Voz do Povo nº79 02-06-1912
@@@ 1 @@@
2.º Anno
Certã, 2 de junho de 1912
DIRECTOR
Augusto Fodrignes
Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
FE
Z
V
(EE
Assignaturas
1200. Semestre…
Para o Brazil. …….
Pago adiantadamente
PANO js teta pés
Não se restituem os oriéinaes
POLITICA GERAL
A ultima semana, póde dizer-
se, foi de verdadeira efervescen-
cia politica. Os lamentaveis acon-
tecimentos produzidos no Porto
e em Lisboa, a proposito dos
julgamentos dos conspiradores,
provocaram uma tensão dos es-
piritos que ameaçava perturbar
seriamente a ordem publica.
Allega-se como rasão justifi-
cativa d’esses acontecimentos a
fórma como os diferentes tri-
bunaes têem procedido na apre-
ciação das responsabilidades dos
conspiradores; mas, a nós pa:
rece-nos que, se tem havido er-
ros, elles são devidos principal-
mente á preparação e instrucção
d’esses processos, e não, salvo
raras excepções que não temos
elementos para apreciar, á fór-
ma do seu julgamento.
O decreto que deu força de
corpo de delicto á investigação
policial, se por um lado teve a
vantagem de abreviar o proces-
so preparatorio, por outro lado
abriu a porta á defêsa na sua
pesquisa de nullidades.
Se a instrucção e a prepara-
ção de todos os processos com-
muns demandam, não poucos co-
nhecimentos e uma larga prati-
ca das entidades que n’elles in-
terveem, não deviam ser postos
de lado esses importantes facto-
res, por que seria de presumir
que, n’estes, os réos empregas-
sem todos os meios que as leis
facultam para obter a sua anula-
ção e assim poderem livrar-se
por essa tangente. 4
Só os tribunaes ordinarios e
no proprio meio onde os factos se
passassem, seriam competentes
para instruir e preparar conve-
nientemente esses processos, por-
que dispunham de pessoal ha-
bilitado, com efectiva respon-
sabilidade, e junto dos quaes,
por intermedio dos agentes do
Ministerio Publico, o governo
* podia exercer toda a especie de
fiscalisação, podendo ainda re-
correr, em casos mais graves, á
intervenção pessoal e directa dos
competentes procuradores da Re-
publica e seus ajudantes.
Já não dizemos o mesmo
quanto ao julgamento: concor-
damos que n’este, as paixões lo-
caes podiam realmente influir,
tanto no sentido da condemna-
ção como no da absolvição, e
uma cousa ou outra seria lasti-
5ooo réis (fracos)
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CBRTA
Typographia Leiriense — LEIRIA
Propriedade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
600 rs.
mavel.
Outro factor que deve ter ti-
do alguma influencia no resulta-
do dos julgamentos é a lei que
fixou as penas applicaveis.
O jurado, entre a collisão de
fazer condemnar o réo a uma pe-
na que elle julga muito superior
ao delicto, ou a absolve-lo, opta
pela absolvição. O que é preci-
so, pois, é fazer uma graduação
de penas, mais em harmonia com
o nosso temperamento.
Diz-se tambem que o remedio
para todos estes males está nºu-
cionalismo na dependencia do
executivo. A nós, com toda a
franquêsa, parece-nos quea per-
turbação que d’ahi resultaria,
não compensava os benefícios
que ella porventura podesse tra-
zer.
Dentro das leis existentes —
que áliaz pódem sêr melhoradas
—ha meio legal para castigar os
funccionarios que não cumprem
o seu dever.
O que a Republica precisa,
pelo contrario, é crear no func-
cionalismo um espirito de inde-
pendencia e de dignidade que
fazendo-lhe ter amôr ao logar,
faça, por sua vez e porisso mes-
mo, que elle de cada vez pro-
duza mais e melhor.
Mal iria á Republica se o seu
funccionalismo fosse composto
de subservientes, a todo o mo-
mento sujeito a ser substituido,
sem fórma de precesso: todos
os serviços se desorganisariam
e o prestigio e as receitas do es-
tado em breve seriam attingidas.
O que julgamos conveniente
é, pelo contrario, cercar o func-
cionario das maiores garantias
de estabilidade e independen-
cia, com a maxima responsabi-
lidade para a falta de cumpri-
mento dos seus deveres profis-
sionaes,
Se algumas são pouco claras,
ou mesmo insufficientes para a
effectivação d’essas responsabi-
lidades, reformem-se essas leis.
Achamo-lo “justo e até conve-
niente. Mas, sempre de fórma
que todo o funccionario saiba
que, desde que cumpra os seus
deveres profissionaes, não póde
“ ser attingido pela má vontade de
qualquer potentado politico.
Se qualquer funccionario do
estado, se serve das proprias
funcções que esse mesmo esta-
do lhe confia, para o atraiçoar
e prejudicar, queremos crer que
ma lei que pônha todo o func-.
| já nas leis existe meio para o
| punir, com tanta mais severida-
de quanto mais importante fôr a
natureza das funcções que exer-
ça.
Mas, tudo se deve fazer den-
tro de normas preestabelecidas,
d’harmonia com um rigoroso
principio de justiça.
Temos a certeza que as enti-
dades superiores da administra-
ção publica procederão de for-
ma a orientar o seu procedimen-
to dentro dos mais justos prin-
cipios: não ha, pois, rasão al-
guma para quaesquer alarmes,
a nosso vêr, injustificados.
