Voz do Povo nº19 09-04-1911
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DIRECTOR
Augusto Erodrignes
Administrador
‘ZERPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias |
Certã, 9 de abril de r911
E E
E |
EM
Ni 19:
VD
Assignaturas
Anno…… 19200. Semestre…
Para o Brazil.
Pago adiantadamente
boo rs.
“+++ S90DO réis (fracos)
Não se restituem os originaes
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA.
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprigdade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
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aq ) – É
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
N’outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
PERIODO ELEITORAL
Estão decorrendo em todo o
paiz as varias operações do re-
censeamento político, base da
eleição. Se bem que a lei regula-
dora desses trabalhos não seja
absolutamente perfeita -—o que
não é agora occasião de discu-
tir-—deixa ella comtudo aos ci-
dadãos as precisas garantias pa-
ra fazer valer o seu direito de
voto e de elegibilidade. E? ne-
cessario, porém, que esses cida-
dãos queiram e saibam usar d’es-
sas garantias. Não ha lei, por
mais perfeita que seja, que possa
ir arrancar o individuo á indiffe-
rença em que voluntariamente
se acha mergulhado. Urge, pois,
que todos procurem ter presen-
tes as diversas phases prepara-
torias do recenseamento, a fim
de evitar a falta da sua propria
inscripção ou a dos outros.
Por muito boa vontade de que
disponha a commissão recensea-
dora, não poderá ella fazer um
trabalho perfeito, se lhe faltar a
cooperação voluntaria de todos
Os que se dizem interessar pelo
progredimento civico do nosso
povo.
São pequenos—muito peque-
nos mesmo-—os prasos que a lei
estatue para algumas das mais
importantes operações recensea-
doras. Sabemos que esse facto
foi devido apenas ao sincero e
honesto desejo da parte do Go-
verno para que as eleições se
realisassem dentro do mais bre-
ve lapso de tempo. Por isso é
necessario que à commissão re-
censeadora sejam dispensadas
todas as facilidades a fim de que
o recenseamento venha a repre-
sentar a maior approximação
da verdade.
Ed
Aberto — como de facto se
acha—o periodo eleitoral, carece
o paiz d’uma persistente campa-
nha de propaganda que oriente
o eleitorado, cuja grande massa
não tem infelizmente a sufficien-
te educação.
Sôbre a fórma dessa propa-
ganda é que pódem divergir as
opiniões. Nós entendemos que
nos pequenos meios da provincia
a propaganda deve ser mais so-
cialdo que politica. Procuremos,
antes que tudo formar bons ci-
dadãos; façamos comprehender
ao povo que ninguem tem a pre-
tensão de atacar as suas crenças
=—Pporque a crença, quando ella
é sincera e honesta, é de sua
natureza intangivel; que é elle
que, pela sua educação progres-
siva, pelo seu amor á economia
e á ordem, póde mais contribuir
para a melhoria da sua propria
situação e para a justa acquisi-
ção de mais liberdades á sua
acção que a ignorancia é incom-
pativel com a liberdade e que se
deve perder a convicção em que
todos parecem estar de que nada
se deve esperar do esforço indi-
vidual ou collectivo de nós todos,
mas sim tudo aguardar da libera-
lidade do estado, transformado
assim n’uma segunda providen-
cia! ;
Não deve nem póde esta sa-
lutar propaganda ser feita ape-
nas em comícios e conferencias:
carece de ser feita em todos os
dias, a todas as horas, nos cam-
pos, nas officinas, em. todos os
pontos de reunião. E carece ain-
da mais de ser feita e radicada
no espirito das classes ignorantes
pelo exemplo pratico de todos os
que possuem alguma illustração.
FACTOS E BOATOS
Dr. Augusto Barreto
Com pezar, constou nesta villa
que o illustre governador civil d’es-
te districto seria transferido para o
de Beja.
