Voz do Povo nº73 21-04-1912

2.º Anno
DIRECTOR
Augusto Fiodrigues
Administrador
«ZERHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certã, 21′ de abril de 1912
E E
68)
E E
(65
a
e
E
Assignaturas
1200. Semestre…
* Para o Brazil.
ê Pago adiantadamente
Não se restituem os originaes
600 rs.
5ooo réis (fracos)
| REDACÇÃO
E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8 ú
CERTA
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprigdade da EMPREZA DE PROPAGANDA: LIBERAL
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Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
N’outro logar, preço conventional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
Politica geral
Das noticias ultimamente publicadas
nos jornaes, evidenceiase
o louvavel proposito, em que
o governo se encontra, de facilitar’a
execução da lei da separação.
Não ha nada de mais rasoavel,
e vem confirmar a opinião,
que sempre temos sustentado,
de que todos que se não conformem.
com as disposições d’aquella
lei, devem expôr claramente
as razões da sua discordancia,
para que, sendo estudadas
e julgadas procedentes, se.
lhe façam as modificações que
forem justas.
E? este o caminho que deve
seguir-se, pois do. protesto desordenado
e destructivo, nada
de util poderá advir, e bom seria
que desde o principio todos
assim encarassem a questão.
Continuamos a acreditar que
a hostilidade contra essa lei, deriva
mais da forma como certo
numero d’auctoridades entendeu
dever executal-a, do que da es-.
sencia «da propria lei: seja, porém,
como fôr, o que não sofre
duvida é que, sendo todos nós
portuguezes, todos nós temos o
direito, senão o dever, de contribuir
com os nossos estudos,
com’as nossas representações, é
com a franca mas ordeira apresentação
das nossas opiniões,
para o aperfeiçoamento das leis.
Sobre esse tão debatido diploma
publicou ha dias o ministerio
da justiça uma portaria, cuja
doutrina suavisa bastante algumas
das suas arestas, sendo
bastante para honrar a forma
como o. governo se mostra disposto
a afastar atrictos, a quebrar
más vontades. Sômos de
parecer que os governos democraticos
devem sempre pôr de
parte todo o espirito de intransigencia,
que mais ou menos é
fundado na vaidade. d’um. vão
capricho, e que, antes pelo contrario,
devem elles vir ao encontro
das manifestações da opinião,
com espirito de generosidade-
e de concordia, procurando
acalmar e não irritar. A portaria
a que nos vimos referindo,
inspira-se evidentemente n’estes
principios, pelo que se torna duplamente
apreciavel.
O projecto de lei que o illustre
ministro da justiça acaba de
apresentar ao parlamento é mais
uma prova dessa tão salutar
orientação, e por ella nos felici-|
tamos, felicitando egualmente o
o sr. dr. Antonio Macieira,
i E ‘
Um dos factos que mais tem
agitado a discussão jornalística
é a realisação d’um certo grande
emprestimo de que toda a gente
fala e cujas condicções, segundo
parece, poucos conhecem.
Confessamos que um paiz, cuja
divida é fabulosa, pedir ainda
mais dinheiro emprestado, parece
estar louco.
Mas… tudo tem um mas!
Se esse dinheiro, que agora
se vae pedir, fôr destinado a pagar
debitos que nos tragam mais
pesados encargos e cuja exigencia
nos seja ou possa ser feita,
com prejuizo do nosso credito,
temos de confessar egualmente
que não ha remedio se não pedir
esse tal dinheiro!
E se elle fôr, ainda, honestamente
destinado a promover largas
medidas de fomento e de
administração que nos habilitem
a sahir da situação atrophiante
em que nos encontramos, se elle
fôr destinado a regularisar a nossa
situação com o Banco de
Portugal, de forma a restituir
este estabelecimento á sua verdadeira
função de regulador do
desconto, teremos de confessar
que o emprestimo não é, a final,
tão mão como se diz.
