Voz do Povo nº48 29-10-1911

= Abro
Certã, 29 de outubro de I9II N.º 48
Rage DIRECTOR
Administrador
– – ZEPHERINO LUCAS
Editor
Augusto Kodrignes
Luiz Domingues da Silva Dias ERAS
VOZ DO
Dvl
: Assignaturas
Pago adiantadamente
Anno…… 19200. Semestre… 600 rs.
Para o Brazil. ……. 5yjpooo réis (fracos)
“Não se restituem os originaes
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA OS
Typographia Leiriense — LEIRIA
Propriedade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha…
N’outro logar, preço convencional
Annuncios
DES ONES,
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
P| atriotismo
“Nos ultimos mezes não hou-.
ve, decerto, noticia que mais
commoyvesse o sentimento de todos
os portuguezes, do que ada
perda do cruzador São Raphael,
uma das unidades da nossa marinha
de guerra, cheia de: tradições,
e que tão bons serviços podia
ainda prestar á causa da patria.
:
Todos nós sentimos vibrar intensamente
esse radicado patriotismo
que em tantos momentos
difficeis da nossa historia, nos
tem salvo.
Foi do mar que nos veio o
apogeu da nossa gloria; é omar
que ainda hoje nos attrahe com
a fascinação da-sua. grandeza,
dos seus mysterios que tanto impressionam
á nossa imaginação |
de meridionaes. O que foi a
nossa grande força constitue
presentemente a nossa fraqueza;
que não podemos arrostar com
as collossaes despezas a que
obriga uma poderosa marinha
de guerra.
Agora, que parece ter emmudecido
a voz da justiça no concerto
das nações; agora que parece
haver apenas um direito reconhecido,
o da força, é que nós
vemos o abysmo a que o desvario
de. successivas administra-
– ções nos tem conduzido.
Ha seculos que os nossos interesses
militares se acham estreitamente
confundidos com os
da Inglaterra, n’outros tempos
honramos brilhantemente os nossos
compromissos, mas no estado
de decadencia a que chegou
o nosso antigo poderio militar,
decerto que n’esse campo aquella’grande
nação nos: não conta
como factor apreciavel.
Ora, é lamentavel que assim
seja; uma aliança entre dois povos,
só é digna d’esse nome,
quando ambos contribuem. sinceramente
para ella com forças
equivalentes ao seu poder e ao
beneficio que d’ella recebem: de
contrario, um dos povos, de alliado
torna-se em protegido, e
essa situação não nos convem
por fórma alguma. Cumpre-nos
pois valorisar por todas as fórmas
esse tratado secular que une
os dois povos, de raças tão differentes,
mas tantas vezes irmanados
nos campos da batalha.
O progresso duma nação
só pode desenvolver-se nos periodos
de tranquilidade. Depois
| da convulsão politica que transformam
as nossas instituições e
desde o momento que o mais alto
representante da forma monarchica
abandonou o paiz sem
tentar a luta, seria lícito esperar
que se seguisse um largo periodo
de acalmação, de apaziguamento
de paixões e:de traquilidade
publica que a todos ‘désse
garantias de ordem, de paz e de
trabalho. Infelizmente, assim não
tem acontecido, mercê de varias
circumstancias que nºoutros artigos
por mais do que uma vez
temos apreciado. largamente.
Mas é indispensavel . que assim
succeda para segurança de nós
todos, da riqueza publica e particular
e da manutenção da nossa
propria nacionalidade, que
successivas alterações da ordem,
ainda mesmo que sem caracter
revolucionario, podem pôr em
risco, attento o estado actual da
politica europeia.
A manutenção da ordem, publica-
constitue, no momento historico
que vamos: atravessando,
o mais imperioso dos nossos deveres.
Nºella devem collaborar, não
só o governo e suas auctoridades,
mas tambem, nós todos,
simples cidadãos, que devemos
proceder com criterio, não praticando
violencias, mem dando
pretexto aos outros para que as
pratiquem.
Mantido o socego publico e
restabelecida a tranquilidade nos
espiritos, resta lançarmo-nos enthusiasticamente
ao pesado mas
agradavel.trabalho da reconstrucção
da nossa patria, cicatrisando
as feridas que os acontecimentos
possam ter aberto, e desenvolvendo
no commercio, na
industria, nas artes, em todos os
ramos da actividade humana,
novas fontes de progresso nacional’que
galvanisem’ este velho
Portugal, fazendo-o retomar o
seu antigo logar entre as nações
da Europa, que outr’ora o viam
com respeito e agora o olham
com desconfiança, com que talvez
se encubra a cubiça de que
tantas provas está dando a todo
o mundo.
om ———
Syndicancia
O sr. conego Joaquim Maria Quintão,
digno reitor do Collegio das
Missões, requereu uma syndicancia
á gerencia e administração d’aquelle
instituto desde a sua nomeação
até ao. presente, abrangendo. assim
os acontecimentos do ultimo anno
lectivo.
