A Comarca da Sertã nº144 27-05-1939

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ice

I
DIRECTOR, EDITOR

 

Eduardo Parata da Tilva CQreta

 

E PROPRIETARIO

 

| REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO –
RU A SERPA PINTO SERTA!

 

(PULBELICA-SE ADS SABADOS

 

 

 

ANO IW

 

OMARA

 

 

‘ Notas..

Era

 

Í

|
|
E AUSOU agrado geral a
| interessante comédia «Os
3 artilheiros», exibida no nosso
cc ad o passada 2.º feira e
e | no de Sernache na noite seguin
e |
Ao contrário da maioria dos
filmes que temos assistido aqui,
éste têm de particular o seu gé-
nero cómico, engraçadissimo todo
éle. «Os três artilheiros» têm es-
DF. púrito e, por isso, um forte podêr
ti para criar boa disposição, arre-
E dando dos espectadores as preo-
– cupações que os dominam, pro-
— porcionando-lhes umas horas de
bom humor e de verdadeira ale-
gria.
E uma fita que se vê com
empenho, com interesse invulgar,
Sicando-se com pena de ela não
ser muito maior; e aqueles que
assistem uma vez ao seu desen:
“rolar, desejam tornar a vê-la
novamente. E
4 impressão do público não
odia ser melhor; o filme que-
dor ouotonia da sua vida
s os dias.

 

 

 

 

haja Manuel Toscano Pes-
ter proporcionado à gen-
Sertã um espectáculo tam

e o próximo mês traz-nos
le «A vida de um rapaz pobre»
saque, não tendo a faceta cômica de
«Os sz artilheiros» é, contudo, um
filme à altura, com desempenho
explêndido, com arte, baseado
mum romance cheio de emoção.

DRAMA

N9 distrito de Tete (Mo-
ns cambique), vai desen:
volver-se a exploração de riquis-
“simos jazigos de minério.

ORE AARALLAAA MAO

AR Companhia Eléctrica das
Beiras, com sede na
Lousã, desde o passado dia 22
«até hoje lançou a primeira emis-
“são de | 10.000 contos, quê está
já garantida por um sólido gru-
“po financeiro. Aobra desta Com-
spanhia foi considerada pela Di-
recção dos Serviços Eléctricos do
Ministério das Obras Públicas e
“Comunicações de «grande utihida-

“ “de nacional» e para tam impor-
“tante como notável embreendi-
mento concedeu a Caixa Geral de
Depósitos, Crédito e Previdência
um crédito de 715.000 contos, con-
tra emissão de igual quantia em
acções de mil escudos, elevando-se,
assi: 21.000 contos, o capital

 

 

 

«meses de verão, visto que dispõe
“de uma reserva de 45 milhões de
“= metros cúbicos de água. .
“Presentemente fornece ener-
ta eléctrica aos concelhos de
Lousã, Miranda do Corvo, Poia-
a . ges, Penacova, Condeixa-a-Nova,
Cm Castanheira de Pera, Penela, An-

 

a

| espirituais.

o equilibrio moral, disseca a consciência e

sera a cegas
STR ENE EEE CIR

E freguesias à

VENÇADO

NS CRE OTTO

 

FÚNGADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
| DR. ANGELO ILENRIQUES VIDIGAL
– ANTONIO BARATA | SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA oaSILVA CORREA]

a om co Sa ci

!

 

 

 

Compasto e Imprasse

|SPAFIRA DA SERTA

EE ae

 

Largo do Chafariz
SERTÃ |

 

 

 

Hebdomadário regionalista, indeyendente, defensor dos inferêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
Oleiros, Proença-a-Mova e Vila de Rei

8 Amêndoa e Cardigos

PEERanEZA DESSE

 

Ea EAR Eee

(do concelho de Mação ).

|

 

raio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

em A” tem sido escritas várias considerações,
nêste jornal, sôbre a criação dum
estabelecimer to de ensino secundário
na Sertã. Rs

E” louvavel a iniciativa por muitas
razões, entre as quais sobressziem duas: o
combate à ignoráncia que nos atormenta e o
impulso ao princípio, m êramente palavroso
e teórico até huje, de ensino regional.

O ensino regional afectr a resolução de
problemas ideológicos, culturais, morais,
étnicos, sociais, agricolas, etc., mas, astes de
mais nada, representa um golpe mortal nos
problemas econômicos relacionados com os

 

Se, em jatte, não se aprende em Portu-
gal.por falta de meios pesuniários que facili-
tem a deslicação p-rmanente dos estudantes
para cidades populosas, por outro lado há
a ponderar também o. factor moral que im-
pede muitas familias de confiarem os filhos
à vag bundagem citadina. E essas famílias
têm razão em assim fazer, pois a cidade não
passa dum apagador de energias, centro de-
vasso, oide é facil escorregar ua lâma, des-
cendyv a escadaria sodomaica que faz perder

atrofia a razão com a morte dos sentimen-
tos.

Não é fantasia…

Quem não conhece os mil perigos, as ar-
madilhas, os vendavais do destino que es-
preitam os que dêles têm consciência ? Como
é possivel detender-se das mois tortas e abs-
trusas tentações sersuriais um indivíduo de
mentalidade instável, em épocas de transi-
ção fisivlógica, desprotegido e só. longe
de con-elhos ou da vigilia paterna, entre-
gue a si mesmo, nas encruzilhadas duma ci-
dade buliçosa ? Isto no que toca ao moral]

Intelectuilmente, não é mais sã a vida
que se ausculta na cidade! Além ds doutri-
nas psendo-ideais que as ciiancas não estão
à altura de compreender nem discutir, diti-
rambos de inteligência ou frutos de mà
intenção que se radicam na alma infan-
til e sô a abandonam –se abandonam! —
depois de cruéis provações, deixando – bis-
mos interiores, destroços que é dificil tornar
edificação florescente, hã ainda razões de
ordem. técnica, pedagógica e didáctica que
recomendam os estabelecimentos de eusino
longe dos grandes centros urbanos, vincio,
portanto, ao encontro da nossa ideia de em-
sino segional. Entre essas razões estão por
exemplo: o barulho dos carros, a perturba-
ção da vida m vimentida, os teatios, O ci-
nema, as luminárias do comércio, os bailes,
os centros de vadiagem, as noitadas de ram-
boia, o fétido de vária podridão que se en-
contra a cada passol..,

Ora, é sabido que o etudo, a vida inte-
lectual, interior, meditativa e expeculativa,
requere silêncio, muvsidão, quierude de es-
pirito, boa di-posição orgânica, tudo o que só

 

Novos assinantes Assuntos

Os nossos bons amigos Srs.
Pº Alfredo Corrêa Lima, do
Cabeçudo, José C. Martins Lei
tão e Antônio Bernadino, de

Foram feitos

ças licencialas dos batalhões de
metralhadoras para irem servir
na colónia de Macau.

