A Comarca da Sertã nº184 21-03-1940
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FUNDADORES —
— Dr. José Carlos Ehrhardt —.
DE: |
—— “António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa o Silva |
Eduardo Barata da Silva Corrêa .
f
Angelo Henriques Vidigal =]
| ADS POD Composto e Tiiáso
o DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO NA
a Cduando Sonata da Titva Corneia TP. PORTELA FEUÃO
O» — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Gr CASTELO
A a BRANCO
my | |IRUA SERPA PINTO-SERTÃ Ip Quinto! AS
e 7 TELE FONE
« PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS “o
‘ANOIV | Hebdo madário regionalista, independente, defensor dos inferêsses da eomarea da Sertã: concelhos de Sertã E Edo a o
N.º 184 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) | 1940
Notas …
Govêrno brasileiro está ver-
dadeiro interessado em
fomentar a imigração portu
guesa para o Brasil, aprovei-
tando-se da superpopulação
verificada em algumas das re-
giões de Portugal.
Nos tempos que vão corren-
“do é bom sinal esta pretensão:
“comprova as qualidades ances-
trais dos portugueses para cos
lonizar e, ao mesmo tempo,
demonstraseremêlesos únicos,
pela sua actividade, adaptação
e iniciativa, que convêm ao
Brasil,
O que é preciso ‘é impedir
analfabeta e sem profissão de-
finida, o que a coloca em si
tuação de inferioridade peran-
te os demais colonos e os pró-
prios brasileiros obrigando-a
a sujeitar-se a trabalhos de
fartos de sofrer vicissitudes,
voltarem a Portugal doentes,
cansados, sem choupana onde
se recolham.
“Porque não se canaliza, an-
tes;para Angola e Moçambique
tóda a nossa super-população?
Valorizaríamos o que é nos-
so,
RR e
A Suécia ea Noruega, que se
recusaram categóricamen-
te a consentir na passagem de
tropas aliadas pelo sem terric
tório para socorrer a Finlân-
dia, pretendem agora firmar
com êste país uma aliança de-
fensiva!
Isso mesmo! Chega-lhe en.
quanto está quente!… Só por
chuchadeira se pode fazer uma
coisa destas!
países deve ser um baluarte
colossal para conter em res
peito russos e alemâis: a Fin-
lândia está como se sabe e as
outras duas nações são formi-
dáveis… de fôrça e poderio!
“Depois da casa roubada…
Mal avisadas andaram a No»
ruega ea Suécia se não puse-
ram, de há muito, as barbas
de molho!
do dd
CONTINUAM com a maior
actividade os trabalhos na
estrada nacional n.º 40—liga-
ção da sede do concelho de
Pampilhosa da Serra ao Zê-
operários que se empregam
nas obras da referida estrada
<td (ED gap 2
HO! proposto comandante do
núcleo local da Legião
Portuguesa o sr. António Al-
ves Murtinheira, aspirante da
Secção de Finanças, com o
curso de Oficiais Milicianos.
far em breve,
que de Portugal parta gente,
baixa. condição, gente Rue
. Uma aliança entre os três |.
gere-—tendo chegado mais 300:
Os exercícios devem recome-
ESSOA aos: nossos ouvidos o dobro de «
sinos das igrejas e’catedrais da Fin-
lândia, numá toada plangente e cava,
fúnebre e sinistra… =
O corpo dilacerado da heróica nas
ção jdz’ agora exangue, envolvido em mortalha
alvíssima, tam cândida e puraicomo a sua alma
imorredoura, que paira, “súblimada: por tam no-
bres exemplos de estoicismo e grandeza moral,
acima do crocitar do.corvo horrendo, mil vezes
assassino e traiçoeiro, de uma sofreguidão e de
um apetite insaciáveis… sina
A ave de rapina adejou longo tempo sor
sôbre a prêsa apetecida sem que conseguisse do-,
miná-la; a decisão e a coragem da pomba iho-*
cente conseguiram sofrear a voracidade bestial.
do inímigo e suster seus ímpetos rancorosos.
Alfim, a luta tinha de acabar com a per-
da do mais fraco. O esfôrço viril havia, fatal-
mente, de cessar perante a violência do ataque,
cada vez maior, aumentado incessante e conti-‘
nuamente à medida que os dias passavam.
Prepara-se agora a inhumação sem pom=
| pa, mas a que não falta o alarido lúgubre das ,
carpídeiras, misturando-se no- cortejo Os dois co-.
Veiros, que seguem, em passos vacilantes, para
iunto do coval; feitas as derradeiras encomenda-‘
ções, coberto o cadáver de’terra, há que rezar o ‘
acto de contricção. e marcar o logar das novas
sepulturas… A hora do ajuste de contas vem:
próxima e mais depressa do que se julga…
e +
O Mindo
vergonhosa |. aa sEnnol
Onde: pára êsse apregoado Código Inter.
nacional de Moral e de Justiça que durante déca-.
das regulou “as questões entre os Povos? Que é.
da Liberdade e do Direito ?
Que é-dos inimigos declarados do bolche-
vismo sanguinário e destruidor ? Um pactuou
com êle, fez-se seu comparsa e voltou-as costas
a quem, até à última hora, o acreditou-e nêle con-
fiou de boa fé! E o outro?
Hipocrisia! Hipocrisia!
Foram cumpridos os solenes juramentos
de auxílio à Finlândia, tomdos na S. D. N. por
respeitabilíssimos corifeus?
A Suécia e a Noruega facilitaram o auxi-
lio ao infeliz viz’nho, defendendo-o e defenden-
do-se do inimigo comum?
o Tudo miséria, rebaixamento moral cobar-
aces
O cavalheirismo, a palavra honrada, a no-
breza de sentimentos e os juramentos solenes fo-
ram substituídos pela hipocrisia refinada, pelo
medo, pelo mais condenável e acerbo egoísmo… .
e.
A Finlândia, mártir e admirável, heróica
na luta, que soubê. bater-se com uma bravura .
quási sem exemplo na História do Mundo, cau-
sando assombro ejadmiração gerais, com a gão
lhardia e grandeza dum povo: consciente dos
seus destinos, erguendo-se unida, como um: só
homem, para defender as suas liberdades, a sua
independência e as suas crenças — aquilo, enfim,
que uma pátria conta de mais nobre e de mais
belo — teve de se-render, exgotada e quási iná-
nime, perante o poderoso inimigo, inimigo de |
sempre, como se fôra reles poltrão…
gressivo, vê hoje reduzidas a escombros as suas,
outrora, florescentes, cidades, os seus filhos ge-
nerosos, “batalhadoreês indómitos, mortos ou in-
válidos; as suas mulheres, que uma chama are
dente de brávura e de estoicismo levou a acom-
panhar o soldado no fragor da luta, assistindos
lhe “e dando-lhe confôrto, resignam-se ante as
-Gesgraças da pátria e à mais cruel víúvez; e as
SRE A FINADO
O
pode ufarnar-se da sua obra -|-
País civilizado e extraordináriamente pros
Ra
criancinhas, que escaparam ao massacre, erram,
quantas delas! abandonadas à sua triste sorte,
Sem pão, sem agasalho e sem confôrto moral,
chorando irremediável orfandade. E
A Finlândia, vergada ao infortúnio,
Se deixa,. porém, sucumbir. Fazendo das fraque-
para continuar a cumprir a sua missão histórica,
refazendo-se das enormíssimas perdas que sb
Povo admirável, que não conhece d
lecimentos !
