Echo da Beira nº1 17-12-1896

@@@ 1 @@@
É. tantes do. pair.
CONDIÇÕES D’ASSIGNATURA á
Anno, 18200 réis. — Semestre, 600 réis. — Trimestre,
300 réis. Brazil, anno, 65000 réis. Africa, anno, 25000
réis. Fóra da Sertã accresce o porte da cobrança. Numero.
avulso, 30 réis. Correspondencia respeitante á udministra-
ção, dirigida ao administrador deste jornal, LUIZ DIAS.
=
REDACTOR PRINCIPAL ABILIO DAVID
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Rua do Valle— SERTÃ
PUBLICAÇÕES
No corpo do jornal, cada linha 100 réis. Annnhcios
cada linha 40 réis. Repetições; 20 réis cada linha; Aú
rara
de!
a”
nuncios permanentes, preço conventional; Os senhóies us
sgnantes teem o abatimento dé 20 0/0,
Os originaes recebidos não se devolverd..
EXPEDIENTE
A’s possors a quem enviamos O
nosso jornal, e que não queiram hon-
rar-nos com a sua assignatura, pe-
dimos a fineza de nol-o devolverem
immediatamente, para o que basta
escrever na mesma cinta— «Devol-
vido à redação».
Em caso contrario, e visto que a
nossa folha é enviada a muitas pes-
soas, por indicação d’outras, consi-
deral-as-hemos para todos os efeitos,
nossos assignantes.
>
O n9535 programas
ço TETE, pe
Estaӎ a terceira ou quarta
tentativa para a implantação
d’um periodico n’esta terra,
-que 8 muitos titulos era mere-
cedora de melhor sorte, e de
ger mais bem conceituada pe-
rante as dutras terras impor-
Cansas diver-
sas, que não cabe apreciar aqui,
concorreram para o desappa-|
recimento d’essas folhas.
Em circumstancias total.
mente differentes, sob o ponto
sta interno, isto é, pelo
“lado administrativo como pelo
orientação dos seus re-
e Do ad)
, surge hoje o Echo da
8
que vae
ser um detensor
, 8 1a
do concelho,
deixar de fazer a sua po-
litica, qualquer que ella seja,
quando assim o julgue oppor-
tunô e conveniente. E d’este
modo, representará sempre, €
em todos os casos, o crér 6 O
seutir dos seus redactores, que
se inspiram nos bons e sãos
principios de justiça e de mo-
ralidade.
E’ larga a missão que esta
folha se impôz e espera cum-
prir religiosamente, porque é
de suppôr que, longe de encon-
trar obices no seu caminho,
pelo contrario se lhe depare a
boa vontade de tudo e de todos,
A
»
“pois que communs são tambem
os interesses que d’ahi pro-
véem. À satisfação geral que se
observa, com a apparição da
nova folha, e o numero de as-
signaturas que espontanea e
bizarramente se nos teem oífe-
recido, são provas assás elo-
quentes do quo atfirmamos.
Dizer queo novo jornal mar-
x sr) 3
| DIGO Ti essas
rn
| TO
15k
cha desassombiado na senda
brilhante da liberdade e do
progresso, seria ocioso; nem os
tempos que vão correndo per-
mittem outro caminho. k nós
somos, sobre tudo, homens do
nosso tempo,
Na apreciação dos factos,
guiar-nos-ha sempre o espirito
de justiça, de independencia e
de imparcialidade que tem sido
e ha de ser a norma pela qual
nortearemos o nosso proceder,
tanto no campo politico como
em todos os outros campos.
Sem quebra da nossa digni-
dade politica, ou individual,
transigimos com o meio até ao
ponto em que o decoro pessoal,
a coherencia politica e a con-
veniencia de todos, se possam
alliar perfeitamente, a contento
d’uns e d’ontros,
Essa transigencia não signi-
fica um calculo interesseiro ou
egoista, nem tão pouco repre-
senta uma abdicação de prin-
cipios. Visa mais. alto. E um
producto do estudo é da expe-
riencia, que nos tem provado
que os extremos, em qualquer
caso, são sempre defeituosos; e
já o famoso patriarcha da litte-
ratura franceza, o conde de
Chateaubriand, dizia que no
meio é que está a virtude. E di-
uia muito bem.
Ahi fica singelamente resu-
poucas palavras o
o que nos ha de guiar
na senda escabrosa da impren-
sa.
Poderiamos fazer um largo
estendal, replesto de phrases
campanudas e vazias de idéias,
promettendo muito para não
eumprir nada. Regeitamos o
processo por indigno, além de
velho e gasto. À epocha que
vamos atravessando não é de
vãs idealidades, mas de proces-
sos praticos e positivos. Prefe-
rimos, pois, o maior numero de
de idéias, no menor número de
palavras. .
RIP a
srilico
Abilio David.
CEP
Dr. Abilio Marçal
vem
Este nosso illistre e presa-
do amigo, pelos seus muitos
affazeres e por outras razões
dordem superior, que não ca-
be explicar aqui, não póde to-
mar desde já a direcção politi-
, e
Tã a
este jornal. Só para prin-
nad
Es
cipios de março ou de abril é
que s. ex.” tem ensejo -de to-
mar parte activa na redacção
d’esta folha, posto que tenha
actualmente uma larga colla-
boração.
cce e
O nosso folhetim:
Começamos hoje a publicação do
magnifico romance do famoso abba-
de Prévost, intitulado
MANON LESCAUT
um explendido estudo psychologico,
pouco ou quasi nada conhecido no
nosso meio litterario, E” a obra pri-
ma do grande escriptor, e como tal
devidamente apreciada lá fóra, onde
tom tido successivas edições que ra-
pidamente se esgotaram.
«Manon Lescautr é um d’es-
tes trabalhos titterarios geniaes que
marcam epocha, e que por si só ta-
zem a reputação d’um escriptor. À
obra do abbade Prévost figura ao
lado das obras primas de mais ce-
lebridado, como «Paulo e Virgi-
nia», «Dama das Camelias», ete., e
isto basta para titulo e recommen-
dação aos ‘agssus deli cs
À tradução será, quanto possivel,
esmerada.
DSi a ma
cera :
Festividade
No dia 8 do corrente reallsou-se
no coilegio das misstes, com à cos-
tumada 6 luzida pompa a festivida-
de da Immaculada Conceição de
Maria. De manhã houve missa a
grande instrumental, de Alguim,
pela orchestra do collegio, sob a re-
gencia do rev.º Padre Elias, pré-
gando ao Evangelho o eloquente
orador rev.” Padro Sebastião. Pe-
reira,
De tarde houve vesperas, «tantum
ergo» pela mesma orchestra é ben-
ção.
