A Comarca da Sertã nº190 02-05-1940

@@@ 1 @@@

 

— FUNDADORES —
“Dr José Carlos Ehrhardt —
-— Dr. Angelo Henriques Vidigal —;

—— – António Barata e Silva ——.

Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa .

O DIRECTOR, EDITOR E PRO PRIETARIO. me ]
E Lotuando Banata da Filva Concia TIP. PORTELLA FELÃO]
é ——— REDACÇÃO: E ADMINISTRAÇÃO: cre CASTELO
m| | RUA SERPA PINTO-SERTA PBR
> ——— TELE FONE|
«| | PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS 112 |
AINO IV | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | E
a e ca ri ia ni pi ei rp
N.º 190 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila dé Rei; e frequesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação) 1940

 

Notas …

INHA a propósito e teria

indiscutível oportunidade |

que, ainda no corrente ano —

em que Portugal festeja as da- |

tas da sua emancipação tam
caras ao nosso coração de pa=
triotas — fóssem inauguradas
nos quatro concelhos que com-
põem a Comarca, Sertã, Olei-
ros, Proença a-Nova e Vilaide
Rei tantas obras de interêsse
público por realizar, que as:
populações rurais confiâda-
mente aguardam, há tanto teme
po, do Estado Novo, especial.
mente marcos fontanários, cas
minhos, estradas e escolas.
Essas obras seriam como
que padrões imorredonros: a
vincar, pelos tempos fora, o
ano comemorativo dos mais
belos triunfos da nossa Histós
ria, em que grande partie do:
País vê satisfeitas tôdas on.a:

maior parte das suas legítimas |
fu MSDIPAÇÕESS in o

“E o Govêrno da Nação, sem-
pre pronto a acudir às neces-
sidades materíais dos povos:
humildes, pode crer que êles
não esquecem o que se faz em
seu benefício, muito ou pouco
que seja. Essa gente, de ânimo
sofredor, que suporta estoica-
mente todos os reveses e enca-
ra com bonomia ama vida cheia
de vicissitudes, é a melhor nata
da população nacional, sempre
pronta a todos os; sacrifícios
que se lhe exijam para engran-
decimento do País, “dm

pe qb
País acaba de perder dois
homens notáveis, que-mui-
to o honraram e distinguiram:
o dr. Alberto de Oliveira, di-
plomata distintíssimo poeta.e
prosador primoroso, que legou
á:literatura nacional obras de

fino quilate; ontro, o dr. José;

Capelo Franco Frazão, Conde
de Penha Garcia, untigo- mi
nistro, agricultor e colonialis-

ta, que representou Portugal:

em mandatos da mais alta im-
portância no Estrangeiro, me-
recendo o maior aprêço a acção

que desenvolveu em benefício:

dos prisioneiros portugueses
na Alemanha durante a Gran
de Guerra.

LB pp :
TERMINOU em 30 de Abril
o prazo para o manifesto |

dos azeites. A Junta Nacional

do Azeite esclareceu: que-fica: |’

vam dispensados de fazer o

manifesto os possuidores del

quantidades inferioresta 50 li-

fros; os que conservavam azei- |
te de outrem, ficavam obriga-|

dos ao manifesto do mesmo,
dispensando-se de o fazer os
respectivos proprietários; que

o azeite em trânsito, no dia e |

hora a que se reportava o in-
quérito, devia ser manifestado
pela entidade destinatária.

(Estas instruções são a sú-|

mula de uma segunda circular
que recebemos da J. N. A, em
27 de Abril e, por isso, sem
possibilidade de se inserir na
integra com a devida anteçe-
dência),

 

 

S” dados históricos que servem de base

1 asêste modesto artigo foram: coligidos

do importante trabalho, há muitos anos

dado à luz da publicidade, da autoria

do: saiidoso coronel Augusto Taveira.

— Sertório, de família rica e nobre; nasceu
em Núncia, na Sabina, antiga cidade italiana, 121

anos antes da’ nossa era. Foi educado em Roma
“para-a vida pública e era «questor» de Caio Má-
riús e Syla. No ano 87 da mesma era declarou-se
a favor Jaquêle, mas emigrou para Espanha, fu
gido ás proscrições de Syla. Fórmouum partido na

-sula, principalmente: os lusitânos que; muito se
lhe-dedicaram. Mais tarde, depois da ;morte de.
Márius e do regresso de Syla ao poder, procla-
mou a independência de Espanha e suportou a
inimizade Roma, que o mandou combater pelos
“mais hábeis generais dêsse tempo : Metelo, Pom-
‘pei Cima, etc. A’ todos resistiu com vantagem,
mas teve de retirar para Ebora, pequena cidade
«céltica na margem direita do rio Xarrama,
Passados 4 anos, quando num banquete se
Testejava o aniversário natalício-do bravo capi-
tão; findos; os festins.e-os descantes regionais,,
surgiram os: recitadores: de versos latinos, e; gres
gos: — «Estes esplanaram o combate dos heróis
junto-do corpo. de. Pátroclo e Aquiles, repelindo
aos berros os troanos enfurecidos; Príamo, bei-
jando as mãos assassinas que lhe mataram o seu
valente filho Heitor; Helena, deixando-se beijar
pelo amante enternecido…» E, como num so-
nho de heróica poesia, todos os corações pulsa-
vam de entusiasmo e amor.

Nêste momento, estando Sertório embebido
em contemplações e sonhos poéticos, não reparou
que Perpena, seu lugar-tenente, fazia sinal a die
versos oficiais: para-que o apunhalassem..

Trágica cena ocorrida em Ébora no ano 73
antes da nossa éra,

Êste crime indignou Roma e sobressaltou
as legiões, porque Sertório, a-pesar-de: tudo, era.

ma. O senado, por ordem de Lúcio Cornelio Sys
la;- mandou Cneo Pompeu à-Lusitânia-a-inquirir
do que’se passara e como fôra praticado o crime,

– O nobre, inteirado do sucedido. praticou
um. acto digno dos maiores louvores da Histó-
tia e salvou Roma-de grandes agitações. Pom-
peu-retiniu todos-os-escritos-e documentos. parti-
culares de Sertório e queimou-os sem os lêr a

sinos.

Ibérica para’o qual chamou os povos.da Penín-.

romano € tinha. prestado grandes serviços a Ro-.