– Compreende que a luta tem de continuar.
para restaurar as energias perdidas. E
&: São assim os grandes povos, grandes nos
seus brios, na valentia, na firme vontade de vi-
ver.
Povos assim, como a Finlândia, não po-
dem morrer.
+ 9.
– do dia do bravo marechal Mannerheim aos seus
«Soldados, anunciando a conclusão da Paz. |
– Não há uma palavra de ódio a conspur-
de e generoso na própria adversidade,: São: pa-
lavras de um patriota que não tem expressões
para’traduzir a amargura que lhe vai na alma ao
assistir à mutilação da pátria.
Ao lembrar-se que os pedaços arrancados
»| foram regados pelo sangue de seus heróicos sol-
dados na luta brutal e espantosa, à sua dor deve
atingir o paroxismo.
– -E no seu cérebro não se entrechocarão os
mais desencontrados pensamentos? Não pensará,
porventura, que dias felizes hão voltar à sua
querida Finlândia e, com êles, a prosperidade e
o território arrancado pelo inimigo ?.. e
Decerto. Porque êle não pode duvidar da
Justiça de Deus.
O 9
«Soldados do glorioso exército fi
dês! qa
Está concinída a paz entre o nosso
país ea U. R. S.S. Paz severa, que cede à
U. R$ S. S. quási todos os campos de bata-
lha que regâmos com o nosso sangue por tus
“do o que nos é querido. Não quisestes a guer-
“ra. Fostes obrigados a jazê la. Os vossos fei.
tos constituirão dnrante séculos as páginas
mais brilhantes da nossa História. Dos que
partiram para se bater, mais de 15.000 não
fornarão a seus lares, e quantos de vós não
perderam para sempre a capacidade de tra
balho !… Mas destes também golpes ra:
des; se 200.000 inimigos estão agora deita-
dos na neve, fixando com seus olhos vítreos
o nosso céu estrelado; a culpa não é vossa.
“Não os odiáveis, não lhes querteis mal; mas
viste-vos forçados a suportar a dura lei d,
guerra: matar ou morrer.
Combati em numerosos campos de ba-
talha, mas nunca vi soldados que vos ipua-
lassem..De qualquer parte do pats e de qual.
quer camada da sociedude de que tenhais vin-
do, tenho orgulho de vós.»
coto!odo Ceni ora corados Onça
«Agradeço a todos os soldados finlan-
deses a bravura com que combateram contra
um inimigo muíto mais numeroso.e munido,
muitas vezes, de armas deconhecidas. A des-
truição de 1.500 carros de assalto e mais de
700 aviões de caça e de bombardeamento mos»
tra os feitos que só verdadeiros homens po-
dem conseguir», sal ça
Pe erocro tensao” go oo 0010
2000,” 0 0.4.0 9
“2000000 00000050)
EDUARDO BARATA
“Vrarinha de 22, sob pena de
zas fôrças, sente-se com coragem e com energia
Ontem, para sacudir o domínio estranho, hoje |
“+ Comovente e impressionante é a ordem |
cála! O próprio inimigo é poupado a invectivas !
São palavras de um soldado valente, pran: |
e. alápis
E» absolutamente proibido
“ender pão de 1.º com a
multa mínima de 7018, que já
tem sido aplicada a muitos in-
dustriais’de padaria.
iodo! te fg
FORAM publicados três ima
importantes diplomas sô»
bre a Legião Portuguesa; com-
posta, hoje, de mais de 50.000
voluntários para a defêsa da
Pátria e da Ordem Social,
BNCONTRAM-SE na Serta,
“Junto de snas famílias, q
maioria dos. estudantes. que
fregientamoscuúrsosde’erisino
secundário de diversos centros
do País. Priaé
“Desejamos lhes uma Páscoa
felizes cimento
oe
GONSTA-NOS que dois’avias
co rodores civis de Angola pros
jectam, para breve, um taid de
Luanda a Lisboa.
NUMA’conferência que se reá-
lizou no Rio de Janeiro,
o mês passado, acêrca da lín-
gua do Brasile Portugal, o
dr. Clovis Monteiro declarou
não Ser possível dissociar a
língua que.se fala no-Brasil
daquela que se fala em’ Portus
gal e justificou seguidamente
a reforma ortográfica oficial,
que-se caracteriza pela simplis
ficação’e é factor da unidade
nacional. AR decaalág a
“Muito bem. Estamos de acóts
do e é pena que nem todos’os
) brasileiros -comunguem “nos
mesmos princípios, pois, al-
guns pretendem que haja uma.
língua… brasileiral. o!
O melhor elo dos dois
povos irmãos é a lngiha de
Camões e compete aos filólos
gos brasileiros velar pela sua
pureza. je eb
Eos é -Gotegpate o
HAmais de dois meses que
Co lavra intensamente “a
gripe em todo :o–País, feliz=
mente com carácter benigno.
| Acnôssa região não tem sido,
das mais poupadas e na Sertã
têm sido muitas as pessoas,
que .até agora estiveram de
môlho, tomando .suadonros,
boas dóses de aspirina e ss
portando as incômodas vens
fosas, ao. mesmo tempo que
acompanhavam as oscilações
do mercúrio ante o receio e Q
esperança de melhoras.
O que é preciso é ter cuida
do, especialmente com as mts
danças de estação. Uma pe-
quena imprudência paga-se
cara. au E
2 Cro
ESTA a proceder-se ao ara
ranque dasvelhas e dese»
legantes acácias da esplanáda
de Santo Amaro. Supomos que
deverão ser substituídas por
outras de pegueno porte, que
são as usadas agora.
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a
emma
Coma Viação Ie
A Comarca da Sertã
(CARREIRA RÁPIDA)
LISBOA — BELVARO
Carreiras entre Sertá-Lisboa, Sertá Alvaro e Sertá-Pedrógão Pequeno |
ROS DOMINGOS
H. M.
SAÍDA DE LISBOA 6,30
“Chegada a Santarém 9,15
Saída 9,20
» Pernes 10,00
> Torres Novas 10,35
> – Tomar 11,20
=» Ferreira do Tezere 11,00
3 -“ Sernache 13,00
12 mDertã -13,20
Saída 14,00
»- – Cesteiro 15,05
>» – Alvaro 15,15
assim
de utilizar 05 seus carros.
Garage em Lisboa: — Avenida Almirante Reis n.º 62 H
Telefone, 4 5503
Foram estes. horários estabelecidos de harmonia com as necessidades da região, evitando
sim tm menor dispendio de tempo ás pessoas que os seus afazeres chamam à Capital, pelo que
sta Companhia espera que os seus clientes correspondam a mais esta vantagem, não deixando
ri da Coma
(Noticiário dos nossos Correspondentes)
“ALVARO, 14 — Faleceu ontem, no
logar de Sindinho, de Santo Amaro,
desta fregaesia, o sr. José Luiz Antam
nes, de 26 anos de idade, filho do sr.