A vesta egreja do seminario, que
regorgitava de fieis, achaya-se artis-
ticamente decorada.
A! noite tocou nas salas do colle-
go a banda dos alumnos, sob à re-
gencia do alumno David Alves, ou-
vindo os executantos fartas e me-
recidas palmas.
Pena foi que o estado do tempo,
apoucando o brilho da festa, não
permitisse que, como de costums,
rio. ps
LEVIANDADE PERIGOSA
O pae do famoso jornalista fran.
cez; Emilio de Gerardin tinha, às
vezes, repentes extraordinarios que,
se por uns lado eram comicos, por
outro eram d’uma audacia fóra de
toda à espectativa,
Eis, ao acaso, uma das muitas
ique se deram com elle:
Eitrou um bello dia a’uma tar-
música tocasse no largo do sentna:
lhosamente, sém perdar um tiro. Al-
guns espectadores, surpróheudidos
pela pericia do atirador inglez, te-
ciam-lho rasgados elogios.
— Com effeito —exclamou Gerar-
din, pae, em voz alta—o sr. atira
perfeitamente. ..mas isso pouco ou
nada prova. N’um duello, quando
se tem uma pessoa na nossa frente,
em lugar d’um pedaço de cartão;
as condições sio bem diversas. De
fôrma que o atirador mais destro,
que furasse uma moeda de cem
soldos a 25 metros de distancia.
podia muito bem não acertar n’uma
pessoa collocada á mesins distancia,
O inglez que ouviu estas palavras,
voltou-se então para Grsrardin, di-
zendo:
—Estimarei bastanto que se eén-
lhe que se o tivesse ao sr. na mi-
vo.
pondeu friamente:
— Quando o sr, quizer.
— Vamos já! —exclanou o inglez.
— Pois já; seja.
(caminharam-se, com as pistolas da
darreira de tiro para uns terrenos
proximos do Troszadero. a sorte de-
ro. Foi o inglez o favorecido.
Chega o momento solemne..:’
Atira sobre Gerardin…e erra
a pontaria,
Como, porém, Gerardin se não
dispuzesse a servir-se da sua pistola,
uma das testemunhas, bradou-lhe:
— Agora atire o senhor!
——Para quê? —replicou friamente
Gerardin. Não ha razão nenhuma
para eu matar este senhor. Preten-
di provar-lhe apenas que o melhor
atirador poderia deixar de acertar
numa possoa a 20 passos de distan-
ciá… Aquelle senhor sustentou d
contrario. Parece-me que agora de-
ve estar convencido de que se enga-
nava, Não lhe posso querer mal
por isso.
E inclinando-se
veraario, terminou:
— Senhor, tenho
cumprimentar.
E retirou-se.
para o seu ad:
a honra
ECHOS LOCAES
Estão quasi conciuidos os traba:
hos do novo bebedouro publico,
do Commercio, d’esta
Continua entermo, o nosso con.
terraneo 6 amigo, rev.” Abreu Freire,
Encontram-se já entro nós
ex.” gr. Francisco Cesar Gonçal-
ves; dignissimo escrivão de direito,
n’estã comarca; havi» cahido 4 ca-
pital eu via de recreio:
Fam
py ts
gane, senhor: Creio poder aflirmar-
Os assistentes quizeram interpôr-
so a esta provoca são. Cerardin, po-
rém, com a maxima placidez res-
cidiria quem havia de atirar primej-
de o
que a camara mandou fazer na praça,
rteira de tiro. Um inglez, que-não!.
conhecia, estava atirando maravi-
nha frente, não havia de drrar o al-
Escoltieram as testemunhas 0 en-L. & é mos
SRS SA aa ARA O [te Concelho, por ordem da Pe
s
|
|
|
o!
JBst4 parochiando está freguezia,
interinamente, pola aposentação do
antigo vigário, o rev.º Jóaquim Pa-
dro Nunes Pereira:
Foi apresentado na fréguézia de
Pedrogam Pequeno, d’este concelho,
o rev.” José Adriano d’Oliveira
Braz.
Lembramos & ex.”* camara a fal:
ta de limpeza nas travessas do Cal-
deirs, e Larga, d’esta villa.
Cnctads
Com as ultimas chuvas, tomaram –
algum volume as duas ribeiras que
circundam esta villa, offvereendo
um aspecto lindissimo, não só pela
impetuosidade da corrente, mas
tambem pela aréa do térreno quê
banham.
O orçamento geral d’Instrucção
n’está Concelho, para O futuro an-
no de 1897, segundo à nova clas:
sificação do professorado primario, é
de 3:9508000 réis!!
Na mez findo; foram mortos n’se-
ridide administractiva, alguns «
vadios.
A
CAMARA MUNICIPAL
Sessão presidida pelo ex.7º grs. dm |
Antonio Nunes de Figuciredo Gum-
marâes,
—Vogaes presentes: ex.?ºº Jon-.
quim Férreira Guimaries Lima,
Joio da Silva Carvalho e Emygdio
de Sá Xavier Magalhães.
—Deliberou pagar aos arrematan-
tes do novo cemiterio e da ponte:
da Carvalha, respectivamente, as
quantias de 3005090 e 1008000 ra.
=-Passou dois attestados de bom
comportamento, moral, e civil, ab-
servando o disposto no $ 2.º do artº;
25 do Codigo Administrativo.
-Deliherou fazer acquisição
uma bandeira portugueza. para ar-
vorar ro edificio dos Paços do
Concelho. em dias de gala.
—Mandou passar um precatorio
da quantia de 60353375 réis, da
Caixa Ceral dos Depositos, pará
pagamento do jornaes ganhos na
reparação da estrada da Sertã &
Portélla:
Tem estado doente de cama &
nosso amigo Fructuoso Pires:
Desejamos-lhe melhoras.
Uma esplendida quadra de Ganii |
poamor:
Vengo a pedirte perdon;
No puedo luchar contigo, .
Pres mi maior inimigo
Es mt mismo caragonismo caragon@@@ 1 @@@
O ALBUM D’UMA PRIMA | encima
cia, (x) desvia-nos, porém, a
attenção para a epocua gloria
ulqne riqueza sa do 1 de Dezembro de 1640,
Ter pae, ter mãe,
Familia, quem
tes portagmuezes, de rija tempe-
nos ama é presa. p guezes, de rija tempe
ra e de laso sangue, já fartos
| de humilhações do rei hespa-
nhol, vesolven depôlo, e ac-
clamam D João IV, emanci
pando-se deste modo do jugo
Que doce amor | castellano.
O familiar! Ah! como é triste e descon-
Não ha melhor, | solador O confronto d’uns he-
Nasceu sem par. |roes do seculo XVII, com o
|d’esses degenerados deste fin
‘de sitele, que nos “conduzem
inevitavelmente para um abys-
mo immenso onde se. hade a-
[fundar a nossa honra e a nos-
| sa nacionalidade!
