A Comarca da Sertã nº150 08-07-1939

@@@ 1 @@@

 

ESTOR, EDITOR

 

Eduardo Barata da Silva Qrreia

E PROPRIETARIO

 

 

uv

——— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
4 SERPA PINTO-SERTA

 

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS

 

«AVENÇALO

 

 

 

 

EEN AD DR 850
“|. DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
“DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAI
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÊ BARATA CORREA E-SILVA
EDUARDO BARATA dA SILVA CORREA

as [tompasto & Impresse
I NA.
[ERAFIGA. DA SERTA

Largo do Ghafari.
| SERTÃ

ASTAS reclamações têm
chegado à nossa Redac-
ção por haver muita gente na
ertã e redondezas, que não dis-
ondo dum palmo de terra, pos-
“sue rebanhos de cabras que in-
ad a propriedade alheia, cau-
lo dano no arvoredo e nas
ortas, sem a mais pequena con-
Sideração e o menor respeito pe-
los direitos de outrem.
“A cabra é o ruminante mais
aninho que conhecemos: planta
tocada por seu dente venenoso,
de leve que seja, ou morre ou fi
ca atrofiada, a estiolar-se, como
vitima de grave maleita, tornan-
periclitante a sua existência.
hveirinha nova que fique ao
“alcance de cabra teimosa e atre-
ida, já se sabe que fica mar-
cada com grave incisão em seu
tronco tenro, com penetração fun-
= nos tecidos, salvando-se da
te só por milagre. Das plan-
herbáceas às lenhosas tudo
he serve para roer e pa co-
r; à questão é passar-lhes pró-
—ximo e o pastor descuidado e cri-
= minoso não ver ou não ligar im-
portância ao que éle considera
— muito natural,
“Os proprietários são obriga:
a sustentar os rebanhos
lheios e a suportar os prejuizos!
enem as propriedades mu-
sescabam da vazia! A ca-
‘a está sempre Rae a saliar
os: 05 obstáculos, e o pastor,
ie ‘SmO Se É consciencioso, aquando
0 dá pelo atentado : se dispõe a
torrêla) à pedrada, já ela fez
à Prejuízo à volta de muitas deze-
nas de escudos. O dono da pros
iedade, em geral, não pode sa-
ra quen pertence o rebanho
que cometeu o dano; são tantos!
Pá lá sabé-lo!…
“À ousadia chega ao ponto de
ver gente do termo que traz as
ras a pastar para a vila. Sim,
Foros or, “é verdade! Podem-se ver,
“ima vez por outra, na quelha
= próxima do Miradouro, na Car-
valha, nas margens das ribeiras,
lo videiras, milho e tudo o
que podem.
“Nós pagamos o leite por bom
» sustentamos os bichos e
ientamos com o prejuizo! Um
itico violento, em suma. ]
Mas o que não pode é conti-
muar éste regabofe. A lei é bem

E

Do decreto n.º 13656, de 20 de
le 1927, conducente à Pro-
ão da riqueza Florestal do
ais», consta: Ex
«Artigo 23.º — Só é permitido
suir cabras não estábuladas,
Os proprietários ou arrendatá-
de terrenos bastantes para a-
tar éêsse gado e sempre
diante licença da Câmara Mu-
ibal, requerida e renovada
Umente, que cobrará uma ta-
ixa por cabeça caprina, de-
lo os requerentes ser pessoas
gas para assinar o termo de
abilidade pelos danos cau-

Real)a: donos de gado ca-
nie “invade propriedades

Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de

ELSE E

Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses de comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação )

 

 

 

IA PROPOSITO DO VIL CONGRESSO BEIRÃO

 

ENHO seguido com muita atenção e
vivo interêsse as opiniões que se
têm desenrolido na Imprensa, môr-
mente no Diário de Coimbra, sôbre
o VII Congresso Beirão.

Ninguém pôs, ainda, em dúvida o alto in-
terêsse económico, social, cultural, pedagógi-
co, medicinal, rural, higiênico, etc, que dês-
tes congressos valiosissimos resulta em fru-
tos para o regionalismo beirão. Movimento úni-
co em Portugal, o regionalismo-das Beiras
atesta indefectivelmente a força criadora do
coração do Pais donde, afinal, tem saido a fina
coorte dos nossos homens mais brilhantes
tanto nas letras como na politica. Sintoma
evidente de virilidade e frescura proprias
dum povo que labuta incessantemente pelo
bem de Portugal, tanto nas. próprias Beiras
ruralissimas onde cada botaréu é um jardim,
como nos pluinos vastos do Alentejo, nas le-
sírias da Borda-de-A’gua ou, ainda, longe,
na América, no Brasil ou na A’frica, naagri-
cultura, no comércio, na indústria, nas artes
e nos ofícios, nas letras e no professorado, 10
exército e na marinha, dêle hã a tirar as ne-
cessárias ilacções nesta hora de tédio, desá-
nimo e depopulação.

Estã ai, sem dúvida, um grande passo
aberto aos Congressos Beirões, em benetício
do Hómem Beirão que, atestando o vigor da
sua terra, preso a ela pelos mais sagrados la-
ços do sentimento, vai rasgando a Terra, em
tôda a parte, numa luta insana, desmedida e
ignorada para vencer a exiguidade do solo
natal e assegurar a continuidade da geração
ea melhoria do futuro.

A Beira. seja ela Beira Baixa, Beira Al-
ta ou Beira Litoral, bem; merece (os cuidados
de quem pode, pois tudo a recomenda, até o
tacto de várias vezes ter sido o último redu-
to do patriotismo, a única | flama do resgate!
E” isto que ninguém põe em dúvida, mas que
não será nunca exagerado repetir!

» * *

Diversos alvitres têm sido apresentados
no que toca à terra onde convém realizar 6
VII Congresso. Lisboa, Coimbra, Viseu, Cas-
telo Branco e a Guarda.

