Voz do Povo nº49 05-11-1911

1.º Anno
DIRECTOR
Augusto Rodrigues
Administrador
ZEPHERINO LUCAS
“Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certã, 5 de novembrdoe 1911
EEE
VOZ DO
N.º 49
UVO
Pago. adiantadamente
Assignaturas
Anno…… 19200.. Semestre… Goors.
* Parao Brazil. …… +. Bypooo réis (fracos)
Nãe se restituem os originaes
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA
Typographia Leiriense— LEIRIA
Propriciale da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
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Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs,
N’outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
Recensgamento gera
Dentro de pouco tempo devem
iniciar-se -em todo:o paiz.os trabalhos
para a’organisação do 5.º
recenseamento: geral da população.
Este utilissimo serviço tem
apenas por fim conhecer o numero
exacto: dos habitantes da
nação, o seu estado e mais circumstancias
da sua vida,
— Aosempregados encarregados
de procurar elementos para a
sua organisação, deve o povo,
de boa vontade, prestar todos os
exclarecimentos que lhe sejam
pedidos e dispensar todo o auxilio
que lhe seja pedido.
Este serviço não tem relação
alguma com quaesquer impostos
ou contribuições, nem para o
seu lançamento serve dé base.
E”? tambem preciso haver todo
o cuidado em. que as respostas
sejam dadas: com a maior
exactidão, pois a lei pune severamente
quem faltar á verdade
nos exclarecimentos que se prestem
aos recenseadores, que são
os empregados encarregados de
distribuir os boletins a todas as
familias, e de preencher aquelles.
que as mesmas não saibam
ou não possam organisar.
Receba, pois, o nosso povo,
com toda a confiança, esses empregados,
pois os exclarecimentos
que elles lhe pedem-em nada
o pode prejudicar, nem agora,
nem no futuro, antes, pelo
contrario, da execução d’este serviço
resultarão benefícios para
todo o paiz.
Para maior exclarecimento dos
nossos leitores, transcrevemos,
em seguida, o edital que no dia
1.º do corrente, foi afiixado á
porta das egrejas de todas as freguezias
d’esta comarca.
Para: elle chamamos a attenção
dos nossos leitores, pois expõe
com bastante claresa, a utilidade
do serviço que vae iniciar-
se,
: EDITAL
O Doutor Antonio, Adolpho Sanches
Rollão, Juiz de Direito da
Comarca da Certã, etc,
Faço saber a todos os habitantes
desta comarca que no dia
1.º de dezembro proximo se hade
proceder ao Recenseamento
Geral da População da Republica,
ordenado por decreto de 17
de junho deste anno,
O Recenseamento Geral da
e
População tem por fim conhecer
o numero dos. habitantes de cada
freguezia; o seu sexo, estado
civil e idade; a sua naturalidade,
nacionalidade e instrucção
elementar; a religião que professam,
as profissões ou occupações
de que vivem, ‘e o numero de familias
que constituem.
O Recenseamento Geral da
População é obrigatorio de 10
em 10 annos, em obediencia à
lei de 25 de agosto de 1887, que
assim o determina, a exemplo
do que se faz em todos os paizes
ctvilisados, onde tambem se
procede aos respectivos recenseamentos|
de 10 em 10 annos,
e até em alguns de 5 em 5 annos
como na França e na Allemanha,
O Recenseamento Geral da População é uma
medida simplesmente administrativa, que
nenhuma relação tem com os impostos.
Nada se pergunta, nem se pretende saber
ácerca dos bens ou rendimentos das
pessoas,
Desde 0 dia 10 até ao dia 30
de novembro os Recenseadores
hão-de entregar em cada
habitação um “Boletim de Familia,
no qual devem ser escriptas
todas as informações pedidas
a respeito de cada uma das
pessoas da familia, dos seus creados
e dos seus hospedes.
E, sendo indispensavel que as
respostas dadas ás perguntas formuladas
nos Boletins de Familia
sejam absolutamente verdadeiras
e completas, para que a Republica
possa remediar, tanto quanto
possivel, os males que nos affligem,
e que só um recenseamento
exacto pode fazer conhecer;
chamo para este importantissimo
ponto a especial attenção
de todos os habitantes d’esta
comarca, lembrando-lhes ao
mesmo tempo que a lei castiga
severamente as infracções a este
preceito, pois que incorrem
na pena de 3 a 15 dias de prisão
correccional, e na multa de
5$ooe a 20000: réis, todas as
pessoas que se recusarem a receber,
preencher e restituir os
Boletins de Familia quando forem
reclamados pelos Receyseadores;
a dar aos Recenseadores
todas as informações
precisas para elles os preencherem
ou corrigirem; e as que
scientemente derem falsas informações.
E? pois um dever de patriotismo,
e uma obrigação imposta
pela leio responder ás perguntas
feitas no Boletim de Familia.