O ARNS —
Caixas Escolares
colares é um melhoramento impor-
tante que muito poderá influir nos
progressos da instrucção nacional.
Quantos alumnos pobres deixam,
por falta de meios, de frequentar a
escola primaria? Muitos.
Pois as Caixas Escolares, com o
seu producto, fornecem-lhes livros,
cujos preços não deixam de ser ex-
cessivos para muitos paes, que só
com grande sacrifício adquirem os
meios de subsistencia para si e suas
familias.
Além d’isso, as referidas caixas
poderão contribuir immenso para a
organisação de bibliothecas, tão in-
dispensaveis a professores e alum-
nos, e facilitam-lhes a realisação de
excursões pedagogicas.
Como se vê, as caixas são um
excellente meio para engrandeci-
mento da escola primaria, que para
representar o papel que realmente
deve representar, é preciso, indis-
pensavel, que todos trabalhem com
inquebrantavel fé e extrema dedica-
ção.
E as Caixas Escolares não deixa-
rão de nos secundar n’esta obra gi-
gantesca de aperfeiçoamento d’uma
geração nova…
São grandes os beneficios que
prestam, não só pelo lado material,
como pelo lado moral, Quem duvi-
da qne as caixas, mantidas pela
quotisação dos alumnos mais abas-
tados (e, no nosso entender, dos
seus mestres) muito poderão influir
para que no espirito d’esses mesmos
alumnos se formem os mais puros
sentimentos affectivos por uma ex-
cellente obra de caridade, qual é a
de concorrerem, com as suas quo-
tas, para que, por falta de livros,
não deixem de frequentar a escola
os seus companheiros privados da
sorte? Ninguem, por certo.
E” claro que tão util instituição
não deixa de acarretar para os pro-
fessores primarios—em algumas par-
tes — alguns dissabores originados
pela estupidez e reconhecida má fé
“de muitos histriões. Mas o dever
d’estes prestantes funcionarios é ar-
rostar com a ignorancia, a fim de
que o futuro das creanças e da es-
cola seja resplandecente e não em-
OQ estabelecimento de Caixas Es- |
Annuncios
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
N’outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
baceado por quem não tem a menor
noção ácerca dos seus direitos e de-
veres.
Alguns professores já teem fun-
dado nas suas escolas estas caixas
e o resultado tem sido devéras sa-
tisfatorio. Resta que todos abracem
a ideia que é escellente, a fim de
que a-escola primaria se converta
n’um verdadeiro templo de luz e
amor, onde todas as creanças, pobres
e ricas, se instruam para transformar
esta nação abatida n’uma patria re-
dimida e forte.
Constantino Gomes Thomé
FACTOS E BOATOS
Como determina o art.º.7 do re-
gulamento para execução da lei de
9 de maio, foram eleitos, em 26 de
maio, como representantes e respe-
ctivos substitutos dos proprietarios
de cada freguezia, para fazerem par-
te da commissão avaliadora das pro-
priedades rusticas e urbanas, os se-
guintes cidadãos :
Castello—Zuzimas Nunes Correia
e José Nunes Amaro.
Certá–José Nunes e Silva e José
Belchior da Cruz.
Cumeada-—Manuel Nunes e Ma-
nuel Pedro Marçal.
Ermida -—João Matheus e Manuel
Nunes Farinha,
Figueiredo—José Farinha Mura-
lha e Joaquim Vicente Farinha,
Marmeleiro—Antonio Nunes da
Silva e José Nunes da Silva.
Palhaes— Manuel Marçal dos San-
tos e José Marçal da Silva.
Pedrogam Pequeno —José Gomes
da Costa e Domingos H. Ferreira
Vidigal.
Troviscal—-Manuel Nunes e An-
tonio José Mathias,
Varzea-—João Joaquim Branco e
Manuel Farinha Martins.
—— <IC09E>—— —
“Um jornal de graça
E’ a Revista do Bem, de que sahiu
o n.º 110, relativo a 31 de maio. En-
via se o quem o pedir 4 administra-
ção, Avenida Casal Ribeiro, 44, Lis-
boa.
Bandeira Nacional
Pelo Ministerio do Interior foi da-
do conhecimento, aos Governadores
Civis, do despacho de 15 do corren-
te mez, que ordena que nenhuma
colletividade particular, seja de que
natureza for, possa adoptar como seu
simbolo, bandeira ou estandarte que
se possa confundir com a bandeira
nacional, mandando tomar as neces-
sarias providencias para que seja ri.
gorosamente cumprido o referido
despacho, pois que o uso da bandei-
ra nacional é exclusivo das corpora-
ções dependentes de qualquer re-
partição do Estado.
———— DO OC —
Para a Africa
A firma Marques Pires & Com-
panhia, Ct.*, comerciantes, esta-
belecidos em Lisboa, representados
pelo seu procurador o sr. Antonio
Eugenio de Carvalho Leitão, con-, con-
@@@ 2 @@@
VOZ DO POVO
==”. “”mímcíáímstmumuescccses..0 Nasa
tractaram em nome de Matheus dos
Santos Candeias, commerciante e
agricultor em Cacunda, districto de
Benguella, alguns lavradores e fami-
lias do districto de Castello Branco,
para os trabalhos agricolas nas pro-
priedades d’aquella localidade per-
tencentes ao referido agricultor.