A Eduardo Barata ‘

os campos são capazes de fornecer! E”, por-.
tanto, imprescindivel que se encare o. pro-|

blema do ensino regional, mórmente o se-
cundário que é ministrado quando o Homem
atravessa a época da sua formação moral,
intelectual, fisica e fisiológica, especialmen-
te fisiológica. |

Em O Educador, de Lisboa, número de
12-2-939, digo eu:

«A vida na cidale toma-nos. dêles usando
e abusand), os órgãos dossentidos. As facul-
dades da inteligência são, com facilidade, su
primidas por um saber já feito, o homem,
perde a sua haminidade, o seu «Humanis-
mo», e là vai. ..

A acção exercida simultaneamente sôbre;
todos os órgãos é decisiva e apavorante.
Cria-se no indivíduo uma receptividade bas-
tante desenvolvida e necessária aos fins
mercantis, q Uaisquer que êles sejam, faz’se
uma espécie de «educação», assassina-se O
ente criador feito à inagsm e semelhiuiça des,

Des

Pensando ainda agora como então «as.
mesmas causas, nas mesmas condições, pro-

| duzem sempre os mesmos efeitos» — só tenho,

de insurgir-me contra o ensino praticado
nos grandes centros, a favor do ensino re-
gional e, actualmente, com mais força e.
mais razões, porque o’ Regionalismo se me
afigura o único ensejo de tornar realidade o
nacionalismo completo e revolucionário. |

E

mo

Devido às condições economicas em que
vegetam as nossas famílias rurais—comn tan-
tos direitos a receber ensino como as bateja-
das pela «riqueza» — não basta vem satis-
faz o ensino secundário que se limite a te:
estabelecimentos provinciais. Não basta em
quantidade nem em qualidade. E” peciso que.

o Município seja ‘integrido numa engrena-,

gem pedagógica q ie prepare para ctísos sa-
periores, mas que mitiistre, sobretudo, uma
outra espécie ve ensino que os estabelecimeii-
tos secundários vigentes desconhecem: en-
sino agricola, industrial, mineiro, piscatório,
etc. harmonia com as condições das várias
regiões do pais. Este ensino deve ser paraie-
lo à cultura geral da Pessoa Humana e terá
como finalidade superior fixar o Homem à
Terra]

E o

Até lã e enquanto não pudermos ascén-‘

der q essa justiça, são de iouvar tôlas as

iniciativas particulares.
A elas dot todo o meu apoio moral.

JORGE VERNEX

trólhas, carpinteiros, . serralhei-
“ros mecânicos,
tadores e mecânicos, electricistas

militares
convites às pra-

nha : menos encargos de fami-
ha. Rs

São pre-

 

 

“| bolo da luz eda Paz.

 

(condutor de motores) e que’te-

 

Lisboa, tiveram a ge: tileza de
nos indicar novos assinantes.
Muito agradecidos.

feridas as praças que tenham os
seguintes oficios: pedreiros com.

prática de cousti-nção- de-timento,

 

 

cião, Alvaidzere, kerreira do Zê-
2ere e Fundão, para algumas

e por iitermédio de linhas es-
tranhas para Góis, Arganil,
Oliveira do Fospital e Tábua.

to valor se considerarmos que
ela resolve o problema do recur-
so ao carvão e óleos pesados pu-
ra alimento de turbinas durante
a época de estiagem, que muito
influe no encarecimento da enere
gia eléctrica.
“Do anuncio que publicamos na
2º página ficam os nossos leitores
“sabendo em que condições é feito
pagamento das acções substritas
enão resta dúvida de que, mui:

At
rios, terão agora oportunidade de
fazer a

colocação – segura dos
seus capitais na referida Em-
présa. =
oO

“ séntir: com bastante in=

nais atacados.

ta, até nova ordem, a realização

| de mercados e feiras de galo.

 

tai

“muitas familias“da vi-
la e arrabaldes foram de abalada
à Senhora dos Remédios ef como
é de tradição, levaram os seus
farméis, saboreando-os “com ale-
griae boa disbosição, rindô, cane.

tando e hailando até à noitinha. .

O dianão esteve agradável e foi

| penas apresentou-se ncbuloso, car.

rancudo, com vento: desabrido,

tante, auuta ali se juntoty hasa
tante gente e a capela, onude sa
brêgou. wm sermão, foi visitada
por: muitos devotos. + sê

A hilarmónica tocou alguns
uúmeros Jo seu repertório.
— A Ascenção-s festa. do -“Gatolix
cismo-=steim À sua tradução: pagã
na: festa da fespiga e propicia
ambigute nos campes floridos

trigo esasalacres papoulas; fors
mando. com clas singelo: amas

dlhete,ssignifica os sinbolos etero

uos-da alegria e da abundância,
como o ramo.de oliveira é% stms

y

 

RO

3

O sr. Mimstro dá «Justiça

i
:

 

chamou a atenção das

Câmaras. Municipais: paga que
electricistas mos-: à

mos seus; orcamentos consignem,
como éide:suaobrigação, “8 ver-
bas’ necessárias no sentido de
“manterem, nas cadeias, asadevir
das condições de higiene esa sua
segurança,: de’ forma a evitar-se

 

nrenite Se verifica.”

ba fubadepresos 5]
a fuga de presos, que Rs

Lêdo e propagai êste-jornal—

 

importantes fábricas de Coimbra

ɺ de facto uma obra de mui. –

A febre ajtosa, que se fez.
tensidade na nossa região, está
dectinando satisfatôriamente, ha- .
vendo, todavia, ainda, muitos ani=

“Por cohsegiiência está ifiterdis

N A quinta feira da Espiga ã

presagiando aguaceiro; Não obs.

da Primavera, época seméigual ‘
[no quo. fa ve
|. Colher as: espigas louras de

 

be

 

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A COMARCA DA SERTA’

dad sê

 

 

 

 

 

 

cComparu eseTriCA

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S. A. R. L.

 

CAPITAL 6.000 CONTOS

 

SEDE

 

 

 

LOUSAN

 

 

 

CENTRAL DE SANTA LUZIA

Pampilhosa

 

Emissão de 10.000 acções de um conto nos dias
22 a 27 de Maio de 1939

Para conclusão do grande eproveitamento hidro-eléctrico de Santa Luzia

 

A maior central portuguesa de compensação estival
ALBUFEIRA ARMAZENANDO O MINIMO DE 45 MILHÕES DE METROS GÚBIGOS

Potencia: 32.000 H. P.

Pagamento das acções subscritas em 6 prestações, sendo:

Com o desconto de 5

Agosto,

10º; ou seja Esc. 100800 no acto da Subscrição e nos dias 50 de Julho, Setembro e Novembro de 1939.