David Antanes, já falecido e de Cle=
mentina-de Jesas. É
O funeral, que se realizou no dia
seguinte ioi bastante concorrido.
“* —Esteve na Sertã, com seu sobri-
‘ nho António Eduardo, a sr.º D. Mau
ria Eugénia de Mendonça David.
“ — Também esteve na Sertã, aonde
joi pregar o tríduo de preparação da
Comunhão Pascal, o Rev.º Vigário
Bernardo Prata, pároco desta fre«
guesia.
‘* —Saiu para a Póvoa do Rio de
– Moínhos, onde foi passar as férias da
– Páscoa com sua família, o professor
desta vila, sr. Joaquim Bispo Amaro.
C,
e
Kg
– – PÊSO,15— Ocorreu no dia 9 do
– Corrente o falecimento da Sr.’ D, Man
ria Luiza, de 82 anos. viuva, residen=
– te nesta localidade. O funeral da bon=
dosa senhora, cujos dotes de coração
a tornaram maito querida nesta al»
– deia, efectuoa-se no dia 10 para o cen
mitério desta ireguesia e a êle se as»
– sociaram tôdas as pessoas do povo.
Era mãi extremosa dos nossos queri-
dos amigos Srs. Manuel Farinha Por-
tela, Presidente da Direcção da Casa
do: Povo, Antonio Farinha Portela,
“ Américo Farinha Portela, comercian=
te na provincia de Angola, Eugénio
Farinha Porteia, João Simões Portela,
* proprietários, aqai residentes, e irmã
– do fiscal aposentado dos Hospitais
Civis de Lisboa Sr. José Simões e da
– Sr.? Ana Simões. A tôdos os nossos
“muito sentidos pêsames. c
«A Comarca da Sertã» apresenta
a tôda a família enlutada, e em ese
pecial ao seu prezado amigo sr. Mas
noel Farinha Portela, sentidas con-
dolências.
LO
Passeio à Senhora dos
Remédios
A Tuna do Sertanense Foot-
Ball Club promove, na 2.º feira
de Pascoela, partind» da sua se-
de ás 17 horas, um passeio ao
aprazível sítio de N. S. dos Re-
médios, onde dará um concerto
sob a regência do maestro sr.
António Teixeira.
Norberto Pereira
Gardim
SOLICITADOR ENCARTADO |
NINA
“Rua Aurea, 139-2,.º.D.º
TELEFONE 27111
LISBOA
Faz.ge saber que no proximo
dia. 30 do corrente maz de Marçn
pelas 12 h ras á porta do Tribu-
nal Judicial desta comarca da
Sertã, se há de proceder à arree
mateção em hasta publica do di.
reito e aoção à sua meação que o
executado Fr:niisoo Afonso, viu-
vo, morador no lugar da Az nhei
ra, freguesia e concelho de Olei-
ros, tem nos seguintes bent:
a)— Um pipo de quatro elmu-
dos, um pote de barro de cinco.
alqueires, já usado, uma paquens
aroa de madeira ds pinho é um
cobertor de lã, já usado.
: b) — Uma de habitação com lo-
Ja e sobrado no lugar da Azinhei
ra, freguesia de Oleiros,
c) — Uma casa terrea aita na
Azinheira, freguesia de Oleiros,
d) — Uma casa que serve de
palheiro no lugar da Azinheire,
e)—Um pequeno curral cober-
to de colmo, no lugar de Azinhei-
ra.
f) — Um setenta ávos de um
lagar de desfazar azoitona, situas
do ao Fundo da Ribaira da Az –
nheira,
9/—Uma terra de mato e arvos
res, na Relva da Sobreira,
h) — Uma terra de mato e pis
nheiros, sita na Courela do Aves-
seiro, no Ribeiro.
i)—Terra de cultura, oliveiras
e mato, no Ribeiro,
jjy—Terra de cultivo, olivairas,
ua Gourela da Horte,
k) — Tera de cultivo e olivei-
ras sitá à Gola,
!)-—Terra de cultura e oliveiras,
sita á Tapadinha,
m) — Uma terra de cultura e
oliveiras, sita ao Pontão, limite
de Azinheira,
O referido direito e acção vai
pala segunda vez à praça no va-
lor de mil oitocentos e cincoen-
ta escudos, e foi penhorado nos
autos de execução por custas e
selus em que são Exequente: O
Digno Agente do Ministério Pu.
blico e executadc: o referido Fran
aolsco Afonso, cuja execução cor-
re seus termos peia segunda seu-
ção desta Secrataria Judicial.
Sertã, 11 de Março de 1940,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2. Secção,
Angelo Soares Bastos
Se V. Ex. está compra-
dor de Carnes de Porco,
verdes, salgadas, fumadas
e ensacadas, não deix> de
consultar os preços da
SALSICHARIA DA BEIRA
SIMÕES & PIRES, h.º
Praça da Republica: Sertã
ANUNGIO
1. Publicação
Por êste Juizo e terceira
secção, correm éditos de vin-
| to dias a contar da segunda
publicação deste anuncio, ci-
tando os credores desconhe-
cidos para no prazo de dez
dias, findos que sejam os é=
ditos deduzirem o seu pedi-
do nos autos de execução
por falta de pagamento de
multa, impôsto de justiça e
acréscimos legais, em que é
exequente o Ministério Pú-
blico e executado Joaquim
da Costa Ferreira, solteiro,
jornaleiro, do logar dos Es-
cudeiros, fréguesia de Sor:
nache de Bomjardim, desta
comarca.
Sertã, 13 de Março de 1940.:
Verifiquei
O Juíz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int.º,
Armando António da Silva
O
PROFESSOR
com larga prática de ensino, ex-
phca ensino primário, secundá –
rio (1º e 2.º ano), admissão
aos liceus e curso de regentes
escolares
Dão se informações nesta Re-
dacção, no
Faz-se saber que no dia 30 do
corrente mez de Março, pelas 12
horas, á porta do Tribunal Judia
ctal desta comarca se ha de proces
der á arrematação em hasta publia
ca e pelo maior lanço que for ofe
recido acima dos seus valores, 08
prédios a seguir designados:
Primoairo — Um olival e testada
Ide mato no Vale da Barroca, fre-
guesia de Pedrógão Pequeno, Vai
pela segunda vez à praça no valor
de mil trezentos e sessenta e oito
escudos e quarenta centavos, —
1.368540.
Segondo — Uma terra com oli-
veiras na Costa do Fojo, da mesma
freguesia, vai pela segunda vez á
praça no valor de noventa e trez
escudos— 93800,
“Terceiro— O direito e acção á
metade de uma terra de mato e pi=
nheiros ao Estreitinho, da mesma
freguesia, vai pela segunda vez á
praça no valor de quarenta e quas
tro escudos— 44500.
“Quario — Uma terra de cultura
com oliveiras na Costa de Fojo, da
mesma freguesia, vat pela segunda
vez á praça no valor de trezentos
e oito escudos — 308500.
Quinto— O direito e acção á me-
tade de uma casa de habitação com
altos e baixos, currais, palheiros é
quintal com arvores de fruto, no
BRoqueiro, da mesma freguesia, vai
pela segunda vez á praça no valor
de quinhentos escudos — 500800.