Por diversas razões, justas razões, Lisboa
parece quási excluída. E”, verdade que se apre-
sentaram motivos de valor mas, felizivente,
não incontestáveis ou insuplantáveis. Coimbra
viu realizar-se dentro dos seus muros univer-
aitários e históricos o VI Congresso ainda
em 1986. E” evidente que não deve reclamar,
com justiça não o pode fazer, a primasia do
VII. Castelo Branco — como natural dêsse

distrito e dessa Provincia seria essa a terra,

que eu desejaria que albergasse os congres-
sistas! — foi teatio do Congresso de 1929. À
Guarda — é ai que eu acho o ponto menos
indicado —reclama insistentemente para si a
honra do VII Congresso. Vamos aos argu-
mentos. No VI Congresso ficou resolvido que
o VII tivesse logar na Guarda, Havia, porém,
a dificuldade dos alojamentos, alega-se, ago-
ra,

movida. E’, no entanto, um problema! Acres-

 

ue em 1940 essa dificuldade estaria re-|

 

ce, então, o facto de a Guarda andar. empe-
nhada na criaçãoduma provincia: Beira-Serra
Fala se num congresso da. Beira-Serra e-que-
re-se fundi-lo: com o VII Congresso Beirão e
acha-se que será: possivele até proveitoso. Sem
discutir a viabilidade ida Beira-Serra,— isso
é là com os guardenses, desde que não se in-
trometam no que não lhes pertence. ,. — acho
a ideia desacertada. Porquê ? Ora, tratando
os Congressos Beirões dos interêsses da fa-
milia beiroa inteira, prrece-me que, fundindo
num ‘só os dois Congressos, se vai reduzir -a
mero particularismo um assunto de geral in-
terêsse, o que não é louvavel nem útil, poden-
do vir a criar-sce dusinseligências que, até ho-
je, ainda não se manifestaram eoxalà jámais
se manifestem… q

Ea Guarda não: pode exigir que’o VII
Congresso Beirão tome-o aspecto dum congres:
so Beira-Serra, desvirtuando: assim: — pare-

ce me — o superior interêsse de províncias |.

que existem à face da:lei, não falando;:ê cla-
ro, nas unidades geográfica, económica, êtni-
ca, etc; que as caracterizam. A Guarda não o
pode exigir e, creio, nem os: valores mentais
que se interessam pelas outras provincias o
consentirão!

Resta, portanto, Viseu. (1) Sendo en na-:
tural da Beira Baixa, não me torno suspeito
advogando u causa de Viseu. A Guarda terã
lugar de festejar no seu congresso Beira-Ser»
raa viabilidade ou não viabilidade da sua
criação legal’e, num futuro congresso, é pos-
sivel já pensar-se em o lá reálizar sem
eriar más-vontades nem advogar favoritis-
mos!

Estas considerações desprentenciosas não
visam ninguém, nem sé destinam a menos-
presar quaisquer aspirações. Desde que essas
aspirações sejam justas, vão até ao seu en-
contro. No casu da Beira-Serra, e defendendo:
a separação dos dois Congressos, hã um fun:
do de justiça que-os próprios guardenses, en»
tre os quais conto bóns amigos e leais cama-
radas, serão os primeiros a reconhecer,

Em boa verilade, juntando-os, ou o Con:
gresso Beirão havia de abafar o da Beira-Se)-
ra, ou êste Sobrelevar| aquele! | Separados é
que está-certo, dado o cuso de cada um ter
gua finalidade.

Calculem’ “o que seria, se tôdasias Pro-
vincias beiroas se lembrassem de organizar o
seu congresso. particular e, no fim, tentas-
Sa “+ fundi-los todos no VII Congresso Bei
rão :

JORGE-VERNEX.

– , (1) Esteartigo foi.escrito para ser publicado nopD Ai
rio de Coimbra », de que: a Ato po radhE, Em fa-
ce da posição assumida Esse Diário não foi, viáe

vel, nem seria oroveitoso publica-lo nas suas colunas. Vi
Te é Castélo Branco. são. Às duas Cidades, que têm direito
a albergar os congressistas. Num futuro artigo apresentarei
prosa e EReIa nO, convido os meus comprovincianos a

pronun: )

AS
dh

 

arem-se na Imprensa. 8 o assunto, x

 

«à lápis

 

alheias, ainda que-possua a li-
cença bassada pela Câmara ou
transilesde noite fora das bro-
priedades onde tenha licença para
pastar, incorrem nas penas fi-
aadas ms arligos qq” e 49:º da
reorganização dos serviços de po-
lícia florestal, aprovado pelos de-
cretos n.º r2.625, de 3 dé Noveme
bro de 1926,e n.º. 12.793, de 30
do mesmo mês. E

93º — Os donos de prédios
invadidos por gado caprino: po-
derão apreendê-lo, na presença
de duas testemunhas, e entregá-
to à Câmara Municipal na sede
do-concelho, ou regedor da res-
pectiva freguesia ou aos grardas
Horestas e guardas -republica-
nas, no caso de existirem na lo
calidade», i Re

Está nas mãos da. GN. R.
da Sertã acabar vom o“pagode
que, existe cá pelos nossos sítios,
terminar. com. o- atentado :à fa-
senda alheia. Mas- para isso é
breciso que’o policiamento rural
seja feito atravessando 05 deque- ‘
nos caminhos divisórios vide bro-
priedade e lesviando-se- das esa
tradas, onde nunca produz tan-
to resultado. t

omega

º O boateiro é o vlementoimais
daninho-da. sociedade.
Jão dissemos aqui dor ais de
uma-vez “e voltamos arepetilo.
Ea Sertã não está livre. dêsse
Verme rastejante, seyóbil e
pernicioso » que, dominado: pela
perversidade, espreita, na sombra,
a ocasião de se-intrometersem. tu=
dona vida privada de cadá um,
|na apreciação de factos “do co-
nhecimento geral, lar gandos-com
ares. conselheirais, que dão. ad-
mitem réplica, as suas sentenças
e doulórices,magoando ? Fferina
do reputações, que estão acona de
qualquer suspeita. Há pessoas
que videm so para à intriga; ema
venenando tudo com uma linguas
gem viperina, que podia ser tos
mada a guisa de ignorância, se
não redelasse,àlém d. tudo, insa-
sales.e velhacaria consumada e

não fôsse dirigida a alvo esco
lhido. Ad

O que para-aí se tem digo em
volta da investigação do caso da
máquina Singer, apontando co-
mo velhacos e criminosos indivi-
duos que,» sabemos estarem ino- |
centos, pevela o estofo moral de
alguns que antes deviam preocu-
par-se consigo, procurando, cor=
rigir os seus defeitos, as suas
faltas emazelas morais.

Para os boateiros, que são cri-

 

 

 

 

 

ruinhas, na nossa região, | têm si-
!

i acima do vulgar, existe
a oa E co


18 :

H
bi
E” consegilência dos uúlti-
mos grandes calores, as

e

 

do invadidas pelo mildio,-

 

do invadidas pelo mildio,-

 

@@@ 2 @@@

 

coniáRci

 

 

 

usado pelo Ministé-
ico, José Ribeiro, sol-
4 anos, trabalhador,
lvão, Sobreira For-
haver agredido vo-
e corporalmente, à
m intenção de ma-
cisco Ribeiro Gra-
teiro, maior, apren-
pinteiro, do mesmo
ondenado na pena de
de prisão, levando
a já sofrida, 8 meses
a 2800, 1:000800 de
de justiça, êste e a-
m cs acréscimos le-
importância devida aos
se não condenado em
nização em vista da
ta dada ao quesito un-

 

 

 

Cecilia Maria, viúva, de
os, do Azinhal, Cardigos,
a pelo Ministério Públi-
autoria de homicídio
oluntário na pessoa de seu
do, José Alves, por pan-
no dia 18 de Dezembro
33. Absolvida.
—Acusado pelo Mi iistério
ico, Manoel Afonso, ca-
o, de 48 anos, proprietário,
Ribeirinha, Troviscal, por
ver ofendido voluntária e
oralmente Manoel Vicen-
“Engrácia Farinha e Maria
“Jesus. Condenado na pena

dia, 1:000$00 de imposto de
tica, acrescido, bem como
| multa, dos acréscimos legais,
portância devida aos peri-
200800 ao dJefensor ofi-
so e em 1:000$00 de indemni-
“à ofendida Eng ácia.