E para constar se passa o pre- —
sente que assigno, e que será affixado
nos logares do estylo.
Certã, em 1 de novembro de
IQIT.
O Juiz de Direito
Antonio Adolpho Sanches Rollão
— ope —
Missões ultramarinas
O ministerio das colonias acaba de
tomar importantes providencias ácerca
do seminario de Sernache do Bom
Jardim.
Para ellas chamamos a attenção
dos alumnos e de suas familias, pois
que da sua falta d’observancia podem
resultar prejuizos de difhcil solução:
«Art. 1.º E” auctorisado o superior
do collegio das missões ultramarinas
a adiar para 30 de novembro
o começo dos cursos do anno
lectivo de ig11-1912.
Art. 2.º Até ao fim do corrente
anno será permittido: aos actuaes
alumnos do collegio, seja qual fôr o
adeantamento em que estejam com
referencia ao termo dos seus estudos
e ordenação, declarar se desejam,
ou não, abandonar a carreira
ecclesiastica.
& 1.º As declarações serão escriptas
por cada: alumno, em papel
commum, e por elles assignadas em
presença de duas testemunhas idoneas,
que egualmente as assignarão.
$ 2.º Findo o praso marcado n’este
artigo, todas as declarações dos
alumnos que quizerem abandonar a
carreira. ecclesiastica serão entreguesao
superior e por este remettidas
ao ministerio das colonias para o
respectivo ministro, por seu despacho,
auctorisar os declarantes a sahir
do collegio, desligando-os das
obrigações de indemnisação prescriptas
no artigo 29.º dos estatutos de
3 de dezembro de 1884.»
e opere ———
Escolas moveis
No passado domingo, realisou-se
na povoação da Passaria, a inauguração
official da 2.º missão das Escolas
Moveis que ali vae funccionar.
A sessão solemne foi aberta pelo
presidente da commissão auxiliar,
nosso collega Augusto Rodrigues,
que convidou para presidir aos trabalhos
o sr. almirante Tasso de Figueiredo,
que tomando o seu logar,
proferiu um brilhante discurso enaltecendo
a obra da propagação da
instrucção popular. à
Seguiu-se no uso da palavra o digno
inspector do circulo escolar, padre
Joaquim Thomaz, que teve a
gentileza de assistir ao acto, terminando
o nosso collega Augusto Rodrigues
por, n’uma longa exposição,
fazer sobresahir as vantagens da
instrucção, fazendo a apologia da
obra das Escolas Moveis, e incitando
todos os que o ouviam a protegel-
a, seja auxiliando-a, seja aproveitando-
se dos seus serviços.
Fallou tambem o digno professor,
sr. Christino João dos Santos, encerrando-
se os trabalhos com o ofeferecimento
do secretario da commissão
auxiliar, de alguns premios
aos alumnos que melhor aproveitamento
mostrarem.
Assistiu tambem a este acot tohe –
soureiro da commissão, sr. Francisco
Pires de Moura.
Os alumnos matriculados, em numero
superior a 6o, assistiram á sessão,
e além d’elles muitas pessoas
da povoação ecircumvisinhanças.
— Tambem jé chegou a esta villa
a sr.* D. Beatriz Camacho, que vae
dirigir a 1.º missão, no logarido
Amioso, e para onde já partiu.
* Deve realisar-se a inauguração, official
d’essa missão hoje mesmo.
FACTOS E BOATOS
Triste acontecimento
No dia 28 do corrente, á esposa
do nosos assignante, sr. Arthur d’Oliveira
Barata, tendo de sahir de
casa, por necessidade da sua vida,
deixou ali, só, por poucos momentos,
sua filha de 3 annos, Angelica,
mas em tão má hora que quando a
pobre mãe regressou, RR
a creancinha morta por effeito do
fogo que se lhe communicou ao
fato e que tão rapidamente se communicou
em tão pouco tempo lhe
deixou parte do corpo carbonisado.
Avalie-se da dôr dos pobres paes
á qual nós nos associamos.
—— SC00—-——
Registo Civil
O movimento de registos n’esta
repartição de 25 de outubro a 1 de
novembro foi de :
Nascimentos ……ccscceseeoo 4
Obitos a E
———S6ç9e——..
Nomeação
Para a escola do sexo masculino
da freguesia da Varzea dos Cavalleiros
foi transferido o sr, João Diogo
Correia.
-—Ss —600C — -—
Cruzador S. Raphael
A commissão municipal politica
deste concelho enviou ao illustre
ministro da marinha, um telegramma
manifestando o seu sentimento
pela perda d’aquelle vaso de guer-
Ta.
S. ex.: dignou-se responder, agradecendo.
—— SDOGOC>————— –
Esteve n’esta villa o nosso illustre
amigo, sr. dr. Antonio Augusto
de Mendonça David.