Muito folgamos que assim não
tivesse succedido. Estamos conven-
cidos que a sua falta, n’este momen-
to se faria sentir bastante, principal-
mente, sendo certo, como é, “que
Ss. ex.º a todos se tem imposto pela
integridade do seu caracter te pela
nobresa do seu procedimento,
DR 60) => ecc
Affonso Costa
Reassumiu as suas funcções de
ministro da Justiça, este illustre es-
tadista, um dos mais brilhantes, se-
não o mais brilhante parlamentar
portuguez.
SSB
Juiz substituto
Foi nomeado substituto do digno
juiz de direito n’esta comarca, o sr.
dr. Antonio Augusto de Mendonça
David, cuja competencia e bello ca-
racter, correspondem ás exigências
do honroso cargo.
=
Registo Civil
Foi nomeado ajudante da reparti-
ção do Registo Civil d’este conce-
lho o sr. Alberto José Ebrhardt.
——SIO0GO€C>—
Commissão Municipal
Pelo Directorio do Partido Repu-
blicano, foi reconhecida a commis-
são municipal politica que neste
concelho foi eleita no dia 11 de Mar-
ço ultimo, :
Caixa Economica
Já se teem realisado algumas ope-
Tações na delegação da caixa eco-
nomica, d’esta villa.
À pouco e pouco a utilidade das
suas funcções, entrará no espírito
de todos.
0 =>
Foi nomeado para official do Re-
gisto Civil no concelho de Salvater-
ra de Magos, O sr. dr. Accacio de
Sande Marinha, nosso patricio, a
quem cumprimentamos.
o
Foiadecretado o primeiro divor-
cio n’esta comarca.
Em virtude da acção em que
eram partes Emilia de Jesus e Pos-
sidonio Nunes, da Fonte da Matta,
foi proferida sentença, julgando pro-
cedente a acção, havendo assim os
conjuges por divorciados,
Rn Mae PRE ct gm
De 1 a 5 do corrente, realisaram-
se na Repartição d’esta villa, 3 regis-
tos de nascimento e 1 de obito,
=-— <3OG9C>————
Era completamente distituida de”
fundamento a noticia, que appare-
ceu nos jornges, de que o parocho
da freguesia d’Alvaro, havia lido a
pastoral collectiva do episcopado,
em contrario das instrucções que
havia recebido do jllustre adminis
trador do concelho.
ETTA NAN A e
Em Coimbra foi ha dias inaugu-
rado o primeiro jardim-escolar, que
se estabeleceu no paiz.
Esta utilissima instituição é devi-
da á iniciativa e aos esforços da be-
nemerita associação das Escolas Mo-
veis João de Deus.
Como se vê é uma das obras
mais meritorias todo o auxilio que
possa dispensar se a esta associação,
e folgamos immenso que seja este
concelho de todos os 4o paiz, o que
mais se distingue na boa vontade e
importancia d’esse auxilio.
CERA De
Pela Camara É
Sessão extravrdinaria de 4 do cor-
rente
Sob a presidencia, do sr. Zephe-
rino Lucas € assistencia dos sis. Cy-
riaco Santos e Henrique Moura, te-
ve logar a reunião extraordinaria da
camara, que fora resolvida em 30
do proximo passado, para conjunta-
mente com os presidentes das jun-
tas de parochia se tratar do regula-
mento do descanço semanal.
Compareceramos presidentes das
juntas de parochia das freguesias
de: Palhaes, Marmeleiro, Cabeçudo,
Nesperal, Cumeada e Certã, não .
comparecendo por motivo de doen-
ça, os das freguesias de: Pedrogam
Pequeno, Varzea e Castello.
Resolvendo-se por unanimidade
que o descanço semanal em todo o
concelho fosse das 3 horas da tar-
de de domingo a egual hora de se-
gunda feira « que se enviasse o res-
pectivo regulamento ás instancias
superiores,
Ho Pelo mundo litterario
Adormecida! …
Como é bellatadurmecida !
Parece estataa cubida
Do pedestal ! :
Como a dormir é formosa !
Parece fragrantejrosa
No seu rosal!
Deixai-m*a ver bem ao perto,
N’aquelle sorrir incerto,
Que tanto diz!