— Acusado pelo Ministério
blico, José Mendes Lopes
Silva, solteiro, de 25 anos,
ceneiro, do Nesperal, por
er estu prado, por mtio de
lução-promessas de casa-
nto-2 menor virgem de 17
nos de idade, Maria dos An-
os, fha de Joaquim Pedro,
do, cantoneiro, do Cabeço
Fonte, entre fins Ge Agos-
Bde Setembro de 1931.
ndenado na pena de ilois
inos de prisão maior ou, em
ternativa, na de três anos
degredo em possessão de
classe, 1:000$00 de imposto
justiça com os acréscimos

|ros expôs o facto relatado ao

 

No logar do Roqueiro.. eonigelho:
de Oleiros, o fiscal ila Câmara
é apupado g ameaçado de morte

Comunicam-nos que no dia
18 do passado mês, diversos
individuos do logar do Ro
queiro, concelho de Oleiros,
quando o fiscal da Câmara
Municipal, nomeado recente-
mente para tal cargo, Ma-
noel Iuácio da Silveira, se di-
rigia daquela povoação para
a sua casa, em Cambas, espe-
raram-no e pretenderam es-
pancá-lo; a atitude amença-
dora do grupo levou o Sil-
veira a tomar a resolução de
retroceder para o Roqueiro e
a pedir protecção ao sr. dr.
Joaquim Pedroso Barata dos
Reis, que prontamente lha pres-
tou. Mas, mesmo depois «do
Silveira ter recolhido à resi-
dência daquele sr., os ener-
gúmenos, açulados pelo ódio
contra o pobre funcionário
municipa! e sem respeito pe-
lo dono da casa, a quem im-
petrara asilo, continuaram
com as invectivas, cada vez
maiores, cada vez mais violen-
tas, intimando-o a sair para a
rva.

Não temos irformações abso-
lutamente segnras, mas não
parece haver dúvida de que
se trata de uma resistência
combinada e preparada águe- |
le funcionário no exereício do |
seu cargo de fiscal da Câmará |
e, consequentemente, o propó-
sito de achincalhar aquela, re-
sistindo, pela rebelião, às or-
dens que ela entenda daever
dar no cumprimento das leis
e disposições que a regem.
Sendo assim, o facto é parti-
cularmente grave; para exem-
ple, os discolos terão de sofrer
o castigo merecido,

Aquele corpo administrativo
pão pode estar sujeito a vexa-
mes desta ordem, tanto mais
que a nomeação do aludido fun-
cionário corresponde à neces-
sidade de cobrar os seus im-
postos, taxas e licenças e ve-
lar pelo cumprimento dus de-
liberações.

A Câmara Municipal de Olei

 

|

sr. Governador Civil do dis-
trito e solicitou o seu patro-
cinio para que o concelho se-
ja dotado com uma forço di
Guarda Nacional Republicana,
de maneira a acabar-se com:
qualquer tentativa dealtera
ção da ordem, independen-

 

is, na importância devi-
os peritos e em 5:000800

— Acção de divórcio mo-
a por Maria de Jesus, do-
tica, do Venestal, Sertã,
ntra seu marido Joaquim
Araujo Júnior, proprietário,
3 Casalinho, Cabeçudo. Jul-
daimprocedente e não pro-
a acção e a reconvenção
ondenadas as partes, em
tes iguais, nas custas e sê-
dos autos. |

CO AA

jas de Flgneiró dos Vinhos

e Julho

êm-se realizado, normal-
te, nesta vila, os exerci-
8 da Legião Portuguesa, de
comandante o Ex,Ӽ Se-
Dr, Tomaz Morgado, Con-
idor’do Registo Civil e
[ da Câmara Municipal.

 

gt » *

pntram-se em actividade
as para reconstrucão
fício dos Paços do con-
o, destruido pelo incêndio
de Maio de 1936.

 

 

stado a exercer às

A o, dêste ci celho,
osê Calasans.

 

“Sectetário de “Fi,

temente das providências ime-
diatas e enérgicas que se de-
vam tomar, E

São indigitados como, prin-
cipais autores das ameaças e
assuada ao funcionário mu-:
nicipalos seguintes individuos,
todos do Requeiro: Manoel Al-
meida, Francisco Agostinho
Júnior, Joaquim Filipe, .Ver-
gilio Moreira, Francisco Filipe,
José Filipe, Joaquim Rodri-
gues, Manoel Antunes, Ma-
noel Damas Júnior, Antônio,
Agostinho Cardoso e Manoel
Filipe.

og o UA
Casamento

Esta marcado para breve o casar
mento da menina Gesrgina Dias, filha
‘do nosso amigo sr, António Dias, fun-
cionário dos Correios, aposentado, do
Outeiro da Lagoa, como sr.- António
dos Santos, proprietário, da Giesteira.

o o

A JOENTE

Tem estado gravemente enfermo o
nosso amigo. sr. Pedro Fernandes, co-
merciante no Outeiro da Lagoa.

Fazemos votos sinceros pelo seu rá-
pido restabelecimento, 44

 

Esta mero foi visado pia ;
“Comissão de Congura

 

 

 

“V ocasião das festas, revertendo”

FALECEU no passado dia 25, em |’

Torres Novas, onde exercia .s funções
de tesoureiro da Fazenda Pública com.
a maior competência & probidade, o Sr.
César Augusto Soares, Ribeiro, ve 67
anos de idade, natural de Escalhão,
concelho de Figueira de Castelo Rodri-
O

Deixa viúva a Sr.! D. Maria Mi:
quelina Limão Ribeiro e era pai da Sr º
D. Silvia Limão Ribeiro Albuquerque,
de Celor co da Beira e dos srs. dr. Ar-
mando e dr. João Soares Ribeiro, Dele-‘
gados do Procurador da Repúblic., res
peclivamente, em Seia e Santa Cuz
das Flôres e do nosso amigo Sr, Aça
cio Joaquim Soares Ribeiro, tesoureiro
da Fazenda Pública na Sertã.