5ºo0ouseja Esc 50$00 nos dias 50 de Junho, :
e nos mesmos dias 30 de cada mês desde 50 de Janeiro até 50 de Agosto de 1940 inclusivé

“Jo pela antecipação dos pagamentos

Sujeita a rateio nas subscrições acima de 50 contos
A EMISSÃO ESTA TOMADA FIRME POR UM G:UPO FINANGEIRO

 

 

Dra empresa portuguesa

Dra qrando obra de portuvuoso

Outubro e Dezembro de 1939

da Serra

 

 

 

 

 

q

 

y

 

Roubo Sacrílego

“Na manhã de 16 do corrente
verificou-se ter sido praticado

“ um roubo na Igreja Matriz:

da imagem do Sugrado Cora-
ção ce Jesus desapareceram
uma pulseira e um fio de ouro,
e da de N. S. do Rosário, um
par de brincos 1 e colar, tam-
bém de ouro.

Ultimamente têm aparecido
por cá muitos ciganous e nume-
xosos vagabundos e tudo leva
e crer que quem cometeu o
furto ficou escondido em
qualquer dependência do tem-
plo, à hora em que se afectua-
va o Mês de Maria; depois de
fechadas tôdas as portas, po-
deria manobrar com seguran-
ça e sair a altas horas da noi-
te sem que ninguém desse
por isso.

Em todo o caso êstes factos
podem-se evitar, desde que o
sacristão tenha o cuidado de
percorrer tôda a igreja e

dependências, depois de en-

cerrar e trancar as portas
devidamente. E’* um acto de
prudência que se recomenda,
porque tôdas as cautelas são
poucas.

Na capela de S. Sebastião
entraram gatunos numa das

– últimas noites, esquadrinharam

tudo, mudaram o logar a
alguns vbjectos, mas nada
levaram, visto o seu valor ser
insignificante.

E a igreja puroquial de Ser-

“ nache do Bomjardim também

nos dizem ter sido assaltada,
desconhecendo nós se houve
roubo.

Deve tratar-se de quadrilha
que infesta as nossas terras.

Já temos dito que se devem
escorraçar os ciganos e vaga-
bundos que, por vezes, fazem
seu quartel general de mano-
bras na Sertã. A todos os
individuos suspeitos poderia
a autoridade administrativa,
como simples medida de pre»
taução, obrigá-los a apresen»

! Principiou a ser diária a carrei-
ra de camionetas de passageiros
Serta — Figueiro dos Vinhos

Esta carreira, que se efectua-
Va apenas três vezes por se-
mana, principiou a ser diária
desde o passido dia 18, veri-
ficando-se, sômente, esta exce-
pção: a camioneta que sai da
Sertã ao sábado regressa à 2.º
feira, à hora já estabelecida.

Mantêm-se o mesmo horá-
rio, que fixa a saida da Sertã
às 515 eo regresso às 19,55 e
os mesmos preços, conforme
anúncio que temos vindo pu-
blicando,

Como já dissemos em tem-
po oportuno, esta carreira dá
ligação à de Coimbra, que per-
tence ao mesmo concessionário
Sr. António Simões, permitin-
do a demora de 7 horas na-
quela cidade (das 9 às 16) e
dáà ligação aos comboios da
Figueira da Foz, Porto e Lis-
boa.

Ainda bem «ue se conseguiu
esta modificação, que só traz
beneficios aos povos da nossa
área e à própria Emprêsa, por-
que, como haviamos d’to, as
pessoas que precisavam, por
exemplo, de ir a Cóimbra, na
maioria dos casos convirnha-
lhes regressar a casa no pró-
prio dia da saida e, não sendo
assim, deixavam de utilizar es-
ta carreira,

Desapareceram êsses incon-
venientes e agora é justo que
o público auxilica Emprêsa,
que só tem vm mira servir-nos
bem.

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

 

 

 

tar os bilhetes de identidade,
procedendo, « epois, conforme
as circuustâncias aconse-
lhassem.

 

 

Publicações
Recebemos as seguintes
publicações:

Do Ministério do Comércio
e Iodústria (Junta Nacional de
Frutas) um interessante e bem
elaborado opúsculo — frutas
de Portugal S. Miguel- Açor es-O
ananaz—com explêndidas gra-
vuras, que compo! ta o estudo
sôbre o saborosissimo fruto,
que é o ananaz, suas vantageus
sob o ponto de vista alimei-
tar e aplicações na cozinha,
seu múltiplo aproveitamente
para doce e bebidas «do mais
uelicioso paladar, apresentan-
do uma variedade infinita de
receitas.

O Boletim da Casa das
Beiras, do mês de Março, que,
como de costume, apre enta
magnifica colabsração. Nêle
se insere uma parte muito in-
teressante da «ttnografia da
Beira», pelo sr. dr. Jaime Lo-
pes Dias e que faremos o
possível para transcrever no
próximo número: «Mouras do
Concelho de Sertã— As de
Fernão Porco»,

O Relatório «e Contas e parecer
do Conselho Fiscal, da sociedade
de Instrução e Beneficência
«A Voz do Operário», relativo
ao ano findo.

Agradecemos.

900070000000000090000000 000000000000

Agradecimento

Maximina Nunes da Mata,
residente no Bailão, Cabeçudo,
impossibilitada, de pe:soalmen-
te, como era seu desejo, apre-
sentar. os seus agradecimen-
tos a tôdas as pessoas que se
interessaram pelo seu estado
Juraste o tempo em que per-
maneceu doenie e no periodo
da operação a que toi sujeita
em Lisboa, vem fazê lo por
esta forma, apreseutando a
tôdas o testemunho isequivo-
co da sua mais profunda e
sentida gratidão, vão podendo

 

ANUNCIO
(1.2 Pubiicação)

No dia 4 do próximo mez de Junho,
pel:s 12 horas. a porta do Tribunal
Judicial desta comarca, se há-de pro-
ceder à arrematação em hasta pública
dos prédios a se uir designados, no À :-
ventârio otfanológico por óbito de Au-
gela Freire, moradura que foi na vila
d: Pedrógão Pequeno desta comarca,
em que é inventariante o viuvo Hen-
rique da Cruz, da mesma vila, a saber,

1.º Umas casas com um patio, na
Rua da Misericódia na víla de Pedro-
gam Pequeno, inscritas na matriz sob
o art.º 155. Vai pela primeira vez a
praça do valôr de seiscentos escudos.

2.º Uma propriedade que se compõe
de mato e pinheiros, no sitio denomi-
nado o Chão dos ?ardieiros, inscrita na
matriz sob o art.º 2 261. Vai pela pri-
meira vez a praça no valôr d: duz n-
tos escudos,

3.º Um olival, mato e pinheiros, uo
sítio do Chãod> Mil, inscrito na matriz
sob o art.º 2.086,2 087 e 2 088. Vui pe-
la primeira vez a praça no valôr de
setecentos e cincoenta escudos,

4,º Uma propriedade deterra e pin-
heiros, ao Cimo da Quelha da serrada,
inscrita na matriz predial sob o art U
2.088— metade, Vai pela primeira vez
a praça no valôr de duzentos es udo

5.º 0 domino util de un prazo
anualmente foreiro a D. Júlia Seabra
Mousinho d Brito, de Tomar, em qua-
rent litros seiscentos e trinta e dos
mililitros de pão meado, trigo e centeio
e uma franga, impôst numa proprie-
dade, no c«íiio denominado Barrocas
Cimeiras, que se compõe de terra de
cuitura, oliveiras, videiras. arvores de
Eruto, mato e pinheiros e uma casa que
serve de despejo, inscrito na matriz sob
o art º 2.275. Vai pela primeira vez a
praça no valôr de mil setecentos – cin-
coenta e dois escudos e sessenta cen-
tavos.