OQ
– Falleceu em Arrentelle, o pae
do digno professor das Escolas
Moveis, na Passaria, o sr. Christino
João dos Santos, a quem enviamos
os nossos sentimentos.
— =: <DONOC——
Falleceu no dia 26 de outubro
ultimo, na sua casa do Sesmo, o
sr. José da Costa Nicolau, irmão do
nosso presado assignante sr. Anto-.
nio da Costa Lima, a quem enviamos
assim como a demais membros
de sua familia, as nossas condolencias.
p=
Dr. Sanches Rollão
O sr. dr. Antonio Adolpho Sanches
Rollão Preto teve: a amabelidade
de nos dirigir uma captivante
carta, na qual, em seu nome e no
de seus filhos, immerecidamente nos
agradece as palavras de respeito que
aqui dedicamos á memoria de sua
illustre esposa e o sentimento com
que acompanhámos a consternação
de todos que teem a honra de o
conhecer, e ao mesmo tempo nos
pede para manifestarmos a gratidão
de que se acham possuidos para
com todos que n’esse triste acontecimento,
por diversas formas, lhes
deram provas de solidariedade e que
nesse desgraçado transe constituiram
carinhoso amparo e suavissimo conforto.
;
Acha-se s. ex.* extremamente reconhecido,
ainda em especial, pela
delicada persistencia e intensidade
com que todas as pessoas amigas,
da Certã e sua comarca, que, d’uma
forma, acima da maior devoção,
teem procurado com sua affectuosidade,
refrigerar a ardencia da sua
dôr, ainda vivissima e exhaustante.
Aqui deixamos, pois, transmitidas
a todos as palavras de agradecimento
de s. ex.” manifestando-lhes
mais uma vez a nossa respeitosa
consideração e sympathia, diante
da situação que a fatalidade lhes
creou.
AEIEC ICO AaD
«CULLINAN»
O diamante dos boers
Como já foi noticiado em teleramma,
o corpo legislativo da coonia
do Transwaal resolveu, por 42
votos contra 19, a compra pelo thesouro
publico do diamanfe «Cullinan
», descoberto ha dois annos, a
fim de o offerecer ao rei d’Inglaterra
como penhor de lealdade ao povo
boer e em commemoração da
outhorga. de um governo autonomo
n’aquella colonia.
O general Botta, ao apresentar a
sua proposta, declarou que é a pedra
de maior preço que se tem encontrado
até ao presente e que convém
dee ella seja a melhor joia da corôa |
e Inglaterra.
Os jornaes inglezes attribuem ao
«Cullinan» o valor minimo de um
milhão de libras, mas os peritos ainda
não proferiram a sua sentença €
é preciso notar que a pedra ainda
não sofreu a perigosa operação da
lapidação, que a transformará em
verdadero brilhante,
O «Cullinan» pesa 3032 quilates,
606 grammas e é d’uma limpidez
absoluta, sem o menor defeito.
Não ha duvida de que é o maior
brilhante -do mundo, visto queo «Regente
» pesava, em bruto, 4to quilates,
o «Estrella do Sul» 254 e o
«Grand Mogol» 787, e ficaram reduzidos
a proximamente um terço
pela lapidação.
O: «Cullinan», nome do proprietario
da mina, foi encontrado por
um velho mineiro, a quem gratifica-
Tam com a quantia de 2:000 libras.
A noticia do apparecimento d’esta
pedra produziu tal sensação que
chegaram a organisar-se bandos para
a roubarem, mas houve logo o
cuidado de a segurar e expedil-a para
Londres guardada á vista por
gente armada.
Diz-se que o «Cullinan» é um fragmento
d’um cristal octaedro deformado
e que representa menos de
metade da pedra original,
Quem nos dera achar a outra metade!
——<DOOC>-
No dia 1.º do corrente, passou o
anniversario natalício do nosso illustre
amigo, sr. dr. Antonio Augusto
de Mendonça David, a quem sinceramente
felicitamos,
VOZ DO POVO
Pelo mundo litterario
Notas a lapis
Eram tres horas da tarde de um
destes dias variaveis e por vezes
aborrecidos de outubro. O sól filtrando-
se por entre enormes nuvens
plumbeas que de espaço a espaço
deixavam ver o azul do céu, parecia
nada ter perdido dos seus ardores
do estio, ameaçando torrar as mãos
delicadas dos dandys que ahi passam
ostentando o classico monóculo.
Eu havia descido quasi inconscientemente
até ao Rocio e estava
admirando uma soberba photographia
do Chefe do Estado que uma
grande montra ostentava, quando
alguem pondo as mãos sobre os
meus hombros me disse quasi ao
ouvido:—Está prezo como thalas-
Sac
Voltei-me e… qual foi a minha
admiração quando deparei com um
antigo condiscipulo e não menos antigo
e dedicado amigo, que me sorria
atravez da sua elegante luneia,
afagando um farto bigode, fructo
invejavel das suas vinte e duas primaveras,
;
—E’s tu, Correia?! Como estás
mudado!! Essa luneta… esse bigode!