O extinto, que tivemos a satisfação
de conhecer pela última vez que aqui
veio, era dotado de excelentes qualida-
des de caracter, maridoe pai extremoso,
virtudes que lhe grangearam simpatia
geral,

O sen funeral constituiu por isso,
uma eloqiiente mauifestação de pesar

 

— No dia 28 faleceu nesta vila.
em corisequência de hemorragia puer-
peral, a Sr.º Virginia de Jesus Dias, de
40 anos, casada com o Sr, Alberto Lo-
pes, empregado da Eléctrica ertagi-
nense, qu» deixa três filhos de menor
idade. A criança nascera morta mó-
mentos antes da mai sucumbir.

Era cunhada dos srs. | António Lo-
pes, de Lisboa, César, João, José e Joa-
quim Lopes, da Sertã.

Às circunstâncias da morte produ-
ziram profunda magoa, razão por que o
funeral tese extraordinario acempa-
nhamento, encorporando-se pessoas de
tôdas as condições sociáis do nosso
meio.

—Nu madrugada de 2,2 feira fale-
ceu em Lisboa, onde resídia,a Sr“ D
Lidia Maria da Conceição Lopes Men-
des, de 86 anos de idade, viúva do an-
tigo e considerado comerciante da ca-
pital, sr. Joaquim Pires Mendes, mãi
do nosso estimado assinante sr. Alberto
Pire, Mendes, «ambém vomerciante na
capital e avó do sr. Daniel Tavares
Mendes, ali residente,

A’s familias doridas apreseutamos
as nossas mais sinceras condolências.

 

AGRESSÃO

Na madrugada de 29’de Junho, nes-
ta vila, Sebastião António Fidalgo; sol-
teiro, maior, ajudante de motorista, re-
sidente na Ponte Branca, foi agredido à
paulada por José Farinha Junior, sol-
teiro, de 20 anos, jornialeiro, morador
na Codeceira, que lhe causou um ex-.
tenso’ ferimento na região parietal es-
querda.

O agressor foi entregue a Juizo.

OO

Soirêe dançante

A soirée familiar dançante levada a
efeito úo domingo passado, no Grémio
Sertaginense, esteve muito ‘animadas
prolongando-se até as 5 horas.

A’ 1 hora foi servido um chá”

Raimundo Rita fez-se ouvir, com
muitoagrado, em piano e concertina

De fora, só três simpáticos rapazes
de Sernache, que são sempre bemvia-
dos. oe E

AE

Festas ao Senhor de Vale –
Terreiro – Maeirá

A exemplo; dos. anos ante»
riores realizam-se na Madei-
rã, nos dias 20 e 21 do mês
próximo, os festejos; em hon-
ra do Senhor-do Vale Terrei-
ro que, ali custumam levar
muitos conterrâneos espalha:
dos pelo Pais e amigos devo-
tados da hospitaleira povoa-
ção. E

Na simpática e louvável
ideia de atenuar à miseria em
que se debatem bastantes fa-
milias da freguesia ‘da Madei
rã, constituui – se uma’ co-

ganizar uma quermmese por

o produto na aplicação daque-|
le acto filantrópico e no mês-
no sentido dirigiu circulares
aos patricios e pessoas ami
gas. vue U% é PM 3 DRA TS

Desta Cruzada de beneme-|
| rência hã a esperar o |

 

missão de senhoras para or-‘ a

 

 

 

de Castelo Brano = b:

 

resultado, = vaed se, |

 

ato sumigi

cor o

e

MENÓRII

Morreste filha? Lsgo nunca…. não!

Vives ainda na imensidade
Da dor cruel, da grande saiúdade
Em que se afoga um pobre coração.

Três tâboas e três palmos de caixão,
Três anos de inocencia e virgindade,
“Três’sôpros da fatal adversidade,
Três pês de terra a escavar no chão.

E sob 0 gêlo duma sepultura,
Três longos anos que procuro, em vão,
Três polegadas de inerme e inerte serl…

Tres caudalosgos rios de amargura
Acorrer p’rómar da desilusão:
Lembrança, pena, enjoo de te perder.

“Estreito-Julho de 1959

Notícias de S. Tomé

Abril de 1939

MISSÃO ADVENTISTA

O Snr. José P
da Missão
lada nesta Ilha,
ra domingo de

ereira, Chefe

Adventista, insta-

organizou pa-
Páscoa, um

recital, entre as crianças que
frequentam a escola da nossa

Missão, que est

eve bastante

concorrida, tendo saido muito

interessante, p
componentes er;
e meio.

Pelas 9 horas de domingo, 9,

chegava à Miss

to Capitão, Snr,

ois todos os
am de palmo

ão Adventista,
Vasco Ferhnan-

do” Lopes, acompanhado de

sn Exn.* Espos

a, e momentos

depois o. Snr. Amilcar Rego

Martins, secretã

rio da Admi-

nistração do Concelho, que
foram recebidos pelo” Snr,

“Freire, dando-se, desde logo,

início ao festival.

4 2parte: — Côra por todos
os alunos, intitulado «VINDE

MENINOS».

Recitativo «Com as minhas
duas- mãos» pelos meninos

Amândio Trigueiros,

Manoel

Rodrigues e Antônio Montei-

ro,

«Psalmo 23»,
Pimentel,

por Eugénio

x Recitativo «O Caminho, a
Verdade e a Vida» por Olivia
Quaresma, Amândio Triguei-

gênio Pimentel,

| res, Manoel Rodrigues e Bu-

Recitativo: «Dizem que as
mãos são velhinhas» por Car-
los Alherto Dias,

“| Projecções luminosas sobre

«A VIDA DE €

RISTO»,

RA parte: — Côro por todos
vs alunos «COM TEU AMOR»,

Recitativo «Os 10 preceitos»

por Manoel Rod
dio Trigueiros
resma, a

Rodrigues,

 

y

art

via Quaresma
+ SÊ »

ebnistorh

. à MG k
— Recitativo «Quando eu er;

) ro ia

 

es parte,

eBlsditoci»
ne nora “luminosas
brea «VIDA-DI CRISTO»

rigues, Amân-
e Olivia Qua-:

o give nam el s
-Recitativo «Bendita seja a
Escola» por Manoel Joaquim.|.

