A Comarca da Sertã nº116 12-11-1938

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Eoluando DParata ota Tilva CQeia
= REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
UA SERPA PINTO-SERTA!
PUBLICA-SE
Aos sSAaBADOS
A Câmara Muniripal da
» Sertã resolveu, em ses-
ão de 28 de Setembro, associar-
2 com entusiasmo à celebração
Centenários da Fundação da
Vacionalidade e Independência da
Deverá constituir-se na Sertã
“uma Comissão Organizadora das
omemorações a levar a efeito,
wmada inicialmente por um re-
resentante da Câmara, por um
resentante de cada uma das
[ssociações de Recreio da Sertã,
or um representante dêste sema
jo e por um membro do cle-
É sta Comissão ficará com po-
“deres para definir a constituição
Comissão definitiva, e decidr
se as freguesias nela terão re-
ntação ou se até deverão
tituiy-se sub-comissões, quan-
a sua importância o exija ou
factos históricos aí passados o
elhem,
ora
Re o analfabetismo imbera
ainda no nosso país
o verdadeiro cancro social, a
ão é, sobretudo, a que já tive
asião de afirmar nêste debate
falta de dinheiro, falta de
» falta de escolas, falta de
ofessores.
Nunca se encarou o problema
o carinho eo interêsse que
exige, Há por êsse país fora
líssimas areas, inúmeras po-
ções onde não existe uma es-
ola. Há pais que querem man-
dar os filhos à escola e não as
para vs educar. Há escolas,
tem havido escolas onde a den-
dade de alunos ultrapassa, já
digo o que as regras da Pe-
gogia impõem, mas até o que
anamente se pode admitir do
Sfôrço e acção de um professor.
=E se os alunos não apren-
“não é porque o professor os
andone para cuidar do reduzi-
número que leva a exame,
porque se torna humana
le impossivel distribuir a sua
pelo triplo ou quádruplo
“alunos que se encontram
j escola e que deveriam
buídos por outras tantas
existissem,
sta é que é a grande causa
belismo entre nós».
ações justas, que me-
melhor ponderação, ex-
pelo sr. Comandante
“Nova Sertã”
DR. JOSÉ
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL!
|
ANTONIO BARATA E SILVA :
BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA oa SILVA CORREA
1
Mercado novo em
ÃO é positivamente sôbre o res-
surgimento da «Nova Sertã» de
que hoje venho «pontificar», em-
bora a epigrafe seja a mesma de
sempre, mas sim do local es-
clhidó para o novo Mercado, e sempre que
se pensa em edificações novas e em locais
que prejudiquem ou atrazem a futura urba-
nização da nosssa terra, acudirei com as mi-
nhas considerações, aliás justas e sinceras,
impulsionado pelo muito amor que dedico
à Terra que acarinhou o meu berço, velando
pela minha infância, quando aos 7 anos de
idade o Destino tão bruscamente me envol-
veu no manto da dupla orfandade!
Entrando própriamente no assunto, do
local escolhido para o novo Mercad’ a cons-
truir sobre a Ribeira Pequena, devo confes-
sar ser o melhor de todos, reiinindo em
parte boas condições e de espaço relativa-
mente adequado,
Mas, sendo em cimento armado como
estã estabelecido fazer-se, com êste material,
também o mesmo se poderia construir sôbre
o Vale de S. Pedro, ligando o Adro da Igre-
ja Matriz com a Portela, e com duas ruas
laterais que os peões utilizariam depois do
mercado encerrado. Se o actual mercado, fôs-
se convenientemente desaterrado e nivelado
com as ruas que o circundam, também em
cimento armado, se poderia construir um
andar superior, ficando em baixo ou em
cima a venda do peixe, mas assim como es-
tã, é impossivel pensar em tais modificações,
porque a sua exagerada altura, mais iria
devassar e contrariar os moradores dos pré-
dios que lhe ficam próximos.
Mas todos êstes locais, conquanto pare-
çam serem os melhores, principalmente, o
primeiro, nenhum dêles deve ser aproveitado
para o mercado em projecto,
Quem tenha percorrido o nosso Pais,
deve ter notado, que todos os mercados estão
mais ou menos próximos dos respectivos
Paços do Concelho, e o nosso a ser construído
à entrada da vila, constituium aleijão jámais
irreparável, ficando os Paços do Concelho
e q Mercado nos extremos opostos da nossa
terra !
