A Comarca da Sertã nº115 05-11-1938
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AVENÇADO
Estuando Parata ola Filva Greia
EGSTOR, EDITOR E PROPRIETARIO |
—— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
UA SERPA PINTO-SERTA
24% ? é E NA
SE GRAFIGA DA SERTA’
E) Largo do Chafariz
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EDUARDO BARATA DASILVA CORREA,
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1
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Composto é Impresse |
DEE
nder à carta de V.
lendo integrar-se na evolu
lemente adquirido pelo
a igreja é também muito interessante, quer
pelo belo revestimento de azulejos do século
Senhor Eduardo Barata
Só agora, depois do regresso du minha viagem ao estrangeiro, recebi e posso
“De facto, fiz apenas uma rápida visita à igreja da Sertã, porque o meu objec-
era essencialmente examinar os bainéis da sacristia, muito barticulurmente o
edro no trôno» e o «Martirio de S. Pedro», ambos muito interessantes. O pri-
O tem mesmo particular importância para a iconografia portuguesa do Santo,
ção que vai de S. Pedro da escola de Nuno Gonçalves,
Museu de Lisboa até éste da Sertã, devendo natural-
te incluir-se nela os de S. João da Tarouca, Víseu, réplica de Tondela etc. To:
) ela sua estructura do século XV,
VII com o seu aspecto decorativo
wativo. À sua restauração está-se felizmente fazendo sob a activa Direcção dos
entos Nacionais, mas as tábuas, bastante danificadas e escurecidas, preci-
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
– Mleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação )
Novembro
1988
(Desenho de António Nunes da Silva Campino, da Sertã)
“lyreja Matriz da Sertã
Um valiosissimo de-
poimento: —- O Senhor
Doutor Reinaldo dos
Santos, ilustre Presi”
dente da Academia das
Belas Artes e distinto
professor de Urologia
da Faculdade de Medi-
cinajde da Universida-
de de Lisboa, apresen-
ta a «A Comarca da
Sertã» as suas impres-
sões, depois da honro-
sa visita de há tempo,
do grande valor sos
painéis existentes na
sacristia e de arqui-
tevtura d: fermoso
templo, cuz lhe mere-
ceram o maior infe-
rêsse.
sam do devido tratamento na oficina de Restauração de Mardel, por forma a sal
vá-las da ruina a que, sem isso, estariam votadas.
jas do país.
[E a cultura das pessoas que estimam as obras dt Arte por êsse país fora,
assim como o seu gosto e sentimento da responsabilidade que a sua conservação
lhes impõe, vão já sendo felizmente bastante esclarecidos para serem uma garantia
da combreensão da necessidade dêsses restauros. Além disso podemo-nos regosijar
de que essas restaurações se possam fazer com escrúpulo e competência, sem en-
cargos para as entidades, em geral pobres, u cuja guarda estão entregues. Espera-
mos-—pois que brevemente, e A .
cas, os quadros da Sertã venham a ser beneficiados como os de tantas outras igre-
e comum acordo com as autoridades civis e eclesiásti-
Com os meus cumprimentos,
Lisboa, 17 de Outubro de 1938
REINALDO SANTOS
JEM-SE afirmado nos últimos tempos a
— aspiração de garantir às populações
rurais uma eficaz assistência médica,
até hoje cheia de deficiências e imper-
feições. j
à realidade, se considerarmos a estatística
pulação portuguesa do continente e ilhas
enso de 1930, fora de Lisboa e Porto
habitantes), os dois grandes centros ur-
; há cerca de seto milhões de al-
elos agregados provincianos, das
8 aldeias e RA A assistência médica
nos meios rurais, dos centros concelhios,
las sedes de partido, ou residências de
livres. Oficialmente, devem existir ans
idos médicos para tôda a população do
‘ ização é insuficiente e defeituo-
E asa as cifras estatísticas. No
telo Branco, por ex, num largo
XE %
periodo de dez anos (1915-1924) de 62.433 óbitos
registados, apenas um terço (número exactos,
21.320), apresenta diagnóstico certo ou aproxi-
mado. Os restantes dois terços, pelo que res-
peita às causas de mortalidade, escapam ao nos-
so conhecimento.
Nos meios rurais, a assistência médica não
existe portanto, ainda nos casos de maior gravi-
dade, mortais, para duas terças partes da popu-
lação. E” claro que se houvesse vantagem em le-
var mais longe as conclusões, verificar-se-in que
fora das sedes de concelho ou dos partidos mé-
dicos, na extensa periferia do país, afastada ou
dispersa, não há assistência alguma ou ela é
muito p ecária,
E’ certo que onde o médico se não desloca
junto do doente, ao seu lar de família, procura
êste ir à presença do médico ou do hospital mais
próximo, onde exista.
O mal é evidente, mas o remédio não é tão
Assistência médica às populações rurais
POSTOS DE SOCORROS
pelo DR. JOSE LOPES DIAS)
fácil como às vezes se proclama. O:
numerosos e variados, como é natural
monta. A realidade mofa-se das conge
pirito e do raciocínio teórico e
outra, da própria legislação, o.
nada possivel. ;
Dois critérios, duas s
derar-se. A solução cer
fora, simplifica as difio)
entro para
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B
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a
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o
dãos. O aspecto
“mala ninguêm, é
de contentar os preos
“real não aparece, a
AGA.
| fora para dentro, pro-
E ha 4.º página).º página)@@@ 1 @@@
f
e
a
s
ad
A COMARCA DA SERT’A
— ANUNCIO
(2º Publicação)
Por este se anuncia que nodia 13
‘do próximo mez de Novembro, por 12
horas, à porta do Tribunal Judicial
| desta comarca, se ha-de proceder à ar-
rematação em hasta pública dos prédios
a seguir designados e pelo maior preço
que fôr oferecido acima dos valores
respectivamente indicados.