Uma iniciativa intelligente
Com este titulo publicouo Diario |
Popular, do Funchal, a seguinte noticia:
O sr. Joaquim Paula Antunes, que por
diversas vezes tem sido nosso hospede,
comprou ha tempos nu freguesia do Monte
uma grande extensão de terreno, que
converteu n’um vasto é luxuriante pomar.
Ali se. encontram arvores fructiferas
das mais seleccionadas castas, revestindo
algumas já uma opulenta vegetação, entre
ellas as cerejeiras, de que se colheram já
deleciasos fructos. ;
O pomar. foi organisado nos moldes da
mais progressiva pomicultura, encontrando
o sr. Paula Antunes no sr. Giacomo Caminata
um valioso auxiliar do seu empre
hendimento.
: Oxalá outros proprietarios ruraes se
orientassem por esta iniciativa, aproveitando
as propriedades vegetativas dos terre.
nos para desenvolver na Madeira a tão
preciosa e rica cultura de fructos, elementô
primacial de prosperidade agricola em
paizes mais; progressivos embora peor dotados.
E’ bem de applaudir, em verdade,
a iniciativa do sr. Paula, Antunes,
o benemerito filho de Sernache
que pela sua terra tem mostrado o
mais devotado amor patrio, affirmado
generosamente em. mais de
“uma obra, a ultima das quaes, o
«Mercado Bittencourtq»u,e está ainda
em construcção.
E seguida ella por outros e bem
aproveitada a lição d’esta experiencia,
que elle com grande dispendio
desinteressadamente iniciou, d’ahi
podem resultar fartos beneficios
para aquella. formosa ilha e uma
funda e proveitosa transformação
na’sua actividade agricola, *
Sabemos que o emprehendimento
do sr. Joaquim Antunes não se lemitou
a uma modesta e hesitante
tentativa: ao. contrario, uma vasta
plantação fóra dos moldes rotineiros
e feita pelos melhores processos
scientificos e praticos da pomologia.
Estes trabalhos são dirigidos pelo
sr. Giacomo Caminata, verdadeira
auctoridade na materia é que na escolha
e disposição das differentes
castas e qualidades. com superior
critério tem sabido aproveitar as
luxuriantes propriedades vegetativas
d’aquelles terrenos e clima.
A vasta quinta do Monte, sitio
aprazivel e muito visitado, será em
breve, sem duvida, um importante
elemento. de riqueza. da Madeira e
por assim dizer um instituto agricola
que muito pode ensinar e approveitar
aos demais proprietarios
d’aquella ilha.
Bem haja quem tão generosa e
patrioticamente sabe empregar os
reditos da sua fortuna.
——— <DOQOC———
Cruzador S. Raphael
A nossa marinha de guerra, que
tão pouças unidades de combate já
possuia, acaba ainda de perder uma,
nas tragicos condições que os jornaes
teem noticiado.
Essa desgraça encheu de consternação
todos os portuguezes, e nós,
com toda a sinceridade nos associamos
á dôr que .enluta. presentemente
a nossa marinha de guerra.
FACTOS E BOATOS
Escolas moveis
Está já a funccionar no. logar da
Passaria, a 2,º missão d’aquella benemerita
associação.
E’ dirigida pelo distincto: professor
Christino dos: Santos.
Brevemente deve começar & funccionar
a 1.º missão no logar do
Amiosos
o ds
Dr; Sanches Rollão:
Regressou na passada semana a
esta villa, o integerrimo juiz de direito
d’esta; comarca, sr. dr. Antonio
Adolpho Sanches: Rollão, que
logo assumiu a jurisdicção, que lhe
foi entregue pelo seu illustre substituto,
sr. dr. Antonio Augusto de
Mendonça David.
O sr. dr. Sanches. Rollão, que
era a primeira vez que vinha a esta
villa, depois do doloroso transe por
que ha pouco passou, tem recebido
as mais innequivocas demonstrações
de sympathia e consideração.