D’este mundo deslembrada,
A dormir tão socegada,
Como é feliz!
Silencio ! deixae-me vel-a !
Como ella é gentil e bella
No seu dormir !
Parece, mesmo dormindo,
Que dos labios vae fugindo
Um seu sorrir !
Paroce um anjo, parece,
Se entre nuvens do céu desce
Sorrindo assim !
Oh! não tem maior belleza
Essa magica lindeza
D’um seraphim.
Minhas lagrimas, cautella !
Deixai-a dormir, que é bella,
Meu coração!…
Seus olhos não desvendados,
Inda mesmo assim cerrados,
Que lindos são !
Nesta languida postura
Mais se exalta a formosura
A realçar !
Que meiguice desenhada
N’esta fronte namorada
Veio raiar |
Arfa-lhe o peito saudoso,
Como ao cysne mavioso
Nºum mar d’anil!
Tem no rosto desenhadas,
Como tem tambem as fadas,
Bellezas mil !
Ai! quem soletrar podera !
Ai! quem nos olhos soubera
Seu fado ler!
Talvez quê se fôra amado,
Fosse menos magoado
O seu viver.
Como é bella adormecida
Parece estatua cahida :
Do pedestal!
Como a dormir é formosa!
Parece fragrante rosa
No seu rosal!
Luiz Augusto Palmeirim.
O acido fosforico e a potassa
na cultura cerealifera
Os effeitos do acido fosforico não
se manifestam á vista de um modo
tão notavel como os do azote, não
são todavia menos reges.
Desde que a uma cultura de ce-
reaes se tenha empregado ou apli-
cado um adubo fosfatado toda a ve-
getação na primavera apresenta se
mais forte e a granação é melhor.
As hastes melhor conformadas
resiste; melhor à acama.
* Lavollée resume da seguinte for-
ma a influencia do acido fosforico:;
Este elemento actua de uma ma-
neira constante, assegurando a mar-
cha normal e rapida do desenvolvi-
mento do trigo elevando considera-
velmente o rendimento em semen-
tes e melhora-lhe a qualidade.
A potassa favorecendo por umendo por um@@@ 1 @@@
mm mm mm 0 1 o 1 e
VOZ DO POVO.
trabalho especial-a formação do ami-
do está por consequencia intima-
mente ligada ao acido fosforico.
Os resultados que em Portugal
teem sido obtidos na cultura cerea-
lifera dispensam-nos o entrarmos
em um longo relato que nos força-
ria a occuparmos muito espaço no
jornal e acabaria por não interessar
ao lavrador a quem muito especial-
mente destinamos estas despreten-
ciosas linhas.
Na nossa pratica temos colhido
resultados magnificos empregando
adubos fosfatados e potassicos nas
culturas do trigo, n’este anno agri-
cola obtivemos resultados admira-
veis.
Empregamos em geral duas sac-
cas de fosfato Thomaz e duas de
Kainite para cada alqueire de pão.
Com esta adubação fornecemos ao
solo não só acido fosforico e potas-
sa como tambem damos ao terreno,
cal, soda, magnesia e ainda outros
diversos elementos, sendo relativa-
mente barata a sua utilisação o que
deve satisfazer tambem aos lavra-
dores.
Cardoso Guedes.
mena e Quim —
Instrucção
Esta palavra encerra em si tudo
o que ha de mais elevado e de mais
encantador para o nosso espirito.
E? a instrucção que ha de reformar
e regenerar a sociedade, fazendo
então passar as palavras tão bellas:
«Amor, Patria e Liberdade» da bo-
ca para o coração.
Um povo será tanto mais feliz
quanto menor for o numero de anal-
phabetos que contar entre seus filhos.
De facto, um homem bem orien-
tado, possue a maior parte das ve-
zes uma educação e uma instrucção
suficientemente solidas, para ava-
liar com lucidez e conhecimento de
causa as garantias a que tem direi-
to, em harmonia com os arduos de-
veres que lhe são impostos.
Iluminar espiritos corresponde a
emancipar consciencias.