São por êste meio citados quaisquer
crédres incertos para assistirem a arre-
matação e a sisa será paga por inteiro
pelo arrematante.

Sertã, 18 de Maio de 1939.
Verifiquei

O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo

O Chefe da 3.º secção, int.º,
Armando António da Silva

 

esquecer, jamais, tam grandes
provas. de amizade e con-
sideração.

Builão, 16 de Maio de 1939,

 

 

oi Mainha Lopes

Portões Fogões e Engenhos de diferen-
tes sistemas para extracção de aguas
Carruagens e Ferramentas Agricolas
Rods H draulicas Para Lagares,

Pateo da Serrada de Alcadaria
Sertã

 

Quinta e vária pro-
priedadas anexa

Nos arredores da Sertã,
junto à estrada alcatroada,
vende-se uma das melhores ‘
quintas desta região, e varias
outras propriedades anexas,

Belissima casa de habita-
ção com todas as dependen-
cias.

Produz muito azeite, vinho,
cereais, elc. etc.

Tem muitasarvores de fru-
ta, sobreiros, pinheirose ma-
to, e enorme area para adeau-
tamentos agricolas.

Optima Agua. Excelentes ares.

Informa-se nesta redacção,

à

 

Da
ENSÃO | |
TOMAR:

Flávio s Rel Moura

Advogado — SERTÃ

ALB-NJ LOUREHÇO DA SILVA

Ae
S E R- TA»

 

@@@ 3 @@@

 

à COMARCA DA SERTA

 

As comemorações
do Duplo Cente-
nario

Foi já tornado publico o pro-
grama-calendário das festas
do duplo centenário, «ue co-
meçam no dia 5 de Maio de
1940, As cerimónias serão re-
partidas por três épocas,

1.º época (de 5 a 19 de Maio):
Sessão solene nas Câmaras
Municipais de todo o território
nacional; nas embaixadas, lega-
ções e consulados de Portugal
no estrangeiro, actos idênticos;
sessão solene na Assembleia
Nacional. No dia 7 começam
as festas da fundação da
nacionalidade. afctuando-se,
em 8 e 12, festas medievais no
Porto e em Lisboa. No dia 13
inaupura-se a exposicão dos
primitivos portugueses, nas
Janelas Verdes; depois, home-
nagem a D. Deniz e inaugu-
ração do respectivo monumen-
to; romagem a Ourique; inau-
guração do padrão comemo-
rativo, festa provincial no
Algarve, festa de mar em La-
gos e Sagres, exposição bibli-
ogrática na Assemblcia Nacio-
nale,a 19, cortejo histórico
das Corporações.

2º époa (de 28 de Maio a
14 de Julho):

Festa do Trabalho no Porto,
inauguração da exposição
Soares dos Reis no Palácio
das Carrancas, Semana Oliir
pica, Congresso da Aliança
Internacional de Turismo,
Festas provinciaisdo Ribatejo,
Festa de Camões, Festa dos
Santos Populares, inaugura-
ção da Exposição do Mundo
Português, Congresso da Im-
prensa Latina, cerimônia nos
Jerónimos serão manuelino
na Torre de Belém, Congresso
do Mundo Português, Festas
da Rainha Santa, banquete em
“Sintra, grande cortejo iripe-
rial do nundo português e
abertura do Congresso Colo-
mial (no perioijo correspon-
dente ás ferias), regatas | in-
– ternacionais na Figueira, festa
provincial do Biixo Alentejo
em Beja, comemoração de
Nuno Alvares, Congresso In-
ternacional da Mocidade, Con-
ferência Internacional de T.
S. F., festa provincial do Mi-
nho e Alto Alentejo (24 de Ju-
nho), revista naval e benquete
ao corpo diplomático, Con:
gresso das Ciências da Popu-
lação, no Porto (12 de Setem-
bro), festa provincial da Bei-
ra Aita (16 de Setembro), fes
ta provincial da Beira Baixa
(4 de Outubro).

3.º época (de 25 de Ontubro
a 2 de Dezembro):

Glorificação da acrópole de
Lisbca, peregrinação popular
aos monumentos, congresso
luso-brasileiro de História, fes-
ta do Brasil na Exposição do
Mundo Português, inaugu-
ração da estátua de D. Jão
IV em Vila Viçosa, exposição
bibliográfica da Restanração;
dosção do palácio da Indepen-
dência (pela colónia portuguesa
no Brasil), preito das mães e
mocidade às mulheres de
1640; festas populares, A 2 de
Dezembro, afectua-se o eu-
cerramento em todas as Cã-
maias Municipais do território
nacional, assita como nas em-
baixadas, legações e consu-
lados.

Na Câmara de Lisboa, a
sessão será presidida pelo
Chefe do Estado.

 

VENDE-SE

Um bom olival na Aveleira.
Tiata-se com Antonio Bara-
ta e Silva— Sertã.

VENDE-SE

Boa casade residên-

 

cia com quintal, na
Seria. o
Nesta redacção se

Anforma.

Através da

Comarca

 

 

 

 

 

(NOTICIARIO DOS NOSSOS CORRESPONDENTES

NESPERAL 25-A passar alguns dias com a sua Exa
Mai esteve nesta aldeia o sr. Artur Mowa, dignissimo Fun-
cionario das Finanças em Lisboa.

Também nos visitaram, tendo-se hospedado em casa
do sr. Gomes de Molha Pão, a sr.º D Lúcia Correia, espôso
e filhos.

Muito “gradâvel foi para nós a visita dêstes srs. pois é
prova de que não esqueceram esta aldei: ondea sr? D
Lúcia exerceu o ano passado as funções de professora de
Instrução Primaria.

Ja retiiaram para o Mosteiro Cimeiro de S, Tiago, onde
actualmente esta colocada aquela senhora,

—Ja regressou de Unhais da Serra, onde foi passar 2s
féri s, a sr? D. Ilda de Moura Ribeiro, digna Professora
na nossa terra,

Cumprimenta-mo-la muito sinceramente.

— Vimos com pra.er queja se conciuiiamas obras
mais necessarias na nossa escola.

“> que mais nos agradou foi têrmos o: prazer de visit«r
o jardim, sem mêdo de .air, como ac ntecia quando subi-
amos pela escada de mão, que mais pareciam poleiros de
galinhas, e nós a vermos bois jeitos de em vez de gosar
Rino do jardim, ficarmos a gemer com algum osso par-
tido.

Com franqueza, construirem o jardim quási á altura do
Edificio sem escada… não lembra a todos!