PREDIOS
1º Terra de cultura, denominada a
Tapada, limite dos Ribeiros, freguesia de
Vifa de Rei, descrita na Conservatória
sob o nº 27.195. Vai pela terveira vez a
praça sem valor,
2º Terra de cultura, denominada o
RIA da Abrigada, limite dos Ribeiros,
descrita na Conservatória sob o n.º
27.196. Vai pela terceira vez a praça,
semvalor.
3.º Casas de habitação com seus lo-
gradouros, np logar dos Ribeiros, fré-
guesia de Vila de Rei, descrita na Con-
sctv tória sob o n.º 27.197,
Penhorados na execução por custas
esélos, em que são exequente o Minis-
tério Público e executado João Luiz,
casado, residente nos Ribeiros, frégue-
sia de Vila de Rei, de cujo processo que
cor e na comarca de Santa Comba Dão
foi extraida a carta precatória para
avaliação e arrematação.
São por este citados quaisquer cre-
dores incertos para assistirem a arre-
matação neste annuciada,
dertã 24 de Outubro de 1938,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 5,º Secção, int.º,
Armando Antonio da Silva
ANUNCIO
(1º Publicação)
Por este se anuncia que no
dia treze do proximo mês de
Novembro, por doze horas, à
porta do Tribunal Judicial
desta Comarca da Sertã se
hã-de proceder à arrematação
em hasta publica dos prédios
a seguir designados pelo
maior lanço oferecido.
PREDIOS
1,º—Uma terra com olivei-
ras, no Vale da Barroca, limi-
te do Pucariço. Vai pela ter-
ceira vez á praça por qual.
quer valor.
2º-—Uma terra com olivei-
ras no Vale da Barroca, limi-
te do Pucaricó. Vai pela ter-
ceira vez,à praça por qual-
quer valor.
3.º—Uma terra de cultivo,
com oliveiras, na Ponte Sal-
gada, limite do Pucariço. Vai
pela terceira vez à praça por
qualguer valor
4º—Uma terra de cultivo
no sitio da Ribeira da Figuei-
ra, limite do Pucariço. Vai
pela terceira vez à praça por
qualquer valor. 1
Penhorados na execução por
custas e selos em que são oxe-
quente o Digno Agente doMi-
nisterio Publico, e executados,
João Diogo Junior e mulher
Prazeres Ribeiro, proprieta-
rios, do lugar do Pucariço,
freguesia de Sobreira For-
mosa.
São por este citados quais
quer crédores incertos para
assistirem à urrematação nes
te anunciada,
Sertã, 25 de Outnbro de
1938.
Verifiquei.
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
| Chefe 2.º Secção,
o Soures Bastos
ANUNCIO:
(1.º publicação)
Por este se anuncia que no
dia 13 do próximo mês de No-
vembro, por 12 horas, à porta
d Tribunal Judicial desta co-
marca se há-de proceder à ar-
rematação em hasta publica
do predio a seguir designado
e pelo maior preço que for ofe-
recido acima do valor indica-
do. E
PRÉDIO
Uma cusa de habitação com
rez do chãoe primeiro ander,
sita na rua do Fundão, vila
de Pedrogão Pequeno. Vai
pela primeira vez à praça no
valor de quatro centos escu-
dos-400800
Penhorados na execução fis
cal administrativa em que
são exequente à Fazenda Na-
cional e cxecutados Maria de
Jesus, Herminio de Jesus, e
Matilde de Jesus.
São por este citados quais-
quer credores incertos para
assistirem á arrematação.
Declara-se para os devidos
efeitos de que a sisa é paga
por inteiro pelo arrematante.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O chefe da 2.º secção,
Angelo Bastos
ANUNCIO
(1.º publicação)
No dia 16 do proximo mez de
Novembro, pelas 12 horas, no
Tribunal Juwlicial desta comarca,
se há-de proceder ao julgamento
do reu Domingos Tomas, de 40
anos, casado, Pmoleiro; filho de
Tomaz António e de Margarida
de Jesus, natural do Outeiro da
Lagoa, freguesia da Sertã, e do-
miciliado no logar da Mouta Fun-
deira, freguesia do Nesperal, des-
ta comarca, ausente em parte in-
certa, acusado do crime previsto
e punido pelo n.º 1 do artº 360
do Código Penal, sendo por êste
meio notificado o mesmo réu para
comparecer no mesmo dia, hora e
local.
Sertã, 29 de Outubro de 1938.
Verifiquei
O Juiz de am
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º secção, intº,
Armando Antônio da Silva
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Chegada ao Cesteiro 15-50
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Saida 17-30
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Saida 18-00
» Ferreira do Zezere 18-55
as Saida 19-00
» Tomar 19-40
» Torres Novas 20-25
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IP,
ão o gpa
Resultados no concelho da Sertã
s eleições, realizadas no
sado domingo em tôdas
edes de freguesia do nos-
concelho, decorreram no
io do maior entusiasmo,
a mais avsoluta ordem, re-
stando-se uma invulgar con-
rrência de eleitores, pro-
vando-se, assim, que todo o
povo do concelho da Sertã
rova, aplandindo sem re-
rvas, a politica do Estado
ovo, identificando-se com o
nsamento que norteia o
* Chefe —o engrandecimento
de Portugal — a Pátria que-
da que merece os nossos
maiores sacrifícios.
plebiscito de domingo
onstituiu em tôdo o Pais
uma impressionantissima ma-
estação de civismo, e a que
o concelho da Sertã se asso-
ciou devotada e orgulhosa-
mente, dando uma prova de
atidão do muito que ja de-
a Salazar.