Espalhar com abundancia a se-
mente sagrada da instrucção, diffun-
dir oa, b,< pelas multidões igno-
rantes e desprotegidas, é atacar a
ignorancia e espugnar o erro da exe-
cravel monarchia e dos seus gover-
nos que nunca souberam erguer os
olhos para esses famintos de pão do
espirito, Eis a cruzada santa que
com gosto, com enthusiasmo e com
uma vontade inexcedivel o governo
republicano abraçou, e que nós abra-
çaremos tambem, para o ajudarmos
na grande obra, na obra, colossal,
que ha de emancipar os nossos ir-
mãos escravisados pela cadeia arro-
cheadora da tyrannica monarchia,
Socialisação do ensino
Quando se tiver conseguido que
cada cidadão possua conhecimentos
indispensaveis para raciocinios logi-
cos e sãos, em harmonia com dados -
scientificos, ter-se-ha terminado com
os espectaculos repugnantes c vergo-
nhosos que em pleno seculo XX ain-
da representa a nossa época.
Seria de grande vantagem estabe-
lecerem-se para as escolas publicas
cantinas escolares, caixas economi-
cas, etc., porque todas as nações
cultas e que se dizem civilisadas as
têm e bem montadas. Os resultados
são excellentes. Entre as numerosas
sociedades que ha lá. por fóra n'es-
te genero, citaremos—Liga France-
za do Ensino—que é numerosissimo
o numéro dos socios que constituem
aquella associação, competindo-lhes:
1.º Realisar conferencias publicas.
2.º Fornecer livros, vestuario e
comida aos alumnos pobres,
4
3.º Propagar as. bibliothecas pu-
blicas.
4.º Premiar os alumnos que mais
se tenham distinguido em aprovei-
tamento e comportamento.
5.º Fundar escolas.
Assim, a socialisação do ensino
tem de ser obra da iniciativa do po-
vo e das associações particulares
porque o governo não póde de fór-
ma alguma attender a tudo, e aju-
“cá lo, é cumprir um grande dever,
quasi uma obrigação dos que se di-
zem patriotas.
O nosso povo é d'uma viveza e
de um espirito inventivo de primei-
ra ordem, dizem os entendedores
do assumpto, o que nós não temos
tido até hoje era de quem tratasse
a valer de utilisar todos o elemen-
tos. Entre os rudes filhos do povo
ha intelligencias e cerebros que, la-
pidados, brilhariam mais que o dia-
manie.
E, quantas intelligencias se não
perdem e com ellas talvez uma des:
coberta scientifica, unica e exclusi-
vamente por nunca se haver pro:
porcionado aos seus possuidores oc;
casião para isso?
E”, pois, para a escola primaria
que devem n'este momento conver-
gir todas as attenções dos que con-
fam na prosperidade e-no futuro
d'um paiz que ainda tem uma mis-
são a cumprir.
Acordemos pois do pesadissimo
somno em que ha tanto tempo es-
tamos mergulhados.
Abramos os olhos para vermos
como todas as outras nações traba-
lham e caminham ao lado do pro-
gresso.
E, pondo de parte preconceitos e
susceptibilidades, unamo-nos todos,
para n'um comimum esforço levan:
tarmos a nossa patria do aniquila-
mento em que tem vivido elevan-
do-a ao nivel das nações progressi-
vas,
Assim, para esta bella obra de
progresso, o que nos parece neste
momento mais vantajoso é a cantina
escolar, a qual temá por fim estabe-
lecer uma refeição diaria (nos dias
lectivos) a todas as creanças mais
necessitadas que frequentarem a es-
cola, dar lhes papel, livros, vestua-
rio e outros utensilios, conforme os
recursos da freguesia.
Grandes são as despezas que es-
te emprehendimento offerece, mas
da dedicação popular, póde a asso-
ciação alcançar os valiosos recursos
de que necessita, os quaes podem
ser: Subscripção permanente em to-
dos os estabelecimentos, quotisação
mensal dos socios, kermesses e ou-
tros meios de receita que a direcção
possa alcançar.
