Voz do Povo nº70 31-03-1912

2º Anno
DIRECTOR
Augusto Fodrignes
Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certã, 31 de março de 1912
V perene
N.º 7o
OVO
Assignaturas
Anno…… 1200. Semestre…
Parao Brazil. Ga cuidia
Pago adiantadamente
Não se restituem os originaes
Goo rs.
5abooo réis (fracos)
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA.
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprisiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Annuncios
Na 3.º: e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs,
N’outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
Interesses locaps
—a a
E? consolador registar que se
nota da parte d’alguns vultos salientes
da alta política, um dicidido
interesse pela Certã, pelos
seus legitimos direitos e justas
aspirações. E” preciso continuar
a desenvolver em volta de nós
a opinião favoravel que ora se
está estabelecendo, mercê do entranhado
patriotismo d’um dos
nossos patrícios mais queridos,
o st. almirante Tasso de Figueiredo,
com a cooperação dos outros
nossos illustres representantes
em côrtes. Esta região merece
realmente a protecção dos
poderes superiores, e este concelho
tem condições naturaes
que o habilitam a progredir e a
engrandecer-se. O que é absolutamente
necessario é que nós todos,
que aqui vivemos, que aqui
temos os nossos interesses creados,
procuremos, pela nossa parte,
fazer tanto quanto possivel
para coadjuvar a somma de
boas vontades que se estão manifestando.
Não nos envolvamos n’essa
mesquinha lucta de pessoas, que
inutilisa tão bons e apreciaveis
elementos. Esqueça— mos que
porventura os ten—h aquames –
quer motivos de passados agravos,
e caminhemos, todos unidos,
na defesa desta nossa terra, no
seu embelezamento e no seu progresso.
Dediquemos á questão hygienica
toda a nossa intelligencia e
boa vontade para lhe encontrar
uma solução racional, que se ponha
em pratica tão rapidamente
quanto seja possivel. E” essa
questãoo que mais nos prejudica
aos olhos dos que nos visitam.
E” a que, mais de perto, se
prende com o vastissimo problema
da saude publica. E” por isso
aquella que mais carece de prompta
solução. Não-se afigura ella
difficil e julgamos que está de
harmonia com as forças municipaes,
ainda que tenha de fazerse
um pequeno sacrificio.
A nossa viação municipal carece
egualmente de ser desenvolvida,
levando-se os seus beneficios
até junto de algumas
povoações do nosso concelho
que bem.a merecem. Mais uma
vez o repetimos: faça-se um programma
de melhoramentos a realisar dentro d’um praso de
20 annos, por exemplo. Recebam-
se os alvitres de todos os
municipes, dentro d’um certo
praso, e depois uma commissão
trate de os estudar e adaptar a
uma fórma pratica. Todos pódem
collaborar assim no progresso
da sua terra, e passados
alguns annos, cumprindo-se rigorosamente
esse programma,
a Certã, quasi sem exforço, quasi
sem sacrificios, estará transformada
n’uma terra moderna, com
todos os confortos, com todos
os attractivos que o progresso
reclama.
O exforço individual será relativamente
pequeno para a importancia
da obra a realisar.
Deixemo-nos do cultivo da
baixa politica de campanario.
Tratemos, sim, de politica, mas
na alta e bella accepção d’esta
palavra. Sendo patriotas, seremos
egualmente uteis á nossa
terra.
E não serão amigos da Certã
os seus proprios filhos, quando
até pessoas extranhas ao nosso
concelho nos escrevem, incitando-
nos a proseguir n’esta campanha,
manifestando as suas admirações
pelas condições naturaes
d’esta nosssa terra e o respeito
pelos seus homens!
Em favor da nossa causa, temos
um factor importante.
O problema da instrucção publica,
que mais afflige os intellectuaes
do nosso paiz, póde dizer-
se que está resolvido no nosso
concelho.
Pelas escolas officiaes que aqui
temos dessiminadas e pela grandiosa
obra d’instrucção e educação
que as benemeritas Escolas
Moveis aqui teem realisado, den-.
tro dPalguns annos, o analphabetismo
leverá um córte que nos
ha de encher de gloria.
“Já hoje ningeum nega a gratidão
que todos devemos ao grupo
d’homens que aqui institue
aquellas missões, e que muito os
deve compensar dos desgostos
dos primeiros tempos. Mas os
seus nomes ainda hão de ser
lembrados como os d’aquelles a
quem a Certá mais deve.
Continuemos, pois, a trabalhar,
pelo paiz e pela nossa terra.