Evidentemente, concordamos
com todos aquelles que são de
opinião que o ideal seria nós
governarmos com os nossos proprios
recursos. Devemos, porém,
lembrar-nos que o recurso ao
credito, presumindo uma boa
administração, é uma necessidade
que a força imperiosa das
circunstancias impõe, e que essa
força não se deixa convencer
por outras razões que não sejam
as de dinheiro á vista!
E por tudo isto concluimos
que, se as taes circunstancias
nos. impozerem a realisação do
emprestimo, não haverá remedio
senão fazel-o…
Restará, pois, muito simples- |
mente, discutir as suas condicções.
AO LA DAR TIS Dm
Delegação da Caixa Economica
Portugueza
O movimento de depositos n’esta
delegação concelhia de março de
Ig1I à 31 de marco de 1912 foi:
Deposito s Re 16:885;h205
Levantamentos……. 15:127661
Luiz Domingos
Chegou já a esta villa, este nosso
presadissimo amigo e collega de redacção.
|
Felicitamo-nos, e comnosco todos
os certaginenses, por termos de novo
entre nós, este nosso apreciado
patricio, que tantas symipathias conta
n’esta sua terra.
Muitos dos seus amigos o foram
esperar a Sernache, tendo sido muito
cumprimentado.
ESET RAEA E
TASSO DE FIGUEIREDO
Foi eleito presidente da Commissão:
Central da União Repubticana,
o nosso illustre amigo e patricio, sr.
almirante Tasso de Figueiredo.
ES TD DR GI e á
NECROPOLE CANINA
Veio ha tempo publicado no «Diario
de Noticias» um artigo descriptivo
do cemiterio que existe em Paris,
destinado exclusivamente -ao enterramento
de animaes.
Foi novidade certa para muita gente,
o que aliaz não admira, sabendo-
se que o proprio auctor do artigo
declara que não sabia da existencia
d’aquelle cemiterio, momentos
antes de lá ir.
Pois nós, que nunca fomos a Paris,
de ha muito o conheciamos, e
aqui temos sobre a mêsa um «afiche
» com as tarifas dos enterramentos,
que são de 5 a 1:000 francos,
accrescentando. que, em harmonia
| coma lei de 21 de junho de 1898, 05
animaes mortos são depositados na
necropole canina cobertos ordinariamente
com uma camada de terra de
um metro de espessura.
E ainda:
1.º Que a administração não consentirá
cerimonias nem decorações
que simulem as que se praticam para
com as pessoas fallecidas,
2º Que não serão admittidos nomes
de pessoas, nos epitaphios, ainda
que esses nomes sejam tambem
os dos animaes sepultados.
3.º Que as caixas contendo os animaes
mortos, serão preliminarmente
abertas para cabal verificação.
O artigo do «Diario de Noticias»
termina assim :
«Quantos dos que para cães ou
gatos aqui fizeram jazigos, não terão
comprado um palmo de terra no Pére
Lachaise, para seus paes, seus
irmãos, seus filhos 2!…»
Exactamente o dizer d’aquellas
pessoas que vendo uma alma compadecida
a distribuir carapaus por
um grupo de gatos famintos exclama:
«Parece impossivel! E talvez a
um pobre não soccorra com um bocadinho
de pão!»
A expressão é a mesma, e o erro
que ella traduz tambem anda um pelo
outro.
E? pena que estas indignadas crea-.
turas se não lembrem de uma cousa,
e é que se nós vamos deixar de
soccorrer um miseravel porque outro
miseravel ha ou póde haver mais
do que esse merecedor do nosso auxilio,
nunca chegamos a fazer bem
a creatura alguma, porque a série
de infortunados é infinita, e, quando
o não seja, não sabemos nós positivamente
onde ella pára.
Por outro lado deveriam todos
lembrar-se do seguinte: que a alma
sensivel e bem formada soccorre’o
infortunio onde e como calha, e jamais
distingue se’o ente a soccorrer
é um homem ou um animal inferior
na escala zoologica.