Ahi fica pois narrado em poucas
palavras e muito por alto o fim da
obra a que nos vamos dedicar de
corpo e alma, contando com a coo-
peração de todos os habitantes d'es-
te concelho, que certamente nos au-
xiliarão n'esta cruzada de resurrei-
ção nacional,
Ao longe, já se ouve o bulício re-
formador que ha de rasgar o veu da
ignorancia para novos horizontes e
nova época começar, para nós por-
tuguezes, mais feliz com certeza e
mais risonha.
Sernache, 10--2—Q1I,
Joaquim Antunes Alexandre.
CANTOS DALMA
(A" guitarra)
VII
Todo o poeta que canta
Com todo o seu sentimento,
Tem mui longe o pensamento,
E a vox não é da garganta!...
AL-SIFER
Carteira semanal
Fazem annos:
Hoje-—as sr.* D. Carlota Tasso
de Figueiredo e D. Maria Eugenia
de Mendonça David.
Já se encontra completamente
restabelecido o sr. João da Silva
Carvalho.
Teem passado incommodados de
saude os srs. Alfredo David e Silva
e José da Gloria Lopes Barata.
Regressaram a esta villa os srs.
dr. Albano Lourenço da Silva, An:
tonio Joaquim' Simões David, Hen-
rígue Pires de Moura e Albano Ri-
cardo Matheus Ferreira,
Dr. Mendonça David
Tem estado entre nós o nosso
illustre amigo sr, dr. Antonio Au-
gusto de Mendonça David.
Esteve na Amieira (Alemtejo) o
sr. Francisco Pires de Moura.
Tem estado doente a sr.* D. Ma-
ria d'Assumpção Guimarães.
-— Ainda não está completamente
restabelecida a sr." D. Maria do Sa-
cramento Lemos Nunes.
Sahiu para Lisboa, com demora
de poucos dias, o sr. Joaquim Cy-
riaco Santos.
O sr. dr. Francisco Nunes Cor-
reia, registou o nascimento de seu
filhinho, Francisco, testemunhando
o acto os srs. dr. Abilio Correia da
Silva Marçal, Eduardo Barata Cor-
reia e Silva, Adrião Moraes David
e Francisco Pires de Moura.
—(O sr. Ivo d'Abreu Barata dos
Reis registou o nascimento de sua
filhinha Lourdes, testemunhando o
acto o sr. Augusto Justino Rossi e
o nosso collega de redacção Augus-
to Rodrigues.
Com seusfilhos, está em Valle da
Urra (Villa de Rei) a sr.” D. Emilia
Bessa Tavares, esposa do sr. dr.
José Tavares.
—— et CGA LIZ TES
Aos corpos administrativos da
séde do districto, dos conce-
lhos e das parochias.
A's Commissões de Beneficen-
cia Escolar.
Aº Imprensa.
A's auctoóridades.
Aos cidadãos do circulo esco-
lar de Gastello Branco.
(Continuado do n.º 16)
Senhores:
E preciso chanarmos a infancia
ás escolas; é preciso que a Republi-
ca seja constituida por cidadãos cons-
cientes dos seus direitos e, não me
nos, dos seus deveres; é preciso que
cada corpo administrativo, cada fun-
cionario, cada cidadão, cada portu-
guez, intelligente e verdadeiro ami-
go da sua Patria, queira e saiba
contribuir para a felicidade d'ella.
Portugal, ainda nas ultimas esta
tisticas, apresenta nos uma percenta-
gem de 79]º de analphabetos mas
colocando-nos perante o mappa re-
presentando o nosso paiz, desenha-
se uma mancha negra num dos dis-
trictos, reveladora de ahi ficar a re
gião de maior percentagem de iletra
dos, Esse districto, que, assim, tris-
temente se destaca num paiz de tan-
tos analphabetos, é precisamente;'o
de Castello Branco que acusa 86,/º!