—o—— ptei
Feira trimensal
Decorreu pouco animada quer em
transações quer em concorrencia a
segunda feira trimestral do corrente
pa que teve logar no passado dia
29;
AS MODAS
A reunião de todos os
erros, de todos os dis
parates, de todas as
praticas injustas é que
constitue esta grande
contrafação de vida
em que nos infelicitamos.
No Porto existe ha muitos annos
um jornal de agricultura pratica justamente
apreciado pelos serviços que
a essa primacial industria tem vindo
prestando.
Apezar de termos, a seu respeito,
uma bem fundada razão de queixa,
qual é a de não ter jamais querido
permutar com o nosso modesto jornal
a «Revista do Bem», não se lembrando
que a «Gazeta das Aldeias»
(assim se denomina aquelle), trocará
com outros de maior merito e valor,
não nos furtaremos jamais a fa-.
zer-lhe, como agora, tóda a justiça
de que somos susceptível.
Esse jornal, respondendo um dia
a uma consulta, informou:
«O ter ou não ter o cão as orelhas
cortadas, é apenas questão de
gosto e de moda; actualmente a moda
quer que se aparem as orelhas
dos cães da raça Grand Donois, etc.»
Firma a resposta um abalisado
professor e, forçoso é dizel-o, está
absolutamente conforme com o criterio
geralmente seguido. .
Mas o criterio commum pouco deve
importar ao verdadeiro pensador,
porque os factos só raramente correspondem
á verdadeira essencia das
causas e, n este capitulo especial das
mutilações, que se erigiu, como. diz
muito bem o consultado, n’uma simples
questão de moda, a verdade é
que ellasjsão injustas, desnecessarias,
e algumas vezes prejudiciaes, assim
para os animaes como tambem para
o proprio homem.
Exemplo: os gatos, que faltandolhes
a cauda, teem grande custo em
caçar os ratos, por não poderem formar
os saltos com a devida justeza.
Tambem o corte das orelhas não
permitte a esses animaes ouvir os
pequenos ruidos que os advertem
da proximidade dos incommodos roedores.
,
Diga-se já agora, embora de passagem,
que n’alguns paizes, como
por exemplo no estado de S. Paulo,
(Brazil), estas mutilações são consideradas
actos puniveis por lei.
Parece portanto que a «Gazeta
das Aldeias» perdeu um excellente
ensejo de, a ella, com a auctoridade
que lhe assiste como jornal de grande
vulgarisação e com a que deriva
do prestigioso nome do consultado,
corrigir esse grande abuso, que tanta
gente pratica irreflectidamente, de
perturbar a obra sempre harmonica
da natureza para obedecer á destrambelhada
phantasia de quem decreta
as modas.
Ninguem será capaz de explicar satisfatoriamente
a razão porque se
corta a cauda aos cavallos de luxo,
porque se cortam as orelhas ao cão,
a’ cauda ao gato… e ainda porque
se furam as orelhas ás raparigas.
Por isso mesmo que essa pratica
absurda não tem razão de ser, e que
ninguem é capaz de a explicar,é que
a todos quantos teem capacidade
para bem avaliar o alcance das cousas
assiste o dever moral de, pelo
seu conselho auctorisado, obstar á
eternisação de praticas tão absurdas
como aquellas de que se trata.
Poder-nos-ha objectar que a circumstancia
de mutilar as orelhas ou
a cauda a este ou áquelle animal não
tem importancia em si.
Mas é preciso lembrarmo-nos dô
seguinte :
Cada erro de per si pouca ou nenhuma
importancia tem ou terá, mas
a reunião de todos os erros, de todos
os disparates, de todas as praticas
injustas é que constitue esta grande
contrafação de vida em que nos debatemos
e em que nos infelicitamos
da maneira que se está vendo… e
sentindo. ;
Luiz Leitão.
| CRONICAS
A grande patija
As andorinhas, as andorinhas!
Não tarda, aí, a primavera, tinha eu
dito o outro dia, ao ver, pela primeira
vez, as gentis anunciadoras
da estação do sol e das flores. Iludiime.
As andorinhas enganaramme.
Continuou ainda, por muito tempo
O imenso inverno, que não contente
de se’ ter apoderado dos direitos
do outono queria ainda continuar
pela primavera. Passaram-se seis
mezes sem que o tempo nos permitisse
quasi, um passeio pelo campo,
numa ancia de sol e de ar. No mez
que passou apareceraami uns dias
brilhantes. Foi então que as andorinhas,
atrevendo-se a uma jornada
de muitas leguas, por aí nos apareceram,
radiantes de alegria. Coitadas
iludiram-se tambem. O ceu voltou
ao seu ar severo e carrançudo
e as pobresinhas viram-se obrigadas
a acolherem-se aos beiraes anciosas
de sol. Perdôo-lhes a ilusão.
