Voz do Povo nº69 24-03-1912
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Certa, 24 de março de 1912
N.º 69
DIRECTOR
Augasto Fodrignes
Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor.
| Luiz Domingues; da Silva Dias
ES ssa
UVO
Assignaturas – REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Annuncios
Anmno….. – 1200. Semestre… Goo rs. nn atcanoS Na 3.º e 4.º paginas, cada linha… .. 30 rs,
Para o Brazil. ….ovs 5ypooo réis (fracos) CERTA Nºoutro logar, preço convencional
Pago adiantadamente
Não se restituem os originaes
Typographia Leiriense — LEIRIA
Annunciam-se publicações de que se receba
um, exemplar
Politica nacional
Com o regresso ao paiz dosr.
dr. Affonso Costa, um dos nossos
mais notaveis homens publicos,
póde dizer-se que a vida politi-
ca vae animar-se, pela successão
de factos que todos teem por ave-
riguados. |
O grupo dºamigos que apoia
o sr. dr, Antonio José d’Almei- |
da, não esconde a opposição com
que recebe os actos do governo,
sendo manifesta a sua hostilida-
de perante alguns dos seus mem-
bros. Ora no governo, alguns dos |
seus homens acompanham, mais
ou menos ostensivamente, aquel-
le grupo, sendo pois evidente que
a incompatibilidade entre as duas .
correntes. obrigará o governo a
recompor-se.
No caso de’se dar a hypothese .
que deixamos esboçada, e na qual
toda a gente fala, é de presumir
que o novo governo fique apenas.
constituido pelos amigos po-
liticos dos srs. drs, Affonso Cos-
ta e Brito Camacho, que contam
atraz de si com grande numero
de sinceras dedicações.
Seja, porém, como fôr, o que
nós desejamos é que a politica
nacional entre-n’uma verdadeira ‘
phase constructiva e rehabilita-
dora. es tntÓa 1
Por nós, confiamos no bom
senso, talento e patriotismo d’a-
quelles homens publicos, eesta-
mos certos de que a experiencia
‘d’estes mezes ha de ter efficaz-
mente contribuido para o escla-
recimento pratico dos seus espi-
ritos, de certo mais do que bem
preparados para fazer face ás dif-
ficuldades d’este momento histo-
rico.
Todos concordam que ha mui-
to que reformar nesta nossa so-
ciedade portugueza; mas é pre-
ciso não encarar esses vastos
problemas com, a precipitação
com que se modificaram, nos pri-
meiros tempos da Republica, al-
guns dos serviços do estado.
Sobretudo em materia d’im-
postos, toda a prudencia é ainda
pequena. Teve a Republica a
preoccupação: de extinguir rapi-
damente alguns dos impostos que
o publico considerava mais odio-
sos. Dentro dos princípios, faria
bem; mas attendendo á oppor-
tunidade e aos interesses nacio-
naes faria egualmente bem? Du-
vidamos. Da extincção parcial do
imposto do consumo em Lisboa,
temos, ouvido, mas não possui-
mos seguros elementos de apre-
ciação, que o publico pouco ou
nada beneficiou. O imposto que
o estado cobrava, e que podia
ter, e teria certamente, uma util
applicação, passou a ser cobra-
do pelos intermediarios.
A modificação na liquidação
da contribuição. de renda de ca-
sas é realmente sympathica e fa-
voravel ao contribuinte. Estamos,
porém, convencidos que o resul-
tado geral ha de ser o estado re-
ceber menos do que recebia. Pois
não vimos ainda ninguem vir á
imprensa congratular-se pela jus-
tiça d’essa lei; antes, todos. os
dias vêmos queixas contra a li-
quidação d’esse imposto. E nin-
‘guem se lembra que milhares de
contribuintes ficariam. beneficia-
dos! Se a nossa situação finan-
ceira fosse excellente, seriamos
nós que calorosamente advoga-
riamos a extincção dos impostos
superfluos. à
Mas no estado em que’se en-
contra o nosso erario, sômos de
parecer que o mais, conveniente
para os seus interesses .e para-a
tranquillidade publica; em mate-
riã impostos, é-—conservar os
existentes e não crear outros de
novo. é
A boa politica, não. consiste
apenas em pôr em pratica os
mais bellos princípios, mas tam-
bem e principalmente em sabê-
los harmonisar com o espirito do
povo, com o méio é com as cir-
cumstancias. ;
e a À re
AFFONSO COSTA
Regressou, na passada segunda
teira, a Lisboa, aquelle illustre es-
tadista, que, ha mezes, se achava
convalescendo na Suissa.
Os seus amigos fizeram-lhe uma
imponente recepção.
. ex.* reentrou já na actividade
politica.
Apresentamos as nossas sauda-
ções de boas vindas ao notavel par-
lamentar. )
= IO0OC= ———,
Guarda Republicana
“A camara do’ nosso concelho an-
da já tratando d’obter alojamento
para o destacamento da Guarda Re-
publicana.’
Desnecessario se torna encarecer
a utilidade de estabelecer. perma-
nentemente na Cêrtã um serviço de
segurança publica,
— DC» —
«OQ Merceanense»
Recebemos a visita ‘d’este nosso
novo collega, que se publica na
Merceana.
Os nossos cumprimentos.
” Proprigiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL ;
“Carta de Lisboa
Ks colonias portuguezas e as
poteneia estrangeiras —Uma
sessão historica.
Na sessão do dia q vimos na ca-
mara dos deputados, o sr. presi-
dente do conselho respondendo a
umas perguntas que ‘o:sr. Izequiel
de Campos formulára na sessão an-
terior sobre a situação das nossas
colonias com relação ás potencias
estrangeiras, pronunciar um sensa-
cional discurso affirmando que não
se alteraram as relações internacio-
naes de Portugal depois da implan-
tação da Republica.