Devemos considerar ainda mais:
E’ muito mais decente e denunciador’
de uma elevada moral dar sepultura
aos animaes mortos do; que
lançál-os, como geralmente por aqui
se faz, ao mejo de um barril de lixo
ou à valeta da rua.
Com istoé que a nossa consciencia
se revolta e escandalisa, e que a
hygiene publica e particular muito
se arrisca a perder.
Com aquelle procedimento ambos
lucram.
Dir-se-ha, porém: E” absurdo erguer
monumentos a cães, consagrando-
os como se fossem homens.
Que havemos, porém, nósde ‘fazer
se os donos entendem as cousas
muito pela inversa?
Nós somos n’este ponto d’um radicalismo
extremo: nem por cães
nem por homens queremos monumentos,
mas porque não se entendem
assim as cousas, e o vicio de
consagrar homens pondo-lhes em cima
pesadas moles de pedra, continua
a ter a approvação das maiorias,
porque não havemos de proceder
por egual fórma para com os cães?
Não ha, porventura, cães. valendo
só por si mais que alguns centos de
homens nulos, a quem a vaidade e
o interesse faz erguer d’êsses taes
monumentos funebres?
Tão evidente nos parece este facto,
que negál.o seria um cumulo
de arrojo… e de ignorancia,
Homens intelligentes, capacidades
indiscutiveis, tudo quanto ha de culto
no mundo aprecia e ama os animaes
€ sabe respeitar n’elles a obra
esplendida e inimitayel da creação.
Só as faltas de saber, os dementes
e os alheados olham para estas
legiões de trabalhadores e de auxiliares
nossos com esses olhos hostis,
e julgam descabido quanto de bom
se possa fazer em beneficio d’elles.
Desgraçadamente, quão avultado
é ainda esse numero ! )
Nem admira, desde que nos lembremos
achar-se a gente n’um paiz
onde, em vez de diminuir o numero
de analphabetos pela difusão da escola,
se erguiam praças de touros
para melhor os embrutecer, e animalisar,
conservando-os acorrentados
sob a mais ignobil das tutelas.
Luiz Leitão.
mm
Importação de centeio
A secção agronómica do Consêlho
Superior de Agricultura foi de
parecer que se permita a importação,
com o direito reduzido, de
1:035:000 kilogrammas de centeio
para os districtos de Bragança, Viseu,
Guarda e Castello Branco.
FACTOS E BOATOS
Cesar Augústo das Neves
Em Cabo Verde, onde era importante
proprietario, faleceu o sr. Cesar
Augusto das Neves, que, por
estreitos lanços de parentesco se
achava ligado a algumas das principaes
familias da nossa comarca.
A’ sua ilustre familia os nossos
sentimentos.
-—o co
Por despacho ministerial e a seu
requerimento, foi concedida a aposentação
dos cargos de reitor e professor
do Collegio das Missões, em
Sernache de Bom Jardim, ao sr.
Joaquim Maria Quintão.
— —o co
Foi nomeado para, interinamente,
dirigir o collegio das Missões Ultramarinas,
o sr. tenente da administração
militar, José Baptista Valente
da Costa, que se acha em
exercício.
=I O0€C————
Foi observado n’esta villa, no dia
17 do corrente, o annunciado eclipse
annular do sol.
—o— 60c>—
Foi creada uma caixa postal, no
logar do Maxial Grande, d’este concelho.
—— «3 O00C>=. —
— No dia 25 do corrente, realisa-se
n’esta villa, a feira denominada de
S. Marcos.
ICO
Juramento de Bandeiras
Realisa-se no proximo domingo,
21, em todas as unidades do exercito,
a cerimonia da ratificação do
juramento dos recrutas.
—PERIGE——
Musica
Hoje, das 17 ás 19 horas tocará
no passeio do Adro, a philarmonica
Patriota Certaginense, que executará
o seguinte programma;
Passo Dobrado, Hespanhol, Duetto
de Cornetim e Requinta, Quadrilha
de Valsas -Viuva Alegre, Rapsodia
de Cantos Populares.
pis
Fausto, pot-pourri.