Sexto—O direito e acção à mes
tade de uma propriedade que se
o E Bs assoána: A
; espe : D.. a e Ds e – co % ; =
À lúld)eo :3 Sli PENSÃO BRANGO
) soa S|i E
e 1 SM és e (ANTIGA CASA MARIA MOLEIRA)
==z ea : o ; = e A preferida por tôda a gente que permanece na Sertã ou a vi- ]
a di E S sita, pelo seu ótimo serviço de mesa e magnificos quartos. 2
otras < o A sEe INSTALAÇÕES MODERNAS, AMPLAS E BEM ILUMINADAS :
les O a Ss s es Ao pe E Sea a e belos. por e lindos
À Ed ga a = – pontos de vista, não deixeis de procurar esta pensão.
: & po $
“lás secundas FEIRAS É O ss “ a Serviço privativo de automóvel, PREÇOS MÓDICOS
É Ae HM Ed pa DE sos a º : BBRRR//////117 1111000 :
e RR E É a ma o Avenida Baiama de Bastos – SERTÃ
Pe Ah tolas | sis | 2
; a DO dÊo |
ass 6,55 | É S0000 [E | ge s
aída 17,30] E DE q | les
q Us Cósseay E ua So» E
>. Sernache 17,50 | qe=g Ea co SM O?
Saida 1800] q) 4 SEvon|E |) FIRMO! E
y es . À JR Nº AS
o Wol 6 q sossoim GAR TO!
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: ma nsPº; = micilio com mais asseic e economia |
a no = Serviço esmerado de cozinha com pessoal de |
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Neco as do público em geral que será
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aí ê side ABERTO TODA A NOITE
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Eos o q
SG
ANÚNCIO: st E E
tras O A a, a – E: Ega
E o o | x compõe de terra de cu-tura, videi-
; & [a6) > Al DuUncio ras e mato, no Cascalho ou Ribeiro
da mesma freguesia vai pela se»
gunda vez à praça no valor de do 8
mil quatrocentos e dois escudos —
2 402800.
| Sétimo—O Zreito e acção me-
tade de uma terra de cultura, vi-
deiras e mato e arvores de fruto,
ao Serrado, da mesma freguesia,
Vai pela primeira vez á praça no
valor de mil quinhentos e quarenta
escudos— 1,5408500. .
– Oitavo— O direito e acção á me-
tade de uma terra com castanheiros,
sita ao Vale, da mesma freguesia,
Vai pela segunda vez á praça no
valor de sessenta e seis escudos —
66800.
Nono — Uma terra de mato e
pinheiros sita na Correguinha, da
mesma freguesta. Vai pela seguna
da vez à praça no valor de duzen-
tos e vinte escudos— 22000,
Penhorados nos autos de execu-
ção fiscal administrativa que a Fa-
genda Nacional move contra Joana
Buruta, viuva residente no logar
do Roqueiro, freguesia de Pedro-
gão Pequeno, cuja execução corre
seus termos pela segunda secção da
Secretaria Judicial, . ‘
São por este meio citados quaiss
quer credores incertos ou desconhes
cidos para assistirem à arrematas
ção. :
Sertã, 11 de Marça de 1940,
Verifiquei
O Juiz de Direito
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos
DE
Lote
Lote «Família» | ao
ilo
kilo 5800 |
canalizações, manilhas, etc. — Adubos
OS ESTABELECIMENTOS
Entónio da Silva Lourenço
+: São os que mais barato vendem e maior sortido têm
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BANCO NACIONAL ULTRAMARINOINO
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GEES VERSO REED DE ES SEP
a Comarca da Sertã
A arte de andar
ou a falta de pru-
dência de Automobilistas e Peões
Num período relativamente cur-
to julgaram-se no Tribunal Judi
cial desta Camarca alguns indi-
víduos acusados de infracções ao
Código da Estrada, ás leis.regu-
ladoras do trânsito, que ocasio-
naram, umas, a morte e, outras,
lesões físicas graves, acarretando
a quási completa impossibilida-
de de trabalho ás vítimas.
Com uma frequência arripian-
te se dão desastres graves por
todo o País, sobretudo nas es
tradas de movimento e raro é
aquele em que deixam de se re-
gistar mortes e ferimentos e a
destruição dos veículos, devendo,
dêste modo, deduzir-se que as
leis de trânsito são desconheci-
das dos automobilistas ou, se as
conhecem, cometem a imprudên-
cia de as não cumprir, como
manda a razão e v bom senso.
Ora, quem tem um automóvel,
devia gravar bem na mente que
se impõe o dever de respeitar a
sua vida e a dos outros, que de-
ve seguir sempre pela sua mão,
que não deve fazer ultrapassa- |
gens imprudentes, que deve con-
duzir com atenção porque o se-
guro não lhe dá uma vida nova,
“que deve ser cortês porque há,
quem seja capaz de não tolerar
inconveniências e que. finalmen
te não deve ter pressa.. por-
que chega primeiro e sem pas-
sar pelo hospital,
Estas advertências deviam os
automobilistas tê-las constantes
mente presentes no seu espírito;
talvez, assim, não houvesse tan-=
tos desastres.
Parecia nos até, e isto sem
graça, porque o caso não é para
isso, que devia haver escolas
onde se ensinassem, com todo o
rigor, as «disposições que regu-
“lamentam o movimento na via
pública, explicando-se, também,
as penalidades a que estão su- |
“jeitos os infractores. Se tais es-
colas não têm viabilidade, então
faça-se intensa e adequada pro.
paganda das regras do trânsito,
utilizando-se a imprensa e colo-
cando-se placas à beira das es-
tradas, com caracteres bem visi
veis, que seja possível iluminar
durante a noite, de forma que
automobilistas, ciclistas e condu-
tores de quaisquer veículos e
ainda os peões não se esqueçam
dos seus deveres e deixem de
considerar como apenas sua a
estrada que é de todos.
Falamos em peões e voltamos
a repetí-lo porque êstes têm gra =
des responsabilidades em muitos
| HuMORISMO
re tan mea,
Era na Beira Baixa. Um co-
merciante de vinhos, porque as-
sim mandava o regulamento,
afixou na porta da taberna êstes
dizeres: «Orário de trabalho;
Abertura às 8. Fechadura às 19».
Desagradou isto à Comissão
de, Fiscalização e fez notar o seu
desagrado ao dono do estabele-
cimento: aquilo, assim, estava
muito longe das boas normas de
ortografia e gramática. Para cum-
prir êsses desejos, apressou se
a substituir a taboleta e saiu as-
sim: «Orário do imposto de tra-
balho. Abridura às 8. Encerra-
dura às 19. Depois da ora da fe-
chadura não há mais aviação, se-
ja da quem for»,
Passou nôvamente a Comissão
e achou que ia de mal a pior.
Soube-o o pobre do comerciante
de vinho e comentou filosófica-
mente:
— Ora esta! .. Qualquer dia
vêm aí obrigar. .nos a tirar o cur-
so dos liceus para podermos ven-
der uns quartilhos de vinho, OR
esta l 8
4
desastres que ocorrem. O peão,
dum modó geral, e na nossa re-
gião mais do que em qualquer
outra, não sabe andar, não se
conduz inteligentemente na es-
trada: tanto segue pela direita,
como pelo centro, como pela es-
querda. E” conforme lhe dá na
gana ! Com tais faltas de respei-
to põe em constante perigo a
; Sua vida e a dos outros. De res-
to, e porque não podia deixar
de ser, o Código da Estrada im-
põe também deveres ao peão.
