Voz do Povo nº71 07-04-1912

2.º Anno
DIRECTOR
Augusto Flodrigues
“ Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certã, 7 de abril de 1912
Vo
— E Sana
Assignaturas REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Annuncios
PAIO creo 1200. Semestre… 600 rs. Travessa do Serrano, & Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
Para o Brazil. …… « 5iooo réis (fracos) CE N’outro logar, preço convencional
Pago adiantadamente
Não se restituem os originaes
– Revisão de matrizes
—s ee —
Tem estado em discussão na
camara dos deputados um projecto
de lsi, estabelecendo novos
preceitos para a avaliação da
propriedade rustica e urbana.
Desnecessario se torna encarecer
a importancia do assumpto,
porque, emquanto se não
fizer uma conveniente revisão
das matrizes, não se póde pensar
em qualquer reforma de contribuição
e muito menos em estabelecer,
com relação a ella, o
systema de quotidade. Tudo
quanto se faça será obra de méro
acaso, sem fundamento sensato,
sem qualquer base scientifica.
O serviço de revisão das matrizes
prediaes é fundado na inspecção
directa dos predios e confiado
a 120 commissões, compostas
de tres membros effectivos
e dois aggregados, sendo os
effectivos um. engenheiro ou official
de estado-maior, um agronomo
ou regente agricola e um
funccionario das finanças, e os
aggregados um representante de
cada municipio e um representante
dos proprietarios de cada
freguezia,
“Depois de se haver tentado,
sem resultado algum, pelo decreto
de 4 demaio do anno passado,
o systema da declaração
directa do contribuinte, regressa-
se ao systema das commissões
technicas, cuja efficacia,
aliás, foi condemnada no relatorio
que precedeu esse decreto.
Pelo modo como se pretende
agora constituir as commissões,
não nos parece que os resultados
possam ser superiores aos
que produziu o decreto de 25 de
agosto de 1881. Effectivamente,
sendo a maioria dos vogaes das
projectadas commissões constituida
por funccionarios extranhos
a cada concelho, não é de
esperar que elles possam determinar,
com inteiro conhecimento
de causa,o rendimento collectavel
das propriedades, especialmente
das rusticas, por isso
que esse rendimento modificase
sensivelmente, de região para
região. Ficam precisamente em
minoria os vogaes que melhor
poderiam contribuir para deliberações
acertadas e para a organisação
de matrizes consentaneas
com a verdade dos factos.
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprigiate da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Demais, os representantes dos
municipios serão escolhidos entres
os homens bons de cada freguezia
do concelho. Não sabemos
a que proposito se resuscitou
agora essa denominação usada
nos seculos XV e XVI, nem
conhecemos na nossa terminologia
fiscal essa expressão de homens
bons. Poderá, portanto,
acontecer que se tome por homem
bom quem nada conheça
ou se interesse pelo regimen da
propriedade e, n’esse caso, os
interesses dos proprietarios ficarão
ainda mais desprotegidos.
Encerra, porém, o projecto em
discussão disposições draconeanas,
comoé aquella que obriga
os proprietarios ou usufructua-.
rios a fazer declarações dos predios
omissos nas matrizes, sob
pena de pesada multa, como se
o proprietario que paga a contribuição
em globo, podésse saber
se ella não incide em algum
dos seus predios. Das duas uma:
ou as commissões servem para
alguma coisa, ou não; se servem,
façam a inspecção directa geral,
se não servem, melhor será pou=
par ao thesouro este novo encargo.
]
Pretende-se, no projecto de
lei a que nos estamos referindo,
estabelecer regras para a determinação
do rendimento collectavel;
mas parece-nos que essas
regras não são menos falliveis
do que as do regulamento de
1881. Pretender, por exemplo,
que com respeito á avaliação dos
predios rusticos, se attenda apenas
ás despezas de cultura, parece-
nos um contrasenso, por isso
que accidentes se produzem
periodicamente em muitos predios
e circumstancias occorrem
repetidas vezes, que alteram sensivelmente
o valor da sua producção
annual. Não basta, portanto,
attender apenas ás despezas.
culturaes: é indispensavel
ponderar outras circumstancias
para chegar a uma avaliação
equitativa.