* x
Damos a seguir os result:-
os das eleições em cada uma
8 freguesias deste conce-
lho, indicando os nomes dos
| cidadãos que presidiram às
recenseados e votos
btidos;
Padre Alfredo
a, 719, 69; Carva-
| Fernando da Costa Li-
86, 76; Castelo, Alberto
Purificação Ribeiro, 136,
0; Cumeada, Manuel Nunes,
08, 78, Ermida, José Fernan-
Ribeiro da Costa, 38, 38;
igueiredo, Ambrosio Lopes
da Silva, 33, 30; Marmeleiro,
Manuel Nunes, 99, 75; Nespe-
Tal, Francisco Nunes, 64, 60;
lhais, Padre Vicente Men-
8 da Silva, 77, 67; Pedró-
ão Pequeno, Gustavo Se-
eira Alves, 120, 111; Ser-
che do Bomjardim, Padre
É tônio Bernardo, 412, 389;
à, Manuel Milheiro Duar-
Deniz Nunes, 68, 62; Várzea
os Cavaleiros: António V.
“Farinha Nunes, 185, 170.
Totais: 2261 e 2013. Percen-
gem total de votos: 89º,
O
“À Câmara Municipal do con-
lho de Sertã faz publico que
Sua sessão ordinaria de
de Outubro do corrente
O, foi deliberado abrir con
Tso, por espaço de trinta
, para o provimento do
argo de facultativo munici-
ll do partido com sede em
Pernache do Bomjardin, e
m o vencimento já estabele-
ido pelo Código Administra-
O e Câmara.
O lugar encontra-se vago
haver atingido o limite
idade o facultativo que o
ervia, e o concurso é aberto
OS termos do art.” 541.º do
digo Administrativo e mais
ilslação aplicavel.
Y nomeado, alem dos deve-
impostos por lei, regula-
O ou disposição camará-
à, fica ainda com a obriga-
de prestar oseu concurso
ito aos Hospitais con-
Os quando nêles se fa-
im Operações cirurgicas em
tes pobres do concelho,
me deliberação tomada
Por umanimidade na sessão
E ida,
Sertã, Paços do Concelho, 2
vembro de 1038,
esidente da Câmara,
Carlos Martins
Reis Moura
a EERTA
el
-. COMARCA DA SERTA’
franés da
Comarca
(NOTISIARIO DOS NOSSOS CORRESPONDENTES)
Pela Instrução
CASTELO, 14 — Abriu no dia 7a escola do Mourisco,
Mais uma vez as povoações da Arnoia, Povoa e Ribeira
Velha, a menos de 1.500” do Mourisco, foram excluidas da
sua primitiva area e inclui jas nu area do Castelo, não obs-
tante estarem fora da distancia legal desta area.
Ouvimos que a razão desta vez invocada, fôra a falta de
condições da escola do Mou:isco!!
Todavia foi-se buscar a povoação da Aldeia da Metade,
que pertence à vizinha freguesia do Carvalhal e que fica
relativamente próximo da escola da sua freguesia, para a in-
cluir na área do Muurisco!! :
Acabamos por concordar que não percebemos patavina
destas coisas,
— Acompanhado “de sua Esposa regressou a Tomar o
nosso a 1igo sr, José António Fiel, distinto professor oficial
naquela cidade, que no ano findo levou a exame primário
elementar 42 alun :s fic ndo todos aprovados.
Apraz-nos noticiar tão brilhante resultado, produto do
seu trabalho e orientação inteligente e conscienciosa.
— Foi transferida para Sintra, para onde deve seguir
em breve acompanhada de seus pais, a digna professora sra.
D, Palmira Silva que na Louriceira, onde o ano findo exer-
ceu as suas funções, se houve com o maior brilho e compe-
tência,
Melhoramento muito importante
A expensa das povoações dos Moleiros, Sapeira e cir-
cunvizinhas acaba de ser instituída uma missa na linda er-
midinha de Santa Rita que será celebrada todos os domingos
e dias santificados, com meia hora depois do sol-nado. Es-
tá exercendo as funções de capelão o Rev.º P* João da Cruz
Prata.
Diz-se que se pensa em ajardinar o terreno que fica na
reotaguarda da capela e construção de um coreto em cimen-
to armado
Mais se diz que uma entidade particular pensa na
montagem de um motor na sua propriedade e que fornecerá
energia para iluminação da capela e recinto que a circunda,
Diversas
Acompanhado de sua familia retirou para Lisboa o sr
dr. José Antonio Ferreira, que aqui vieram passar os meses
de Julho Agosto e Setembro, á sua linda «Vivenda Guida»,
—Consta-nos ter sido colocado em Tomar o nosso ami-
go sr. Capitão José Lourenço, abastado proprietario do Ca-
sal do Pinheiro e um dos mais distintos e briosos oficiais do
nosso Exército,
—De visita a sua familia estiveram na Selada,o Sr,
João da Cruz Fernandes e filho, D. Alice Amaro e Joaquim
Pestana dos Santos e filha,
— Nas suas propriedades da Estrada encontra-se o nos-
so amigo sr, dr, Bernardo de Matos, acompanhado de sua
fimília.
usgon
Propaganda Eleitoral
MADEIRA, 24 — Na escola masculina desta localidade
realizou-se hoje uma sessão de propaganda eleitor:1.
Foi conferente o professor sr. António Ma-ques Flôr o
qual prendeu a atenção da assistência com uma brilhante
prelecção, mostrado a acção do Estalo Novo, desde a
d pauperada Marinha de guerra que possuiamos ao lastimo-
so estado das estradas, escolas etc,
Que todos os eleitores têm o dever moral de, no próximo do-
mingo, acorrer ás urnas, demonstrando assim o seu apoio
ao Estado Novo,
No final da sua conferencia, foi muito cumprimentado
pela assistência,
Bebedelra fatal
MADEIRÃ, 24 Firmino Antunes dos Santos, casado, al-
fuiate, residente nesta localidade, hã tempos que se entre-
gava ao viciv de alcoolismo.