Não deverà ser assim e não será assim,..
A Sertã, pela sua posição geográfica, en-
contra-se no centro do Pais, metida numa
cova, apertada entre duas ribeiras que se jun-
tam a seus pés, e o mercado a ser construi-
do sôbre uma dus ribeiras torna-se ainda
mais frio, passando-lhe por debaixo, inva-
riavelmente no inverno, um cuudaloso «ta-
pête» de água, de que os vendedores se
terão de resguardar da humidade e do frio,
recavendo-se da clássica brazeira, e o con-
junto de tantas brazeiras, há-de com certeza
dar ao Mercado uma temperatura muito
mais elevada do que aquela que s2 experi-
menta à saída dêsse edifício. Nos dias de cer-
rado nevoeiro e muito principalmente sôbre
novos arruamentos
a ribeira, êsses nevoeiros tornar-seião mais
intensos, e ocasiões haverá que para ali se
poder entrar, teremos de andar de candeia
ou lanterna na mão para não esbarrarmôós
com os transeuntes que caminham em sen-
tido contrário, Se vamos desprovidos de luz,
andaremos fatalmente às apalpadelas, de
braços abertos, como no jogo da «cabra-cega»
e no perigo iminente de recebermos o «cho- |
que» duma moçoila daquelas qre nada de-
vem à formosura, e o desfecho de tudo isto,
pode ser mais um casamento pouco tempo
depois. Mas pode também o caso ser inver- |
so, irmos de encontro a uma mulher de
avançada idade e rabujenta, daquelas de «ca-
belo na venta»; então o caso seria mais sério,
deitaria rápidamente a mão ao chinelo, e de
resto já os leitores sabem o que é um tam-
bor numa festa.
No verão, O caso é menos engraçado e
mais desolador: a ribeira sem água, não
correndo sequer um fio, que possa matar a
sêde a uma formiga, vendo-se aqui e alêm
uma ou duas póças, o máximo, onde nelas
estão águas estagnadas, e lavando-se roupa
na àgua suja! Mais acima ou mais abaixo,
não é raro vêrmos também um gato, ou um
cão, em verdadeiro estado de decomposição,
coberto de vermes, onde moscas e insectos
pousam para depois subirem ao mercado,
contaminando as carnes e peixe fresco em
exposição que vemos comprar.
Não pode ser, Precisamos dum mercado
lavado, batido pelo sol e pelo vento, o que
não acontecerá se for feito na Avenida Bai-
ma de Bastos, metido entre dois cabeços, que
lhe tira uma e outra coisa, a salubridade e
higiene, consegiiências de perigos já apon-
tados e, repito, de inverno, principalmente,
pelo intenso calor de brazeivras, quem dali
sair e não se acautelar, ao experimentar a
baixa temperatura que encontrará cá fóra,
cairá numa gripe ou numa pneumonia, e
então para milhares de gripados, serão pou-
Hebdomaiário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; € treguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação )
!
Composto E Impress’
NA
|BRAFICA-DA SERTA
| Largo do Chafariz
SERTÃ |
12
Novembro
1938
7 TS
..a lápis
Ea hã muito que o nosso
estimado Corresponden-
te do Castelo, pessoa digna de to-
do o crédito-e da mnior conside-
ração, incapaz de praticar uma
falsidade, vem brotestando cons-
tante e energicamente contra o
facto de a Junta e do professor
daquela freguesia incluirem in-
devidamente na área da escola
do Castelo as povoações da Pó-
voa de Ribeira Cerdeira, Arnoia
e Ribeira Velha, com o funda-
mento compreensivel e racional
que não merece contestação, de
as citadas bovoações ficarem u
menor distância da estola do
Mourisco, pertencente à mesma
freguesia, Assim, a primeira
citada, dista 3000” do Castelo e
1500” do Mourisco; a segunda,
2500″ e 1300″ e à última, q.000″
e 2.000”, respeciivamente,
Os pais das crianças dos pefe-
ridos logares discordam em abso-
luto de tal medida que as preju-
dica, não só por uma mais longa
e desnecessária distância que as
forçam a bercorrer, mas também
porque, assim, sofrem com maior
rigor as inclemências da época
invernosa, com uma elevada e
consegiiente perda de tempo, sem-
bre apreciável.