Pelo que deixamos dito, vê-se
que o projecto de lei em discussão,
relativo á revisão das matrizes
prediaes, carece de ser moderadamente
ponderado para não
ter o mesmo insuccesso do decreto
de 4 de maio do anno passado
e para não dar logar a iniquidades
que sirvam a perturbar |
ainda mais o regimen da contribuição
predial no nosso paiz.
A propriedade atravessa uma
crise que não é lícito aggravar
com tributos iniquos e injustificaveis,
por maiores que sejam
as urgencias do thesouro publico.
:
-——— — GDI6E——
l
Designação pulgar de
sabio
Pergunta-se n’um jornal que temos
á vista: «Qual d’estas duas creaturas
é mais feliz, o sabio ou o ignorante?
»
O articulista, depois de aduzir varias
considerações, comprovativas do
acerto que vae pronunciar, termina
por dar a si proprio esta resposta :
«E” o ignorante»,
Não somos da mesma opinião, nem
tampouco da opinião contraria.
Em o nosso fraco entendimento,
ambos elles são infelizes.
O ignorante é desditoso pela insufficiencia
de faculdades; o sabio é
infeliz pela direcção errónea que imprimiu
á actividade do seu espirito,
Efectivamente, e pelo que a este
rêspeita, perde-se o homem em indagações
de factos, que não são essenciaes,
porem sim muito secundarios,
quando não completamente extranhos
ás suas necessidades verdadeiras,
topar com soluções e descobertas
que pouco depois vê serem
de duvidosa autenticidade ou que, se
lhe parecem definitivas no momento,
breve reconhece que o não podem
ser, experimentar uma ancia
immensa de saber, sem jamais a encontrar
no campo da observação objectiva
cousa Elena que lh’a satisfaça,
é ser desditoso, porque é cançar-
se a traz de phantasmas, que mesmo
no caso de se deixarem apanhar,
nas mãos do appreensor se desfazem
como sonhos verdadeiros que
são.
Para nós, que assim temos o prazer
de pensar, será feliz aquelle homem,
que tomando como sabedoria
não o que ahi se considera como tal,
mas sim o conhecimento da moral,
cifrar toda a sua actividade na meditação
e pratica dos preceitos e deveres
que ella impõe.
Mas ouçamos o articulista:
«O homem quanto mais sabe, menos
sabe. Quer elle se materialise
no atomo, quer se espiritualise na
ideia, ha de reconhecer sempre um
deserto vastissimo onde as suas vistas
são nulas, o seu estudo superfluo.
«A sua esphera d’acção por mais
intensa que seja, não é capaz de
desvendar os mysterios que o rodeiam.
:
«D’ahi uma ancia continua, um
mal estar que o incommoda, um pezadello
que o tortura.»
Justissimas palavras, que nunca
será ocioso repetir, e muito menos
n’um tempo e n’um paiz onde se crê
proceder com acerto dando o nome
“de instrucção e educação, e considerando
como taes, essas grandes
cestadas de noções ou de conhecimentos
com que mancebos e raparigas
vão ás escolas cançar e bara-
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
lhar o cerebro, e que sommadas não
valem dois caracoes.
A circumstancia de o homem saber
tanto menos quanto mais sabe,
torna-o chamado sabio inapto para
a felicidade, ainda que pessoas illustradas,;
como o venerando cidadão
dr. Manuel de Arriaga, faz na sua
“ultima obra «Harmonias sociaes» divinizem
e elevem a sciencia a ponto
de ver n’ella a unica, a definitiva
redemptora dos povos.
Repetimos, e repetiremos sempre :
a razão de ser e o fim do homem
não é desenterrar fosseis, não é resolver
o problema da navegação aérea,
é ser justo, é ser moral, e ser,
n’uma palavra—Bom.
Aquelle que orienta n’esta direcção
as suas pesquizas, aquelle que
produz n’esse campo os seus estorcos,
encontra bem depressa a Verdade,
é encontra-a n’um espaço muito
mais curto, muito mais reduzido,
que o das especulações ordinaria:
mente chamadas scientificas.
