A Comarca da Sertã nº149 01-07-1939

@@@ 1 @@@

 

DIRECTOR,

EDITOR E PROPRIETARIO

“Eduardo Panata da Ff tlua Cometa

 

= an

RUA SERPA.

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —

PUBLICA-SE AOS saBaDOS

 

PINTO-SERTA!

 

 

 

 

 

PUNDADORES “

DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT 4:
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAI
ANTONIO BARATA E SILVA. –
DR:JOSÉ BARATA -CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA oA SILVA CORREA

fm ani qo punto pia ER SOM o moer aa

se

 

Gompusto &- Impresse
“NA gica

Largo do hafari
SERTÃ

 

 

eat:

 

“ANO IV
Nº 149

 

pira edi

Notas…

 

 

O relatório das Contas Pú-

blicas recentemente pu-

“blicado, confirma-se que continua

“a ser modelar a administração
do Estudo português.

“No ano de 1938 apuraramese
2.281 mil contos de receita, sendo
as despesas de 2.038 mul contos,
6 que dá um saldo bositivo de
243 mul contos.

Nos dez anos do novo regimem
os saldos atingem a cifra de
1.848 mil contos, de que se dis-
penderani 673 mil.

Com notável clarividência, o
sr. dr. Oliveira Salazar faz o
desenvolvimento rigoroso das di-
versas formas de aplicação dos
dinheiros públicos, terminando o
imporiante dibloma com uma sé-
me de considerações oportunas,
“de que só transcrevemos uma pe-
quena parie por virtude da falta

de espaço:
Se no “desaparecimento da
“cangrquia econo;

 

vantagens, natendência autárqui-
“ca dos nacionalismos de hoje há
convenientes graves, salvo o
caso de havermos de viver exclu-
sivamente em guerra, porque o
utilissimo princípio da especiali-
zação, segundo as condições nalu-
rais, será duramente afectado,
contra o interêsse geral. Outros
princípios surgem, porém, com as
autarquias e ésses não devem
deixar-se perder. Contra à insen-
stbilidade do capitalismo, a sua
absorvente ambição de lucro, as
suas especulações estranhas á
humanidade e à moral, vemos
apregoar e de cerio modo impor-
se uma noção de justiça nas tro-
cas que peneira a formação de
preços, exige a sua estabilidade e
a das moedas, procura ajustar
em nível conveniente os interês-
ses recíprocos. Isto, que demais é
da nossa doutrina, tem de sal-
var-se para construir a economia
“futura. E ninguém nos diz que
nas reacções nacionalistas de ho-
je não haia um pouco de «re-
-volta dos-escravos» contra impie-
dosas explorações do feudalismo
financeiro com seu fundo de jus-
tiça e naturalmente os seus exces-
sos também.»

ese sos cobro ooo rasa nse sa ss ra Me 0 Da o e iO

OEA FO

A regresso da sua excur-
são a diversas terras
do Nortee a Braga, aonde foi
assistir às festas de S. João,
passou na Sertã, na tarde de 2.º
feira, com destino a Proença-a-
Nova, o «Grupo Familiar Proen-

“censer.

am

Õ sr, Ministro do Interior

autorizou que êste ano
já funcione a zona de jôgo na
Figueira da Foz.

4 pobulação figueirense rece-
deu esta notícia com . grande re-
gosijo borque assim vê satisfeita
uma das suas mais legítimas as-

pirações.
Parabens à Figueira e… aos

deloteiros!

 

rica não tá-senãol fundaram a N

 

 

 

no Conce!

Sertaginense e da Tuna do

S comemorações do Duplo Cente-
nário, no concelho da Sertã,
não se devem realiznr antes de
Outubro de 1940. Mas, assim

rss – mesmo, é conveniente ir prepa-

rando o Canino da população do concelho
para essas festas, pela natural colaboração
que a elas deve ser chamada a prestar, abso-
lutamente indispensável e porque se reco-
nhece a necessidade de a trazer ao sentido
das realidades, mostrando-lhe a finalidade
das Comemorsções e o seu significado de
exaltar os feitos sublimes dos Heróis que

ionalidade e

para a manutenção da sia ndepe dência,

prosperidade e grandeza, dilatação da Fé e

do Império.

O conselho da -Sertã orgulha-se de ter
sido o berço do Grande Nun’Alvares Perei-
ra, o maior capitão da Guerra da Indepen-
dência, que mos Atoleiros, Aljubarrota e
Valverde derrota os Castelhanos, assombran-
do-os com a sua bravura, quasi lendária.
Revê-se a Pátria, tôda orgulhosa, nos feitos
valorosos, nos mil triunfos dêsse-jovem e
audaz batalhádor que encarna as virtudes
da Raça. À sua figura tem projecções radio-
sas no Portugal de hoje e emplia-se no Por-
tugal de âmanhã em clarões refulgentes, des-
lumbrantes, numa mística tôda amor, tôda
tornura, por esta Nação vêihinha de oito sé:
culos, agora rejuvenescida para defesa: de
uma Civilizacão milenária. ,

E ao lado de Nun’Alvares aparece nos
outro filho do conceiho, Gonçalo Rodrigues
Caldeira, seu companheiro de armas nas Iu-
tas da Independência.

“SO êntes aparecem a esmaltar a Ilistó-
ria Pátria com o seu heroísmo e a sua bra-
vura indomável ?
ram e honraram Portugal e
Sertã, donde eram naturais:

Manuel da ‘Mota Henriques, que serviu
el-rei D. João I em Ceuta, como capitão, cu-
jos feitos e famia originaram o seu envene-
namento pelos outros capitáis invejosos.
Lopo Barriga, valente e intrépido adail de
Safi, no tenpo de D. João III, que fez prodígios
de incrivel bravura em “Marrocos. Cristóvão
Leitão, valoroso soldado nas guerras contra
os mouros de Azamor e Arzila. Miguel Cola-
ço, valente soldado de Africa e da India, em
que serviu durante 19 anos e pelos altos
serviços prestados à Patria foi-lhe dada, como
recompensa, a iniportante Capitania de Mas-
cate.

E muitas mais citações de nomes glorio-
sos se seguiriam se o espaço no-lo permi-
tisse.

Ora o concelho da Sertã; pelos homens no-
táveis que nêle nasceram e que honraram o
Pais nas mais diversas conjunturas, tem o
dever de contribuir com todo o seit esforço

 

o concelho da

nelas justamente lhe compete.

ma forma, cotribiam para dar maior impo-
nência às solenidades cívicas e religiosas a
ceiebrar, devem merecer o maior carinho da
população da vila e do concelho e acolhimen-

 

to sincero dias autoridades locais, a quem

o da Sertã

Pensa-se em organizar uma Orquestra-F ilarmónica
para maior realce e brilhantismo das festas

“buiram.