SERTÓRIO E A SERTÃ
os Apt

ninguem; depois mandou enforcar Perpena à vis-.

ta do exército lusitano, mostrando assim que Ro-
ma desprezava as traições e condenava os assas-

Os cúmplices de Perpena, que estavam nos

cáceres, foram também. mortos, outros tinham

conseguido fugir para os montes, mas daí a pou-
co eram aniquilados a golpes de flechas dispa-

-radas pelos: «Maurúsios>, bárbaros da Mauritânia

ao serviço da Ibéria. Só um escapou, Aufidio;
ou porque ficasse desconhecido ou porque o des-
prezassem, envelheceu e morreu numa aldeia mic
serável. ap
O grande historiador F. Mommsen, na sua

‘ admirável «História Romana» referindo-se a Ser
tório, escreveu: «Desde então era Sertório afa-
“mado. Assim que voltou a Roma é nomeado

«questor» na Gália — havia urgência — suspeita-
va-se da guerra dos Cimbros. Foi encarregado
de levantar tropas e mandar forjar armas e com
tanto zêlo e prontidão satislez ésse encargo, que
lhe valeu a reputação de notável chefe. Sertório

não-se abranda na audácia militar : praticalacções’
admiráveis, e, expondo-se sem cautela nos com- |
|. bates, foi assim. que perdeu um ôlho. Jámais dei-
– xou. de se. glorificar dêste defeito, e dizia que
“outros nem sempre trazism sôbre si os testemu-.

nhos do valôr; êlz, ao contrário, conserva sem-
pre os sinais da sua coragem, e todos que vêem
nisto a infelicidade são igualmente espectadores
da sua abnegação.»

Assim escreveu Mommsen, que, com.o ita-

liano Guilherme Ferrero, foram. os maiores hise |
toriadores das coisas de Roma.

‘ Camões não é assás concludente quando

“conta e canta:

“| «O? ty Sertório, ó nobre Cariolano, .

Pe

Catilina, e vós outros dos antigos, !
Que contra vossas patrias, com profanos;

“Corações, vos fizesteis inimigos.»

Lindos e admiráveis versos, mas em desa

« côrdo. com os actos políticos de Sertório, de Co-

riolano e Catilina,

Êste modesto: esbôço histórico vem a talho
de foice, para demonstrar aos «aljubarrotistas» —

– seja-me permitido o fixo — da minha terra, que,

a desconcertada lenda’ que apresenta Sertório

(Continua na 4º página)

IMAGENS DA GUERRA

SÃO às dezenas, pelo País.

“fora, os, casos. de. raiva

que, em vez de diminuir, cres..

cem pavorosamente; é um fla-

gelo que está tomando propora,
ções horrorosas para vergonha.
de todos nós. Ultimamente-na.

Covilhã foram mordidas mui
tas pessoas por cãâis e gatos
atacados do terrível mal e, em
menor número, repetiu-se o
mesmo em Montemór-o-Novo’e
Mogadouro.

Parece-nos que vai sendo

a parte; providências rigoro-
síssimas, de maneira a garan-
tir a segurança das populas

tempo de se adoptar, por tôda:

ções, pondo de parte income.

preensíveis piêguices ou consi=

derações de ordem pessoal,
que não se justificam sob que
pretêxto for.

Os cãis são por natureza
animais simpáticos, amigos
dedicados do homem, seas
companheiros atectivos; em dez

terminados casos, os câis, são-

indispensáveis.
Compreende-se, por isso, que

jam, mas é absolutamente ne=
cessário que deixem de cons=
tituir um perigo.

Pode-se lá admitir que, por

êles devam existir e se protes.

essas povoações, existam câis

ao abandono, cheios de fome,

repelentes, sem açamo e em

completa liberdade ?

Porque. se não abatem os.

que estão nestas condições ?
Porque não tratam tôdas as

Câmaras municipais de. man;

dar proceder à vacinação anti=
-rábica obrigatória, tanto mais

que a seu cargo, foram cria. :

dos dispensários anti-rábicos
por lei de 19 de Abril de 1929?

Éste. esclarecimento. demo.
há dias a Direcção Geral de.
Saúde e não é de crer que.
aqueles corpos administrativos:

o desconheçam.

A MARINHA FRANCESA COLABORA MUITO ACTIVAMENTE COM A MARINHA INGLESA
A gravura N,º 1 representa um torpedeiro francês ancorado no porto de X. — Como se sabe, em França, é a provincia da Bretanha que fornece maior contingens
te de marinheiros para as tripulações das unidades da Marinha de Guerra francesa, A Bretanha é com efeito uma provincia com velhas tradições marítimas,

A gravura N.º 2 mostrasnos quatro jovens e simpaticas bretãs, vestidas de trajes regionais, indo ao domingo à Egreja onde farão pré
; 5 paes, irmÃos, maridos ou noivos que pelejam na imensidão do ogeano,

ces para que Deus proteja .

fi

cêdo ogeano,

ces para que Deus proteja .

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

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LEE

RECTIFICAÇÕES

Deve ler-se, como segue, um
dos períodos do editorial inserto
-no último número (penúltimo da
1.º coluna): «A grande massa
dos naturais do Concelho da
Sertã em Lisboa, os que têm
um certo nível de vida, ainda
quando afastados dagui há
muitos anos, conservam, pela
sua sterra, se não um elevado

interêsse, ao menos uma gran-

de símpatia», etc.

Tanto nêste artigo como nou-
tros —o que sucede em todos
os números — há falhas de pon-
tuação, que o-leitor, bem avisa-
do, fácilmente corrige.

No local sob a epígrafe «Bom-
beiros Voluntários da Sertã»,
leia-se 50800 onde está 500800.

HO
FEIRA EM PROENÇA-A-NOVA

Hoje e amanhã efectua-se na
vila de Proença-a-Nova a grande
feira de Santa Cruz.

rt

Eº amigo dedicado da
sua terra ?

Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos que |

ainda o não são.

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande par-
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário.

 

CINE – TEATRO TASSO

Na próxima 5.º, feira, 2 de Maio, às NA horas
à PÁTRIA FILMES, LD.º, de Lishoa, apresenta

0 GONDOLEIRO DE HOVA-IOR

uma comédia musical cheia de graça
bom humor e melodiosas canções, em
11 partes, com Dick Powell, Joan Blon=
del, Adolphe Menjou e Louise Fazenda.