Que contraste vergonhoso
entre o heroismo e O avilta-
tamento, entre os vultos pa-
trioticos d’então e os gigantes
Bem sem egnal
Ge o mundo encerra |
‘Per alguem val |
Per céo na terra, |
; |,
|
O mais que é elle?
Nuvem que o vento
Nos ar’s impelle |
Que um só momento
Se vê voar;
E” som que a lyra
Quando suspira
Lança no ar;
Fumo tão leve
e : a Fa ndo [abjeetos de hoje! |
Que v pensamento | Nós ainda acreditamos, por-
‘que a h’storia assim nol-o con-
ta, que foi deste cantinho de
terra que sairam valentes e
“destemidos lusitanos que de-
vam que fazer a arabes e ro-
manos; mas d’aqui à UM secu-
lo, sem esperar quo se realise
o que diz o sr. dr. Candido do
Figueiredo no interessante h-
vro, Lúsbor no ammo tres mil os
nossos vindouros hão de ter
passado por taes humilhações
e angustias, que chegarão a
“duvidar das verdades histori-
cas e do prestígio do nome por-
tugiuez.
“Não é forca de pessimismo
py de
E cinza, é pó»
O amor, então,
De familia, oh!
E E” puro, é são.
Que doce encanto!
Que aflectos mil!
Que enlevo santo!
« Que eto d’ubril!
‘Strella polar
Va nossa vidas
Sempre a brilar
Sempre garrida! |
Astro de lnz
“por onde Des |
ars ceos conduz;
nos guia aos ceus
“Mimosa flor
Do céo pendida |
Por Deus sentida! |
Bemdito amor! |
| de seir amontoando. e com-
provando o que deixamos date.
Quando em 1390 cheganos
Fc ja um tal estado de consas, que
Como elle é doce, |o nosso pobre paiz bem se po-
Nobre, elevado! . cpa ada
cine cond [dia comparar a um chefe de
Por Deus creado! familia deshonrado e desacre-
ditado, sem atotoridade peran-
te a familia, e indigno de com-
| paixão e amparo, pelo seu des-
rezramento e vida devassa e
|licenciosa, parece que acudiy
então so espirito dé todos a
idéia de que se devia entrar
n’um periodo de vida nova; e
No dia 28 de novembro ebiione duna a. Ea
se na egreja parochial do espenel e estutando-se attenta-
à enlace matrimonial do sr. Alfredo | mente -os complexos problemas
d’Olivura Pires, commereiante em | da nossa administração polit-
Lisbon, com a ex.” siº D. Maria Ga é financeira, começarinmos
a viver com a máis serena e-
Jusiiaa Dias da Silva, irmã do nos- |
so presado amigo José Dias da Fall o a Ra dead
va, do Nesperál pe e nom He ma!gizen-
Foi celebrante o primo dos noi-| do os tempos passagos dos dés-
vos, vev.º José Adriano dOliveira |
Braz, do Pezo, Os noivos m’esse
mesmo dia partiram para dou
Por isso eu tanto
Is?
Siimo este amor!
Se 6 o mais santo!. ..
Se é o melhor!
Se é o melhor!…
&
Janeiro, 26:
Lamz Dias.
== RE
Mas qual, puro engano!
> Passado o primeiro momen-
unde estabeleceram a sua residencia. 1 : SS pes
Enviando-lhes as nossas folititas | (O a Susa q Besc quis nn
ções, desejamos-lhe todas as en Verao aproRGis nosso tesi-
ras de que são dignos. pEnagão e disposição até ao sa-
|crificio para nos salvarmos do
– |abysmo para onde cegamente
VILLA DE REI, 1 de de-|nos deixamos arrastar, iludia-
gembro. — Quizeramos come-|do a boa fé do paiz, que lhe
car por despejar uma porção de pedia política patriotica e mo-
bilis sobre o grande Dictador, |ralidade na administração, O
cuja reforma administrativa foi governo, diziamos nós. explo-
tim parto fecundo duma conce-| rando este abatimento doloroso
pqdo maravilhosa. À data que | de quem se sente vexado com & cia;
a nossa corresponden-:
em que um punhado de valen- impunemente
da minha parte. Os factos hão.
perdicios e dos esbanjamento..
pa
A de ra
A E toc Rir z tg a E ê NE DURO op RO (EE
sua desgraç de se- O NOSSO JORNAL | = Venha commigo, disse O
cuir a mesma vide moletro.
Antes do começo do proxi-
mo anno não poderá sair’o nos:
inolviday
laridade, porque tudo teve de
m
pedia. mais
ue essã re-
“dos servi- | tante entrarmos para uma ty
cos publicos, abrindo 6 cahos| pograpiia que ka muito fune-,
‘em que todos v5 mas. [ejonava, Estava tndo, porém,
| Nessa vida dês egrada que; de tal modo desorganisado,
está prestes a fenuar não es-| que desdê a primeira colsa até,
Iqueceu O govemo os sets atá ultima; tudo teve: de ser ve-|
migos e nem se esqueceu Mas: em breve será,
proprio, observando a verdas peste tolha distribuida com d)
‘deira cavidade: Festas o glorio-| maxima regilaridade. Podem.
[so Festas atropelendo todos e
publica, quo dh
alguma coisa do
forma desorienta
ano >
a siiformado
os leitores ficar certos d’isso. |
tudo para subir ao goneralato | ig 7
| dá-nos uma idéa approsima-, niRE AR OP nf
ida do que tem sido este con- Monte pio Certaginonse |
‘sulado famoso, em que O paiz, |
‘chegou a confiar, com tanta to-| Deve ter logar no proximo,
Heima como ingenuidade Da domingo 20 do
imesa levantam-se vs mtimos leição dos corpos gerentes,
iconvivas. São. horas de pagar | Monte-pio Certaginenso
ta-conta dessa orgia,
| Quando no mez proximo se | de setvir no proximo anno de
‘abrir o cofre para a cobrança | 1897.
|das contribuições, este antigo |
|concelho de Villa de Kei sen-
4ira as delicias Vesta stu-ção.
| Para então, para esse desa-!
bar dillnsões, reservamos as
“nossas considerações à tal res-|
“peito.
——— ee me ——— a
Tributo sobre os bômens
(Conto popular)
Era uma vez um rei.
Aborrecido de soffrer minis-
tros, cortezãos e pretendentes,
resolveu viajar nos Seus estás
dos.