Muitos outros. ennobrece-:

paira o rnaior brilho das festas do Duplo Cen-.
“tenário, marcando o logar de evidência ars

Assim, tôdas as iniciativas que, de algu-

 

 

“A Comarca a Sertã? ouve o sr Antônio Teixeira, hábil regente da Filarmónica União

Sertanense Foot-Ball Glub

compete estimular êsses empreendimentos,
criando ambiente. propício para o seu rabos:
tecimento.

nosso apoio aos autores de todas as ideias
úteis e aproveitáveis para o fim desejado,
na certeza de que cumprimentos um dever,
muito grato ao nosso coração de nai
e sermpinonces

No deeurso de uma conversa banal,
ouvimos dizer que o nosso amigo sr. Antônio
Teixeira, hábil regente: da Filarmónica da
Sertã e da Tuna do Sertanense Foot Ball
Ciub, havia pensado na organização de uma
Orquestra-Filarmónica, exclusivamente com-
posta de elementos locais, para tomar parte
nas festas, do coircelho, comemorativas dos
Centenários.

Ficâmos satisfeitos com a notícia e mo-
mentos depois partimos ao encontro de An-
tônio Teixeira, que encontrâmis fácilmente
porque, êle, afadigado com constantes eusaios,
não sai da Sertã a não ser com a sua Banda.

Feitos uns ligeiros Gimp. pregun-

 

‘tâmos-lhe à queima roupa:

—BE’ verdade que peusa na organização
duma Orquestra-Filarmônica que deverà co-
laborar nas festas comemorativas dos Cen.
tenaários ?

Aflorou-lhe aos lábios úm sorriso hi
gmático, como estranhando a pregunta, e
depois duma pausa:

“. —Quem lhe disser Os senhores são lev –
dos da breca; tudo querem saber… E’ ver-
dade que penso nisso e teria muito gosio em
que a Sertã mostrasse o valor dos elementos
“que possue, por ocasião dessas festa; patrio-
ticas, que aqui não-de trazer muita gente de
fora.

— Com que elementos co.ta?

— Com os melhores que existem na Fi-
larmónica e na Tuna, abrangendo cerca de
40 fig: ras. Segundo o seu nome—
tilarmônica — Este “agrupanento: deverá ter
instrumentos de sôpro e de corda; a Filar-
mónica – entra com os seus 29 -executantes |.

rabacão e 1 clarinete.
cindível o Carlos dos Santos,
muito valor, como sabe,
trompete.

êste ficaria com o

faria as snas execiições?

ria e aconselhável a sua presença, sobretu-

Orquestra-Filarmónica coadjuvariam os di-

com.a sua natureza,

—Quando tenciona começar os ensaios ?

-—Là mais para diante para » inverno,
em que as noites são grandes.

—E conta-com o auxilio de alguém para
levar a efeito o seu projecto ?

— Antes de tudo o mais, espeio que não
só me dêem o seu consentimento os direc-

 

(Continua na 4.º página)

et G
a “o O

Por nossa parte divilgá- tos-emos, dando o |

orquestra-.

e da Tuna aproveito 6 violinos, 2 flautas, 1.
E’ elemento impres- |
músico de

do em recintos fechados. Compreende. que,
em marchas ou acompanhamento de cortejos.
é necessaria : Filarmônica. Filarmônica e.

versos números do programa, de: harmonia.

tores da Filarmônica e da Tuna, srs. Anibal]:

| correspondentes
— Em todos os locais onde fôsse necessã-.

 

 

 

“DEI pasta da. Agricullus

vão ser. publicados dois

decretos:

Um, criando a Junta Nasoual
dos. Produtos Peçuários, compes
tindo-lhe regular. os preços-da

| carne, da lã e-dos lacticínios ê

estudar o seu melhor aproveita»
mento e expansão… Aos municia
pios não é permitido o lançamen
to de impostos sôbre carnes, além
dos autorizados por lei. E cous
tro reduzindo.os
portação: de «manteiga. e queijo,
para, as nossas colómas. xs,
se am
IN O decurso dos festejos noe-
turnos levados a efeito
nalgumas noites desta Semana e
na da anterior, no adro de. S
João, por iniciativa dos. nossos
Bombeiros, muita gente reconhes
ceu que o local se resta optima-
mente para, a. organização de
festase passeios durante o verão,
pela sua situação central ma gui

 

“fica, altitude onde.corre wma cgi

ração agradável, panorama ex-
fuso que s. Observa ao redor e
porque o recinto, por não ser. de
catensão demasiada, facilmente
se ilumina. .

“Há quem discorde de o adrõe
capela de S. João não estdyem
inteiramente livres a quem. os
deseja visitar, sendo necessario
pedir a chave do portão, que se
conserva em mão particular. À
causa disto é impedir que à ga-
rotada e alguns martolões «vã»
para ali sujar tudo e destruir
aquilo que custou tanto dinheiro
a alguns seria ginenses “dedica-

“dos.

O ussunto Caen sé reme-
deia se cm S. João- for. colocada

denado mensal; Os visitantes não
deixariam, também de o gr atificar
Ra

» Nos dias 20 27 vacinaram-se,
contra a varíola, muitas dezenas
de pessoas da Sertã e arredores,
na Delegação de Saúde e: maguer
te primeiro dia tódas as crians
ças da escola du vila.

to
Alguns assinantes – que,

vivendo longe, se quei-
xun da falta de nolícias das suas
terras. Têm razão porque, de
Facto, o que. melhor lhes fala ao
coração sã» as informações sôbre

ta vida do torrão natal. Os nos-
—Onde é que a O «questia- Filarmônica,

sos esforços tendentes a conseguir
nas freguesias

onde ôles não existem, têm esbar-
rado contra todos os obstáculos,
resultantes de não haver ninguem
que »e queira incomodar com coi-
sas sem interêsse para si cite a
percentagem de analfabetos; nal;
gumas, oscilar entre 99 é 109 por
cento dos habitantes, O quese con-
fuma por nelas não. “existir um
único assinante ou ser escassíssi-
mo o Seu número. . Maes
E lutar contra a ignorância,

 

amigos, é o mesn.o que esgrinmir
contra moinhos.»

«Tende paciênciae vamos a ver
“se no fuluro-desfazemos êste nó
górdio!. ee idem

 

JERAFIGA DA 8 DA SERTA |

direitos derexe.

ut guarda durante o dia,<cont
; pensando o com win bequeno: ars

dos quatro-concelhos da comarca

 

 

3 pi
da

a

3 pi
da

a

 

@@@ 2 @@@

 

rg

“Rs seus autores foram julgados uo sá-

“bico, responderam no passado
| sábado, dia 24, no Tribuna? Ju-

“de 29 anos. e Artur Antunes Ba-
“rata, casado, de 3” anos, resi-

– blico previsto e punido pelo ar-
“tigo 474 do Código Penal, por

“pitelea esfera armilar do Pe-

“sando prejuizo aque foi dado o

“véu Gustavo foi condenado na pe-
– na de go dias de prisão e igual

– de prisão, igual tempo de multa

= seu defensor oficioso e ambos so-

“devidas aos peritos e 1.000800 de
– indemnização à Junia de Fre-

— não lerem sofrido alguma con-
” —! denação por qualquer crime, nos

E sé Nunes da Silva, de Rua

parte de uma terra de cultura, oliveiras
– de Rei, Vai pela primeira vez a praça
* parte de uma terra de cultura denomi-

– meira vez a praça no valor de 300800.