FESTAS EM ÉVORA, documentá-
rio, MICKEY RELOJOEIRO, desenhos
animados, CURIOSIDADES CIENTIFIx
CAS e SINFONIA DOS TELEFONES,
comíca,

ANUNGIO

| 1 Publicação

No dia 18 do próximo mês
de Maio, pelas doze horas,
à porta do Tribunal Judi-
cial desta comarca, ss há-de
proceder à arrematação em
hasta pública dos prédios a
seguir descritos, penhora-
dos na execução por custas
e sêlos que o Ministério Pú.
blico move contra Maria do
Carmo Ribeiro, ou Maria do
Carmo, cuja execução corre
seus termos no Juizo de D’-
reito da Sétima Vara da Co-
marca de Lisboa, e da qual
foi extraída a competente
carta precatória para arre-
matação.

PRÉDIOS
1.º—Uma terra de cultivo

| com oliveiras, sita no I gar

de Penafalcão, fróéguesia de
Sobreira Formosa, inscrita
na matriz predial respecti-
va sob o artº 40 840, e des-

crita na Conservatória do

Registo Predial desta co
marca sob o n.º 28.061. Vai
pela primeira vez à praça
no valor de 394224.

2º—Uma morada de E

[sas junto a uma terra com | ===:

oliveiras, no sítio de Pena-

talcão, fréguesia da S-brei- |

ra Formosa, descrita na
Conservatória do Regist»
Predial desta comarca sob
o nº 28,062, e inscrita na
matriz respectiva sob o art.º

289, Vai pela primeira vez |

à praça no valor de 3.2804.
Sertã, 27 de Abril de 1940, :

“Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int.?,
Armando António da Silva

 

os e na Cm

DE

 

nténio da Silva Lourenço

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> Sernache . 13,00]. >» Torres Novas 20,25
» Sertã 13,20 » Rernto, so
Saída: 14,00 | =» «Santarém
; ) 2». – Cartaxo. 22,10
» — Cesteiro 15,05], . VilaFranca 23,10
> Alvaro 45,15, » 4 Ê Lisboa 01 10

Foram estes horários estabelegios de hemonia com as mesas da região, ano | Ra
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Chegada | Partida Chegada | Partida
Castelo Branco (e stação | — 9,00 | Sertã . — 15,30
Castelo Branco – ‘ m – | 905.| 915 | Moinho do Cabo . : 15,45 | 1545
Taberna Sêca. . a 1 935 9,35 || Vale do Pereiro 110,00 | 19,90
Cabeça do Infante. so 9,55 9,55 || Moínho Branco . . . 41555 /1555
Sarzedas: . o» | 10,00 | 10,10 | Proença a Nova . . 1 1615 | 16,26
Monte Gordo. . . . 10,25 | 10,25 || Sobreira Formosa. . . «| 16,50 | 17,00
Catraia Cimeira «| 10,40 | 1040 || Catraia Cimeira 17,20 | 17,20
Sobreira Formosa. | 11,00 | 11,10 || Monte Gordo. 17,35 | 17,35
Proençaa Nova . . «| 11,34: 11,45 || Sarzedas. .. 17,50 | 18,00
Moinho Branco «| 12,05 | 12,05 || Cabeça do Infante. 1805 | 1805 .
Vale do Pereiro. . 1210 | 12,10 | Taberna Sêca. . Jos 18,29 | 18,25.
Moinho do Cabo. +. . .| 1215 | 12,15 | Castelo Branco . -| 18,45 | 18,55.
Set e e o IA — Castelo Branco (estação) «| 19,00 -—

ERECTUAM- SE DIA RIAMENTENTE

@@@ 1 @@@

 

Dispensário de Puericultura
de Castelo Branego

À Junta de Província da Beira
Baixa honrou-nos com a remes-
sa de dois exemplares do relató-
rio respeitante à actividade da be-
nemérita instituição. que é o
«Dispensário de Puericultura Dr.
Alfredo Mota», no decurso de
1938 e 1939.

Pelos assinalados serviços que

o <«Dispensário» tem prestado Ã
Província da Beira Baixa e pa-
pel preponderante que lhe está
reservado no futuro, entendemos
ser insuficiente, quanto a nós, li

mitarmo nos a acusar o recebi-
mento da aludida publicação, an=
tes consideramos acertado fazer
desenvolvida referência a uma
obra perfumada da mais bela ca-
ridade cristã, que tem crescido
por ente os afagos de tantas al-
mas sensíveis à desdita de cen=
tenas de criancinhas pobres e
desprotegidas desta Província.

Aº «Comarca da Sertã» não

pode ser indiferente a vida do
«Dispensário»; êle merece-lhe es-
pecial interêsse e carinho, como
tudo aquilo que tem valor para
nossa região. Por isso mesmo,
reservamos para breve as consi-
derações devidas ao trabalho que
gentilmente nos foi oferecido e
confiados de que as nossas pa

lavras servirão, se não a aumentar
o número de protectores do «Dis-
pensário», ao menos a torná lo
mais conhecido.

tn dD epa
“A Beira Baixa”

Com a publicação do n.º 157,
em 20 de Abril, entrou no |V ano
de publicação o nosso prezado
confrade <A Beira Baixa», de
Castelo Branco, intemerato de-
“fensor do Estado Novo e da Pro-.

“A:Comaárcada Sertã

 

 

PROBLEMAS DA ACTUALIDADE

Defesa passiva das populações civis contra os ataques aéreos
f “Conferência Deo ERida em 9 de Outubro de 1937 pelo capitão Eduardo

— Ventura Reimão, no Centro Alentejano, por iniciativa do Grémio
“Técnico Português — (Especial para a «Comarca da Sertã»):

X
€ (Continuação do número 184)

número de filtros a instalar no abrigo de=.

p:ncerá do número de pessoas que nele se
hão de recolher e do tempo em que nele se
conservarã, : :

— E por isso conveniente recordar que um
homem em repouso expele durante uma hora, em
média : e pn

75 c lorias tendentes a estabelecer o equi-
líbrio térmico entre o corpo e o local-

60 gramas de vapor de água

20 litros de ácido carbônico

0,10 gr. de amoníaco sob a forma de di-
versos sai, produtos diversos, mal cheirosos,

Êstes dados sã» estabelecidos para condi.
ções rormais de vida. No caso de que sé trata é

preciso c ntar-se com valores maiores, tendo-se:

em consideração o estado de sobreexcitação dos
ocupantes do abrigo.

Os filtros de potassa absorvem. 400 litros

de á:ido carbónico. E” fácil calcular para quanto
tempo um filtio desta natureza se tornará eficaz,
em furção do número de ocupantes do obrigo.
Por p udência, contar-se-á com uma produção de
30 litros de ácido carbónico por pessoa e hora.

