Gazeta das Províncias nº53 07-06-1900

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SEMANARIO INDE PENDENTE
ASSINATURA.
CERTA, mez, 400 re. FÓRA DA CERTA, lriméslre, 390.78. AFRICA, semestro, 4$000 rs. BRAZIL, semestra, 28500 r4.
Numero arulao, dO rs:
Toda a correspondencia dirigida 4 Administração, R. Sertorio, 17. Os originaes recebidos não se devolvem
Ernesto Marinha — Bireector
“DECADENCIA
Em todas as epochas da monarchia,
em lodos os cantos d’este orbe iminen-:
“cional,
so, ainda nas mais remotas paragens,
desde o sertão mais ignorado á planicie
mais vicejante, erguem-se padrões in-
geutes a proclamar bem alto a heroicí-
dade anica dessa pleiade que descatiça
alem na mansão eterna. .
E” devassando as aguas, ferindo as
ondas, domando tempestades, que o
vulto gigante do mareable arrojado, so-
bre a mescla de superstições, arvora o
pendso das quinas, alça a cruz modes-
ta da crença verdadeira,
— Palria e religião—eis os dois affe-
clos que animaram 08 nautas temerarios
a arrostar os mares, a stljngar o gen-
ho, a esconder-se na profunileza do.
abysimo, na aspiração suprema do en-
grandecimento do torrão nalal e Jusire
da nome portugnez,
Na noite dos tempos não se apagou
aula a data das assombrosas maravi-
lhás que, de longe em longe, se reme-
moram-com festas esplendorosas een:
Uusiasticas, que elernisaram os heroes
é cobrem a posteridade da gloria que
nem as evolnções ou inveja humanas
podem destruir, por mais que se. inven-
te, por mais que se argumente,
Cada seento que se conta é uma re-
coração viva do passado glorioso a-re-
fleclir lachos de luz sobre as
da historia,
paginas
+
Portugal foi grande, leve 6 seu auge;
hoje é pequeno e cada vez mais se ames-
quinhal
Onde vimos ameaça sem protesto, in-
juria sem desaffronta, violência sem des-
lorço? E” que as almas generosas e jm:
maculadas, depois de legarem a mais
formosa herança, sumiram-se na corren-
te ininterrupta, sem deixarem uma SUC-
cessão digna do avuliado patrimonio,
cheia, de fé e patriotismo para lhes -se-
guirem os virthosos exemplos é respei-
tarem as honradas tradições.
Já não estamos no paiz d’oútrora no:
bre e altivo; mas no faiz de iniquida-
des, de vexames, de violencias, de “in-
famias. q
de
Volvamos um olhar ao seio do. parla-
PUBLICAÇÕES.
No corpo do jornal, cada linha 8078. Anuncios, 40 rs; 7a linha.Repetição, 20 rs. a linha.
Permanentes, preço convencional; 08 gra. assigazulo
lêm o desconto de 24 0/, Esta folha é impressa na Typ. da Gazeta das Provincias, Certa.
pe RSA pa e E Pb do A pl
– Augusto Ronsi — Editor
mes
mento e vejamos que de miserias, “de
vergonhas, de anomalias, a aspergirem
por toda a terra ea echoarem lá [óra fo
tam mais deprimente da digoidade na-
A atirada sessão legislativa nada tem
produzido que não seja discussões es:
tereis, projectos frivolos, impostos bar-
baros, encargos crueis. Ninguem alli er-
gueu a voz em defeza dos interesses da
patria; ninguem!
à pollica nefasta, desvairada, leva-nos
à maior degradação, ao: periodo da ago
nia fatal; 0 governo quese lhe subordi-
na, abjurando do ultimo lampejo de gen-
timento civico e patriolico, é impotente
para gniar os destinos da nação.
E contra tolas as ignominias não se
levanta o povo adormecido? Não; por
que o povo sente, mas não vê: cegaram-
no!
ECHOS DA SEMANA
+—Por despacho de 6 do corrente, fai
provido na escola elementar da freguesia do
Figueiredo, o professor sr. Affonso David de
Paiva Guedes. :
4>—Por despacho da mesma data foi o
mesms profe-sor transferido Faquella escola,
para ada fregnesia da Vorzea de Serra, con
celho de Tarouca.
4+—Fei provida temporariamente na escola
elementar para o sexo femenino da fregiesia
Mu Madeira, concelho d’Oleiros, a professora,
ar.* D. Herminia Angusti d’Oliveira Braz.
4+—No terça feira ultima, foram ao logar
do Troviscal, o gr administrador do conce:
lho, dr. Albano d’Oliveira Frazão,e sr.vereador
da camara, Francisco Farinha David Leitão afim
à de vestoriarem à rasa de esenti d’aquella fre-
guesia, que se encontra, segundo ‘nos consta,
nas peiores! condicções.
A missão que alhos levou não “tiúha cara-
cter algum officinle teve tnicameênte por fin
o poderem arrabjar, por meio “d’arrendamento
uma outra casa, que ófferéça aos exercícios
escolares e habitação do professor, as condie- |
ções indispensaveis, e em ultimo caso, conse:
guiram da Junta de Parochia d’aquella fresue-‘
sia, à reparação da escola actnal, que pertence
a tata corporação.
À Junta, adherindo aos desejos daqueltes ca-
valheiros, comprometeu-se a Satisfazer de
prompto os reparos de primeira: necessidade,
consoante asismas forças,
Oxalá que assim seja, paranão vermos mais
“prolongada a injustificada interrumpção dos e-
xercicios escolares da freghesia “do Troyiscal, |
que éruma das freguesias! do concelho de niáior’
população, e infelizmente a que tem maior nu-
meroide analphabetos.