‘* mite de Milreu, Vai pela primeira vez.

“A COMARCA DA SERTA

 

 

age uso umas — mem € = Tue

A destruição do Pe-
“lourinho de Pedró-
gão Pequeno |

bado passado.

Acusados pelo Ministério Pú-

dicial desta comarea, Gustavo
Perfeito Sequeira Alves, solteiro,

dentes na vila de Pedrógão Pe-
queno, da autoria do crime pú-

haverem, em 22 de Janeiro do
corrente ano, derrubado o ca-

lourinho que a Junta de Ere-
guesia de Pedrógão Pequeno
mandara colocar no Largo de
S. Sebastião daquela vila, cau-

“valor de quinhentos escudos. O

tempo de multa a 1800 diário,
500800 de impósio de justiça; e
o véu Artur na pena de 60 dias

a 1800 por dia, soo800 de impôs-
to de justiça, em so$oo para o

lidáriamente nas importâncias

guesia de Pedrógão Pequeno.
Mas tendo em consideração O
número e a importância das cir-
cunsiâncias atenuantes, mormente
a de bom comportamento anterior
quanto a ambos e ade prestação
de serviços relevantes à sociedade
quanto ao Gustdvo e. ainda – bor

têrmos do artigo 6 da Lei de 6
de Junho de 1893 foi suspensa a
execução da pena quanto a am-
dos pelo espaço de dois anos.

hoi seu advogado o sr. dr. Jo-

 

200000000006

“ANUNCIO
: (o publicacão)

Por este se anuncia que no dia dois
de próximo mez de Julho, pelas 12 ho-
ras, a porta do Tribunal Judicial da co-
marca da Sertã, se ha-de proceder a
arrematação em hasta publica dos pre-
dios a seguir designados e pelo maior
lanço oferecido acima dos indicados.

PREDIOS:
4.º — O direito e acção a quinta

é pinheiros, no sitio da: Pertelas, limi-
te de Fisão Cimeiro, freguesia de Vila

no valor de novecentos escudos 900800.
2.º — O direito e acção a quarta

nado Varginhas, limite de Milreu, fre-
guesiaide Vila de Rei. Vai pela pri-

3.º —Uma terra com oliveiras e
mato denominada Varjões, limite de
Milreu, freguesia de Vila de Rei. Vai
pela primeira vez a praça no valor de
seis centos escudos, 600800 –

«o— O direito e acção a quarta
parte de uma terra com quatro olivel-
ras, no sitiu da Baiuca ou: Torres, li-

a Fa no valor de vinte cinco escudos

n.º 5 —Uma casa de habitação
currais, palheiros e quintal de cultura
no logár de Milreu, freguesia de Vila
de Rei. Vai pela primeira vez a praça
o valor de mil quinhentos escudos.

 

“hipotecária em que são,
Joaquim Paulo, casado comerciante e pro-

 

1.500$00.

n.º 6 —O diséito: e a uma
sexta parte de uma terra de Citi e
mato. oliveiras e pinheiros no sítio das
Pertelas, limite do Pisão Cimeiro, fre-
guesta de Vila de Rei. Vai pela pri-
meira vez a praça no valor de trezen-
tos escudos. 300800.

n.º7 -QO direito e acção a uma
sexta parte de uma terra de cultura e
mato, no sitio do Barreirão, limite do
Milreu, freguesia de Vila de Rei.
Vai pela primeira vez a praça no
valor de oito escudos. 8800,

n.º 8 —O direito e acção a metade

de uma terra de mato e pinheiros de-

nominada Varjões, limite de Milreu.
Vai pela primeira vez a praça no valor
de trezentos e cinquenta escudos.
350800.

n.º9 —O direito e acção a uma
quinta parte de uma terra com olivei-
ras no sitio do Varjões, limites de Mil.
teu, Vai pela primeira vez a praça no
valor de quatro centos escudos, 400900

n.º 10 —O direito > a ção a uma
es parte d: quintal de cultura, sito
a Senhora da Graçá. no lugar do Mil-
reu. freguesia de Vila de Rei. Vai pela
primeira vez a praça no valor de cem
escudos. 100800.

n.º 11 —Uma terra de mato 2 pin.
he ros denominada Chão da Lemba Al-
ta, limite de Milreu, freguesia de Vila
de Rei, Vai peja primeira vez a praça
no vafor de cem escudos. 10

n. 12 Uma terra. com oliveiras de-
nominada Barroquoira, limite de Milreu, Vai
pela primeira vez à praça no valor de
cem escudos 100400.

n. 13 -Uma terra de mato no logar
de Milreu, freguesia de Vila de Rel. Vai pela

primeira vez à praça no valor de cem es-
cudos. 100$00.

n. 14 Uma terra éom oliveiras, deno-

minada Folhadeira, limite de Milreu. Vai
peia primeira vez à praça no valor de mil
duzentos escudos. 1.200$00.

n. 18 –Uma terra de cultura denomina-
dae Barroca da Agua, limite de Milreu, Vai
pela primeira vez é praça no valor de tre-
zentos escudos. 3003400.

ne 18 —Uma terra de cultura com duas
oliveiras e mato denominada Perto da Var-
zea limite de Milreu.- Vai pela primeira vez
á praça no valor de catorze escudos 14$00

7 Um prédio que se compõe de
duas sortes de uma terra de .pousio e me-
fade de um palheiro, no lugar de Milreu.
Vai pela primeira vez à praça no valor de

“trezentos escudos 300$00.

Penhorados nos autos de execução
exequente; José

prietário, morador no lugar da * ‘Boafarinha,
freguesia de Vila de Rei, e executados: Ma-
nuel Nunes Madeiras e mulher Luiza Flo-
rência, proprietários, moradores no lugas
de Milreu, freguesia de Vila de Rei, São
por este meio citados quaisquer credores
incertos para assistir á arrematação neste
anunciada.

Sertã, 12 de Junho de 1939
Verifiquei
O juiz de Direito
Armando Torres Paulo
O chefe da 2.º secção
Angelo ea aa

 

É ALBINO LOURENÇO Da SILVA

ADVOGADO
SERIA

O

e
Instrução Primária

dernache do Bomjardim

 

 

“Francisco Mateus
“Solicitador Judicial
SERTA

 

(Postais ilustrados

Com vistas da Sertã

á venda nesta redacção

 

‘O Chefe da 3.º Secção,

 

ANUNCIO

(o publicação)

No dia 16 do próximo
mês Julho por doze horas,
à porta do Tribunal Judi-
cial desta comarca, se há-de

proceder à arrematação em:

hasta pública do prédio a se-
guir designados no inventá-
rio orfanológico poi obito de
Angela Freire, moradora que
foi na vila de Pedrógão Pe-
queno, desta comarca, em que
é inventariante o viuvo Hen-
rique da Cruz da mesma vi-
la a saber:

1.0 — Umas casas com um
pátio, na Rua de Misericór-
dia, na vila de Pedrógio Pe-
queno, inscritas na matriz
sob o artigo 155. Vai pela pri-
meira vez à praça no valor
de seicentos escudos. — 600800,

2º-—Uma propriedade que
se compõe de mato e pinhci-
ros, no sítio denominado o
Chão dos Pardieiros, inscrita
na matriz sob o artigo 2.261.
Vai pela primeira vez à pra-
ba no valôr de duzentos escu-
dos: 200800.

