Voz do Povo nº80 09-06-1912

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2.º Anno

 

Certã, 9 de junho de r912

 

N.º 80

 

DIRECTOR

“Augusto Rodrigues

Administrador
ZEPHERINO LUCAS

z Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

 

 

 

 

 

 

 

Assignaturas
Anno…… Iy2oo. Semestre…

Para o Brazil.
Pago adiantadamente

 

CLUB E THERTRO

No domingo passado, reuniu
na sala do Gremio Certaginen-
se a assembleia geral d’esta as-
sociação, para o fim de lhe ser
presente a negociação, levada a
effeito pela direcção, para acqui-
sição da casa da Praça, com o
fim de ali ser levantado o edifi-
cio do Club e Theatro.

A assembleia recebeu com
inequivoco agrado a exposição
do illustre presidente, e depois
de usarem da palavra os srs.
drs. José Carlos Ehrhrardt, Luiz
Dias, Luiz, Domingues e Zephe-
rino Lucas, resolveu-se que a
uma commissão composta pelos
srs. almirante Domingos Tasso
de Figueiredo, dr. Antonio Adol-
pho Sanches Rollão, dr. José
Carlos. Ehrhrardt, Antonio. Fi-
gueiredo “Torres Carneiro, An-
tonio Barata e Silva, Henrique
Pires de Moura, João da Silva
Carvalho, João Pinto d’Albu-
querque, Luiz Domingues da Sil-
va Dias e Zepherino Lucas, fos-
sem dados os mais amplos po-
deres, não só para angariar os
fundos necessarios como: para
a construcção do edifício, com
competencia: para tomar qual-
quer deliberação e executá-la,
tendente a conseguir o fim que
lhe é commettido.

x*

Damos o nosso “inteiro ap-
plauso á maneira como a assem-
bleia deliberou. A commissão é
composta de cavalheiros dota-
dos da mais energica e decidi-
da bôa vontade, amigos dedica-
dos d’esta terra e com qualida-
des pessoaes de molde a dar a
todos uma segura garantia e uma
ilimitada confiança no bom exi-
to da missão que lhes é confiada.

Sabemos que já deram come-
ço aos seus trabalhos, e que ho-
je será aberta a subscripção pu-
blica entre todos os filhos da
Certã e amigos desta terra, Ap-
pelar para o patriotismo d’aquel-
les e para a boa vontade d’estes
é, de si, uma cousa inutil, uma
e outra qualidade já por demais
está provada. ;

Agora, que em todos os cam-
pos, verdadeiros amigos da Cer-
tã trabalham para a elevar ao
grão de progresso e engrande-
cimento que ella merece, temos
a certêsa que será com verda-
deiro enthusiasmo que todos pro-
curarão as listas da subscripção,

Nãe se restituem os oriêinaes

 

600 rs.
5000 réis (fracos)

a fim de, por essa fórma, coope-
rarem com aquelles que tão es-
forçadamente trabalham para o
beneficio commum.

Ha quanto tempo se fazia sen-
tir mesta villa a falta d’um edi-
ficio apropriado, onde podessem
ser recebidas as pessoas a quem
a Certã, com a fidalga hospita-
lidade que a caracterisa, enten-
desse dever mostrar a sua alta
consideração. )

Vae, em fim, ser satisfeita es-
sa velha aspiração de todos os
amigos da Certá, para a qual
tantos teem trabalhado, ate que
as circunstancias vieram, final-
mente, permittir que agora ella
tivesse realisação prática.

A provada actividade dos
membros da commissão, sem du-
vida alguma, vae dar um rapido
andamento a todos os trabalhos
preliminares da construcção, de
fórma a apressar o seu começo,
tanto quanto seja possivel. To-
dos os amigos da Certã, n’ella
pódem confiar, como nós pro-

“prios confiamos.

%*

A commissão vae dirigir-se
pessoalmente, por escripto, ou
por intermedio de sub-commis-
sões suas delegadas, a todos os
amigos e filhos da Certã. E? pos-
sivel, porem, que algum lapso
se dê, se extravie alguma cor-
respondencia ou se desconheça
alguma morada; por isso, todos
que assim o desejem, pódem su-
bscrever por intermedio do nos-
so jornal, que está prompto a
fornecer officiosamente todos os
exclarecimentos e informações
que lhe sejam pedidos.

—SDEEDIGE-—.

Caminho de ferro

Chegou na quarta feira a esta vil-
la, o engenheiro industrial, sr, Se-
queira Coutinho, encarregado pela
Companhia dos Caminhos de Ferro
Portuguezes de proceder a um in-
querito sobre a riqueza d’esta região,

E? uma noticia que de certo será
recebida com vivo prazer por todos
os amigos do concelho da Certã.