Per outro lado, um homem precisa de 25

a 30 litros de oxigénio por hora.

Poderá recorrer-se aos cilindros de oxigé-
nio do camércio ou aos filtros de proxileno ou
oxiliti (b.óxido de sódio, Oz Naa) de forma es-
pecial, unio a um catalisador que acelere a reacção.

O ar do ambiente é obrigado, por meio de

bomba, a atravessar umas tubagens de onde sai.

depois de atravessar os filtros de oxilita.
A reacção que se produz é seguinte:

4C02 +2 Nas 02 +2H; =4 C0; NH +20 :

 

As ante-câmaras dos abrigos deverão ter
portas duplas para evitar a sua comunicação di
recta com o o exterior tóxico.

A ante-câmara é um vestíbulo que serve
de tampão ou de câmara de transição entre o ex

terior e.o abrigo própriamente dito e no qual.os:

ocupantes retardatá:ios se desembaraçam do ves-
tuário inquinado, quando entram, ou se equipam
para, sair.

E’ necessário purificar o ar por aspersão,
antes de abrir a porta para o abrigo.

A ante-câmara é necessáriamente -propor-
cional à imporiância do abrigo e, sobretudo, Ã
circulação que nela seja de prever no decurso de
um sinal de alerta.

– De vez em quando deverá purificar-se o
ar da ante-câmara, para o que poderão empregar-
se pulverisadores semelhantes aos que se usam
correntemente nos trabalhos agrícolas carregan

“do-os com matérias neutralisantes dos gases tó-

xicos

Disposições complementares assegurarão a
permanência no abrigo dos seus ocupantes, tais
como o abastecimento de águas (por exemplo.
águas minerais em garrafõ:s ou garrafas), alimen-
tos, iluminação, retretes químicas, desinfectadas
pela cal, pôsto de T. S. F,, telefone, medicamen-

tos, mobiliário, etc.

(Continua) . É

| ro

ERRATAS — No artigo 1X, 1.2 coluna, onde se lê:
«R=10 V:P> deverá ler-se: «R=-10 VP» (10 raiz quam

É drada de P) e onde se lê: «As paredes do abrigo serão
‘ independentemente das dacave,…» deverá ler-se: «As

paredes do abrigo serão independentes das da cave,…>

 

 

 

 

* víncia da Beira Baixa.

“Aos seus ilustres director, sr..

 

| —Que o Clube Sertaginen-
se, em 25 de Julho, vai come:

Antônio Rodrigues Cardoso e |7M0rar as bodas de prata da

administrador, nosso amigo sr. |

José Portela Feijão, endereçamos
sinceras felicitações.
ss ga pag

Alvitre à Companhia de Viação ;
de Sernache |

-Pedem-nos sara lembrar Ã
Companhia de Viação de Serna-
che que as camionetas de tôdas
as carreiras antes de saírem do
Largo Ferreira Ribeiro para os
seus destinos, deviam dar uma
volta pelo Largo do Chafariz o
ponto mais central da Vila, onde,
com fregiiência, as esperam vá-
rios passageiros que não sabem
da existência do escritório no
Largo Ferreira Ribeiro.

Essa gente é prejudicada por
perder as camionetas e a Com-
panhia deixa de cobrar receitas
que não são para desprezar. A
volta p.lo Lsrgo do Chafariz se-
ria ainda um benefício para quem,
vivendo naquele bairro e circun-
vizinhos, quere expedir quaisquer
volumes, deixando de se preo-
cupar com o transporte, nem
sempre fácil, até ao fundo da
Rua Cândido dos Reis.

As normas que orientam a ge-
rência da emprêsa é servir bem;
tanto assim que está preocupada
com a aquisição de uma casa no
Largo do Chafariz onde possa
instalar o amplo escritório gare
de que carece. Mas, enquanto
isto se não conseguir, podia adop-
tar-se a providência acima ex-
posta, que diversas pessoas su-
geriram e de que nos tornamos
intérpretes.

ro

Casa do Povo de Sobrei
ra Formosa

À Casa do Povo de Sobreira
Formosa foi autorizada a aplicar,
do «Fundo Comum», a quantia
de 1.000$00 em cobras de interês-
se local onde sejam ocupados os

 

sócios sem trabalho,

construção do seu expiêndido
edifício social com uma festa

grandiosa que remorará a ele-
gância e fausto de outros tem-

pos… ao Rr
— (Que as damas da Sertã,
tôdas sem excepção, dão vol-
tas e reviravoltas à ideia para
escolher alguma das toilettes
mais belas e erquisitas que
os costureiros de Paris até
agora arquitectaram em sua
prodigiosa imaginação.

— Que, se não for indescri- : ã
resolvi pagar os mens números

ção, até casados e celibatários
hão de dar à perna, metendo a
um canto os meninos insipidos
e sensaborões…

| — Que não houve menina
alguma, das que dançaram no
baile de Sernache, dado em
homenagem à Academia de
Coimbra, que não ouvisse pa-
lavras influmadas de amor…

— Que algumas não duvida-
ram das declarações, tam con-
fiantes estavam nos seus do»
tes de beleza e de espírito ..

— Que os dias a seguir fo-
ram de tortura atroz por fal.
ta de novas e mandados; os

estudantes… perderam os a»,

pontamentos dos nomes das
divas por mais voltas que des-
sem ás alzibeiras rotas das
batinas. .

— Que o ambiente de ternus
ra e amor dessa noite teve a
efémera duração das rosas de
Malherbe..

— Quearranjar um bom par-

tido é como a sorte grande: só :

sai às outras…
Repórter Melro
66) pag

Vergílio J. Alves

Vindo de Leópoldville (Con-
go Belga), onde está estabeleci-

do há muitos anos, encontra-se .

na Sertã, de visita a sua família,
o nosso patrício e amigo sr. Ver-
gílio J. Alves, a quem apresen-
tamos cumprimentos de boas-
vindas. ; e +

Os amigos da “Comarca”.

Do Ex.Ӽ Sr, Doutor David

| cativante carta que segue:
| «Lera na «Comarca» a trans
“crição da minha carta em que
| manifestavu O desejo de auxi:
liar o vosso semanário como
os amigos dêle entendessem.
| a escolha dêsse auxílio. Isso
Causa-me grande embaraço,
porque não seio queêsses ami-

– gos terão resolvido. Pertencia.

a V….dar-me qualquer sages-
tão, porque sabe melhor que

ninguém as necessidades da

«Comarca». Nessa incerteza,

dela a razão de um escudo e
por isso lhe mando mais 20

escudos para a renovação da.

minha assinatura, Sou de V.s
etc. David Lopes».