4+—A camara monicipal de Pedrogam Grande:
abriu concurso para provimento “de logar de
continuo: da secretaria, “com o vencimento an
nual de 60:000,e para “o de: vinte logares de
zelarores municipaes com residência obrigatória”
nas freguezias de Castanheira; cinco: Coentral.
| dois; Graça; tres; Pedrogam, sete;’e Villa Fa]
caia, tres; com o vencimento somente de me-
tade do producto “das miltas, “que por“sua “in.
tervenção derem entrada no respectivo cofre. ‘
ENLACE MATRIMONIAL
Na cgroja matriz esta villa pelas 4
horas da manha do dia Qdo corrente,
consorciou-se o sr; dr. Antonio Nunes
de Figueiredo Guimarães, com a ex Pê
sr Do Maria Olympia de Sande Mari-
nha, filha do distineto advogado desta
rinha.
À noiva, uma dama muito prendada,
alia á sua extrema Bondade ama educa-
ção esmeradssima é o noivo; otario e
alvogado imlslhgentissimo n’está comar-
ta, gusa de geraes synpathias pela ho-
mestidade de coracer e seu fino traclo,
A cerimonia assistiram algumas pes-
sons de funita, servindo de Lestemu-
nhasva cex “gr? PD. Alice Gonçalves
Marinha, e os ses. dr. Guilherme Nunes
Marinha e Joaquim Ferreira Guimarães
Ena co eç
Aos Sympalhicos noivos desejamos
uma perenne lua de mel e todas as fele-
“cidades de que são dignos.
cer era
Sento Antesio
Tem logar, como notteiâmos, na pro-
xima quarta feira, na sua capella, que
assenta sobre o ponto mais elevado d”
esta villa; acfesta de Santo Antonio, de
que são promotores ossrs; Eusebio do
Rosario e João Nunes e Silva.
Estamos certos que esta: festevidade,
mais annos, pois, consta-nos que haverá
explendido fogo de artifício, Alumina-
ções, musica e bailes populares.
———— “4
Novo papel sellado
O «Diario do Governo» publica
a seguinte portaria: do-sr: ministro da
fazenda, sobre “a substituição do atual
papel selado:
«Sendo conveniente que haja em
citenlação um só typo de papel sellado
manda sua «magestade El-Rei declarar
pela direcção geral das contribuições
directas o seguinte:
1º Gessará no dia 30 de junho cor-
rente a circulação e validade do actual
| papel selado com armas: reaes “e o dis-:
tico «imposto do sello» a marca d’agua
que será” substituido” por outro com a
TintaiPoleo ho alto de cada meia fo-
Jp
2ºUs lribunaes, repartições, funceio-
narios, vendedoresidesellos e quaesquer
“outros” mdividuos poderão efecmar à
“Woca”io ântico papel, pelo de
“Moeda o. Papel. sellado, e emotodas as
-recebedorias do reino; não sendo aceeis
sentado depois Paquelle dia,
comarca sr. dr. Guilherme Nunes Ma
não desmerecerá em attractivos ás (los
a 8º | novo ty-.
pó até ao dia 15 de julho, da Casa da.-
terparamenhim efeito o “ique fôr apre
Festevidade
Realizou-se na freguezia do Castello
no domingo a festa do Espirito Sano,
a expensas do sr. José Ribeiro.
Assisliu a philarmonica de Sernache.
MARCO POSTAL
‘Pedrogam Pequeno, &
A proxima festevidado des.
João Baptista
Como de costume muito antigo, ade
celebrar-se nesta villa, no seu dia, a
festevidade de S. João Baptista. E” uma
festevidade. que sempre aqui se tem ce-
lebrado com Loida a’pompa e magnificens
: y
“Cla, porem a «Peste anno. crô-ce que tias
de exceder as dos mais anos. E’ este
anno Juiz da, festevidade o menino An-
gelo Vidigal. filhinho: mais velho do sr,
Joaquim Henriques. Vidigal, Ora o sr.
Vidigal que nas coisas. em que elle
capriche, não ha quem o. exceda, está
preparando tudo para dar á festevidade
0 maior luzimento possivel, e jamais por
ser uma festevidade em que seu filhinho
figura como Juiz. Já mandou encarnar à
imagem, e dourar lhe a vestimenta; ficou
como se cosluma dizer, uma. belleza.
Offereceu tambem ao santo um rico an-
dor; é um objecto de muito luxo. e de
“bom gosto,
Consla-nos que o, fogo fornecido pe-
lo insigue pyrotechnico sr. Jusé Nunes
e Silva, da Certa, será queimado em
Trente do novo predio-do sr. Vidigal. em
loda a orla da estrada, por não caber
no adro da Eorvja matriz onde éra cos-
wme-queimar-se;–e-mesmo
qualquer incendio,
Applaudimos “aquela idéia, e tuio
nos leva a crer que os assistentes ficarão
com agradaveis impressões.
—Retirou para a freguezia de Mig-
dalena suburbios de Thomar, o sr. Luiz
para evitar
“Augasto Correia Salgueiro filho do pro-
fessor desta villa, para onde, ha pouco,
foi nomeado | professor d’instrueção pri-
maria.
C.
“Balões veneziados
Na fabrica ode: balões ‘venezianos; do sr.
Saraiva & Irmão, decGouveia, encontrarão os
srs, fornecedores um variado sortimento de er-
ligos para iluminação por préços sem compe-
tencia,
Recomendamos, porstanto;va grande fabri-
ca do» srs Sasaivas & Irmão, de Gouveia, que
«meste genero é apriméira: do paiz, tendo pel
seus unicos representantegono Porta: dougjuim
José .Devesa, crua do Viscondecde Setubal. 03;
em Lisboa–A ntoniy Ju Gardoso, rua da Bites-
ga, dt.
ástas casas fornecem calalogos a quem os re-
quesitar.ar.@@@ 1 @@@
GAZETA DAS PROVINCIAS—CERTA 7
BOLETIM
— AGRICOLA
=)
Pragamnavinha. A aHtica
Já o anno passado as vinhas dos arre-:
dores “do “Porto “foram cinvatirdas spéla:
«ealticaampeloplagas» vulgarmente éha-
atlas pulgão da vinhas, causatido con-.