Mais pobres do que eu talvez que
lhe escasseiassem os pequeninos insetos.
Talvez que sentissem mais
frio. E’ verdade que as tristezas
pagava-as eu!… Mas esqueçamos
tudo. O que lá vae, lá vae. A primavera
não se deixou levar de vencida.
Triunfou do cruel inverno. Temos
aí o sol. Eu amo o sol. E’ a
capa de orfãos. Para o doente, de
olhar triste, é a esperança da saude.
Para o que passa uma noite desagasalhada
e fria é o filho querido
da aurora, que traz alegria e conforto,
claridade e esperança. A minha
alma desagasalhada-e órfã, enferma
e triste, tambem aguarda da
primaverá um agasalho de -afeto,
uma caricia de luz.
«Se eu não surgir com as flores,
dizia eu, ha tempo a uns amigos,
para quem escrevo de vez em quando,
uma carta comum, num modesto
semanario do norte, chorai aquele
que em tumba esquecido, dorme
ao longe um longo dormir de agonias
». (Aqui tiâmbem ha Soares de
Passos, á mistura).
Parece-me que heide’resurgir.
Passaram os dias de tempestade.
O sol brilhante enunda: de luz os
campos, pondo tons alácres nas pedras
dos rochedos e nas folhas das
oliveiras. Desabrôcham flores e afetos.
Isto é já bem a primavera. Fiz
hoje um grande passeio pelos campos.
Os pequenos regatos murmuravam.
Ás avesinhas segredavam-se
amores. As varzeas tinham tapetes
de malmegueres. As gotas de orvalho,
naselva das valadas e nas folhas
dos trigaes, sorriam alegremente
e a atmosfera estava perfumada
de aromas sadios, À espaços sentava-
me para descancar e meditar e,
no meio daquela alegria da natureza
em festa, eu sentia-me mais perto
dos que amo, mais longe dos que
me querem mal. Entre, a natureza
e a nossa alma.ha uma intima corelação.
Um raio de sol desanuvia
tristêsas. Uma borboleta que se agita,
uma avesinha que passa, uma
flor que se colhe á beira da estrada,
despertam alegrias e saudades. E a
alma povoa-se de ilusões, o espirito
sonha ideiaes e o coração desabrocha
em afétos: Eu não sei se a moralidade
humana é superior neste
tempo abençoado, Deve sêlo, Nestes
dias tão festivos e nestas noites
tão serenasa alma eleva-se para os
sentimentos nobres. As perfidias forjam-
se ás escuras, as intrigas, fabricam-
se na sombra. Os maus; pensamentos
fogem assustados ante os
clamores da natureza.
Mais ligeiras do que as brisas passam-
as “andorinhas anunciando-nos
flores e alegrias, perfumes e musicas,
Depõe-se os sobretudos e os agasalhos:
As-constipações capitulam.
Para longe os sinapismos e os xaropes.
Ás arvores vestem-se de verde,
nos troncos resequidos vão as
flores brotar. As avesinhas soltam
os seus cantos. Os pirilampos voam
nas clareiras. Surgem os grilos e os
insectos, Uma onda de luz e de alegria
passa sobre toda a natureza.
Álegrem-se os corações. Expandamse
as almas. Os passarinhos e as
flores, as arvores e os insectos, fazem
as suas confissões de amor. E/
a estação das ilusões e das quimeras,
dos sonhos e da poesia.
Corre-nos da imaginação um excesso
de seiva. Sonham-se esperancas
O diabo é se no meio desta festa
das almas e da natureza vem por
aí um pé de vento, percursor de
mau tempo, que dissipe prefumes e
musicas, levando consigo pétalas e
alegrias,
: Eurico.
ee FACTOS E BOATOS
Proença-a-Nova
Por iniciativa do digno, administrador
d’aquelle concelho, sr. Carlos
Martins, organisou-se em Proenca-
a-Nova, uma, commissão encarregada
de fundar, por subscripção
publica, uma escola para ambos os
SEXOS.
————«<3OQOC=
Obras Publicas
Da direcção das Obras Publicas
do: districto do Porto foi transferido
para a do nosso districto, o engenheiro,
sr: Manuel de Mattos Ferreira
do Carmo.; A
— <3O00€=—.
Commissão Municipal d’Assistencia
Já se acha constituida, conforme
o disposto no artigo 51 do, Decreto
de 25 de Maio de 1911; aquella commissão,
que ficou composta dos srs.
