitec-
tura e grande valor dos seus
Azulejos,

,

o assunto, a atenção da Câmara | !ê Rb DR SAR GU RR RO SR
| zindo nas tais calçadas boas qua-

ascende ao fim para que

Cardigos, 1939
Deze: bro

A alma abarca o mundo, o «
“e transpõe o infinito; e confiada

DA ALMAÉ

A alma não tem fim. Que importa a morte
se O sôpro que parece a extingue e apaga
a reacende? Se a luz que o Cén afaga
nºela réfulge em vívido transporte ?

E” phenix a surgir resplandecente

“ das cinzas mortas—em fulgor brilhante,
misterioso astro—sempre ovante
a divagar na vida eternamente!

o espaço, os Céus,

foi creada;

—Radiação de Deus—volta para Deus ! ‘

Oliveira Tavares Júnior

 

Alguns dados TMonegrálicos
sôbre a ireguegia do Bslreilo

VI
(Continuação do n.º 192)

o no leito destas peque-

nas correntes, consegue o
proprietário potes de azeite fínis-
simo, pipas de vinho saboroso e
frutos os mais variados mas, in-
felizmente, de inferior qualidade.

Eº que o lavrador aproveita as
diversas fruteiras mais para en-
côsto da videira do que para au-
mento de lucros provenientes da
venda de frutos.

Em razão da distância e da
dificuldade de transporte até aos
centros consumidores; a fruta
aqui ainda não teve procura e é
aproveitada de preferência, na
alimentação do gado suíno.

Ha pois que cuidar a sério e
quanto antes da selecção de fru-
ta, por via da enxertia, introdu-

lidades, e da multiplicação da
laranjeira, limoeiro, macieira, pe-

nespereira, figueira, ameixoeira,
nogueira, pessegueiro, e demais
fruteiras que vegetam admiravei-
mente e frutificam à farta todos
os anos, nas vossas proprieda-
des da zona sul.

Quanto a vídeiras nas calça-
das, intensificai a cultura do
«Calum», tipo único no país, mar-
ca exclusivamente regional, pró-
pria da fachada nascente-sul da
freguesia, vinho não raras vezes
com mais de 15 graus alcoólicos,
cor de ouro, delicioso, apalada-
do, como ainda não encontrá-
mos em parie alguma,

Não vos antecipeis na vindi-
ma, aprendei a dirigir conscíen-
ciosamente a lagarada, tomai em
linha de conta a limpêsa da ade-
ga e das vasilhas, cuidai da con
servação do vinho, engarrafai-o
colai-lhe o rótulo de «Calam da
Amisirinha» e tereis certamente
venda fácil e de bom prêço para
um produto regional não menos
aprecíado que o vinho da Bair-
rada, Colares ou Carcavelos.

Nada de misturas com vinho
i de outras videiras.

Há uns anos que vindes de
aumentar a p.odução do mole e
de misturar O calum com o vinho
sempre fraco das variedades que
dão muito.

Prejudicais, assim, as proprie-
dades do vinho de marca com
fama tradicional em todo o con-
celho de Oleiros e susceptivel
de maior fama ainda se o aumen-
to de produção anual désse mar-
gem à sua exportação para os
diversos centros consumidores

do País.
(CONTINUA)
tg ep

INTERÉSSES REGIDNAIS

Pelo Fundo de Melhoramentos
Rurais foi concedida, à Câmara
Municipal da Sertã, a comparti-
cipação de Ese. 10.654800 para
abastecimento de água à povoa-

reira, abrunheiro, marmeleiro, |

 

ção da Arrifana, freguesia de

 

Sernaçhe do Bomjardim,

FESTAS CENTENÁRIAS

Os actos e solenidades ini-
ciam-se, em todo o País, no
dia 2 de Junho

Os actos e solenidades iniciam-
-Se, simultaneamente em todo o
País no dia 2 de Junho, realizan-
do-se às ll horas solene Te-Deum
em tôdas as Sés, Colegiadas e
velhas igrejas matrizes de Por=
tugal e do Ultramar e às 16 ho-
ras sessões solenes nas Câmaras
Municipais de todos os conce-
lhos, em que a autoridade com=
petente declarará inauguradas as
festas nacionais da Fundação, da
Restauração do Império.

Um e outro daquêles actos se
devem realizar em rigorosa coin-
cidência horária com o Te Deum
da Sé Patriarcal e com a sessão
solene da Câmara Municipal de
Lisboa, em que S Exº o Presi-
dente da República usará da pa-
lavra para declarar inauguradas
as festas nacionais do Ano A’ureo,

* O programa do dia 4 é o se-
guinte: :

em Guimarãis. Cortejo das flo=
res. Missa campal. Discurso de
S. Ex.* o Presidente do Conselho.
À bandeira de Afonso Henriques
é hasteada pelo Chefe do Estado
na tôrre do castelo de Mumas
dona. e à mesma hora. pelas au=
toridades locais, nos castelos me-
dievais portugueses que mais ime
portante papel desempenharam
na história da Fundação e da
Conquista. Salva a artilharia em
tôdas as guarnições militares e
navios de guerra; repicam os sis
nos em tôdas as igrejas de Por-
tugal imperial. A” noite, em Gui-
marãis, representação do «Auto
da Fundação», junto do castelo.

De 2 a 15 de Jusho comemora-
-Se a «Epoca medieval».

ore
António Joaquim da Silva

Depois de alguns meses de fé-
rias na Metrópole, embarca de-
pois de amanhã, a bordo do
«Quanza», para Businga (Congo
Belga), acompanhado de sua es=

pôsa e filho, o nosso prezado

amigo st. António Joaquim da
Silva, sócio da conceituada fir-
ma A. J. Silva & C.*,

Desejamos-lhe muito boa vias
gem e tôdas as felicidades, agra-
decendo a amabilidade das suas
despedidas.

pe O) 4
Desastre

No passado domingo, nos Ra-
malhos, o motorista José Maria,
de 24 anos, ali morador, ao des-
cer da camioneta que guiava, es=
ta, não suficientemente travada,
recomeçou uma marcha répida e,
apanhando-o com a porta, arre-
messou-o para a frente do roda-
do, passando-lhe por cima e cau=
sando-lhe fractura dos ossos da
bacia.

Seguiu no mesmo dia para
Coimbra, onde ingressou nos
hospitais da Universidade,

“Comemoração da Fundação, :