«lega-se, segundo parece, que
a escola do Mourisco não está
em condições de receber os alunos
daquelas povoações! Isto é que
ninguém consegue perceber; Se
assim é, porque seincluiuna área
do Mourisco a povoação de Al.
deia da Metade, da freguesia do
Carvalhal e, por conseguinte, de
uma freguesia diferente?
cos os muitos hospitais e cemitérios que se
construam para a população sertaginense.
As entidades da nossa terra, que supe-
rintendem nos serviços de saúde e higiene,
agirão mais uma vez a bem da humanidade,
como tantas vezes o fazem com a sua perícia
e dedicação para salvar vidas nas operações |
em que são Mestres, condenando o local sô-
bre a Ribeira pelos perigos de consequências
desagradáveis, fazendo simultaneamente res-
surgir as terraplenagens de Santo António,
donde se disfruta o muis lindo panorama da
nossa terra, para, em novos arruamentos,
ser então construido o Mercado da «Nova
Sertã».
Lisboa, Agosto de 1938.
ANTONIO DAMAS D’OLIVEIRA
Morna, na Assembleia
Dr. Jaime Lopes Dias
Esteve na Sertão nosso dis-
tinto colaborador e director
dos Servicos Centrais da Cà-
mara Municipal de Lisboa,
er, dr, Jaime Lopes, tendo
percortido e visitado algu-
mas povoações das fregue-
sias próximas, aonde, assim
como na Sertã e Capela da
Senhora dos Remédios, colheu
elementos e dados interessan-
tissimos para a sua preciosa
obra «Etnografia da Beira»,
Instrução
‘ Foram criados cursos noc-
turnos: em Sobrainho, fre-
guesia do Alvito e nas Casás
do Povo de Orvalho e Sobrei-
ra Formosa,
Para o assunto, que merece ser:
estudado e resolvido com justiça,
chamamos a atesção do sr. Dele
gado-Escolar do concelho, con-
fiundo, em absoluto, no seu crité=
rio.
omega
O posto escolar do Trizio
deixou de funcionar por
falta de casa brópria, tendo a re-
gente de ioades! a transferência
para as Pombas.
E aqui está em que deu o de-
sejo e a insistência da freguesia
de Palhais na criação dum pos-
to, agora sem existência prática.
Parece-nos que os postos esco-
lares só devem se pedidos quan-
do as povoações dispõem de casa
nas comlições necessárias para a
sua instalação.
TARA
EE anúncio publi-
cado no passado múme-
ro, encontra-se aberto concurso,
por espaço de trinta dias, a con-
tar de 2 do corrente, para o pro
vimento do cargo de facultativo
municipal do partido c
tem Sernache = onfacohe = onfaco@@@ 1 @@@
(1? Publicação) ?
* Por este se anuncia que no
“dia 4 do próximo mês de De-
“zembro, por 12 horas, à pórta
do Y’ribunal Judicial desta co-
marca se há-de proceder à ar-
remataçãoem hasta pública
dos prédios a seguir designa-
“ dos e pelo maior preço que for
ofe.ecido acima dos valores
respectivamente indicados.
PREDIOS
– 1º Terra com oliveiras, à
Lomba do Coelho, a Fundeira.
Vai pela primeira vez à pra-
ca no valor de seiscentos escu-
dos —600$00.
2.º Um prédio rústico que se
compõe deuma terra de cul-
tara com castanheiros, no si-
tio denominado a Quinta No-
va, limite do Figueiredo, Vai
pela primeira vez à praça no
vulor de oitenta escudos-
80800.