=—E tu—diz el—l coemo eu te venho
encontrar distrahido diante da
Puctoeraphia do nosso Arriaga!
Que fazes por aqui? o que fazes?
—Eu…o que vez. Almóço e des-
“ço até á baixa a escutar no soalheiro’
politico os commentarios a D.
Paiva, Napolão da actualidade, e
por aqui passo as tardes acotevellando
aqui e além uma ou outra
fresca alface transportando sobre os
chis-chis os elegantes chapeus de
dois metros e meio de circunferencia.
Ai, meu amigo, como isto é
bem diferente do viver poetico da
provincia! Agora comprehendo eu
como o Daniel das Pupillas do Senhor
Reitor a principio com saudades
da cidade, em breve se acostumou
às esfolhadas da aldeia, Como
elle tão depressa sentiu à poesia
d’aquelle viver, onde a musa lhe
inspirou aquelles versos á sympathica
trigueira!…
meu amigo soltou uma estridente
gargalhada que me deixou algum
tanto desconcertado e replicou:
=”Como tu estás, meu amigo!
como tu estás eivado d’aquelles tolos
preconceitos provincianos! E
ainda para mais te embriagas com
as leituras do Julio Diniz…
Não encontras poesia n’este viver
ruidoso da rainha do oceano, onde
a moda ostenta todo o seu esplendor?!
Pergunta ahi ao Esculapio —
c apontou-me um sugeito de elevada
estatura que afagava umas comicas
barbas—e verás como elle é
de opinião contraria.
Pois não encontrarás tu belleza
m’esses ólhos azues que ahi vão passando
a teu lado? —e apontou-me
uma elegante e vistosa pequena que
a custo equilibrava nos loiros cabellos
um chapeu da nova estação. Não
será mais atrahente este movimento
continuo de trens e automoveis á
mistura com politicos, jornalistas e
homens de letr s, do que o monótono
viver da provincia a que tu entoas
os teus hymnos?
Ah, meu amigo, já vejo que alguma
belleza rustica de formas arredondadas,
saia de quatro a cinco
pannos e chapeu á Luiz XV. já meio
reformado te traz a cabeça a arder,
arrastando-te o pensamento a algum
recanto da provincia !
Pobre rapaz! Tenho dó de ti,
acredita.
=Enganas-te, meu amigo—repliquei
eu, Não é isso que tu julgas, o
que me inspira estes hymnos de louvor
ao viver da provincia. Não. E”
a modestia no viver, a simplecidade
no exprimir, a correcção nas maneiras,
emfim esses mil nadas que
tu desprezas e nos quaes eu encontro
sublime poesia, E emquanto ds
saias de cinco pannos e chapeus à
Luiz XV, julgas tu por ventura que
a móda não chega tambem, infelizmente,
aos recantos da provincia?!
Julgas que não ha por lá ólhos bomitos,
faces mimosas, mãos pequeninas,
emfim formosuras verdadeimente
angelicas?! E por aqui, meu
amigo, ha bellezas divinaes, não é
assim? Ah! que se cada um de nós
possuisse o raio X… quantos desenganos!
quantos desenganos!! Por
aqui, meu amigo, caminha de cabeça
erguida muita formosura de contrabando.
Apezar da vigilancia polícial
passa-se por aqui muita moeda
falsa…
Tamos, sem dar por isso, a meio
da Avenida. O meu amigo apertoume
o braço, dizendo: —olha! —e
apontou-me uma jovem de ólhos negros
e tez morena que dava o braço
a uma outra de cabellos ruivos.
—Então, não haverá poesia n’aquelle
par?! Não haverá belleza n’aquelles
ólhos negros?!
Eu não pude então esquivar-me
a uma gargalha’a que d’esta vez
desconcertou tambem um pouco o
meu amigo.
— Vês, disse-lhe eu. Vês como
acabas de confirmar o que á pouco
te disse…
Aquelles ólhos negros que tu admiras,
aquella «deusa» a quem tu
acabas de cantar chossanas» é Fulana
que, com seus paes deixou a
suá pequena aldeia para vir á capital
passar os festejos.
ó meu amigo não replicou. Estaria
por ventura convencido? Não
creio, Eu mesmo (confesso o meu
peccado) se por aqui continuo muito
tempo arrisco-me a converter-me
ás doutrinas do meu amigo e a incenssar
os seus idolos.
Lisboa, 10— 10911.
Esoj cÁvlis
Carteira semanal
Faz annos:
No dia 8 a menina Judith Marinha
Guimarães.
Regressou a esta villa o nosso
assignante, sr. João d’Albuquerque.