O Governo provisorio da nascen-
te Republica Portugueza viu o mal
nos poucos mezes decorridos depois
da sua investidura no poder, creou
centenas de escolas em todo o paiz
contando-se n'este districto, já hoje,
Soa ei
ás dezenas, as que foram creadas
depois de 5 de Outubro, estando
muitas ainda para serem creadas
brevemente, ê
Cumpre, assim, o seu dever o Go-
verno da Republica, mas este não
pode tudo; em paiz algum se espe-
ra tudo do Estado; pelo contrario,
em todos os que tem avançado € on-
de, com mais carinho e solicitude se
olha pela educação popular, desem-
penha um papel importantissimo a
acção benefica da iniciativa particu-
lar e a das auctoridades e corpora-
ções de cada parochia.
O Estado pode muito, repetimos
mas não pode tudo. E” preciso que
cada cidade, cada villa, cada parochia
se interessem pelas suas respectivas
escolas e por ellas façam sacrifícios
em cada villa, em cada freguezia,
em cada logar, são indispensaveis
as energias particulares, as boas von-
tades dé cada parochiano conjugadas
com o fim de levantarem a instruc-
ção, levarem o conforto, a alegria,
a vida á escola da sua aldeia.
Por uma erronea e lamentavel
orientação, dificilmente explicavel,
salvo honrosissimas excepções, ca-
da cidadão do nosso paiz, tem-se
abstido de se interessar pelo progre-
so, pelo melhoramento material « mo
ral da escola da sua aldeia e de seus
filhos.
A escola tem jazido esquecida. A
escola, em cada aldeia, resente se
em geral da falta d'esse carinho,
d'esse amor que era natural terem
por ella todos os parochianos visto
que é a casa de seus filhos, visto que
é nella que elles passam uma grande
parte do periodo da vida em que
mais profunda influencia exerce no
individuo o meio physico <: moral
que o cerca.
No orçamento da instrucção pri-
maria não ha actualmente verba pa-
ra acudir a muitas despezas de mo
mento como as que se torna necessa-
rio fazer desde já para adquirir ca-
sas, mobilia e material d'ensino pa-
ra as escolas recentemente criadas
e para outras que urge criar.
Sendo, portanto, imperioso o de-
ver de cada cidadão contribuir
para que venham: á escola todas as
creanças que d'ella andam afastadas
numas localidades porque não ha ca-
sa adaptada para escols; noutras,
porque falta a mobilia e utensilios es-
colares; noutras ainda, porque ás
creanças indigentes faltam livros,
objectos indispensaveis ao ensino e
vestuario, lembro me de apelar pa-
ra o patriotismo dos corpos admi-
nistrativos, commissões de beneficen-
cia, imprensa, auctoridades e cida-
dãos da Republica afim de que pro-
movam:
1º—A organisação das commis-
sões de beneficencia e ensino nas
freguezias onde. por ventura não
existam, organisação de que pode-
rão tomar a iniciativa qualquer cor-
po administrativo, funcionario e no-
meadamente o professor ou qualquer
cidadão, sendo conveniente infor-
mar a sub-inspecção desse facto,
2º—A acquisição de casas para
escolas, mobilia e utensilios escola-
res indispensaveis para que essas
escolas sejam providas e comecem a
funccionar, angariando para isso os
precisos donativos.
| 3º—A melhor instalação de.algu-
mas escolas que estão funccionando
em casas improprias a que faltam
as mais elementares condições hygi-
enicas e pedagogicas.
4:º—A acquisição de melhor mo-
biliario e material de ensino para as
escolas existentes.
5.º—0 auxilio ás creanças pobres
fornecendo-lhes livros objectos de
ensino, vestuario e, sendo possivel,
alguma alimentação por meio do es-
tabelecimento da cantina escolar.
6.º—Uma maior frequencia ás es-
colas existentes aconselhando, per-
suadindo os paes desçonhecedoreshecedores@@@ 1 @@@
VOZ DO POVO
“das vantagens da instrucção de que
é um dever sagrado o proporciona:
rem aos filhos a instrucção e edu-
cação que constituem a - melhor he-
rança que lhe podem legar.