= 3 O00C>— ——— +
A Beira Baixa
O sr. dr. Silva Faia, distincto
medico em Proença-a-Nova, deixou
a direcção d’aquelle nosso collega,
que se publica em Castello, Branco.
— o O10€-————
O nosso assignante, sr. José Garcia,
fez acto de direito administrativo,
sendo aprovado, pelo que o felicitamos.
)
—— RIM) ———
A seu pedido, foi exonerado o st.
José Joaquim da Silva Neves, de
official do registo civil, sendo em
sua substituição nomeado o sr. Manuel
Martins Appariício.
AG SEA Tm
No passado domingo, Domingos
Nunes, de Maxialinho, vibrou uma
navalhada em José Martins, do Valbom,
causando-lhe ferimentos de
bastante gravidade.
O offendido acha-se em tratamento
no hospital d’esta vílla.
— Seo —
“Registo Civil
O movimento de registos n’esta
repartição de 18 a 25 do corrente foi
des
Nascimentos» 2054, doa o mon 5
Casamentosma SIM IA sado I
Obitos qe aum 20003.k TR IVON LAT
5 —— QI —— —
O nosso collega Noticias da Beira,
de Castello Branco, transereveu
no seu ultimo numero o nosso artigo
O ageite.
Agradecemos.
—i ce —
N’esta semana não se realisou
a sessão da camara municipal, por
falta de numero.
o AREBIOE——
Centro Republicano do Pará.
O importante jornal brazileiro 4
Provincia do Pará publicou um numero
de homenagem á Republica
Portugueza, com os retratos dos
VOZ DO POVO
membros do primeiro governo constitucional
e uma desenvolvida noticia
da fundação d’aquella prestimosa
colectividade. Entre outros retratos
de vultos proeminentes da colonia
na florescente capital do Pará, inse- |
re os “dos nossos presados amigos
Floriano de Brito e Luiz Domingues
da-Silva;-que-ali, como em toda a
parte, tanto teem honrado o nome
d’este concelho.
EA
Acto de generosidade
O nosso estimado assignante, sr.
Albano Ricardo Matheus Ferreira,
entregou na thesouraria da Misericordia
d’esta villa, em nome de sua
cunhada, -a sr.* D. Elisa Julia. de
Castro Ribeiro, a quantia de 1008000
réis com que s. ex.” tão generosamente
se dignou contribuir para as
despezas’do hospital a cargo d’aquella
corporação, como no n.º anterior
já referimos. :
Actos d’estes nobilitambastante
quem os pratica: e são um eloquente
estimulo: para todos aquelles que
teem a felicidade de se encontrar
em condicções de o praticar:
de O
José Antunes Pinto
Chegou na’segunda feira a Oleitos,
vindo de Lisboa, o’sr. José Antunes
Pinto, importante proprietario
€-antigo-republicano, Por este
“facto’e por iniciativa dos srs: Francisco
Cardoso “e Santos Valente; a
philarmonica Oleirense, com alguns
populares que empunhavam pequenos
pinheiros, de onde pendiam vistosos
balões venezianos, foram cumprimentar
‘s. ex.* á casa da sua residencia.
“O cortejo, que era dirigido:
pelos referidos cidadãos, poz-se
em marcha pouco depois do sr. Antunes
Pinto ter dado entrada na villa,
sendo nessa soccasião « queimados
bastantes foguetes. Depois da philarmonica
executar a «Portugacsa»qu,e
o sr. Antunes Pinto ouvio respeitosamente
de uma das janellas’de sua
casa, o cidadão Santos Valenje, em
seu nome e em nome do povo, deu
as boas vindasa s. Ex.*, enaltecendo
as suas primorosas qualidades de
caracter e fazendo ver quanto estimava
ter occasião de cumprimentar
nesta villa, cujos habitantes vão
sentindo em seus corações o verdadeiro
amor patriotico, um defensor
fervoroso e apaixonado da causa
republicana. Tanto por este sr. como
pelo cidadão F. Cardoso, foram
então levantados freneticos vivas é
Republica e á Patria. Em seguida o
sr. Antunes Pinto, depois de agradecer
as palavras dirigidas pelo cidadão
Santos Valente e a manifestação
que de surpreza lhe dirigiam,
demonstrou ao povo quanto era util
que elle, de alma e coração, ‘se dedicasse
ao governo da Republica,
regimen que ha de levantar a nossa
querida Patria. Depois de calorosos
vivas, s. ex.” convidou os manifes
tantes a entrarem em sua casa, ondo:
se-fizeram, de parte a parte, alguns
brindes, tocando então a philarmonica
alguns trechos de musica,
S. ex.’ foi de uma amabilidade captivante
para todos que tiveram occasião
de o visitar.