— ei SEIA CI
JOSÉ fELMEIDA

Na passada 4.º feira, falleceu n’es-
ta villa o sr. José d’Almeida Ferrei-
ra. Maio, secretario aposentado da
Camara Municipal d’este concelho.

O extincto que era um espirito
profundamente liberal e progressivo,
foi uma das mais lucidas intelligen-
cias postas ao sepvico da Certa, á
qual. prestou durante um largo pe-
rodo d’annos serviços que nunca
podem ser esquecidos, ;

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
CERTA.
Typographia Leiriense-— LEIRIA

Propriedade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

,

 

 

Ha bastantes annos que a doen-
ca inutilisara a sua acção, afastan-
do-o do convívio que elle tanto
apreciava, continuou sempre socio
do Gremio Certaginense, não obs-
tante ha muitos annos não poder
frequentar as suas salas,

Na politica local exerceu, e com
toda a justiça, um papel d’elevado
destaque. (O seu ultimo acto publi-
co teve logar por occasião das ulti-
mas eleições da monarchia, apare-
cendo na assembleia, perante um
mermurio de respeitosa deferencia,
a votar no partido regenerador, ao
qual foi sempre extremamente de-
dicado. À

Não obstante a sua doença lhe
não permittir cooperar na defeza
dos interesses da Certã, comtudo,
acompanhava em espírito os traba-
lhos dos seus amigos, é sabemos
quanto lhe foi grata a notícia da
proxima construção do edificio do
Club e Theatro.

Com José d’Almeida perdeu a
Certã mais um dos seus velhos ami-

“gos, d’aguelles que sempre tão alto

levantaram a defeza dos seus inte-
resses, d’aquelles que na sua poli-
tica não punham nunca esse vil sen-
timento do odio, d’aquelles que se
honram a si e honram a terra que
representam.

*
x

O seu funeral foi uma sentida ho-
menagem de respeito. N’elle se en-
corporaram as diferentes corpora-
ções d’esta villa, entre ellas a cama-
ra municipal que era representada
pelo seu presidente, Zepherino Lu-
cas e o Monte-Pio do qual o extincto
era socio benemerito.

O nosso jornal fazia-se represen-
tar pelo seu director.
comerem cer cometer

A = E A
FACTOS E BOATOS

Pelo ministerio das finanças vae
mandar proceder-se, a contar de 1
de julho proximo, à inspecção a todas
as administrações dos concelhos e
repartições policiaes, com referen-
cia aos registos de cartas de habili-
tação de medicos, farmaceuticos,
dentistas e parteiras, a fim de se
verificar se, como determina a lei,
aquelles registos possuem, quanto
aos primeiros, um selo de verba de
3pooo réis e quanto ás parteiras
um de 29000 réis, Aos infractores
ser-lhes-hão impostas multas e pro-
cedimentos legaes.

—— <DOgoe>— — —
Serviços de pesos e medidas

Foi superiormente determinado
que devendo estar em execução, do
aia 1 de julho proximo em diante, o
serviço de pesos e medidas deter-
mina-se O seguinte : :

1.º Que depois do dia 1 de julho
não é permittido que nas casas de
venda se empreguem, como medi-
das, copos de vidro cujas capacida-
des não sejam medidas certas e não
tenham aparente a marca da mes-

 

 

* ma medida e a marca de fabrica;

2.º Que depois do dia 31 de de-
zembro as medidas. de vidro deve-
rão estar, além do que se prescre-
ve no numero anterior, aferidas;

Na 3.º e 4.º paginas, cada linha…
-N’outro logar, preço convencional

 

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2. 30 FS

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

3.º Que se não pódem admitir
como medidas, . copos ou vasilhas de
metal que não estejam aferidas;
= 4.º Que nas leitarias se não pode
admitir que haja copos que não se-
jam medidas certas, com as respe-
ctivas marcas da medida e da fa-
brica;

5.º Que» pelo. decreto de 16 de
dezembro de 1911 devem ser apre-
hendidas e consideradas como fal-
sas aquellas que se encontrem nos
estabelecimentos commerciaes com
capacidade que não corresponda á
marca, Serão portanto entregues ao
poder judicial os contraventores.

As medidas de vidro estão á ven-
da nos estabelecimentos commer-
ciaes d’este genero. Estão à venda
egualmente nas casas commerciaes
de balanças e medidas, os pesos de
125 e 250 gr. e as medidas de ca-
pacidade de 4/g e 4/; de litro.