Encontrar a Verdade é descançar,
e descança-se porque se attingiu o
fim. Isto quer dizer que foi visto, alfim,
o predomínio do interior sobre
o exterior, que se percebeu finalmente
conter o homem «na sua propria
pessoa» todos os elementos
constituitivos da felicidade, que ficou
sendo conhecida a superioridade do
moral sobre o material, n’uma palavra,
que se travaram emfim relações
com uma potencia até então
desconhecida—a Consciencia,—que
Victor Hugo definiu «a porção de
sciencia innata em cada um de nós,»
mas que melhor será considerar como
sendo essa força, essa potencia
essa creação para tantos vaga e obscura,
para outros falsa e absurda, e
por isso mesmo contraditada e incompreendida,
que ahi cirçula entre
os homens, e mais ainda entre as
mulheres, como nome generico de
«Deus».
Luiz Leitão.
CRONICAS
Os bons amigos e camaradas
A nossa amisade teve seu início
em 1903. Eu apresentava, pela primeira
vez, alumnos a exame do 2.º
grau. Sumido, num canto da Extremadura,
conhecia apenas dois ou
tres professores mais proximos. De
todos, mantinha apenas relações de
amisade com o Zé Henriques, que
um conjunto de circunstancias aproximára
de mim, e tinha visto o Oliveira
uma vez, numa festa do Carvoeiro.
Foi ele que me apresentou
a alguns dos bons amigos. Em breve
nos ligoua mesma identidade de
aspirações e ideiaes. «O estilo é o
homem» como diz D. Antonio de
Teenba. A nossa personalidade, o
nosso eu, está contido numa frase,
num dito. Impelíidos para o mesmo
caminho, com o olhar fito no mesmo
alvo, não poderiamos conservarnos
estranhos por muito tempo. Já
devem ter notado que tenho uma
cabeça pequena e mal feita, mas que,
-em troca o meu coração é imenso.
Para as almas materialistas para
quem a vida é um epicurismo animal,
a amizade pode ser uma coisa
bem frivola. Para todos os que, como
eu, vivem do sentimento, ela é
a unica coisa verdadeira: De tanto
se viver com as crianças a .gente
torna-se infantil como elas. A vida
de professor primario é, em certa
maneira, uma vida de altruísmo.
Sem uma grande dedicação, os nossos
esforços resultam quasi estereis.
Os que se não sentem capazes de
um grande sacrificio escusam de vir
para cá. O mercenario nunca foi capaz
de um heroismo. Quando se vê
apenas diante dos olhos um vil estipendio,
faz-se o menos que se póde.
Nós não eramos uns vis mercenarios.
Tinhamos algum amor pelas
nossas escolas, pelas crianças. Dayamos-
lhes as nossas energias. Por
aquele tempo encontrayamo-nos já
todos cançados, extenuados, anciosos
por uns dias que no: permitissem
dar uma sortida de manhã, ás ‘
erdizes, e dormir longas sestas, à
ora do calor.
Todos os anos nos encontravamos
por aquele tempo, na formosa
cidade nabantina. Os rapazes iam
para o exame e nós ficávamos por
ali, à sombra das amoreiras da Varzea
Grande, fazendo-lhs a confissão
das nossas inquietações.
Ainda me lembro com nitidez.
Um ano estava eu-lá dentro, no jury
dos exames. O professor Zé Henriques
tinha lá dois alunos. Um deles
tinha feito, um exame fraquito.
Disseram-lhe.
Eu estava de pé. sobre o estrado
quando o vejo lá de fora a acenarme,
como quem me diz — então?
Fiz-lhe com a mão sinal de quem
dá um golpe no pescoço. Irado, colerico,
mostrou-me o punho. E não
houve remedio senão passar-lhe o
rapaz.
inham depois os momentos de
alegria. Por cada um que se via livre
daquilo, era uma ceia em casa
do Duarte. E. expandiamo-nos em
simples alegrias, remomerando trabalhos
passados e algumas consolações
sentidas. O meu compadre
Oliveira, sempre blageur, tinha frases
crueis sucessivas. O Zé Henriques
narrava paias e pilherias. O
Prudente saia-se ás vezes, da sua habitual
serenidade para intrigar o Jesus.
E até o Monteiro, a joia do
professorado, o nosso exemplo, como
nós lhe chamavamos, deixava de
pensar nos seus meninos, para rir,
um pouco conosco.
Cada ano que passava apertava
mais os Jacos da nossa amizade e
da nossa solidariedade, A hoste engrossou.