Correspondente
(+) Esta carta do nosso presado
“correspondente, tem a data do d.º
[de dezembro porque for esse o dia
primitivamente, escolhido para pit-
| blicação do primeiro numero do
nosso jornal. É
Publicas
sf
“não perdem | corrido algumas legnas de pes-
es que well | simá: estradas, apezar de no
a seu reino se cobsarem pesados
= larbatos para viação é as obras
Philarmonita Nertanease — marte da receita do orçamento,
No dia primeiro “de dezem-
ed E | EAD | PlES Ta Spa es E
bro tocon esta philarmonica ao pelos baldões, a que 0 obri
= 1 RE ano eUiEia | A pes ç mia i à é e
alvorada no adro, dirigindo-se S“”* o mau piso Go caminho,
|
| depois aos paços do concelho. |”. :
defronte dos quaes tocon o [Cie que se extendia a tocar ne
‘hymno da restanração, Pando] hórisonte visual, na qual a nas
| nessa dGcasião ada a ban! tureza derramára todas as ga-
|deira nacional. Precorreu de-|
pois as principass ruas desta)
villa, sendo então lançadas ao| se x:
ar algumas givandolas de fo-| Va 9 oliato com ê seu periume
guetes. dei delicado; mais longe a loura.
A iniciativa partiu do sr. [o ]
‘noel dos Santos, que na Cor di-| brisa, por tones os lados os
| de tem sido incânsavel em pro- Firnetos e us flores encantavam
| – E rs a a à Tê NZIii N TAIS mfe
mover 0: progresso do philat- a vista e Seduziam o viajante.
‘monica, pelo que lie não
O monareha- ficou encantado.
|gatearemos elogios, que bem,
Aqui um longo pomar de
Fe-
|
| A quem pertencem estas TI-
os merece cas propriedades? perguntot
| elle a um muleiro que passa-,
|
| À . 3 . . E –
| pec oi |va, sentado no sen pimento.
-—A meu amo, senhor, res-
nãod) de conhecer à edade
‘pondeu o interrogado, tirando o
ita nves
| barvete respeitosamente.
ds : Rio | x y : é
mister attende? do segummte: Quad-| — Quem é elle? tornou o rei
[do são novas, à pelte dos pés é lisa | esperando ouvir nomear algum
[e com escamas brilhantes; em ve-| dos seus minsstros.
‘lhas a pelle é grossa e a tnha ce-| SST DO SEE
ni 8 ace o
mo uma avalanche em casa do
a Ê Ê dE resp po E
padre que apenas teve tempo AY
à
recemehegados
pultar “aos
MESA CR RS l
VOA Pencnra con
uma Dotija de
E a ER Sa
amoroso
a qual entrára em
coloquio.
=P u sou
este; e cono não me sofire
reino
o, rei, disse-lho
a)
to
animo que baja no meu
im homem tão ditoso que pose
sa chamar-se «sem enidados»
quando eu tenha tantos, venho
dar-te em que penses.
DC A’s ordens de vossa ma>
gestade, repticou 0 padre des-
fazendo-se sorrateiramente de
uma enorme pitada. que tinha
entre os dedos e nada gostoso
— De hoje à um mez, conti-
‘espero-te Na Capl-
tal é se quizeres conservar à
cabeça sobre os hombras, has
de levar-me a solução de cinco
problemas que te vou dar e de
que tomarás nota: a
1.º Quantos cestos são pré-
‘cisos para mudar o monte bran-
[rop A SOR
9º Quantas estrellas ha nº
ceo? A
3.º Qual é o. peso da terra
4.º Quanto valho eu?
5º E o que estárei eu pero
sando na oscasião em que
Falar? a
Mizericordia, senhor, exela
mou o padre. Vossa magesta-
te acaba de decretar 4 tainlha
morte: E De ad
| Até de hoje à um mer,
-espondea o rei retirando-se.
á
Hab
é
| Passaram-se alguns dias pn à
[mais púngentes afiliccões par
| o bom do padre, que Já se po-
[dia chamar com razão irei Jodo.
de cen cuidados. . fisco
Infeliz de mim, dizia elic
miúdo, devo a morte dos mes
poucos haveres!… Ele pão vo
‘convencia de que era riquisti-
maldito
que
aa
‘mo… e à ti tambem
itagarela. Era o inóleiro
‘conduzira O rei. e
| —Não se áfflija, sr. frei Joi
disse-lhe este um dia que »
o padre mais aíflicto. Já que pel
[cuusa dos seus desgostos eu o
E
Hivrarel
deles: ; *
—Que has de tu fazer, pri
bre pateta; quando eu como»
|wos annos de – estudo, praf: A
“de mundo é na iamiliaridk
com à corte céleste nada” pos
SO a SR Rr
| Isso 6 cá segredo fros!
respondeu o moleiro com art
|mysterio; Verá, verá: a
| bra passado o mez 00 %1
hão se esquetera-— coisa 1º:8
|—estava esperando. por dt
“João sem cuidados, tras ápes
de o esperar ficou altamei
agitado de ver à midatã
4
se. as velas atravez “da delle: que! ».. é Rs BRR RR
ss tirnoir segea 6 deixa de na e possuidor de tão vastas e Es- |QUe A elle se opetara.
| rosado característico da catnc via-| plendidas propriedades! Quero | Conti He
NR | ! Condticiãs
Iyet-d!nti He
NR | ! Condticiãs
Iyet-d!@@@ 1 @@@
NBA oRdS TOS aos
jescrine?
DRE sos
» tepegraphic &
da E
“villa da Sertã
por “este lado é ar inha divisoria cn-
Jérenta urovintia ea da Estrema-.s
“davas rodeada d’elevados montes,
que formam unia especie-de bacia,
é no tunado desta, que ella tem seu
assento: prineipiando na conflnencia
– de duas Mibeiras, que a bunham,
uma a oeste, chamada de iodo
“por ter a sua nascente nas imume-
-Ginções d’uma povoação d’este no-|
axa
meo outra ao leste, maior e bas-| espontaneamente prod Inctor de mai-
tante caudalosa, chomada do Es- to arvoredo, assim n’agr uellas nar-
à treito, por ter a sua nascente nas | | gens, couio aos terrenos
têm como muis provavel, que em
remotos tempos, é quando ainda
imediações Pesta povoação, e de |
uma fonte denominada de Pero-
veques (corrupção de Pedro Vas-
ques, antigo senher do terreno, om:
de nasce esta fonte), extende-so pelo |
vertige de uma:
aleantilada colina, |
quasi perpendicular a esta segunda |
ribaira até chegar ás faldas de um
monte ainda mais elevado, ô onde se |
atha uma ermida, da invocação ce]
Santo Antonio, aonde annualmente |
se vae representar à tragica scona |
da morte do. Redemptor na cruz;|
– das fuldus G’este monte desce por,
So
as roteadas e cultivadas, €
o cireumvisinho plantado de
livesras, sobreiros, casta-
os e punto, arvores fructifo-
1, 1 io seta um panorama
istoso à quem à observa de algum
logares elevados que a eircum-
1 o desta
“jovoação, nem ha ihobumento que
com certeza a testiique. Algumas
opiniões se aventas: apenas Duca
das em conjecturas, de Jórma que
ninguem sabe se alguma toca à pros
babuidade. Acreditam muitos que
ella iôra fundada setenta e quatro
anDos antes de Christo pelo famoso
Capitão Romano Sertorio, depois
que, frgindo a Sylta vencedor, se
retivara à Lusitania e assim se refere
idade a
“no Sanctuario Marianho (Titulo 8.º
FOLHETIM
— PrÉvoSr
MANON LESCAUT
ladrão do francez
pes porco
É APILIO DAVID
cai fazer temontar o
ta
que tinha
dude ella
suitiu ATi
nie unha
Unne
nça daloumas tersis às qua:
meu caminho: por Bvreux,
te Santa Mar
ia,
“u q nome (devendo por isso à inicjta po avia,. ond> se nham | la cstas palavras da errada lativa, | od tas ie b E
| : a ae
al do towe ser SB, e não O). Esta a | cane habit tantes é de- | Cartago em vea da piuiasiim) nrente aceis Porco nó.