O apello que venho fazer—im-
pelido por uma crença firme eina-
balavel num futuro melhor, para o
qual poderosamente contribuirá a
escola; impelliido por uma crença
que em nós se radicou profunda
mente ao estudarmos « observar-
mos nosprincipaes paizes da Euro-
pa o seu estado social c as suas es:
colas—este apello, repito, tenho es-
perança, de que não será de todo
inutil porque, uma causa nobre, ge-
nerosa e grande, sempre. encon-
tra echo; porque aqulles a quem
me dirijo, sabem muito bem que a
nossa regeneração social, a nossa
prosperidade economica, a nossa
propria tranquilidade, não poderão
realisar-se sem que se edugquem e
instruam todas as camadas sociaes.
Cooperar, pois na cruzada da ins-
trucção, n'essa cruzada em que se
podem enfileirar os homens de to-
das as crenças, de todas as reli-
giões, de todos os partidos é fazer
sacrifícios pelos humildes, pelos sem
pão e sem luz e, mais ainda, pelo
engrandecimento, ;pela autonomia e
pela conservação d'uma Patria livre,
Saude e Fraternidade
Castello Branco, 6 de março de
IQII : )
(Conclusão)
O Sub-inspestor.
Albano: Ramalho.
Pequena correspondencia
Dignaram-se pagar as suas assignaturas
os srs. Francisco Alves dos Santos, Joaquim
Fernandes Callado, P.e José Vicente Fari-
nha, Pe José Lemos, Joaquim Lopes (bis-
boa), Antonio Lopes dos Santos, e Fran-
cisco Garcia.
Agradecemos.
Lei do Registo Civil.-O fo-
lheto n.º 37 da Collecção das Leis
Republicaaas comprehende o decre-
to sobre o Registo Civil, diploma
cujo conhecimento se torna uma
necessidade quasi geral. E” uma pu-
blicação baratisssma, muito cuidada
ha sua revisão e que honra a sua
empreza editora, a Bibliotheca d'E-
ducação Nacional, com séde na
rua do Alecrim, n.º 80 e 82, em
Lisboa,
O Semeador, — Temos presente
o n.º 4 do III anno, d'esta pequena
revista mensal, d'estudos, factos e
pensamentos, pequeno no formato,
mas grande na maneira desassom-
brada como expõe certos aspectos
do problema religioso.
é Ruy.
“CHRONICAS TRIPEIRAS
Palicia civil
(A. José da C. Sousa e Silva)
Potestade decrhida depois do ven-
to revolucionario d'Outubro.
Intitulavam-se os policias civis ve-
ladores da ordem e repressores das
transgressões, titulos aos quaes se
poderia addicionar o de pau para
toda acolher. Distingamos:
Tractava se, por exemplo, d'um
pobre diabo, que não tinha onde ca-
hir de morto e que refilava tanto
como a grossura d'uma linha, N'es-
se caso, O policia era um feroz cum-
pridor da lei, um verdadeiro vela-
dor da ordem, porque não permit-
tia a desordem. É
É tanto fazia o capturado allegar
razões attendiveis, como uppellar
para a piedade do peludo coração
policial, que o agente, imperturba-
vel, com uma crueza de selvagem,
apenas respondia com um secco an-
de lá para diente!, o que, reduzido
a miudos, significava que, se repon-
tasse, ou falasse um pouguinho mais,
que fosse, nem Santo Antonio lhe
poderia tirar, de sobre as costas, o
peso d'uma parte carregada.
Mas, se se tractava de quem,
com previo entendimento, lhe co-
chichasse aos ouvidos, então o poli-
cia era todo mel. Assim, por exem-
plo, não via applicar-se, a poucos
passos d'elle, uma sova n'um ter-
ceiro,
Estava, então, dentro do papel de
velador, mas na outra acepção d'es-
ta palavra, pondo um veu deante
da desordem.
Podia, em tal caso, a sangoeira
formar torrente, ou navalhas assas-
sinas eventrarerm tripas—aos sabba-
dos, ou n'outros dias de comes e
bebes—que a policia não estava lá.