Não existe, disse sua excellencia
tratado algum entre o Reino-
Unido da Gran-Bretanha e Ir-
landa e o Imperio da Allema-
nha, que contenha seja o que
fôr de natureza a ameaçar a
independencia, a integridade |
ou os interesses de Portugal
ou de-uma-parte qualquer dos
seus dominios. Disse mais. Fa-
ço ao Parlamento do meu paiz
esta declaração com o assen-
timento dos gabinetes de Lon-
dres e Berlim.
A camara cobriu de applausos as
palavras ‘do sr. presidente do con-
selho e resolveu que o discurso fos-
se impresso e afixado nos logares |
publicos, ;
“O importantissimo discurso dosr.
dr. Augusto de Vasconcellos foi re-
produzido pelos jornaes do dia de-
zeseis os quaes tiveram por tal mo-
tivo larga procura sendo geral o
contentamento. ‘
Os boatos que se espalhavam so-
bre o futuro do nosso dominio colo-
nial foram lançados por terra. Aca-
bou a ignobil especulação que a tal
respeito se’fazia,
Ainda bem.
O attentado em Roma
A noticia do attentado contra os
sobranos de Italia, assumpto de que
a imprensa se occupou largamente,
produziu em Lisboa viva surpresa.
* Logo que a communicação offi-
cial da noticia foi conhecida nume-
rosos membros da colonia italiana
dirigiram-se á legação de Italia e ali
deixaram os seus cartões. Tambem
ali foram, além do sr. presidente do
conselho, os membros do corpo di.
lJomatico manifestar ao ministro da
taliao seu pezar pelo attentado.
Os srs. presidente da Republica e
o presidente do conselho enviaram
aos reis da Italia telegrammas de.
felicitação por terem escapado inco-
lumes do attentado. ;
No mesmo sentido -manifestou-s
o senado e a camara dos deputa-
dos.
Os jornaes são unanimes em sty-
gmatizar o acto praticado por An-
tonio Dalba, o autor do attentado,
€ ao -mesmo tempo tecem encomios
ao rei Victor Manuel II pela ma-
neira como tem sabido conquistar
as sympathias do povo italiano.
As noticias vindas de Roma tem
COLTEs A
sido muito. procuradas. e lidas com
interesse.
A Phospho-Nourishing
Este magnifico producto america-
no, marca Pomba, que o sr. M, L.
de Mello, com escriptorio no largo
de ‘S. Julião, 12,:1.º, Lisboa, intro-
duziu no mercado, producto de que
já tivemos) occasião de falar, encon-
trou, como era de esperar, um bel-
lo acolhimento e está sendo, muito
procurado pelos chefes de familia,
e por todas as pessoas, de saude ro-
busta ou: enfermas, que desejam
obter uma farinha: de recommenda-
veis propriedades nutritivas, Para a
alimentação das creanças é, pode-
mos assim dizer, Phospho-Nouris-
hing’ uma: das melhores, senão, a
melhor, que se encontra no merca-
oudea ;
Este producto, de reconhecidissi-
ma vantagem, encontra-se nos prin-
cipaes estabelecimentos — pharma-
cias, mercearias, etc.,—sendo o seu
preco ao alcance de todas as bol-
ças, ;
Mais uma vez de boa vontade re-
commendamos a Phospho-Nouris-
hing, marca Pomba. Experimentem
os que aínda a não utilisaram e en-
contrarão a verdade do ques expo-
mos. ; a
E’ um alimento para todos indis-
pensavel. à ar
FACTOS E BOATOS
Foi nomeado sBORÉGS ondente do
Banco de Portugal, n’esta villa, o
sr. Fructuoso A. Cesar Pires, |
-Pedrogam Pequeno
Ha immenso tempo que a escola
do sexo feminino de Pedrogam Pe-
queno, se acha vaga.
Ora, não é-razoavel que a escola
d’uma terra da importancia d’aquel-
la povoação se encontre fechada, e
por isso chamamos a attenção das
instancias competentes para este as-
sumpto, : pedindolhes que, urgente-
mente, . dêem remedio a essa falta.
——
Escolas moveis
Já. está constituida a nova com-
missão auxiliar n’este concelho, d’a-
quella benemerita associação.
Ficou composta dos sr.” João da
Silva Carvalho, presidente; Luiz
Domingues da Silva. vice-presidente;
Antonio Nunes de Figueiredo, the-
soureiro; Luiz Augusto Cardoso Gue-
des, secretario; José Dias Bernardo
Junior vice-secretario.
Da boa vontade d’estes cavalhei-
ros e da provadissima dedicação de
todos os socios subscriptores muito
ha a esperar em beneficio. da divul-
gação da instrução popular no nos-
so concelho. ;
— caco ———
Registo Civil
‘O movimento de registos de 13 a
20 do corrente foi:
NASCI entOs ah tojuvaje 2 sincogaraço eia 4
Obitosprna coradas hisiauere RUASsiauere RUAS
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”
Escola do sexo feminino
de Sernache
Por falta de espaço não noticia:
mos, no preterito numero d’este jor-
nal, que havia tomado posse no dia
11 do corrente da escola do sexo
feminino de Sernache, a sr.* D. Vir-
pia da Silva Batista. A. posse foi-
he dada pelo inspector do circulo
que fez um pequeno discurso acer-
ca da educação feminina, salientan-
do os beneficios que” resultam para»
a sociedade da educação da mulher.
Usou depois da palavra o sr. dr.