-sideraveis estragos.
“Este anno o ataque-é múito-malor;não,
vi mais intenso, mas em mator namero:
Areas de.
Valide Vez, Santo Thytso cesoutras “los,
«calidades do Minho, vêem noticias “do,
de-vinhédos. De Famalicão,
apparecimento do damninho – inseclo.,
Eº.case para nos apavorarmos, porque,
é este um dos parasifas animaes de -ac-,
«ção maisrapidamente devastadora.
A aliica é um pequeno colvoptero,azu-”
Jada; -enjos clytros teem rieiluxos metali-
cos. Ataca as folhas da videira; al co-
pia e depõe na pagina inerior os ova-
Jos, em grupos, – semelhando sementes.
miudas, oblongas e amarelas, dfesses
“ovos nascem larvas ou lagartas pretas
«ué no curto praso de-vinte dias se de-
senvolvem e transformam cem insectos!
perfeitos. Essas larvas alimentam-se das.
folhas da videira ilevorando-lhes todo 0.
parenchima e deixando-as apenas com as
nervuras, apresentando «o aspecto de
umarede.
Caia femea depõe uns 20 ovos; e du-
rante-o perivdo de vegetação faz quatro;
e alé cinco posturas, de sorte que cada-
casal que escape à perseguição do ho-
mem, representa, ao Gm de alguns me-
zes; 16:090 insectos. Galealemos numa
vinha a presença de 1:09) insectos pro –
líficos, o que é pouco, eteremos dezeseis
milhões de parasitas destumindo 2 plan-
tação!
rigo estão expostos os viticultoresi
Urge exterminar os insestos «e «sem
perda de tempo, para obstarsás -succes-.
sivas creações.
O processo que aconselho, vamo mais
pratico, embera tralmlhoso,*é o da caça |
directa.
Creailos, trabalhadores, mulheres.cre-
anças, formarido cordões, percorram as
| catando as alticas,
Avalie-se, por isso, que-ennvmespe-
eia
vinhas, deum a outro extremo, e vão
quer esmagando-as
nas proprias folhas, quer [azendo-as ca-
ir u’um taboleiro sobre algum liquido
à viscoso.
Ha uma especie de funil largo, mani-
do-de am sacco atado à base, e tendo a
um dos lados um chanfro que se adapta
aosronco ou haste da videira. Colloca-
do assim-o funil debaixo do ramo onde
haja alcas saccode-se o ramo, as alti-
cas saltam-e vêm calnr no funil e d’abi
no saceo.
“Seja qui! foro processo da apanha,o
que inpartacé operar rapidamente, por
que-a alticamal presente-o perseguidor
salta, -cahe-no chão ecahi esconde-senas
hervasceié quast impossivel apanhal-a.
Resumindo, direi que lontos 09 pro
cessos que cada qual adopte para capa-.
o à j É
nharo insecto-serko bons, desde que-se:
consiga caçar omalor numero edestrail-,
“6, antés:que elle tenba-feno a -postura.:
No estao ide larvas-as allicas podem
ser atacadas com! pelvenisações-de-enxo-.
ire,eal e sulfato de cobre; mastnão, jal-:
go isso muito eficaz. |
Nas minhas ramadas, folha que “en-
contro -com-avos ou larvas, arranco-a a
queimo-a. É aconselho a que, agora, se:
laça o mesmo. Mais larde a invasão se-
rá de tal ordem, que não haverá unia
folha indemns. E
E perdida a folha, orgão essencial “á
vegetação da videira, perder-se-hão os
cachos.
‘Bylyio Cores
e £
SOIREE
A ex” si*D. Emilia Grande, tencio-
Ena no dia £& do corrente, inaugurar “O
seu novo Chaley, reonindo alt as fami-
lias da nossa primeira sociedade.
“Consta-nos que -serão cantados alguns.
numeros da opera -«Serrana» e executa-
dos escolhidos trechos de musica.
— cega
Reunião
“Para’festejar co anniversatio de sua
ex? esposa, o sr. João da Silva Quva-
lho,reunia na nonte de segunda feira em
sua casa, algumas-familias de suas rela-
ções, dançanido-se até às 3 horas da mia
nha,
DE JUNHO DE 1900
— CERONCA LOCAL
Anniversarios
mes ue porem e e ie
Fizeram annos:
—No dia t—
A Exme Sa DM. Jesuina de Sá Maga-
lhães.
— No dia &—
A ex Mer D. Delphiva Carvalho
=-No dia. Bb—
O nosso amigo Annibal da Silva Carvalho.
-—No dia 6—
O ex.Pº sr. Birão d’Alvaiazere,
As nossas felicitações.
— 4 —
De visita a-sua exm.º mana estão n’esta vil
la, os ex.Mº grs. Domingos Tasso de Figuei-
redo e sua ilustre familia,
Os nossos cumprimentos,
— 4 —
Retirou na segunda feira para Coimbra, 0
nosso presado amigo, sr. Jrnesto de Sande
Mariúha, director d’este semanario.
— —
Sahiu para’Figueiró dos Viúhos+o mosso ami-
go sr. dr. Accacio de Sande Marinha.
Ega
“Para-a capital, -sáhiu na segunda feira o:sr. |
Adelino Mar.nha.
Fes
“Regressou d’alli, a exm:? sr. ID, Amelia.
“Moraes David.
ao
Na segunila feira esteve n’esta villa, O sr. |
Simão da Silva, de Proença a Nova. ,
-— 4
“Está na Varzea, o nosso amigo sr. padee
José Farinha Martins, capellão do. exercito.
“De visitaa sun familia, está nos Calvos, O
sr. Francisco da Silva Gonçalves, conceituado .
commerciante em Caconda, Africa,
Estã nesta villa, onde vem fixar residencia o,
sr, Carlos d’Assumpção, sub-director da Com-
panhia dos Tabacos.