——otoe—-
ALBERTO CARLOS MARTINS
Deste nosso assignante e ex-professor
da Varzea dos Cayalleiros,
recebemos uma carta, na qual nos
explica o seu procedimento na subscripção
para: a construcção d’uma
casa d’escola n’aquella freguesia.
Ao mesmo tempo, envia-nos um
documento assignado pelos srs. Manuel.
Farinha Martins, Antonio Farinha
Santinha e José Jorge, do
qual se prova ter o sr. Alberto Carlos
Martins entregue à commissão
a quantia de r81jp8go réis.
iz-nos mais aquelle sr. que essa
quantia deve subir á’de 3008000.
réis, approximadamente, quando es- ||
teja feita toda a cobrança.
Tee
Pelo mundo litterario
UMA HISTÓRIA EXTRAVAGANTE
Eu tenho um amigo que é um excellente
rapaz, um pintor distincto,
um conversador de espirito, que na
sua intimidade com jornalistas lhes
tem fornecido um bom par de mois
de la fin para as suas-chronicas,
mas que tem um feitio bohemio como
já raros se encontram, uns: habitos
excentricos, umas manias originaes
que lhe tem conquistado a
classificação de magico. É
Uma dessas manias, que mais me
deu no goto, é a de conversar com
os guardas nocturnos.
Pela-se por conversar, com essas
sentinellas vigilantes do somno das
familias lisboetas, o meu amigo -conhece
todos que-ha’nos arruamen-
“tos da baixa e é à conversar com
elles que passa em claro, todas as
noites, em escuro -—na escuridão
sombria da Lisboa nocturna, é para
conversar com elles que desde que
essa benemerita corporação se fundou
recolhe sempre para casa quando
o’sol nascente doira as janellas
do Castello de S, Jorge, e os alvores
da manhã apagam as lanternas
de turta fogo nos estomagos d’esses
pobres serenos.
Esta mania singular deu-me no
goto e uma madrugada tirei-me dos
meus cuidados e fui cavaquear com
os guardas nocturnos.
E então comprehendi tudo, comprehendio
attractivo desse singular
passa-noites.
E comprehendi-o logo no primeiro
guarda nocturno com: que esbar-‘
ramos ali para ao pé de S. Nicolau.
Era um homem dos seus trinta e
tantos annos de bigode preto amplo,
e pera grande, em bico, que
não tinha o feitio das peras mar-
Ciaes, mas sim o das peras litterarias,
que floresceram nos queixos
dos poetas romanticos que encontrámos
dando leis ao mundo das
lettras, quando ha quarenta annos
puzemos o pé neste mundo de
Christo.
— O senhor Florindo, disse-me o
meu amigo apresentandoo -gumaera
apresentou-me.
—Aqui tem um collega, senhor
Florindo. !
O quê! Este cavalheiro tambem
é auctor dramatico!
—Sim senhor.
O guarda voltou-se para mim e
perguntou-me.
—E já tem tido peças representadas!
—Já.
—E applaudido! inquiriu com os
olhos a brilharem-lhe mais que a
luz da lanterna.
— Algumas.
—O que! Já ouviu alguma: vez
palmas!
—Tenho tido esse prazer.
—Ah’! é bem mais feliz do que
eu! Como euo invejo! As palmas!
As palmas foram sempre de pequenino
o meu sonho, a ellas tenho sacrificado
tudo, o meu talento, a mi.
nha vida, a minha posição. E por
causa d’ellas, d’essa ambição de
gloria que deve ser a aspiração suprema
de todo o homem de talento,
que eu aqui estou de lanterna na
barriga e-chaves na mão, a abrir a
porta ás pessoas que entram para
suas casas.
—Por causa da gloria!
— Sim.
E então contou-me a sua historia.
E” simples, essa historia mas co-
E depois voltando-se “para elle.
mente comovedora.
Nasceu com bossa theatral, e aos
| 18 annos começou a escrever peças.
Escreveu, escreveu, mas os theatros
não lhe representaram senão
uma: —a primeira.
O publico acolhe-a com uma pa-
| teada de tal ordem, que se alastrou
| por todas asjoutras peças, mesmo
poraquellas que ao tempo ainda
não tinha escripto. !