Ontem, apanhou tão forte bebedeira que, pelas O horas,
faleceu,
Deixa mulher e duas criancinhas pequenas,
SD
asSon
PEDRÓGÃO PEQUENO, 23—Na escola masculina des-
ta vila, realizou-se hoje uma sessão de propaganda eleito-
rul que foi muito concorrida,
Presídiu a essa sessão o sr. dr. Abel Carreira, Presiden-
te da Junta de Freguesia, e falaram es srs, prof. Joaquim
Nunes Rodrigues e Gustavo Sequeira 4lves, qie se referi-
ram ás realizações sociais e económicas do Estado Novo, e
iucitara os leitores a concorrerem às urnas, cumprindo
assim um dos mais elevados deveres cívicos.
— Suiram para Coimbr», o sr. dr, Abel Carreira e es-
osa,
E —Encontram-se nesta vila os ses. capitão David Fer-
reira, de Algés e Amadeu Marinha David, de Lisboa.
asSon
Sessão Eleitoral
PESO, 24 Com numerosissima assistência realizou-se
ontem no edificio da escola masculina desta «ideia uma
sessão de preparação eleitoral a que presidiuo Rev,º P£
Sebastião de Oliveira Cardoso, ladeado pelo sr. Izidro de
Oliveira Braz – Francisco Marques: Reis, Foram oradores
os srs. Manuel Farinha Portela, Luiz Martins Correia e os
Rev ºs P.ºs Francisco José de Moura e José Caetano Fari-
nha e a sr.? D, Felicia Dias Alves Fernan es, pondo todos
bemaltoo valor que enverra para a Nação o próximo
acto eleitoral, e incitando o povo ao dever sagrado que
assiste a fodos os bons portugueses de no próximo Domin-
go comparecerem às urnas para votarem, verd adeiramente
conscientes do seu dever, Os oradores f laram ainda da
obra eminentemente patriotica levada a cabo pelo Gover-
no do Estado Novo, salientando no meio de estiondosos
aplausos de todos os assistentes, quão grandiosa tem sido a
abra de Salazar após 10 anos de estadia no Govêrao da
Nação, E por fim referirm-se lârgamente ás Casas do Povo
com a sua assistência social propriamente dita, pondo em
fóco os seus optimos serviços no campo social desde que
orientadas segundo a lúcida intelizênca de quem as
criou. Nesta altura ouviram-se calorosos vivas a Salazar e a
Carmona,
Visitante Ilustre
Em viagem de estudo e acompanhado dos srs, enge-
nheiros Moreira, Director Adjunto da Direção “Geral das
Estradas e Albuquerque, Director Distrital das” Estradas,
visitou fnesperadamente esta localidade o sr. Brigadeiro
Silveira e Castro, ilustre Presidente da J. A E., onde por
algum iempo. falou amistosamentz como sr. Manuel Fari-
nha Portela, mui digno Presidzste da Câmara Municipal
dêste couce ho, acêrca da conclusão da estrada Lousã-
Belver, há tanto tempo esperad:. À óptima impressão que
que nos ficou daguela para nós, tão grara visita e do
exame in loco» da possivel pa-sagem da tão desejada estra-
da por esta loralidade, leva-nos a crer que justiça nos será
feita por tão alt: personalidade, cujo elevado c.ilé io tão
sobejamente tem sido provado em assuntos desta n tuceza,
Mais uma vez repetimos o que tantas vezes temos dito: À
estrada 54-2.º não tem outro trajecto m is ec »nómico, nem
mais útil para os povos que vai servir. Rejubil mos todos
com a digna atitude do ilustre Presidente da J. A, E, pois
quiz vir até nós levado certamente pel: seu ardente desejo
de fazer justiça a quem é digno dela.
Cc,
Centenários da Fundação e Res-
tauração da Nacionalidade
Qual o programa das conemora-
ções, em 1940, no nosso concelho ?
«Sr, Eduardo Barata da
Silva Correia, DigӼ Di-
rector do Jornal «A Comar-
ca da Sertã»—Sertã,
Que parecer poderei dar a
V… sobre o que hã a fazer
nas comemorações cen tená-
rias do Império Português a
celebrar em 1940?
A meu vêr, erigir uni mo-
numento a D, Nuno Alvares
Pereira, na terra que lhe foi
berço, Sernache do Bomjar-
dim, monumento que fôsse
alguma coisa de belo, « ates-
tasse aos turistas que O con-
celho da Sertã ten desvane-
cimento e orguiho «m ter
como patriício tão gran Je Por-
tuguês, Santo e Heroi.
Exposicão regional los pro-
dutos da nova lavoura, como
azeite, vinho, frutas, tecela-
gem, etc.
Organizar uma romaria ti-
picamente regional a» logar
da Capela do Meio, N. S. dos
Remédios, centro de Portu-
gal, onde por vârias vezes,
segundo reza a História, D.
Nuno Alvares Pereira orou
fervorosamente a Deus, e à
Virgem, suplicando o Bem
para a nossa querida Pátria,
Sessão solene, onde falus-
sem escolhidos oradorvs, para
com facilidade o povo os com-
preender, explicando o sen-
tido das comemorações, .ete.
Festa religiosa na igreja
do Seminá.io das Missões Ca-
tólicas Ultramarinas, em cuja
cêrca, dizem os críticos, exis-
tiu o solar de D. Nuno Alva-
res Pereira; erguer nêsse lo-
gar uma Cruz de mármore,
tendo ao centro dos braços
esculpidas as armas de D.