3º—Um olival, mato e pi-
nheiros, no sítio do: Chão le
Mil, inscrito na matriz sob os
artigos 2.085, 2.087 e 2.088. Vai
pela primeira vez à praça no
valo: de setecentos e cincoen-
ta escudos. — 750800

4º — Uma propriedade: de
terra e pinheiros, ao Cimo da
Quelha da Sarnada, inscrita
na matriz predial sob o ar-
tigo 2.088 metade. Vai pela:
primeira vez à praça no va-
lor de dusentos escudos, —
200800.

5º—O dominio util de um
paazo anualmente foreira a D.
Julia Seabra Mousinho de
Brito, de Tomar, em quaren-
ta litros seicentos e trinta e
dois mililitros de pão mea-
do, trigo e centeio e uma
franga, impôsto numa pro-

priedade, no sitio denomina
do Barrocas Cimeiras, que se.

compõe de terra. de cultura,
oliveiras, videiras, arvores de
fruto, mato e pinheiros c uma
casa que serve de despejo,
inscrita na matriz sob o ar-
tigo 2.216. Vai pela primeira
vez à praça no valor de mil
setecentos e cincoenta e dois
escudos e sessenta cent:.vos
1.162860.

São por êste citados quais-
quer credores inscritos para
assistirem à arrematação e a
sisã será paga por inteiro
pelo arrematante. a

Sertã, 17 de Junho de 1939.

Verefiquei
O J uiz de Direito,
Armando Torres Paulo
int.”,
Armando António da Silva

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– Barnache doomjaráim . 805 0,05 8,15] 2antarém. . 1300 0,15 13,15/Ramalhos . . | 650 0,05 TiSNaal 18,15 0,05 18,20
areia de óleo. . 9,05 0,05 9,10] Torrts Now. Coin qdo der Ms Relato o LiO Qha GooNI mg doe OM
Taro… – . 950 0,10 1900)Tomar . . . . . 15,30 0,10 1540/Strtá . o – 7,30 10,30 Ti5Scesteiro .. 19,15 0,05 19,20
Tosta – 10,50 005 10.50) farei de ler . duo ado can o e e. ga o

– Santarém… . 1215 0,20 12,35!2ernache do Bomjadim, -. 17,10 0,10 17,20 |hamaihos +. 5 ; a AS 2.º E SEXTAS F AS:
Lida… 0. 15,30 — — |iertá Co e 440 — — |Peúrógam Pepuno. . 19,00 == mim o Ee 6,00
NÃO, SE EFECTUA AOS DOMINGO | ui 635 006 bRO

o So TH 00: Tão
Smtá 2. cs… 130. ——,

A’S TERÇAS E SABADOS |

 

@@@ 3 @@@

 

Es

 

“apresentamos

“esta forma,
* todos, num grande abraço.

 

IMPRENSA

A todos os nossos colegas
“que nos felicitaram por moti-
vo do aniversário de «A Co-
marca da Sertã» e aos quais,
por desconhecimento, não
agradecimen-
“tes especiais fazêmo-lo por
estreitando-os, a

— Entrou no 18.º ano de
publicação o nosso confrade
«O Minhoto», que sc publica
em Valença, a cuja Ex”? Re-
daccão dirigimos felicitações,
com votos por continuação de
uma vida longa e s:mpre
próspera,

–Recebemos o 1.º número

– do boletim mensal da Casa

das Beiras, de Lourenço Mar-
ques, de que é director o sr.
dr. António Trindade Salguei-
ro, que contém, afora uma
explêndida colaboração, o re-
gulamento dos Serviços de

“Assistência Médica daquela

instituição, à qual está reser-

‘ vado o desempenho de um pa-

pel de grande relêvo entre os
Beirões residentes na formosa
e progressiva cidade do In-

“dico.

Agradecemos.

QRO OEA RODAR ORA RODADA ADORO

Festa do Goração de Jesus

As solenidades em honra
do Sagrado Coração de Je-
sus, realizadas no domingo

* passado, tiveram o explêndor

e brilho costumado.

A” missa solzne assistiu
muita gente; da Mesa da Eu-
caristia aproximaram-se, não
só as crianças com as suas

“vestes de pureza e inocência,
“* como também muitas cente-

nas de crentes. A igreja esta-

va lindamente ornamentada.

Pela tarde teve logar a pro-
cissão como luzimento e com-
postura sempre rigorosamente
observados.

8200000000000 c00000D00000 Og0000D0aDõo

Bispo de Portalegre

“Comemotando as suas do-
das de ouro sacerdotais, no
passado dia 15,0 sr. D. Do-
mingos Maria Frutuoso, Bispo
da nossa diocese, celebrou
missa de pontifical em Por-

talegre, na Sé Catedral, se-

guindo-se «Te-Deum», a que
assistiram um elevado núme-

“ro de sacerdotes e as princi-

pais autoridades e entidades

– oficiais daquele distrito.

O sr. Presidente da Repú-
blica, por motivo de ju bileu
do venerando antistite e por-
que a sua vida tem sido tôda

“consagrada a continuas be-

nemerências e à formação

“moral da juventude portu-

guesa, sem vistinção entre

– ricos e pobres, galardoou o

ilustre prelado com a Grã-

“> Cruz da Ordem de Cristo.

AMA HORSA ASAE D ELA ALTA VEDA AESA

PASSAGEM DE CLASSE

Transitaram para osº e 3º
anos do liceu, respectivamente, os
inteligentes estudantes do liceu de
Castelo Branco, meninos Lucilia

“e António, filhos do nosso amigo

Sr. António Alves Lopes Mansc,

– Professor na Sertã.

Apresentamos-lhes, bem como
q seus pais, as nossas felicitações.

SBB CANO AO OA

pac hoje e de:

vem terminar no dia

“14, 05 exames da 3.º classe, que

se realizam nas escolas das sedes

da freguesia.

A COMARCA DA SERTA

Atravós da

SRS

ema

Co

 

 

(NOTISIARIO DOS NOSSOS CO RESPOND ENTES

Excursão dos alunos do Colégio «Vaz Serra»

SERNACHE DO BOMJARDIM, 8 — Realizou-se, no
dia 29 de Maio findo, mais uma excursão dos alunos do Co-
légio «Vaz Serra», de Sernache do Bomjardim.