Virgilio que, num improviso elegan-
te, saudou a nova professora, di-
zendo que o povo de Sernache mui-
to tinha a esperar da sua intelligen-
cia e da sua dedicação. Falou: tam-
bem o sr. dr. Salgueiro o qual n’u-
ma linguagem facil, fez a apologia
da instrucção dizendo que uma es:
cola que se abre é um pequeno mun-
do que se forma. Tambem assisti-
ram áquelle acto as sr.’* D. Fernan-
da Dias, D. Conceição Batista, D.
Guilhermina Barata, D. Clara Gon-
calves e muitas senhoras de Serna-
che e os srs. dr. Gualdim Martins,
Antunes Silva, Batista, etc.
As senhoras de Sernache ofere-
ceram ás crianças bolos e vinho do
Porto, lembrança que muito cativou
os assistentes. Ficou-nos “uma -Im-
pressão agradavel pelo interesse
que todos revelavam pelas coisas da
instrucção e que deve ser incentivo
para a sr.* D. Virginia, da qual’a
escola primaria muito tem a esperar.
————— paia —— —
Já se encontra ao serviço da es-
“cola do, sexo masculino desta villa
o sr. Joaquim Pires Moura. Damos» «
lhe as boas vindas. Sabemos que é
um professor ilustrado e zeloso. A
Certã espera dever-lhe muitos bene-
ficios.. à
— oco
Foi transferido para a escola de
Sernache o sr. Alberto da Purifica-
ção Ribeiro. E’ tambem um profes-
sor inteligente e que tem atestado |
os seus meritos na escola de Pedro-
gam Grande. Felicitamo lo e ão po-
vo de Sernache. (A
—— -«<D000€C>— —
Pela camara.
“* Sessão de 20
Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e assistencia” dos vereadores
srs. Filippe da Silva: Leonor, Ciria-
co Santos e Antonio Nunes de Fi-
gueiredo, teve’ logar a reunião: da
commissão municipal administrativa!
Lida e approvada a acta da ses-
são anterior, foi presente:
—Officio n.º 19 do Governador
Civil, Francisco Antonio d’Almei-
da, participando a sua nomeação e
offerecendo a sua coadjuvação: na
boa administração d’este município.
“Foi lida a resposta dada áquelle of-
ficio e que a Camara aprovou por
unanimidade.
— Officio de 6 do corrente do Fa-
cultativo municipal d’esta villa, dan-
do conhecimento de ter n’esta data
começado a gosar a licença que lhe
foi concedida. Inteirada
— Oficio de 11 do corrente do
Facultativo do partido dr. Ehrhardt,
dando conhecimento de que n’esta
data entrou em exercicio do seu car-
o, tendo apenas gosado 5 dias de
icença. É
—QOfficio do professor do sexo
masculino d’esta villa, pedindo va-
rios reparos na escola à seu cargo.
‘A camara resolveu mandar proce-
der aos reparos, que não: deverão
exceder o orçado de 15ghooo.
–(fficio n.º 241 da Administra-
ção do Concelho chamando a atten-
ção da Camara para a inspecção
dos gados. Tomado na devida con-
sideração, resolvendo a camara man-
dar afixar á porta dos matadouros
editaes prohibindo o abatimento de
rezes sem inspecção.
VOZ DO POVO
—Officio n.º5 do sub-delegado
de saude, ficou sobre a meza para
ser resolvido n’outra sessão.
—Officio n.º 253 da Administra-
ção do Concelho para ie a Cama-
ra proceda, à eleição de um vogal
que conjunctamente com o sr. pre-
sidente fassa parte da commissão a
que se refére o artigo 51 da lei de
25 de Maio de 1911: Foi eleito o
vereador sr. Cyriaco Santos.
—Foi lida a informação dada pe-
la junta de parochia da freguezia do
Figueiredo, ácerca do pedido de
Manuel Farinha, para a: condução
de agua ao longo da estrada por
calhas. A camara resolvendo em fa-
ce da informação concedeu a referi-
da licença.
– —Concedeu dois subsídios de la-
tação; um a Justina Maria, do lo-
gar do Pereiro, freguezia. da, Var-
zea dos Cavalleiros, da quantia de
199200 mensaes a partir de hoje e a
findar em 12 de Novembro de 1912
e outro. de egual quantia a Albina
de Jesus e seu marido José Ferrei-
ra da Silva, para amamentação da
gemea Margarida, a principiar n’es-
ta data e terminando em 8 de Mar-
co de 1913.
—Qficio. n.º 60 do Governador
Civil, acompanhando 2 mappas a
que tem de satisfazer a residencia
e mobiliario para o posto da Guar-
da Republicana e lembrando a con- |
veniencia urgente de preparar tudo.
O sr. presidente fez sciente a ca-
mara de que encontrou uma casa
que lhe parecia satisfazer, mas que
estanda por acabar acha’ convenien-
te oOfficiar se para que seja manda-
da inspecionar com a maxima ur-
gencia-afim de se ultimar o contra-
cto de arrendamento.
— Telegramma-do Governador Ci-
vil perguntando se n’este” concelho
escasseia o centeio ou milho para
se importar; a camara resolveu res-
ponder não haver actualmente es-
casses d’estes generos.
— Dois requerimentos de José
Martins Felicio, do Pampilhal e. An-
tonio Baptista Junior do mesmo lo-
gar, pedindo para lhes serem passa-
attestados de pobresa, A camara
sob’ proposta da junta de. parochia
da freguezia de Sernache, a que
pertence aquelle logar, resolveu pas-
sar os referidos attestados.
—Foi presente o orçamento or-
dinario para o actual anno approva-
do pela commissão., districtal: sem
alteração.