Vieram novos companheiros
e novos amigos. Recebiamo-los
com prazer e com carinho. Não tinhamos
espirito de seita. Conscientes
de nós mesmos não receiavamos
pela nossa boa harmonia.
Um dia foi mister afastar-me. Passaram
se dois anos longos. Mas os
bons amigos não me esqueceram.
Queriam ver-me, ouvir-me. E. proporcionado
e ensejo, eles aí vem todos
até aos Vales. Ali matâmos em
dois dias, as saudades de dois anos.
Lá estavam o Alberto, o Armando,
o Baeta, o Godinho, o Monteiro,
0 Oliveira, o Pires, o Serafim e
o Zé Henriques. Foram umas horas
deliciosas, ali, naquele retiro,
que fazia as delicias de Alfredo
Keil. Perpassaram-nos pela mente
os mil incidentes dos ultimos. oito
anos, as alegrias e as amarguras da
nossa vida profissional, as ceias no
Duarte e o passeio ao Prado. |O
Monteiro relembrou a nossa pequena
digressão de 1909.
Ele levava das Areias dois leitões
assados. Era um para o caminho,
no comboio, logo que passassemos
Abrantes, O outro ficava para uma
– VOZ DO Povo |.
ceia em Mação. Afinal não chegaram
a tomar o comboio. Ficaram
em Tomar em casa do amigo Luiz
Venancio. Depois veio a perda do
carro, em Belver, e a nossa entrada
triunfal em Mação, montados em
dois burros de almocreve, e aquela
noite passada em casa do Padre
Luiz. O Monteiro ria ás gargalhadas
do picaresco da narrativa e eu,
temendo que o Luiz esgotasse o assunto,
já envolvido nos lencoes, provocava
pequenas discussões imag’-
nativas, pequeninos incidentes patuscos.
Foi uma noite que nos hade
lembrar sempre. No dia seguinte
fomos para a Amendoa, já de tarde
e por lá passámos dois dias agradaveis.
De tudo falámos, de tudo nos lembrámos
ali, naquela tranquilidade
rustica dos Vales. Ditósos dias em
que a gente se despreocupa de arrelias
e canseiras.
Na preterita segunda feira os bons
amigos volveram a patentear-me outra
vez a sua amizade.
Arrastaram-se até aqui, alguns de
bem longe, para me confirmarem a
sua amizade. )
Os bons amigos e camaradas, como
eu lhes fico agradecido.
Eurico
e emite
À missão do professor
Ensinar a lêr! Para um homem
consciente do seu destino, não se
compreende nada mais tocante mais
belo e encantador, do que assistir
ao desabrochar d’um espirito “de
creança!
A creança é como um botão de
rosa abrindo aos primeiros alvores
d’uma manhã primaveril.
E’ como a avesinha quasi implume,
ao exercitar-se para executar os
seus primeiros vôos.
E” como a joven adorada, ao sentir
as primeiras impressões do seu
amor, casto e puro. e,
Sentir cair na alma essa alegria
sugestiva e juvenil d’um olhar de
criança, risonha e atraente para com
o seu educador por ter advinhado
o grande enigma — conhecer os caratéres
alfabéticos d’onde irradia
mais luz do que de todas as constelações
do firmamento. — Vê la esitante
no receio de errar, interessada
a custo e procurando no olhar
do seu educador o aplauso estimulante
para porseguir, e por ultimo,
o seu sorriso de vitória, já cheia de
amôr pela leitura, e percebendo
n’ela em fórma bem visivel a mesma
linguagem humana, viva e sonora
dos labios maternaes!…
Nada ha mais grandioso do que
o quadro que o professor primario
quasi diariamente observa.
Mas, para que mais evidentemente
se destaque e repita, não basta o
ensino moderno que os melhores
pedagogistas aconselham, não basta
o amor paternal que os educadores
devem ter para com os espiritos precoces
e embrionarios.
E! necessario que as familias cooperem
com os professores na educação
de seus tutelados, não os atemorisando
com os castigos velhos e
rotineiros que outrora usavam, e
que hoje todas as nações cultas detestam.
Não é assim.
Deve-se-lhes dizer e concretamente
provar-se-lhes, que a escola é o
templo da paz, do bem e da virtude,
d’onde saem os homens d’amanhã,
conscios dos seus deveres crvicos,
inteléctudes e moráes.