No nosso meio então, o pcão
é duma ignorância deplorável,
digna de tôda a censura. Nem
ao imenos sabe — uma grande
parte, claro — que se deve só-
mente caminhar pela direita; uma
regra tam comezinha que nada
custa a cumprir. Se Re só
isto |
O peão, entre nós, ignora quê
nas estradas se deve caminhar
[pelas bermas e nas avenidas e
ruas pelos lancis e passeios e
“que só se atravessam as ruas,
estradas ou avenidas tomando-
se, sempre, a direcção perpen-
dicular ao eixo da via, cortan-
do a em ângulo recto. À prudên-
cia e o bom senso aconselham
que, antes de se atravessar a via,
se observe com muito. cuidado,
se ela está livre ou se algum
veículo se aproxima de qualquer
lado; e essa travessia deve ser
rápida é sem distracção.
Há ainda o facto que presen-
ciamos inúmeras vezes nas ruas
da Sertã e nas estradas que a
servem: magotes de garotos
brincando nos pavimentos, abso-
lutamente despreocupados. Até
os próprios pais acham i isso mui-
to natural e que os meninos têm
o direito de o fazer, mas, se há
um desastre – — ai Jesus ! — apa-
automobilista que, nêste caso,
raras vezes tem culpa, não se
livra de aflições e é apontado
como criminoso,
E” frequente vermos também,
por essas estradas, condutores
de carros de bois e de carroças
levando os veículos fora de mão
e, muitas vezes, repimpados,
dormindo a sono: solto, dentro
da traquitana, enrolados numa
manta, com um molho de palha
a servir de travesseiro, ..
Ainda o que vale é que os
animais, por. vezes mais espera
tos que o dono, conhecem as
as regras de trânsito e não se
deixam adormecer |
Mais Notas… a Lápis
O tempo tem-se apresentado
com constantes alterna-
tivas.
Tem havido dias de sol,
anunciadores da primavera e
outros de Qhuva copiosa. Co-
mo consegáência, os trabalhos
agrícolas ‘do mês estão por
já procederam à plantação de
batata de regadio. E
Mas não temos que nos admi-
barómetro nêste mês de Março.
Lá dizem os adágios :
— Março, marcegão, pela
manhã cara de cão; à tarde,
cara de rainha; à noite, cavar
com a foncinha.
— Março ventoso, abril chn«
voso, do bom colmeal farão
astroso,
— Páscoa em Março,ou fome
ol mortaço,
-— Bôdas em Março, é ser
madraço.
— Março chuvoso, S. João
farinhoso.:
— Se queres bom cabaço, se-
meia em Março. .
— No tempo do cuco, tanto
está molhado como ensutos
recem as dores de cabeça, eo
fazer ou muito atrazados e:
poucos são os lavradores que)
rar das oscilações bruscas do
Huteresses da Cumenda
Entrevista com o sr. [Ja-
cinto Pedro, membro da
Comissão de Melhora-
mentos residente em Lis-
“* boa.
Foi em 7 de Maio do ano tran-
sacto, como então lárgamente re-
ferimos, que se realizou em Lis-
boa uma importante reiinião de
naturais da Cumeada, na qual fo-
ram largamente tratados os pro-
blemas de interêsse para a fre-
gussia e que concluiu pela nomea
ção de uma comissão pró-melho-
ramentos da Cumeada.
Dessa Comissão que ficou
| constituída por homens capazes
de fazerem alguma coisa de útil
em benefício da sua terra, faz
parte o nosso amigo sr. Jacinto.
Pedro, um dos iniciadores da in-=
teressante retinião.
«A Comarca da Ser à» que aca-
tinhou logo de princípio esta ini-
ciativa, o que aliás faz com tôdas
las causas de interêsse regional,
incumbiu o seu representante em
Lisboa de ir colher informações
quanto à acção desenvolvida pela
referida Comissão,
+
São 22 horas : Jacinto Pedro
que haviagsido avisado telefôni-
camente, recebe-nos, amável co-
mo sempre, na sua residência.
Gabinete confortável: nas paredes
uma int-ressante «galeria» de re-
tratos que nos detém por momen-
tos: uma estante repleta de livros;
as melhores obras dos melhores
autores: Jacinto Pedro adora a
fotografia e as letras: um grosso
volume de números. do jornal «O
Retalhista de Viveres» de que Ja-
cinto Pedro foi fundador, e no
qual desenvolveu uma notável
acção da defesa do comércio de
víveres.
Voividos poucos instantes en-
trâmos directamente no assunto
que ali nos levou, .e à primeira
pregunta o nosso entrevistado co-
meçou por nos dizer:
—A Comissão de que faço parte,
e que, desde o primeiro momento
em que foi constituíla, se nã»
tem poupado a esforços, tanto mc=
rais como materiais, está inteira.
mente satisfeita com os resultados
obtidos até agora.
E após uma pausa prosseguiu:
—A Comissão que em tudo tem
pôsto o melhor dos seus esforços
e bôa vontade, deslocou-se já a
Castelo Branco, Sertã e Cumeada,
onde foi tratar de assuntos rela-
ciona’os com as nossas justas
pretensões, e devo acentuar-lhe
que estamos penhorados para
com tôdas as autoridades admi-
nistrativas do Distrito, em espe-
cial para com o Senhor Governa-
dor Civil, que reconhecendo a
justiça da causa que defendemos,
por ela se interessou de uma ma-
neira particular.
— Quais as aspiraçõ-s de maior
interêsse para a Cumeada — pre
guntámos :
-— São várias as necessidades
para as quais procuramos reali=
zação, pois na Cumeada tudo fal
ta. Porém, a construção da estrá-
da ocupa o primeiro lugar, visto
êle constituf: o ponto de partida
para o dssenvolvimento da nossa
terra.
E compuisando um «dossier». |
o nosso entrovistado facultou- nos
a leitura de diversos documentos,
pelos quais pudemos avaliar a
actividade dispendida pela comis
são, atinente a demonsitar a jus-
tiça da causa que defendem e pa-
ra cuja solução contam com a
boa vontade das autoridades come
petentes.
— É’ com satisfação que lhe
declaro—prosseguiu o sr. Jacinto
Pedro —, que em tôda a parte
temos sido muito bem recebidos,
e são das melhores as impressões
recebidas nas entrevistas realiza-
das com Sua Ex.? o Sr. Nigio
do Comércio e com o Sr. Presi-
dente da Junta Autônoma das Es-
tradas,
— Continua então a Comissão
possuida das melhores vontades?
-—iiquitimos : .
— Sem dúvida, a comissão, cus
IX VOZ dO
Certo dia uma santa, uma
A criança para a santa, ter
Completar-se um
Filha sem coraçã
Do painel digno
Pêso – Junho = 1920.
danôue
avózinha
Lidava na sua horta atarefada,
Eis senão quando avista sua neétinha
A distância, p’la mãi acompanhada.
Esse anjo pouco Ê pouco se avizinha
De sua avó, que a contempla encantada.