nome Ga povosção com o daquele”,
mesma origem lhe dão Madureira roiea mulher, por latina “Sartago, a frizideira ou serão. [meio de tudo isto, O parti, do
Ema Ena a villa da Sertã na| — Feijó —Bluteau— Eduardo pa se CR fri- | Escres Fam todavia D’esses remotos repabhi canó tamábem nRO ga
ireniidade ocedental da provincia — Requetie—e miúitos outros, mas || uma Ser (es-|os mais literários — Ssmã i– Serta |nhou muito.
Gu Beira-Baixa a distancia de quin- | sem fundamento algum solido, e só, delra com quatro can- 8 sem-derivando a de Sestorita ou |
“we Bilometros do rio Zezere, que talvez baseados na similhança ao ») ouvindo o alarme, ed de Sertago ttrigideira) cu mais pro-| -— oca -—
| |
|
fundação a quatro centos annes an-| que por. um
tes de Christo. Outros,
do a fertilidade natural d’este
coadjuvada póla irrigação – das ri- t
beiras é riachos, em . que abunda, din pu
ermo é inculto, fôra eate ponto um: é geralmente acreditado, não sólido assim consequencia necessaria, | Nunes, te a Antonio
snesso ser ue d’aqui rece-| porque o attesta ante | pe
espesso ertão, e que Pag p q testa uma constan ‘e | que não deriva este nome, nem de dré, do Olival: Manoel Ma
beram o nime as primeiras mora-
das de alguns pescadores, ou de al-
Auencia das duas ribeiras constitui E
colina para. sudoeste até 4s|Sertão. Em appoio desta pes
ens da primeirá das referidas |
,- Oceupando ainda tedo o eos rabo Hesparibol alémd’ id
puedio a esta 6 áquella =Loges—quê ainda em sua carta
DE pI erra vea “oito; poucos ERR porór,
Poi cêrca defpude
E colhêr duma Populi cario-|. Accurtosidad: fez-me apear do general dé polícia. Sugmido todas | disse-lhe eu; assentand
E E minha paitida sa, quê não dava nenliuma attenção | rem ceu alio que deixei ao mêu (as probabitidades ella não ds ve ter O dao E Quer de
a, Posto que eu suis- | nO mêils pedidos, e que avanguvo palafi à Eutra com difilcuida- Estdo encerrada por boas acções. za de satis fazer aC Uo
sempro para, a estagom, impellindo. plo, ubrasessando a multidão, e vi, | Ínterróguei eim algumas vezes duran- E nho E E Hecer esto Vel
m» minha solidão, a
por minha |
nie a diversas viagen-|
Abieviava tanto quanto envergada e
so
jente, um belegrinn, deb: Y e as dOze vip: A E sc Ra E A
ment am bel gua, baudols sra il cante. E te as uuze vE pari O Ime TespDnGer. Mas, ainda que não. par ” a triste condição cu
E mosquete do Hombro esta neadendas seis a seis pe- recebi ordem de a poupar uiais do veio?
=» Voltava tim dia jappareceu à porta; falho sigmalilo me do corpo, havia qma ujo que us outras, não uuixei de ais o Sancebo r
x A [ | “yat E
côm a mão para que se approxi- ur, cuia figura am tão pou E RR a PES STR Com sa |
o b j gs api ar; cuja fio eram Lhe pouco con | por cla algiumas considerações, | tamente que não poi dia idfor
ÓvIO lBiasse UC min. Pedi- Re que Me forines: 4 BUN Pon ÇÃO, Eus ent Pane ne parece que vaio unido que ú elte tôsse somo 4
– tg Via. á » 2
to da Normandia para imtormasse da causa «e siuulhante | qualquer A
|
Mbicara pretenções Jo la-,
meu avô materno. Vendo to- se-me elle: & uma dazia demereui- lhado
gas: à pruneha noite, cle-. companheiros
Bog. 4s 36), obra de Frei Agostinhe | torio
nha lesado as interesses do joe.
nal da rua Formosa, por motis
eg = *
tentando estes to- quiptos. anti igos)- di artagem — Certa-
astelio que-nes | sem & Certi—deriv: SEO sem duvi-
“enipá à va
amo
ia, é que-d’esta toira- | mar ass
“que seu marido já | vavelmente (senão certo) de sertão!
Realison=se no domingo pas
supposto fundador, I invasores correra | (Sertum, U. à | |
” E k DR v
louve ainda cutio eseniptor, que comu ertã na mão e lan Das tres etyi mologias indicadas |S sado a eleiçã ao da confraria do a
DÃO Menos à esmo, e sem ató lhe | cando, He, fervente, que esnti-| convenço-me ser. a “verdadéira, e Santissimo, d’esta- villa. Ficárl
indicar fundado: fia retuontar sua) nha, “o mosto dos inimigos, seg : Es Ed é]
q ? tar sus y ti segura a latina —Sertum, i—o Ser [tam eleitos os seguintes cave
espenhadeii vo; (dicto | tão- —já pelas rasões retro pondera-|
ado) súbiam à sumúmidade, idas (pag. 4 e 5) ejá por oceasão |
gl onde estava colocado da vinda de Sertorio 4 Lusitania, ss F: arinha;
os rechaçon e impe- ‘e quendo se deu o supposto facto | cisco Parinha
in gsqulanento; e que, de SGelinda (gue muitos teem nor do David Nunes
desde a epacha d’este facto tomara | fabalõso) ê Porçosa, que a povoação E va; procúre ador, Maximo
a poros “0 o ni Já ao astellada, e Bi mui sxistento | o scites: José Vaz, Jo
que a; testa 2 SaLv 2 lembi ada! tivesso um nome qualquer, mas pão | :
hervica do imminente perigo de. Sair consta, que nenhum outro jámais quim Francisco, João Martins
nas mãos dos inimigos. Esto facto sivesse senão—Sertão, Sertãà—sen- Q do Chão da, Forca; Antordt
reitor Ferdândo Mars
eser rivão, + dna
David Lota
o
“Jheiros: :
>
consideran- |O q atfi
sólo | do
ad) acentes,
irad ão, mas aiúda mais por ter
a por armas uma sertã com
eis ovos, ede tempos inmemoriaes
se acha cinzelada no pelourinho
da praçace nim dos portados da!