Nuno. Cortejo cívico ao dito
logar, juncando de flóres os
degraus da Cruz.
E” quanto se me oferece di-
zer, e é esta a humilde cpinião
dum estremênho que consti-
tuiu familia na Beira Baixa,
n’Ela reside hã trinta e qua-
tro anos, dispensando-lhe to-
do o amôr e carinho a que
tem direito.
Com os meus
cumprimentos.
Sertã, 25 de Outubro de 1938.
afectuosos
Amigo do alheio
O oficial do Juizo, sr. Luiz
Vaz, perdeu no dia 10 do mês
passado, dentro do edificio
dos Paços do Concelho, uma
nota de 500800, que não lhe
pertencia,
Fizeram-se várias deligên-
cias e indagações, pôs-se ao
facto do ocorrido e reduzido
número de pessoas, além dos
funcionários, que naquele dia
permaneciam no edifício, mas
tudo sem resultado, O dinhei-
ro tinha desaparecido como
por encanto e os Magistrados
e funcionários da Secretaria
Judicial já tinham aberto uma
subscrição entre si, como
acto de solidariedade muito
apreciável, para atenuarem o
prejuizo elevado que o sr, Vaz
tinha sofrido, representando
cerca de um mês de venci-
mento.
A nota tinha sido encon-
trada por Manuel António,
casado, do Casal da Fonte;
calado comó um rato, seguiu
para casa e fez logo grandes
projectos financeiros à roda
do achado,
Quinhentos escudos não era
coisa a desprezar e de resto
ninguém sabia! Não houve
um rebate de consciência a
aconselhá-lo a entregar ao
outro, que vive só do seu
trabalho honrado e com nu-
merosa familia, uma impor-
tância tão elevadal
Mas no meio de tantos pla-
nos e quando já principiava
a pôr em execucão uma obra
de vulto a impô-lo à admi-
ração dos conhecidos, que
até então o julgaram um po-
bretana e um caloteiro, es-
queceu-se de que o dinheiro
é chocalheiro como todos os
diabos e que os gastos ultra-
passavam o limite dos im-
possíveis. E, assim, tôda a
gente viu oque êle não foi ca-
paz: quem cabritos vende e ca-
bras não tem ..,.
Entrementes, o nosso amigo
Luiz Vaz, manobrando con
perspicácia, descobriu que ali
é que estáva o inígma e, não
perdendo tempo, foi queixar-
se ao sr, administrador do Con-
celho na última segunda-fei-
ra. O Manuel António chama-
do a capitulo, negou a pés
juntos; mas o sr. Adminis-
trador ameaçou-o com o ca-
labouço e com o tratamento a
pão e àgua, o melhor que se
pode dar aós relapsos na
mentira,
Apertado, confessou ter en-
cuntrado o dinheiro, e depois
de ter recebido severa répri-
menda foi intimado a apre-
sentar o dinheiro até hoje.
Ot
ALBANO LOURENÇO DA SILVA
ADVOGADO
DO DART À
Pelo Mosteiro Fun-
deiro de Sant’lago
Chama-se a atenção da Câmara Munlei- |
pal para o estado lastimoso da fon-
to da povoação.
«..Sr, Director de «4 Co-
marca da Sertã» — O Moss
teiro de San“lago tem 50 fo-
gos e 2 fonte donde se abas-
tecem os moradores é de mer-
gulho, o que equivale a dizer
qu a água é imunda, princi-
palmente quando chove, Da.
-se ainda o caso de nos últi-
mos anos, se vir verificando
que a água é insuficiante pa-
ra o consumo, vendo-se mui-
ta gente forçada a andar pe-
las hortas estranhas |a pro-
curar o precioso liquido
para matar a própria sê-
de e a dos animais que lhe
pertence. Este último verão,
porém, a falta atingiu o invero-
simil: as pobres mulheres iam
à fonte munidas de um pú-
caro, descendo ao fundo do
depósito para tirarem escas-
sa quantidade, não de àgua,
como se pode supor, mas de
uma imundicie que um ele.
mentar bom senso aconselha
a não dar aos próprios irra-
cionais. Quanto à falta de
àgua que se vem notando,
opinião pública atribui a cau-
sa á Re de muitos
ços em volta da po
que, certamente, RA )
do a nascente em r
A Bem da Nação
O Delegado Especial do Govêrno,
João Carlos de Almeida e Silva
RA
o
o) Da, E) oa, oo, ER
So P% SP SE So SR
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8
AGENDA |
8
as Ea ass ig dd oe
ANIVERSARI’S NATALICIOS
6, D, Maria Luisa de Corvas
lho Tavares Farinha, Rio de Ja-
neiro; 10, Jerónimo António dos
Santos, Lisboa; 11, menino Pera
nando Rodrigues e D. Laurinda
da Conceição Braz, de Lisbea.
Parabeis
ESSO ee terre
um ponto. Julgo de tõa a
justiça tomarem-se as mdi
das indispensáveis para. vi-
tar tam grande mal, averi-
guando-se se algum dos po-
cos últimamente abertos pre-
judica a fonte pública e, se
assim for, ordenar que sejam
entulhados, delimitando – se,
em seguida, a área em «que
se não poderão abrir poços,
Por intermédio do nosso
jornal, chamo a atenção do
sr. Presidente da Câmara pa-
ra o caso.
E quAt Ven.º é Mtº Obg
PO José Simões Dias
+
Francisco Mateus
* Solieitador Judicial:
SERTA
“a
af dane cr Éa atenção do
sr. Presidente da Câmara pa-
ra o caso.