Corria para junto da primeira criada |
de sala, do seu conhecimento, que,
no fim de contas, eram quasi todas |
as da visinhança, e só comparecia,
hirta, magestosa e de papo farto,
quando já não era precisa. Como a
sua homologa dos Brigands, a nos-
sa policia d'opera comica chegava
sempre trop tard. E
Esta diversidade de proceder não
prova que o policia não fosse um
anjo, mas que, como homem prati-
co (In hoc signo vinces!), sabia
adaptar-se ás circumstancias do mo-
mento, com o tacto de quem vê
convenientemente e que sabe que
isto de posturas é coisa mais para
gallinhas do que para gente de cer-
ta ordem.
x
Além d'isso o policia, no fundo é
sociavel, ás vezes, e finorio sempre,
Vejam os senhores a maneira ar-
tistica como elle, sem se compro:
metter, corresponde ao convite d'um
amigo, que lhe pede para, com elle,
ir molhar a palavra.
Esse amigo bem sabe que um po-
licia em serviço nem póde entreter-
se em conversas, nem apagar a sêde
n'uma taberna. Perpassa, pois, rar
pidamente por elle e diz-lhe baixinho:
«QO* 33! Anda beber uma pinga».
O 23 continúa impassível, sem um
estremecimento, sem um gesto. Não
ouviu o convite. Continúa, portan-
to, O seu giro, com o mesmo passo
e na mesma direcção, em que ia €
deitando o luzio para tudo. Chega
em frente do antro, onde o obsequio-
so amigo se sumiu, Derepente, n'u-
ma agilidad: de clowm, dá uma ra:
pida meia volta 4 direita e enfia, co-
mo um raio, pela porta da tasca.
Sem. hesitações, vôa a um recanto
escuro, muito seu conhecido, onde
o amigo o espera de copo em pu
nho. Bebe d'um trago é, quasi sem
proferir palavra, dá outra meia vol-
ta e ei-lo na rua, outra vez mages;
toso e sereno.
Se a sua pouca sorie o faz, á sa-
hida, esbarrar com o rondante, es-
plica-se dizendo que tinha ido, a um
gallego, que decilitrava dentro da
bodega, perguntar pela carta de re-
sidencia.
Mas não fala de frente. Receia
que o halito o atraiçõe perante o
rondante.
(Continúa)
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Pelo Juizo de Direito da Comarca
da Certã e cartorio do escrivão Da:
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dos em hasta publica, 'no dia 30 do
corrente mez'de abril, por 11 horas
da manhã, à porta do Tribunal Ju-
dicial, da comarca, pelo maior lanço
offerecido. acima da avaliação, os
bens seguintes: Metade do dominio
util d'um praso foreiro a Libanio da
Silva Girão, de Sernache do Bom
Jardim, em cincoenta litros de azei
te, cincoenta e quatro litros cento
setenta e seis mililitros de pão mea:
do, de trigo e centeio, e uma galli-
nha, imposto nas seguintes glebas:
1.º—Uma terra de semeadura com
oliveiras e outras arvores, e casa de
habitação no logar da Serra de Pi-
nheiro.
2.'—Uma courella de terra com
oliveiras e sobreiros, no sitio do Val-
le da Cereninha ou Pouço Cartaxo;
avaliada a respectiva metade em
cincoenta e dois mil quinhentos e
. vinte réis.
Foram penhorados nos autos ci-
veis de execução que nos termos
do Decreto de vinte e nove de maio
de mil novecentos e sete Antonio
Hypolito, casado, proprietario, do
logar da Passaria, d'esta freguesia e
Comarca da Certã, move contra
Manoel Nunes Calvario e mulher
Maria de Jesus, proprietarios, do
logar da Serra do Pinheiro, da mes-
ma freguesia e Comarca, pela quan-
tiade quarenta e oito mil quatro
centos e oitenta réis.
Pelo presente são citados quaes-
quer credores incertos, nos termos
da lei.
Certã, 5 de Abril de 1911.
O Escrivão, .
Adrião Moraes David
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