muto antiga lgreja Matriz di tal [ca ponderado, e na verdadeira ety- mente, e que terminei, de:
a mao «Ger o | Essas a o si | para sempre, nº ao) úella agem
e R go—e que
certaginé hostes» — À sertã com | assim que a escrevem todos os ox- |miação, diverge encias que Be
unia GeNNE desbarata os inimigos. thographos além de Blutean, Feijó, | FesRdio n “outros ânnos. É
Cumpre notar-se aqui o barbarismo |Paria e Boc quette, já citados. Seja |
o inseri ção com relação ás | | pois dal e das tres ml licadas 3]
ertorio, nem de Sertago (a frigi- |Valdeira, do ll lar; José Mens
deira), mas exclusivamente de SEE :
des, da Codiceira.
tum1 o Sertão.
Folgamos que estas eleições
guns o 08, que, juncto da con-
Com certeza 1econhecoriam elles 8 |
|se tenham realisado paci
ram alas choupanas, pára de porto, este erro, se reflectissem no que fi-
se applicárem ao exercicio do pes: |
ca, eu darem principio ao rotea-
mento e cultura dó terreno; sendo
muito facil a posterior corrupção d |
vocabulo, ficando Sertã em logar de
ç
as
pção temos aquctoridade do antig
dias letras inícines de-—«Certago», | et ymolog avr
8 | logia da palavra (que nenhuma | or cas caiba para que tao
e Ce agine == pois ana segundo |outrá se propula), fica asd a ua- | )
margens d’aquel- |corográphica de Portugal dê a esta crcontramos em todos às mont- neira d’eserever a pal lavra, ceria, am lo entre em bom caminhe
no o presumivel prisutivo nome de mentos da boa latinidade, se deve- segura, com 5 e não O. francamente, já é tempo
Sertão; e anda sobre túdo a analo-| ria escrever «Serl tago», nem por as omgoosisod= o — f
Ho & F
, at – Peer
gia, uma das principues fontes da ! se encontra escripto À (Continua); E 01 approvada e sessão da. é
orthographia, pois que achando se (es lo em diccionario ou mara municipal, a pasa de m
no coreeiho de Oleiros, limitrophe, |. Ô 1 dás edades mais cul-| = estro re: SEE quuisitar para esta villa um deátal
um legar ermo e selvatico, que de| ;, não devendo z E EE i ç s À
8 a Gu g 2 Dr. Magalhães Lima mento de 25 praças de infanteni
tempos immeémorides se clianã Ser : assim erra É Achamos, digna “de todo É louvo
; ;
tã velha, -nome que, sem dy efluctir-
lhe proveio de ter sido como é
hoje é um Sertão, parece a
ida, | ; similhanto medida, que vem Í
a esta terra oa todo o con
um grado niolhoramento, ha m
E Saiu da redacção do Seculo |
tos O DOSSO ag tatigo Maga –
addiccionando o adjuncto- hã Lima. ê ETs dese): atos 5
para distincgão do outro Sertã: e tempo que e RA RR es Cs aa ;
d’ a povoação denominada 5 em Lisboa esta soloção. susci-| ER
— Se pois foi está a verdadeira O tomar geral. ad lá es Luiz Dias
gem do nome desta villa, manifes-| ln o erro di sh a pe às grandes divergen-| so o E a
Lu erro commettem Os que escrevem |) dá logar a escreve- cias que sé lovantaram su a Tem aguardado o leito este
|
bra literatos, e|os nor eta tios ds aquelle jor- dias, por edi Cd de sau
vlaes— Ce =| Us
s officiaes—Ce; tã nal. Não obstante, causou em o nosso presado o ilustre ami
q O á sua iniitação o Fisboa fanda impressão a sai-| go, Luiz Dias, conceituado
com—U-— em despreso de sua ety.
mologia;— a palavra latnia «Serta, até
orum,» (os Sertões). “| com um
Ainda comi relação á origem do vulgo quasi geralmente. ,
nome (e não 4 sua Tundaçã Lo attesto À Feto d’aquelle erro, og (la de Magalhães Lima do So-|
a tradieção c a srénça geral, que barbarismo, que já em antigos tem. |Culo, onde o seu nome ainda
na Rc da invasão dos Roma | pos escreviam alguns (comio se vê |vállia muito. W’ de crêr que a|
nos à Lusitania, que o famoso Ser E citado Sanctuario, e outros es [saida de Mag hos Lina to-
merciânte d’esta praça eu
| nã istradoy desta soa Dese) à
é
Melhado:
E RE o
guei o dia seguinto para jatos Guáte onde as faremos embarcar to 6 piedade: Não abstante, ella chorar. Sem duvida, ou é
» E? » 1 , % e
em Pacy, que a 4 cinco ou seis | pará à America. Fa entre ellas al | proctrava voltar se tanto quanto | mão ol seu amante:
leguas de distancia. Fiquei surpre: ‘gumas bouitas e é provavelmente a sia cadeia lho podia permittir,| Voltei bars Antoni
bendido; ao entt rn: deli : | lhos] gente pa
enc PAR v 7 GÊ a a j s- | nar s j
BR ; a povoação o que excita a enriosidade d’es [para furtar a physionomia aos olhos | onde estava assebtado esse
ver todos os liabiteiités em alarme. [ses bons Ros idos O ua O so: Pare mé gulhado nun
spa feto E É | . Ê Fá
E se E suas casas para | Teria passada adiante depois d?. (ola tazta pará se oceultar era tão | vio piciundo Não vi nn
correr em, muitidão 4 pc sta explicae: ati in se é
à porta duna esta Eai, So não tivesse sido | natatul, q que pá arecia vir dum sen-| viva. Rea da dor. Estava
esta agem ordinaria e Dá, deante surprchendido pel: às exuiamações | t mento de modestia, Coto Os seis ;(
da quai estavam Guis carros cober- | uma veiba que saía de os guardas que usa ba vaia
tos. (Is cavailos, que se conserva: | juntando as biãos e gritando que bando, do infelizes estavam tambero [homem isbucio e EE ed a
vam aluda juugidos, é que pareci. |era unia coisa mao uma coisa |ua sala, Cane ei de parse o chefe e. proximei-me; elle erguou-se;
Ê am subjuga os de fudiga e dé calor, | que fazia borror e cor npaisão. | E :
|
|
|
e
esto ço que |
este
| meiro si e
peai. lhe alotiuas om ções: deêr- |
testemunhavam que essas duas car- — De ue se trata da vida desta formosa aparga. |
e ucabavam apetias He eu, ê [Elo não pôde dar-mas senão muito
epte ne — sr, entre-—responde el. | génericas.