Fez acto de cadeira de Direito
Civil, sendo approvado, o sr. Hermano
de Sande Marinha, pelo que
o felicitamos. –
Estiveram n’esta villa, os srs: Alberto
Tasso de Figueiredo, de Thomar,
Carlos Martins, Alfredo, e
Joaquim Lopes Tavares, e padre
Manuel Dias, de Proença-a-Nova,
Joaquim Nunes Campino, de Villa
de Rei; João d’ Assumpção Costa, e
Carlos Costa, de Figueiredo; e em
Coimbra, o sr. dr. Ernesto Marinha.
Teve a sua delivrance, a sr? D.
Albertina da Cruz Rossi, esposa do
nosso assignante, sr. Augusto Rossi.
Tem passado encommodada de
saude a sr.“ D. Fernanda de Campos
Dias, esposa do sr. Luiz da Silva
Dias.
Sahiram para Pedrogam Grande
o sr, Antonio Joaquim Simões David
e sua esposa, para Lisboa o sr.
Ernesto Leitão; para Santarem os
srs. João José de Magalhães, e Joaquim
das Neves Barata; e para
Thomar, com seu pae, o menino
Jeronymo Ribeiro Tasso de Figueiredo,
Está n’esta villa o sr. Hermano
Marinha.
Já se encontra restabelecido o sr.
Jayme de Sande Marinha.
Passou alguns dias em Ferreira
do Zezere, a familia do sr. Ramiro
Bisarro que já regressou a esta villa.
Esteve em Alvaro, de visita á illustre
familia Mendonça David, a
sr.* D. Magdalena das Neves Barata,
gentilissima filha do sr. Eduardo
Barata.
Já regressou a esta villa, o sr.
José dos Santos Silva.
Conselhos aos lavradores
Os adubos concentrados e os
adubos completos
Estamos chegados á epocha em
que novamente vae ser confiada á
terra a semente, para que no seu
seio fecundante se crie a planta que,
vingando, ha de servir de alimento
ao genero humano, provando assim
mais uma vez que na natureza tudo
se transforma.
Dos cuidados que préviamente
. tenhamos tido com a preparação do
terreno e sementeira é que ha de
resultar aquelle «desideratum».
Quanto maior fôr o cubo de terra
que as raizes encontrem, revolvida,
tanto melhor será o desenvolvimento
radicular e por consequencia o
desenvolvimento da parte aerea da
planta. :
Como a planta para medrar, como
vulgarmente se diz, ou para se desenvolver
necessita de se alimentar,
o lavrador fornece aos seus terrenos
o alimento que a planta ha de útilisar,
pelos estrumes de curral, na
maioria dos casos mal prepatados e
consequentemente defficientes para
dar á nova cultura tudo quanto ella
precisa para bem se desenvolver.
Para supprir esta falta, os nossos
lavradores já hoje empregam os
adubos chimicos, cujo uso dê anno
para anno vae augmentando successivamente,
não só pela utilisação de
maiores parcelas de terrenó como
tambem pela diminuição do numero
de cabeças de gado e ainda porque
vão reconhecendo a insufficiencia
dos estrumes de curral.
Vejamos porém qual a fórma geral
que a maioria dos lavradores
segue na compra dos seus adubos.
Chegada a’occasião de semear,
compra dez, vinte ou mais saccas
do adubo com a marca À ou B, porque
o visinho’ empregou d’aquelle
no anno passado e deu-se bem.
Principia aqui o mal, porque o referido
adubo póde ser o mais adequado
para o terreno do tal visinho
mas não o ser para o, terreno do
nosso lavrador; accrescente-se ainda
que a adubação feita na propria
“occasião da sementeira não é vantaosa.
E A adubação deve ser sempre feita-
com antecipação, porque, antecipadamente
dá se uma melhor incorporação
e não se corre o risco de
que a semente constatando com alguma
parcella de adubo seja inutilisada.
g
Para que os adubos completos
possam dar aos lavradores os resultados
que elles desejam, é de todo
o ponto necessario que elles sejam
organisados em face das analises do
terreno,
A amostra deve ser colhida da
seguinte fórma:
e a terra fôr uniforme em toda
a sua superficie, basta recolher em
três ou quatro pontos alguns punhados
de terra na camada aravel do
terreno, misturando muito bem esses
punhados de terra; depois,
messes mesmos ponva
baixas, istoé, do sub-sólo, proce-
* dendo-se da mesma fórma com es-
“sas amostras; indicando-se depois
a cultura que se deseja fazer, envia-
se a um laboratorio official ou
a uma casa de confiança uma amos»
tra pesando um kilo a kilo e meio
da camada superficial-sólo e da camada
inferior sub-sólo.
Quando isto se não faça, em logar
de empregar uma: formula que
se ignora ser boa ou má porque só
se vende pelo preço e não pela qualidade,
o lavrador póde com vantagem
empregar.
“400 kilogrammas de phosphato
Thomaz; 400 de kainite e 150 de
cal azotada.