— Mandou pagar á Companhia
Credito Predial Portuguez a 53,º
prestação a vencer: no dia 1 d’abril
de 1gt2.
—Mandou satisfazer ao serralhei-
ro Manuel Grillo uma: importancia
de concertos e ao sr. João da Silva
Carvalho o fornecimento de uma
corda para o relogio official.
—Por proposta do sr. Cyriaco
Santos, a camara resolveu saudar
o Governo da Republica pelo pa-
triotico discurso feito pelo seu pre-
sidente na sessão de 15 do corrente.
—Mandou pagar os vencimentos
aos empregados, e o primeiro tri-
mestre no proximo dia 2.
–E a Jeronimo Albino o resto da
construcção da Ponte sobre a Ri-
beira Pequena no logar da Vallada.
: — | DOE
Foi posta a concurso a escóla mix-
ta- da freguezia da Isma, concelho
d’Oleiros.
ai
Carteira semanal |
Fizeram annos :
No dia 19, o sr. dr. José do Car-
mo Barata, e o menino Eurico Ce-
sar Pires. ;
Fazem annos:
No dia 28, a menina Maria Hele-
na Carvalho Tasso de Figueiredo,
“No dia o: a sr. D. Amelia Ca-
simira dos Reis.
Ea
Sahiu para Lisboa, onde embar-
cará para a Africa Oriental, o nos-
so conterraneo o sr. Antonio Bara-
ta e Silva, a quem desejamos todas
as prosperidades.
Estiveram, n’esta villa, o sr, Car-
mellino Pires; em Proença, o sr, P.º
Joaquim Thomaz; em Lisboa, o sr.
Augusto Rossi.
Tem, passado encommodado de
saude o nosso assignante, sr. Hen-
rique Pires de Moura.
Já chegou a esta villa, com sua
esposa e- filhos, o novo professor
st. Joaquim Pires de Moura.
Teve a sua delivrance, a esposa
do nosso assignante; sr. Demetrio
da Silva Carvalho.
Esteve em Alvaro, o nosso assi-
gnante de Lisboa, sr. José Luiz Si-
mões, :
—— — —opiapioe>——— — ——
Interesses locaes
D’um nosso presado amigo, rece-
bemos a captivante carta que pas-
samos a’ transcrever, e por ella se
verá quanto interesse desperta o jus-
to progresso da Certá.
obre a materia principal da car-
ta, em breve, alguma cousa diremos:
«Cardigos, 18-3-g12.
Li com muito interesse o artigo—
Interesses locaes—do n.º 67 da «Voz
do Povo.» é
Bem hajam aquelles que, propu-
gnando pelo engrandecimento de sua
terra, zelam pela sua hygiene, bem
estar, e progressivo augmento.
Um dos melhoramentos que, a
meu ver, ‘nuito deveria contribuir
para tal desideratum, seria a cons-
trucção da estrada, me parece que
.16—da Louzã a Belver, na parte sul
da Certã; por que assim, ficaria li-
gado este importante centro com o.
Alemtejo. “Com o progresso do au- ‘
tomobilismo, seriam sem duvida
grandes as vantagens e interesses |
que a Certã auferiria n’um futuro
proximo.
A Certã tem homens de boa von-
tade; chamando a attenção de v.
para este assumpto, fico certo de que
não será em vão.
– Creia-me com muita estima
De v.
amigo, creado e obrigado
– José d’Oliveira Tavares
Chronicas tripeiras
Aliravez de Gaia
(A Alberto À. d’Almeida)
A ligar o velho burgo portucalen-
se com o agglomerado, fronteiro, de
Villa Nova de Gaia, avança d’um sal-
to, por sobre as aguas barrentas do
Douro, logo ao fim das alcantiladas
“escarpas graniticas do Pilar e Guin-
daes, a estructura metallica, rendi-
lhada, da ponte, ainda hoje chama-
da Luiz 1.º
E se o leitor, resistindo á tenta-
“ção duma. paragem a meio do tabo-
leiro: superior, se não quizer deter
na contemplação d’um dos mais lin-
dos trechos de paisagem portugue-
za e entrar no electrico, que passa,
gosará, como compensação, durante
a subida d’esses’ trez kilometros de |
ladeira aspera, que levam da ponte
a Santo Ovidio, d’um espectaculo
nada inferior, em, encantos e des-
lumbramentos, ao outro, que repu
diára:
*
Sobe o carro, ligeiramente, a en-
costa de Gaia.
Commodamente recostado no ve-
hiculo, o passageiro verá, au uvez dos
vidros das janellas, apparecer-lhe
bruscamente, do. outro lado do rio,
a mancha confusa e pardacenta da
casaria do Porto, colleando pelas
sinuosidades das colinas, em que a
cidade assenta, e tudo sobrepujado,
n’esse momento, pela. delgada ‘si-
lhueta’ da torre dos Clerigos, essa
gracil obra, de 7o metros de alto,
do architecto Nicolau Nazoni, con-
cluida por 1749.
Mas, com a subida do carro, o es-
pectaculo vae-se, rapida e successi-
vamente modificando. Cada vez é
“mais bello, cada vez é mais grandio-
so.
N’uma especie de desdobrar de
onda gigantesca, por detraz dos pre-
dios, que julgavamos serem os ulti-
mos e os mais altos, surgem novas
linhas de casaria, afundando estes
em planos mais antro-inferior.
E a cidade, como se fosse surgin-
do do sólo, alteia-se e alarga-se ca-
da vez mais, em quanto quea Torre
dos Clerigos, em descida rapida, nos
vae parecendo cada vez mais baixa,
mais insignificante. :
Patenteia-se, finalmente, bem cla-
ra, a enormidade da área da capi-
tal do norte, coroada agora, lá mui-
to ao longe, pelas duas torres da
egreja da Lapa, o pontó de maior
altitude da cidade.