Se assim fizerem, tanto uns como
outros, contribuirão para consolidar
esta nova patria, cujos alicerces
foram abertos em cinco de outubro.
Se assim não procederem, cometerão
o crime de lesa-sociedade e o
/
espirito infantil atrofiar-se-ha, tanto
moral como inteléctualmente, produzindo
pouco ou nada de util, visto
a sua educação ser má e incomple-
“ta.
Madeirã, 28 —3–g12.
. Francisco Ribeiro
FACTOS E BOATOS
Pela “camara
Sessão de 3
Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e assistencia dos vereadores
srs. Ciriaco Santos, Neves de
Figueiredo e Henrique Moura teve
logar a reunião da commissão municipal
administrativa.
Lida e aprovada a acta da sessão
anterior, passou-se ao expediente:
Foi presente:
Velegramma do presidente do ministerio,
agradecendo as felicitações
que lhe foram enviadas por esta camara;
inteirada. .
—Qficio n.º 119 da Camara de
Castello Branco, pedindo a afixação
de um edital; satisfeita.
— Oficio do Senador Martins Cardoso,
agradecendo o voto de louvor
que foi lançado na acta da ultima
sessão; inteirada.
— Oficio n.º 149 do Inspector Escolar,
pedindo sejam melhoradas as
condições da chaminé da casa de
habitação da professora e aquisição
de um armario; a Camara resolveu
responder que, apesar da sua
boa vontade, não póde satisfazer este
pedido por não ter no seu orçamento
verba que a isso a auctorise
e ainda porque, como é sabido por
todos os vereadores, foi pelo Ministerio
do Interior auctorisada a verba
de 51:%000 réis para reparos.no
mesmo edificio, lembrando por isso
ao referido funccionario a conveniencia
de reclamar essa quantia e
por ella fazer os reparos a que alude,
estando a camara prompta a
coadjuvar esta reclamação.
—Oficio 154 do Inspector Escolar,
sobre a creação de um curso
nocturno n’esta villa, a camara resolveu
pedir esclarecimentos sobre
ra verba necessaria para a sustentação
do referido curso.
—Ufiício n.º 606, da 7.º divisão
da inspecção dos serviços adminis-‘
trativos, acompanhando um questionario;
mandado responder.
— Ofício n.º 42 do Governo Civil
de Castello Branco, acompanhando
uma copia do oficio n.º 553, da Direcção
Geral d’Administração Politica
e Civil; a camara resolveu representar
ao Ministro das Finanças,
afim de ser mandada inspecionar a
parte do seu edifício em que tem
acomodações para as referidas repartições
de finanças e onde estas
estiveram até rg1o sem reclamações,
e para que não seja obrigada ao
pagamento duma renda que julga
desnecessaria é as forças do seu orçamento
não comportam.
—Um requerimento de Luiz da
Silva Dias, desta villa, pedindo
para, atravessar com um cano para
iluminação, o largo do chafariz,
Concedida, obrigando-se o requerente
a repôr o pavimento imediatamente
no seu primitivo estado e
salvando a Camara o direito de mandar
levantar a tubagem quando lhe
seja preciso sem indemnisar o requerente.
—Um pedido de um subsidio de
latação de Miguel Francisco Nobre,
concedido o de 18200 mensaes até
21 de outubro do corrente ao filho
Antonio.
Foram apresentadas com o pavecer
da commissão de saude as»
lantas das casas de Antonio Pedro
Rola da Certã, e Antonio Ferreira
Biscaria, de Sernache, devendo
as construcções: obdecer ás jndicações
da mesma commissão,
—Mandou proceder a reparos no
talho municipal da Certá, devendo
ser satisfeitos logo que estejam concluidos.
—Mandou pagar a importancia
gasta com a plantação de arvores.
—Mandou collocar umas fechaduras
na Repartição de Finanças.
— Sob. proposta da Junta de Paroquia
do Nesperal passou atestados
de pobresa a Artur da Silva Serdei-
“ra e Antonio da Siva.
RESea E
eglsto Civil
O movimento de registos na séde
da repartição, de 27 de março-a 3 do
corrente foi:
Nascimentos… ….. 2
Obitos RAL ER aa
— «DOC
Guarda Republicana
No nosso districto, terá um posto
em cada concelho e será dividida
em duas secções: a de Castello
Branco, comprehendendo mais os
concelhos de Idanha, Ródam, Proenca,
Oleiros, Cere tViãll a de Rei; e a
da Covilhã comprehendendo mais
os concelhos de Belmonte, Penamacôr
e Fundão.