———«DOtoc>—
Codigo eleitoral

A commissão parlamentar encar-
regada de claborar o novo codigo
eleitoral, concluiu os seus trabalhos,
tendo já apresentado ao Senado es-
te diploma.

As bases são:

Todo o cidadão estando inscripto
no recenseamento e quando usar o
seu voto, requisitará á camara mu-
nicipal o cartão eleitoral, que se ad-
quire ao preço de 100 réis.

Sobre esse cartão se descarrega-
rá o voto.

A receita da venda de esses car-
tões reverte a favor das camaras
para as despezas a fazer com as
eleições.

E’ obrigatoria a declaração da
candidatura 20 dias antes do acto
eleitoral. t

A lista tem de conter o nome do
candidato e o nome do partido ou
grupo a que pertençam. os candida-
tos & será encerrada em enveloppe.

Os presidentes das mezas serão –
em todas as localidades escolhidos
de entre os professores ofliciaes e
particulares, membros das commis-
sões municipaes e administrativas e
ofliciaes do registo civil. O projecto
de lei referente à eleição dos cor-
pos administrativos deve ficar con-
cluido brevemente. Assenta nas se-
guintes bases:

Representação das minorias em
listas incompletas e em todos os
concelhos que não forem capitaes
de districto.

Nestas adoptar-se-ha o. systema
proporcional,

A cidade do Porto é dividida em
dois bairros e Lisboa em 4 para os
eifeitos eleitoraes.

Segundo se afirma só é concedi-
do voto aos que saibam ler e escre-
ver e paguem a quota consitaria de
Ijbooo nos actos antecedentes da
eleição.

O recenseamento é feito pelos se-
cretarios das camaras municipaes e
as mezas serão constituidas por um
presidente sorteado entre os verea-
dores municipaes, presidentes das
juntas, professores, e por dois dele-
gados de cada partido. ;

O voto é proporcional nos circu-circu-

 

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los sédes de districto e com lista
incompleta de minoria no resto do
paiz. –

— Soyo c———
Exposição de gado caprino
A camara municipal d’este conce-

lho encarregou uma commissão com-
posta dos srs. Antonio Nunes de
Figueiredo, P.* Francisco dos San-
tos e Silva, José Dias Bernardo Ju-
nior, José Nunes e Silva e Joaquim
Nunes e Silva, de organisar para o
dia 29 do corrente, no Largo do
Carvalho, d’esta villa, uma exposi-
ção de gado caprino, destinado ao
aperfeiçoamento da raça. ;

Aos melhores exemplares serão
destribuidos premios pecuniarios,
na totalidade de 82:500 réis, offere-
cidos pelo governo, d’hurmonia com
a clasificação do jury.

A inscripção deve fazer-se na se-
cretaria da Camara.

E’ uma medida que bastante ha-
de contribuir para o desenvolvimen-
to da industria da creação de gados,
que tão bom resultado póde dar Ã
economia do nosso pequeno lavra-
dor: ‘

Não obstante o praso ser um tan-
to pequeno, os nossos modestos
lavradores teem ainda tempo de se-
leccionar » seu gado a fim de con-
correr com os melhores exemplares
áquella exposição, disputando os
premios que hão de ser oferecidos.

Bom será que estas exposições
se repitam nos annos subsequentes
para desenvolver largamente o esti-
mulo por essa tão proveitosa indus-

tria,
<IOHOC>———

Corrida de bicycletes
Consta nos que um grupo de ra-

| pazes d’esta villa, tenciona dar ain-

da, neste mez, uma corrida de
bicycletes, na alameda do Carvalho.

Muito desejamos que não desani-

mem, contribuindo assim para o de-

senvolvimento d’esse util sport, e

para a animação d’esta nossa Certã.
==*–—-—*D000€>——— —

Foi aposentada a sr.º D. Henri-
ueta Miranda, professora, do sexo
eminino, em Sernache do Bom Jar-

dim.
Pela camara
Sessão de 5

Presidente — Zeferino Lucas.

Vereadores — Ciriaco Santos e An-
tonio Nunes de Figueiredo.

— Officio da camara de Villa de
Rei. Esta camara já em 28 de julho
ultimo officiou ao sr. ministro do
Fomento pedindo a conclusão da es-
trada que liga estes dois concelhos e

* vae pedir a interferencia do sr. go»

vernador civil e representante d’es-
te circulo para o mesmo fim.