Com os 20 escudos enviados
em 4 de abril, liquidou o sr.
Doutor David Lopes 40 números.
Muitô temos que agradecer a re-
solução de S. Ex.”, comprovativa
| de uma grande amisade e de

me co

| apoio a orientação dêste semaná-.

‘ rio; mais que o auxílio financeiro,
“indispensável a qualquer jornal

‘ para que se mantenha e p ogrida,

a deliberação presente tem um
alto significado pelo confôrto
“moral que nos dá, não menos va-
lioso que aquêle. Muito e muito
“obrigados, pois.

Deixámos ao arbítrio do sr.
Doutor David Lopes, como de
resto, aos nossos amigos, o mo-
do que julgarem mais prático de

| nos auxiliar a vencer a tremenda
crise que avassala a vida da «Co-
marca da Sertã», especialmente
resultante do aumento extraordi-

no entanto, que êsse auxílio seja
consentâneo à natureza dum pes
riódico que vive, somente, das
assinaturas e de meia dúzia de
anúncios sofrivelmente pagos.
Se cada assinante liquidar pon-
tualmente as assinaturas e nos
indicar outros novos assinantes
poderemos fazer face à presente si-
tuação sem dificuldades de maior.
: %

O. nosso bom amigo sr. Alfre-

 

| Lopes, de Lisboa, recebemos a |

4 V…. deixou ao. men arbítrio.

nário do custo do papel; convém,

 

+ Neerologia

D. Ana Lopes Manso

Em 24 do mês [indo faleceu
em Lisboa, . onde residia, a sr.?
D. Ana Lopes Manso, de 72 anos
de idade, natural de Sobreira
Formosa, espõsa do sr. José Lo-
pes Cruz, irmã da sr? D. Maria
Lopes -Manso, de Sobreira For-
mosa e do sr. João Lopes Man-
so, de Proença-a-Nova e cunha-

da do Revº P.º Domingos Lo-

pes’da Cruz, de Sobreira For-
mosa. A

A” família enlutada apresenta
«A Comarca da Sertã» sentidas
condolências.

ore

Doutor David Lopes
“Esteve gravemente eúfêrmo,
encontrando-se, felizmente, em
plena convalescença, o nosso pre-

zado amigo e distinto colabora-
dor sr. Doutor David Lopes, de

Lisboa, a quem, de todo o cora=

ção, desejamos rápido restabele-
cimento. Ras o
| erro

CINEMA

A título de experiência come-
ça a Pátria Filmes, Ld.º?, de Lis-
boa, a dar na Sertãà—como nous
tras terras — um espectáculo em
cada período de quinze dias.

Eº hoje o primeiro espectácu.-
lo. depois do novo acôrdo entre

aquela casa e o Clube Sertagi-.

nense, tendo-se fixado as 5:s
feiras para a sua realização; nes-
ta ordem de ideias há, por con-
seguinte, .além de hoje, mais
duas-sessões de cinema, uma no
dia 16 e outra no dia 30.

O programa de hoje vem pu-
blicado noutro logar.

 

 

do da Silva Girão, da Cava teve

a gentileza, que muito e muito |

agradecemos, de nos indicar os
seguintes assinantes, srs.:

Manoel Marques de Oliveira, da
Cava, José Mendes Jorge, Alfre-
do Mendes Jorge, José da Silva
Girão, Silvânio Deniz da Silva,
Manoel’ Lopes, Vergílio Deniz
na Silva, Albano Sequeira e Hi.
lário-Sequeira, de Lisboa,

 

Alravés da Comarea

 

“o (Noticiário dos nossos Correspondentes)

CARDIGOS, 22 — Foi ampliado à es-
tação postal e telefónica de Cardigos
o serviço de telegramas — recepção e
expedição, — bem como o de cartas ou
encomendas com valor declarado. São
melhoramentos muito importantes, pa- ..
ra que a Camara Municipal contribuiu,

“sendo por isso merecedora dos nossos :

agradecimentos e louvores, Pena é que
não seja tambem autorizada a emissão
de vales. É
Sem pedido nem interêsse pessoal
devemos dizer que a empregada da es« |
tação — uma rapariga que desempenha
as funções do seu cargo com zêlo ein- .
teligência — merecia e merece melhor

remuneração que a rídicularia que está

recebendo, atendendo ao trabalho e
responsabilidades. Chamamos a aten-
ção para o caso, a quem competir.

C:

ceSox
Gondenação

PESO, 19 — Acusado pelo Ministério
Público, de, na noite de 10 de Dezem- .
bro último, haver agredido barbara-
mente à paulada o benquisto proprie- .
tário desta aldeia, Sr. José Luiz, crime
que então relatámos, foi ontem julga-
do no tribunal da Sertã, e condenado
em I8 mêses de prisão, e no pagamen-
to de 5008400 de imposto de justiça,
1.000$00 de indemnização ao queixo-
so, e um ano remido a 1800 por dia
que reverterá a favor da cadeia, O
agressor João Lourenço, natural do
lugar das Sesmarias, desta freguesia. .,

Visita

Vimos há dias nesta localidade o
ilustre médico-veterinário da Sertã, Sr.
Dr. Pedro de Matos Neves, onde veio
proceder á vacinação dos suínos.

C; E Ã

e,
Ego

MADEIRA 27, — Desde Janeiro fina:
do que as freguesias de Madeirã e So-
bral estão privadas do fornecimento de
carnes verdes. Consta que o arrema-
tante pede elevadas quantias aos indi-
víduos que lhe propõe fornecê-las, mas
também não faz o fornecimento directo.

Chamamos a atenção da Câmara pa-
ra éste estado de coisas e para que o
arrematante seja compelido a fazer o –
fornecimento directo, uma vez que’o
não concede a outros, para que a pon.
pulação não esteja privada de um ali-

mento indispensável, | 1

Melhoramentos públicos –

Gs habitantes do lugar da Cava, desm
ta freguesia, com os seus patrícios re-
sidentes em Lisboa, contrataram um en-..
genheiro para elaborar o. projecto de-
um ramal de estrada, ligando aquela
povoação ao Alto da Cava, estando |
terminados os trabalhos de campo.

Iniciativas destas são dignas de lou=
vor

E’ que o Bairrismo dos naturais da
Cava, mais uma vez é posto à prova.

Os nossos parabens e que a sua inicia=
tiva seja coroada do melhor êxito.