—— SG UR
Luiz Domingues da Silva
De regresso do Pará, está em
Lisboa este nosso estimado patr cio,
devendo chegar brevemente a esta
villa; com o que muito folgamos.
CRE A
Foi dimittido, à seu pedido, de
auditor administrativo de Castello
Branco, o sr. dr. Albano de Oliveira
Frazão, constando-nos que fica
addido à magistratura judicial.
apr ema ge
Pela administração do concelho
foram dadas ordens ácerca do defeso
de caça e pesca, sendo punidos
severamente os contraventores
e aprehendidas as armas.
—— <IOCOC>—
Vae ser posta em arrematação
uma tarefa de empedramento, da
estrada 119, entre Sendinho e Oleiros,
E ADEENGEGazeta
da Figueira. —E’ d’este
nosso ilustrado collega o artigo que
hoje, com a devida venia, publicamos
em primeiro logar.
Ret e ee
Carteira semanal
Fazem annos:
No dia gas sr.º* D. Carlota Tasso
de Figueiredo e D. Maria Eugenia
Mendonça David.
Está n’esta villa, onde tenciona
demorar-se algum tempo, o: nosso
assignante sr. Manuel Ramos.
Em goso de ferias, estão entre
nós os nossos patrícios srs. João
José de Magalhães e Joaquim Branco.
Estão nesta villa, a sr.* D. Virginia
Baptista e os srs. Manuel Pires
e esposa e Luiz da Cruz.
Esteve n’esta villa o nosso assignante
da Abitureira, sr. José Domingues
Antunes.
De visita ao velho amigo e camarada,
o inspector d’este circulo sr.
Joaquim Thomaz, estiveram na preterita
segunda feira, n’esta villa, os
seguintes professores de instrucção
primaria. D. Gabriela Vasconcellos,
Alberto Vasconcellos e Santos Monteiro,
das Areias; Ferreira Mesquita,
dos Chãos; Manuel Peres, da
Pedreira; Seraphim Alves da Silva,
do Pego; Armando Alves da Silva,
VOZ DO POVO
de Aguas Bellas; Henriques d’Oliveira,
da Amendoa e Izidro d’Oliveira
Braz, do Peso.
Pelo mundo litterario .
ELHA POR ELHA
Mais florido que um palmito,
Rosado, pimpão, bonito
Vinha o senhor Manuel.
Noiva ao lado, o peito em braza,
E com ella para casa
Em doce lua de mel.
Fidalgo de que é rendeiro,
Mal que o lá viu no terreiro,
Foi-lhe por perto passar,
E sem mais guar-te nem pejo,
A! noiva furta-lhe um beijo,
E o beijo fel-a córar…
O pobre esfregava um olho,
E carregava o sobr’olho,
Como quem diz —não gostei;
Diz-lhe o fidalg— oda renda.
D’aquella boa fazenda
Esta escritura lavrei.
Correram dias, e um dia
Vinha com toda a alegria,
Da igreja a casa tambem
O fidalgo e a fidalguinha,
Noiva d’elle e ella tinha
Uns olhos como ninguem. &
Sem mais tir-te senão duande,
Já mesmo a casa chegando, |
Sente-se um beijo estalar…
Olha, Manuel endoidece? |
Não, senhor; se lhe parece…
Venho lhe a renda pagar.
João de Lemos.
CONSELEFIOS
Ir pela rua ligeira ]
sem se importar com quem passa,
arregaçando da lama
o vestidinho de cassa;
pondo os pés nas pedras sêccas
por não sujar a botinha;
e saltar as pôças de agua
como se fôra avesinha;
e, quando vier o vento,
não deixar ver… mesmo nada
alem do pé pequenino,
do seu pésinho de fada;
ir fugindo sempre á chuva
sob a sombrinha elegante:
e esconder dos nossos olhos.
o seu olhar fascinante;
deve-o fazer a casada,
e inda mais a que é solteira,
se não quer chegar a casa
com alguem atraz na esteira.