O procurador da firma Marques
requereu ao sr. ministro das colonias
que se fornecesse, por conta do Es-
tado, passagens a esses colonos, que
– são contractados por 2 annos, medi-
ante a mensalidade de 20:p000 réis,
que poderá ser augmentada segun-
do as aptidões que demonstrarem
na direcção dos servicos agrícolas,
casa, cama, comida, socorros medi-
cos e botica.
O sr. ministro das colonias defe-
riu o pedido das passagens.
Se todos os agricultores das nos
sas colonias fizessem o mesmo que
o seu colega ‘de Cacunda, em breve
teriamos uma grande colonisação
nas nossas africas.
Foram mandados suspender pelo
ministro das Finanças os descontos
de direitos de mercê, emolumentos
e sello a todos os funccionarios, cu-
jo vencimento annual seja inferior a
3608000 réis, até que sobre o assum-
pio delibere o Congresso da Repu-
lica.
REAR as PROA e e o
Socledade Musical «Recrei
Artista»
Passou no dia 24 do corrente o
seu anniversario esta sympathica so-
ciedade artistica.
Os seus membros solemnisaram
essa data com differentes manifes-
tações festivas.
IDC
Acompanhado ‘de sua filhinha
Branca sahiu para: Castello Branco,
o nosso presado collega da Patria
Nova, sr.Carlos Ascensão.
) IC)
«União Figuairoense»
Recebemos a visita d’este nosso
presado collega que, sob a direcção
do sr. Alfredo Simões Pimenta, se
publica em Figueiró dos Vinhos.
Os nossos cumprimentos.
1 *2C00OC-————
Foi promovido a 2.º tenente da
Armada, o sr. Mario do Nascimen-
to Sena Barcellos.
o SOU oo
Mattos Rosa
Tomou posse do logar de facul-
tativo municipal da Sobreira Formo-
sa, Proença-a-Nova, para que ha
pouco foi nomeado, o sr. dr. Ma-
nuel Ferreira Mattos Rosa.
TO OICOICHa+——.
Brazil «+
Alguns dos nossos estimados as-
signantes residentes em varios pon-
tos do Brazil, queixam-se-nos de que
não recebem alguns numeros do
nosso jornal.
A nossa expedição é feita com to-
do o cuidado, de forma a podermos
garantir que a falta é devida ao máu
serviço dos correios.
nm gm
Um achado historico
Nas escavações a que se está pro-
cedendo para as obras do (Conser-
vatorio de Lisbôa, edifício que vae
sêr ampliado, foi encontrada uma
lapide tumular, que existia no cru-
-zeiro da antiga capela dos Caeta-
nos, e que é a pedra do tumulo de
D. Maria Anna de Noronha e Cas-
tro, descendente de D. João de Cas-
tro e instituidora da Casa da Divi-
na Providencia, convento de Nossa
Senhora. Além da respectiva inscri-
pção, a pedra tem, em baixo rele-
vo, o escudo dos Castros, de seis
arruelas,
N’um cameiro subjacente, que se
supõe sêr o da familia Noronha e
Castro, encontraram-se bastantes
ossadas humanas.
Vae tratar-se da remoção das os-
sadas para um dus cemiterios, a me-
nos que estas sejam requisitadas
pelos actuaes descendentes d’aquel-
la familia, que pretendam recolhe-
las em jazigo proprio.
Quanto á remoção da lapide tu-
mular, vae sêr ouvido o coselho de
arte e arqueologia sôbre o seu va-
lôr arqueologico e historico:
O apparecimento da lapide cha-
mou ao local muitos amadores de
antigualhas.
orem ENC O GARD RIZAS ES
Provimento das escolas prima-
rias officiaes
“Nos tempos do regimen monarchi-
co, não poucas vezes se disse que os
actos de justiça, em Portugal, pro-
vocavam admiração, certamente, por-
que fazer-se justiça, quer na aprecia- |
cão dos homens, quer no provimen-
to de logares publicos, que depen-
diam de provas publicas ou de pro-
vas documentaes, não era muito fre-
quente, mas sim o contrario. Fazer
justiça era cousa rára. D’ahi o apre-
co e admiração que os ingenuos da-
vam a qualgueracto de justiça, que,
de certo, tinha sido praticado por
engano. Com um regimen assim na
administração da justiça, era com-
pletamente impossivel contentar a
opinião publica. Nós tambem fomos
algumas vezes lesado nos nossos di-
reitos. E tanto assim é que, sendo
nós actualmente um humilde pro-
fessor com nove annos de serviço
effectivo, o podiamos ser com onze
annos e meio, se no concurso das
primeiras escolas a que concorremos,
nos tivessem feito justiça, provendo-
nos, em vez d’outros candidatos com
classificação inferior á nossa. Podia-
mos citar varios exemplos, mas isso
fica para outra vez, se tivermos né-
cessidade de o fazer. Hoje vimos refe-
rir-nos à maneira como ainda actual
mente são feitos os provimentos das
escolas primarias officiaes, que, na
nossa modesta opinião devia obede-
cer a criterio differente d’aquelle que
está sendo seguido.
O defeito agora não está só nos
homens, mas sim na lei que regula
os concursos que ainda hoje é a anti-
ga.