E quAt Ven.º é Mtº Obg
PO José Simões Dias
+
Francisco Mateus
* Solieitador Judicial:
SERTA
“a
af dane cr É@@@ 1 @@@
no om
Os dias 1, de Todos os Santos
e2, de Finados, foram particu-
larmente assinalados, na Sertã,
pelas inúmeras visitas feitas ao
cemitério, espargindo-se sôbre al-
gumas campas milhares e milha
res de lindas flores, orvalha-
das ir lágrimas de profunda
saiidade pelos mortos queridos
No dia 2 celebraram-se mui-
tas mussas na Igreja Matriz,
igreja da Misericórdia e capelas,
tóias extraordinariamente con-
corridas.
* x
“Vo passado domingo, dia de
Cristo-Rei, promoveram as Se-
mivras da Acção Cátólica e os
« stros núcleos católicos da Sertã,
muia sessão solene na sua sede,
tendo feito interessantissimas con-
Jerências as sr: D. Emilia Ba-
ruta—«Missão da Acção Catolica».
D. Maria Emilia Bártolo -«Re-
lutório dos trabalhos da Jic»,
1). Albertina Lima da Silva—;
«A esposa e a mãi no lar cris-
tio»; D. Maria de Lourdes Ser-
sano— «Relatório dos trabalhos
da Jaco»; D. Julia Moura e Costa
—«Relatorio dos trabalhos da Li-
ga»; D. Maria José Corrêa e Sil-
va—«Preparação cristã para a
vida familiar». O sr. António
N. S.Campino, secretário da Joc,
versou sôbre «Os rapazes de hoje
eranteo problema do lar cristão».
«4 sessão despertou grande in-
terêsse e foi, por isso, muito con-
corrida
A” noite, as Senhoras da Acção
Catolica de Sernanhe do Bom-
jardim, levaram ali no Teatro
Taborda, a efeito, uma sessão co-
memorativa do dia, a que assis-
tiu muita gente, vendo-se bastan-
«tes Senhoras da Sertã.
;
1 * *
Com o concurso da Filarmoni-
ca União Sertuginense, tem logar
amanhã, na Codeceira, a festa
de Sant’Tago.
* *
Foi nomeado agente da Junta
Nacional do Vinho no concelho
da Sertã, em substituição do sr.
João Esteves, o sr. Demétrio da
Silva Carvalho.
* *
Após a realização das ultimas
manobras militares, regressaram
todos os reservistas da classe de
1935 do nosso concelho, tltima-
mente convocados,
* *
No Hospital local foi operado,
no dia 25, pelo sr. dr. Angelo
Vidigal, auxiliado pelos seus co-
legas srs. «rs. Corrêa e Lucas, a
uma osteo-miolite, um rapaz de
t2 anos, natural de Pedrógão
Pequeno.
“4 operação decorreu satisfa-
tóriamente.
fBOBoODOaago cacos o ocaDao J00000000000
Sopa dos Pobres
Movimento de Setembro
RECEITA : Cotas da Ca-
mara Municipal, Administra-
ão do Concelho e diversas,
800; Pôsto da G. N. R,
10800; soma 450800, Géneros:
diversas porções de hortali-
cas,
DESPESA: Distribuição de
sopa a 45 indigentes, 1,0358920.
A Direcção agradece, mui-
to reconhecida, em nome dos
pobrezinhos. =
f00000000000 pcoonshndete Soo coonea
Francisco de Matos Gomes
Foi colocado como profes-
sor primário em Antanhol
(arredores de Coimbra), êste
nosso amigo, a quem endere-
gamos cumprimentos e as
COMARCA DA SERT’A
elama com apêlos de energia que tudo se pode
conseguir dos próprios interessados, dispos-
tos a conquistar pela organização de bons
vizinhos, o benefício desejado e necessário.
No primeiro caso, teriam as Juntas de
Freguesia, os Municipios, as Juntas de Pro-
vincia, ou o Estado, o dever de custear a
assistência médica, é o critêrio antigo. ainda
hoje em vigôr; no segundo caso, as Miseri-
córdias, os Centros de Saúde, ou as Casas do
Povo, organizariam pot sua conta e inicia-
tiva, a assistência e a higiene da localidade,
e êste critério aspira a ser uma solução
actual e-de futuro.
Manifestamente, a tendência admistrati-
va procura deslocar o eixo da assistência
médica do município para a freguesia, agre-
gado de familias, células da Nação. Mas te-
rã a freguesia capacidade realizadora, onde
o município falhou ou foi insuficiente ?!
A! luz dum exclusivismo teórico, levaria
algum tempo e muito espaço a discussão das
vantagens e desvantagens de cada uma
dus soluções, discussão inútil, dalo que as
circunstâncias variam de logar para logar e
ora aconselham uma, ora impõem n outra, ora
a colaboraçãs dos esforços oficiais côm os
particulares.
Onde não há assistência médica, é pre-
preciso criá-la, sem perder de vistaa geo-
grafia populacional, — eis o facto que sz não
compadece com discussões bisantinas.
Médicos não faltam, mas como se não
vive de ar e a capacidade económica da po-
pulação dos campos é reduzida, deve asso-
ciar-se o estimulo das antarquias locais do
Estado à contribuição dos próprios interessa-
dos, de sorie que onde esta seja escassa, os
subsídios oficiais a substituam ou completem.
Cremos a tal respeito que se tem abusado
da precária situação de alguns médicos, for-
çados pela lei da vida a suportar situações
irrisórias e esta é também outra das muitas
formas de iludir a realidade, pois convém
a todos uma base estável e reciproca de
a Sr
Assistência médica ás populações rurais
(Continuação da 1.º página)
compensações e um nivel profissional de le-
gitimo prestigio da profissão médica.