Guardai esta Flor, polka de cornetim.
Toutinegra, valsa de flautim.
Voluta, mazurka, A. Vassourinha,
marcha.
A Sociedade Musical Recreio Artista
não tocou, como tencionava, no
passado domingo, por motivo de
doença d’um dos executantes,
aa
Elísio de Campos
Esteve n’esta villa,“ na passada
semana, o illustre secretario da Associação
das Escolas Moveis o sr.
Elisio de Campos. :
–—S to
Justa reclamação
Em 22 de março de 1909; quando
o nosso amigo sr. José Maria
Monteiro Ferraz, tomou posse do logar
de escrivão de fazenda do concelho
de Beja, encontrou parados
trezentos processos, approximadamente,
para liquidação de contribuicão
de: registo por titulo gratuito.
Em 1 de fevereiro de 1911 quando,
pela aposentação forçada, que muito
o prejudicou, deixou aquelle logar,
ficaram existindo alli apenas 52
Ri dependentes de futuras
iquidações, aguardando os fallecimentos
dos usufructuarios. Acontece,
porém, que, até hoje, ainda: não
“foram pagas ao sr. Ferraz as quotas
da contribuição de registo gratuito
referentes aos mezes de maio
e junha de 1909, apesar de por
mais de uma vez o ter requerido ao
respectivo ministro das finanças.
E” de todo o ponto justo dispen-
VOZ DO POVO
| sar attenção a este assumpto, no
proprio interesse do credito do estado.
EE PRM 5 a
Dr. Pires Bento
Em serviço judicial, tem estado
m’esta villa, o distincto advogado de
Castello Branco, sr. dr. Manuel Pires
Bento.
a Se PS
Pela camara
Sessão de 17 de abril
“Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e assistencia dos vereadores
Ciriaco Santos e ‘Henrique Moura
teve logar a reunião da commissão
municipal administrativa.
Lida e approvada a acta da sessão
anterior.
Foi prêsente:
—Uma requisição do sr. administrador
do concelho pedindo trinta
tubos de vaccina, auctorisado o fornecimento
devendo passar-se a competente
ordem de pagamento.
—Um requerimento de D. Maria
do Sacramento Lemos Nunes, da
Certã, pedindo a cedencia mediante
pagamento de 0″,66 de terreno no cemiterio
municipal para collocação de
uma lousa. Deferido devendo arequerente
mostrar que pagou a respectiva
tancia devida pelo terreno adquirido
a fim de tornar definitivo o contracto.
— Officio da Junta de Parochia de
Pedrogam Pequeno dando conheci
mento de que Antonio Duarte, de
Pedrogam Pequeno se apoderou de
terreno publico. A camara resolveu
dar conhecimento ao cidadão administrador
do concelho para os fins
convenientes.
— Officio n.º 168, de 16 de abril
do sub-inspector escolar d’este concelho
communicando que calcula em
7oooo réis a despeza annual a fazer
com a creação do curso nocturno, A
camara resolveu tomar em consideração
o pedido, reconhecendo a imprescindivel
necessidade da creação
do curso nocturno, mas não podendo
tomar desde já a responsabilidade
do encargo que lhe traz, por não ter
verba no seu orçamento ordinario,
fará toda a diligencia para incluir essa
ou no ordinario do anno de 1913. O
vereador Ciriaco declarou sér opinião
sua dever esta verba ser inscripta
no 1.º orçamento supplementar
a organisar. |
—Um agradecimento do senador
sr, Nunes da Matta ao voto de louvor
que a camara exarou em sua sessão,
-—Um requerimento do sr. Padre
Antonio Pedro Ramaihosa, d’esta
villa, pedindo a prorogação do prazo
para a construcção d’uma casa que
foi approvada na sessão de 3 do corrente,
A camara deferiu a prorogação
do prazo por quatro mezes.