3.º Um prédio rústico que
se compõe de uma terra de
cultura com oliveiras e videi-
“ras, no Cabeço doVale Lon-
go, limte do Figuéiredo. Vai
pela primeira vez à praça
no valor de cincoenta escudos
— 50800.
hº Um prédio urbano que
se compõe de uma casa de al-
tos e baixos, lageado e peque-
no quintal com três oliveiras
e respectiva parte de estru-
meira a dividir pelo meio da
rua, situado no logar do Fi-
geirêdo. Vai pela primeira vez
à praça no valor de cem escu-
dos—100$00, Estes bens perten-
cem a Josê Luiz de Carvalho,
demente internado na Casa
de Saúde de S. João de Deus,
em Barcelos, que os, herdou
de seus pais, João Luiz e Maria
‘ de Jesus, falecidos, moradores
q que foram no logar e freguesia
‘uo Figueiredo desta comarca.
A cargo dos arrematantes fi-
cará o paga nento da sisa por
inteiro. São por este citados
quaisquer credores incertos
para assistirem á arrematação
neste anunciada.
Sertã, 5 de Novembro de 1938.
Verifiquei
O Juiz Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int.”,
Armando António da Silva
ANUNCIO
(2º publicação)
Por este se anuncia que no
dia 13 do próximo mês de No-
“vembro, por 12 horas, à porta
‘dy Tribunal Judicial desta co-
marca se há-de proceder à ar-
rematação em hasta publica
do predio a seguir designado
e pelo maior preço que for ofe-
recido acima do valor indica-
do,
PRÉDIO
Uma cusá de habitação com
rez do chãoe primeiro andar,
sita na rua do Fundão, vila
de Pedrogão Pequeno. Vai
(2* Publicação)
Por este se anuncia que no
dia treze do proximo mês de
Novembro, por doze horas, à
porta do Tribunal Judicial
desta Comarca da Sertã se
há-de proceder à arrematação
em hasta publica dos prédios
a seguir designados pelo
maior lanço oferecido.
PREDIOS
1,º —- Uma terra com olivei-
ras, no Vale da Barroca, limi-
te do Pucariço. Vai pela ter-
ceira vez á praça por qual
quer valor.
2º—Uma terra com olivei-
ras no Vale da Barroca, limi-
te do Pucaricó. Vai pela ter-
ceira vez à praça por qual-
quer valor.
3º—Uma terra de cultivo,
com oliveiras, na Ponte Sal-
gada. limite do Pucarico. Vai
pela terceira vez à praça por
qualguer valor
4º—Uma terra de cultivo
no sitio da Ribeira da Figuei-
ra, limite do Pucariço. Vai
pela terceira vez à praça por
qualquer valor. 1
Penhorados na execução por
custas e selos em que são 2xe-
quente o Digno Agente doMi-
nisterio Publico, e executados,
João Diogo Junior e mulher
Prazeres Ribeiro, proprieta-
rios, do lugar do Pucariço,
freguesia de Sobreira For-
mosa.
São por este citados quais
quer crédores incertos pars
assistirem à arrematação nes
te anunciada.
Sertã, 25 de Outnbro de
1938.
Verifiquei.
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe 2.º Secção,
Angelo Soures Bastos
pela primeira vez à praça no
valor de quatro centos escu-
dos-400$00
Penhorados na execução fis
cal administrativa em que
são exequente à Fazenda Na-
cional e executados Maria de
Jesus, Herminio de Jesus, e
Matilde de Jesus.
São por este citados quais-
quer credores incertos para
assistirem à arrematação.
Declara-se para os devidos
efeitos de que a sisa é paga
por inteiro pelo arrematante.
Verifiquei É
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O chefe da2.º secção,
Angelo Bastos
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(2.º publicação)
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e a ;
Te
H. M.!
No dia 16 do proximo mez de E a 3.90) É : r
Novembro, pelas 12 horas, no o SE Ns | a nr sato Ro
Tribunal Judicial desta comarca, e Ê a Dad Sa Coaa
se há-de proceder ao julgamento Saída 9-20/ E penta
do reu dao Tomaz, de 40 » Pernes 10-00 4 g g sao
anos, casado, moleiro, filho de sas as! Sera
Tomaz António e de Margarida a Ra 0 = | j gata
de Jesus, natural do Outeiro da a Tomar 11-20; o Ferreira do Zezeré
Tagado, pru a Sertã, e do- » Ferreira do Zezere 11-00 a a
miciliado no logar da Mouta Fun- » S 2.001 om
deira, freguesia do Nesperal, des- É Ro Ega a Torres Nata
ta comarca, ausente em parte in- e Sertã 13-204 E Llosa
certa, acusado do crime previsto Saida 14-00, A E a
e punido pelo n.º 1 do artº 360 » Cestei 3-055 o aa
do Código Penal, sendo por êste mr ca a E k Dê Vila Praca
meio notificado o mesmo réu para : na sento e oa
comparecer no mesmo dia, hora e
local.