Zepherino. Lucas, como presidente
da Camara; «dr, Gualdim de Queiroz,
como sub-delegade, de saude;
dr. José Carlos Ebrhardt, como facultativo
municipal; Joaquim Cyriaco
| Santos, vogal eleito pela camara;
João Martins, pelas Juntas de Parochia;
e Antonio Figueiredo Torres
Carneiro, e José Januario da
Conceição e Silva, que exercem as
funcções de provedores das duas misericordias
do concelho.
= “DOJQOC>+——e—
Na sua casa, de Sernache do Bomjardim,
falleceu a sr.* D. Olympia
da Silva Matta e Alcobia, esposa do
nosso presado “assignante’ sr. José
Maria d’Alcobia,
O prematuro” fallecimento desta
senhora, que era dotada. das mais
“primorosas qualidades, consternou
todos que se acham relacionados
com a sua illustre familia, sendo geralmente
sentido n’aquella importante
povoação e n’esta villa.
D’agui enviamos a expressão do
nosso pezar,’ associando-nos à dôr
que tortura toda a sua familia.
—=— DO0 0€C-—
‘Os rapazes de Sernache, que compunham
a tuna que n’uma das ultimas
noites se fez ouvir no theatro
da Sociedade Patriota d’esta villa,
foram aqui muito apreciados.
— —S600€>-——
No dia 25 do corrente, na administração
do concelho, reuniram, para
o fim d’elvger os vogaes da commissão
d’assistencia municipal, os
representantes das juntas de parochia
do concelho,
Tambem compareceram os representantes
das duas misericordias do
concelho, que não elegeram representantes,
visto que não havendo no
– concelho outras associações de beneficencia,
aquellas se representam
legitimamente pelos seus provedores.
=“ C00C———
Musica
No dia 7 do proximo abril. tocará
no Passeio do Adro, a philarmonica
Patriota Certaginense, das 13 ás 15
(uma ás trez).
-— -SGyoc—— —
Regressou a sua casa de Sernache,
o sr. dr. Abilio Marcal, distincto
advôgado n’esta comarca.
——.. <D000C>———
«A Manhã»
Recebemos a visita d’este nosso
presado collega, que se publica nm
Porto. F
Os nossos cumprimentos.
— —p repiee———
Recita
No: dia 24 teve logar notheatro
da «Sociedade Patriota Certaginensé
» uma recita promovida pela troupe
Lança, de Sernache do Bomjardim,
o espectaculo foi abrilhantado pelá
tuna: d’aquella localidade, que n’um
dos intenvallos se: fez ouvir no palco
executando algumas peças do seu
reportorio, e pela sociedade «Patriota.
»
O desempenho deixou satisfeita a
assistencia pois foj correcto.
E esa 4:01 quam so 4
Por ordem do ministerio da justica
foram mandados: affixar nos logares
publicos e ás portas dos postos
do, registo civil, editaes com a
indicação da tabella dos emolumentos
dos conservadores, officiaes e ajudantes.
do Registo Civil em todo o
paiz. :
EAEE IGE=——— = 4
Lei da Separação
Foi enviada uma circular a todos
os governadores civis para recommendar
aos seus subordinados, que
se abstenham de intervir no exercicio
do. culto, quer suspendendo ministros
da religião, quer interferindo na
sua collocação, como recommenda o
artigo g7 da Lei da Separação, limitando
o seu procedimento a levantar
autos de transgressões ou delitos
que elles praticarem e enviando esses
autos ao ministerio da justiça.
“VOZ DO POVO
“União Republicana
“Já foi discutido e approvado o
“programma d’este novo partido po-
“litico. +
= Da sua direcção politica fazem
| parte os nossos presados amigos
“e Antunes Pinto; é da sua direcção
” administrativa o nosso presado amigo,
sr: Martins ‘Cardoso.
DraeE a a
Seminario de Sernache
Segundo consta já estará em vigôr
a nova reforma: d’esse estabele
cimento, -quando- começar o proximo
anno lectivo.
Ignoramos ainda as; bases d’essa
reforma mas parece certo que o en:
sino não terá um caracter tão acentuadamente
eclesjastico, como presentemente.
Registo Civil
O movimento de registos na séde
da repartição de 20 a 27 do correntelfoi:
o! :
Nascimesnz»t .oahsnoyinn endy 3
PIERA = 0 +
O proximo eclypse do sol
No. proximo dia 17 de abril vae
ser visivel no nosso paiz um eclypse
do sol que pode ser. total.
As maximas phases que o eclypse
apresentar hão-de ser pouco visiveis
no nosso paiz.
Na melhor das hypotheses o phenomeno
será de curta duração, não
excedendo seis segundos ou seja um
decimo de minuto.
Portanto será um phenomeno quasi
instantanio que não permittirá ver
o apparecimento da formosa crôa
solar e das estrellas como se fôra
de, noite.