Eugenio de Castilho,
NÃO ÉS TU
Era assim, tinha esse olhar,
A mesma graça, o mesmo ar,
Córava da mesma côr,
Aquella visão que eu vi
Quando eu sonhava de amor,
Quando em sonhos me perdi.
Toda assim; o porte altivo,
O semblante pensativo,
E uma suave tristeza
» Que por toda ella descia,
Como um veu que lhe envolvia,
Que lhe adoçava a belleza.
Era assim; o seu falar,
Ingenuo e quasi vulgar,
Tinha,o poder da razão
Que penetra, não seduz:
* Não era fogo, era luz
Que mandava ao coração,
Nos olhos tinha esse lume,
No seio o mesmo profúme,
* Um cheiro a rosas celestes,
Rosas brancas, puras, finas,
Viçosas como boninas,
Singelas sem ser agrestes.
Mas não és tu… ai! não és:
Toda a illusão se desfez.
Não és aquella que eu vi,
Não és a mesma visão,
Que essa tinha coração,
Tinha, que eu bem lh’o senti!
eAlmeida Garrett
Conselhos aos lavradores
O Kainite
Vauderyst e Smets, nos seus interessantes
estudos sobre as multiples
vantagens do emprego do Kai- |
nite em agricultura resumem-nos
da seguinte maneira.
O Kainite tem uma acção directa
sobre a vegetação pela potassa, pela
magnesia, pelo acido sulfurico e
pelo cloro que contem.
Tem muitas acções indirectas devidas:
f E
1.º aos cloret— oqsue favorecem
a decomposição dos silicatos; tem a
propriedade de absorver o vapor
d’agua e pela sua higros capacidade,
étc., impedem a desnudação rapida
dos terrenos leves; melhoram
o valor nutritivo das torragens; e
finalmente devido ainda aos cloretos
contribue para o melhoramento
do grão nos cereaes.
2.º aos saes magnesicos — devem
o favorecimento da fixação do amoniaco;
pódem tornar assimilaveis os
phosphatos insoluveis; substitue em
parte a cal; e contribuem para augmentar
a quantidade de potassa
utilisada pelas plantas.
3.º pelos sulfatos —contribue para
a desagregação das rochas, transformam
os carbonatos insoluveis em
sulfatos ; impedem a volatilisação do
amnniaco; e ainda segundo Schultz
Lupitz elles fixarão o azote atmospherico.
E
Em face d’estas conclusões e dos
resultados praticos que tem dado o
seu racional emprego, julgamos desnecessario
fazer a seu respeito mais
vastas considerações hoje. .
Cardoso Guedes.
—-—— — = MPE ee > —
Anecdota
Um-charlatão, de. passagem por
uma cldade, annunciou que, entre
outros segredos de medicina, possuia
uma receita efficaz para remocar
as senhoras edosas.
Como o annuncio estava bein redigido,
attrahiu grande numero de
velhas a solicitar a maravilhosa tianformação.
Alem da competente esportula,
exigia elle a todas que escrevessem
n’um bilhetinho, nome e edade, isto
com a maxima exactidão, porque
d’ella dependia o bom resultado do
milagre; e convidou-as para que
voltassem no dia immediato.
Assim o fizeram as velhas, e o
meliante tão depressa as viu reunidas
começou a lastimar-se, que aluem
mal intencionado roubára os
Eilietes recebidos, e que sem a reforma
d’este requisito nada podia
fazer.
Proporcionou portanto a todas outros
cartões, penas e tinta, e pediulhes
que de novo escrevessem seus
nomes e edades, dizendo que aquella
exigencia tinha unicamente por
fim verificar qual das senhoras era
amais edosa, e que essa teria de ser
queimada viva, sendo as suas cinzas
ministradas ás restantes, em copos
com agua, :
Ficaram surprehendidas as velhas;
mas, credulas aínda na promessa,
trataram de confeccionar os novos
bilhetes, mas sem empregarem na
designação dos annos a exactidão
primitiva, receiando todas que a eleição
lhe coubesse.
Feitos os bilhetes, o charlatão tomou
posse d’elles e, apresentando
os que recebera na vespera e que
havia occultado, disse:
—pPelo confronto que acabo de fazer,
vejo que todas as senhoras
presentes remoçaram de hontem
para hoje, e que algumas ha que
obtiveram o beneficio de mais de
dez annos. Julgando-as portanto satisfeitas,
apresento-lhes os’meus respeitos,
offerecendo-lhes os meus serviços
em… para onde parto em
seguida.