Mas além destas obras não deixamos de renovar o nosso
pedido para o fornecimento de material didáctico indispen-
sável ao ensino.

Jà se enviou a nota do preciso e bom seria que a Ex.ma
Câmara atendesse a mais êste pedido com brevidade, poi
estamos a dois mêses dos exames,

— Tem experiment do algumas melhoras o sr, Joaquim
da Silva Mendes, proprietário nesta aldeia, sendo ainda
muitojgrave o seu estado.

— Já retiraram para o Porto e Coimbra, respectivomen-
te, os estudantes Raúl Lopes Duarte, e Abilio Mendes Nu-
nes, que se encontravam em férias nesta aldeia,

— Foi há di’s encontrado mcrto numa pedreira, que
com as ultimas chuvas tinha grande porção de água, um
pequenito de 3 anos, do lugar de Felgaria, desta treguesia,

O pequeno parece que costumava ir brincar para
aquele lugar trequientemente, levando uma bacia d la ató
rio. À familia apenas deu pela falta do garoto foi ver a pe-
dre ra e vendo a bacia junto do lago, procurou, encontran-
do ja morta a infeliz criança.

Tudo isto faz o pouco cuidado que aqui se verifica
para com as crianças, pois é vulgar encontrarmos gr upos
de garotos pequeninos, entregues a êles mesmos, e por isso
admira-nvs até como não se têm dalo mais casos fatais,

esson
Resinagem

CASTELO, 22 — Ignoramos se existe tabela oficial
para os preços da resina.

Supomos que ja deve haver, convindo nêsse caso tor-
na-la bem pública, pela Imprensa ou Editais. .

E, se nos enganamos, nada havendo ainda regulamen-
tado a tal respeito, cusamos chamar a atenção “as entidades
a quem de direito para a vantagem de representar superi-
«rmente para que essa disposição seja adoptada.

E! uma medida que urge, com ela acau telando-se qs
interêsses dos proprietarios da nossa região, para quem êsse
produto constitue, actualmente, o seu melhor rendimento.

A su: desvalorização importa-lhes consequentemente
embaraços e dificuldades consideraveis e de ponderar.

Vem isto a propósito da baixa oferta que, nesta fre-
guesia e povoações circunvizinhas, no aro corrente, não
passou ainda além de $50 e $60 por incisão, emquanto, se-
gundo nos consta, noutras localidades, inclusivamente na
própria freguesia da Sertã, se tem mantido, com pequenas

 

diferenças, os preços de 1800 e 1320, dos anos transactos.
Se de facto -ssim é representa uma curiosa anomalia
dos senhores re>ineiros, a nosso ver.

Crise de trabalho

Com frequencia tem por aqui aparecido, ultim mente,
gente valida, mendigando c em busca de trabalho, dizen-
do-se de procedencias varias — Coimbra, Louzã, Figueira,
Taveiro, etc…

De vez em quando têm passado também alguns gru-
pos de ciganos.

Desastre

Quando pretenlia tirar uma bilha de agua e subia
pelas escadas existentes na parte interior de um poço, caiu
ao fundo, morrendo afogada, a menina Lucinda Lopes. sol-
teira, de 24 anos, filha da S:.* Maria de Almeida Lopes,
proprietaria, do lugar do Seixo e de seu marido António
Lopes, ja falecido. ; :

Na mesma propriedade, onde esta aberto o poço, en-
contrava-se um seu irmão com outro operario, que ao daren”
rela falta da desditosa rapariga, ali ocorreram, encontran-
do-a ja sem vida no fundo do poço

Participado o ocorrido às autoridades competentes,
compareceu o digno sub-delgado de saúde, realizan “o-se,
depois de cumpridas as formalidades do costume, o seu fu-
ueral, que foi muito concorrido. ;

Este desastre produziu em tôda a povoação a maior con-
ternação, pois a infeliz rapariga era uma boa alm,, muito
alegre e cheia de vida.

Estrada Povoa-Castelo

Continuamos sem informes do que há a respeito desta
estrada, que vai para quatro anos aguarda o seu empedra-
mento

E’ pena porque f :z muita falta.

Na estação nvernosa to: na-se, em muitos pontos, ver-
dadeiramente intransitável, e quanto mais demorar o Seu
empedramento mais se irá inutilizando.

Diversas

—A passar as férias de Páscoa estiviram:

— Na Arnoia, tendo já retirado para Lisboa, o Snr. Dr.
Antônio Peixoto e Espoa e sua prima, a menina Maria do
Patrocinio

—Na sua vivenda do Castelo, acompanhado de sua
esposa, o Snr, José António Fiel, distinto professor oficial
em Tomar.

—No Casal do Pinheiro, igualmente acompinhado de
sua esposa, o nosso Amigo Snr. Capitão José J. Lourenç’
que nesta freguesia gosa de grande estima, Ê

—Por motivo do lamentável desastre o que nesta nos
referimos, sucedido-a sua sobrinha e afilhada, encontra-sa

-no Seixo, a Snr.* D Adeliua Santos, esposa do nosso amigo

Snr. João dos S ntos, de Lisboa.

—Depois de alguns dias de permanência na Selada,
emqu nto se ultimavam as obras da sua residência na Ser-
tã, regressou ali acompanhado de sua esposa, 9 nosso bom
amigo Sur. José Nunes. Ê

Acidente no trabalho
asgon

MADEIRA, 7 — Odam Rodrigues Barata, casado, fer-
reiro, moradôr nesta localidade, quando ontem cortava
ferro á talhadeira, saltou-lhe um fragmznto do masma
ferro sobre um dos olhos, deixando-o inutilizado, pois que
lhe o vazou,

O sinistrado seguiu hoje para L’sboa. E

 

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Com sua esposa e filho esteve
na Sertã o sr. Pompeu Nunes
Campino, de Tomar.

bongo (Congo Belga), o nosso
, Carlos António de
Sousa, antigo comerciante naque-
la Colónia. Desejamos-lhes boa
viagem e tôdas as felicidades.

mm De visita a sua familia en-
contra-se na Motinhosa (Oleiros),
o sr. Manoel Fernandes,

João Marques dos Santos

Apôs 16 anos de ausência
em Cambcndo (Angola), foi-
nos dado o grato prazer de
abraçar na Sertã o nosso pre»
sado amigo Sr. João Marques
dos Santos, consilerado ca-

di= | merciante naquela Colônia.