Conselhos aos lavradores
Afolhamentos
Os. afolhamentos e as adubações
são os pontos: primordiaes em’ que
para os grandes proprietarios se baseja
a sua prosperidade.
E devido à conjugação d’estes
dois factores, os afolhamemos e as
adubações, que o lavrador tira dos
seussterrenos, ainda mesmo os mais
pobres, producções que pela sua
quantidade fazem algumas vezes a
admiração. :
» O successo obtido com os afolhamentos
está na ordem porque se
seguem na sua, rotação as” differentes
culturas nos diversos annos da
sua duração n’um mesmo terreno;
assim, fazendo seguir a uma cultura
exgotante, por exemplo no elemento
azote, por uma outra que o não exija;
ou vice-versa ou uma cultura
exigente em potassa ou acido phosphorico
de uma outra que não o seja
ou vice-versa ter-se-ha organisado
um afolhamento sensato e cujos
resultados serão bons sem duvida
alguma. s
«Assim as leguminosas não: esgotam
o terreno no elemento azote,
convindo portanto fazel-as seguir de
uma outra cultura que em’larga escala
careça d’este elemento, comoé
por exemplo o trigo.
No Alemtejo e na Beira Beixa estas
duas culturas, trigo e fava, são
por assim dizer os dominantes culturaes
de quasi todas as esplorações
de uma certa-importancia, pois não
nosreferimos às pequenas courellas
de terra. : –
Os lavradores d’estas duas citadas
regiões podem tirar d’estas duas
culturas um grande rendimento. desde
que saibam. sensatamente apro-
(como leguminosa) tem de não empobrecero
terreno no elemento zo
te antes pelo contrario enriquecen- do-o n’este elemento pondo-o á dissrs.
almirante Tasso de Figueiredo»
veitar a particularidade que a fava –
posição do. trigo, que no anno seguinte
vae occupar o terreno.
Quanto maior fôr o desenvolvimento
adquirido pela fava tanto mais
o terreno se enriquecerá no elemento
azote e consequentemente tanto
melhor será a seara de trigo.
A fava não carece delazote mas
em compensação: precisa -de-acido
phosphorico e de. muita potassa de
que, como de resto todos os leguminosos,
são muito exigentes. |
Quanto melhor se adubar a fava
pelo que respeita a potassa e’ao acido
phosphorico, tanto mais esta se
desenvolverá e tanto “maior será a
quantidade de azote absorvido de
ar atmosferico. :
Em face do exposto e do que a
pratica tem evidentemente demonstrado
aconselhamos o seguinte afolhamento:
k
“1.º anno fava, adubada com 500
kilos de phosphato “Thomaz e 500
kilos de Kainite.
21º auno trigo sem nova adubação.
3.º amo cevada ou
va adubação. É
=4.º anno acterra fica em pastagens.
, É
5.º anno como no primeiro anno.
6.º anno como, no segundeo assim
successivamente. ,
* Por este processo não só se obtem
nos rendimentos culturaes um
consideravel augmento como tambem
se tem atenuado a rotineira
pratica de se conservarem terrenos
em pousio por uns poucos de annos
comonas regiões apontadas é infelizmente
uso corrente,
Cardoso Guedes.
aveia sem no-
Clironicas tripeiras
Altravez de Gaia
(A Alborto A. d’Almeida)
Conclusão
Ou porque o agiologio’ assim o
decreta, ou porque conclusões equivocas,
onomatopaicas; a isso conduzam,
Santo Ovidio goza entre os
crentes de especial valimento para
doenças de ouvidos.
Mas, se tivermos em conta o conjuncto
pathologico em que — dizem
—a intervenção do santo é efficaz,
pois que não se extende unicamente
á funcção auricular, mas a todas as
doenças do orgão e conductos, jul-.
gamos ‘ mais acertado combinar-se
no seguinte: que Santo Uvidio é
antes advogado das doencas organicas
e funccionaes da orelha.
Advogado das orelhas; fique isso
bem assente.
E, sé houver incrédulos a respeito
dos milagres do santo, que esses
vão no primeiro domingo de setembro
—.o dia da festividade do insigne
especialista em otolo—g fiazaer
a conta d’essa enorme quantidade
de ex-votos e telhas furtadas, que a
gratidão dos curados vae depôr aos
pés da milagrosa imagem. :
«Telhas furtadas?» perguntará o
leitor surprehendido com a phrase.
Sim, furtadas, porque só assim
se crê chamar a complacencia’e valimento
do-santo.
a
Expliquemo-nos.