Depois de se reiinirem junto do edifício do Colégio,
instalaram-se num dos melhores carros da Emprêsa Viação
de Sernache, L.?, acompanhados do seu director e professo-
res, partindo, pelas 9 horas, em direcção 4 Tomar, aonde
chegaram ás 10 horas, Ali, visitaram al.uns pontos da ci
dade, margens do Nabão, jardim municipal e o Convento de
Cristo, que percorreram detidamente, visitando também o
interessante Museu Missionário no Seminário das Missões.

De Tomar seguiram para a fábrica de papel da Ma-
trena, próximo da qual almoçaram, percorrendo, depois,
tôdas as dependências e instalações fabris, explicando-lhes
vários em pregados o complicado funcionamento de tôdas
as maquinas.

Finda esta visita, passaram por Constância e Praià do
Ribatejo, indo, em seguida, ao campo de Aviação de Tancos,
onde o oficial de serviço a todos prestou min uciosos escla-
recimentos sôbr- a manobra dos aviões. E

Dali dirigiram-se os excurcionistas á Quinta da Cardiga,
que percorreram demoradamente, examinando e apreciando
as suas excelentes instalações.

Após essa visita, iniciaram o seu regresso, tende jan-
tado pelas 19 horas junto da fonte de >. Lourenço, a pe-
quena distância de Tomar. Ea

Eram 20 horas quando deixaram esta cidade, chegando
pouco depois das 21 horas a Sernâáche, seguindo os alunos
gadul até à Sertã a acompanhar os seus colegas daquela
vila,

Durantea viagem, houve sempre a maior alegria e um
ambiente de grata confraternização, entoande alunos e alu-
nas alegres canções. :

asso

CAVA, 16 — No dia 9 do corrente pairou sôbre esta,

povoação uma forte trovoada, chovendo torrencialmente e
caindo grande quantidade de granizo, que causou grandes
prejuizos nas viuhas e nas arvores de fruto, especialmente
nas oliveiras e também nos milharais; as enxurradas arras-
taram álgu-nas terras e paredes ao longo das ribeiras. 24
horas depois de cair o granizo, ainda havia muito espalha-
do. Cairam faiscas nalguns pinheiros, mas felizmente não
atingiram ninguém,

— Encontra-se reaberta a escola destá povoação desde
Abril último e esteve encerrada desde o Natal, até aquela

 

 

é actual regente a sr.* D, Aurélia Gonçalves Clemente, uma
boa educadora e expiêndida professora, motivo por que
a- população estã satisfetissima com a mesma senhora,

“apresentando nós, ao sr. Director do Distrito Escolar, em

nome da povoação, o: melhores agradecimentos.

— A semana passada saiu para Lisboa a sr! D Maria
de Jesus Carloa, mãi da sr.* D. Emilia Alves Correia, que
vem da Belgica a capital apenas para visitar sua mãi, suas
mah s, o nosso amigo David, Alves e esposa e seu tio Antó-
nio Antônio Alves David. Que encontr2 todos bem, são os
nossos desejos. :

—Encontra-se doente, tendo saído para Lisboa, onde
se vai tratar, a menina Lucinda Farinha da Silva. Fazemos
votos pelas suss melhoras. E

— Deu a luz um menino, no dia 44, a esposa do sr. Àl-
pano Antunes: mãi e filho encontram-se bem. |.

— À tempestade sucederam fis magnificos, estão-se fa-
zendo as últimas sementeiras da ocasião. Verifica-se que
os batatais não pagam o adubo e semente gastos e as pou-
cas que há são, na maioria, podres. ; :

asson

Festas de Santo António e Sagrado Coração
de Jesus

CASTELO, 16—Nodia 13 realizou-se na capela do Mou- |

risco uma pequena festa votiva em honra do seu Padroeiro
que constou de missa resada, novena e sermão pelo zeloso
Paroco.
A’ tarde houve arraial, que correu animado e na melho:
ordem. ‘ :

‘ Hoje realiza-se na Paroquial a do Sagrado Coração de
Jesus. CRER É

Tempo

Também nesta freguesia se fez sentir com alguma vio-
lêrícia o tem poral, chuva, vento e tro-oada, consecutivamen-
te durante cerca de três semanas, causando estragos ainda
consideraveis em propriedades a margem dos ribeiros do
Castelo, Fonte Fria e Seixo,

“Entre os proprietarios mais atingidos contam -se os srs. |

António Coelho e os nosg os amigos Francisco Henriques €

“Abreu Moreira.

Desde o dia 12 voltaram os belos dias de sol, bem dese-
jados e precisos-para a agricultura. é

Ê

“Noticias diversas

O almôço promovido pela
colônia de Mação, em Lisboa,
de homenagem ao ilustre pre-
sidente da Câmara Munici-
pal daquele concelho, sr. dr.
Abilio Tavares, foi uma ver-
dadeira e expontânei consa-
gração às suas grandes quau-
lidudes de inteligência e ce-
ração, ao seu fino tactoó po-
liítico e e-fôrço perseverante
em prol do concelho de Ma-
ção, que nos ultimos anos tem
progredido de. uma forma
notável. Fo

Cerca de 200 pessoas, da
colônia maçaense e idas de
todos os pontos do coneslho,
mostraram a sua gratidão
a quem, como o’ sr. dr. Abi-
lio Tavares, tem sabido, de
uma forma tam- elevada, in-
terpretar os mais curos de-
sejos e ardentes aspirações,
comuns, Jaqueles povos.

O sentimento de gratidão
dos seus patrícios, assim ex-
|’presso, devia ter calado fun-
do no espirito do homena-
geado. Es

E 4 x

– A Mesa da Santa Casa da
Misericórdia de Castelo Bran-
co, que vem lutando com
grandes deficuldades finan-
ceiras, resolveu, para não ces-
sar a assistência a tantos in-
felizes do concelho, promover
um’peditório na cidade e fre-
guesias.

ê “e &

A Inspecção Geral dos Es-
pectáculos determinou que,
emquanto durar a projecção .
‘de filmes, as senhoras: são

 

data, porque a professora esteve doente. Da nossa escola

 

Carta de Ghiramba (Africa Drien
tal)

Meu Caro Ed uardo:

Tenho apreciado o jornal o
nêle tens dito muita verdade,
em especial no que diz rese
peito a limpezas. E” necessá-
rio que batas bem êsse bor-
dão, pois os nossos patrícios
são renitentes ao progresso.

Muito há a fazer nessa ter-
ra: abrir avenidas novas, me-
lhorar as fachadas dos edi-
fícios, caiá-los, etc. etc.