la=e’veja se esso espectaculo não) —Pronxemol-a do hospital ee
é capaz de Raras 0) CO ação? ise-me elie—por ordem do tenente
Ea, ANDRES ts e
puis?—-disse- |€
Tr
k
: de che-
a um Ao para
qua ver o NE ;
se inconmod
Ea Não
|
|
É ! » 1 + W aus 3q
po numa grande conâtsio: Winral Som Ri O, uisumAa coisa assás tu-|te O caininho; obstinou se cin não riga, qué me não parece. d
QUIvO estado ah QuCca mia e cnssstds ce or nai]
Ra Ho estadi tel a-hia to- | pouco jais do que as suas compa conhecer élle proprio, o qu
vsdrlem. ma pessoa da primeita nheiras. edi está um rapaz =atan= o nsoa usos: Ai
– á Je ELO TUOS BUZO SA pasa
l Sica UR a De É | É ER : é
— Isto não 6 nada, senhor—dis- socisda 4 sua bhisioza, e enxova: | tou guarda–que póle jnsteuilio me-
alles rot! as brancas e lhordo que eu, sobre
afeavam ua tão pongo”, açu, Ele ségue-
ta me inspirou resper [sem cessar Wi)
Eeopuito
causa da sum
des
us vesti à
do: he Es
its GUS eiu cul jdaz AV, COM 03 meus
até do Elavro
desde Pára,
momento de ‘
Quasisa da sum
des
us vesti à
do: he Es
its GUS eiu cul jdaz AV, COM 03 meus
até do Elavro
desde Pára,
momento de ‘
Quasi@@@ 1 @@@
0 Bnimatographo
Eis como Siphax, um espi-
mituoso chronista, descreve o
famoso invento gue nos ulti-
“mos tempos tem feito as deli-
cias da capital:
Annuncia-se em Lisboa a
exbibiçio do anematographo e
do «inematographo, dois curio-
sos apparelhos attribuidos ao
inventivo Edison, o lendario
feiticairo de Orange-Park.
Vem, portanto, muito a pro-
posto contar algumas das pha-
ses d’esse interessante proble-
ma,—a photograplia animada,
que parece encontrar-se hoje
quasi de todo resolvido.
Haverá uns quatro annos
que os jornaes americanos ce-
lebravam em phrases pompo-
sas a invenção de um novo ap-
parelho do grande Edison, mais
extrsordinario do que nenhum
dos muitos que já o mundo de-
via á sua engenhosa e fertil
imaginação,
Esse inventor, cuja existen-
cia fôra ao mundo revelada
n’um baile de Nova-York, no
intervalo d’uma quadrilha, pe-
la propria filha de Edison, e
pela obsequrosa intervenção de
um jornalista yankée, tinha por
fim registrar e reproduzir á
vontade, em todos os porme-
nores, uma scona qualquer,
por mais completa e mais lon-
ga que se podesse desejar.
Com o Kinétographo, tal foi
o nome dado logo pelo grande
inventor ao extranho appare-
E: :
| ho, tornava-se possivel, por
exemplo— assim o affirmavam
as pessoas bem irformadas—
transportar para casa a opera
ou à comedia, e arranjar at ho-
me, a qualquer hora do dia ou
da noite, representações per-
feitas, em que não sómente se
ouviam com todas as delicade-
zas as menores -infexões da » Ê 2
|Chronismo preciso, facil de rea-
voz dos artistas predilectos,
mas ate se viam realmente es-
ses mesmos artistas, executan-
do as mais complicadas scenas
das suas peças.
Graças ao novo invento, o
theatrophons, tão admirado se-
manas antes da epocha de que
falamos, não tardaria a mere-
cer os desdens dos seus recen-
tes aifeiçoados. E nada mais
natural, em boa verdade. O
thoutrophons: não tinha afinal
de contas outro merecimento
que não fosse o de transmittir
telephonicamente as palavras
e os sons. Com o hinttographo,
que resultava de uma feliz
combinação do phonograpio
com a photograplhia chrone-
photographica –que tem por
fim, como devem saber, produ-
zir photographicamente ima-
gens successivas de um mode-
lo determinado em estado de
movimente, imagens tiradas em
intervallos de tempo exacta-
mente medidos, — obtinha-se
nada menos que c gesto e a
forma, n’uma palavra, a rep:e-
sentação fiel da vida e do mo-
vimento.
Explquemos succintamente
esta maravilha.
Edison, ao mesmo tempo que
um phonographo notava, ao
cylindro de cêra, todos os sons
produzidos no decurso de uma
representação qualquer, toma-
iva simultaneamente, e em tem-
pos iguaes, distando um do ou-
tro 40,60 ávos de um segundo,
uma serie interrompida de pho-
tographias instantaneas das
scenas que se succediam no
theatro.
Para se realisar depois o es-
pectaculo de uma representa-
ção at home, bastava, depois,
de haver desenvolvido e fixa-
do, segundo 08 processos ordi-
narios da photographia, a série
das imagens, todas inscriptas
lado a lado e na sua ordem
chronologica sobre a mesma
tira, fazer passar rapidamente
esta série de provas n’uma lan-
terna magica iluminada a luz
oxhydrica.Em razão d’essa pro-
riedade que tem as impressões
minosas de persistir um cer-
to tempo na retina, —um deci-
mo de segundo, pouco mais ou
menos-—se o desenrolar da tira
fôr sufficientemente rapido,
concebe-se sem custo que as
diversas imagens devem sobre-
‘pôr-se sobre o écran, reprodu-
zindo com absoluta fidelidade
o gesto, a attitude e os movi-
mentos dos pérsonagens photo-
graphados, dando de certo mo-
do a propria illusão da reali-
dade.
“Se um phonographo traba-
lhar ao mesmo tempo que a
lanterna magica, por meio de
uma combinação habil, os per-
sonagens por esta ultima pro-
jectados parecerão falar, eo
encanto do prodígio é com-
pleto, dada a condição indis-
pensavel de existir um syn-
lisar, entre o desenrolar das
photographias e o do notavel
apparelho falante,
(Coutinua).