— Ofício n.º1 e telegramma de
31 p. p. do intendente de pecuaria.
A camara resolveu fazer constituir
uma commisão composta pelos srs.
Antonio Nunes Figueiredo, José
Nunes Silva, José Dias Bernardo
Junior, Padre Francisco dos Santos
e. Silva e Joaquim Nunes e Sil-
va para organisar a exposição do
gado caprino a que o mesmo
officio e telegramma se refere.

— Circular sobre viação electrica
assignada por Manuel Alves do Rio.
Inteirada.

—Circular da camara d’Alem-
quer. A camara resolveu dar o seu
apoio.

—Circular n.º 72 dando conheci-
mento do despacho ministerial que
manda suspender pagamentos, dos
direitos de mercê aos empregados
com vencimento inferior a 3608000 rs.

—Officio n.º 931 do governo civil.
O sr. presidente declarou já ter man-
dado satisfazer.

— Circular n.º 49 do engenheiro di-
rector das Obras Publicas do distri-
cto, mandada satisfazer. ;

—Officio n.º 985 da camara mu-
nicipal de Lisboa—inteirada,

 

O POVO DE.PORTO DE MOS

—Um requerimento de José Ro-
drigues’ pedindo licença para depo-»
sitar materiaes no Beco da Impren-
sa. Concedida em harmonia com o
art.” 27 do Codigo de Posturas..

—Mandou pagar a Antonio Alco-
bia, de Sernache, o arranjo dos ce-
pos do talho d’aquella localidade,
a Manuel Nunes d’esta villa os re-
paros feitos nas fontes publicas.

—Mandou satisfazer a requisição
de mais 20 tubos de vaccina feita
pelo sr. Administrador do Concelho.

— Mandou cimentar o pavimento
da casa de matança do matadouro,
d’esta villa, abrir uma vala para o
ribeiro e reparações no telhado.

ec cmi RS E mm
Registo Givil

O movimento de registo no mez
findo na séde d’esta repartição foi:

Nascimento sfs rs T]
(Obitost a

dt ao Os ——— —

Abaixo a violencia

Bater em homens, em
creanças ou em ani-
maes, é deformal-os
ao mesmo tempo no
corpo e no caráter.

 

“Ph. Braum adeverte-nos paternal
mente de que os castigos são con-
denaveis, por isso que directamente
são sempre nocivos á saude da
creança. E em refôrço da afirmati-
va reproduz estas palavras de Mon-
taigne:

«Condeno em absoluto a violen-
cia na educação das almas que pre-
tendemos trazer ao conhecimento
da honra e da liberdade. Ha não
sei o que de deprimente para nós
no rigor e no absolutismo, . enten-
do que tudo aquillo que se não po-
de alcançar pela razão, pela pru-
dencia, pela persuação, jamais se
conseguirá pela fôrça.»

Tem ambos razão, e só as mal
orientadas cabeças recusam acredi-
tar em tal.

Nós vamos porém mais longe que
o pedagogista Braum quando afir-
ma que os castigos são prejudiciaes
á saude da creança..

Repudiamol-os, qualquer que se-
ja a victima d’elles, não apenas por
nocivos ao corpo como tambem e
principalmente ao moral de quem os
sofre.

Bater em homens; em creanças
ou em animaes é deformal-os bas-
tantes vezes no corpo e sempre no
caracter.

D’essa degradante pratica deri-
vam os aleijões moraes que ahi es-
tão patentes aos nossos olhos: —al-
mas cheias de odio, de tedio, de
rancôr ou, pelo menos, de indolen-
cia e de preguiça.

Somos nós, com a nossa estupi-
dez ou a nossa inadvertencia que
fazemos esses monstros que tanto
nos prejudicam e nos incomodam
pela vida fóra, quer se trate do cri-
minoso ou do vicioso, quer da crean-
ca má ou do animal ronceiro e ma-
nhoso que nos desobedece em tudo.

Todos foram mais ou menos vi-
ctimas das nossas brutalidades ou
asperezas e todos concorrem com a
sua parte para nos fazer espiar o
mau procedimento que tivemos para
com elles.

Antes de abandonar o assumpto,
que tão util é, o auctor ainda escre-
ve:

«Nada ha nisso de extraordina-
rio, visto que o mesmo succederia en-
tre adultos se pretendessemos obri-
gál-os pela pancada a proceder em
contrario do que procedem.»