Diálogo. «O Bem, por Amor
ed td no Olivia Qua-|
resma e Lucila Trigusiros. —

! Recitativo «A

pêlo» por Oli-
qa

Maria Helena

AB

NESDEM

Feiras e mercados

Foram bastante concorridos: a feira
de S, Pedro, no dia 29 e o mercado de
gado do último sábado, em queaparece-
ram alguns bem boaitos exemplares de
bovinos. Feitas as sementeiras, todos
os lavradores se querem desfa-
zer das juntas. Negócio houve. pou-
co. Sempre a mesma falta de dinheiro

DooDDoDaaapEoonnosaocopLasonoo nhocos

MUSICA

“A tuna do Sertamen-
se Foot-Ball Clubdeu
um concerto no Adro,
no passado domingo, –
que “muito agradou,
sendo bastante nume-
roga a assistencia.
A’manhã realiza a
Filarmônica União
[rSertaginense umcon-
(certo na Alameda Sa-
rlazar: À

 

 

“ANUNCIO:

Por esta Comissão de As-
sistencia Judiciaria da comar-
ca da Serty, correm editos de
tinta dias a contar da publi-
cação deste anuncio, citando
José Joaquim Lourenço,-ofi-
cial do Exercito e esposa, cus
jo nome será oportunamênte
verificado domestica e ambos
proprietarios, morador :s’ na
cidade de Tomar, para no pro
zo de cincodias, findos Po
sejam os editos, contestarem q
pecido, de assistencia Judici-
inialem que-são’ requerentes
“Antônio dos-Santos Zusiman
e mulher” Joaquina Maria,
moradores no logar dos Matos
do-Outeiro, fé :guesia de Ser.
nache do Bomjardim, para
contra eles eoutros proporeuy
uma acção dz anulação: de
compra e venda,

Sertã, 1 de Julho Je 1929
Verifiquei
O Presidente da Comissão da
Assistência Judiciária,
“João Carlos de Almeida e Silva
“O Chefe de Secção, |
: José: Nunes E
ROTA opa ETA

-sTerminou esta pequenina
festa com a «PORTUGUESA»
muito bom -entoada por tôdas

 

“Jas crianças, tendo-se retirado

o Sar. Administrador do Con-
celho,: sua” Ex” Esposa é to-
«dos os outros assistentes mui-

tosatisfeitos por tão |
festa; e 4 desinigtanta “Enbliho

 

2º | deve ju ter dado à
pr ha eq) o

RO
cada

.sada

.s

 

@@@ 3 @@@

 

: de Rei, Vai pela primeira vez
: mo valor de novecentos escudos
a

“ANUNCIO

(2º publicacão)

Por este se anuncia que no dia dois
de próximo mez de Julho, pelas 12 ho-
rasa porta do Tribunal Judicial da co-
marca da Sertã, se ha-de proceder à
arrematação em hasta publica dos pre-
dios a seguir designados e pelo maior

lanço oferecido acima dos indicados.
x PRE ú

1.º — OQ direito e acção a quinta
parte de uma terra de cultura, oliveiras
e pinheiros, no sitio da: Pertelas, limi-
te de Fisão Cimeiro, freguesia de
a praça

O — O direito e acção a quarta
parte de uma terra de cultura denomi-
nado Varginhas, limite de Milreu, fre-
guesiade Vila de Rei. Vai pela pri-
meira vez a praça no valor de 300900.

3,º —Uma terra com oliveiras e

mato denominada Varjões, límite de

Milreu, freguesia de Vila de Rei. Vai
pela primeira vez a praça no valor de
seis centos escudos. 600800 –

4.9 — O direito e acção à quarta
parte de uma terra com quatro olivei-
tas, no sítiu da Baiuca ou Torres, li-
mite de Milreu, Vai pela primeira vez.

S 3 raça no valor de vinte.cinco escudos

n.º 5 —Uma casa de habitação
currais, palheiros e quintal de culíura
no logár de Milreu, freguesia de Vila
de Rei, Vai pela primeira veza praça
o valor de mil quinhentos escudos.
1.

.
n.º6 —O direito e acção a uma
sexta parte de uma terra de cultura e
mato, oliveiras e pinheiros no sítio das
Pertelas, limite do Pisão Cimeiro, fre-
guesia de Vila de Rei. Vai pela pri-
meira vez a praça no valor de trezen-
tos escudos. 3 Ê É
n,º7 —O direito e acção “a uma
sexta parte de uma terra de cultura e
mato, no sitio do Barreirão, limite do
Milreu, freguesia de Vila de Rel.
Vai pela primeira vez a praça no
valor de oito escudos. As
n.º 8 —O direito e acção a metade
de uma terra de mato e pinheiros de-
nominada Varjões, limite de Milreu,
Vai pela primeira vez a praça no valor
se trezentos e cinquenta escudos.

n.º9 —O direito e acção a uma
quinta parte de uma terra: com olivei-
ras no sitio do Varjões, limites de Mil.
reu, Vaí pela primeira vez a praça no
valor de quairo centos escudos, 400

n.º 10 —O direito = acção a uma
terça parte de quintal de cultura, sito
a Senhora da Graça. no lugar do Mil-
reu. freguesia de Vila de Rei. Vai pela
primeira vez à praça no valor de cem
escudos. 10! .

n.º 11 —Uma terra de mato 2 pin.
he ros denominada Chão da Lemba Al-
ta, Emite de Milreu, freguesia: de Vila
de Rei, Vai peja primeira vez a praça
no valor de cem escudos. 100$00,

» 12 – Uma terra. com oliveiras de-
mominada Barroqueira, limite de Milreu, Vai
pela primeira voz praça no valor de

com escudos 10! .

E – Uma terra de mato no logar
de Milreu, freguesia de Vila de Rel. Vai pela
primeira vez à praça no valor de cem es-
cudos. 100800.

n. 14 — Uma terra com oliveiras, deno-
minada Folhadeira, limite de Milreu. Val,
peia primeira voz à Ea no valor de mil
duzentos escudos. 1200800.

A. ima terra de cultura denomina-
ga Barroca da Agus, limito de Milreu, Vai
pela primeira vez a praça no valor de tro-

8 escudos. ES
16 —Uma terra de cultura com duas
e mato denominada Perio da Var-

o primeira vez

 

 

. 17 Um prédio que se ct

Guas sortes de uma terra de pousio e me-

im palheiro, no lugar de Milreu.

ja. primeira vez à praça.no valor de
scuda: Soogoo.

ntos 6:

Penhorados nos autos de execução

hipotecária em que são, exequento; José

Joaquim Paulo, casado anti

peer jo, morador no lu:
iguesia de Vila de Rel,

 

anual

renci

do gu: h,

ei meio citados . qui er credores
incertos para assistir á arrematação neste

anunciada,
Sertã, 12 de Junho de 1939
Verifiquei E
O juiz de Direito
Armando Torres Paulo
O chefe da 2.º secção
Angelo Soares Bastos

 

Compram-se

Roupas e calçado para ho-
mem, novo e usado.

Trata-se com António Fer.
reira —Campo de Santa Clara,
82, 1.º — LISBOA ?

“A COMARCA DA SERTA

 

 

 

feno >
Dri Sa DO O a eee

ANUNCIO |
(2º publicação)

No dia 16 do próximo
mês Julho por doze horas,
à porta do Tribunal Judi-
cial desta comarca, se há-de
proceder à arrematação em.
hasta pública do prédio a se-
guir designados no inventá-
rio orfanológico poi óbito de
Angela Freire, moradora que
foi na vila de Pedrógão Pe-
queno, desta comarca, em que
é inventariante o viuvo Hen-
rigue da Cruz da mesma vi-
la a saber:

1,0 — Umas casas com um
pátio, na Rua de Misericór-
dia, na vila de Pedrógão Pe-
queno, inscritas na matriz
sob o artigo 155. Vai pela pri-
meira vez à praça nó valor
de seicentos escudos. — 600800,

2º—Uma propriedade que
se compõe de mato e pinhci-
ros, no sítio denominado o
| Chão dos Pardieiros, inscrita
na niatriz sob o artigo 2.261.
Vai pela primeira vez à pra-
ba no valôr de duzentos escu-
dos 200800.