Os setenta por cento: de analphabetos
portuguezes, já foram. mais
avantajados em numero,. quando,
commandados, por creaturas pouco
menos analphabetas—os padre,—
confundiam” ofertadas com furtadas.
t
E esta confusão não se dá unicamente
com os, devotos da imagem
recolhida a dentro da Capella do
Padrão. ;
Nº’uma das nossas digressões atravez:
do lindo: rincão minhôto, indo
já proximos de Ponte de Lima, vivoz
DO POVO
mos, no alto d’um monte, uma ermidinha
branca a sorrir-nos.
«Que capellinha é aquella?» perguntamos
nós ao Manoel Guarda,
ue era quem conduzia o nosso laneau.
; á
«E’ a capella de Santo Ovidio».
E, com a verborrheia amavel de
cocheiro, que quer fazer jus a mais
larga gorgeta, começou a desfiar
tudo o que sabia da capella, do santoe
das festas, que se lhe faziam.
Soube, então, que tambem ao
Santo Ovídio de Ponte de Lima se
offereciam telhas furtadas,
Telhas essas que deverão ter o
destino; que o leitor muito bem supporá:
vendidas em beneficio do culto
do santo. |
De *
Se fosse da privança de Santo
Ovidio, falar-lhe-hia assim: j
Meu querido santo! Quanto mais
penso no caso das telhas furtadas,
mais vontade tenho de-—-sem offen-.
sa das vossas barbas honradas—vos
falar em duas coisas. à
A primeira seria pedir-vos para
elucidardes os vossos devotos, mostrando-
lhes que as telhas, que vos
dignaes acceitar, deverão ser ojfertadas,
mas não furtadas. A segunda
seria. .. seria avizar-vos do grande
risco, que vós, os vossos festeirosse
os vossos devotos, correis perante
as justiças do paiz.
Senão, pensae misto que vos vou
dizer: :
O mais insignificante cidadão, que
queira aproveitar-se de coisa, que
lhe não pertença, fica desde logo
sob as forcas caudinas do Codigo
Penal. :
E, se succede verificar-se o concurso
de certas circumstancias, apontadas
no artigo 426 d’esse Codigo,
então é que o risco sobe de importancia.
Pois bem. Os vossos devotos vão, ,
em geral de noite, furtar a telha,
que vos hade ser levada, escolhendo,
para alvo da rapinagem, casas.
quasi sempre destinadas à habitacão.
“-A confraria, que cuida do vosso
culto, acceita oferendas de tam criminosa.
proveniencia e redul-as a
dinheiro. :
Do producto da venda aproveitam
elles, mesarios, celebrando peuenos,
mas repetidos, agapes de
dodes e vinho, e aproveitaes vós,
meu santo, que ‘ arranjaes com que
pagar a musica e cêra da vossa festividade.

D’este modo, teremos:
Devotos, que furtam.
Um santo, que acceita, sem escrupulos,
o producto de objectos
subtrahidos.
E, finalmente, mesarios que, sabendo
bem da procedencia criminosa
de taes objectos, se calam com
o caso, encobrindo-o e applicando
em proveito do proprio estomago,
dinheiro de proveniência censuravel.
Peço-vos agora, cidadão Santo
Ovídio, para lérdes o Codigo Penal,
no titulo-—Dos crimes contraa
propried—a dpaer a depois me virdes
dizer, em vossa consciencia de
mumia milagrosa, se os factos apontados
serão d’aquelles que possam
levar-nos directamente ao ceu, ou
preparar-nos um tranquillo bem-estar,
aqui, na terra;
* Porque ando com profundas desconfianças
de que nem Deus, nem
o tal Codigo Penal consentem aquillo.
Mas a vossa palavra santa falará.
De resto, saudinha e fraternidade
lá por esses ceus!»
E *
No primeiro domingo do mez de
setembro, a capella do Padrão respira
galas e festas.
“Bandeiras, foguetes e bandas marciaes,
tudo indica que alguma festevidade
religiosa se celebra por la.
E’ o dia da festa de Santo Ovidio
que, comecando no domingo,
trasborda para a segunda-feira immediata,
em que se faz uma feira
a’anno, n’esse dia muito mais visitada
de porcos gordos do que nos
outros. :
A ella accodem os habitantes das
freguezias proximas, envergando trajes
domingueiros e enchendo. por
completo o vasto largo da feira.
x
Ao attentar n’estes dois factos:
em que o santo é advogado das orelhas
e em que, em sua honra, se
celebra a maior feira de porcos de
estas redondezas, não sei porque
extranha associação de ideias eu me
quedo a perguntar se não será Santo
Ovidio o adyogado certo dos setenta
por cento de analphabetos
portuguezes…
Rhuy Pires
CR e pp mperr
Carteira semanal
De fregresso á sua casa d’Alvaro,
esteve nesta villa o nosso illustre
amigo, sr. dr. Antonio Augusto de
Mendonça David.