Pois, apesar de tão boas e de tão
intuitivas razões dos mestres em
educação, apesar de tanto exemplo
que a pratica nos fornece, e mau
grado a razão dever segredar baixi-
nho a toda a gente medianamente

 

justa que as cousas são realmente
assim, não falta quem divinize a pan-
cada e quem esteja sempre dispos-
to a empregá-la, quer se trate de
homens, de creanças ou de animaes,
achando ou parecendo achar que é
deprimente empregar para com es-
ses indisciplinados as armas da ra-
zão, do bom senso, da persuação.
Obstinação inacreditavel!

Luiz Leitão.
———CADIAADI——

Ensinemos as classes popu-
lares

Perceitos civicos e políticos para o Povo

A ingnorancia, o esqueci-
mento ou o desleixo dos di-
reitos e deveres do cidadão
são as unicas causas da cor=
rupção dos governos e das in-
felicidades publicas,

РDeclara̤̣o dos Di-
reitos do Homem, 26
de Agosto de 1789 (Re-
volução Franceza) .

O cidadão da Republica Por-
tugueza deve:

Sacrificar-se pela Patria, pela Fa-
milia e pela Republica.
Exigir a maxima honestidade na
administração publica,
Prestar-se, de bom grado, a ser
soldado, eleitor, jurado, contribuinte.
Descobrir-se perante os symblos
da Patria (a Bandeira, o Hyno e o
Chefe do Estado)
Respeitar as leis e as auctorida-
des.
Consagrar as glorias e as datas
nacionaes.
Divulgar a instrucção e a verdade.
Ajudar a manter a ordem e a mo-
ral.
Trabalhar e economisar para pros-
periedade sua e da Patria.
Proteger tudo que seja portuguez.
Ser hospitaleiro para com os es-
trangeiros.
Exigir uma Justiça severa.
Não pedir ao Estado nada de in-
teresse pessoal.
Ter por religião o bem, o dever
e o respeito.
Acompanhar o progresso das mais
nações.
Querer a defeza da Patria e das
Colonias assegurada,
Manter o culto da honra politica
e pessoal
A liberdade, não é cada
um fazer o que quer, À liber-

dade é a nossa acção livre
dentro do bem e do dever.

Rousseau.

O democrata da Republica
Portugueza deve:

Ver no parlamento a unica sobe-
rania nacional.

Basear na eleição livre e conscien-
te toda ‘a organisação politica auto-
noma. !

Nunca se abster de qualquer suf-

fragio. ;

dera que os parlamentares se-
jam zelosos e elevados procuradores
do povo sensato.

Expôr a sua opinião sem a impôr.

Associar-se aos partidos políticos
mas não pertencer incondicionalmen-
te aos seus chefes.

Submetter-se nas assembleias às
maiorias.

Attender sempre que exerca o man-
do politico à opinião dos seus conci-
dadãos.

Respeitar o poder d’outrem quan-
do escolhido livremente pelo povo.

Despresar a supremacia quando
obtida pelo despotismo.

Querer a intervenção do jury di-
gno nas causa judiciaes.

Dispensar o fausto nas solemni-
dades do Estado.

Organisar reuniões publicas cor-

 

datas para a defesa de todos os fins
uteis e nobres. À

Não reconhecer titulos de distin-
cção senão os adquiridos pelo tra-
balho, pelo saber, pela honra.

Não aceitar. pelo seu absplutismo,
os degmas politicos ou religiosos.

Concorrer para que haja uma cons-
ciente opinião publica.

Prestar o seu respeito e a sua
contraternidade a todas as classes
sociaes dignas.
E Auctor e Editor

C. A. Fernandes

 

Pelo mundo. litterario

PENAS

Como differem das minhas

as penas das avesinhas,

que de leves leva o ar!

Às minhas pezam-me tanto,
ue ás vezes já nem o pranto

lhes allivia o pezar.

O passarinho tem pennas
que em lindas tardes amenas
o levam por esses montes,
de collinas em collinas

ou nas extensas campinas

a descobrir horizontes.

Com ellas veiu folgando;
tem penas apenas piando
alguma lhe cae;

mas a essa pena affaz-se,
entretanto a outra nasce

e tudo esquece e.. lá vae.

E as minhas penas não cahem,
nem vôam nunca, nem sahem
commigo d’esta amargura !
Mostram-me apenas na vida
a estrada, já conhecida,
trilhada dos sem ventura.

Passam dias, passam mezes
passa o anno muitas vezes
“sem que uma pena se vá!…
E, se uma vae mais pequena,
ao depois nem vale apena
porque mais penas me dá.

São bem felizes as aves!
Como são leves, suaves

As penas, que Deus lhe deu!
Só as minhas pesam tanto !
Ai: se tuisoubesses quanto !
Sabe-o Deus e sei-o eu.