Sciencias & Letras
Às violetas
À virfude mais eminente, o. altributo
mais bello da mulher, é sem duvida al-
guma a modestia, ainda que seja uma jo-
ven formosa, uma boa mãe, ou uma an»
ciã prudente.
O libertino, que zomba publicamente
dos sentimentos mais sagrados, apenas
se atreve a pronunciar algumas palavras
contra a modeslia, porquecesta . virtude
presta sempre, ainda aos entes mais
frageis, certa fortaleza e verdade, um
perfume encantador e sympalhico que
altralte é commove os. corações mais
corrompidos.
A modestia póde chamar-se com pro-.
priedade a belleza moral da mulher,
sendo incontestavel que não podemos
achar feia a joven que fôr verdadeira-
mente modesta; por – isso os poetas de
todos os paizes é todas as epochas, não .
tem podido expressal a melhor do que
symbolisando-a com uma das flôres mais
sympathicas e perfumadas, com a pudi-
ca e apreciada violeta.
Esta humilde florinha, que nasce aos
pés da rainha da formosura, e que es-
conde entre a folhagem a sua aveludada
corola, exhala am perfume suave, com-
parado só ao canlico da virgem, ou ao
primeiro suspiro de um coração enamo-
rado.
A rosa deslumbra-nos pela saa bel-
leza; a violeta encanta-nos e alivahe-nos
com a sua modeslia; aquella ergue-se al-
tiva d’entre as flores, mostrando ufana à
sua ephemera belleza, esta se occulta
virginal e perfumada entre o verde tape-
le em que repousa,
Singular analogia da violeta com a
viriudel
Comtudo, apesar da sua modesta
simplicidade, a violeta viu a sua ignora-
| da formosura convertida em celebrilade
quando, instituídos em 1823 os Jogos
foraes, se assigualou por premio uma
violeta de oiro a quem recitasse os me-
lhores versos entre os concorrentes á
diversão-
FOLHEIIM DA «GAZETA» Ns
O castelo de Faria
(1375)
“Entre os prisioneiros contava-se o áicaiãe-
Nuno Gonçalves.
smór do castelo de Faria,
Sahira este com alguns soldados para socorrer
«o conde de-Ceia, “vindo, assim. a ser compa-:
«pleiro naccommum desgraça. -Captivo, «o va-
Soroso aleside pensava em como salyvaria o
scastello d’el-rei-seu senhor das mãos dos imi-
migos:Governava-o em sua ausencia um seu
filho, e era descrer que, vendo-o pre em fer-
ros, delhbom grado désse a fortaleza para-o
Aibertar, muito mais quando os
gerirem «um ardil a Núho Gonçalves. Pediu
ao Adiantado que o mandasse conduzir ao pé
dos muros do castello; porque elte, con suas
exhortaçães, faria com gue o filho o entregas- :
se com derramamento de sencue,
Um troço de bésteiros e de homens Sarmas:
subia a encosta do monte sda iFranqueira, le-
vando no meie de si 9 bom aicaide Kuno Gon- |
calves. O Adisntado de Gallza seguia atraz
com o grosso da hosle, e a castanheira ou ala
direita, capitaniada por Jodv Rodriguez de |
| de
meios de de-.
fensão esgaceavam. Bstas «considerações sup.
Niedma, estendia-se, rodrando os muros pelo.
cutro-tado. O exercito victorioso bia tomar pos-
se do castéllo de Faria, que the promet-!
tera dar nas mãos o seu captivo -alcal-.
De roda da barbacan alvejavam as casinhas
da pequena povoação de Faria: mas silencio-
sas e ermas, Os seus habitantes, apenas en-
xergaram ao longe as bandeiras castelhanas, –
-que esvongavam soltas ao vento, e viram o:
refulgir das armas inimigas, abandonando os
seus-lares, foram acolher-se no Lerreiro que.
se estendia entre 08 muros negros do castel-:
lo e à cerca exterior ou barbacan. ;
Nas torres, os atalaias wigirvam-attentamen= *
te a campanha, e os almocadeus corriam com
a rólda pelas quadrelias do muro e subiam
aos cubellos cóllocados nos angulos as mu
ralhas, a
O terreiro onde se haviam acolhido «os ha-
bitantes da povoação estava coberto de chou-
panascolmadas, nas quaes se abrigava a Lurba
dossvelhos, das mulheres e das-ereancas, que.
aHi seijulgavam seguros da violeacia de ini-!
migasvSerapiedados.
“Quando-o troço de homens darmos que le-
vavam preso Nuno Gonçalves vinha já a pon
ca distancia da barbacan, os, bésteiros que co- |
– TOBVAN as anIC1AS encurvaram as béstos, e 98
homens dos engenhos preparam-se para arevjar
sobre es contrarios os seus quadrellos e wiro-
16ºs emquanto o clamor e o chóro se alevan –
tavam no terreiro, onde o povo inerme eslava
apinhaão
Un arauto sabiu do meio da gente da van-
guarda inimiga e caminhou para a birbacan;
todas as béstas Inclinaram para ochão, e no.
ranger das maçhinas converteu-se num sileu-.
cio profundo. Po
«Moço aleaide, moço elcai tel-—brandon 0.
arauto—teu pae, captivo do mui nobre Pedro,
Rodriguez Sarmesto, Adiantado de Galliza pe –
lo mui excelente “e temido D. Henrique de.
Casteila, deseja fallar comtigo, de fôra do teu :
castello.»