Sente-se esta para a neta inclinada,
Ve se a neta impelida p’ra a avózinha.
Foi essa voz do sangue que arrastou
namente…
Mas a mãi (tambem filha) não deixou
quadro surpreendente !
o, que me privou
dum pintor ingente!
João Farinha da Silva
(Soneto Póstumo)
a, EA od = e EA : at =” e E
AGENDA £
se ta” eus ss es A de a V dl
Eros
E fe ta
at
Adiou o seu regresso a Luan-
da, de 23 do corrente para 27
de Abril,o nosso amigo 87.
Joaquim André “Nunes, actual-
mente em Moscavide. |
—Retirou para Lisboa a sr.º
D. Guilhermina L. de Farias
gal Durão.
—-Encontram-se na Sertã os
srs. General Couceiro de Al-
buquerque e espôsa, de Lis-
boa, D. Maria [José Gorjão
Couceiro de Albuquerque. |
Maria [José de Oliveira Albu-
querque, aluna da Faculdade
de Letras de Lisboa, Francisco
G. Couceiro de Albuguerque e
seus filhos, meninos Maria
José, António, José e Manoe
de Sarzedas.
—Vimos na Sertã os srs.
Abílio José de Moura e Ma-
noel José da Silva, do Pêso.
Aniversários a talicina:
Cá
22, D. Maria Angela da
Conceição Vidigal, mãi do sr.
dr. Angelo Henriques Vidigal
e D. Maria do Rosário Car:
ronda, Pedrógão Pequeno; 25,
gado; 27, Hermínio Dias, Que-
limane (Africa Oriental) e
Aníbal Nunes Corrêa.
Parabens
arte gh gago
FEIRA EM OLEIROS
Efectua-se na vila de Oleiros,
no próximo dia 25, a detida
feira de iviarço.
orar
E’ amigo dedicado d
sua terra ?
|
Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos que
ainda o não são. |
O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande par-
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário.
ja unidade de vistas é perfeita
está decidida a levar a bom ter
mo as nossas reivindicações, visto
não nos faltar boa vontade e forte
persistência,
E a terminar:
— E? certo, e ninguém o des-
cofihece, que êstes problemas são,
na maioria dos casos, um tanto
morosos; no entanto estamos cer-
tos que os nossos esforços serão
coroados do merecido êxito,
E já na despedida o Sr. Jacinto
Pedro disse-nos ainda:
— Diga no seu jornal aos cu-
meenses que a Comissão está, de
um modo geral, vivamente empe-
nhada em levar até à nossa terra
os melhoramentos de que ela tan
to carece,
?
João Antunes Gaspar.
António Martins Vidigal Sal- |
José de Oliveira Tavares mio
Passa âmanhão 83º ani«
versário natalício do nosso
querido amigo e dedicado co»
laborador sr. José de Oliveira
Tavares Júnior, poeta e pro
sador de espírito fulgentíssi-
mo, alma de eleição rasgada
aos mais belos sentimentos de
benemerência, pessoa que tôda
a Vila de Cardigos respeita e
considera pela sua bondade.
Está amanhã em festa o dis
toso lar do sr. Oliveira Tavas
res; a ela nos associamos com
muito júbilo, fazendo sinceros
votos para que o nosso amigo
viva ainda muitos anos, go=
zando boa saúde e o convívio.
da família que verdadeiramen-
te o estremece.
nte) apo
Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio .
e produtos da sua indústria ?
Gastando uma insignificância,:
pode anunciá-los na «Comarca
da Sertão.
2 orar
Os amigos da «Comarca»
Os nossos amigos srs. José Pes
dro, do Outeiro da Lagoa e Francisco Pedro, de Lisboa, indica-‘
ram=nos para assinantes Os srs. –
António Marques, de Lourenço.
i Marques e | aquim Alves Men- .
donça, de Ribaldeira (Oeste).
Muito obrigados.
-e+r0+0-
FUTEBOL.
Está marcado para o próximo
domingo, no campo de jogos lo-
cal, um desafio de futebol entré
o egrupo do «Recreativo Proen-
cense, Foot Ball Club», de Proen«
ça-a-Nova e os 11 da «Académie
ca Sertaginense».
A partida deve principar ás
16,30 horas. :
— eae
BAPTIZADO
Na igreja matriz da Sertã Hoi
baptizado, na pretérita 2.º ho
o filhinho do nosso amigo st
Pedro de Matos Neves, distintg
médicosveterinâri » dêste concelh
e de sua: dedicada espôsa, srA
D. Ncémia Leitão C. Ribeiro dê
Matos Neves. A
Do pequenito, registado com O
nome de Carlos Ribeiro de Mas
tos Neves, foram padrinhos o sr,
General António Gorjão Coucei-
ro de Albuquerque e sua espôsa,
sr.? D. Judite Tasso de Figueires
do Couceiro de Albuquerque, de
Lisboas
Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA) |
Vendem se nesta Redacção] ..
Colecção de 7 postais — 5460460
@@@ 1 @@@
4
APELO:
Prezadíssimos assinantes, “atenção !
Tomamos a liberdade de cha-
mar a vossa atenção para.0- se-
guinte: Estamos a proceder à
cobrança, periódica, das assina-
turas, esperando que todos, pa-
gando os recibos ao ser-lhes
apresentados, nos auxiliem no
esfôrço que estamos dispenden-
do para manter a publicação de
um semanário que é o melhor
defensor da nossa região e da
nossa terra, um jornal que é de
vós todos.
Não terá êle, por certo, quali-
dades apreciáveis, mas possui
uma que o vosso critério consi-
dera de merecimento: dá-vos
notícias frequentes da região, da
pequenina aldeia, como se se
tratasse de uma carta de família.
O papel de impressão, ami-
gos, de Outubro de 1939 até
agora subiu 81ºJo!!! Comprá-
mos naquela altura algum a 2360
O quilograma e agora, com mui-
ta dificuldade, obtivemos uma
pequena quantidade a 4870! Os
– tmõssos fornecedores ainda não
conseguiram que a fábrica satise
* fizesse uma encomenda por nós
feita há 2 meses!
Não vimos implorar misericór-
dia, nem solicitar uma esmola
ainda que aceitemos todo 6 auxi-
lio ea ajúda que nos for prestado
como prova de dedicação e boa
vontade. E” que não somos or-
gulhosos !
“O que pedimos à vossa bene-
volência é que pagueis os reci-
bos e nos indiqueis mais assi-.
nantes; assim iremos vivendo e
suportando os contratempos ac-
tuais com’a energia e coragem
necessárias.
“Cúmpre-nos dar uma explica-
ção aos nossos assinantes: al-
guns há que, com apenas um re-
cibo, não pagam os números
publicados até ao princípio dês-
te mês; por isso e pelas razões
expostas, resolvemos passar dois,
mas lica entendido que, se al-
gum discordar do pagamento dos
dois recibos — não obstante a
cobrança ser adiantada — pode
devolver o 2.º que não toma-
remos o facto como desconside-
ração. Nós sabemos que alguns
vivem com dificuldades. Há tam-
bém outros assinantes a quem,
tendo pago em Dezembro ou fa
neiro últimos, as assinaturas, va-
mos enviar novos recibos; o ca-
so explica-se: é que alguns dês-
ses pagamentos foram feitos em
ocasião posterior à fixada, isto
é, tratava-se de recibos apresen-‘
tados — quási todos — pela se-
gunda vez, visto que na primei-
ra não se tornou possível rece-
bê-los — os destinatários não fo
ram encontrados ou por qual-
quer outro motivo —: de resto,
note-se, os números abrangidos
nêsses recibos já estão publica-,
dos. .