Sertã, 29 de Outubro de 1938.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
2O Chefe da 3.º secção, int.º,
não
Armando António da Silva
Desde de 1 de Junho
a á H MN)
Gomunica aos Ex.” olientas que desde o dia 17 de Maio iniciou, aos DOMINGOS & 2.º FEIRAS
uma nova carreira, além da que já está estabelecida entre Lisboa — Alvaro € vice versa
AOS DOMINGOS
1 ÁS SEGUNDAS FEIRAS
HM,
15-40
15:50
16.55
17:30
11:50
18-00
18-55
19-00
1940
20-25
9100
Er
2240
2340
+10
Foram estes horários estabelecidas de harmonia com as necessidades da região, ele
teixando de utilizar os seus carros.
a
tando assim um menor dispendio de tempo às pessoas que os seus afazeres chamam à Gap
tal, pelo que esta Companhia espera que os seus elientos correspondam a mais esta vantagem,
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t ao aa
ARA
“Companhia Elecírica das Beiras
Escritórios e Oficinas
LOUSAN
Concessionária do aproveitamento Hidro-Helectrico do Rio Pampilhosa, em construção
(Decreto de 27 de Outubro de 1938-—D.º G. 2º Série n.º 249)
ISTICAS DO APROVEITAMENTO: altura da Barragem: 75 metros: Capacidade da albufeira: 4 milhões de
(SA RL)
metros cúbicos — Altura da queda de àgua: 327 metros: Fôrça Industrial durante o Verão: — 32,000 HP.
O maior aproveitamento Hidro-Electrico Português á
BREVEMENTE SERÁ ANUNCIADA A EMISSÃO DE ACÇÕES PAR M
A A CONCLUSÃ S
ENVIA-SE O ESTUDO DO APROVEITAMENTO PELO ENGENHEIRO AGOSTINHO e tunas.
RG Amara
Central de Santa Luzia
PAMPILHOSA DA SERRA
Edo, sm SERRA
Edo, sm@@@ 1 @@@
é
-» COMARCA DA SERTA’
fenários da Fundação e Res-
fnuração da Nacionalidade
o programa das comemora-
em 1940, no nosso concelho ?
A Senhor RR de «A
“Comarca da Sertã».
O endeço a V… o favor
* jmerecido de me confundir en-
fre os seus melhores colabo-
radores.
* Qutrossim pede-me V… para
” que lhe apresente alvitres,
* ideias au sugestões que bem
ossâm ser aproveitadas pa-
ra celebrar as comemorações
* centenárias que o Império
Português deverá realizar em
1940.
O curto espaço de tempo
que V… me concede é algo
apertado, e ainda mais, se
considerarmos o pouco tempo
“que tenho disponivel, além
das minhas obrigações ofi-
ciuis.
Mas também não quero
deixar de aceder a um pedi
“do de um amigo — no núme-
ra dos quuis conto V…—e
até mesmo porque essas ce-
lebrações a realizar, desper-
taram-me, logo de inicio, o
meu grance entusiasmo por
coisas que falem dos feitos
dos nossos antepassados, das
páginas de ouroda nossa his-
fória, que é, sem dúvida, a
primeira do mundo.
* E cômodo responder sem re-
* flectir; dã ao cerebro pouco
trabalho e às vezes faz-se boa
figura, porque se responde
de-pressa,
O peor é quando se erra!
assim também hà quem
idealize um máãgnifico plano
cheio de optimismos e de
agradabilidades, e que não
veja as consequências funes-
tas que dai podem advir, ou
elo menos a sua impratica-
lidade, mercê de circunstão-
cias várias,
Tais são os receios em que
meditei.