—mMandou pagar no dia 1.º de
maio aos empregados da Camara e
Administração e aos encarregados
da limpeza das ruas.
=-Mandou satisfazer ao arrematante
do petroleo o seu fornecimento
do 1.º trimestre findo,
—Mandou pagar ás amas e mais
subsidiadas no dia 23 do corrente.
Carteira semanal
Fazem annos:
“ No dia 22, o sr. Eduardo Barata
Correia e Silva. :
No dia 26, a sr.? D. Aura Magalhães.
Em viagem de propaganda com
mersachiu io caommlerc,ian te d’esta
praça, sr. Luiz da Silva Dias,
Retirou para a sua casa do Vergão,
com sua esposa e filhinha, o sr.
contribuição de registo e a impor-.
verba n’um orçamento supplementar.
|
Sebastião Farinha Tavares.
De regresso do Pará, está em
Lisboa, o sr. Antonio Fernandes.
Regresou a esta villa o sr. Antonio
Farinha Martins.
Sahiu para Coimbra, o sr. Hermano
de Sande Marinha.
—o— pere ——
Registo Civil
O movimento de registos n’esta
repartição, de 10 a 17 do corrente foi:
Nascimseemprne tne osbi p iA,
O brio fere pn
“Casamdde ntior s;
Escolas Moveis
Como noticiaramos realisou-se no
passado domingo 14, do corrente a
festividade dos exames de aproveitamento
dos alumnos que frequentam
a Missão das Escolas Moveis
pelo Methodo João de Deus, no logar
da Passaria.
Frequentam aquella missão habilmente
dirigida pela proficiente professora
D. Beatriz (Camacho, 80
alumnos de ambos os sexos dos
quaes cincoenta se achavam habilitados
a prestar provas.
Constituiam o juri por convite do
Presidente da Commissão Auxiliar,
o sr. João da Silva Carvalho, os srs,
dr. José Carlos Ehrhardt, como presidente
e a sr** D. Beatriz Camacho
eosr. Joaquim Thomaz, inspector
escolar d’este circulo.
A prestar provas foi chamado
grande numero de alumnos,
deixando bem impressionada a assistencia.
– Encerrados os exames o sr. dr.
José Carlos Ehrhardt fez uso da palavra
enaltecendo o trabalho da professora,
as vantagens de se dimi-.
nuir o analfabetismo, agradece em
nome da commissão aos assistentes
a sua, comparencia e diz aos alumnos
que no fim da missão, visto ella
ser prorogada, serão premiados aquelles
que melhor aproveitamento mostrarém.
;
Fizeram ainda uso da palavra, bordando
varias considerações acerca
do ensino, os srs. João da Silva Carvalho,
Joaquim Thomaz e o nosso
collega de redacção sr. Augusto Rodrigues.
;
ncerrada a sessão o alumno Henrique
Nunes, de cinco e meio annos
de idade, recitou um pequeno discurso
de agradecimento ás commissões
auxiliares, em nome de todos
os seus collegas.
Os alumnos entoaram a Maria da
Fonte e a Portugueza sendo soltados
vivas á Liberdade, Patria, Povo
do Amioso, etc.
Chronicas tripeiras
Das aptidões de Santo Antonio
(Ao dr. Josê P, de Queiroz
Magalhães)
(Continuação)
Mas o Destino chamava-o a mais
piso designios.
or isso, pouco depois do seu debute,
era elle elevado ao mandarinato
modesto de porteiro d’um: convento.
Foi então que, invadindo-o a ancia
de saber, começou a entrar
abundantemente pelas seccuras da
philosophia e da theologia.
O seu espirito só se sentia bem,
entregando-se a santas meditações,
ou versando a sciencia divina. A
Escriptura Sagrada era o seu unico
livro, o seu unico estudo. Interpretar,
literal, allegorica e moralmente,
a Biblia, aprofundar os monu-.
mentos da patristica, taes eram,
para elle, as occupações predilectas
de toda a hora. Contra a aridez de
taes estudos, dispunha: elle de uma
memoria prodigiosa, d’uma força
de vontade indomavel e d’uma paciencia…
só de Santo Antonio.