Eis a questão: quando a qualquer
escola concorrem varios professo-
res, o preferido é sempre o que apre:
senta diploma de qualquer Escola
Normal com maior numero de va-
lores, independentemente de habili-
tações litterarias e de tempo de bom
e efectivo sercico. Por esta maneira
de seleção,. não só um medico ou
um advogado qualquer que possua
diploma ‘ com dez valores, concedi-
do por uma das nossas escolas nor-
maes, é preterido n’um concurso,
por um candidato apenas com diplo-
ma de mais um ou dois valores, das
mesmas escolas, mas tambem os
professores effectivos com uma lar-
ga folha de serviços. A questão to-
da, na preferencia, é de valores.
A somma de moralidade e as apti-
dões especiaes dos candidatos são
elementos postos de. parte nos con-
cursos, como verdadeiramente ba-
naes, e, comtudo, não ha nada mais
injusto, se nos lembrarmos de que
os homens não nascem feitos, fa-
zem-se com a experiencia da vida, as-
sim como o bom pedagogo com a
pratica de educar a juventude e de
transmittir aos cerebros infantis os
seus conhecimentos
Para se educar convenientemente
uma criança não precisamos dos va-
lores dados ou comprados pelo em-
penho político, pelas caóticas esco-
las normaes, onde se não educa (sal-
vo raras excepções), mas se atrophia
o delicado organismo phisio-pecico-
logico dos candidatos ao magisterio,
onde o ensino é raras vezes minis-
trado experimentalmente, mas ge-
ralmente menemonico,
Primeiro que tudo, para se edu-
car bem, é necessario que o profes-
sor conheça a organisação phisio-pe-
sica infantil para poder adaptar o
ensino ao modo de ser phisiologico,
anatomico e pecicologico da crean-
ca. Não são os valores dos diplomas
que dão esses conhecimentos; é o
estudo experimental da creança e o
convivio amigavel do professor com
seus alumnos.
Por esta ordem de razões, acha-
mos mais equitativo e mais pedago-
gico fazer-se a seleção dos profes-
sores, segundo o tempo de bom e
effectivo serviço é não em obediencia
sómente aos valores, a não ser que
os candidatos não tenham serviço,
porque, n’este caso, dar-se-á a pre-
ferencia ao que tiver mais valores.
Assim: 1.º—se a uma escola con-
correrem varios professores, uns com
serviço e outros sem elle, será pre-
ferido o que tiver mais annos de
bom serviço, independentemente dos
valores do diploma. 2.º—Se no con”
curso houver só professores sem ser-
viço, recairá à preferencia sobre o
que tiver mais valores, e, no caso
de haver algum com outras habili-
tações litterarias — curso superior ou
secundario—será este o proferido,
despresando-se os valores do diplo- |
ma. :
D’este modo, evitar-se-ia o vexa-
me por que passam certos professo-
res com 10, 15, 20 e mais annos de
bom serviço, de serem preteridos nos
concursos por candidatos, sem expe-
riencia absolutamente nenhuma do
ensino, simplesmente com um, dois
ou mais valores no diploma, mas
uns verdadeiros bisonhos e até alguns
verdadeiros imbecis.
Por esta maneira de dar preferen-
cia, nos concursos, das escolas pri-
marias, aos professores effectivos,
em nada prejudica os professores
simplesmente diplomados, pois que
a deslocação d’um professor effecti-
vo d’uma escola para outra, não sen-
do um provimento novo, sómente
uma transferencia, dá origem a uma
vaga que, será preenchida por um
professor sem serviços.
Já em 1909, falando nós sobre es-
te assumpto, com o illustre e actual
inspector da 2.º circumscripção és-
colar de Coimbra, Kemp Serrão,
que ao tempo era sub-inspector do
circulo escolar de Beja, este cidadão
nos deixou transluzir a ideia de que
noa provimentos das escolas se pra-
ticavam muitas injustiças contra os
professores effectivos, a favor dos
professores apenas diplomados. Não
ha, portanto, razão nenhuma plau-
sivel para continuarmos, sob este
ponto de vista, como no tempo em
que os actos de justiça se admira-
vam.
Aqui fica expressa a nossa bumil:
de e despretenciosa opinião sobre as-
sumpto de tanta importancia peda-
gogica, desejando bastante que o
nosso illustre Director Geral d’ins-
truccão primaria, d’uma só penna-
da, faça dar a cada um o que lhe
pertence. A tout seinheur tout hon-
neur.
Professor–Joaguim Pires de Moura.
a prapage——
A NACIONAL
Esta florescente companhia de
seguros portugueza acaba de obter
auctorisação superior para etfectuar
seguros contra fogo proveniente de
greves e tumultos.
E uma medida d’alto alcance eco-
nomico que ha muito se fazia sen-
ur no nosso paiz.
Na nossa redacção prestam-se
quaesquer exclarecimentos sobre o
assumpto,
AS CREANÇAS
Pelo mundo litterario
Creanças são bébés, pequenos amorsinhos,
Mimosos querubins de riso virginal.
Mal dispertam sorrindo em bêrços perfu-
mados
Já seus tenros bracinhos, brancos e rosa-
dos,
São laços a’streitar a vida dum casal.
Creanças são bouquets de petalas rosadas
Qu’engrinaldam de’flóres a solidão dum lar
Para qualquer desgôsto, até o mais sentido,
Basta um Sorriso seu, um gesto ou um va-
; gido,
E o desgôsto partiu, partiu para não voltar.
Quantas noites perdidas, máguas e cuila-
dos
Em torno dum bercinho 6 terno amôr
atrái?