Estrada 59-22

Também sabemos que se empregam
os melhores esforços, por parte de .
pessoas amigas da Madeirã, para que
a sua construção em breve seja feita,

-O ilustre chefe do distrito também.
tem empregado os setis esforços para
que esta .velha aspiração seja satisfei=’
ta sem mais delongas. a

Lear Sb
INSPRUÇÃO

Foram transferidas a seu pe.,
dido: . da escola do Mosteiro
para a de Oleiros (2,º logar),.a
sr.* D. Adélia Lopes Amoreira.
Serra; da escola do Mosteiro Cie.
meiro, Sertã, para a de Lentis-
cais Castelo Branco, a sr.º D..
Lúcia Pires Leitão; da escola de
Alvaro para a de Meimão, Pena-
macor, a sr.? D. Vitalina dos
Prazeres Beirão. aa

Foi nomeada professora dás
Corgas, Proença-a-Nova, a sr.º
D. Lídia de Jesus Amaral, dô
quadro de agregados da Guarda. .

rt O) pg

Casa do Povo de Gardigos:

4 Junta de Freguesia de
Cardigos pede-nos a inserção
da seguinte nota, o que faze.
mos da melhor vontade ;

Em virtude da intensa propa.,
ganda feita pelo sr. Alberto de
Oliveira Tavares, Presidente da
Junta de Freguesia, junto das
classes rurais, vai ser pedida a
criação duma Casa do Povo em:
Cardigos, estando já elaborados.
os Estatutos e inscritos cerca de
350 sócios. eder Sê MA

Eª MA

@@@ 1 @@@

 

4

 

A Comarca: d a Sertã

Câmara Munieipaldo Gonselho de Oleiros

Deliberações das últimas sessões

Foi deliberado por unani-
midade:

1.º—Dar de arrendamento, pes
la- quantia de sessenta escudos
mensais, à «Companhia Viação
de Sernache, Limitada», com sede
em Sernache do Bomjardim, a
casa térrea pertencente a: esta
municipalidade, situada no Largo
da. «Devesa», desta. vila, que se.
destina a garagem,

2.º—Tomar de arrendamento,
pela quantia anual de quinhentos
escudos, que será paga em cada
semestre, os baixos da casa-do
sr. António: Martins da Silva,
casado, tesoureiro da Fazenda
Pública dêste concelho, os quais
se destinam às instalações da
Conservatória do Registo Civil
e Tesouraria de Finanças.

3.º> Adjudicar a José Antunes
Livreiro, desta vila, pela quantia:
de 1.5208, o exclusivo do forne-
cimento de carnes verdes na área:
dêste: concelho, em virtude de
ter sido o arrematante que maior

lanço. ofereceu e também. pela;

sua proposta ter sido a mais vans:
tajósa. Ê
4º —-Tornar pública, por
meio de edítais, a. proibição de
venda de carnes verdes, eita
clandestinamente por indivíduos.
estranhos: à: arrematação: do: for-:

necimento’ das mesmas, que teve |
lugar no dia 1 de Fevereiro úl-.

timo, devendo constar dos refe-
ridos editais a multa cominada
noCódigode Posturas/Municipais.
— 5.º Encomendar-se uma ban-

deiraçnacional, tipo próprio, para
o mastro dos Paços do Concelho,

visto a existente estar já muito!

velha e inutilizada.

6.º — Encomendar-se à firma.

«Moreira-da Silva & Filhos Li-
mitada», do Porto, 30 Robínias
Imermis (Acácia Boule ou Para-
sol) enxertadas em haste de dois
metros e vinte centímetros, que
se destinam à arborização do
« Largo da: «Devesa», desta: vila.

7º— Aprovar a conta do tesou-
reiro desta Câmara Municipal, sr.

Francisco Mateus Pinheiro, pela.

sua gerência de um de Janeiro a
31 de Dezembro de 1939, de har-

monia com o disposto no artigo |

mente, a sala dos Paços do Con-
celho, onde esteve instalada a
Tesouraria da Fazenda Pública,
a-fim-de nela se instalar a Ofi-
cina das Aferições de Pêsos e
Medidas.

— 9.º-—Dar o fornecimento dos
artigos necessários a êste Muni-
cípio, como seja petróleo, papel,

desta. vila, o qual será feito, por
cada um, trimestralmente,

10.º— Aprovar, nos termos do
n.º 14 do art.º 48.º e de harmonia
com o disposto no parágrafo único
do art.º 13 do Código Adminiss
trativo, o parecer do senhor Afon-

tituição heráldica das Armas,
Bandeira e Sêlo desta Câmara
“Municipal.

vago de aferidor de pêsos e me»
didas dêste concelho, o- único
«candidato, Júlio Vicente Marques
ida Silva, casado, empregado co-
mercial, residente nesta vila, de-
pois de ter verificado: que a do-
Ccumentação. apresentada está de
conformidade com as instruções
fornecidas: superiormente: e: ter
procedido a escrutínio secreto,
“como preceitúa o art.º 293.º do
Código Administrativo em vigor.
12.º — Vender-se a Arsénio

 

eucalipto: dos existentes no :«Ra-

po administrativo, devendo a ár-=
vore a cortar ser escolhida pelo
interessado na presença de re-
presentante desta edilidade..

“bição da vagueação: de galiná-
‘ceos, dentro das ruas daquela lo-
calidade.

15.º— Adquirir chapas esmal-

ções públicas.
16.º— Conceder várias licenças
de reparação de prédios..

“gamentos:
Oleiros, Abril de 1940.

 

 

Mercado de 27 de Abril

Verificaram-se os seguintes
preços. no nosso mercado : 11 e
12: esc: o alqueire de batatas,
2960 a 2480 a dúzia de ovos,
11 esc. o alqueire de milho, 8,5
a.10.esc..a galinha e 4.e 4,5 esc.
o frango.

Registou-se relativa abundân-
cia de géneros e o aparecimento
das:primeiras: cerejas — um ces-
to por junto — que se venderam
à razão de 90 ctvs. o quilogra-
ma! Como se tratava de noví-
dade na região, desapareceram

num: abrir e fechar de olhos!
Uma gulodice ou um desejo a’

satisfazer por preço bem caro!

Além: das cerejas, só havia
otitra fruta, a laranja, que se ven.
dia a 3 e 35 esc. o quarteirão,

“Também apareceu feijão ver-
de e ervilhas verdes, aquele a
4 esc. o quilograma e estas a
um esc. o prato.