3.º—Um olival, mato e pi-
nheiros, no sitio do Chão Je
Mil, inscrito na matriz sob os
artigos 2.085, 2.081 e 2.088. Vai
pela primeira vez à praça no
valo: de setecentos e cincoen-
ta escudos. — 750800

4º — Uma propriedade de
terra e pinheiros, ao Cimo da
Quelha da Sarnada, inscrita
na matriz predial sob o ar:
tigo 2.088 metade. Vai pela
primeira vez à práça no va-
lor de dusentos escudos, —
200800.

5.º—0 dominio util de um
paazo anualmente foreira a D.
Julia Seabra Mousinho de

 

$00 | Brito, de Tomar, em quaren-

ta litros seicentos e trinta e
dois mililitros. de pão mea-
do, trigo e centeio e uma
franga, impôsto numa pro-
priedade, no sitio denomina
do Barrocas Cimeiras, que se
compõe de terra de cultura,
oliveiras, videiras, arvores de
fruto, mato e pinheiros e uma
casa que serve de despejo,
inscrita na matriz sob o ar-
tigo 2.216. Vai pela primeira
xez à praça no valor de mil
setecentos e cincoenta e dois
escudos e sessenta centavos
1.762860.

São por êste citados quais-
quer credores inscritos para
assistirem à arrematação e a
sisá será paga por inteiro
pelo arrematante.

Sertã, 17 de Junho de 1939,

“Verefiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3* Secção, int.”,
Armando António da Silva

 

 

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9800 7850 6800 4850 2800 Sertã

Figueiró a Coimbra, 12350; Setã a Coimbra, 21950; S2r-
tãa Coimbra (ida e volta), 40850.
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48
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uma nova carreira, além ta que já está estabelecida entre Lisboa — Alvaro e. vice versa

AOS DOMINGOS JÁS SEGUNDAS FEIRAS

 

H. M.4 H. M.

SAIDA DE LISBOA 6-30] SAIDA DE ALVARO 15-40
Chegada a Santarem 9-15 y Chegada ao Ceste ro 15-50
Saida ‘9-20 » Sertã 16.55

Saida 17-30

» Pernes 10-00 > Sernache 17-50

» Torres Novas 10-35 Saida 18-00

» Toma 11-20 » Ferreira do Zezero 18-55

» Ferreira do Zezere 11-00 5 Say Edo

» Sernache 13.00 » Torres Novas 20-25

> Sertã 13-20 » Pernes 14-00
Rida 14-00 » Santarem 21-40

E » Cartaxo 22-10

y Cestero 15-05 » Vila Franca – 23-10

>» Alvaro 15-15 » Lisboa 0-10

 

Foram estes horários estabelecidos de harmonia com as necessidades da região, evi=
tando assim um menor dispendio de tempo às pessoas que os seus afazeres chamam à Capi
tal, pelo que esta Gompanhia espera que os seus clientes correspondam a mais esta vantagem,
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@@@ 4 @@@

 

Duplo Conenái

O que será o Cortejo
do Mundo Português

Um dos números de maior
beleza e imponência das co-
memorações centenárias sei à,
certamente, O cortejo do Mun-
do Português, a realizar em
Lisboa em 1940 e qe cons-
tituirá, por assim dizer, a apo-
teose da Exposição e do Con
gresso do mesmo nome.

Portugal e, com êle, os mi-
lhares de estrângeiros que
nessa altura, sem dúvida,
nos visitarão, assistirão ao
desfile grandioso e impressio-
nante, representativo não só
de oito séculos de existência
mas ainda das aspirações
dum povo que possue um
dos maiores impérios do mun-
do. Será como um grande li-
vro de História, preciosamen-
te iluminado, cujas figuras
se animassem para perpas-
sar, ante os olhos deslumbra-
dos das multidões, evocando
as grandes épocas do nosso
passado triunfal e as realiza-
ções do Portugal de hoje, e
prevendo um âmanhã degló-
ria.

O cortejo, organizado pelo
sr. capitão Henrique Galvão,
compreenderá assim tt ês gran-
des troços, divididos em see-
ções e correspondendo às três
fo épocas: o Passado, o

resente e o Futuro.

Será anunciado ao público
por um grupo de cavaleiros
dos tempos afonsinos.

Após êste prelúdio, desfila-
rão as grandes épocas do
passado: a Fundação, a Con-
Solidação da Independencia,
as Descobertas e Conquistas, a
Colonização, o século XIII e a
Ocupação Militar das colônias
no fim do século XIX. Seis
secções, a cada uma das quais
corresponderá uma represen
tação brilhantissima, num to-
tal de mais de mil figurantes.
Na primeira êpoca, veremos
passar o Fundador, com o
seu séquito de freires do Tem-
plo, de Santiago e do Hóspi-
tule várias formações mili-
tares de cavaleiros, bésteiros
e outros homens de armas,
de cotas de malha, casços, es-
cudos e espadas cingidas, se-
guidos de um engenho de
guerra, a manta.

A Consolidação será sim-
bolizada pela Ala de Namo-
rados. Ladeado pelos infan-
tes dacínclita geração» e se-
guido de centenas de figu-
rantes, passará também D,

oão 1. Ainda se recordará a

ora de Valverde e Aljubar-
rota e já ao longese divisará,
entre o oceano da multidão,
um grande carro alegórico
do periodo das Descobertas e
Conquistas. E virá depois um
apontamento da fuustosa em-
baixada de Tristão da Cunha
ao Papa, dessa enviatura cu-
ja pompa jâmais excedida fez
abrir à Europa a bôca de es-
panto. E não faltarão na re-
constituição, o elefante co-
berto de veludos, o ginete
árabe com o moiro e a pan-
tera domesticada sôbre o ca-
valo persa. Em chusma, os
navegadores e os descobri.
dores, os discipulos da terça
de Sagres, os homens que
denponpiea ra o Mar e o Mun-

o.

O quarto capitulo—a Colo-
nização – será constituido por
um carro alegórico em que a
Fé eo Império, os evangeli-
zadores e os comerciantes, es-
tarão representados em sim-
bolização elogiiente.

Seguir-se-à a reconstituição
da embaixada do rei D. João
V ao Papa Clemente XI, em
representação do século XVIII.