Estas quantidades podem ser augmentadas,
e se os elementos simples
que apontamos forem concentrados
melhor será pelo seguinte
motivo: é
Os adubos quanto mais concentrados
maior somma de cuidados
exigem para a sua applicação, porque,
como se sabe, uma grande
maioria dos adubos chimicos é caustica,
e esta causticidade é tanto
maior quanto maior fôr o estado de
concentração.
Esta causticidade anniquila a veetação;
comtudo é facil evitar isto
Nado espalhar com cuidado o
adubo para que a sua divisão seja
feita bem por egual, evitando-se assim
as suas accumulações n’um ou
n’outro sitio.
Nºesta ordem de ideias aconselha
mos o emprego na maioria dos casos,
dos superphosphatos de 40 ou
48 p. c., os phosphatos Thomaz de
iga 20 p. c. de prefarencia aos
mesmos adubos de dosagens mais
baixas.
Tratando-se de saes potassicos
devemos empregar o sulphato de
potassio ou o chloreto de potassio
de 5o p. c.
Tratando-se de azote devemos
preferir a cal azotada de dosagem
elevada.
Com os adubos concentrados
transporta-se em muito menor numero
de saccos uma determinada
quantidade de adubo, o que tem
muitissimas vantagens para O transporte
onde este é difficil e caro.
Nunca é demais, sem duvida, repetir
as coisas em agricultura, dado
o grande apêgo dos nossos lavradores
à rotina.
O que acabamos de apontar ácerca
de adubações completas e concentradas,
tem sido observado na
ratica por um grande numero de
avradores, sempre com vantagem,
e por isso indicando-o, entendemos
ser um dever, e os lavradores que
nos leem que experimentem, embora
em pequena escala, o que acabamos
de apontar, adoptarão de futuro o
que vimos de expôr.
Cardoso Guedes.
queer
Chronicas tripeiras
(À Simões Gomes Ferreira) À RUA DOS CLERIGOS
O cinto das ultimas muralhas do
Porto, mandado levantar antes de
meiado do seculo XIV, por Affonso
IV, e cuja maior actividade de construcção
coincidiu com o reinado de
Pedro 1, só veio a ter o seu fecho
completo em principios do seculo
A parte d’essa muralha, voltada
ao norte, desde a Porta de Cima de
Villa até á outra Porta, acastellada,
do Olival, era marginada, exteriormente,
por duas caiçadas, de certo
importantes para a época.
Uma d’ellas, a Calçada da Thereza,
descia desde a primeira das
rar de camadas mais.
VOZ DO POVO
mencionadas portas até ao Postigo
dos Carros, que, mais tarde, em
tempo de D. Manuel I, foi alargado
até ás proporções de oa quando
se rompeu a rua das Flores.
Seguia-se um terreno pingue, retalhado
em hortas e fertilisado pelo
Rio da Villa. E, logo em seguida, a
partir do Postigo de Santo Eloy, mas
sempre à sombra da cortina dos muros,
elevava-se a aspera Calçada da
Natividade.
Correndo auras proprícias para o
augmento do burgo e da sua população,
o Porto d’esse tempo, sentindo-
se estrangulado a dentro do seu
apertado recinto de fortificações,
trasbordou para fóra alargando se
successivamente até à vastidão da
sua área actuar,
Assim ficavam presas do seu recinto
a Calçada da Thereza, hoje
Viella da Madeira, rua excuza e carecida
de importancia, apesar de
central, e a Calçada da Natividade
que, alargada, alindada e guarnecida
de bons predios, deu origem á
actual rua dos Clerigos, uma das
principaes arterias do Porto moderno.
*
Se lhe estuda’mos, ainda que em
observação ligeira, alguns pontos da
sua psychologia, a rua dos Clerigos,
que liga actualmente a Praça da Liberdade
ao novo bairro das Carmelitas,
revela-se-nos singularmente interessante
e pittoresca.
Rua essencialmente commercial,
ninguem dirá, ao attentar na assidua
laboriosidade dos seus habitadores,
que toda os absorve, ninguem
dirá, repito, que, entre as
duas metades, direita e esquerda,
da rua, possa haver attritos fundos
de ideias. A
Pois nada mais verdadeiro.
Ao longo do pavimento, mesmo
no eixo da calçada, corre a via electrica.
E” ella que constitue a zona
neutra, o non plus ultra onde as
ideias param, parecendo, até, que
em cima do seu leito, especie de
deslocamento da muralha medieval,
se levanta uma barreira moral, separando
duas metades, bem diversas,
d’um mesmo todo.
A” esquerda, quando subimos, alinham-
se os estabelecimentos, de fazendas
brancas, n’uma serie, apenas
interrompida, lá no começo, pela
apparente pacatez d’um estabelecimento
bancario.