Fernando Caldeira.
Carteira semanh

Fez annos:

No dia 3-o st. dr. Abilio Mar-
çal.

– Fazem annos:

No dia 11–a menina Fernada
Carvalho Tasso de Figueiredo.

No dia 12—o sr. dr. Bernardo
Ferreira de Mattos-
Regressou a esta villa o sr. Adrião
Moraes David.

Estiveram: n’esta villa, os srs. ca-
pitão Valente da Costa, Padre Hen-
rique Quintão e João Antunes; em
Lisboa, o sr. Henrique Pires de Mou-
ra; e em Castello Branco, o sr. Lu-
cianno Monteiro. :

Teem passado incommodados de
saude as sr.“ D. Fernanda de Cam-
pos Dias, D. Maria Joanna Guima-
rães, D. Florinda Magulhães e D.
Lucia Magalhães; e o sr, Annibal
da Silva Carvalho.

Já se acham restabeiecidos a sr.?
D. Natividade Carvalho Tasso de
Figueiredo e os srs. dr.” Antonio
Figueiredo Guimarães e José Bar-
tholo.

Está n’esta villa, com sua espo-
sa e filhinha, o sr. Sebastião Fari-
nha Tavares,nha Tavares,

 

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Carta de Lis boa

Assistencia Nacional aos Tu-
berculosos – O Dispensario
Anti-tuberculoso de Faro —
Duas palavras ácerca da ci-
dade de Faro.

Na recente viagem a Faro, da qual
conservo gravadas no meu espirito
agradabilissimas impressões, onde
pelos seus habitantes fui carinhosa-
mente recebido, testemunho da bon-
dade que os caracterisa, visitei, en-
tre outros edifícios, o Dispensario
Anti-tuberculoso, construido sob to-
dos os preceitos hygienicos, do qual
é medico o sr. dr. Alexandre Perei-
ra d’Assis, um bello caracter, extre-
mamente delicado, que me recebeu
com todos os requintes de cortezia,
fornecendo-me amavelmente as in-
formações que solicitei sobre o mo-
vimento annual do Dispensario.

O movimento durante o anno de
I9LI foi o seguinte:

numero total de enfermos ele-
vou-se a 396, sendo: adultos do se-
xo masculino, 85; do sexo feminino,
183; menores do sexo masculino,
61; do’sexo feminino, 67. Como se
vê a percentagem do sexo feminino,
devido a circumstancias que a falta
de espaço me inhibe de mencionar
e commentar foi mais numerosa.

Realisaram-se 586 visitas medi-
cas, 283 analyses, 490. injecções
inter-musçulares, e fez se a seguinte
distribuição: goo fórmulas de medi-
camentos, 297 frascos contendo ca-
da um 200 grammas de oleo de fi-
gado de bacalhau e 11:553 senhas
de pão de 500 grammas e de 250
grammas de carne de primeira clas-
se.

O Dispensario presta importan-
tissimos serviços, os preceitos hy-
gienicos, que nada deixam a desejar,
são rigorosamente observados, e os
doentes, como succede em todos os
Dispensarios e Sanatorios, carinho-
samente tratados.

O edifício necessita, porém, ser
ampliado para que possa receber
doentes internos, melhoramento que
se torna indispensavel tanto mais
que o movimento tende, infelizmen-
te, a augmentar e não a diminuir.

Para que a ampliação se possa
mais praticamente realisar necessita,
attendendo ás poucas forças mone-
tarias da Assistencia Nacional aos
Tuberculosos, de bôa vontade e de
muito trabalho. ,

Talvez. que uma tenaz propagan-
da em todo o districto désse os re-
cursos necessarios para a realisação
de tão grande melhoramento. Aqui
deixo o alvitre à consideração dos
individuos que se encontram à fren-
te da prestimosa e humanitaria Ás-
sociação e do Dispensario.

O estabelecimento não deve ser
olvidado pelos visitantes de Faro. E?
uma visita que recommendo princi-
palmente aos protegidos pela fortu-
na.

E já que estou com a mão namas-
sa lembro aos excursionistas âma
visita aos monumentos sacros, onde
se admira preciosa obra em talha
dourada, valiosos azulejos e magni-
ficas télas.

Em Faro ha bons estabelecimen-
tos e na rua Ivens existe uma bem
sortida sapataria do sr. Francisco
de Sousa Percira, onde tambem se
encontra á venda, além de chapeus
e bycicletas, a excellente e solida
machina de costura denominada —
Luza—que no genero é perfeitissi-
ma e de preço relativamente modi-
co,

O sr. Francisco de Sousa Perei-
ra é um belissimo caracter e o seu

estabelecimento gosa de largo e se-.

guro credito. Merece egualmente ser
visitado.