E, a terminar o trôço do
Passado, um desfile de tropas
coloniais, brancas e indige-
«as, de Angola, Moçambi

 

Festividades religiosas e feiras

Realizam-se as seguintes du-
rante o mês corrente: no dia 15
a S. Lucas, no Outeiro da La-
goa; 16, no Troviscal; 23, na Er-
mida; 27 a S. Neutel, na Sertã,
com feira de gado bovino, cava-
lar, muar, asinino e porcino; 30,
na Cumeada.

E

Exame de instrução primária

Fez exame de 3.º classe, obten-
do plena aprovação, a menina
hernanda Mendes da Conceição,
de 9 anos, aluna muito inteligen-
te e aplicada da distinta dife
sora da escola n.º so, dos Olivais,
Sr: D. Maria José.

A” jóvem aluna e a seu pai,
nosso amigo Sr. Sérgio Gonçal-
ves da Conceição, de Moscavide,
apresentamos os nossos parabens.

Publicações

Da Junta Nacional do Azei-
te recebemos 2 folhetos de di-
vulgação sôbre o azeite, tra-
tando da instalação do lagar,
preceitos de extracção, coihei-
ta, tranporte e conservação da
azeitona e diversas imforma-
ções, com o pedido de publi-
cação, o que faremos com mui-
to empenho pelo interêsse
que devem merecer aos agri-
cultores da nossa região.

— O nosso simpático cole-
ga «Flôr do Tâmega», de Ama-
rante, retribuiu a visita da
«Comarca da Sertã». Agrade-
cemos.

A ORACOES

A à

Os Exmes Assinantes do Brazil
& Congo Belga

Paises êstes onde não é pos-
sivel fazer a cobrança directa
das assinaturas, têm facilida-
de em as regularizar, dirigin-
do-se: os do Brazil, ao Sr. A-
delino Ferreira, Rua das Flo-
rentinas, 213-229, Recife—Per-
nambuco; e os do Congo Bel-

a, ao Sr. Werther do Vale

antos, co Vale & Irmãos,
L* — Kikwit, que dispõem da
necessária autorização para
passar os recibos.

Desta forma, aqueles que
não façam a remessa de fun-
«dos à Administração dêste jor-
nal, não têm necessidade de
protelar o pagamento das as-
sinaturas, o que nos causa
tn como podem calcu-

ar,
SaGnos pos voe noco nas ago asconapavoanao

José Maria Tavares

Vindo de Tete (Africa Orien-
tal), encontra-se em Mouta Reco-
me-— Amêndoa-—o nosso estimado
assinante sr. José Maria Tava-
ves, à quem apresentamos since-
ros cumprimentos de boas-vindas.

erre

 

que e Guiné. E” a ocupação
militar dos finsdo século XIX.
Um grande carro, consa-
grado ao Portiigal continen-
tal, abrirá a segunda parte
do cortejo, relativa ao pre-
sente, E segui-lo-ão os trajes
mais puros da etnografia
metropolitana, os círios mais
varacterísticos, numa alego-
ria do povo português, De-
pois do Portugal-Metrópole,
o Portugal-Império, represen-
tado por novo carro e por nu-
merosa figuração das oito pro-
víncias ultramarinas, Desfi-
larão indígenas, com os trans-
portes, os produtos e elemeu-
tos da fauna das respectivas
regiões. Não será exagéro
afirmar que se apresentará
nessa altvra, em Lisboa, a
melhor colecção etnográfica
vinda até então à Europa.
Finalmente e como apo-
teóse desta apoteoxe, o toom
do Futuro: a «Mocidade Por-
tuguêsa», masculina e femi
nina, com todos os seus es-
tandartes, a «Mocidads Por-
tuguesa», a mais bela garan-
tia da vterna mocidade de

 

Portugal.

 

 

 

A COMARCA DA SERTA’

 

Festa dos Bombei-
beiros Voluntários
da Sertã

Como dissemos, os nossos
bombeiros levaram a efeito
umas pequenas festas na es-
planada de S. João, destinan-
do o produto à aquisição do
estandarte da Corporação.

Projectaram a realizacão das
festas para noite de S. João,
mas, por virtude do mau
tempo, viram-se obrigados a
transferi-las para a noite se-
grinte, não se obtendo ainda
o resultado desejado porque
a chuva tornou a prejudicá-
la, pouca gente se mantendo
no local.

Repetiu-se depois em 25, 28
e 29 e entio já com êxito,
porque o bom tempo voltara,
notando-se, como consegiiên-
cia, a pr ça de grande par-
te da população local.

Acendeu-se uma boa foguei-
ra, deitaram-se muitos fogue-
tese iluminou-se o recinto o
melhor que foi possivel; era
grande a profusão de verdu-
ras e bandeiras. As barracas
de petiscos e do bom vinho,
de chà e argolas fizeram so-
frivel negócio, A Filarmônica
tocou durante duas noites e
Raimundo Rita fez-se ouvir
de concertina, organizando-
se diversos bailaricos.

Os festejos bastante ani-
mados, terminaram sempre
de madrugada.

a a

As 10 horas do dia 250 Rev.º
Padre Antônio Pedro Rama-
lhosa rezou missa, na capela
de N. S. da Conceição, por
alma dos bombeiros, fundado-
res e protectores da Associa-
ção dos Bombeiros Voluntá-
rios da Sertã falecidos. Assis-
tiram quási todos os bombei-
roseseu 1.º Comandante, a Di-
reeção da Associação, muitas
senhoras, cavalheiros e bas-
tante povo.

Ao terminar a missa, o Rev.º
Padre Ramalhosa, num belo
e impressionante discurso,
que calou fundo em todos os
presentes, elogiou os bombei-
ros pela homenagem que ti-
veram a iniciativa de prestar
sos falecidos amigos da Asso-
ciação, porque o zcto religio
so que acabava de se realizar
era o mais simpático e louvá-
vel entre todos os outros nú-
meros do programa das festas,
aquele que melhor falava ao
sentimento e ao coração. Re-
cordar os mortos é um teste-
munho inequivoco de uma ape-
rene gratidão. Elogiou a ini-
ciativa dos bombeiros ao to.
marem a resolução de promo-
ver festas para a compra da
sua bandeira, simbolo da união
e da fraternidade que deve
reinar entre os soldados da
Paz, dispostos sempre a sacri-
ficar a vida pela vida e bens
dos seus semelhantes. Teceu
um hino de louvor aos bom-
beiros de todo o Mundo, cuja
espirito de solidariedade e
união é admirável, Recomen-
da á população da Sertã o seu
auxílio à simpática Corpora-
cão, como aquela que melhor
engrinalda à sua existência;
contribuir para a aquisição
do estandarte, é dever de to-
dos os Sertaginenses.

FOnSOConaDno saasecacosnasooconacaraa

A fruta que tem aparecido
nos mercados locais é
cara, caríssima mesmo, e muita
dela verde, ou, pelo menos, não
suficientemente madura.