E AOS A RS
“Insetos parasitas das plantas
As arvores de fructo são frequentemente
atacadas por diversos inseetos
parasitas, como lagartas, piolho
e outros, que causam em geral grandes
estragos,
A melhor maneira de dar caça a
estas pragas e evitar os prejuizos
que causam consiste em, logo que
apareçam os combater por meio da
aplicação de remedios inseticidas, de
que ha diversas formulas, convenientemente
estudadas.
O inseticida 2:004 A. C. (marca
registada da casa O. Herold &
€.!) dá muito bom resultado aplicado
em solução de 1º ou 1/125,
contra o pulgão das vinhas e o piolho
das favas.
A Heroldina 2:002 é de eficacia
com provada contra o piolho das
raseiras, dos meloaes, etc. na dose
de 5 a ro ojo, diluida em agua.
O Fluido CG. v. é um remedio
excelente, empregado a 1 , contra
todos os insetos parasitas das arvores
de fructo.
Devem pois os lavradores previdentes
ter sempre em casa estes
productos para os aplicarem ao primeiro
sinal de perigo, tanto mais que
alem de darem excelentes resultados
são relativamente baratos.
Vendem-se ao preço de 28500 réis
por cada barril de 5 kilos de inseticida
2:004 A. C., 18000 réis por cada
lata de 10 litros, de Heroldina
2:002 e 4$500 réis por coda lata de,
5 litros de fluido €. V. na casa O.
Herold & (C.º, com armazens em
Lisboa, Porto, Pampilhosa e Regoa.
—A NNUNCIOS—
EDITAL
Zeferino Lucas de Moura, Presidente
da Commissão do recenseamento
eleitoral do concelho da Certã,
vem por este mceio tornar publico,
que no prazo de 10 dias, a contar
do dia 30 de março corrente,
serão recebidos os requerimentos
para a inscripção do novo recenseamento
eleitoral a elaborar no corente
anno, em conformidade do disposto
do art.º 17 e 18 do Decreto
de 5 de Abril de r9r1,
Certã, 23 de março de 1912.
2 Zeferino Lucas de Moura |»
SOLIITADOR FORCNDE
Augusto Justino Rossi
CERTÃ
Trata por preços modicos de todos
os negocios judiciaes e cobranca
de dividas.
Vende-se uma no Cabeçudo, bem
situada para estabelecimento, com 8
divisões e quintal.
Para tratar Joaquim de Castro Macedo—
Povoa da “Ribeira Sardeia.
Preço em papel. .
ANNUNCIO
Pelo Juizo de Direito da Comarca
da Certã e cartorio do segundo
officio, foi convertida em divorcio, a
separação de pessoas e bens, decretada
e homologada por sentença de
trinta de abril de mil oitocentos noventa
e quatro, entre os conjuges
José Gabriel da Fonseca Diniz, Secretario
de Finanças, em Alvaiazere
e Guilhermina Lopes Soares, tambem
conhecida por Guilhermina Nobre
Soares, ausente em parte incerta.
Certã, 26 de março de 1912.
O Escrivão
Francisco Pires de Moura
Verifiquei
O Juiz de Direito
Sanches Rollão
PROPRIEDADE IMPORTANTE
Vende se a do Valle da Urça, junto
á ponte do rio Zezere; tem bella
casa de habitação, importantes nateiros
á margem do rio, grandes olivaes,
muitas arvores de fructo e grandes
extensões de matos e pinhaes,
é de muito futuro, porque deve ficar
perto da linha ferrea do Entroncamento
á Certã, quando se explorar
convenientemente as aguas da Foz
da Certã e outros mineraes da mesma
zona.
Dão informações, o sr. Jasé Nu- –
nes da Matta, linha de Cascaes—Pa
rede-Lisboa e o proprietario Manuel
Pestana dos Santos —-Sernache do
Bonjardim— Bailão.
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do Monte Banzão
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todo o escrupulo e attenção na execução
de todos os trabalhos que lhe
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quaesquer casas productoras tanto nacionaes como estranjeis
ras, Trata de liquidações de heranças e de processos commere
ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, SON CHAdOR
e encartado.
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para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes-
-cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
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