E esse o lado dos carapuceiros,
como zombeteiramente os chrismaram
os do lado opposto. E” a parte
ferozmente democratica da rua, fazendo
singular contraste com o lado
fronteiro, que constitue o segmento
aristocratico, o toco atrazadamente
conservador da calçada.
– Senão, repare-se-lhe no aspecto.
A cem metros de distancia, um extranho
adivinha-lhe logo os caracteres
geraes.,
Ora descrevamol-o.
Ha n’essa parte, a tabacaria de
luxo, a cujas hombreiras se encostam
mirones, fumando despreoccupadamente
charutos caros; ha a ourivezaria,
resplandecente d’oiro e
diamantes; bazares, grandes como
cathedraes, vendendo loiças, cristaes
e bronzes; e, finalmente, uma grande
maioria de lojas de modas, por
cujas montras lsgantes escorrem,
á noite, jorros de luz, ejaculada de
numerosas lampadas electricas.
Mas, ao cimo, como especie de
característico fecho d’oiro, ou marca
de contraste, a linha dos-ricos estabelecimentos
remata n’um restaurante-
confeitaria, onde, ás tardes,
| numerosa clientela do tom vae sorver
o five oclock’stea. E aqui vire-
.mos nós buscar a qualificação provisoria,
com que nós, leitores, em
substituição da desacreditada alcunha,
com que os carapuceiros os
denominam, ficaremos conhecendo,
só durante este artigo, os habitantes
da zona fidalga. Serão, para nós,
os five oclock’s.
ecapitulando, ha, portanto, carapuceiros
d’um lado e five oclock’s
do outro, ambos detestando-se cordialmente,
mas ambos cumprindo
briosamente com o principio tripeiro
de trabalhar com denodo, não
disperdiçando um minuto sequer.
Nisto e só n’isto, as duas metades
equivalem-se. E bem.
(Continúa)
Abundancia de azeite
Por meio dos adubos chimicos
Copia d’uma carta recebida hontem:
«As oliveiras que estão na terra
mais ordinaria d’esta quinta, se apresentam
lindissimas de fructo e vegetação,
o que attribuo à applicação
que nos ultimos dois annos tenho
feito de Phosphato Thomaz e Kainite,
nas quantidades de 400 kilos
de Phosphato Thomaz e 600 kilos
de Kainite, por hectare, Tendo tido,
no anno passado, uma colheita regular,
esperava que este anno fosse
mais diminuta, mas tal não aconteceu,
estando, pelo contrario, as arvores
vergadas com azeitona».
(a) Luiz Augusto da Costa Ramos
Administrador da quinta da Cardiga,
Entroncamento
Estes adubos ha á venda para entrega
immediata, na casa
O, Herold & G.*
Lisboa, Porto e Pampilhosa
– ANNUNCIOS
CAVALLOS
Vendem-se, um castanho de 6
annos, outro russo de 8 annos. Para
tratar
João Pinto d’Albuquerque
CERTÃ
BERNARDO DE MATTOS
Advogado
Participa aos seus clientes e amigos
que mudou a residencia e escriptorio
para a sua casa do Castello,
sita á Rua do mesmo nome,
onde offerece o seu limitadissimo
prestimo pessoal e profissional,
Comarca da Certã
1.º officio
Pelo Juizo de Direito desta comarca
e cartorio do escrivão abaixo
assignado, nos autos d’inventario
orphanoiogico por obito de Antonio
Lopes, que residia no Mosteiro Cimeiro,
d’esta Comarca, em que é
inventariante Joaquina de Jesus,
viuva, ahi residente, correm editos
de 30 dias a contar da 2.º e ultima
publicação do annuncio, citando os
coherdeiros José Lopes, é Antonio
Lopes Branco, ausentes em parte
incerta, para assistirem a todos os
termos, até final, do mesmo inventario,
deduzindo n’elle todos os seus
direitos, querendo.
Certã, 23 de outubro de 1grr.
O Escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
2 Sanches Rollão. 2
Atum NOVO, Sloambmo,
preto,
Vende-se na LOJA DO POVO de
Albano Ricardo Matheus Ferreira
CERTA
ANNUNCIO
Pelo Juizo de Direito da comarca
de Certã e cartorio do escrivão do
terceiro officio nos autos de inventario
orphanologico por obito de
Martinha de Jesus, viuva, moradora
que foi no logar do Vergão Fundeiro,
correm editos de trinta dias
que começam a contar-se da segunda
e ultima publicação no «Diaro
do Governo», a citar os coherdeiros
Antonio Lourenço Tavares,
solteiro, maior, Joaquim Lourenço
Tavares e mulher Margarida
“Tavares, e Joaquim Lourenço
Tavares, tambem solteiro, maior*
todos residentes em parte incerta
na cidade de Lisboa, para !assistirem
a todos os termos até final do
mesmo inventario, sem prejuizo do
seu andamento.