Ha na cidade, além de bons ho-
teis e casas particulares que rece-
bem hospedes, entre as quaes men”

 

VOZ DO POVO

ciono a da Mariana da Conceição,
que se esmeram no bom tratamento
de qualquer pessoa que as procure.

A cidade possue actualmente cin-
co folhas semanaes, das quaes a
mais antiga é O Districto de Faro,
que já conta 37 annos, sendo im-
portantes e louvaveis os serviços que
tem prestado.

Faro é, n’uma: palavra, com as
suas bellas ruas, parque e cercanias,
uma cidade aprazivel e encantadora.
A. excursão é bastante agradavel.

Sebastião J. Bacam.
e e ee

Pequena correspondencia

Augusto Arnauth, Pará-—Sentimos que
V. Ex* não tenha recebido o nosso jornal.
Dos nossos registos verifica-se que elle tem
sido regularmente enviado, Vamos alterar
o endereço como V. Ex.* nos indica,

— Antonio Guimarães Lima, Pará—Re-
cebemos o cheque. Muito agradecemos a
cáptivante fineza que nos tem dispensado,
pela qual nos achamos extremamente re-
conhecidos.

RE repor rem

“Conselhos aos lavradores

Como já dissemos o oidium é
uma das doenças da vinha que maio-
res estragos. causa nas vinhas pon-
do em serio risco as colheitas.

São bem conhecidos os sintomas
d’este flagelo para que nos occupa-
mos, por agora, da descrição suma-
ria de todos os carateristicos d’ela
bastando lembrar ao lavrador que
ela-é a que vulgarmente chamam
cinzeiro ou farinha.

As aplicações de enxofre são o
unico meio eficaz, até hoje conheci-
do, para debelar o mal e evitar os
estragos causados pela invasão.

O enxofre é não só o remedio

ara combater o oidium mas tam-
da é um vigorisador benefico da
videira.

Destroe de um modo eficaz os
esporos do oidium, pois que esta
doença é causada por um cogumelo.

As condições mais propicias para
o desenvolvimento do oidium são a
temperatura alta e a umidade como
na epoca presente vem sucedendo
com as alternativas de chuva e sol.

O enxofre atua como dissemos
sobre os esporos d’este fungo não
os deixando germinar pelo gaz sul-
furoso e vapores que excita, sucede
que em geral os lavradores sómen-
te enxofram quando o mal já se tem
manifestado, e ás vezes -até com bas-
tante intensidade, não conseguindo o
enxofre evitar já prejuisos de perda
de uma parte da colheita,

Anos à em que os ataques sobre-
veem já tarde, em julho, agosto e
até em setembro sendo então enor-
missimos os prejuisos que causa.

Como medida preventiva, e por-
que é mais preferivel prevenir do
que remediar, somos de opinião que
os lavradores devem enxofrar as
suas vinhas antes da vindima para
se prevenirem contra possiveis ata-
ques de oidium e até para facilitar,
pelo avigorisamento das cepas, um
melhor atempamento das váras.

E? certo que os ataques do oidium
são mais para receiar nos mezes de
maio’a junho,

Entretanto temos conhecimento
de, em alguns anos, se terem mani-
festado invasões oidicas nas proxi-

‘ midades das vindimas.

Estando a colheita n’essa altura
já quasi salva seria muito para la-
mentar que por um descuido e uma
pretendida economia de alguns tos-
tões se percam alguns mil réis. Ten-
do então a realisacção da historia de:
por causa de um cravo se ter per-
dido um cavalo.

Temos visto enxofrar as vinhas

ainda em agosto sem que esses la-.

vradores se arrependam de o fazer.
O receio de que o emprego tão
tardio do enxofre vá dar logar a

 

que o vinho tenha o gosto a énxo-
fre não tem razão de ser e não de-
ve constituir, só por si, argumento
suficiente para que se deixe de pro-
ceder á enxofra da vinha ainda em
agosto.

Quando tal se receie à o recurso
de, com um regador de crivo, deitar
alguma agua sobre as uvas quando
nos cestos vindimos ou se isso se
não faz, o gosto a enxofre do vinho
é dos que mais facilmente se tira
pelo aregamento e pela sulfuração
fazendo o que vulgarmente se cha-
ma curar a mordedura de cão com
pello do mesmo ‘animal.