“Gonçalo Nunes, «o filho do velho alcaide,
atravessou então o terreiro e, chegando à bar:
bacan, disse go arauto-—«A Virgem proteja
meu pae: dizei-lhe que-eu o esperu.» E
O arauto voltou no grosso de soldados que,
rodeavam Nuno Gonçalves, e, depois de breye ;
demora, 0 tropel approximou-se da borbacan. |
Chegamos ao pé d’ella, o velho guserairo sábiiu
dentre seus ;guariladores e falou com o fi-
lho: ar
agSales tu, Gonçaio Nunes, de quem é es-
se castelo, que, segundo o regimento da guer-.
ra cemerguei d tua guarda quando vim em
socorro e ajuda do esforçado conde de Ceia?»
E’—respondeu Gonçalo Nunes —de nosso
rei e senhor D, Fernando de Portugal, a
quem por elle fizesLe preito e menagem.»
«Sabes tu Gonçalo Nanes que o dever’de
am alcaide é de nunca entregar, por nenhum
caso o seu castello a inimigos, embora fique
enterrado debaixo das ruinas d’elle?»
cRei, Oh meu pae!—proseguiu Gonçalo
Nunes em voz baixa, para não ser ouvido dos
castelhanos, que comcçavam a marmiurar—Mas
uão vez que a lua morte é certa, se Os inimi-
gus perceberem que me aconselhaste a resis-
tencia?»
Nuno Gonçalves como se não tivera ouvido
as reflexões do filho, clamou então—«Pois se
O subes cumpre o teu dever, aleside do castel-
lo de Faria! Maldito por mim sepultado sejas
te no inferzo, cemo Judas o traidor, na hora
em que os que me cercam entrarem nesse
castello sem tropeçarem no teu cadaver,»
«Morral—gritou o almocalem castelhano —
morra O que nos atraiçoou.» —E Nun» Gou-
calves cahiu no chão atravessado de muitas
espailas e lanças.
aDefende-e, alcaide!» —foram as
palavras que elle murmurou.
Gonçalo Nunes cordia como louco em redor
da barbacan, clamando vingauça. Um nuvem
de frechas partiu do alto dos muros; grande
porção dos assasinos de Nuno Gonçalves mis-
turaram O proprio sangue com o sangue do
homem leal ao seu juramento.
– Os castelhanos accommetteram O castelo;
no primeiro dia de combate o terreiro da bar-
bacan ficou alastrado de cadaveres tisnados e
de colmos e ramos reduzidos a cinzas. Uu sol-
dado de Pedro Rodriguez Sarmento Linha sa-
cudido com a ponta da longa chuça um colmei-
ro incendiado para dentro da cerca; o vento
ultimas
– s0ão soprava nesse dia com violencia, o em em@@@ 1 @@@
À violeta lem sido sempre, não só o
puro emblema da virtude, mas o objecto
dos mais sentidos versos e das compa-
rações mais poelicas.
U celebre poeta Ebn- Riemi, depois
de descrever com a maior elegancia uma |
violeta, cujas petalas estavam cheias de
orvalho, comparou-a a uma linda don- |
sella, cujos olhos azues estão banhados |
em pranto.
Hafiz le dirige tambem as mais agra- |
Constaneio |
Dubós,nos seusidylhos moraes:Desmarais
daveis e poetigas palavras;
e o festejado Bevanger, nos apresentam
sempre candidas e apaixonadas descrip-
ções desta rosa sem espinhos.
A condessa de Maout-pout nos legou
tambem versos excelentes, nos quaes
compara a sua vida à violeta com uma
tal modeslia, que a torna digna da ele- |
ganle comparação
Outra mulher celebre na alia socieda-
de do seculo passado, Mael de Meulan,
madrasta de M. Guizot tomou por divi-
sa uma violela, com esta legenda: «H/
preciso buscar-me.»
Em fim, a violeta tem sido chamada
alé a tomar parte nas revoluções politi-
cas da França, sendo eligida como divi-
sa, pelos partidarios de Napeleão em
1815, assumplo que inspirou à condes-
sa de Genlis lão nobres e apaixonados
versos. .
Luiz XVII quando subiu ao ihbrono.
novamente, recordou-se do papel que os
bonaparlistas haviam feito desempenhar
á violela; mas recordou-o como rei, não
como homem.
—Tomae, disse elle às damas da côr-
te, apresentando a cada uma dellas um
ramalhete dº aquella bella flor, as viole-
las estão comprehendidas tambem na
amnistia.
Sêde, pois, modestas, lindas jovens,
como a hor de que temos lratado, e se-
reis como ella procuradas com afan; vit=
tuosas e amaveis, e o perfume da virtu-
de se espaihará em Ludo que vos rodear,
Apezar do frio rigoroso do inverno,
esse libio raio de sol que começa a dou-
rar os cumes das montanhas, nos an-
nuncia a proximidade do mez percursor
da primavera, do que vem dar-nos uma
fagueira esperança nos seus ramalhetes
de candidas violetas, filhas premaluras
da estação florida. SJ» Cunha Lima
breve os habitantes da povoação, que haviam
buscado o amparo do castello, pereceram jun-
tamente com as suas frageis moradas,
Mas Gonçalo Nunes; lembrava-se da maldição
de seu pae, lembrava-se de que .o vira muri-
bundo no meio de seus matadores, e ouvia a
todos os momentos o ultimo grito do bom
Nuno Gonçalves— « Defende-te alcaide!»
O orgulhoso Sarmento viu a sua soberba
abatida diante dos torvos muros do castello
de Faria. O moço alcaide defendia-se como
um leão eo exercito castelhano foi constran-
gido a levantar o cerco.
Gonçalo Nnnes, acabada a guerra, era al-
tamente louvado pelo seu brioso procedimento
e pelas façanhas que obrara na defensão da
fortaleza cuja guarda lhe fora encommendada
por seu pae’ no ultimo trance da vida, Mas a
lembrança do horrivel successo estava sempre
presente no espirito do moço aleaide. Pedindo
a El-Rei o desonerasse do cargo que tão bem
desempenhara, foi depôr ao pé dos altares a
cervilheira e o saio de cavalleiro, para se co-
brir com as vestes pacificas do sacerdócio.