1-0]
CASTRO VERDE
O ilustre corresponte da «Folha
de Beju», em Ourique, na sua pri-
meira carta, diz que o sr. Jacintho
céu azuls…»
Salvo o devido respeito por tama
nha affirmação, parece-me que mais
propriamente se lhe pcederia cha-
mar um Merianno eximio e perfeito,
arranjos domesticos.
Ha dôze annos, se a memoria
mo não faiha, as suas vastas pro-
priedades resumiam-se n’uma cêrca
que certamente não leva 19 litros
de semeadura; gados seus, não pos-
suia, o credito egualava a grandeza
das suas propriedades, e quasi se-
manalmente o celleiro do seu então
muito estimado sobrinho, à conta da
muita amisade que os unia, levava
grossas maquias, e a b.lsa esvasia-
se para oecorrer às suas necessida-
des e da sua numerosa familia.
1
Madoira é «um borrão de tinta em!
isto é um Catão, em materia: do:
e O
ga

ECÍIO DA BEIRA
a terra, testemunha occular e pa-
ciente dos seus remendados eo-
thurnos, impregnaria com tanta te-
nacidade a existencia d’uma boa
sola, quanto elle agora sustenta
posse de direitos em intrincado pro-
cessos judiciaes. Ho dôze annos, as
operações das suas finanças limita-
vam-so a que or amigos, de vez
em quando, lhe emprestassem pe-
quenas quantias para as exigencias
mais imperiosas; porém, hoje, a sua
bolza está recheada de boas notas,
as contas são pagas pontualmente,
sem o modesto auxilio dos amigos,
satisfazem-se pagamentos importan-
tes, e os advogados e beleguins fe-
licitam-se da sua fortuna, por acha-
rem aquella alma franca e gene-
ORAS o
Salvo em circumstancias bem
criticas pelo seu sobrinho, o exӼ,
ar. Visconde de Belver, não tardou
muito a revolta contia um feitor,
As suas herdades de hoje dão
bem à tarte para lhe dispensar va-
liosa protecção, mas não viverá
muito Quem ojnão vejo ontra vez
com as botas esgaçgadas, imploran-
do aos poucos amigos a esportula
modesta para pagamento das con-
tribuções da sua unica côrca, mina
inexgotavel de rendimentos e reque-
zas fictícias.
Marcolino
ANNUNCIO 3
CENTRO COMMERCIAL |
DE
LUIE DIAS
Completo sortimento dá fa-
zendas de algodão, là, linho e
seda, mercearia, ferragens e
quinquilherias, chapeus, guar-
da-chuvas e sombrinhas, len-
ços, papel, garrafões, relogios
de» sala, camas de ferro e lava-
torios, folha de Flandres, esta-
nho, chumbo, drogas, vidro em
chapa é objectos do mesmo, vi-|
nho do Porto, licores e eognac;
livros de estudo e litterarios,
tabacos etc.
Preços extraordinariamente
baratos e sem competencia
Agencia da Companhia de
Seguros Portugal.
1la7, Praça do Commercio, 1 à 7
CERTA
— SERTÃ
“David Nunes e Bilva
| PYROTECHNICO
Encarrega-se de satisfazer
qualquer encommenda conser-
nente á sua arte, por preços li-
mitadissimos.
— RETRATOS
Tiram-se em differentes ta-
manhos desde 800 reis a duzia,
garantindo-se a sua perfeição
a nitidez.
Encarega-se de ir tirar phe-
tographias a qualquer ponto
d’este concelho, mediante ajus-
te especial.
TIPDGRAPINA
DO . |
RUA DO VALLE |
ESTBUACP&N
)
N’esta officina se fazem todos os trabalhos concernentes &
arte typographisa, para o que tsm pessoal habilitado, por pre-
ços assás rasoaveis.
Aecceitam-se encommendas de facturas commerciaes, bi-
lhetes de estabelecimentos, memoranduns, participações de ca-
samento, etc., etc.. impressos ofhiciaes e bilhetes E visita, para
o que esta casa possue um grande e variado sortimento de ma-
teriaes que mandou vir expressamente das primeiras casas de
Gtarante-se o bom acabamento dos trabalhos, a nitidez e
promptidão.
Es E a
A O remo E DEM, |
Eltxis, Pó o Posta dontifricios Tes,
3 RR. PP, BENEDICTINOS |
; bs fa ABBADIA do SOVLAC (Gironde)
DOM MAGURLONNE, Prior Se
8 Modealhas do Ororo: Bruxelas 1880 — Londres 4088 £
AS MAIS ELEVADAS ABCOMPRNSAS
INVENTA Pato Prior
no sumo aê 273 Pesto BOURSAVD
«Guso a P Bem
UE JOIA GRNO DM ML UNA GOV
os, Com dose 8
magua, rever Geuia A Cane los
deotas 6 queceos, forialocõa-
do é suas ar gengivas porfet-
tamante sadias.
« Prostámos am verdadeiro Bem
viço, assignalando aos nossos tab y
tores cxio antigo e têi
Es tgents Geral : QEcEIATAU
Dr Doponito em ládas ko boss Rerfumoriaa, Pháremesias Droguertaa;
cy Em Kiabos, tm casa de R. Borgogro, ria do Quro, 100, 1º.
E
BYSTHEMA METRICO
E
NOÇÕES DE ARITHEME TICA
PoR
ABILIO DAVID e FERNANDO MENDES
Acaba de ser posta á venda a segunda edição d’este ma-
gnifico compendio, redigido em conformidade com o program»
ma d’instrucção primaria elementar do 1.º e 2.º graus, confore
me o decreto de 19 de junho de 1896. E” um livrinho que se
recommenda, não só pela acertada disposição pedagogica, vo-
mo pela extrema clareza das suas definições e pela excessiva
barateza do seu preço.
Brochado, 80 réis; cartonado, 120 réis.
Todos os pedidos devem ser acompanhados da respectiva
importancia, e dirigidos a J. N. GUERREIRO.
Rua Nova da Trindade, 30 — LISBOA
Quem pretender dirija-se a,
Ha dôze annos, ae se nterrogasse,
Luiz Dias, Praça do Commer-|
cio — CERTA
AERYATERIA
Trabalhos em todos os generos por artistas de Lisboa,
Garante-se a perfeição e bom acabamento das obras.
FATOS DESDE 48500 RÉIS
Grande sortimento de fazendas de lã.
CENTRO COMMERCIAL
Luiz Dias
lay, Praça do Commercio, dia dt
CERTÃ
TYPOGRAPHIA—Rua do Valle. —SERTÃ
» responsavel— ANTONIO DIAS D’OLIVEIRA’OLIVEIRA