Certã, 26 de outubro de 1911
O escrivão,
Eduardo Barata Corréa e Silva
Verifiquei;
O Juiz de Direito,
2 Sanches Rollão, I
ÂAnnuncio
– Pelo Juizo Commercial da Comarca
de (Certã, e cartorio do escrivão
do terceiro officio, nos autos
de fallencia requerida, contra a. fal.
lecida Dona Rosa Amelia d’Araújo
Teixeira Santos, viuva, commercian.
te, moradora em Villa de Rei, d’es- –
ta comarca, correm editos de oito
dias a citar a mesma fallida e os
credores reclamentes José Guilherme
Morão, de Castello Branco;
Antonio Joaquim Correia, do Porto;
Bartholo de Barros Freire, do Porto;
Manuel Ferreira da Silva Janeira,
do Porto; Joaquina Freire, solteira;
Luiza Maria, solteira; Gertrudes
Maria da Matta Coelho; Maria da
Nazareth da Matta Coelho, casada
com Pedro Martins Vianna; José,
Vicente, Manuel, Joaquina, Maria;
e Rosa da Matta Coelho, filhos de
João da Matta Coelho,’todos de Villa
de Rei, Francisco José Magalhães,
do Perto; João Henriques Neves,
de Villa de Rei, D. Maria Emilia
dos Santos, viuva, de Villa de Rei,
Antonio Rodrigues Baptista dos Santos
e Alfredo Rodrigues Baptista
dos Santos, de Lisboa; João Baptista
dos Santos, Vicente Rodrigues
Baptista dos Santos, Alvaro e Maria
Emilia, menores, representados
por sua mãe D. Justina da Conceição
Santos e Vicente Rodrigues dos
Santos, tambem de Villa de Rei,
para dentro de cinco dias, findo o
praso dos editos, o qual começa
a contarse da segunda e ultima
publicação no Diario do Governo,
dizerem o que tiverem porconveniente,
acerca das contas de toda
(a sua) gerencia, apresentadas pelo
administrador da mesma fallida,
Joaquim Nunes Campeiro, casado,
proprietario, de Villa de Rei, as
quaes se encontram no cartorio respectivo,
de conformidade com o
artigo 285 do Codigo do Processo
Commercial.
Certã, 25 de outubro de 1911
O Escrivão,
Eduardo Barata Corrêa e Silva,
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
2 Sanches Rollão. I
DOLIGHADOA FORENSE
Augusto Justino Rossi
CERTÃ
Trata por preços modicos de to:
«dos os negocios judiciaes e cobrança
de dividas,
AOS LAVRADORES
Cardoso Guedes, agricultor diplomado,
encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doentes, com:
pras de adubos adequados ás cultu
ras, os melhores em qualquer caso
pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di
nheiro e as sementes pela acquisição
de formulas feitas sem criterio.
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Preço, 200 réis; pelo correio,
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Pedidos a esta redacção.
ProeÀl, muasars Pois
Solicitador encartado
CERTÃ
, Encarrega-se de tratar de todos
– Os assumptos judiciaes n’esta ou
“ n’outra comarca.
“= Motta de vestidos 6 chapens
“Trabalha pelos ultimos figurinos;
execução rapida, bom acabamento,
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“2 CERTA
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Aguas mincraes ————
do Monte Banzão
Gumbatem as dyspep— sFaicialista m
a digestão
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Z. Lucas.
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LEI FLEITORAL
do eúição 40,” folheto da colleção
Com as alterações ultimamente
publicadas na folha official,
A” venda as seguintes de interesse
geral: N.º 1, Lei de impiensa—
N.º 3, Lei do divorcio—N.º 7, Lei
do inquilinato—N.º 17, Direito á
gréve—N,º 20, Leis de familia—=N.º
21, Descanço semanal, Attentados
contra a Republica—N.º 36, Lei do
registo civil- N.º 37, Modelos e formulario
da L! do registo civil—N.º
38, Descanço semanal e seu regulamento—
N.º 39, Lei do Recrutamento
Militar—N.º 41, Reorganisação
dos serviços de instrucção primaria
—N.º 42, Separação da egreja do
estado, etc,
Primorosa edição ornada de magnificas
photogravuras de pagina,
BRINDES aos srs. angariadores
d’assignaturas. Veja-se o prospecto.
BRINDE aos srs, assignantes uma
finissima oleographia propria para
quadro, representando
Cada folheto contendo uma ow mais
leis
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Esta empreza está editando TO
DOS OS DECRETOS. pnblicados
no «Diario do Governo» desde a
implantação da Republica, garantindo
que a collecção é sempre meticulosamente
feita pela folha offi
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de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de diversos
typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
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Portugueza, approvadas pelas cons-
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Está publicado o 1.º tomo d’este
notavel romance.
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officina desejando manter e até ampliar
o seu credito, affirma aos seus
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todo o escrupulo e attenção na execução
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forem confiados. à
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ESUS CHRISTO
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