O resultado foi ficar tam sobre
carregado e sobresaturado de Santos
Padres que, durante a sua curta
vida, nunca teve ensanchas de se
abeberar d’outros conhecimentos humanos.
Por esse tempo, passava elle de
chrysalida a nympha, largando a
casca peccaminosa dos Bulhões.
Deixava, assim, o nome de Fernando
para se chrismar, definitiva
e irrevogavelmente em Antonio.
que fica archivado para todos
os effeitos.
*
Uma ardente inclinacão de evangelisador
arrastou-o pela França,
pela Italia e pela Romania.
E foi durante essa peregrinação
que elle bebeu ensinamentos junto
desse homem, que quasi chega a
parecer que o não é, tam super-humano
/se apresenta o seu arcabouco:
S. Francisco d’Assis.
N’este periodo agitadissimo da
sua vida, em que o ardor pela missão
evangelica nunca se sentiu esfriar,
ao fixar-se definitivamente em
Padua, onde havia de morrer prematuramente
aos 36 annos, depois
de ter trazido para o aprisco do
Senhor muitas ovelhas que se andavam
gafando pelo erro e pelo peccado,
Antonio de Bulhões nunca teve
um: momento de descanço. Se
quasi que, até, lhe ia faltando o
tempo para naufragar nas costas da
Sicilia!
Pois bem, N’este periodo da sua
vida, muito mais do que no primeiro,
quando elle se chamava simplesmente
Fernando, Antonio nunca se
encontrou: em lazeres ou tenções
de se dedicar a outros estudos que
não fossem a sua javorita theologia.
Sob o aspecto de sciencia, Antonio
apparece-nos, sempre e exclusivamente,
como um theologo profundo.
Nada mais.
*
Resumindo, vê-se que Antonio
nunca adquiriu outros conhecimentos
que não fossem os versados nos
varios ramos da sciencia theologica.
Nem outra coisa se coadunaria com
a sua vida extatica de contemplativo.
Interpretação para aqui, Santos
Padres para acolá, constituiu isso
sempre a occupação preferida do
ex-Fernando de Bulhões, cujo espirito
pairava por mundos superiores,
não se oceupando, senão para as
combater, com as miserias que pullulam
por este.
Pois prepare-se o leitor para levar
uma ducha enesperada:
Santo Antonio teve uma bem averiguada
carreira militar. Pelo menos
post-mortem.
Militar? perguntará o leitor surprehendido.
Sim; militar.
Folhei-se a legislação portugueza
desde 1707 e veja se Santo Antonio
não percorreu postos, ou venceu
prets,
O caso deu se primeiramente no
Brazil, quando este era simples colonia
portugueza,
Os colonisadores dessa actual
Republica suliamericana—que tomos
nós, mas não eu—levaram para
lá os seus habitos, as suas crencas,
Os seus tamancos e uma viola,
Não era, pois, de admirar que,
em todos os templos brazileiros, a
imagem de Antonio de Bulhões
sorrisse, imberbe e reluzente. Em
cada mercearia, um Santo Antonio,
distillando longanimidades e perdões,
presidia a todas as falcatruas
imposuntarias, practicadas ou auctorisadas
pelo dono da locanda, Em
VOZ DO POVO
honra do santo, a 13 de junho, estoiravam
foguetes e valverdes.
Um delirio por Santo Antonio!
Santo Antonio /or.ever!
*
Ora, lá no forte da Barra, da Bahia,
pouzava um Sant’Antoninho,
modesto recatado e obscuro, mas—
era de ver! — milagroso.
N’esta situação, pouco militar, o
veio encontrar a carta regia de 7
PAbril de 1707, mandando-lhe vencer
o soldo de capitão e comman-
“dante interino.