Mas qu’importa o trabalho á ancia dum
desêjo,
Se como paga, a mãe, apenas péde um
beijo,
Se consiste n’um beijo a paga para o pãe.
Creanças são bébés, pequenos amorsinhos,
Mimosos querubins de riso virginal,
Mal dispertam sorrindo em berços perfa-
mados
Já seus tenros bracinhos, brancos, e rosados,
São laços aºstreitar a vida d’um casal,
Manuel Carvalho.
“Notas d’um zoofilo
I
Existe em todo o mundo um mo-
vimento de opinião francamente
hostil ao Tiro aos pombos, por con-
sideral-o cruel e oposto ao presti-
gio dos sentimentos altruistas que
augmenta dia a dia, principalmente
em face dos progressos de toda a
ordem…
E” uma passagem do parecer da
commissão de interpretação da ca-
mara municipal de Buenos Ayres e
em que tres illustres magistrados
se declaram contrarios a tal diver-
são.
Chamam-se elles J. Maglioni, Te-
zanos Pinto e José Zapiola.
IH
Em 1876, organisou-se uma peti-
ção ao papa rogando-lhe a graça de
recomendar ao clero, n’uma enci-
clica, a conveniencia de os eclesias-
ticos proclamarem aos fieis o dever
de bem tratar os animaes. :
Não obstante a petição ser orga-
nisada por 5oo sociedades protecto-
ras, levar um milhão de assignatu-
ras e ser a primeira d’ellas a da
rainha Victoria, o papa não annuiu.
Sendo Leão XIII, como era, um
homem bondoso, conclue-se que a
petição contrariava os interesses po-
liticos da Egreja.
E? essa mesma ordem de interes-
ses que faz com que em França
ainda haja touradas!
HI
N’um artigo do sr. Candido de
Figueiredo, lêmos com o maior pra-
zer;
«Os sentimentos humanitarios não
excluem a piedade para com os se-
res inferiores ao homem; e sabeis
que nada prejudica tanto a educa-
ção do povo, que vós protegeis e
amais, como as scenas de sangue,
quer o sangue escorra do animal
que pensa é sofre quer espadane
d’aquelie que não pensa ou que pen-
sa menos que o otro, a quem não
excede na perversidade ‘de instin-
ctos,»
Aquelle 2ós refere-se a uma da-
ma, que para certos fins caritativos
organisou uma tourada. Como se
ellas, e outros espectaculos que taes
não fossem a negação absoluta e
formal d’aquelle bonissimo senti-
mento.
O artigo de que falamos não é
recente. S. ex.” agora já se não oc-
cupa de cousas uteis…sas uteis…
@@@ 3 @@@
VOZ DO POVO
IV.
Um jornal de provirrcia verbéra
acremente a guerra, como anti-na-
tural e atrazadora.
Mas a imprensa tambem ás ve-
zes deixa de ser progressiva e sen-
sata; o proprio jornal nos comuni-
ca o resuitado de uma tourada in-
fantil, em que se correram varios
bezerros que, de bravos que eram,
occasionaram varios trambulhões aos
jovens amadores.
Ha de o collega premittir que
lhe digamos não ser proprio; nem o
genero de passatempo escolhido,
nem o tom amistoso com que o jor-
nal se refere a elle,
Passatempos crueis e brutaes nun-
ca serviram nem hão de setvir para
edificar ‘ ninguem e muito menos
quem, como as creanças, só deve
presenciar cousas nobres alevanta-
das e justas.
Luiz Leitão.
eee
Chronicas tripeiras.
Da maternidade
(A Salvador Brandão)
(Continuação)
A missão final da mulher é a ma-
ternidade,
E, ao cumprila, ascende a uma
verdadeira santificação.
Ser mãe! Ter filhos, amamental-
os e educal-os! Fazer-lhes medrar o
corpo, formar-lhes o espirito, mode-
lar-lhes o coração, cultival-os, em-
fim, para, em civilisações futuras,
os transformar em forças vitaes da
humanidade | ‘
Que extraordinaria missão a da
mulher !
Por isso os phylosophos, ao fala-
rem da mulher-mãe, amaciam a sec-
cura dos seus dizeres. Por isso os
poetas, ao dirigirem-se-lhe, entoam
os seus mais inspirados canticos de
gloria. E, até, no descalabro de es-
pirito de cada um de nós, mesmo
quando endurecidos, ou insensibili-
sados pelo estudo, pelos desenga-
nos, ou pelos vaivens da: vida, ha
sempre um logar para essa aurora
de ternuras e saudades, que é a
lembrança, querida e santa, de nos-
sa mãe…
x
E’ espantosa a transfiguração da
mulber ao ser mãe.
Soffreu a pobre durante todo es-
se doloroso calvario da gestação,
soffreu, mais intensamente ainda, ao
atirar o recem-nascido ao meio ex-
terno, em que terá de viver.
De repente, ouve o primeiro va-
gido de seu filho.
Do fundo do coração, onde tudo
jazia adormecido, levanta-se-lhe uma
onda de affectos extranhos.
E’ o instincto maternal, sublime,
louco, que de perta.
E à pobre mãe, que tanto sofíreu,
esquece tudo, invadida por uma su-
bita ternura, por uma infinita pie-
dade por esse pequenino ser, reta-
lho do seu proprio ser, que grita,
que pede soccorro.