Onde se possa organizar o Centro de
Saúde, a Misericórdia, ou a Casa do Povo,
não hà desculpa alguma para protelar uma
situação de selvageria e deshumanidade, ex-
pressa na falta da máis elementar e essen-
cial defêsa da saúde e da vida.
Por vezes, faltam os necessários recur-
sos da população, embora haja os organiza-
dores.
Não raramente. as pessoas gradas da
terra transformam os interrêsses colectivos
em motivos de quesilia pessoal, ou familiar,
combatendo as iniciativas que não assoprem
a sua vaidade, por mal disfarçado egoismo,
por mal entendida comodidade, ou pór ve-
lhos e reciprocos azedumes. Na feira das vui-
dades se erguem, também, edificios que o
tempo faz ruir em certo perióde e acentuam
a rotina, ou o desalento.
O grande espirito que animou as Mise-
ricórdias, no século de quinhentos, revestia-se
dos atributos da maior das virtudes, a caridade,
para seguir como para um: santa cruza-
da de obras, não sô espirituais, como tem-
porais e assim estas magnificas instituições
da assistência portuguesa atravessaram cin-
co séculos, resistindo à boa e à mà sorte, e
chegaram aos nossos dias com a envergadu-
ra moral e necessária para abrigar, sob a
sua bandeira de puras glórias, todos os an-
seios de bondade susceptiveis de remediar os
males da gente humilde, infeliz e necessi-
tada.
Nesta organização tradicional, nos atri-
butos dos Centros de Saúde, ou no moderno
dinamismo das Casas do Povo, devem pois
convergir os esforços daqueles que se aba-
lancem à nobilissma emprêsa de dotar as
suas terras da necessária assistêncie médica,
através dum organismo de extrema simpli-
cidade que é o Posto de Socorros da fre-
guesia.
AGSIDENTES
Nas minas de wolfrâmio do
Cavalo, concelho de Oleiros,
Casamentos
Após o registo civilem ca-
nha, residentes em Lisboa e
por parte do noivo, sua irmã
sr? D. Maria José Correia e
Silva, residente na Sertãe o
deu-se na 6.º. feira, 28, um de-
sastre de certa gravidade: o
operário Manuel Lourenço
Barbosa, de 17 anos, atingido
pela correia de uma mâqui-
na, foi guindado para o vo-
lante, onde ficou dependura-
do; para o tirar tornou-se
preciso parar o motor.
O pobre rapaz sofreu frac-
tura completa do maxilar in-
ferior, parcial do superior,
arrancamento de alguns
dentes e de pedaços de teci-
dos de uma perna e fractura
de um braço, O sr. dr. Acà-
cio Barata Lima, médico de
Oleiros, fez-lhe uns pensos e
transportou-o para o hospi-
tal local, tendo resolvido, de
acordô com o sr. dr. Angelo
Vidigal, enviá-lo para Lisboa,
ficando internado no posto
de socorros da Companhia
de Seguros «A Mundial».
* *
Em Vale Godinho, fregue-
sia do Marmeleiro, no passa-
do sábado caiu para um poço,
quando andava a brincar
numa propriedade de seus
pais, Emidio Cardoso e Ma-
ria Cardoso, o menor de 6
anos, José Cardoso, tragédia
que os progenitores não pre-
senciaram; quando mais tar-
de, deram pela falta do pe-
queno e o retiraram do poço,
jà êle era cadáver.
Com as crirnças tôdos os
cuidados são poucos e à im-
previdência dos país se deve
o maior número de desastres,
SoGosapooaDo cosas s non ans noaraooanoo
Alberto Carlos Neves de Oliveira
Foi promovido, definitiva-
mente, na escola de Logoa-
ça (Freixo de Espada-a-Cin-
ta), o nosso presado amigo e
assinante sr, Alberto Carlos
Neves de Oliveira.
As nossas felicitações.
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
melhores felicitações,
de Castelo Branco
sa dos pais da noiva, realizou-
se no dia 2 do mês de Outu-
bro, na igreja de S. Vicente
de Fóra, em Lisboa, o enlace
matrimonial da sr.* D. Maria
do Carmo Santos, professora
oficial, em Merceana, com o
sr. Alvaro Maria de Almeida,
industrial de Tipografia. Pa-
ninfaram o acto, por parte da
noiva, seu pai e a sr.* D. Ma-
ria Amélia Bairros e por par-
te do noivo, a sr.* D. Izaura
Fragoso e o sr. Antônio Fi-
gueira. Serviramde damas de
honor, mademoiselles Maria
Liliete Carvalhosa e Laura
Santos.
De caudatários, o menino
João Manoel Nunes de Almei-
da, que foi também quem con-
duziu as alianças, e a menina
Maria Helena Fortuna.
Em seguida toi servido em
casa dos pais da noiva um
fino copo d’agua, fornecido
pela Pastelaria Tavares, no
fim do qual os noivos parti-
ram em viagem de núpcias.
Na corbeille viam-se bonitas e
valiosas prendas,
* *
Na igreja paroquial de Alhan-
dra, e após o acto civilem casa
dos pais da noiva, celebrou-
se, no passado dia 18,0 en-
lace matrimonial da sr? D.|
Maria Ilda Gameiro de Almei-
da, natural de Almeirim, filha
da sr* D, Rufina Margarida
Freire Gameiro de Almeida e
do sr. Eduardo Barata de Al-
meida, Chefe da Contabilida-
de da Emprêsa Nacional de
Penteação de Lãs, residentes
na Alhandra, com o Sr. Dr.
José Barata Correia e Silva,
notário em Tómar, irmão do
nosso Director, filho da sr.