Ministro do santuario, era com lagrimass e
preces que elle podia pagar a seu pae o Ler
coberto de perpetua gloria o nome dos alcaides ‘
de Faria.
Mas esta gloria, não ha hoje ahi uma uni-
ca pedra que a aiteste. As relações dos histo-
riadores foram mais duradouras que o marmo-
Pes
ALEXADRE HERCULAOO.
GAZETA DAS PROVINCIAS—CERTÃ 7 DE MINHO DF 41900
PENSAMENTOS
O coração de um pae é um mystero |
de amor e de ternura, que nunca um fi- |
lho acaba de comprebender senão quan- |
do é pae.
A [éé comoa virgindade: uma vez |
perdida não se recupera.
BIBLIOGRAPHIA
Recebemos e agradecemos a visita dos nos-
sos collegas «O Conimbricense,» de Coimbra,e
«O Trabalho», de Gouveio, com quem vamos
ter a honra de estabelecer permuta.
O Annunciador
Temos presente, o 4.º numero «Pesta inte-
ressante publicação trimestral, que contem 160
paginas in-8º e que custa a madica importan-
cia de BO reis.
3″ collaborado por distinctos escriptores e
artistas e oflerece aos srs. assiznantes, um
brinde, por sorteio, d’um bilhete de ida e’vol-
ta em qualquer das linhas ferreas do paiz.
Abrange os mezes de Maio, Junho e Julho.
Vide annuncio-«Quem quer viajar de graça?»
ANNUNCIOS
ge
Annuncio
1.º publicação
AZ-SE publico que nos autos
de fallencia pendentes no Tri-
bunal do Commercio da comarca da Ger-
lã,e cartorio do 1.º afficio,a requerimen
to da Firma Commercial da cidade da
Covilhã, —José da Fonseca Charate,Suc=
cessores-—contra o arjublo antonio Men
des de Sousa Gallo, casado, commner-
ciante, morador na villa de Proença a
Nova, desta comarca, for proferida em
data de vinte e oro do corrente mez
de maio, sentença declarando judicial-
mente a quebra deste commerciante
arguido nos termas do artigo primeiro
do Codigo las Fallencias, e das dispo
sições do Codigo E nsia sendo
pelo Tribunal, nomeado para adiminis-,
trador da massa fallida Simão Lopes Ta-
vares, casado, commerciante e morador
na dita villa de Proença a Nova, cu-
Ja caução que tem de prestar, foi arbi-
Irada em oitocentos mil reis, ao qual
for autorisada a entrega particular, me-
diante balanço especificado, dos bens e
valores da massa não nomeando cura-
dores fiscaes por não haver, dentro dº
esta comarca, credores do fallido, e
assignando o praso de sessenta dias
para a reclamação dos creditos.
Gertã, 30 de maio de 1900.
E eu Francisco Cesar Gonçalves,
escrivão q subscrevi e assigno
Verifiquei
O Juiz de Direito
João Lobo de Moura
O Escrivão
Francisco Cesar Gonçalves
HISTORIA
DOS JUIZES ORDINARIOS E DE PAZ
POR
Antonio Lino Netto
Bacharel formado em direeto e socio effectivo
Instituto de Coimbra
Vende-se na livraria França Amado
—Coimbra, Preço 400 “reis. —
++
+
A,
nistteesrereraees
o Propriciad ui pa
nd
Vende-se uma sita no-logar
WAbrgoaria, Quem pretender
dirija se a Margarida Maria
Cardosa, Rua do Valle n.º 3
Certa
|
|
It
e
$
dé
e
come
Sresseosesessseos
DICICLETE
Vende-se uma quasi nova systema «Rover»
| Beumatica.
Nesta redação se dão referencias
COMPANHIA NACIONAL
EDITORA
Administrador —Fusítino Guedes
50=-Larco oude Borão—-50
do d
Lissoa
OS MYSTERIOS |
DA INQUISIÇÃO
A distribuição deste bello e commovedor
romance effectuar-se-ha semanalmente ás ca-
dernetas de 24 pagina: in 8.º pr.
Cada caderneta contera uma esplendida
estampa, em que se reconsliluirão os factos
mais nolaveis descriptos no texto da obra,
A parte literaria, devida a penna de um
dos mais brilhantes e ternos escriptores do nos-
so tempo. terá pois, com a ollaboração artis-
tica de Manuel de Macedo e Ros
que Gameiro qyy aliraclivo singular, por
isso que as ilustrações são compostas em face
de documentos authonticos, e que Ludo fara
reviver a plena luz da verdade, as scenas e
Os acontecimentos, que se encadeiam em for-
ma de romance mas que teen; a mais fidedigna
origem bistorica,
Preço da caderneta—GO reis
PARA LISBOA E PORTO
+
Todos os srs. as grantes
com o ultimo fasereubo,
Um primoroso brinde
feito espressauente pelos SES,.
MANUEL D MACEDO E ROQUE GAMUIRO
para esta obra. O brinde representa u-
madas scenas mais brilhantes da listo-
portugueza.
|
receberão
VIM HO 8
Branco. e tinto, qualidades es-
peciaes, por preços resumidos.
x Quem pertender dirija sea L.
de Dias— Certa.
exe sexeresenesene
SERVIÇO DE DILIGENCIAS
– Da CERTÃA a THOMAR (via Sernache de
Bomjardim, Valles e Ferreira do Zezere). Sao
he da Certa às %horas da tarde e chega as
Thomar às 9 da noite. Sahe de Thbomar ás B
da manhã e chega a Cera 12 e meja da tar-
de.
Da. CERTÃ à PROEN
Centã a 1 e meia da turdo e cheg: Proença
às B da torde; Sabe de Proença ás 5 da mas
ul e chega à Certãàs 9 emeia da manhã.
Esta cijigencia communica com a de Proençá
a Castello Branco.