“Como, porém, no caso pre-
sente se requere apenas a
apresentaçãa de ideias ou su-
gestões que serão pondera-
das e discutidas, antes de
aprovadas, eis porque me
atrevoa meter a minha hu-
milde opinião em tão ma-
gno assunto.
E’ como trabalho, pedra an-
gular do futuro, com o exem-
lo frutificante da tenacida-
— citando as tradições dos
homens de antanho, colabo-
rando, auxiliando e espalhan-
o as boas intenções de uma
politica de verdade, que tão
Sábiamente tem orientado e
engrandecido os nossos pas-
808 do presente e assegurado
O futuro — que nos anima a
Seguir,
À Provincia da Beira Bai-
xa não pode e não deve faltar
à chamada honrosa que lhe
foi feita.
Tem inúmeras pessoas dota-
das de faculdades intelectuais
inexcediveis e que são de um
oder de organização formi-
ável,
Aproveitem-se todos os es-
forços, conjuguem-se tôdas as
boas vontades e o nosso rin-
Cão provinciano saberá mar-
car o lugar de destaque que
» lhe foi delineado.
Para tal, deviam organizar-se
exposições em tôdas as fregue
sias,
Essas exposições teriam o
Seu centro de interêsse na
a.
Trabalhos escolares deam-
“bos ôs sexos. Exposição de
dutos e alfaias agricolas.
nimais. Usos e costumes.
Indústrias caseiras e outras
Que porventura se exerçam
Freguesia, Fotografias am-
adas com as belezas re-
lonais, templos, escolas, re-
entes a cada Freguesia,
nuguração dos melhora-
lentos levadosa efeito des-
1926. Gráficos onde repen-
lamente se visse o progres-
flfranés da
Comarca
(NOTICIARIO DOS NOSSOS CORRESPONDENTES)
– NESPERAL, 23-Já retiraram hã dias os últimos vera-
niantes que se encontravam nesta aldeia a passar a estação
calmosa, todos se sentindo bem dispostos depois de um re-
pouso tam merecido.
| Como de costume algumas familias se juntaram da ca-
pital que todos os anos vêm visitar e repousar na sua al-
eia,
— Muito satisfeita se encontra a população da nossa
aldeia por ver já 2 escola provida embora com professora
do quadro dos agregados. Maior seria o nosso contentamento
se a vissemos provida com professora efectiva, pois em nada
vinha a prejudicar a ex- professora e melhor seria para os
alunos, Muivo sinceramente apresentamos a sr *D, Ilda Mou-
ra Os nossos cumprimentos de boas vindas, não escondendo
a satisfação com que a recebemos na nossa terra.
Às suas qualidades de trabalho e camaradagem condi-
zem absolutamente com a fama que nos tinha chegado aos
ouvidos há ja bastante tempo, e pena é que não lhe possa-
mos prestar as honenagens que merece,
— Deixou de paroquiar na nossa freguesia o Ex.Dºe
Rev.* Sr. Conego Joaquim Mende-.
Natural do Nesperal, o Rev,” Conego Mendes, depois de
ter sido aqui paroco algum tempo, vai para África donde
voltou anos depois, vindo novamente parequiar a sua fregue-
sia, com bastante sacrifício é certo,
A falta de saude hã pastante tempo que o afligia, im-
pedindo-o de trabalhar como êle desejava: porem, embora
com sacrificio ia-se dedicando à sua freguesia com grande
carinho.
Porem já se sentindo sem forças sua Rev.Zº deixa o
seu logar, que é prometido ao Ex,Mv sr. P,º António Bernar-
o.
Estamos certos que não se arrependerá de tomar êste
encargo, apesar-de ser tambem um grande sacrificio, pois
com a sua residência em Sernache fica obrigado a um gran-
de esforço.
Apresentao povo do Nesperal ao sr. P.º Antônio os
cumprimentos de boas-vindas e votos sinceros para que por
longos anos se demore nesta freguesia . E
ESon
a
VARZEA DOS CAVALEIROS, 25 — Realizou-se n
escola masculina desta freguesia a sessão de propaganda e-
leitoral, presidida pelos Exmos professores José Cameira
Calado « Maria Balbina Bernardo, à qual assistiram, além
de bastante povo, o Regedor, os membros da Junta de Fre-
guesia e Comissão Politica.