 

mm Zstiveram em Pedrógão
Pequeno o sr. Manoel Ramos e
sua filha e genro, srs. D. Gui-
lhermina Ramos Abreu e Vale-
riano Abreu, de Lisboa,

um Zucontra-se na Sertã o sr.
Carlos Garcia, filho do sr. David
Garcia, de Lisboa.

mun Z2barca hoje para Lisala-
Businga (Congo Belga), a bordo
do (Quanza), fazendo-se acompa-
nhar de sua esposa, o nosso pre-
sado amigo sr. Joaquim Antônio
da Silva, que veio passar à Me-
trópole alguns meses de repouso.
Desejamos-lhe boa viagem e mui-
tas prosperidades, agradecendo»
me os cumbrimentos de despedida
que nos abreseniou.

um Esteve ua Sertã o sr. An-
tónio Farinha, comerciante em
Lisboa. É

mm De passagem para Alvaro
tivemos o prazer de abraçar na
Sertã o sr. Alberto Neves, do Sar-
zedo (Arganil).

mu Acompanhado’de sua irmã
D. Maria dos Anjos, embarca
hoje na «Quanzar, para Puiu-

 

gno funcionária dos Correios em
Inhambane ( Africa Oriental), a
quem apresentamos boas-vindas,
com votos pela sua melhor saúde.

ANIVERSARIOS NATALT-
CIOS:

20, Francisco de Matos Gomes,
de Antanhol (Coimbra); 28, Hen-
rique Pires de Moura.

 

TESOURO

Quando se procedia a exca-
vações para a abertura de um
poço na Cumiada, foi encon-
trado um pequeno púcaro de
barro, contendo algumas moe-
das:d: ouro e um embrulho
estcanho. Este embrulho foi
depois examinado, verifican-
do-se conter um par de meias
das que vende o Rei das Mei-
as, Largo da Abagoaria, 32, em
Lisboa e que counstitue para
qualquer senhora um verda-
deiro tesouro,

 

Esteve no Quteiro da La-
goa, donde é natural, de vi-
sita a sua familia, encontran-
do-se, presentemente, com
sua esposa, na Amadora.

Pela gentileza dos seus cum-
primestos nos confessamos
reconhecidos e fazemos votos
por que permaneça largo
tempo mo Continente, sempre
com saúde e boa disposição.

30000

Vacinação das crianças do
concelho

Durante o mês de Junho
afetua-se a vacinação das crian-
ças do nosso concelho, obriga-
tória até aos 7 a nosde idade.

No dia 1, às 10 horas, da
fregnesia do Troviscal; cia 11,
às 8 horas, da lrmida, às 10,
do Figueiredo ce às 12, da
Varzea dos Cavaleiros; dia 4,
às 12, do C: beçudo; dia 18,4s
9, Cumeada e às 12, Marmeleiro

A vacinação é feita: nas sedes
da freguesia, nus escolas pri-
máriase na Sertã, na Delegacia
de Saúde,

 

 

Antônio Francisco Tavares

Realizou-se oxte m, 14, para o
cemitério desta vila, Cardigos,
o entêrro do sr. Antônio Fran-
cisco Tavares, que residia na
povoação de Vale da Urra,
Vila de Rei, e que aqui fale-
ceu em casa do seu cunhado
o sr. Fiancisco Martins da
Silva Tavares, em conseqiiên-
cia da queda que o deixou
em estado grave, de uma
muar, no passado dia 3, quan-
do se dirigia, com algumas
pessoa: de família, para as
festas de S. Cruz, em Amên-
doa. se

Conduzido vara aqui, so»
breveio-lhe uma congestão,
srcumbindo no dia 13.

O finado, abastado proprie-
tário e capitalista, era muito
estimado e considerado pelos
seus dotus de coração. Exer-
ceu poi alguns anos o logar
de Presi lente da Câmara de
Vila de Rei, em que eviden-
ciou as suas virtudes civiças
e beneméritas. De uma fas
milia distinta, em que havia
membros que se destacovam,
como o dt. José Maria Tava-
res, Lente da Universidade.
e eminente causídico, set.
irmão, também já falecido,
era aparentado, pelo seu lado
e pelo lado «da esposa, com
algumas das familias mais
distintas da Beira Baixa,

O seu entêrro constituiu
uma grande e significativa
homenagem de simpatia e
respeito pela sua meniória,
pois vimos encorporadas no
cortejo fúnebre algumas cen-
tenas de pessoas de relevo e
destaque não só da região,
mas também de outras ter=
ras como Castelo Branco, Al-
ferrarede, Mação, Proesça-a-
Nova, Vila de Rei, Amêndoa,
Pêso, Fundada e outros mui-
tos povos,

Desnecessário é dizer que
não faltou a gente humilde e .
trabalhadora.

O cadaver, em urna de mo-
gno, ficou «depositada nó ja-
zigo de familia do extinto.

Houve vários turnos que a
grande aglomeração de assis.
tentes dificultou em parte, e
de que, por isso, não toma-
mos nota, á

Era portador da chave da
urna, o sr. Mário de Oliveira.
Viegas Tavares, primo e ami-.
go do morto. E

Paz à sua alma.

A iôda a familia enlutada
pêsames muito sentidos e sin=
ceros.

Cardigos, 15-3-939. O,

% 4

«Á Comarca da Sertã» apre.
senta à ilustre família do extims.
to os seus sentimentos de prafuns
po pesar, acompanhando-a em
tam doloroso transe.

 

Senhora de Fátima

A procissão das velas reali-.
zada na Sertã, na noite de 12, .
em honra da Senhora da Fá-
tima, foi de uma invulgar con-
corrência de católicos, talvez
superior aos anos anteceden+
tes.
Algum tempo antes começa-
rama chegar grupos muito nu-
merosos de pessoas de todos
os pontos da freguesia, entre
os quais os de Serra de S.
Domingos, Codeceira, Outeiro,
Amioso, Maxial da Estrada,
S.* dos Remédios e Chão da
Forca conduziam suas ban-
deiras, caprichosame nte bor-
dadas, em que figurava a ima-.
gem da Virgem; marchavam,
cantando o «Avé-Maria».

Finda a procissão, foi dada
a bênção do Santíssimo.

Com destino ao Santuário
da Senhora de Fátima, passa-
ram na Sertã, nos dias 11 e
12, muitas centenas de veicti=

 

los de tôdas us espécies..s..

 

@@@ 4 @@@

 

im

 

 

Lda
a!

 

Através do nosso jornal ten-

j te é composto e im présso em
a tipografia local, a que permi-
te à Redaccão estar em con- |
tacto com a tipográfia, resul-
tando daí ur1 melhor apro-
veitamento de tempo, e.opor-
“tunidade na publicação de no: |

ticiario da última hora. ..–

titua uma Emprêsa distinta
“do jornal, é a nós que e cabé à
– iniciativa da sua, “instalação
“na sede da nossa” comarca e
“nela imobilizamos. algum ga-
Sets apital,
se + Mas, sucede que a tipogre a
1: fia não pode viver só do jor-
*.: nal; precisa de outros. traba-
“| lhos e desta fornia apelamos.
* . para todos os heirões da nos-
| sa comarca para, em todo o
género de impressos, : darem
a preferência é a.

“Gráfica da Sertã.

Mais. ou menos todos os
-. nossos patrícios, sobretudo os
«dos grandes centros, – são co-
“merciantes o1 estio interessa-
dos em casas comerciaisé des-
tu forma é um dever de bom |
regionalista drenar para a
Gráfica todos os trabalhos
que necessitem.