O Govêrno tem dado tanto
dinheiro para melhoramentos
de várias terras, vejo com des-
gosto que a nossa Sertã tem
sido esquecida, isto, de-certo,
por culpa dos seus filhos, que
não se inexem. :

Arborizar êsses passeios,
embelezar essa linda Carvalha,
pondo-lhe um gradeamento
no muro da ribeira, fazer-lhe
uma espécie dc cais poi onde
as crianças possam descer e
ir tomar banho na ribeira,
exercitando-se para sua futu-
ra vida, Fazer da ponte da
Pinta um passeio agradável,
arranjando ali terreno para
quem queira fazer uns peque-
nos chalets, etc. Abrir uma
avenida que, partindo da Fon-
te da Pinta, torneie a ribeira
pequena até sair à rua Manoel
Joaquim Nunes, junto da ca-
sa do Garcia. Abrir uma ou-
tra, partindo do depósito das
águas e que termine numa ro-
tunda no Alto do Outeirinho,
que tem uma vista soberba.

Isto parece um sonho, mas
tudo s: pode fazer. E” questão
do «querer é vencer».

se voo 0 000. 0 0000) 000.0 000 00 00 9.0

Am. certo e grato,
21-1-939
Ernesto P. Araújo

COD AO AO OCA O

Cândido da Silva Teixeira

Foi promovido a 1.º oficial
do Arquivo Histórico Colo-
nial êste nosso presado ami-
go, a quem apresentamos sin-
ceras felicitações.

 

Bombeiros Voluntários da Sertã

No corrente ano económico
a Câmara Municipal do nos-
so. concelho concedeu à presti-
mosa Corporação o subsídio:
de 1.500800.

—A pedido do sr, Adrião
Morais David, de Lisboa, que
foi o 1.º Comandante da nos-
sa Corporação, da qual é um
amigo muito dedicado, e do
sr. José Nunes Miranda, seu
actual 1.º Comandante, o sr.
Afonso Dornelas, de Lisboa,
elaborou um lindissimo pro-
jecto para o estandarte da
Associação, cuja fotogralia ti-
vemos o prazer de admirar.

«Bai deira esquartelada de
branco e de negro. Cordão e
borlas de prata e de negro.
Dimensões um metro quadra-
do.» S

«Phenix a prata segurando
sôbre o peito as armas da Ser-
tã, elevando-se de una foguei-
ra de negro e vermelho su-
bindo as labaredas envolvi-
das em fumo de prata realça-
do de negro formando um
circulo, Nestas nuvens os
dizeres a negro Associação dos
Bombeiros Voluntários da Ser-
tã»

A confecção do estandarte
vai ser entregue a entidade
especializada em trabalhos
dêste genero.

–A Direcção acaba de
adquirir o Hino dos Bombei-
ros que, dentro em pouco, se-
rà ensaiado pela nossa Filar-
mónica.

ag OO

Festas dos Bombeiros Volintá-
rios da Sertá

Por falta de espaço não pode-
mos fazer hoje o relato das inte-
ressantes festas promovidas pelos
simpáticos componentes do Corpo
de Salvação Pública da Seriã,
destinadas a angariar fundos pa-
ra a aquisição do estandarte as
sociativo. aus,

Fá-lo-emos no próximo número.

– Francisco dos Anjos Alves

Tivemos o prazer de abra-
çar na Sertã o nosso presado
amigo é assinante st. Francis-

encontra em Pedrogão Pe-
queno, acompanhado de sua
esposa e filhos, de visita a sua
familia, vindo recentemente de
Lourenço Marques, onde é di-

Administrativa. .

Um grande abraço de boas-
vindas, com os melhores de-
sejos pela sua saúde e pros-
peridades.

PO
Amigos da Gráfica

E ntre os dedicados amigos da
Gráfica não devemos cmitir o
nome do sr. José C. Martins Leis
tão, socio da firma Andrade Lei-

a quein, por isso, endereçamos os
nossos agradecimentos.

/

0900900000000 vonvcaDo coca 3J00000000000

SAPATARIA PROGRESSO

tum E MM

 

Fabricante de todo o género
de calçado; Exportador de
“calçado para as Colonias
e principais Cidades
do Continente |

SERTA

 

co dos Anjos Alves, que se.

gno funcionário da Policia.

tão & Joaquim, L.º, de Lisboa,

“Casimiro Farinha |.

obiigadas a conservar a ca-
beça descoberta e neste -sen-
tido as emprêsas das casas de
espetáculo são obrigadas a
fixar avisos. . as

a * Ses E:

Em Luanda vai ser erigi-

“do um-monutimento à D. Afonso

Henriques.
Bd

* Foi fixada em 3 centavós a
taxa por cada quilograma de
água-raz exportada até ao
fim deste ano. a

CADA AA A A

Interêsses do concelho de Oleiros

Foram concedidas as see
guintes comparticipações pe-
lo Fundo de Melhoramentos
Rurais: às Juntas de Fregue-
sia, da Isna, para abasteci-
mento de àgua a Vale de: Cu-
ba, 6.437800; e à do Sobral,
para construção de am chafa-
riz e lavadouro en: Sobral de
Cima, 9.667.00,

 

Norberto Pereira
‘ Cardim

SOLICITADOR ENCARTADO

AAA ADA

Rua de Santa Justa, 95-2.º
TELEFONE 2607

LISBOA.

 

ii

Advogado — SERTÃ

 

 

– Compram-se
Roupas e calçado para ho-
mem, novo e usado. * .

 

t2,1º-. LISBOA

Trata-se com António Fer.’
reira —Campo- de Santa Clara, |

j fEsTA
ENSÃO e
TOMAR .

+

 

@@@ 4 @@@

 

– porque,

 

 

 

 

 

“- Não venho falar do livro
“maravilhoso de Ferreira de
“Castro que já conta algumas
“dezenas de edições e se en-
“contra traduzido em muitos
“idiomas; não, 0 assunto de que

“venho tratar limita-se a uma |

– pequena moradia que existe
num socegado e risonho re-

“canto desta nossa Beira Bai-
– Xa, sem florestas virgens nem
extenções salváticas.
Gostei do vocábulo, e des.

– culpem se O hão troco por ou-.
tro mais expressivo e mais,

apropriado, como por exem-
plo: — Um lindo recanto da Bei-
«ra Baixa. — a
E’ duma casinha branca,
muito modesta, com tudo no
seu lugar, com uns bocados
de terras cultivados em volta,

“onde algumas fruteiras florescem.

frutificam e dão sombra que
– venho falar-lhes. Umas parrei-
ras em latadas, cingem-a. Tre-
– padeiras alegres com as côres
– vivas dos seus ramos flori-

“sdos, amenisam o-local. Um

– banco de pedra convida-nos
ao gozo daquele ambiente de
paz. Um poço, bem resguar-
dado onde águas limpidas re-

“flectem o azul dos céus, forne- |

– cem fresquidão a uma! horta
– bem cuidada, verdejante, on-
«de os legumes abundam.
“Revoadas de pombas, na quá-
si totalidade brancas, esvoa-
– gam arrulhadoras e celebram
– 08 seus amores nos telhados.
Andorinhas bemfazejas, chil-
reiam, volitam, acamaradam
amigas, cruzando-se nos seus
“vôos incessantes. E aigumas
“criancinhas, lindas, trescas,
robustas, rosadas, muito lim-
pinhas nas suas faces e nos
seus fatinhos, brincam, pulam,
– 8oltam risadas vibrantes, nu-
– ma alegria feliz, que é um en-
– Jêvo de alma. E
—Um paraisol-—dirão.
Evidentemente.
– —Ah! mas certamente deve
‘ haver um homem e uma mu-
“Mer a completar a graciosi-
“dade do quadro…
” —Sim, sem duvida; nem se
“eompreendia que assim não
* fôsse.