E, innundada de amor, a mãe ap-
proxima o seio da bocca da crean-
ça.
“ Tributo doloroso esse!
Physicamente, a mãe continúa a
soffrer. O prazer moral de ama-
mentar seu filho não lhe elimina a
dôr material, aguda, penetrante, que
esse acto lhe occasiona. E a pobre
mulher soffre com a sua dedicação,
com a continuação da sua missão
natural.
Mas, tarefa toda feita de dôres e
sacrifícios, a pobre mãe não archi-
va, não sente o que soffre se, com
o fectar distillado do seu peito, con-
segue o bem estar do filho.
udo, então, se lhe dilue num
ceu de felicidades, ao contemplar o
| rosto sereno do innocente, que dor-
me a somno farto, ou desencrespa
os labios no seu primeiro sorriso.
; Tudo essa martyr esquece ao expe-
rimentar a suprema consolação, a
suprema tranquilidade do dever cum-
prido.
Continua
Revista bibliographica
O Livro de Job Quanto mais
se lê este monumental trabalho de
Basilio Telles, mais se admira a arte
que a elle presidiu. >
Essa admiravel allocução de Jeho-
vah é posta por Basilio Telles, em
versos soberbos d’uma bellesa forte
e sugestiva que se quadra perfeita-
mente com a grandesa do assumpto.
O natural estudo com que fecha
o encantador volume é mais uma
demonstração do alto “talento do
seu auctor. Não sabemos que mais
admirar, se a bellesa da forma, que
mais nos parece estar lendo um
poema em prosa, se a excellencia e
a puresa da doutrina, que nos en-
convence. E
Quanto é para lastimar que no
nosso paiz não haja muitos homens
dispostos como. Basilio Telles, a
construir uma nacionalidade com os
alicerces d’uns vastissimos conhe-
cimentos alliados a uma sincera
honestidade de processos, onde a
intriga da baixa politica não fosse
conhecida, onde não medrassem os
vis sentimentos do odio, das repre-
“salias e vinganças.
Bem sabemos que é exigir muito
d’uma sociedade, gasta por seculos
de bestialisação, sem uma nobre
aspiração que a engrandeça e faça,
ao menos, tornar desculpaveis os
seus defeitos.
Por isso mesmo, muito maior va-
lor teem ainda os homens superio-
res que conseguem conservar a sua
personalidade acima d’este lôdo nau-
seabundo das paixões que subverte
tantas intelligencias.
Aos nossos leitores que, por al-
guns momentos, queiram estar em
contacto com uma das mais bellas
epopeias que ha tantas desenas de
seculos, uma desconhecida alma d’ar-
tista legou á humanidade, aconse-
lhamos a leitura do soberbo traba-
lho de Basilio Telles.
Ruy.
hs
Carteira semanal ,
Fazem annos:
No dia 4a sr“ D. Delphina da
Silva Carvalho.
No dia 5a menina Manuela
Haydée Rodrigues. ;
No dia 6-0 sr. Annibal da Silva
Carvalho. Ê
Estiveram: n’esta villa, os srs. dr.
José Pinto da Silva Faia e Augusto
Matheus; e em Lisboa, o sr. José
Vaz.
Teem passado encommodados de
saude os srs. dr. Figueiredo Guima-
rães e José Bartholo.
Regressou a esta villa, o sr. Ma-
nuel Ramos; e á sua casa da Praia,
o sr. Luiz da Cruz.
Sahiu para Lisboa, o sr. Celesti-
no Mendes.
Regressou a esta villa, o sr. João
Pinto d’Albuquerque.
Vende-se na loja de Albano “Ri-
cardo Matheus Ferreira—Rua Can
dido dos Reis. Este estabelecimento
trespassa se por motivo do seu pro-
prietario não poder estar á testa d/el-
les E
canta, ao mesmo tempo que nos
– QUEIJO DA SERRA |
CORRES PONDEN
CIAS
Pedrogam Pequeno
Tomou possê e acha-se na regencia
da cadeira do sexo feminino, d’esta
villa a sr.” D. Adelaide Pires Cor-
reia, senhora de primorosas quali-
dades e bastante instruída. Fazemos
votos para que continue exercendo
as suas funcções por largos annos,
com que esta freguezia muito lu-
crara,
—Em 15 do corrente velo a esta!
villa o administrador d’este conce-
lho para fazer entrega dos alvarás
aos cabos de. policia desta fregue-
zia. S. ex.º approveitou aquella qc-
casião para nos deleitar com um
primoroso discurso, em que demos-
trou bem claramente as vantagens
do regimen republicano,
– Falou tambem largamente sobre
a lei da separação, provando bem à
evidencia que aquella não tem os
defeitos que muitos lhe attribuem e
não é desfavoravel à religião, como
tantos apregoam.
Ainda s. ex.* se referiu tambem
á caça e á pesca que seriam seve-
ramente castigados, aquelles que
transgredissem a lei ou encobrissem
os transgressores. Foi muito applau-
dido, sendo acompanhado por al-
guns cavalheiros d’esta villa.
-——Teve, ha dias, a sua delivran-
ce a sr.* D. Angela Nunes Marinha,
estremosa esposa do sr. Adelino
Nunes Marinha e filha da sr;* D.
Maria Angela Vidigal e do sr. Joa-
quim Vidigal.