Coin éste gesto não. só ‘da-|
reis uma prova de bairrismo
como economizareis. dinhei.
xo, porque, acima de tudo, a
Grática é uma das melhores
-tipografias do distrito.» pode
competir em preços e: squáli-.
dade de trabalho com. as tipo-
grafias dé Lisboa.

Está a gerência. da 1 Gráfica
animada duma forte vontade
– de adquirir tima nova máqui-
ha cilindrica para a imprés-
: são da «Comarca» e «outros

 

 

 

 

 

 

aquisição. . importa . num en
“cargo superior a 70 milesc
dos porque a. arjuisição não
– envolve só a máquina, que é
| a última palavra. em -máqui-‘
“* – nas dêste gênero, mas tam-.
“bém uma colecção – «de tipos
que colocará a Gráfica no pei
– meiro plano. das tipografias
odo País…
– Para que êste. sonho seja
«4 — transformado em realidade, só-
“mente é. preciso, que: todos, |
“absolutamente todos, começem.
“já demonstrando que. estão
dispostos, a colaborar uêsse
‘« empreendimeuto, jumais vé-
» «Fificado em terras pequenas.
* Grande é à nossa colônia na
capital e, como deixamos dito,
todos ou quási todos ligados
“a grandes casas comerciais; |
“são êsses que podem impul-
sionar à obra a que metemos,
=. ombros, ia em
“o Na pretérita semana, quan»,
‘ do da. sua estada em. Lisboa, |
forneceu o representante da
Gráfica da Sertã. diversos or-
– gamentos com a promessa de
que, logo que estivessem es-

 

 

 

 

pe

 

 

 

-tudados, seriam: confirmadas,

“as encomendas, A êsses nos;
“sos amigos lembramos que,

“fica – prima por ser rápida na

 

 

‘ ACIDENTE |

 

ano
“missa conventual,
“amigo , Rey.
“cisco “dos -Santos Silva foi.
“acometido de” lipotímia e: pas
sados “instantes era sucórrido

 

o: nos

 

é Rogério Lucas.

do-se livre de perigo.

Ao bondoso siicerdote dese-‘

seen
veda wi do 4

“> jamos prontas melhoras.

des conhecimento. de que ês- |”

Embora a tipografia cons- |:

“ trabalhos similares; mas essa

 

 

“como os preços são-os mais: .
baixos, não devem demora Eh
“ essa contirimação, pois a Grã-.

 

expedição das encomendas. : | -.
a RR

 

gue E No: – “domingo 44 do:: core
quási ao terminar a.

 

Vigário “Fran. n

“* pelos sis. drs. Asgelo. Vidigal |.
Algumas a
“horas depoiso seu estado me- |.
“- Morava muito, consideran-:

 

Fontes

– Hã na aldeia do Pêso, con o
pom poso nome de fontes, três
charcos, que outra coisa não
se pode chamar a depósitos
de àgua quese renova com
grande lentidão, situados em
nível muito inferior ao do
solo, para onde escorrem, no
“invêérno, as enxurradas dos
caminhos em volta, levando
sujidades de tôda a espécie e
onde no verão vão parar no
pras, o

E não se podem. Pas
| fontes a êsses depósitos, onde
pululam, desenvolvendo – se
com incrível rapider, répteis
das mais estranhase variadas
formas, repelentes no seu as-
pecto, depósitos donde provênk
Pescas mefíticas.

“Para cúmulo, as mulheres,
ao tirarem essa água, suja a
“maior parte das . vezes e
sempre inquinada, mergulham.
os cântaros, nem sempre lim-
pos e metem os pés na águia,
única maneira de a obter sem
grande demora.

Sob êste ponto a povoação
do Pêso encontra-se em tam
dificil situação como a quási
totalidade das outras da Co-

marca da Sertã. Chega a ad-
mirar como os casos de tifo,
originados pelo uso de águas
em tais condições, não se re-
pitam com fregiiência cons-
tante; como não, surgem. “epi.
demias gerais de carácter gra
ve que, num abrir e fechar de
“olhos, |
inteiras, atirando-as para os
cemitérios, tanto mais que a

t gente do campo desconhece às:

elemeutares regras de pro-.
filaxia, os “preservativos ba-
ais que afastem os Perigos
minentes contra à saúde…

poços de água em suas pro-
|priedades e cede-a aquel-s
que dela precisam; nas, evi-|
|dentemente, esta água, por,
impotável, não pode nem qeve
servir para beber. ci.

Para obviar a êstes incon-
venientes, de mais ou menos
gravidade nas suas consegiiên-
cias,aJunta de Freguesia, que

tos aos interêsses da popula-
ção, procurando, com ima
persistência muito de louvar,
atingir os objectivos que se

estudo para a abertura de uma

tante 1500 metros do Pêso, on-
de existe um rezular caudal,
o que se verifica porque essa
mina já tem cerca de 150 me-
tros de comprimento.
de-.salientar o -sacrifício
‘do povo. da aldeia que, até ago-
Tra, tem subsidiado qs tra-
balhos de exploração.

2

 

 

 

arrasem * populações.

– No Pêso hã gente que possue |

encara e estuda a resolução.
:de todos os problemas adstri.|

impõem, mandou fazer um.

“mina no Cimo Valongo, dis-|

 

 

(Continuação do n.º 142)

guesia eo povo do Pêso viram
agorá coróado de êxito o seu

|esfôrço, viram atingido o fim

por aue tanto se empenharam
e lutaram: o Estado Novo, que
não regateia os seus benefícios
aos povos ruiais, o caso ê sa-
bê-los pedir, que vein dispen-
sando a todos os aglomerados

“do Pais a sua melhor e mais

decidida protecção, distin-
guindo mesmo as modestas e
simples aldeias com benesses
de tôda a ordem, material,
moral e cultural, concedeu
a comparticipação de Esc
20:533800, em princípios do
actual ano económico, para
abastecimento de àgua potã-
vel ao Pêso.

À população rejubilou por
tam importante auxilio, mos-
trando e proclamando o seu
sincero reconhecimento ao
Govêrno, que promete pouco,
mas que dá muiio. Sem tal au-
xílio podia-se considerar im-
praticavel o. abastecimento de
água para consumo da popu-
lação, tanto mais que os ha-
bitantes do Pêso, pobres na
sua maioria, não podem mul-
tiplicar os seus sicrifícios
para obter tudo o que pre-

cisam de maior e mais reco-

nhecida necessidade.
Disseram-nos que, captada a
àgua suficiente, ela seria con-
duzida para um marco fon-
tenário a construir no centro
da povoação, no sítio ondé
existem uns velhos casarões
desmantelados; demolidos ês-

tes, ficaria em seu logar um
largo magnifico, que muito

viria contribuir para o embe.

lezamento da terra. Depois

completar-se-ia a urbanização,
pondo nêle algumas árvores e

“uns bancos.