Concluindo aconselhamos aos la-
vradores que enxofrem as suas videi-
ras de 3 em 3 semanas desde que

O tempo se conserve quente e umi-‘

do com alternativas de chuva e bom
tempo.

E aindo antes de findarmos deye-
mos dizer tambem que as chuvas
fazem perder a ação da calda ou
sulfato sobre a videira não sendo ver-
dadeiro o preconceito que os lavra
dores teem de que passada as duas
ou tres horas sobre a aplicação da
calda esta reserva as videiras pelas
tres semanas embora depois sobre-
venha chuva, porque esta lavando
as folhas da videira arrastou comsi-
go o sulfato e portanto deixou este
de exercer a sua ação antisetica.

Cardoso Guedes.

ANNUNCIOS

Prevenção

“Tendo-se extraviado uma letra de
cambio da quantia de 150000
réis acceite por Antonio Luiz dos
Santos Junior ou Antonio Luiz
dos Santos Lima, sem indicação
de sacador nem data do vencimen-
to, previne-se o commercio, capita-
listas e publico em geral, de que
tal letra não deve ser negociada,
pois se acha paga ao verdadeiro
portador sr. Manoel Pestana dos
Santos, do logar do (Bailão.)

Se quem a retiver em seu poder,
quizer entregal-a, póde fazel-o no
escriptorio do solicitador

Fructuoso Pires
Certã 2 I

 

 

“MADEIRA DE PINHO

Da Perna do Gallego, o bastante
para uma boa construcção, a qual
se acha depositada em Pedrogam
Pequeno, vende-se em condições
vantajozas, consta de caixal, forro,

solho e meio solho, todos de diver- ,

Sos comprimentos, A tratar com
3 Alfredo Serra, na Certã 1

PROPRIBDADE INPORTANTE

Vende se a do Valle da Urça, jun-
to à ponte do rio Zezere; tem bella
casa de habitação, importantes na-
teiros á margem do rio, grandes oli-
vas, muitas arvores de fructo e gran-
des extensões de matos e pinhaes,
é de muito futuro, porque deve ficar
perto da linha ferrea do Entronca-
mento á Certã, quando se explorar
convenientemente as aguas da Foz
da Certã e outros mineraes da mes-
ma zona, Ã

Dão «informações, o sr. Jasé Nu-
nes da Maita, linha de Cascaes—Pa-
rede-Lisboa e o proprietario Manuel

 

 

“Pestana dos Santos—Sernache do
| Bonjardim—Bailão. 2 |

 

QUEIJO DA SERRA –

Vende-se na loja de Albano Ri-
cardo Matheus Ferreira-— Rua Can-
dido dos Reis. Este estabelecimento
trespassa se por motivo do seu pro-
prietario não poder estar á testa d’el-
le.

 

 

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N’esta officina executa-se, por me-
dida, calçado para homem, senho-
ra e criança. O proprietario d’esta
officina desejando manter e até am-
pliar o seu credito, afirma aos seus
estimaveis freguezes que empregará
todo o escrupulo e attenção na exe-
cução de todos os trabalhos que lhe
forem confiados.

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mado, encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doentes, com-
pras de adubos adequados ás cultu-
ras, os melhores em qualguer caso
pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di
nheiro e as sementes pela acquisj-
ção de formulas feitas sem criterio.

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rio do Governo e jornaes nacio-
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dentes de todas as repartições pu-
blicas, secretarias d’estado, minis-
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bancos e companhias.

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genero, mais util, completa e eco-
nomica, até hoje apresentada no nos-
o meio, representando sem duvidas
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informações, remessas de encommendas pára as pro-
víncias, ilhas e colonias. Acceita representações de
quaesquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei-
ras. Trata de liquidações de heranças e de processos commer-
ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encariado.

 

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4 Fo a aa E ç “E AA R

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596º NOTAVEL ua CURA ou DIABETES,

Ecce O) DOENÇAS DO ESTOMAGO, AREKIA DOENÇAS INTESTINAES

8 TE. FIG.

8) ANALYSES CHIMICA BACTERIOLOGICA E APRECIAÇÕES
DOS DISTINGTOS CLÍNICOS E S,ntt

DE VIRGÍLIO MACHADO D’ O ARIORIO «LENCASTRE D’ ALFREDO NL LOPES CIC
DÁ-SE FOLHETO RO DEPOSITO GERAL

E QuhPanoea BA Luva dus Eeguenos) LISBOA 6

 

 

 

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bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di-
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes-
cencia; esquentadores para gaz e petroleo; páta-raios; artigos de
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