Para leste, alastra, além do agglo-
merado urbano, a mancha verde dos
suburbios—campos e pinhaes – sal-
picada de pontos brances, que são
as casinhas aldeãs de Campanhã,
Valbom, Rio Tinto e Gondomar, e
tudo limitado, lá ao fundo, pelo per-
fil avermelhado e barrento da Serra
de Valongo, que tem pousada, no
alto uma pomba branca: a ermidi-
nha de Santa Justa.
Para o poente, vemos a nossos
pés o Candal, o palacio de crystal,
a Foz e mais alem, o mar, d’um
azul de saphira. ) ,
Lindo a valer, tudo aquillo.
É eu
N’uma’ sacudidela
o electrico pára.
Estamos no-fim da viagem e a
uns duzentos metros de altitude.
Ao sahirmos do carro, pezada e
deselegante, mas de proporções
avantajadas, surge na nossa frente
uma capella, pouzada á beira daes-
trada que conduz a Lisboa.
E’ a capela do Senhor do Pa-
drão, que arrecada dentro de sia
incommoda,
“miraculosa imagem do Santo Ovi-
dio, santo esté que dá o nome ao
logar. :
mpossivel às nossas pesquizas o
averiguarmos o que de verdade ha-
veria na affirmativa de João Mon-
teiro de Azevedo, quando, na sua
“Descripção topographica de Villa
Nova de Gaya, nos diz: que esta
capella fóra edificada para ser
Jgreja de um Convento, que se pro-
jectava fundar n’aquelle sitio, mas
não se sabe de que Ordem Religio-
sa, nem quando… – ,
E? n’esta capella, como dissemos,
– que se amezenda a imagem de San-
to Ovidio, trazida d’uma ermida an-
tiquissima, que fôra situada no lo-
cal onde actualmente, ás segundas
feiras, se faz a feira de gado suino,
sementes e alfaias agricolas.
O auctor da. preciosa monogra-
phia, escrevendo no feitio ingenuo
e credulo da epoca, conta-nos, para
edificação das gentes e licção ao
mundo, como aquella transferencia
se não fez sem que o mal fosse du-
ramente punido e a religião . ficasse
mais triumphante que antes.
O caso narra-o elle d’este modo
e com a seguinte gramatica.
Estava a santa imagem muito quie-
ta e socegada na sua Capella, mui-
to antiga, que tinha defronte da
caxa, que hé hoje do allustrissimo
Manuel Joaquim Ferreira Vatente
e que havia sido de Christovão Guer-
ner; mas esta Capella, que tinha
um portico, ou alpendre, á entrada,
já não existe; porque o dito Chris-
tovão Guerner, protestando que ella
lhe tirava avista do mar ds suas
janellas, a fez demolir; porem este
insensato, dando vista ás janellas,
a tirou aos seus olhos, porque ce-
gou!…
E, no fim, para que, como o ca-
pitão do poema, ninguem diga — eu
não cuidei !– troveja-nos este aviso-
que põe arrepios na espinha: dor-
cal… da alma:
Ai d’aquelle que se atreve a tocar
nas couzas sagradas para fins pro-
fanos, como fez Balthazar, Rei da
Babylonta!…
: Rei da babylonia, ou um bedél,
seu homonymo, já definitivamente
morto, que todos conhecemos da
Escola Medica do Porto.
(Continua).
Conselhos aos lavradores
Os adubos concentrados e os
adubos completos
Estamos chegados á epocha em
que novamente vae ser confiada à
terra a semerite, para que no seu
seio fecundante se crie a planta que,
vingando, ha de servir de alimento
ao genero humano, provando assim
mais uma vez’que na natureza tudo
se transforma.
Dos. cuidados que préviamente
tenhamos tido com a preparação do
terreno e sementeira é que ha de
resultar aquelle «desideratum».
Quanto maior fôr o cubo da terra
que as.raizes encontrem revolvida,
tanto maior será o deseuvolvimen-
to radicular e por consequencia o
desenvolvimento da parte aerea da
planta.
Como:a planta para medrar, como
vulgarmente se diz; ou para se des-
envolver necessita de se alimentar,
o lavrador fornece aos seus terrenos
o alimento que a planta ha de uti-
lisar, pelos estrumes de curral, na
maioria dos casos mal preparados, é
consequentemente deficientes para
dar á nova cultura tudo quanto ella
precisa para bem se desenvolver.
Para supprir esta falta, os nossos
lavradores já hoje empregam os
adubos chimicos, cujo uso de anno
para anno vae augmentando succes-
sivamente, não só pela utilisação de
maiores parcellas de terreno como
tambem pela diminuição do numero
de cabeças de gado e ainda porque
vão reconhecendo a insuficiencia
dos estrumes de curral.
Vejamos porém qual a forma ge-
ral que a maioria dos lavradores
segue na compra dos seus adubos.
Chegada a occasião de semear,
compra dez, vinte ou mais saccas
do adubo com a marca A ou B, por-
que o visinho empregou d’aquelle
no -anno passado . e deu-se bem.
Principia aqui o mal, porque o re-
ferido adubo póde ser o mais ade-
quado para o terreno do tal visinho
mas não o. ser para oterreno do
nosso lavrador; accrescente-se ainda
que a adubação feita na propria
occasião da sementeira não é vanta-
josa. + »
A adubação deve ser sempre fei-
ta com antecipação, porque anteci-
-padamente dá se uma melhor incor-
poração e não se corre o risco de
que .a semente constatando com al-
guma parcella de adubo seja inutili-
sada,
Para que os adubos completos
possam dar aos lavradores os resul-
tados que elles. desejam, é de todo
o ponto necessario que elles sejam
organisados em face das analises do
terreno.