Usou da palavra o Ex =º p-ofessor, que em linguagem
clara e reveladora de inteligência pôs em destaque as obras
do Estado Novo, incitando iodos a cumprir o seu dever de
votar, mostrando assim, que concordam com a obra patrio-
tica do Govêrno.
(€.)
E
assos
CARDIGOS, 27 — Faleceu nesta vila osr, Augusto Gre-
gorio Tavares, com 71 anos de idade. Foi um homem hon-
rado, bemquisto e trubalhador e muito considerado.
Era pai dos srs. João Augusto Tavar-s, tesoureiro da
Fazenda Pública em Lisboa; José Maria Tavares, viticultor
e com casa de exportação de Vinhos da região, de Azenhas
do Mar e sogro do sr. Urbano Rodrigues, chefe de redacção
do Diario de Noticias», ír não do sr, Joaquim Gregorio Ta-
vares e cunhado do sr, Joaquim Pires Tavares, de Castelo
Bronco,
O seu enterro foi muito concorrido e là ficou no cem-
tério de Cardigos, ao lado de seu irmão Monsenhor José
Gregório Tavares, um grande e ilustre cardiguense, cuja
memória perdurará na lembrança de todos, e se eternizará
por uma lápide que na igreja matriz comemora a sua bene-
mérita passagem pela terra…
A toda a familia enlutada apresenta a «Comarca da
Sertã» sentidos pêsames,
asSom
Falecimento
CASTELO, 24 — No lugar da Sapeira, faleceu no dia
15 do corrente e fci sepultado no dia imediato no cemitério
desta freguesia o nosso amigo António Vicente Dias, natu-
ral de Janeiro de Baixo, comarca do Fundão, Foi casado
com uma senhora desta freguesia de quem enviuvara há
pouco mais de um ano.
Aqui costumavam vir passar todos os verões até que
retirados de Lisboa, definitivamente, por motivo de doença,
aquise haviam fixado poucos meses antes do falecimento
de sua esposa. Ele, tendo ido muito novo para Lisboa,
ali anguriou algumas economias, que empregou no arrotea-
mento e construção de uma propriedade e residência, que
ultimamente haviam transaccionado e que é hoje proprie-
dade do sr. Jorge Paixão, em Santa Rit
O facto e talvez desgosto de se ver privado da sua
antiga residencia muito deve ter contribuido para lhe agra-
var a sua abalada saude e abreviar-lhe os dias de vida,
Consta que não deixou testamento e que deixara em poder
do sr, José Antunes Antão algum dinheiro e letras no va-
lor de dez mil escudos,
Diversas
Encontra-se completa ) eute restabelecido da grave en-
fermidade que o acometeu, o nosso amigo Francisco Henri-
ques, proprietário do Castelinho. ê É
—Retirou para Lisboa a sr.? D, Mariana Blanco, dilec-
ta filha do nosso amigo Candido Blanco,
Eleições de deputados
CASTELO, 5— Foi muito concorrido o acto eleitoral
reazizado nesta freguesia no dia 30 do mez p. p.
Com o facto nos congratulamos sinceramente pelo que
representa de animador e justo,
Casamento
No Posto do Registo Civil desta freguesia, actualmente
instalado no Casal da Cruz, realizou-se no dia 1 do cor-
rente, pelas 11 horas, o casamento da menina Albertina de
Jesus Pires, com o sr, Joaquim Nunes da Silva, do Casal
do Amaro.
A cerimónia religiosa realizou-se na paroquial do Cas-
telo, sede da freguesia, servindo de padrinhos por parte da
noiva seu irmão Rafuel Pires e sua prima D, Maria de Oli-
veira, representada por sua mãi, e pelo noivo o sr, José
Marcelino Viegas e D. Emilia de Oliveira.
Após êstes actos seguiu-se um luto almoço, na maior
intimidade, em casa da tia dos noivos, a sr.* D. Maria Jau
Salvador,
Acompanhayam os noivos suas irmãs e seus irmãos
David Nunes da Silva, Teofilo, João, António e Joaquim
Nunes Pires, e os srs, Alberto Serrano e Joaquim Andra-
de,
(Cc)
a