O charivari da sua estreia ficou
celebre nos annaes do theatro por-
| tuguez,e nunca, durante vinte annos,
encontrou no seu caminho um emprezario
corajoso que se atrevesse
a fazê-lo representar,
Encheu os theatros de peças e
dizia-me com certo orgulho, de certas
é determinadas peças: 3
— Esta é muito; conhecida nos
theatros de Lisboa. gSi
—Ah! já se representou!
—Não senhor! E” conhecida nos
theatros, mas só pelos emprezarios:
já tem corrido todos“elles.’
Como não – conseguiu – conquistar
uma palma com essa. peça a: não
ser a do martirio, fez-se actor.
Em vez de palmas, porém encontrou
solas, solas
ue rufaram que foi um gosto no
A do seu debute. ouso
Já que por si não podia apanhar
palmas, o sr. Florindo teve uma
ideia nada igoista apanha-las por in-.
termedio de alguem que lhe chegasse
de perto: .
No theatro havia uma actr|i qzue
tinha.grande exito. 4
Casou com ella.
Mas depois de casada a actriz
nunca mais soube o que eram pal-.
mas; nunca mais teve um successo, .
em compensação em casa tem-lhe
tido um bom successo todos os annos.
à
—Desnorteado, alucinado, necessitando
ouvir o ruido glorioso das
palmas, não podendo prescindir disso
de- maneira nenhuma: deixou: a
arte e fez-se guarda nocturno, disse
elle tragico. .
—Mas para que! perguntei-lhe
ingenuamente sem comprehender o
alcance dessa medida.
Para que! Para ao menos uma
vez na vida satisfazer a minha santa
ambição!
Olhei-o espantado.
— À unica maneira que encontrei
de ouvir darem-me palmas, foi fazer-
me-—guarda-nocturno !
Gervasio Lobato.
E ERIGE— ———
SE EU MORRESSE 21…
—Eu quizera ser em vida
Cofre do teu coração;;
Mas se tu morresses qu’rida,
Eu quizera ter guarida
No findo do teu caixão.
Caldas, agosto 96. – i MG:
Conselhos aos lavradores
ae adubação da oliveira
Por toda a parte se ouvem os
queixumes dos lavradores de que a
oliveira, no corrente | anno não dá
nem sequer para as despezas feitas
com à apanha dos fructos.
—Varias são as causas que para
isso podem ter concorrido mas a
mais importante é sem duvida a do
pouco ou nenhum cuidado que a
esta cultura dedica uma grande
maioria de proprietarios.
— Salvo exceções em que aproveitam
o terreno do olival para uma
cultura intercalar, em geral de batata
e no anno seguinte de um pão
de pragana, é uma forma de tirar
do terreno dois rendimentos mas
que para não extenuar, as culturas
rossas, valentes .
meme mem
* dado
| movedora profunda e dramatica- ! deveriam: ambas ser adubadas não
só fornecendo ao terreno o que ellas
vão tirar como tambem o ministrar
ainda ao terreno os elementos
que a oliveira precisa para bem produzir.
Sabe-se que ella precisa de azote,
» potassa € avido phosphorico.
Isto-pelo que diz respeitaoo todo
da planta, 2 ;
Para a. frutificação ella necessita
de muita potassa e de algum acido
phosphorico. : E
O insuceesso da falta de produção
das oliveiras é devido á falta de cuiue
com ellas se tem.
Na frutificação influem poderosamente
os adubos potassico phosphatado
motivo este porque aconselhamos
aos lavradores, para que as suas
oliveiras produzam, o emprego de
adubos completos, adquados aos
terrenos e com elevadas doses de
potassa e acido phosphorico.
Na sua falta pode-se empregar
“por arvores: :
(Aa O tada a res aa 1 kilo
Phosphato Tomaz 3»
Kainitesb. siatto eras b ie
—Se’ se-emprega um ‘adubo’completo
organisado: em harmonia com
as necessidades do terreno devemse
empregar cinco kilogramas por
ARVONCA a o :
— Desde que a uma adubação fei-
“ta ‘racionalmente’ se fizer tambem
uma póda: sensata a oliveira: hade
produzir todos os annos de forma a
«compensar o trabalho e despeza
effectuada.
E “ Cardoso Guedes.
— Conhecimentos uteis .
Nodoas oleosas
Em sufficiente agua fria de barrella,
mistura-se sarro-de vinho branco
um tanto quente, mete-se-lhe.o panno
manchado, e deixa-se de molho,
No dia seguinte passa-se por agua
“ria é põe-se a seccar. Conforme a
côr do: tecido, – põe-se ao solou à
sombra.