A amostra deve ser colhida da
seguinte fórma:
Se asterra fôr uniforme em toda
a; sua superficie, basta recolher em
tres ou quatro pontos alguns punha-
dos de terra napcamada aravel do
terreno, misturando muito bem es-
ses punhados de terra; depois,
afundando-se n’esses mesmos pon-
tos, vae-se tirar de camadas mais
baixas, isto é, do sub-sólo, proce-
dendo-se da mesma fórma com es-
sas amostras; indicando-se depois
a cultura que se deseja fazer, en-
via-se a um laboratorio official ou
a uma casa de confiança uma amos-
tra pesando um kilo a kilo e meio
da camada superficial-sólo e da ca-
mada inferior sob-sólo.
Quando isto se não faça, em lo-
gar de empregar uma formula que
se ignora ser boa ou má; porque só
se vende pelo preço e não pela qua-
lidade, o lavrador póde com vanta-
gem empregar.
400 kilogrammas de phosphato
Thomaz; 400 de kainite e 150 de
cal azotada.
Estas quantidades podem ser au-
* gmentadas, e se os elementos sim-
ples que apontamos forem concen-
trados melhor será pelo seguinte
motivo: :
Os adubos quanto mais concen-
trados maior somma de cuidados
exigem para a sua applicação, por-
que, como se sabe, uma grande
maioria dos adubos chimicos é caus-
tica, e esta causticidade é tanto
maior quanto maior fôr o estado de
concentração.
“Esta causticidade anniquila a ve-
getação; comtudo é facil evitar isto
fazendo espalhar com cuidado o
adubo para que a sua divisão seja
feita bem por egual, evitando-se as-
sim as suas accumulações n’um ou
n’outro setio.
N’esta ordem de ideias aconselha-
mos o emprego na maioria dos ca-
sos, dos superphosphato de 40 ou
48 p. c., os phosphatos Thomaz de
19 a 20 p. €. de preferencia aos
mesmos adubos de dosagens mais
baixas.
Tratando-se de saes. potassicos
devemos empregar o sulphato de
potassio ou o chloreto de potassio
de 5o p. c. :
Tratando-se de azote devemos
preferir a cal azotada de dosagem
elevada.
Com os adubos concentrados
transporta-se em muito menor nu-
mero de saécas uma determinada
quantidade de adubo, o que tem
muitissimas vantagens para o trans-
porte onde este é dificil e caro.
Nunca é demais, sem duvida, re-
petir as coisas em agricultura, dado
o grande apêgo dos nossos lavrado-
res á rotina.
O que acabamos de apontar ácêr-
ca de adubações completas e con-
centradas, tem sido observado na
pratica por um grande numero de
lavradores, sempre com vantagem,
e por isso indicando-o, entendemos
ser um dever, e os lavradores que
nos leem que experimentem, embora
em pequena escala, o que acabamos
de apontar, adoptarão de futuro o
que vimos de expôr.
Cardoso j Guedes.
«PROCURAL»
Está em distribuição o n.º 10 d’es-
ta utilissima Revista Forense que
se publica em Lisboa e ‘é proprie-
dade da «Procuradoria Geral» com
séde na Rua do Ouro 220-—2.º.
O summario d’este numero é o
seguinte :
Expediente.
Pequenas informações.
E de pessoal.
Appelações em pequenas dividas.
Congresso Forense: alvitres.
Consultas.
Resenha de Legislação,
ção essencial para terem boas sea-
Pequena correspondencia |
Manuel Farinha Ferreira, Recebemos
a assignatura.
Manuel cântonio Martins, Pará, Anto-
nio Henriques Antunes, Braço de Prata.
Vemos regularmente enviado para o cor-
Feio os n.º a que estes nossos presados
assignantes se referem
E Sementeiras de mia
Logo que o tempo levante, come-
çam em alguns pontos, principalmen-
te nas terras mais ou menos secas,
a fazer-se sementeiras de milho.
Para que se consigam boas co-
lheitas, é indispensavel adubar con-
venientemente, não ao acaso, como
muitos lavradores fazem, mas com
adubos apropriados aos terrenos.
Sempre que assim. se não proce-
da, é mais que provavel que, a não
ser que o ano seja excecionalmente
bom, a colheita será escassa. ;
Os agricultores cuidadosos de-
vem, pois, no seu proprio interesse,
fazer boas adubações, como condi-
ras.
N’este sentido, o que devem fa-
zer é empregar bons adubos com-
pletos, que são os mais recomenda-
veis, ou então, empregar as seguin-
tes adubações; por cada hectare de
terreno:
Emterras calcareas, uma mistu-
ra de 500 kgs, de Guano do Peru
e 100 kgs. de Cloreto de potassio.
Em terras não calcareas, uma
mistura de 150 a 200 kgs. de Cal
Azotada, 300 a 400 kgs. de Fosfa-
to Tomaz e 100 kgs. de Cloreto de
potassio, ou 400 kgs. de Kainite.
A aplicação d’estes adubos dá
excelentes resultados e por isso de-
vem os lavradores não deixar de os
empregar.
Temos todos estes adubos para
expedição imediata, dos nossos ar-
mazens de Lisboá, Barreiro, Porto,
Pampilhosa e Regoa. . j
“O. Herold & C.»
Proprietarios da marca registada
para adubos.-
TREVO DE 4 FOLHAS
“ ANNÚNCIOS |
ARREMATAÇÃO
Antonio Alves Mendes, superior do
Collegio das Missões Ultramari-
nas em Sernache de Bomjardim.