“Esta coisa de vender frutas e
legumes às tígelas e aos pratos
medidas sem existência real e,
por conseguinte, arbitrárias, é
uma ratice inadmissível nos tem-
pos que correm e a que urge pôr
côbro de vez.

| ge
Noticias diversas

-— (O solicitador sr. Francisco
Mateus transferiu o seu cartório
da: Sertã para Pombal, onde já
reside há bastante tempo.

“— À feira de S. Marcos esteve
bastante concorrida aparecendo
bonitas estampas de suínos, bos

vinos e muares,

EEE AS A

B SU s U
eg e o a SE

Vinda de Setúbal, encontra-
sena Sertã com seu filho Anz

Barata, esposa do: nosso pa:
trício: e amigo:sr: Raul Mar-
ques Barata, de: Porto Ams
boim (Angola).

— Retiraram da Sertã: para
Vila Flor, asr.º“Drº D. Maria
Emilia Rossi e para Lisboa,
com sua esposa e filha, o sr,
Francisco Fernandes.

— Embarcou no sábado para

depois de alguns dias de de-
mora na Sertã, de visita a sua
tia srº D. Piedade F. de QOli-
veira, Mademoiselle Maria Ali-
ce Farinha, filha do nosso ese
timado assinante daquela ci-
dade, sr. Alberto Farinha de
Oliveira. Desejamos-lhe boa
| Viagem.

boa, esteve na Sertã a sr? D.

David, de Alvaro.

— Com pouca demora esteve
na Sertão sr. Francisco Ma.
tens, solicitador encartado em
Pombal.

— Vimos na Sertão nosso

renço, da Madeirã.

Aniversários natalícios :

E, D. Carlota Almeida Nuts
nes de Figueiredo; 7, menina
Ivone, filha do sr. José Botes
lho-da S-Mourão.

 

 

– 654.º do Código Administrativo. |
8.º — Mandar reparar, devidas:

tinta, etc, aos 4 comerciantes:

so.de Dornellas, atinente à cons-:

11.º — Nomear, pasa. o: cargo | À

Ferreira de Matos, também. desta:
vila,. pela: quantia de 55800, um: M

malhal>. e pertencentes a êste cor=:

14.º— Tornar extensiva à sede
de freguesia do Orvalho, a proi-

tadas para indicação das reparti-‘

17.º— Autorizar: diferentes: pas.

» AGENDA |

“tónio, a: sr.º De Maria: Inez.

Leopoldville (Congo Belga),

| uEDe passagem para Lis-

! Maria Engênia de Mendonça

amigo sr: Augusto Dias Lou-|

 

Parabens: >

(Continuação)

 

NÃO há feira nem mercado
“o cá pela região que dis-
pensea farandulagem-nojental
Acompanhando a folhinha,
fareja vilas e aldeias em bus-
ca de negócio rendoso, tara-.
melando a incomodativa edes
concertante cantilena de sem»
pre. Bom negócio, sem empate
de capital e sem trabalho; é

que o trabalho dizem os va-

dios, foi feito para os câis!
Pois o que todos nós temos
a fazer é defender-nos: pedinte
de fora que por aí apareça,
sem aleijão impeditivo: de gas
nhar mantença, é dar-lhe cor

rida em osso! Pobres, e bem

necessitados, temos nós cá

inuitos; êsses é que se devem
“auxiliar, sobretudo aqueles

que não usam rebaços para
pedir.
rose
S malas do correio de To-
mar, primeiro conduzidas

em camionetas e depois num
automóvel de avantajadas pros
porções; no sábado passado

já. vieram em carro-piemeu,

daqueles que costumamos cha: :

mar bidés!

Continuando assim, nada
temos que nos admirar que as
malas apareçam cá em car-
rinho de mão ou às costas de

(qualquer moço de fretes!

HO O

MERCE da competência e es-
“* fórço do nosso Chefe de
Conservação de Estradas, a
entrada da Sertã do lado-de
Santo Amaro, tem agora um
“aspecto decente e bonito, com
as novas árvores em plena pu-
jança e uma porção enormeide:
roseiras a embelezar as mar-
gens da Estrada so
– Depois, quando se regulari-

zar e alindar a esplanada de)
Santo Amaro e se caiarem tô-|

das as casas da Avenida Bai-

ima de Bastos, por ali fora,

até 3. Sebastião, já o viajante
que por ali passe, ficará com
uma melhor impressão daquela

 

Um grande campo militar

 

em Marrocos: Ei-Hajeb

 

aldeia de El-Hajeb nas
JS cercanias de Meknés é

procurada pelo seu cli-
ma, e os colonos da região esta-
beleceram alí uma estação de ve-
raneio. Antes da guerra, a zona
central encontrava-se em pleno
progresso, com; hoteis confortá=
veis, uma piscina muito bem cons-
truída, jardins cuidados e: belos
arvoredos. Ultima paragem antes
da montanha, a uma etapa de
Meknês, El-Hajeb assís:iia à pas-
sagem da procissão de carros e
camiões vindos do Sul, por Trik
“Aijdir, e, no Inverno, via desfilar

dores que desciam do bordj Dou-
mergue por Azrou.

Não admira, portanto, que êste
focal fôsse escolhido para nele se
estabelecer o grande campo mi-
litar de Marrocos.

Os imensos espaços livres, so-
bre o vasto planalto rochoso que
se estende para Noroeste permi-
titam dispor convenientemente
os aquartelamentos necessários e
preparar nas proximidades, ter-
renos para manobras e campos
de tiro onde podem movimentar-
-Sse-as tropas e realizar se exer-
cícios sem obrigar a inuteis e
fastidiosas deslocações.

Além disso, um ar salubre, to-
‘nificante, frio na presente esta-
“ção, mas um frio que o concurso
‘da próxima floresta amenisa…

Estradas de acesso, ruas do
acampamento, edifícios. lavadoi-
ros, bebedouros, tudo foi cons-
truído em algumas semanas To-
ido:o-campo-foi metódica e rigo-
rosamente delineado para que os

geometria utilitária, com as suas

as alegres: caravanas de esquia- |

seus- amplos edifícios de uma

div sões logicamente dispostas,
correspondessem em absoluto às
necessidades da vida militar que
lá se estabeleceu.