Da CERTÁ a PEDROGAM PEQUENO. Sa-
he da Cerlã á 2 da larde Se chega a Pedro
gam às 5 e meia da lúrde; ahe de Pedro–
gam às 7 da manhã e chega a Certã às 19
da manhã,
1 A NOVA. Sabe da
OS LESIADAS
1. de Camões
Crande edição popular e ilustrada
sob a direcção dos insignes
artistas Roque Gameiro
e Manoel de Macedo
dire eme
Esta edição de «Os Lusiadas», a
mais monumental e mais economica de
quantas ‘se teem publicado até hoje, tem
como compete ao maior monumento da
nossa lilteralura e esta empreza impri-
me atodas as suas publicações, «cum cu-
nho verdadeiramente nacional,» ;pois O
papel é sahido de fabrica portugueza, O
iypo fundido na Imprensa Nacional, (il-
lustrada por artistas genuinamente por-
luguezes, eas photogravuras feitas egu-
gualmento por arlistas portuguezes
PREÇOS DA ASSIGNATURA
Cada fasciculo de 2 folhas, de 8 pa-
ginas cada, in-4.º, grande formato, con-
tendo cada fasciculo 2 esplendidas gra-
vuras— SO reis.
Cada tomo contendo 5 fasciculos ou
80 paginas, inserindo cada tomo £0 ma-
gnificas gravuras originacs— 300 reis ,
Empreza da NHistoria de Portus
gal
Livraria Moderna—Rua Augusta 95
— Lisboa.
APCP PHHHCCHHHOS
CYCLEDOR
“Vexoe- SE uma byclete d’este
anclor, quasi nova, e, por preço
muito convidativo,
Quem pretender dirija-se a An-
nibal da Silva Garvalho— CERTA.
LOJA DO POVO
DE
Albano Ricardo Matheus F’era
reira
107 RUA DO VALLE 107 A
CERTA
N, ESTE astabelecimento nGontIAS -se um
completo sortimento de generos alimentícios,
essim como uma grande variedade em pannos
crús. chitas, baetas, riscados, cotins, colchas,
cobertores, fazendas de algodão, lãs, – castelle=
tas ele, etc.
PREÇOS CONVIDATIVOS.
veem rt, S orem
Agente da Companhia de seguros
«REFORMADORA»A»@@@ 1 @@@
etapa ses
QUEM QUER VIAJAR DE GRAÇA!
-. a rare qmeiçer O PRESO
No dia 10 d’abril encetom a sua publicação em Lishoa um livro intitulado «O
Annunciador,» c que será da mais alta utilidade e interesse para o publico de todo o paiz,
Eiegantemente “ditado, este livro apparece todos os tres mezes, fornecendo ao le tor inforura-
ções sempre varisdas acerca de todos as as umptus que perdem com a ada eendersa em ge
ral e em particular. De Iudo alise encontra, annuncias dos estabelecin «ulus Nuit iiportantes
de Portugal, policia ácerca daa principaes cidades é vulas, etbsidios e molas sobre va nuvaen-
tos commercial, indu-triul, artistico, literaric 8 scientifico do dia, horarivs cos Comróvios de to-
das às linhas forreas, ete., ete ele,
No genero, «O Annusciador», que serãillustrado pelos nos-0s tri ioras
rada pelos escriptores mois laureadus, é uma publicação unica e extruvrmiliaria
collabo-
et A enuncia-
foot ”
arhisgas
dor» contem 180 a 200 paginas e sustará a quanta ite cincoeuta reis ape -i De modo
que, Moda e quelgner [casca que quizer adquirir
“Am mais que enviar dO reis (preço do hyrv) &
o 4º pumero, a subir so dia 10 de abril, não
mais 10 reis (inposto vo correto, total, do tro
dica quantia de 69. reis, Já redacção do «Ansunciadoro, Calçada de 3 Froncisco, 23, 4º an-
dar, LISBOA. 7
Mas a surpresa, não fica por aqui!
«Todes
e mprodoresa deste livro excepcional podem obter a faculdade, mediante a ri-
dicula quantia du seu custo, de fazer uma Vaarem á sua escolha, «em qualquer cos linhas fer
reas do. paiz ou 8, Paris!ll
E? assonhroso! ti davia, nada mais verdadeiro. «O Apnunciadosp expiicorá p uma
has ao «compradoro O noucdode proceder peste
lonsabilidade duma das mais imporlanies casta
dis. fo-
vhenomenal hunde, que e concedido sob a res
da capital, O conprader alem da quania. refe:
ida, deve enviar o seu nume e resivencia, para em seguida he ser mandado «O Annunciador»
com as necessarias erulicações.
Quem quer, pois, fazer uma viagem, ida e volta, pela quantia de 50 reis:
Revidado
Appareceun o% faseivulo
titteaia
ârmano Srmoas Fern) IRA
PYRILANPOS
(CONTOS)
ep
Ea
j 1
dé JOÃO Raman Bapmisra
de
O Ps Lorgo do Minaiçipio, D
a CEAT
Tia ERRA E
Vende o seguinte: arroz, bacalhau,
ussucar,calé chá, manteiga massas
cimenticies, bolacha atum, capão,
petroleo, pregos darame, goma
tabaco -de tedas as qualidades, vi-
nho branco e tinto e aguardente de
superior qualidade
LREÇOS CONVIDATIVOS
| 7
E
O AMANTE DA LUA
Eraducção de Silva PSocis
Becunogquato volume la colivição, ilna-
ruiomsm meguiicas gravuras, fo réis por
taemses em Lishoa Porto eCoinsa.
Nas provincias, fasciculo de 98 pag. 120
fa. de tres em les semanas,
POR preços
DE
uxivo Paes franco.
EE UERTÃ So
Fanqueria, Pacendas de Algodão Lã
e Seda, Chapeus, Ferragens, Quingui-
berias, Papel, velias de Uêra, Drogas,
Tintas, Seila, Cabedaes e Chmuento ele.