Faz publico que no dia 7 de abril
de 1912, pelas 12 horas se ha de
proceder á arrematação em hasta
publica dos seguintes generos ali-
mentícios para consumo dos alumnos
e mais pessoal empregado n’este col-
legio: Vacca, feijão branco, ditoama-
relo, dito vermelho, dito frade, tri-
go limpo, azeite, vinho branco, dito
tinto, assucar de 1.º, dito de 2.º, ca-
fé de 1.º, dito de 2.º, chá preto, di-
to verde, massa de 1.º, dita de 2.º,
vinagre, manteiga de vacca de 1.º,
dita de 2,º, colorau, pimenta, atum, |
chocolate, bacalhau de 1.º, arroz de
1.’, dito de 2,º
Condições da arrematação
1*—Os concorrentes apresenta-
rão no Collegio das Missões até ás
12 horas do dia 7 d’abril de 1912º
as suas propostas em carta fechada*
dos generos que se propõem forne-
cer, seguindo-se á sua abertura a li-
citação verbal do mínimo preço por-
que fornecem cada genero. Ê
-2*-—Os concorrentes effectuarão
no cofre d’este collegio, no acto da
apresentação das suas propostas, os
depositos provisorios, os quaes se-
rão restituídos aos arrematantes, de-
pois da assignatura do contracto &
aos restantes concorrentes depois de
feitas as adjudicações,
3º— Aos adjudicatarios serão pas-
sadas guias para effectuarem o de-
posito defimtivo na caixa geral dos
depositos, na importancia ‘de 5%
sobre o valor em que fôr calculado
o valor provavel, o qual só será res-
tituido, depois determinado o res-
pectivo contracto.
4º—Os fornecimentos serão fei-
tos; mediante requisiçoes visadas pe-
lo superior d’este collegio,
5.º—Os artigos a fornecer serão
eguaes ás amostras que se acham
patentes na secretaria d’este colle-
gio.
6.º—-Quando | os fornecimentos
não estejam nas condições, serão re-
geitados « substituídos pelo arrema-
tante, no prazo de tempo que não
façam falta para’a confecção do ali-
mento, sob pena de rescisão do con-
tracto e perda do deposito, que re-
verterá para este collegio.
7º—O governo reserva-se o direi-
to de não fazer a adjudicação quando
os preços oferecidos não lhe con-
venham. É
8,º-—Os contractos que se cele-
brarem em virtude do presente con-
curso são por um anno a começar
em’1 de maio de 1912 e ficarão de-
pendentesdaapprovação do governo.
Sernache de Bomjardim, 7 de
março de I912.
| O Superior
3 Antonio Alves Mendes. 2
Pelo Juizo de Direito da comar:
ca da Certã e cartorio do escrivão
que vae assignado, nos autos de que-
rella publica que, por crime de fogo
posto, o Ministerio Publico move
contra Antonio da Costa, solteiro,
jornaleiro, do logor da Cruz d’Al-
meirim, freguezia de Palhaes, d’es-
ta comarca, é agora ausente a
té incerta, correm editos de 30 dias,
a contar da 2,º e ultima publicação
do annuncio, citando este para no
prazo de 10 dias que se começará a
contar 5 dias depois de findo o dos
editos, pagar no cartorio do escri-
vão acima referido, a quantia de
156170 réis, de custas e sellos con-
tados no referido processo, sob pe=
na de, não pagando ou não nomean-
do á penhora bens sufficientes, ser
esta feita nos que lhe forem nomea-
dos pelo exequente e de seguir a
execução seus devidos termos até
integral pagamento.
Certã, 13 de março de 1912.
O Escrivão
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei
O Juiz de Direito
2z Sanches “Rollão I
Annuncio
Pelo Juizo de Direito da Comar-
ca da Certã e cartorio do 3.º offi-
cio, se ha de arrematar em hasta
publica no dia vinte e um do proxi-
mo mês de abril, pelas onze horas
da manhã, o predio abaixo mencio-
nado, para pagamento de passivo
no inventario de José Mendes, que
foi de Sambado, freguezia de Ser-
nache, d’esta comarca, a saber:
Uma horta sita á Ribeira, com
testada de mato e pinheiros, na qnan-
tia de 95:%000 réis,
Pelo presente ficam citados quaes-
quer credores incertos que se julga-
rem com direito ao mesmo predio.
Certã, 13 de março de 1912”
E eu Eduardo Barata Correia e
Silva, escrivão que o escrevi.
Verifiquei
O Juiz de Direito
O Saches Rolão I
| PONO E À REPUBLICA
Preço 200 réis
Livraria Cernadas & C.º — Rua
Aurea, 190, 192-—LISBQOA,SBQOA,
@@@ 1 @@@
VOZ DO POVO
PEDRO ESTEVES
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Mudou-se para a Rua Serpa Pinto (em frente da casa de José
Nunes é Silva)—Certã.
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sumptos Commerciaes.
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/
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E habilitações administrativas pe-
rante a Junta do Credito Publi-
co.
Emprestimos sobre hypothecas
Consignações de rendimentos e
outras fúrmas de garantia;
Legalisação de documentos, Iqui-
dação de direitos de mercê, encar-
tes:
Publicação de annúncios no Dia-
rio do Governo e jornaes nacio-
naes estrangeiros.
Registo de propriedade litteraria,
artistica e industrial; registo de no-
mes, marcas, titulos e patentes de
invenção.
Habilitação de. pensionistas no
Monte Pio Geral e outros.
Diligencia sobre serviços depen-
dentes de todas as repartições pu-
blicas, secretarias d’estado, minis-
terios, consulados, e de todos. os
bancos e companhias.