Esta n’esta villa em convalescença,
o sr. Ernesto Leitão.
Estiveram n’esta villa, o sr. dr.
Eduardo de Castro; e o sr. João
Thomaz Gonçalves e sua esposa.
No dia 21 do corrente, effectuouse
o registo civil do filhinho do nosso
assignante sr. Demetrio da Silva
Carvalho, testemunhando o acto os
srs Fernandes Martins Farinha, e
Annibal da Silva Carvalho.
Foi-lhe dado o nome de José.
Teem passado incommodadas de
saude as sr.* D’ Guilhermina Barata
e D. Maria da Silva Mella.
Está em Lisboa o nosso assignante
sr. José Antonio do Valle.
Teve a sua delixrance a esposa
do nosso assignante sr. Antonio Lopes
Junior, do Mosteiro de S. Thiago.
mn mrm ap
As sementeiras da Datala e do
milho .
Para as sementeiras que estão a
fazer-se empregam os lavradores da
Extremadura, cujos terrenos são principalmente
calcareos, em grande escala
a Massa de Purgueira ou de Ricino.
São muitas as marcas do mercado
d’estes dois artigos. Aconselhamos,
porém, aos nossos leitores agricultores
de exprimentarem as marcas
«Extra almirante» ou «Marechal»,
de Purgueira, e «Colovera», de Ricino,
marcas estas que pertencem á
casa O. Herold & €.º, com armazens
em Lisboa, Porto, Pampilhosa
e Regoa, E) certo que já não ha
muitos lavradores que não conheçam
já estas 3 marcas ou uma ou duas
delas, porque a sua fama tem-se
propagado automaticamente de boca
em boca. Cabe aqui lembrar que a
conselho da casa O. Herold & C.º,
muitos lavradores teem começadoa
juntar 15 a 25 kilos de Cloreto de
Potassio a cada saco de Purgueira
ou de Ricino, tendo-se dado muito
bem com esta adubação, porque temse
obtido até quarenta sementes
com ella,
Todos estes é muitosoutros adubos
tem a casa O. Herold & C.º á venda
nos ditos armazens cem casa dos seus
muitos revendedores da provincia.
Os consumidores deverão exigir que
lhes sejam fornecidos sempre productos
genuinos desta casa,
t
y
—A NNÚNCIOS
EDITAL
Zeferino Lucas de Moura, Presidente
da Commissão do recenseamento
eleitoral do concelho da Certã.
vem por este meio tornar publi
co, que no prazo de 10 dias, a contar
do dia 30 demarço corrente,
serão recebidos os requerimentos
para a inscripção do novo recenseamento
eleitoral a elaborar no coreate
anno, em conformidade do disposto
do art.º 17 e 18 do Decreto
de 5 de Abril de rgrr,
Certã, 23 de março de 1912.
2 Zeferino Lucas de Moura 1
ANNUNCIO
Pelo Juizo de Direito da Comarca
da, Certã e cartorio do segundo
officio, foi convertida em divorcio, a
separação de pessoas e bens, decretada
e homologada por sentença de
trinta de abril de mil oitocentos noventa
e quatro, entre. os conjuges
José Gabriel da Fonseca Diniz, Secretario
de Finanças, em Alvaiazere
e Guilhermina Lopes Soares, tambem
conhecida por Guilhermina Nobre
Soares, ausente em parte incerta.
Certã, 26 de março de 1912.
O Escrivão
| Francisco Pires de Moura
Verifiquei
O Juiz de Direito
Sanches Rollão
Annuncio
Pelo Juizo de Direito da Comarca
da Certãe cartorio do 3.º officio,
se ha de arrematar em hasta
publica no dia vinte e um do proximo
mês de abril, pelas onze horas |
da manhã, o predio abaixo mencionado,
para pagamento de passivo:
no inventario de José Mendes, que
foi de Sambado, freguezia de Sernache,
d’esta comarca, a saber:
Uma horta sita á Ribeira, com
testada de mato e pinheiros, na qnantia
de 9526000 réis.
Pelo presente ficam citados quaesquer
credores incertos que se julgarem
com direito ao mesmo: predio,
Certã, 18 de março de 1912″
E eu Eduardo Barata Correia e
Silva, escrivão que o escrevi.