SE —=—
Para lavar os chapeus de
* Palha
Dissolve-se uma pouca de potassa
e filtra-se, depois de tirado o forro
ao chapeu, esfrega-se este põese
a seccar. Em estando complectamente
sêcco, queima-se flôr de enxofre
n’um prato de barro e expõese
o chapeu ao seu vapor. Feito isto,
embebe-se uma esponja em agua
ligeiramente gommada, passa-se por
sobre ‘o chapeu, e assim abteremos
a apalha tome o seu natural bri-
O. I
Carteira semanal
Faz annos: é
Hoje—a sr.* D. Elvira Nunes Gorreia,
iPerReRa rd a esta villa os srs.
João José de Magalhães e Joaquim
Neves Barata.
Tem passado incommodado de
saude o sr. Jayme de Sande Marinha,
Sahiram: para Lisboa o sr, Eugenio
Nunes e esposa, e para o Tojala
sr.* D, Virginia Baptista.
Esteve no Outeiro, o nosso: assi-
Ras de Lisboa, sr. José Maria da
ilva.
Tem estado em Coimbra o nosso
assignante, sr. Fructuoso Pires, digno
solicitador encartado.
De visita a sua filha a sr.º D.
Amelia Esteves, está n’esta villa a
sr* D, Mar.a Esteves.
VOZ DO POVO
& Dipa, ignaram-se rtiânuar Isdtisfader Má suas
assignaturas os srs. Adelino Lopes da Sils
da Silva, “de Benguella
ernardo, de Lorenço Mar
va, Antonio Lo|
e Joaquim Dias
a a) ppRnP Ma GRI E SMÓRE ANO:
ASSUMPTOS AGRICILAS
O mais importante lavrador das
“Alcaçovas, que gastava até 1909 vinte
a trinta wagons de Superphosphato,
gastou-em-1g1o vinte e cin-
“co wagons de Phosphato Thomaz e
“em 19rr’ trinta-e cinco wagons de
Phosphato Thomaz. ,
Temos Phosphato Thomaz -da
dosagem de 16 ‘lL,. approximada-
“mente, para entrega immediata à
descarga no Tejo. Ed
“O, Herold &. 6.º.
Proprietarios da marca registada
para adubos..; 7
“TREVO DE 4 FOLHAS
“Armazens em Lisboa, Porto e Pampilhosa,
CAVALLOS
Vendem-se, um castanho de. 6
annos, outro russo de 8 annos: Para
tratar Core
João Pinto d’Albuquerque
CERTÃ
BERNARDO DE MATTOS
Advogado —
Participa aos seus clientes e amigos.
que mudou a residenciae escriptorio
para a sua casa do Castello,
sita; á | Rua do mesmo nome,
onde offerece o seu limitadisssmo
prestimo pessoal e profissional:
SOLICITADOR: FORENSE
“Augusto Justino Rossi
CERTA.
Trata por preços modicos de todos
os negocios judiciaes e cobrança
de dividas.
Comarca da Certa
1.º officio
Pelo. Juizo. de Direito d’estas comarca
e cartorio, do escrivão abarxo
assignado, nos autos d’inventario
orphanologico por obito de Antonio
Lopes, que’residia no Mosteiro Cimeiro,
d’esta Comarca, em que é
inventariante Joaquina de Jesus,
viuva, «ahi Tesidente, correm editos
de 30 dias a contar da 2.3 e ultima”
publicação do annuncio, citando os
coherdeiros José Lopes, ‘e-Antonio
Lopes Branco, ausentes em parte
incerta, para assistirem a todos os
termos, até final, do mesmo inventario,
deduzindo n’.lle todos os seus
direitos, querendo. E
Certã, 23 de outubro de T9rI.
O Escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues.
Verifiquei
O Juiz de: Direito;
2 Sanches “Rollão. I
Acaba-de;ser posto á venda 0 terceiro tomo da:
NOVA: COLLECÇÃO DE LEIS
REPUBLICA PORTUGUEZA
Approvadas pelas Constituintes
“Summario-do tomo n.º.3
Recenseamento geral da: população-—
Tabella das quantias com que :
as camaras municipaes teem de concorrer
para o recenseamento gcral
da população em 19g11—Instrucções
para a execução do recenscamento
geral da população Decreto sobre
circulação de automoveis.
A Empreza editora da Bibliotheca
d Educação Nacional, resolveu, encetar,
desdv já, a publicação com a
maxima urgencia, de todo o conjun
cto de leis que o Parlamento. vae
sanccionando, assegurando que a reproducção
será feita exclusivamente
pela folha official e com o maximo
cuidado. ERR
– A nova Collecção de Leis da Re:
publica, levará todas as indicações
de referencias aos Codigos em vigor.