E’ esta a primeira publicação no
genero, mais util, completa e eco-
nomica, até hoje apresentada no nos-
o meio, representando sem duvidas
o maior auxiliador de todos os cida-
dãos.
Correspondencia é traducções
a Francez, Inglez e Alle-
mão.
OS EXPLORADORES DA |
DESGRAÇA
Condições da assignatura
Cadernetas semanaes de 2 folhas
(16 páginas), 20 réis.
Tomos mensaes de 10 folhas (80
páginas), 100 réis.
BRINDE NO FIM DA OBRA Grande
estampa: DrOpria para quadro, TENTE
sentando
À Restauração de Portugal
Os ses. assignantes tambem. poderão preferir
Como hrinde à estampa, Jipressa a: dez
cbres, representando
A REPUBLICA PORTUGUEZA
A commissão aos srs. correspondentes é
A de 25 9/0
Interessantes brindes aos srs. an-
gariadores de assignaturas; veja-se
o prospecto d” esta obra.
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tora de romances ilustrados, dos
melhores auctores, estampas e al-
buns com vistasde Portugal. Rua
Marechal Saldanha, 16, 1.º— Lisboa, |
Acham-se publicados os tomos n.ºs | 8 2
|
|” Anemia, Febres palusies cu
Sexos, Tuberculose
e outras doenças provenientes
Ê acompanhadas de FRAQUE-
1a GERAL, recommenda-se a
DE entra
o EXPERIENCIAS Sic sui é
nos hospitaes.do paiz e colonias, confirmam ser
o tonico e febrifugo que mais sérias garantias
offerece no seu tratamento. Augmenta a nutri-
ção, excita fortemente o apetito, facilita a di-
gestão e é muito agradavel ao paladar.
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A? venda nas boas pharmacias,
Deposito na GERTÃ — Pharmacia Z. LU-
CAS — CASTELLO BRANCO, Pharmacia RO-
DRIGÃO. Deposito geral: Pharmacia Gama,
O. da Estrella, 118 — Lisboa.
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TOSSES £: a aa a ira ção
Caixa, 810 réis. Deposito Sa ER da QUI-
NARRHENINA
“por Augusto Rodrigues q
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da vida do fundador do
christianismo. Suas ma-
ximas.e suas parabolas.
Pedidos á redacção da «VOZ
DO POVO»
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Com o capital de 500:000000 rs.
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N’esta redacção prestam-se todos |
os esclarecimentos e fornecem-se
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Prlioso À, Cesar Pies
Solicitador encartado
CERTÃ
Encarrega-se de tratar de todos
os ássumptos judiciaes n’esta ou
n’outra comarca,
AOS LAVRADORES
Cardoso Guedes, agricultor diplo-
mado, encarrega-se do tratamento
de arvores e ‘plantas doentes; com:
pras de adubos adequados ás cultu –
ras, os melhores em qualquer caso
pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di
nheiro e as sementes. pela acquis)-
ção de formulas feitas sem eniterio.
“SAPATARIA PATARIA 24º DA D’AGOSTO
JOSÉ POSSIDONIO
Rua Serpa Finto—Gertã
N’esta officina executa-se, por me-
dida, calçado para homem, -senho-
ra e criança. 6 proprietario d’esta
officina desejando manter e até am-
pliar o seu credito, affirma aos seus
estimaveis freguezes que empregará
todo o escrupulo e attenção na exe-
cução de. todos os trabalhos que lhe
forem confiados.
Preços sem competencia
ESUS CHRISTO
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LEITÃO & ALBUQUERQUE
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Rua do Ouro, LO, 2.º-ESCRIPTÓRIO PORENSE=Teleg, += BOA [a
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Commissões e consignações, despachos nas, alfandegas:
informações, remessas de encommendas para as pro-
vincias, ilhas e colonias. Acceita representações de
quaesquer casas productoras tanto nacionaes como. estranjei-
ras. Trata de liquidações de heranças e de processos commer-
” ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encartado.
( HYpo = E EULEATADA,
À UNICA NO PAiZ “COM E ESTA COMPOSIÇÃO CNMICA
à PREMIADA COM 10 MEDALHAS DE OURO PRATA É,
NAS EXPOSIÇÕES NACIONAES E EXTRANGEIRAS
es “60 NOTAVEL na CURA ox DIABETES, |
opésai “DOENÇAS E DOENÇAS IST |
P 9) AVALVSES CHNICA BACTERIOLOGIA E APRECIAÇÕES |
‘DOS DISTINCTOS CUNICOS E.xe 5..t
vago MACHADO D’ D DANTONIO ENCASTAL | DOALEREDO IUIZ LOPES mo o
“DÁ-SE FOLHETO NO DEPOSITO GERAL
iG B Tu es rue Lisaoa (
| ia dan ae
Productos ebimicos e especiali-
dades pharmaceuticas.
-hnacioyaes e estranóeiras
AGOAS MINO- MEDICINAES –
GRANDE VARIEDADE “DE SABONETES FINISSI-
MOS E ESSECIAS MODERNAS dos melhores
fabricantes estrangeiros.
SER ? mm
inolgene do Chatabei cup Analyses completas deurinas: é axilas
RETA aa npc
: JULIO GOMES “FERREIRA & e E?
E
Rua da Victoria, 82 a 88 e Rua do ptiros 166 a 170
— LISBOA
Installações completas de gaz e agua; gazometros para ace-
tylene desde 5a 100 luzes; variado sortimento de candieiros, lus-
tres e lampadas para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de’
| diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha;
Bl tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu- |
bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal dé di- >
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias |
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes- fx,
cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios ; artigos de | é
electricidade, etc,
Croragaemreapra q eagaemreapra q e