Verifiquei
O Juiz de Direito
» Saches Rolão 2,
Pelo Juizo de Direito da comarca
da Certã e cartorio do escrivão
que vae assignado, nos autos de querella
publica que, por crime de fogo
posto, o Ministerio Publico move
contra Antonio da Costa, solteiro,
jornaleiro, do logor da Cruz d’AImeirim,
fregaezia de Palhaes, d’esta
comarca, e agora ausente em parte
incerta, correm editos de 30 dias,
a contar da 2,* e ultima publicação
do annuncio, citando este para no
prazo de 10 dias que se começará a
contar 5 dias depois de findo o dos
editos, pagar no cartorio do escrivão
acima referido, a quantia de
1569170 réis, de custas e sellos contados
no referido processo, sob pena
de, não pagando ou não nomeando
à penhora bens suficientes, ser
esta feita nos que lhe forem nomeados
pelo exequente e de seguir a
execução seus devidos termos até
integral pagamento.
Certã, 13 de março de 1912.
O Escrivão
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei
O Juiz de Direito
2 Sanches Rollão 2
ARREMATAÇÃO
Antonio Alves Mendes, superior do
Collegio das Missões Ultramaninas
em Sernache de Bomjardim.
Faz publico que no dia 7 de abril
de 1912, pelas 12 horas se ha de
proceder á, arrematação em hasta
publica dos seguintes generos alimenticios
para consumo dos alumnos
é mais pessoal empregado n’este collegio:
Vacca, feijão branco, ditoamarelo,
| dito vermelho, dito frade, trigo
limpo, azeite, vinho branco, dito
tinto, assucar de 1.º, dito de 2.º, café
de 1.º, dito de:2.º, chá preto, dito
verde, massa de 1.º, dita de 2.4,
vinagre, manteiga de vacca de 1.º,
dita de 2.º, colorau, pimenta, atum,
chocolate, bacalhau de 1.º, arroz de
Lo”, (GIO de 2, À ER
Condições da arrematação
1º—Os concorrentes apresentarão
no Collegio das Missões até ás
12 horas do dia 7 d’abrilide 19r2t
as suas propostas em carta fechada“
dos generos que se propõem fornecer,
seguindo-se á sua abertura a licitação
verbal do minimo preço por
que fornecem cada genero,
2º-—()s: concorrentes effecthárão
no cofre d’este collegio, no acto-da
apresentação das suas propostas, os
depositos. provisorios, os quaes serão
restituídos aos arrematantes, depois
da assignatura do contracto e
aos restantes concorrentes depois de
feitas as adjudicações. ;
3/—Aos adjudicatarios serão passadas
guias para effectuarem o deposito
definitivo na caixa geral dos
depositos, na importancia de Dio
sobre o valor em que fôr calculado
o valor provavel, o qual só será restituido,
depois de terminado o respectivo
contracto.
4º—Os fornecimentos serão feitos,
mediante requisiçoes visadas pelo
superior d’este collegio,
92º—0s artigos a fornecer serão
eguaes ás amostras que se acham
patentes na secretaria d’este collegio.
Ê
6.º—-Quando os fornecimentos
não estejam nas condições, serão regeitados
e substituidos pelo arrematante,
no prazo de tempo que não
façam falta para a confecção do alimento,
sob pena de rescisão do contracto
e perda do deposito, que reverterá
para este collegio.
= 7:’—0 governo reserva-se 0 direito
de não fazer a adjudicação quando
os preços offerecidos não lhe convenham.
o + 9;
8.º—Os contractos que -se “celebrarem
em virtude do presente concurso
são por um anno a começar
em 1 de maio de 1912 € ficarão dependentesda
approvação do governo.
Sernache “de Bomjardim, 7 de
março de 1912. Bo ;
Ea Superior
3 Antonio Alves Mendes. 3
PROPRIEDADE IMPORTANTE
Vende se a do Valle da Urça, junto
á ponte do rio Zezere; tem bella
casa: de habitação, importantes nateiros
á margem do rio, grandes olivaes,
muitas arvores de fructo e grandes,
extensões | de matos é pinhaes,
é de muito futuro, porque deve ficar
perto da linha ferrea do Entroncamento
á Certã, quando se explorar
convenientemente as aguas da Foz
da Certã e outros mineraes da mesma
zona. RO ART
Dão informações, o sr. Jasé Nunes
da Matta, linha de Cascaes—Pa
rede-Lisboa e O proprietario Manuel
Pestana dos Santos —Sernache do
Bonjardim— Bailão.
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nheiro e as sementes pela acquis)-
ção dede fof ormulas feitas sem criterio.
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EM COMMANDITA
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quaesquer casas productoras tanto nacionaes como esnranjoi!
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ras. Trata de liquidações de heranças e de processos commerciaes
de toda a natureza, estando estes assumptos’a cargo: do
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