Ruas, estradas e ea-
minhos públicos

Ainda não há muito tempo

que as ruas do Pêso era ú co-

bertas de ‘ inato, aproveitado
polos habitanies para estrumar
as suas terras de cultura; o
mato assentava sôbre teireno
irregular, cheio de Jepressões.
Daqui resultava que, no in-
verno, porque não havia es-
coante, as águas depositavam-
se nas covas, originando enor-
mes lamaçais, impedindo ou
tornando dificil o trânsito.
As águas, retidas e cobsrtas
pelo mato, com dificuldade
seevaporavam, exalaindo de-
pois maus cheiros; a pesti-
lência redobrava de intensi-

dade na época do calor

Presentemente quási tôda
a povoação está muito bem
calcetada, com o declive pre
ciso para .o esgôto das àguas
pluviais.

O Govêrno concedeu, em

“+ |fins do ano’findo, a compar-
-Pois bem, A Junta de Fre-

cin ade para con-

 

 

 

 

FREGUESIA DO PESO

cluir os trabalhos de calce-
tamento das ruas do Pêso, me-
lhoramento de transcendente
importância que se torna des-
necessário encarecer.

x *

À estrada municipal que
liga o Pêso a Vila de Rei,
sede do concelho, encontra-
se absolutamente intransitável:

por falta de empedramento em.

tôda a sua extensão é inaces-
sivel a veiculos de qualque:
natureza; os próprios peões
não podem passar nela dura:-
te as épocas de chuva. D:» es-
trada só tem » nome, porque.
vendo bem, não é mais d:
que um largo caminho de
cabras…

O seu curso precisa de ser

| medifiçado, suprimindo-se cur-

vas inúteis que se sucedem
umas apósoutras. As obras de
an ção e alteração de cota

níveis constam de um pro-
es ja entregue nos Melho-
ramentos Rurais.

Não resta dúvida alguma de
que, emquanto a estrada se
mantiver em estado tam la-
mentável, o I’êso encontra-s:
bloqueado, impedido como está
de ser servido por veículos
motorizados, que lhe levem
fácil e rápidamente tudo o que
precisa, que conduzam a cu-
tras localidades e às estaçõe
de caminhos de ferro os ar-
tigos e gêneros que produz em
excesso. Esta situação atrofia
tôda a sua actividade comercial,
industrial e agricola e não é
legítimo, por isso, que ela se
mantenha por mais tempo.

O desenvolvimento das fon-
tes de produção «e actividade
de qualquer povoação está na
razão directa das vias de co-
municação que a servem,

O problema das vias de co-
munic ição que servem ou ten-
dem a servir o Pêso tem me-
recido aturada atenção e ver-
dadeiro cuidado á actual Co-
missão Administrativa da sua
Junta de Freguesia e estamo.
certos de que o Estado a au-
xiliará, uma vez mais, em tam
justa aspiração, talvez não
menos importante que o abas-
tecimento de àgua potável.

É interessante notar que a
abertura e terraplanagem da
referida estrada, na porte com-
preendida entre o Pêo e a
Boafarinha, foram feitas a
expensas, quási totalmente,
pelo povo da freguesia do Pê-
so, bairrista como poucos,
compenetrado do verdadeiro
sentido das realidades e con-
tando sempre, e acima de tu-
do, mais com o seu esfôrço,
tenacidade e espirito de sa-
crifício do que com promessas
estranhas, que raras vezes se
realizam.

Verdadeiramente admirável
esta gente!

 

PESO Ponte Dr Oliveira Sudábar, erguida sôbre a do do: end
E e inaugurada em tosa

 

 

anvorsário

Por motivo do aniversario
da fundação da «Comarca da
Sertã», diriziram-nos felicita-
ções os nossos presados ami-
gos Srs. Isidro Freire, Jacinto
Pedro e José Pedro, de Lisboa
e Francisco de Matos Gomes,
de Antanhol (Coimbra).

Também se referiram espe-

Jalmente ao nosso aniversa-
rio, dirigindo-nes pal.yras ea-
comiasticas, os colegas que
nos merecem o melhor aprêço,
«Dirrio de Coimbra», «A Bei-
ra Baixa», de Castelo Branco
e «Semina Ti sense».

à todos aqui deixamos ex-
pressa a maior gratidão.

RELERDERES DEAD ERASMO RODADAS ADIA CON AÇOA

Gâmara Municipal de Vila de Rei

O «Diário do Govêrno» de 11
do corrente anuncia estar aberto
concurso para o provimento do
cargo de chefe de Secretaria
la Câmara Municipal de Vila
de Rei.

DOSES ERA READER HE EAFA GOA O

Tenente Jerônimo Sibeiro Tasso
de Figueiredo

foi conferido o grau de ofi-
cial da Ordem Militar de Aviz
no nosso presado amigo, tenente
de artelharia, sr. Jerónimo Ribei-
ro Tasso de Figueii edo, filho do
a de infantaria, reformado,
– Alberto Pinto Tasso ‘ ide Fi-
excitados
Ao simpático e distinto oficial
enviamos um apertado aaa de
felicitações.

 

OERRGRADAREREDARARANHREAESE ARARAS DEAR Roca

Amogo de confraternização dos
nmturais da Cumiada

4 reportagem que publicâmos
no passado mimero acêrca desta
festa regionalista, que alcançou o
mais pleno êxito, é da autoria do .
nosso distinto e presado vebre-
sentante na capital, Sr. João An-
tunes Gaspar e não João Anth-
nes Marçal como, por érro bem
Lamentável, vem subscrito. :

Que nos desculpe o nssso ami-
go a falta cometida involuntária-
mente.

O traçado daquela Estrada:
do Pêso à Boafarinha, foi
lelineado e dirigido pelo Rev.
Padre Sebastião de Oliveira
Cardoso, pároco da freguesia,
dedicado à engenharia, para
que mostra extraordinária vo-
cação; foi ainda êle que orien-
tou a sua construção.

No percurso da estrada
DPêso — Vila ds Rei, de que
vimos falando, existe uma
obra de arte oigaa de es-

pecial referência: a ponte Dr,
Oliveira Salazar, sôbre a Ri-
beira do Bostelim, a 2 qui-
Jômetros do Pêso, inaugurada
em 1934 com todo o entusias-
mo e a maior solenidade, Es-
ta ponte, a que o povo da fre-
guesia, em testemunho da sua
gratidão e indefectivel reco-
nhecimento ao Estado Novo,
deu o nome do ilustre Chefe
do Govêrno, representa um
notabilissimo melhoramento,
porque veio estabelecer o sis-
tema d> “iação acelerada com
a povoação do Pêso, quando,
antes vela construida, às co.
municações, por meio de! vei-
culos, estavam interrompidas
a maior parte do ano.

EO x

Às povoações na área da
freguesia estão ligadas, entre:
si, por caminhos vicinais; pre.»
cisando todos de grandes re-
parações.

À Junta de Freguesia, por
falta de recursos, não pôde
ainsa remediar esta situação.

(Continua)

E. BARATA,