Supomos ter-nos explicado com
clareza, para que não sejam des-
virtuadas as nossas intenções,
conduzidas sempre por um ca-
minho recto e digro..,
A Administração
ga 0D eta
Vida Religiosa
Semana Santa e Páscoa
Na Jgreja Matriz realizam-se
as seguintes cerimónias :
Hoje, ao meio dia, missa so-
lene e à noite, ofício das Trevas,
seguindo-se a procissão; âmanhã,
às 10 horas, missa dos Presantie
ficados, adoração da Cruz e ser.
mão da Paixão; à noite, ofício
das Trevas, procissão e sermão
do Entêrro; no sábado (de Ale-
luia), missa cantada, procissão
da Ressurreição e sermão.
, x
A Comarca da-Sertã
“RS seas uses o ” E
S DA ACTUALIDADE
os eleitos das explosões das bombas, as
paredes interiores de pequena espessura.
são sopradas, os pavimentos são perfura-
dos, os revestimentos arrancados e as portas des-:
truídas. Algumas , paredes vexteriores poderão
mesmo ser derrubadas e projectadas na rua ou:
sôbre os pavimentos. õ
O :sôpro é produzido pelo deslocamento
provocado pela expansão súbita dos gases.
A zona mais perigosa do sôpro fica situa-.,
da num circulo de raio, em metros, R=-10 VP,.
sendo P a carga da bomba expressa em Kg…
Além disso, a explosão é sempre acompa-
nhada de uma espessa núvem de fumo contendo
uma forte proporção de óxido de carbono, pro-
veniente da combustão incompleta da carga. Esse
fumo misturado com a poeira proveniente dos:
do ar,
irrespirável.
poderá causar-lhes a morte-sem lesão aparente,
e arremessá-los a’ distância. Como se sabe, foi
rem-se cadáveres no.alto das árvores, arremes-
A acção. do sôpro exerce-se dentro de
uma determinada zona em tôrno do local da éx-
os vidros estilhaçados,
derrubadas.
o) *
Num prédio elevado com esqueleto de be-
tão armado, é pois, pouco de. temer. o rebenta-
mento de bombas nas caves. Assim, embora haja
os moradores de cada um dos andares do pré-
de que disposições especiais se adoptem; para a
sua utilização.
O eng.” Raymond Hins estabelece, a êsse
‘sante indicar :
poder resistir aos efeitos das
oa pesados tais como cofres fortes e pianos,
etc.
Convém que o abrigo fique situado-sensi-
velmente no centro de gravidade do sub solo-do
prédio; êsse local é, com efeito, o melhor prote-
gido, por ser o que está mais alastado- das pare-
des laterais.
mente das da cave, mas solidárias com a estru-
tura-de betão armado, .
mados por: lajes nomosséneas, reforçadas de be-
tão armado.
riam atingir .e ferir, ainda que ligeiramente, os
ocupantes do abrigo,
O menisco, como se sabe, é a massa de
betão que se destaca na parte interior de uma
obra sob o choque exterior de um projéctil, sem
sem que o betão fique fendido.
que, entre si, dos elementos do betão, produzi.
do pela’flexão elástica da cobertura sob a acção
do choque violento do projéctil.
Eº um fenómeno semelhante aquele aque
os «tratados de física se referem : o das bolas; de
do se dá uma pancada sêca na primeira bola: do
alinhamento é a última que se destaca das outras
e rola sôbre o pano de bilhar. .
desmoronamenos, tornará “a atmosfera nociva e.
“O sôpro, actuando sôbre seres animados,
caso vulgar durante a Grande Guerra encontra-,
sados para lá por efeito do sôpro dos projécteis. .
plosão da bomba: os telhados são arrancados, :
às construções ligeiras
a maior vantagem em se dispor de abrigos para .
dio, não é de desprezar o recurso à cave, des-.
respeito, algumas normas que me parece interes- .
– Em primeiro lupar, há que reforçar con-.
venientemente o pavimento do rez-do-chão, para |
! derrocadas dos an=.
dares superiores : paredes, : materiais diversos, :
As paredes do abrigo serão independente.
O tecto e as paredes laterais serão. for. .
| E? particularmente recomendado o-emprê-.
8o de metal | distendido embebido na cofragem, :
para evitar a produção de meniscos que pode-
Que, por êsse facto, :a obra fique inutilizada e ;
Trata-se de um simples fenómeno de cho-
bilhar de marfim, alinhadas e tocando-se. Quan- .
Defesa passiva das populações civis contra os ataques aéreos |
“Conferência proferida em 9 de Outubro de 1937 pelo capitão Eduardo
Veniura Reimão, no Centro Alentejano, por iniciativa do. Grémio
Técnico Português — (Especial para a «Comarca da Sertã»)
IX
(Continuação do número 181)
Os compartimentos contíguos ao abrigo
deverão ser cheios com cascalho, logo que seja
“dada a ordem de mobilização.
Eº conveniente que as paredes exteriores
das .caves sejam protegidas com um maciço de
cascalho.
Os respiradoiros e os vãos de comunica-
ção serão; provídos de dispositivos que permi-
tam a sua obturação.
De: distância a distância é indispensável
proteger o abrigo. contra os efeitos do sôpro e
também, para limitar os prejuízos eventuais, com
paredes em Chicana, de betão armado, completa-
«mente solidárias com. as paredes do abrigo por
ligações muito cuidadas.
‘Para assegurar: a impermeabilidade aos
– gases, deverão as paredes do abrigo ser revesti-
“das de um induto muito plástico. inatacâvel-por
iêles. As portas deverão ser tam sólidas e inalte-
vráveis quanto possível e vedar completamente-o
vão.
E” preciso ter muita cautela em não fazer
a aplicação de qualquer produto decomponível
pelo calor sôbre uma parede delgada e boa con=
dutora, susceptível de ser aquecida exteriormen-
ite-(por incêndio, por exemplo) pois isso causaria
a asfixia irremediável dos ocupantes do abrigo.
“O “acesso .ao abrigo far-se-á por uma. an-
te-câmara de construção análoga à do abrigo,
estabelecido nas imediações da caixa da escada.
“Devem préver-se saídas de socorro em
caso de perigo. .
Í “À capacidade de abrigo-deve-calcular-se
admitindo que uma pessoa sentada: ocupa um
espaço de 1º,50 x 0º,70 x 07,70 = 03, 735 e
que a permanência núm local hermêticamente fe-
chado é dado pela fórmula :
ans
AN
sendo To tempoem horas…
V o volume do abrigo em m
=
e No número de ocupantes.-
– Assim, se O abrigo tiver 10 metros de
comprimento, 5 metros de largura e 27,65 de al-
tura e o número de ocupantes fôr de 20: pessoas,
o tempo máximo que ali poderão conservarsse,
supondo-o hermêticamente fechado, é de cêrca
de 5 horas. Isto quere dizer que um abrigo sub-
terrâneo poderá transformar-se num magaífico
sepulcto, senão houver possibilidade de o venti-
tar, o que poderá conseguir-se captando-se o ar,
por canalização própria, à altura mínima de 20
metros (os produtos tóxicos não se elevam ge-
falmente a mais de 15 metros), pois só a essa
altura, o ar se poderá considerar isento da vicia-
ção produzida pelos gases nocivos.