* Conheci-os de pequeninos —
“ Filhos de boas familias com
as melho,es tradições, cres-
ceram ao lado um do outro.
Um dia compreenderam que
um sentimento muito intimo
os atraía… Amor?.,. Echo-
raram-se mútuamente, a de-
morar muito o olhar e sem
saber explicar o que senliain,
Ah! tinham que unir osseus
destinos por um laço que ja-
mais se partisse [… Para tô-

– da a vida! Para sempre!

E casaram. E como os pas-
sarinhos fundaram aquele ni-
nho, construiram aquela ca-
sinha, muito branca, muito
socegada, onde vivendo em
paz, sem invejas nem ambi-
“ções, trabalhando de boa von-
tade—êle no amanho das ter-

ras, ela no arranjo e aceio |

da casa, cuidando Gos filhos
depois, como já
preveram, vieram os filhos

“* —passam uma vida feliz. .
Ao domingo vão à vila, ou-
vem missa, levar os frutos ao
–mercado, compram o indis-
* pensável para a vida e vol-
tam satisfeitos para o seu lar.
Sentam-se ao lado um do ou-
tro.no banco de pedra quan-
do o tempo ou vagar lho per-
mite, e conversam e deleitam-
se com o espectáculo da na-

* tyreza, que parecendo repe-
“tir-se é sempre novo – e cheio
de atractivo à

 

ter redundado numa horras-

sofrimento, e. procurou ser

sem um queixume, sem tma

 

Mas um dia, uma nuvem
negra quiz toldar o ceu da
sua existência, Uma cousa
muito simples, que poderia

ca. Eu conto come foi.

Num dos domingos em que
foram à vila, êle—o Antônio,
digaimnos-lhe o nome — encon-
trou-se com alguns amigos
que o convidaram para os
acompanhar à taberna, para
beber uns cop tos de vinho.
Foi. Que mal havia nisso?
—Mas nêsse dia as coisas. pas-
saram a excesso em todo o
sentido. Conversou-se muito:
-—sementeiras, estado dis sea-
ras, sóbre O tempo que ia,
preços dos gados, etc, etc, O
vinhito era tão bom! E e já
ingerido pedia outro .,. e
outro… Mas o tempo passa-
va; e o António esquecendo-se
de que tinha a mulher à es-
pera, acompanhava os par-
ceiros na paródia, pois já can-
tavam e dançavam na pior
das harmoniás, bêbedos.

k a pobre mulher resol-
veu-se a procurá-lo e foi
encontrá-lo na. triste situa-
ção «jue descrevemos.

Resoluta, mas com o cora-
ção assombreado, dirigin-se-
lhe. Eleenrugou a testa, fran-
ziu as sobrancelhas e voltou-
lhe as costas resmungando
algumas palavras que ela
fingiu não perceber. Que dor
aquela mulher sofreu na al-
ma, pois cra a primeira vez:
que aquele homem assim a
tratava! Recalcou no seio o

calma: sorriu tristemente e

recriminação, tornou ‘a avan-
çar para êle.

Falou-lhe dos filhos em voz
doze e suave que os esperavam
e que —quem sabe? — talvez
fossem vitimas de alguma
desgraça! — e pegou-lhe por
um braço… ‘

– –Antonio! bem vês que é
quási noite…

E êle olhou aparvalhada-
mente para ela… mas ao vê-

 

 

– A:-COMARCA DA SERTA”

NOTAS HO CORRER DA PEA

latão meiga, tão carinhsoa, sem
uma revcriminação nos labios
que tremiam, baixou a cube-
ça; e um raio de luz que irradiou
do olhar daquela mulher, acla-
rou um pouco as trevas da-
quele cerebro turhado, e co-
mo se acordasse dum pesa-
delo, masainda soba pressão
do vinho curvou-se para ela e
envolveu-a nos seus bracos; e
com a voz a tremelicar, as per-
nas a sucumbirem, e as lágri-
mas a saltarem-lhe dos olhos
exclamou: — A minha Ma-
rial., A minha Maria é uma
santal…

() perigo da tormenta acu
mulada pelas emanações dos
goses alcoólicos, ia passado.
Foi nuvem que se desfe; em

-oryalho por efeito dêste sol

de Abril, num raio de luz
do olhar caricioso, meigo e
doce daquela mulher aben-
çoada,

E foram para a sua casi-
nha. Ela resignada, ainda a
sorrir tristentente e êle pro-
curando equilibrar-se e dizer
dichotes que imagin-.va terem

muita graça e ela ouvia com-

placente.

Chegaram ao lar onde fo-
ram recebidos com alaridos
pelos- filhinhos que os espe-
ravam impacientes e choro-
sos…

Comeram uma refeição que
ela tinha deixado preparada.
E depois ao convidá-lo para
o quarto de dormir, ao acon-
chegá-lo na cama limpa, era
ela que gracejava!

— O meu borrachinhol!…
Ora vá lã ., durma,..’e fa-
ça 0.4.0…

E êle ria-se, bajoujo, e ador”
meceu num sonho muito pro
longado que durou até ao dia

f

seguinte. ;

Levantou-se um pouco en-
vergonhado e prometeu nun-
ca mais tornar a dar um tal
desgosto a sua mulher, e um
tal pernicioso exemplo a seus
filhos,

E cumpriu.

 

Poços sem res-
guardo

Chamamos á atenção de:
quem competir para o facto
de na nossa região, existiren
muitos poços sem qualquer

| resguardo, o que representa
8 que

uma perigosissima ratoeira
para aqueles que não conhe-
cen a sua existência e espe-
cialmente para às crianças.
Parece-nos que todos os
proprietários devem mandar
construir em volta des poços
das suas propriedades, ainda
quando estas sejam muradas,
vedações a pedra e cal com
altura suticiente a impedir
desastres, quasi sempre de
consegiiências lamentáveis,
como ainda agora sucedeu

«num põôco de uma proprieda-

de de Juão do Canto, da Al-
deia de João da Tira, em que
se afogou um ra paz da Ave-
leira,

09000096609500 0o60000000000 j00000000000

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco
E a felicidade continuou a
alegrar aquele lar edificante,
iluminado pelo olhar daque-
la mulher que na sua sim-
plicidade, no seu carinho, no
seu amor à farinilia e ao tra-
balho sabia encontrar o bál-
samo para curar as dores da
vida e fazer triunfar a paz

que une as almas e os cora-
çõesl…

 

*

E aqui têm como de um ti-
tulo inapropriado — a selva
— que faz pensur em rugi
dos, em delírios e em tem-
pestade, de tôda a ordem,
resultou um quadrosinho
muito simples, m’tito ingênuo
e muito perfumado onde ve
encontram, num recanto so-
cegado e tranquilo, as virtu-
des e defeitos ancestrais des-
ta nossa Beira — que tanto
amamos— que possue a al-
deia mais portuguesa, e onde
as mulheres, de olho: lindos
e bons, suavisam e tornam a
vida feliz e bela nas famílias,
com as suas virtudes os seus
carinhos e o seu amor,

Cardigos, Abril 1939.