D. Ifigénia Neves Correia e
Silva, residente na Sertã e do
sr. Eduardo Barata Correia e
Silva, já falecido,
Foram padrinhos, por par-
te da noiva, a sr* D, Maria
de Ascenção Marques Dejean
eo sr. José Augusto do Ama-
ral Frazão de Vasconcelos, 1.º
oficial do Ministério da Mari=
sr. dr. Antônio Augusto de
Mendonça David, residente
em alvaro, representado pelo
irmão do noivo, cngenheiro
sr. Joaquim Barata Correia,
Director das Estradas d» Dis-
trito de Faro. F i celebrante
o Rev.” Cônego Antônio Mar-
tins da Silva, amigo dos pais
da noiva, que, no fim, profe-
riu uma brilhante alocução.
Em seguida houve missa; no
côro fez-se ouvir um grupo de
senhoras, amigas da noiva,
com acompanhamento a ór-
gão pela sr* D. Leopoldina
Soares, que tocou, também,
uma marcha nupcial,
Foram damas de honor as
as sr.“ D. Otilia Roque Ga-
meiro de Almeida, irmã da
noiva, D. Maria Manuela Car-
mo Botto, D. Maria Estela dos
Santos Falcão, de Alhandra
e D. Luciana Luiza de Albu-
querque Wuillaume, de Lis-
boa, Conduzia as alianças a
menina Efigênia de Oliveira
Barata, sobrinha do noivo.
Terminadas as cerimónias
religiosas, foi servido um fi-
nissimo copo de àgua, forne-
cido pela pastelaria Ferrari,
de Lisboa, em casa dos pais
da noiva, a que assistiram
cerca de sessenta convivas,
trocando-se afectuosissimos
brindes pelas ventúras dos
nubentes e de seus pais, pon-
do-se em relêvo as qualida-
des de carâcter e coração que
os exornam,
Na corbeille via-se grande
número de prendas de finis-
simo gosto e alto valor,
Os noivos fixam residência
em Tomar,
* a
Aos dois novos casais ape-
tece «A Comarca da Sertã» as
Rato felicidades, a que têm
ús.
RR
Todo o Beirão
deve ler 8 propagar
A Comarca da Sertã
Faia ta Di
Casamento (Continuação)
Na povoação da Herdade (Ser
tã) os padrinhos do casamen.
to dão dos noivos o frete, que
consta de uma cabeça de ga-
do, 3 quilos de arrôs, 5 páis
de trigo e bôlos e outros gê-
neros.
Seo padrinho é de uma casa
e a madrinha de outra, cada
um dàã metade do frete, que
os noivos retribuem, depois
do casamento, com metade,
pouco mais ou menos, do que
receberam.
Antes du cerimónia nupçial
tem lugar o almoço em casa
de um dos noivos e, depois da
cerimonia nupcial, o jantar
em casa do noivo.
A”saida da egreja e a partir
desta até à residencia dos ny-
bentes juntam-se muitas pes-
soas com bandejas e acafates
cheios de flores que atiram so-
bre os espósados e convidados,
manisfestação que os padri-
nhos retribuem distribuindo
dinheiro,
No primeiro domingo depois
do casamento, os noivos vão
obrigatóriamente à missa e
os padrinhos mandam a casa
deles a visita, generos de casa
como: trigo, azeite ou milho,
— Na povoação da Codecei-
ra (Sertã) os noivos ficam a
viver em casa dos sogros, 0
genro ou a nora não entram
naquela sem ajoeslharam à
porta e pedirem licença para
entrarem. Os sogros vêm re
cebê-los, pegam-lhes nas mãos
e dão a licença pedida,
— Em Esculos de Baixo,
os padrinhos vão, no dia ime-
diato ao do casamento, buscar
os noivos para os acompa-
nhar à missa porque devem ir
|à igreja antes que a qualquer
outra parte.
Igualmente em Escalos de
Baixo, se alguma rapariga
casa para fóra (com rapaz de
outra povoação) o acompa-
nhamento só pode sair depois
de os seus componentes sees-
portularem porque as ruas
estão airavessadas com ditas
e cordões de ouro.
Na freguesia do Castelo (Ser-
tã) ós padrinhos e os couvidas
dos de um casamento voltam
areunir-se no domingo imedia ,
to em casa dos noivos, onde
comem e bebem, acompanha»
do-os á missa. (Continua)
JAIME LOPES DIAS
G00D0D 0000 0a canoa Do anDo cocongononoa
Armisticio
Em 11 de Novembro de
1918, após 4 anos de lutas hor
rorosas, em que perderam à
vida milhões de sêres hu
manos e consumada uma obra
de destruição brutal, que
arrazou a Europa, foi combi-
nado o armistício entre as pô
tencias beligerantes, assinan-
do o tratado de Versalhes em
28 de Junho de 1919, precisãr
mente o dia do aniversário
do atentado de Seravejo; assi-
naram-no 28 nações.
Dêsse tratado de paz, que
os vencidos e alguns vem
cedores consideram agora
monstruoso, ressurgiu a Pô
lónia, desapareceu a artifício
do império Austro-Hungaro
para dar logar a uma Gran-
de Sérvia — Yugo Estévia
à república da Tcheco-ÉS! a
vâquia, agora esfacelada pe
voracidade dos vizinhos, &
satisfação do irredentismo
romaico e italiano. À rea
reconquistou a Alsácia é
Lorena. “A Alemanha ficou
sem as suas colônias, Ger
sua esquadra e sem o prestiB”,
da sua força invencivel. E
anos bastaram para esta Di
perar quási todo o perdi
Portugal assegurou à Pos
se do seu domínio colonial. E
os germanófilos eram de e
nião que não deviamos É
trar no conflito; para Ear
honra eo futuro da Pát
nada representavam.esentavam.