Segundo o“córonel médico dr. Cot. e M.
Demesse, deverá contar-se, sob o ponto de vis-
ta respiratório, com uma capacidade de 3 ou
4″3 por pessoa, mas nunca menos de 273,5, –
– Um abrigo não deverá comportar, normal-
mente, mais do que 20 a 25 pessoas,
Na fórmula referida.não se entra em linha
de. conta .com o-consumo: de oxigénio para ilu-
minação (velas, candieiros de-petróleo -ete.).
As: janelas e as portas dos abrigos deve-
rão ser providas “de juntas de cautchú óu de fel-
tro:e de juntas de ajustamento em forma de cu-
nha, para proteger contra os gases.
Um “dos processos de regenerar o ar dos
abrigos é o de montar uma bomba accionada a
braço ou:a pedal, ou ainda electricamente (até à
carência-dos Serviços públicos), que recolha o ar
ido abrigo e o faça passar atravez de filtros car-
tegados Com-polássaçe = e 9 e
(Continua)
Tribunal Judicial
Julgamento
Em’polícia correccional respon-
deu, em 13 do corrente, António.
Joaquim Rodrigues, casado de
41 anos, industrial, natural de
Lisboa e residente na Covilhã,
acusado pelo Ministério Público
de, no dia 20 de Março de 1939,
cerca das 15 horas quando con-
duzia o automóvel AD-36-99, da
Na 52 e 6.º feira e sábado da
marca Chevrolet, na direcção:
competentes sinais acústicos e,
ainda, por imperícia, ter. colhido
| Ernesto Ferreira Biscaia, casado,
| proprietário, de Sernache do
| Bomjardim, que vinha montado
numa bicicleta em direcção à
Sertã e pela sua mão. Do embate
resultou ter sido, aquele Ernesto
Ferreira Biscaia, atirado contra a
barreira da estrada, ficando com
graves lesões que lhe produziram
220 dias de doeénça e impossibi-
lidade para o trabalho. e deixa-
ram deformidade e aleijão que
diminuem em 70’/, o seu poten-
| cial de trabalho. Ficou inutilizada
em igual tempo-de muita-a vinte
“escudos diários, um mêsde mul-+:
ta a dez escudos diários, nas
multas de cem escudos. por cada
transgressão dos.art.º* 61 e 31,e
na de. 25800 pela-do-ari.º 64 to-
dos do Código de Estrada, em
vista do preceituado no art.º 144
do mesmo diploma e. art.” 1 do
dec.-lei 26929, e impedido de
conduzir durante oito dias, em
mil escudos: de imposto de jus-
tiça, êste e aquelas multas com
os legais acréscimos, na impor-
tância devida aos peritos e em
vinte ‘mil escudos de indemniza-
SAUDE PÚBLICA
No Mosteiro Fundeiro de
S. Tiago e outras po-
vouções da freguesia da
Várzea dos Cavaleiros
está lavrando, assusta-
doramente, entre as
crianças, a febre intes-
tinal.
Dizem nos que em diversas
povoações da freguesia da Vár-
zea dos Cavaleiros, sobretudo no
Mosteiro Fundeiro de S. Tiago e
Isna de S. Carlos, vem lavrando,
há aproximadamente um mês,
entre as crianças, uma febre de
carácter intestinal, registando-se’
já algumas vítimas. é
Sendo assim, e porque não nos
permitimos duvidar do nosso in-
formador, trata se de uma epi=
demia grave, que merece tôda,a
atenção do sr. Delegado de Saú-
de do concelho, requerendo me-
didas profiláticas imediatas e
eficazes para ser debelada,
Os habitantes daquelas povoa-
ções estão assustados e — diga-
-Se a verdade—o caso não é pa-
ra menos.
Atribue-se a proveniência da
febre intestinal às péssimas con-
dições das fontes onde aquela
gente vai buscar água para be-.
ber. Como se sabe, e segundo ‘
o que aqui temos dito por mais
de uma vez, tanto no Mosteiro
| Fundeiro de S. Tiago. como. na
maioria dos outros logares do
concelho, as fontes são de mer-
gulho, situadas em pontos baixos,
quási sempre em nível nferior
ao das povoações que servem,
escorrendo e desaguando nessas
fontes, que são pequenos poços,
águas sujas e imundícies de tôda
a espécie e da mais diversa pro-
veniência.
Conclue-se que deve ser esta
a causa, porquanto, por exemplo,
no Mosteiro Cimeiro de S. Tiago,
onde a água é captada numa fon-
| te de mergulho, sim, mas situada
‘em ponto alto, não se registaram
casos de febre tifoide até agora.
– Na escola do Mosteiro Cimei-
ro, frequentada, entre outras, por
crianças do Mosteiro Fundeiro,
nota-se a falta de quási tôdas
estas. /. :
O nosso informador afirma que
há casas onde tôdas as crianças
estão doentes, em estado mais ou
menos grave, e que os pais, por
falta de recursos, não podem cha-
mar os médicos. No Mosteiro
Fundeiro faleceu recentemente
um pequenito que, primeiro, foi
atacado de febre tifoide, sobre-
| vindo, depois, uma meningite.
ste É o quadro que nos des-
crevem -e que nos limitamos: a
apresentar sem desnecessários
exagêros, mas convencidos de
que o sr. Delegado de Saúde
providenciará conforme julgar
mais vantajoso e de que a Câmas
ra Municipal se esforçará por re-
mediar a triste situação dos lo-
;gares do concelho que não pos-
jsuem fontes de água potável,
problema que, pela sua impor
tância, sobreleva’todos os demais
considerados de urgente reso-
lução. o
INTERÊSSES REGIONAIS
| . A Direcção dos Serviços de
| Melhoramentos Rurais concedeu
la comparticipação de 7.002800
| para abastecimento de água à
povoação de Burreiros, concelho
pde Vila de Rei. Rd
pad) pg
PUBLICAÇÃO RECEBIDA
– À Legação da França em Liss
boa teve a gentileza de nos ene
viar um exemplat do n.º 75 ca:
«Revista de Marinha», que des-
creve cenas impressionantes da
guerra naval e feitos heróicos
das marinhas francesa, inglêsa e
polaca.
Muito agradecemos.
semana finda houve o iríduo de Sertã-Sernache do Bomjardim,
preparação da Comunhão Pascal numa curva denominada Vale
prêgado pelo Rev.º. Bernardo |
Prata, pároco da freguesia de
Alvaro
ção ao ofendido.. .
O réu foi delendido pelo advo-
gado sr. dr. Mayer Garção, de
Lisboa,
“a bicicleta,
-Julgada procedente a acusação,
| foi o reu condenado na pena de
«dois meses de prisão, convertida
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco
– Martinho, por seguir com exces-
-So de velocidade, completamente
fora de mão, não haver Jeito os