Oliveira Tavares Junior

 

 

comemorações do duplo centenário nO concelho da So

Correia e Casimiro Farinha, mas também que

(Continuação da 1.º página)

agrupamento que se projecta é indispensá-el

 

exerçam tôda a sua influência e autoridade
para que eu tenha facilidade em levar por
diante o meu plano. De ante-mão conto com
a dedicação e sacrificio de todos os elementos
que devem ser escolhidos para a Orquestra-
Filarmonica, os quais, mais uma vez, disso
estou certo, vão provar a sua boa vontade
aproveitando a ocasião que se lhes depara
para honrarem a Sertã. H

—Pelo que se vê o amigo Teixeira vai
trabalhar a valer, não é assim?

—Sim, senhor… Fique certo de que to-
do o meu empenho é que as festas atinjam
na Sertã tal brilho .jue, tôda a gente, fique
com a mais agradável e inesquecivel impres-
são, que todos os visitantes, muitos dêles
ilustres, -e sobretudo as autoridades superio-
res, que então aqui vierem, fiquem com a
certeza de que os sertaginenses trabalha-
ram com entusiasmo e patriotismo no sen-
tido de que as comemorações, no concelho,
alcançassem o maior grau de esplendor,
compativel, evidentemente, com os nossos
recursos, que bem poucos são.

“— E a indumentária? ç

— Estã indicado que deva ser fato preto,
à civil, a
— Dispõe do. instrumental preciso?

— 1) sr. Anibal Correia abriu uma subs-
crição, que não rendeu o, que se esperava,
com o fim dese adquirirem alguns instru-
mentos que a Filarmônica necessita. Para o

 

um saxofone-tenor, que custa, pouco mais
ou menos, dois contos. Tenho esperança de
que êste se hã de comprar, ainda que coin al-
gum sacrifício, Sei bem que o sr. Anibal Corrêa
é pessoa resoluta, disposta sempre a vencer
tôdas as dificuldades; e grandes esforços êle
tem feito para dotar a Banda com o instru-
mental e fardamento de que carece, mas as
dificuldades são tantas…
—(Quanto ao reportório para a Orques-
tra-Filarmónica, o que tenciona escolher?
—Já tenho algumas músicas, ainda que
poucas. Preciso de um reportório adequado
e variado para o fim a que se destina. Esco-
lherei composições dos melhores autores
portugueses, preferindo as de Rui Coelho e

Freitas Branco, género sinfônico, de Sousa

Morais e Ribeiro Dantas, género popular.

* E *

Estava terminada a nossa entrevista com
ofmaestró António Teixeira, a quem agrade-
«emos a gentileza de nos revelar o seu pla-
no, que traduz o pensamento de um artista
que ennobrece a sua profissão, que, com o
seu trabalho, honra a nossa terra, criando
em muitos novós o amor pela música, ex-
pressão máxima dos nossos sentimentos.

 

ERA “— E BARATA

nica Soa

Com a vinda do estio, mui.
ta gente, fatigada do ruido da
cidade, irritante e incômodo,
desejosa de repousar, de res-
pirar ares puros, beber boas
àguas, comer hortaliças mais
sãs e frutas mais saborosas,
anseia pela vida trangúila-dos
campos, das aldeias e das vi-
las, onde. se desconheçe a
etiqueta complicada e abor-
recida do vestuário, onde a
natureza canta suas primi-
cias, proporcionando lindas
manhãs de sol ea orquestra
paradisíaca de milhures de
passarinhos soltando seus
trinados de alegria camor,

Mas à volta do êxoda das
cidades para os campos, suf=
ge sempre uma complicação;
a falta de casas, por mais mos
destas que sejam, para abri-
gar essa gente, ae

E na Sertã, onde raras ve-
zes há uma habitação vaga, O
caso não tem fácil solução,
privando-se a vila do convi-
vio de familias respeitáveis
que podiam vir dar animação,
com prejuizo para o comércio,
que nesta época faria muito
mais negócio.

Achamos dificil a resolução
dêste problema, confessamos.
Mas não pode haver dúvida
de que eia tem grande impot-
tância para esta terra que, pe-
los seus passeios, ares exces
lentes e puras águas, e ainda
óptimo convivio social, oferes
ce condições especiais de atrac-
ção. a

 

Apos os Estados Unidos ea
Inglaterra, acaba a França de
sofrer a perda de um dos me-
lhores submarinos da sua
frota.

11 homens que compunham
a tripulação, encontraram a
morte dentro do submersivel.
Horrorosa deve ter sido a
agonia dêsses humildes ma-
rinheiros, mortos em holo-
causto da Pátria, no cumpri-
mento de um dever sagrado.

Dir-se-à que sôbre as três
marinhas de guerra caiu a.
garra da Fatalidade!

a %

Há poucos dias declarou-se
um violento incêndio numa
fábrica da Covilhã. A cidade
alarmou-se, e os bombeiros
acudiram prontamante: a sua
acção foi tam rápida e pro-
ficua, e porque dispõem de
maguífico material, que con-
seguiram evitar que o sinis-
tro arremessasse para a mi-
séria mais de cem familias. ,

Se caso semelhante se pas-,
sasse na Serts, os nossus bom-
beiros, não obstante a sua dis-
ciplina, intrepidez e qualida-
des de abnegacão, demonstra-
das em diversas ocasiões, em
consequência do arremedo de
material da que dispõem
(princípios do século passadol),
só tinham que… deixar ar-
det. :

Porque sô quando houver
na Sertã vm incêndio de bru-
tais proporções, causando a
miséria de muita gente e o de-
sembolso de muitos milhares
de escudos por parte das com-.
panhias seguradoras, é que se
pensarã em dotar os Bombei-
ros com material a sério.

Isto é ruim hábito nosso;
depois da casa roubada…

Ferrão.

DOE O RO OO AO

Colônia Balnear Infantil

Por iniciativa da Junta Pro-
vincial da Beira Baixa, parte
hoje, às 9 horas, para a Naza-
ré, o primeiro turno de crian-
ças pobres da nossa Provin-
cia que alí vão receber o tras
tamento hélio-maritimo.

Dêsse turno fazem parte 30
crianças do nosso concelho,
que segueu a expensas da
Câmara Municipal.

‘* O seu regresso deve efece
tuar-se em 22 do corrente. ‘. ‘