Já foi registada civilmente, re-
cebendo o nome de Maria Angela,
sendo testemunhas os srs. Joaquim
Vidigal e Carlos Ferreira David,
avô e tio da recem-nascida.
A todos os nossos parabens.
— Está um pouco melhor da sua
grave doença a sr.º D. Eduarda Da-
vid e Silva dedicada esposa do sr.
José Joaquim da Silva. Estimamos.
— Os srs. Antonio da Silva Amo-
rim e Nuno da Conceição e Silva
foram éscolhidos pela redacção do
Seculo para seus correspondente e
agente n’esta villa, escolha aliás
acertadissima,
Aos nomeados os nossos para-
bens pela distincção, e á redacção
do Seculo tambem felicitamos pela
escolha. j
— Estiveram aqui de visita a sua
esposa e nora os srs. João Correia,
distincto professor da Varzea dos
Cavalleiros, e Marcos Leitão, acre-
ditado negociante em Malpica, Cas-
tello Branco, e tambem sobrinho e
cunhado do nosso amigo sr. José
Rodrigues Correia,
Correspondente.
— ANNÚNCIOS |
ANNUNCIO
2.2 publicação
Pelo Juiso de Direito da Comar-
ca da Certã e cartorio do segundo
officio no inventario orphanologico
de Joãv Caetano, viuvo de Guilher-
mina de Jesus, dos Carvalhos, fre-
guesia do Castello, d’esta comarca,
correm editos de trinta dias, a con-
tar, da segunda e ultima publicação
do respectivo annuncio no «Diario
do Governo», citando o interessado
Custodio Caetano, solteiro, ausente
em parte incerta, para assistir aos
termos do inventario, sem prejuizo
do andamento do mesmo.
Ceriã, 8 de Maio de 1912.
O Escrivão,
Fernandes Pires de Moura
Verifiquei—O Juiz de Direito,
Sanches Rollão
O LIVRO DE JOB
Tradução em verso
(Com um estudo sobre o poema)
Por
BASÍLIO TELLES ‘
Livraria Chardron, de Lello &
Irmão, Rua dos Carmellitas, 144—
PORTO. Preço 5oo réis. Pedidos
a esta redacção.
“VERSOS D’UM CAVADOR
POR
Manuel Alves
O maior successo em livros d’es-
te genero!
Poesias d’uma elaboração artisti-
ca, com a naturalidade, que sai a
agua d’em veio
Brochado. 250 réis!!
Cartonado 800 réis!!
A” venda em todas as Livrarias e
Agentes da provincia, Ilhas, Africa,
Brazil, India e America do Norte.
Estrangeiro—acresce o porte do registo
Pedidos, acompanhados da res-
pectiva importancia, em vale do cor-
reio ou estampilhas por carta regis-
tada, à é
LIVRARIA INTERNACIOAL
Calçada dO Sacramento, 44 (ao Chiado)
LISBOA 8)
Eluiza Guedes Santos
Motista de vestidos 6 chaneus
Trabalha pelos ultimos figurinos;
execução rapida, bom acabamento,
preços modicos.
RUA CANDIDO DOS REIS
CERTA.
SAPATARIA 24 | AGOSTO
JOSÉ EO SA BENI
Rua Serpa Pinto-—Certã
N’esta officina executa-se, por me-
dida, calçado para homem, senho-
ra e criança. õ proprietario desta
officina desejando manter € até am-
pliar o seu credito, afirma aos seus
estimaveis freguezes que empregará
todo o escrupulo e attenção na exe-
cução de todos os irabalhos que lhe
forem confiados.
Preços sem competencia
PROPRIEDADE IMPORTANTE
Vende se a do Valle da Urça, jun-
to á ponte do rio Zezere; tem bella
casa de habitação, importantes na-
teiros á margem do rio, grandes oli-
vaes, muitas arvores de fructo e gran-
des extensões de matos € pinhaes,
é de muito futuro, porque deve ficar
perto da linha ferrea do Entronca-
mento á Certã; quando se explorar
convenientemente as aguas da Foz
da Certã e outros mineraes da mes-
ma zona. –
Dão informações, o sr. Jasé Nu-
nes da Matta, linha de Cascaes—Pa-
rede-Lisboa é o proprietario Manuel
Pestana dos Santos —-Sernache do
Bonjardim— Bailão.
GLAUCIA
Empolgante romance de 180 pa-
ginas. Preço, 200 réis; pelo correto;
220. : E
Pedidos a esta redacção.
À POD EA REPUBLICA
Preço 200 réis
Livraria Cernadas & C.* — Rua
Aurea, 190; 192—LISBOA,; 192—LISBOA,
@@@ 4 @@@
PEDRO EST
VOZ DO POVO
ENS
= , ALFAIATE
Fatos, para homens e rapazes, em todos os [generos
Preços modicos
PRAÇA DA REPUBLICA
CASA F UNERARIA
SERGIO PINA.
Encarrega-se de funeraes dos mais modestos aos mais sumptuosos,
so nada freguesia do concelho.
em em deposito sempre, urnas, caixões, corõas, etc.
Preços resumidos
CERTA
PROCURADORIA GERAL
Rua do Ouro, 220, 2.º—Lisboa
Endereço. telerranhico — «PROCURAL »
Agentes forenses em todas as
comarcas do continente
DA Agro Ferreira.
‘edo Cortez, aavornão:
Vaz Ferreira.
João de Vasconcellos.