De certo que isto veio accender
| grandes despeitos n’um outro Santo
Antonio, mas este amezendado
no Rio de Janeiro, despeitos que
arrefeceram um tanto quando se
lhes accudiu com uma nomeaçãozinha
de tenente coronel, que trazia
adherente a si o barbicacho acommodaticio
do respectivo solto. Mas
o santo só sahiu dos seus amúos
uando, em 26 de Junho de 1814,
lhe foi enviado mais o penduricalho
d’uma gran-cruz de Christo.
Mas, a seu turno, deante de tam
prodigas benesses, Santo Antonio
de Goyaz começou— – c’os demonios!–
a dar por paus e por pedras.
Não que, tambem, não era só dar
tudo para os outros e elle ficar a
chuchar no dedo! Como estava lá
para o sertão, só foi ouvido em
1750, que foi quando o calaram com
uma provisão, que lhe concedia as
honras de capitão de infanteria e
um soldo de 192000 réis
Ora, Santo Antonio de Rio Preto,
vendo-se despresado e atirado
para um canto, começoua chorar
torrentes de lagrimas, tambem. pretas.
Só lhe seccou o copioso pranto,
quando um avizo de 1799 lhe trazia
o soldo annual de 480000 réis, o
que, pela sua vez, fez estalar de
raiva a muitos amanuenses, que não
eram pretos.
(Continua)
Conselhos aos lavradores
Insecticidas
Dá-se geralmenteo nome de pulgões
a uns insectos hensipteros do
genero Aphis entre os quaes existem
muitas especies [que atacam as arvores
e os arbustos fructiferos, principalmente
as macieiras, aphis-male,
a pereira, aphis-piri, a cerejeira,
aphis-cerost, a videira, aphis-vetis,
etc eres
Os pulgões variam principalmente
pela sua côr: uns são de côr esverdenhada,
outros amarelados, outros
pretos,’castanhos, cinzentos, etc. etc.
Achamos desnecessario estar a
descrever agora em separado cada
especie de pulgão, pois se trata de
animaes que todos o lavradores conhecem
demasiadamente, pelo seu
aspecto característico.
Pelo que respeita á sua biologia
pouco diremos pois todos elles nascem,
vivem e desenvolvem se e multiplicam-
se de um modo egual.
Apparecem em geral na primavera
ou nos principios do verão, formando
clonias tão numerosas, que
algumas vezes chegam a cobrir por
completo os ramos e folhas atacadas.
Cada especie de pulgão apresenta
tres formas dintinctas: uma aptera
(sem azas) que se reproduz por
partenogenese (sem fecundação) durante
a primavera e verão, (outra alada,
porém tambem partenogenesica
ou asexuada, que se propaga principalmente
na primavera, e uma terceira
fórma alada, que nasce no ou-
“tomno tendo sexos perfeitamente
distinctos.
A femea, uma vez fecundada, põe
os ovos nos interstícios da’ casca da
arvore atacada, cobrindo-os com uma
substancia cirosa, ao abrigo da qual
passam o inverno, para dar origem:
na primavera seguinte a novos insectos
apteros e assim successivamente
numa especie de rotação.
Os tratamentos preventivos de inverno
são de excellente’efeito na destruição
dos ovos; sendo praticados
com escruplo e rigor atenuam muito
o ataque no anno seguinte.
Quando existe a infecção na primavera
torna-se necessario atacar os
insectos perfeitoso,s pulgões, tão rapidamente
como o seu apparecimento.
pulverisando-os com um liquido
insecticida a que se dá o nome de
fluído.
Para se consegur a sua total des-
| truição é necessario pulverisar o
tronco, os ramos é as folhas, cuidando-
se em fazer as asperções da
folhagem de baixo até acima para
que o liquido insecticida impregne à
pagina inferior das folhas, onde vulgarmente
se encontram as colonias
dos pulgões.