Numa: parte do campo, que é
destinada a instrução, encontram»
-Se numerosos oficiais, chefes de
secção, comandantes de compa:

| nhia e até de batalhão, que ali
| se treinam ou recebem instrução.
-deaperfeiçoamento. Estes oficiais
afluem de todos os regimentos
da Africa do Norte para a fre-
‘qiiência de cursos, e demonstram
um zelo e uma emulação que
deixam satisfeitos cs instrutores.
Franqueados, ao Norte, os. li-
: mites do campo, começa o «bled»
logo confirmado pela sucessão
. de pequenos vales onde as bri-
‘gadas de oficiaisalunos, disse-
‘ minadas: pelos diversos campos
| de tiro, operam a pleno rendi-
‘ mento. Atinge-se o primeiro des-
| ses campos de tiro por uma pis-
| ta rochosa, «Atenção, encoste-se
-à direita, vai cair numa secção
| de morteiros». O estalido sêco
‘ duma descarga vem justificar a
| recomendação. Um ofic al regu-
-la-um tiro, enquanto os camara-
idas ouvem. atentamente as indi-
. cações do instrutor.

Programas cuidadosamente es=
‘tudados permitem a execução
– dos trabalhos necessários: le-

vantamentos, observação do tiro,
ie todos, instrutores, alunos, secs
“ções de instrução, prosseguem
| com método e aplicada preserve.
‘ rança êsse esforço de preparação
‘ que faz do exército francês dos
“nossos dias o melhor exército

do mundo.

JACQUES MEREY

 

E homenagem

Ressurreição

 

ao Rev? PS Antônio: Fernandes da
Silva Martins, de: Pedrógão: Pequeno

«.Snr. Director de «A C0-
marca da Sertã»

parte do burgo que, por mal. cabo de ler em «<A Comar-

dos nossos pecados, é. onde
existem as piores edificações,
OO

ISertório. e a Sertã

(Continuação da 1.º pagina)

como fundador da antiga vila
«Sarta & áquae», (Sertã)’ da’ qual
foi – dizem éles— o primeiro
governador, não: passa: de uma
piramidal patranha’! |

Vale a pena narrar o descon-
chavo.:

Diz-se que, um. dia, estando
Sertório. muito preocupado com
a limpeza da sua «durindana»,
a fim-de torná-la brilhante — ta-
refa pouco adequada a tão subli-
me herói — foi o castelo da vila
invadido por uma”enorme multi-
dão, desordenada e aguerrida…
E que sua mulher, a linda Celi-
na, Celinda ou Lucília, (quem

mente nunca acerta) achando-se, .

naquêle momento, na cozinha
para tratar da sua. lida — outro
disparate — armou em Brites de
Almeida, a padeira de Aljubar-
rota, e correu os serracenos com
uma fritada de ovos — com cas-
ca e tudo… (!)

Desde 6 de Fevereiro de 1936
que as armas da Câmara (como
vulgarmente lhes chamam) são
constituídas por um castelo la-
deado por dois rios.

Foi uma luta’titânica para con-
seguir arremessar, de vez, a fri-
gideira (que fingia de escudo da
Sertã) às «ortigas,..»

Siríaco Santos

(1) Veja-se fonte da «bonéca»,
SS.

 

Este número: foi visado pela
Comissão de Censura
deGastelo Branço.

ca da Sertãs, de que V… é
mur digno Director, em carta
de Pedrógão Pequeno — pitos
resca aldeia — que alguns dos

António Fernandes, ali se di-
rigiram: para: em: «justa: ho»
menagem», o abraçarem e fe:
licitarem pelos seus 80 anos
e assim, lhe mostrarem a
muita.estima em-que é tido por
| muitos, se não todos, aqueles
| gue dêéle receberam no ensino
do. latim, no. Real Colégio das
| Missões Ultramarinas, que

Missões. e à Pátria.

Cá de longe, mas bem do
| fundo da minha alma, quero,
assim, publicamente, associar
me a tam justa homenagem,
com um grande abraço ao
Rev.º Sr. P* António, pedin:
do a Dens o prolongamento
da sua boa saúde. Ad. multos
anos.

S. Facundo.

P.º Alfredo:C. Lima
og) sp

“A propósito de fábulas

Há pouco tempo, uma senho-
ra francêsa de talento, Madame
Duhamel, recitou na Yugo-Sla-
via algumas fábulas de LA
FONTAINE, o célebre fabulista
francês do século XVII,

Conta-se que duas dessas fá-
bulas, especialmente, fizeram
uma enorme impressão no audi
tório : aquela em que o cordeiro
afirma a sua inocência perante a
voracidade cruel do lôbo e aque
la’em que o porco grita aos car-
neiros qual a sorte que a todos
os espera:

Uma trovoada de aplausos co=
roou a recitação. O talento de
LA FONTAINE bem a merecia,
mas: nunca essas fábulas foram
tão verídicas como actualmente,

 

ex-alunos do Rev.” Snr. P.º

tantos: filhos: ilustres den às.

Morte! não me cansa mêdo:

o teu sorriso fatal.

Podes vir – tarde ou cedo —
que eu bem sei que sou mortal.

Mas não rias com a miséria
do tristíssimo despójo.
—podridão, nojo, matéria—
que só significa nojo…

Porque o eu, a alma, as vidas,
fogem-te, túlgidas, belas…
e deslumbram, ressurgidas,
nas amplidões das estrêlas!. .

Oliveira Tavares Junior
gg)

Assalto e poubo

Na noite de 25 de Abril foi
assaltado o melhor estabeleci-
mento comercial da Sertã, tendo
o gatuno, para êsse fim, utiliza-
do uma gazua. O plano estava
bem arquitectado, mas não teve
êxito porque o larápio, sendo
pressentido pela inquilina que
reside por cima do estabeleci-
mento, se pôs em fuga precipita-
damente, levando apenas uma
caixa de meias que compunham
o grande lote existente.

No dia seguinte o caso dis.
cutia-se com certo calor e sous
be-se depois que o sal eador
fôra entregar na casa roubada a
caixa em questão; tratava-se de
um gatuno elegante que, ao fas
zer a restituíção, declarou ter
ficado desapontado: supunha que
as meias eram fornecidas peio
Rei das Meias Largo Ratael
Bordalo Pinheiro, 32 Liboa
e que, assim, não estavaçdispos-
to a sujar-se pelas que tinha !e-
vado, artigo urdinário..

Incontestávelmente que o Ret
das Meias é quem vende a últi=
ma moda de finíssima qualidas
de e grande duração, por preço
acessível a tôdas as bôlsas.

O comerciante desistiu da
queixa e o caso serviu lhe de li-
ção porque agora passa a fazer
as suas encomendas Aquela casa, –