Advocacia — Procuradoria — As-
sumptos Commerciaes.
Secção especial de averbamentos
E habilitações administrativas pe-
rante a Junta do Credito Publi-
co.
Emprestimos sobre hypothecas
Consignações ‘de rendimentos e
outras fúrmas de garantia.
Legalisação de documentos, Iqui-
dação de direitos de mercê, encar-
tes,
Publicação de annuncios no Dia-
rio do Governo e jornaes nacio-
naes estrangeiros.
Registo de propriedade litteraria,
artistica e industrial; registo de no-
mes, marcas, titulos e patentes de
invenção.
Habilitação de pensionistas no
Monte Pio Geral e outros.
Diligencia sobre serviços depen-
dentes de todas as repartições pu-
blicas, secretarias d’estado, minis-
“terios, consulados, e de todos os
bancos e companhias.
E’ esta a primeira publicação no
genero, mais util, completa e eco-
nomica, até hoje apresentada no nos-
o meio, representando sem duvidas
o maior auxiliador de todos os cida-
dãos.
punsoronss(20) Alfs
ADVOGADOS
Correspondencia e traducções
o Francez, Inglez e Alle-
mão
VIDA POLITICA
POR
“Luiz da Camara Reis
Cada n.º……… É 50 réis
Serie de 6n,º…… 300 »
Pedidos á administração, Rua da
Palma, 24, 1,º—LISBOA,
NA ANEMIA, FEBRES PA-
LUSTRES OU SEZÕES, TU-
BERCULOSE E OUTRAS
DOENÇAS PROVENIENTES
OU ACOMPANHADAS DE
FAAQUEZA GERAL, recom-
“’menda-se a
EXPERIENCIAS siccs essi,
meros clinicos,
nos hospitacs do paiz e colonias, confirmam ser
O tonico e febrifugo que mais sérias garantias
offerece no seu tratamento. Augmenta a nutri-
ção, excita fortemente o apetite, facilita a di-
gestão o é muito agradavel no paladar,
pers
LEITÃO & ALBUQUERQUE
EM COMMANDITA
Rua do Ouro, 10, 2.º-ESCRIPTORIO PORENSE-Teleg,*—LEQUE=LISBOA
— esse
abpado
Commissões e consignações, despachos nas alfandegas»
informações, remessas de encommendas para as pro-
vincias, ilhas e colonias. Acceita representações de
quacsquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei-
ras. Trata de liquidações de heranças e de processos commer-
ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do ão
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
És encartado. Ea
VALLE va URSA
oe EUA MINDE
a RC pAiZ Comi ESTA À IMPOSIÇÃO CHIMICA
de ú ly
4 PREMIADA COM 10 MEDALHAS DE OURO E PRATA
4 NAS EXPOSIÇÕES NACIONAES E EXTRANGEIRAS
ioga ceiad NOTAVEL CURA e DIABETES,
9) ANALYSES CHIMICA, a E APRECIAÇÕES
) DOS DISTINCTOS CLINICOS E.” 5.”
DE VIRGÍLIO MACHADO D’ D ANTONIO « LENCASTRE D’ ALFREDO IUIZ LOPES FTC
DÁ-SE FOLHETO NO DEPOSITO GERAL
– RUA» PRINCEZA, BA, Llyuico ves Fanqueiros) LISBOA (
HH Zeferino
Grand prix e medalha de ouro na
exposição Internacional de Anvers, de
1911.
a
Instrucções em portuguez, francer e inglez,
A? venda nas boas pharmacias,
Deposito na CERTA — Pharmacia Z, LU-
CAS —; CASTELLO BRANCO, Pharmacia RO-
DRIGÃO. Deposito geral: Pharmacia Gama.
O. da Estrella, 118 — E re
TOSSES guess. qu -B6 essa ADE,
Caixa, 310 réis, pn 5) mesmos da QUI-
NARRIENINA.
“WESUS CHRISTO
por Augusto Rodriguas
Elegante volume ácerca
da vida do fundador do
christianismo. Suas ma-
ximas e suas parabolas.
Pedidos à redacção da «VOZ
DO POVO»
Preço, 200 rs. franco de porte
À NACIONAL
COMPANHIA DE SEGUROS
Com o capital de 500:000:4000 rs.
Seguros S0bre a Vida, em todas as combinações
Seguros contr o risco do fogo
seguros populares
a 20 réis por semana
N’esta redacção prestam-se todos
os esclarecimentos e fornecem-se
tabelias,
Eur
Productos chimicos e especiali-
dades pharmaceuticas
nacionaes e estraníeiras
AGOAS MINO-MEDICINAES
GRANDE VARIEDADE DE SABONETES FINISSI-
MOS E ESSECIAS MODERNAS dos melhores
fabricantes estrangeiros.
Eds pa
12 Largo do Cratariz sp ANAlySes completas de urinas e azeites
od
— Doc
; JULIO GOMES FERREIRA & no L> ú
Rua da Victoria, 82 a 88 e Rua do Ouro, 166 a 170 bo
LISBOA —
Installações completas de gaz e agua; gazometros pára ace-
tylene desde 5 a 100 luzes; variado sortimento de candieiros, lus-
tres e lampadas. para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de
diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha;
tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu-
bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di-
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes- ff
cencia ; esquentadores para gaz e petroleo ; ; pára-raios; artigos de (Si
electricidade, etc. IE
E, etc. IE
E