Se o insecticida á energico e se
emprega na forma devida, basta, em
geral, um só tratamento para extermidar
por completo o parasita; porém
se a invasão é muito forte pode
succeder que não morram todos
os pulgões, e n’esse caso deve repetir-
se a aspersão passados alguns
dias. : no
Entre os insecticidas de maior e
mais facil applicação e que até hoje
teem dado melhores resultados fi
guram os Fluidos de Cooper; para
os tratamentos durante o inverno
emprega-se o Fluido S. F, de Cooper.
Não é venenoso nem irritante
e é completamente inofensivo quando
usado durante o periodo de repouso
da vegetação.
Nos tratamentos de primavera e
verão emprega-se o Fluido C. V.
de Cooper, sendo por assim dizer
um complemento do Fluido S. F.
Convém fazer as aspersões tão
rapidamente quanto se faz a manifestação,
podendo egualmente ser
empregado no combate do pulgão
das favas que tantos estragos causa.
No geral, basta uma só applicacão
para produzir os effeitos desejados
e quando tal não succeda repete-
se dias depois.
Costumamos empregar qualquer
dos dois fluidos 4 razão de 1 litro
de Fluido para 100 litros de agua.
Aconselhamos ainda o completar
estes tratamentos com adubações
completas adequadas ao terreno e
essencia fructifera cultivada.
Cardoso Guedes.
——— QRO———
grandeza de Napoleão
Para juntar á série de ditos cinicos
proferidos por o grande Napoleão:
É
No momento em que Dupont batia
em retirada para salvar um batalhão,
(Hespanhay, Napoleão exclamou:
— «Que morram com as armas na
mão. À morte assim é sempre gloriosa,
e é sempre vingada. Acaso
um soldado não é sempre facil de
substituir por outro soldado ?:»—
Quem relata o episodio é David
Starr Jordam n’um magistral artigo
de «La Paix par le Droit» intitulado
«A guerra e a virilidade», artigo a
que pertencem as seguintes linhas :
— «Se cortarmos as raizes de uma
arvore, as flores e os fructos não se
resentem desde logo; o seu futuro
porém, está compromettido, A guerra
affecta da mesma fórma a vida
nacional, Anniquila o futuro quando
não prejudica egualmente os nossos
dias. Aquelles que morrem no campo
de batalha representam os homens
de 18 a 35 annos, espiritos corajosos
que á patria fazem o sacrificio
de suas vidas. Os que ficam
são os menos válidos e são elles que
compromettem involuntariamente o
futuro do paizo—
“Madame de Stael perguntou um
dia a esse homem funesto (bôa pachorra!)
qual na sua opinião, era a
primeira mulher do mundo.
“Napoleão respondeu:
=«Ã que tiver maior numero de
filhos.»—
Sabido como esse devastador de
homens foi um insaciavel ambicioso,
a cuja gloria sacrificou tantas vidas,
como admittir que elle obedecesse a
algum pensamento elevado ao proferir
semelhante resposta?
Napoleão não teve em mira, falando
assim, enaltecer a maternidade;
o que provavelmente o preoccupava
era a idéa de que algum dia viese a
faltar-lhe a matera prima indispensavel
ás suas façanhas.
Receava lhe faltasse a «chair à canon
», de que fazia tão grande consumo,
A Luiz Leitão.
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Estas propriedades pertenciam a
José Gregorio Empurra e promove
a sua venda o solicitador Frutuoso
G. Pires.
Por este Juiso de Direito da Comarca
da Certã e cartorio do escrivão
que este subscreve, foi requerida
a interdicção por demencia
de Joaquim da Silva Serrano, solteiro,
maior, residente na villa e freguesia
de Proença-a Nova, desta comarca,
a qual foi julgada e decretada
por sentença de 37 do corrente
mez de março. ;
Certã, 28 de março de 1912.
E eu cântonio Augusto Rodrigues
escrivão do primeiro officio que o
escrevi e subscrevi.
Verifiquei
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