A distribuição é feita em tomos
de 32 paginas, ao preço extremamente
economico de 60 réis.
Todos os pedidos de assignatura,
devem seridirigidos á Typographia
Gonçalves—So, Rua do Alecrim, 82
— Lisboa.
DR. MARTINS GRILLO
Medico especialista .
Doenças e hygiene da PELLE
SYPHILIS 6 doenças VENEREAS
Tratamento das PURGAÇÕES
Tratatamento medico e cirurgico
das doenças da uretra, prostata c
bexigas. ;
Consultas. diarias .das,2 ás 6 horas
da tarde,
RUA DO OURO 292-2.º
LISBOA Sei oa
Atum novo, mbo em
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Vende-se na LOJA DO POVO de
Albano Ricardo Matheus Ferreira
CERTA
Retrato Colorido
DR.. MANUEL D’ARRIAGA
Presidente da Republica Portngueza
Preço em papel…… 60 réis
» em cartão… 100 »
“A! venda na «À Editora», Largo
do Conde Barão, 58—Lisboa e
em todas as livrarias, kiosques e
principaes tabacarias da capital.
Provincia franco de porte
Todos os srs. lavradores que quizerem
obter optimos resultados nas
suas colheitas devem pois empregar
antes das sementeiras:
tal azotada com phosphato
Thomaz c um adus.
bo potassico que são adubos
perfeitamente adequados aos terre
nos do nosso paiz.
ou Guano do Perou mar»
ca «Cornucopia» “hlendorff
com adubo potassico.
ou adubo completo tendo
azote, acido phbosphorico
e potassa, especial para a
cultura e para a terra,
Nas culturasjá semecadas
de trigo, centeio, milho, batata,
horta, etc., etc., que estejam fracas,
amarellas, e atrazadas ou que
tenham mau aspecto, para as tornar
mais vigorosas, com melhor vegetação,
uugmentando as colheitas,
salvando-as muitas vezes € attenuandoou
evitando vs estragos das doenças
e insectos, deve ser applicado o
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a quem requisitar.
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Portugal, Brazil e colonias,
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Alfredo Cortex, advogado,
Vaz Ferreiras o
João de Vasconcellos.
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Commerciaes.
Secção especial de averbamentos
E habilitações administrativas perante
a Junta do Credito Publlco.
Emprestimos sobre hypothecas
Consignações de rendimentos e
outras fúrmas de garantia.
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de direitos de mercê, .encartes..
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Publicação de annuncios nó Dlario
do Governo e jornães nacionaes
estrangeiros.
Registo de propriedade litteraria,
“artistica e industrial; registo de nomes,
marcas, titulos e atentep- des
invenção. É o”
Habilitação de pensionistas no
Monte Pio Geral’e outros.
Diligencia, sobre serviços. dependentes
de todas as repartições publicas,
secretarias d’estado, ministerios,
consulados, e de todos os
bancos e companhias. t :
E” esta a primeira publicação no
genero, mais util, completa € economica,
até hoje apresentada no noso
meio, representando sem duvidas
o maior auxiliador de todos os cidadãos.
à ;
Correspondencia e traducções
em Francez, Inglez e-Állemão.
si!
VIDA POLITICA
Luiz da Camara Reis
Publica se a 10 e 30 de cada mez.
Preço de cada numero, 5o réis. Assignatura
por séies de 6 numeros (300
éris) e 12 numeros (600 réis). Paga:
mento adiantado. Pedidos de numeros
atrazados à Redacção. Administração:
Rua da Palma, 24, 1,º–Lisboa.
FOLHETIM
Nem tudo que inserem os jornaes
é verdadeiro
(CONTO)
Eram duas horas da tarde d’um
lindo dia de primavera.
No seu:bodoir perfumado: e-elegante,
confortabillissimo, um verdadeiro
ninho de; fadas, onde preciosidadesartisticas,
e bibolots de gosto,
se misturavam n’um pele-mele do
mais apurado 3»’/an, ella,;a condessinha
de « y morria de-semsaboria.
Tinha pegado. maquinalmente n’úm
jornal, e deixando cahir.os seus formosissimos
olhos, sombreados pelas
suas pestanas sedosas e fartas,
deparou com uma supplica, d’uma
pobre, d’um appello a leitores cari- dosos. O quadro, que a noticia tracava
era horrivel, duas pobres mulheres,
mãe e filha, aquella moribunda,
esta a morrer de fome, habitando
uma mansarda miseravel, e
proximo a serem postas na rua, por
falta de pagarem o alusuer, debatiam-
se na mais triste e negra: das
mizerias!