4 ganância de alguns vende-
dores não os deixa ver que é as-
neira impingir porcarias por um
alimento sadio e delictoso, como é
a fruta ao atingir o amadu-
recimento completo. É

Quando determinada. qualida-
dede fruta é, por assim dizer,
novidade, trata-se de a colher
verde e traz-se ao mercado. To-
dos a compram!

Não há ninguém que deva olhar
gor isto?

Um lapso

À propósito da reinião dos nossos
legionários

Lendo tudo aquilo que, du-
ma maneira geral, diz res-
peito à Beira Baixa e me cai
sob os olhos, também notei
deficiências no noticiário res-
peitante á reiinião dos nossos
legionários, realizada na Co-
vilha.

Mas nunca poderia passar-
me pela mente a intenção de
omitir a representação de
qualquer concelho, môrmen-
te do concelho da Sertã, cu-
jas afinidades geográficas,
administrativas e étnicas, são
bem conhecidas. Houve, sem
dúvida nenhuma, um lapso;
contudo, não pode ter havido
ignorância.

Mas, a propósito do caso, a
Beira Baixa e a Sertã, foram
justamente exaltadas em «A
Comarca»: a primeira, por
constituir um agregado ho-
mogéneo de homens decidi-
dos e verdadeiros amigos da
sua região; a segunda por
fazer parte daquela encan-
tadora comunidade, laborio-
sa, ordeira e morigerada, pre-
dicados que bem documen-
tam o titulo, que todos orgu-
lhosamente ostentamos, de
beirões da Beira Baixa.

Sim, porque a Beira Baixa,
terra de magia e de encantamen-
–abençoada por Deuse amo-
ravelmente servida pelos seus
filhos—é uma região incon-
fundivel, como outra não exis-
te de nórte asul do Pais.

Formada pela expontânea
vontade da natureza, as suas
balizas foram alicerçadas pe-
los homens logo no alvore-
cer da implantação do Cris-
tianismo no ocidente da Pe-
nínsula, se não mesmo ainda
antes com O traçado das pri.
meiras vias romanas da re-
gião: —- Uma de Cória a Bra-
ga, pela Serra das Mesas; ou-
tra de Mérida por Aritium —
Vetos (Alvega) a ligar, nas
alturas de Torres Novas, com
aquela outra que seguia de
Lisboa também para Braga.

Ou ainda, em ultim: anâli-
se, a partir da remodelação
das Dioceses, feita por Wanba,
pois da Diocese da Egitânia fazia
parte tôda a região limitada,
a Oeste, pelas cumead:is da
Estrela—Louzã, e alturas que
se prolongam até sudoeste de
Figueiró dos Vinhos, ou seja:
Estrela até Zarça, Seia até
Almourol.

Eorio Zêzere? Nunca se-
parou, nem separa, nem ra-
ças nem territórios diferentes;
é antes um agente de intima
ligação, que carinhosamente
aproxima terras afins e homens
com as mesmas virtudes, co-
tações com as mesmas aspi-
rações de progresso, almas
com iguais anceios de beleza
moral.

A unidade regional é tão
perfeita, que todos os rios—
tal como as próprias Serras —
nascidos na Beira Baixa e de-
pois de fecundarem as terras
que os margiaam, nos limites da
propria região merrem, fenó-
meno que pelo menos no seu
conjunto, não se observa em
nenhuma outra provincia por-
tuguesa, mórmente tratando-
se de rios da en vergadura do
Zêzere, ou do Pônsul; Serras
como a da Guurdunha, Alvéu-
los, Talhadas, etc,

E se a harmonia da região é
assim tão completa, no que
diz respeito aos elementos da
geogratia Fisica, gcomo é que
essa mesma harmonia não de-
veria ser perfeita, como é, no
tocante à Geografia Humana ?

Por isso, os reparos de «A
Comarca» têm de basear-se,
simplesmente, num lapso, e
um lapso não pode constituir
ignorância, e muito menos
premeditada intenção.

Pois pode lá haver alguém,

 

na nossa terra, que ignore a

 

 

 

Emi ta Toi

 

Chancioneiro do concelha recolhida de, voz
do povo pelo meu amigo se. António
Barata e Silva).

Aqui onde estou bem vejo
Cerejas numa cerejeira,
Também vejo olhos lindos
Numa carinha solteira.

O cravo tem 20 folhas,

A rosa tem vinte e uma,
Anda o vravo em demanda
Por a rosa ter mais uma.

Não quero que me dês nada
Que eu a ti nada te dou,
Quero que me sejas firme
Que a ti eu firme sou.

Chumas-te-me olhos de gato,
Muitas pessoas os têm,

Eu não fui furtar meus olhos
Aos gatos de ninguém.

Chapéu alto, chapéu alto,
Chapéu alto leva-o o vento,
Muito enganado andará
Quem comigo passar o tempo.

Minha mãi para me casar
Prometeu-me 3 ovelhas,
Uma é cega, outra é coxa,
E outra não tem orelhas.

Apanhemos a azeitona
Que tem o azeite dentro
Que alumia tôda a noite
O Santíssimo Sacramento.

4 castanha no ouriço
Está o tempo que quer, .
E” como o rapaz solteiro
Enquanto não tem mulher,

Tenho corrido mil terras,

Mil terras tenho corrido,
Muito cão me tem ladrado
Mas nenhum me tem mordido.

Sei um saco de cantigas

E uma cesta pelo arco,
Puz-me a cantar as da resta
Para não desatar v saco.

Nossa Senhora me disse,
Lá de cima do Altar,

O filha, faz por ser boa
Que Deus não fade faltar.

Minha imnâi não quere que eu fale
a quem gosta de me der,
Quem qr erbemsempre so encontra
Minha mãi sem o saber.

Rapariga, nunca contes
A tua vida a ninguém,
Uma amiga tem amiga
Outra amiga, amiga tem.

Esta noite sonhei eu
Contigo minha lindeza,
Acordei achei-me só!

Em sonhos não há firmeza.

Quando eu cuidei que estava
No melhor da minha vida,
Então é que eu me achei
Da desgraça perseguida.

Tenho dito à minha mai
Entre a porta da cozinha,
Que enquanto viva for
Não a deixarei sósinha,

Adeus vila da Sertã

Mal de ti não direi, ”
Mais abaixo ou mais acima
Nela sempre ficarei.

JAIME LOPES DIAS

existência da Sertã, joia pre-
ciosa da Beira Baixa engas-
tada no coração do Baixo Zê-
zere, um dos mais formosos
rincões da linda Terra Por-
tuguesa ?

Mas nada se perdé nêste
Mundo E, êstes reparos de «A
Comarea» vieram provar, mais
uma vez, aquilo que a nossa
Provincia já muito bem sa-
bia: O prazer que. a Sertã
sente em pertencer á Beira
Baixa.

Prazer tão grande tão
&tande — como é o orgulho
da Beira Baixa, por ter a Ser-
tã dentro dos seus domínios,

 

&, de Pina Lopesina Lopes