Agencias dus Bancos Commerciaes de
Lisboa, Porto, Pará e da Companhia de
Seguros «Probtdades—e da Casa Baun-
jcaria de Siva Benão, Pinto & U* de
fasbos.
ANTONIO LINO METTO
PRINCIPIOS NOVOS
DA SOTENCIA CRIMINAL
IMPRENSA DA UNIVERSIDADE
COiM,
TYPOCÊEAPHILA
DA
GAZETA DAS PROVINCIAS
d— TRAVESSA PIRES—S
diminutos necettn encomm :
E : cel enc endas de im-
pPressos odlcines, feciurus, bilhotcs de visit, partici-
AÇÕES ( a k
E pações de casamentos cireuiuves, prospecros, cartazes,
A CIC, SÉC Ste.
cana oi e
GAZETA DAS PROVINCIAS— CERTA 31 DE MAIO DE 1900
ROD
CERTA
Abel da Conceição Ramalhos
sa, com ollicina de eucaderna-
QB, cncarrega-sso de todos os
murviços condsrnontes a esta ars
te, por preços modicos tanto nºs
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23800 reis.
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paotographicomePedidos á PAPELLAMIA CEN-:
TRAL de Francisco Barges—2 Rua do Yiscop-
de da Luz— Coimbra.
IMPOSTO DO SELL:
Corta de Lei da 29 de julho de 1899 com
a- respectivas tahella e PORTARIA de B de
azusto varrente, esclirecendo-es.
“Edição em lg papel, cuida game te re-
zista e impressa sub a direcção de um fuccio-.
naxio pratico.
— Recommeada-se, porque a sua clareza e pi-
Lidez a Lorma superior a muitos outras, facili-
lando a procura de qualquer verb» referente a
delerminado objects e contento O lidal umes
paginas em branco para referer 43 “ annota-
hões.
Promette-se publicar e distribvir no fim do
anno corrente um SUPPLEMENTO cem todos
[os diplomas que sobre 9 imposto do sello fo- |
| rem pablicados ate lá, duvidas que a pratica
| suscitar, opiniões auetorisadas e “quaesquer
para a hua interpretação ,
arestos de iuteres-g
do lei. 4 :
Será enviada a quem remmetter em vale ou
carta a quantia de 200 réis
O SUPLEMENTO, porém, sú será remmel-
|tido a quem envir EO réis para elle Em troca
nandarenos uma sentis que dará direito re-
quisital-a se no principio do anno de 1900.
bão. tivor dois enviado.
Pedidos e correspondencia sobre 9 assumpto
a JOSE MARQUES. NUNES DA COSTA Es-
j crivção e Tabeliasy=—EVORA,
P. S.— Muito conviria reunir na mesma re-
qu’sição mais de um exemplar, enviando 8 sua |
anpuctancia em valle’ vo carta registada para
evitar exlravios, É
Salisfaz à qualquer requisição d’exemplares
==Augusty Rossi==LERTA
Liba-
3
VINHO VERDE
Vende-se na antiga casa Ma-
Ê A via Custodia, Rua. do Valle a25g
É é Esses Sa CERTA Eileen a
$
é
DE
GEOGRAPHIA UNIVERSAL
DESCRITIVO E UNIVERSAL
Publicação mensal
Contendo 40 muppas expresamenre
gravados e impresssos a cores, L7O pagi-
nas de lexto de duas columnas e perto le
300 grâvuras representando vistas das
principaes cida les m-Du ven.Los do mine
do, pusagens. retratos de homens celu-
bres, figuras, diagramas, etc
“Ba primeira publicação que n’este ge-
nero se faz no nosso paiz, Todos ós mezes
será distiib tdo aum fascículo contendo q-
ma carta geograhica cuidadosamente
gravada é impresa a cores, uma folha de
48 paginas de texto 2 columnas e 7 on
gavuras, e uma capa pelo preço de 150
reis pagos no acto da entraga,
RUA DA BOA-VISTA 62, 1º D
LISBOA
“ALFAIATERIA — COSTA
Enc rrega-se de fazer lodo 0 serviço
concernente à sun carte, tanto para esta to-
calidade camo para fora, Garante-se o bom
acabamento e toma medidos em qualquer
ponto d’esta comarca,
Preços sem competencia
CERT× RUL SERPA PINTO —CERTA
CENTRO COMMERCIAL
DE |
Luiz da Silva Dias
CERTA
Completo -gortimento de fazendas de
algodão, lã linho e seda, mercearia, fer-
ragens e quinguilherias, chapeus, guarda
achuvas e sombrinhas, leços, papel, gar-
rafões, relogios do sala, camas do ferro
e lavatorios;folha de Flanires, estanho,
chumbo, drogas, vidro em chapa e obje-
“+ elosdo mesmo, vinho do Porto, licores e
cognae; livros de estudo e Nilerarios, La-
bacos, etc, Preços extraordinariamente
baratos e sem competencia,
Agencia da Companhia de Seguros:
— PORTUGAL
RETRATOS=Tiram-se em diferentes
tamanhos desde 800 reis duzia, garan-
undo-se a sua perivição e nitidez, o
Enerrrega-se dei livrar photograyias
a qualquer pougo «Peste concelho, medi-
ante ajuste especial,
1 a T,PRAÇA DO COMMERCIO, À à 7
PYROTHECHNICO
CERTÃ
David Nunes e Silva, com oficina de
pyrolhechnia, encarrega-se de fornecer
para qual ponto do: paiz fogo dartificio,
com promptidão e garantido acabamento.
Na sua officina encontra-se sempre um
granile e variado sortimento de fugo de
astorros, é foid’ella que sabiuo fogo
queimado nosccentenarios: – ANTONINO
-GUALDIM PAES-e da INDIA, (neste
sómente de estoiros e balões). cuio efei-
to em sido applaudido pelo publico e
imprensa,
PREÇOS SEM COMPETENCIATENCIA