E ella ia boa condessinha toda canitativa
concertava em mente 0 projecto
altamente humanitario, de ir
ella propria, levar a alegria áquella
triste habitação, onde á mesma hora
em que ella se achava ali cercada
de todas as commodidades. as
desgraçadas de que tratava a commoyvedora
noticia, lá gemiam na
mansarda, fria, humida morrendo
de fome!
E a condessinha tinha fremitos de
horror ao desenhar na vasta tella
da sua imaginação o giadio triste e
horrivel da mansarda! Nada, exclamou, vou levar-lhe eu
mesmo a alegria e o alento!
Mandou pôr o trem, e embrulhou
algumas libras n’um papel.
Pouco depois dirigia-se, no seu
elegantissimo coupé, huit ressorts,
tirado por dois soberbos hanoveriannos,
para a casa indicada no jornal.
E no caminho, imaginava a alegriaique
iria | causar, n’aquella tasa
triste e desolada agora, e depois
nos agradecimentos, na gratidão de
aquella boa gente, porque havia de
ser boa gente, concluia ella.
O trem parou; e viu-se na frente
d’uma casa de rasoavel apparencia.
O numero era o mesmo indicado no
jornal.
Subiu Rs e agil, uma escada
ampla e bem illuminada.
No andar indicado, bateu, abriuse
uma porta, e uma rapariga rosada
e robusta, bem vestida, appareceu
no limiar, Ah! exclamou a con- dessinha com um gesto de surpreza,
não é decerto quem procuro, enganei-
me talvez!
A rapariga retorquiu, que não,
que era alli, que eram ellas, muito
pobres, e sorriu!
A condessinha por um movimento
maquinal estendeu o braço, e entregou-
lhe o embrulho das libras.
A rapariga pegou-lhe como por obsequio,
e sorriu-se desdenhosamente
A condessinha, sahiu furiosa, chegou
a casa nervosa e irratada, despedaçou
n’um impeto iroso, o jornal
que trazia aquelle pedido infamê
é protestou nunca. mais dar esmolas!
Eis amavel leitor, como muitas
vezes são os quadros de miseria teéricos,
medonhos, de arripiar, que
nos apresentam alguns periodicos
das grandes capitaes!
CÁ,
Cardoso Guedes, agricultor dipiomado,
encarrega-se, do tratamento
dearvores e plantãs doentes, com
pras de adubos adequados ás culturas,
0s melhores em qualquer caso
pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di
nheiro e as sementes pela acquis)-
ção de formulas feitas sem criterio.
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Preço, 200 réis; pelo correio,
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LEI ELEITORAL
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Com: as alterações ultimamente
publicadas na folha official.
A* venda as seguintes de interesse
geral: N.º 1, Lei de imprensa—
N.º 3, Lei do divorcio—N.º 7, Lei
do inquilinato—N.º 17, Direito á
gréve-=N.º 20, Leis de familia—N.º
21, Descanço semanal, . Attentados
contra a Republica—N.º 36, Lei do
segisto civil—N.º 37, Modelos e formulario
da Lei do registo civil —N.º
38, Descanço semanal e seu regula-
-mento—N.º 39, Lei do Recrutamento
Militar—N.º 41, Reorganisação
dos serviços de instrucção primaria
—N.º 42, Separação da egreja do
estado, etc.
Primorosa edição ornada de magníficas
photogravuras de pagina. –
BRINDES aos srs. angariadores
d’assignaturas. Veja-se o prospecto.
BRINDE aos srs, assignantes uma
finissima oleographia propria para
quadro, representando
Cada folheto contendo uma ou mais
leis
50 REIS
Esta empreza está editando TODOS
OS DECRETOS publicados
no «Diario do Governo» desde a
implantação da Republica, garan:
tindo que a collecção é sempre meticulosamente
feita pela folha official.
Pedidos à Bibliotheca d’Educação.
Nacional — Typographia
Gonçalves.
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3 tres e lampadas para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de
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de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de diversos
typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandesfé)
cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
gl electricidade, etc.
URU
Leis da Republica: va collecção de leis da Republica
Portugueza
cada folheto, conten-=
do uma ou mais leis
tituintes, esta collecção traz todas’as
indicações -de referencias ao Codigo
em vigor.
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