Voz do Povo nº43 24-09-1911

1.º Anno ) Certã, 24 de setembro de 1911 N.º 43
DIRECTOR
Augusto Rodrigues
Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor –
Luiz Domingues da Silva Dias
E Pe ee caia VOZ DO POVO
Assignaturas REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Annuncios
Anno….. + 1200. Semestre… 6o0rs. Travessa da Serbano 18 Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
Rara o Brazil. ec. oe 5uooo réis (fracos) CERTA N’outro logar, preço convencional
Pago adiantadamente
Não se restituem os originaes
Politica geral
As difficuldades em que presentemente
se está debatendo a
nossa visinha Hespanha devem
constituir para nós um prudente
aviso e um estimulo salutar.
A situação a que nos pode
conduzir o desvairamento das
paixões que se entrechocam,
acha-se nitidamente desenhado
nos tristes acontecimentos que
ali se estão desenrolando, n’uma
reedição da semana tragica. I
E” preciso recordar quea Hespanha,
pelas fontes inexgotaveis
da sua riqueza, pela sua situação
mundial, pelo seu poderio
material, com mais. ou menos dif,
ficuldade, pode resistir e vencer
os obstaculos que à marcha do
seu progresso os acontecimentos
lhe possam oppôr.
O mesmo, porem, não succede
a nós; os nossos recursos, já
de si tão frageis, acham-se depauperados
por circunstancias
de todos conhecidas; a nossa situação
interna carece d’um largo
periodo de repouso que cicatrise
as feridas abertas pelos. ultimos
acontecimentos e consolide
as instituições ha pouco estabelecidas;
o nosso credito, de ha
muito enfraquecido, carece urgentemente
de ser restaurado, a
nossa situação perante o estrangeiro
não dispensa os mais cautelosos
disvellos para que uma
imprudencia nossa não seja o
pretexto para sermos. victimas
de mais graves injustiças; d’ahi
a necessidade de todos nós, nº’este
perigoso momento historico,
esquecermos todas as rivalidades
pessoaes para nos unir com
sinceridade em volta do governo
que tão difficil missão tem a
cumprir.
Só com muito patriotismo,
com muita dedicação e com muito
desinteresse, e digamos tambem,
com “muita generosidade,
sem excluir a precisa, mas só a
precisa, energia, se pode solver
o difficil. problema economicosocial
-do nosso paiz.
Duvidar do patriotismo e da
boa vontade de acertar do primeiro
governo constitucional da
republica, – torna-se. impossivel:
é segura garantia do seu acrisolado
amor pela nação a figura
sympathica do seu presidente do
conselho, um dos homens que,
a valer, mais se sacrificou em
todos os tempos pela causa que, afinal, viu triumphar.
Pode o governo errar, sem
duvida; queremos mesmo acreditar
que ha de errar por mais
do que uma vez; mas que os
seus erros lhe sejam notados sem
espirito de opposição ou hostilidade
systematica, mas apenas
– com o sincero e honesto desejo
de collaborar com o governo na
“sua missão politica-administrativa.
E? cedo ainda para uma opposição
no verdadeiro sentido
em que esta palavra é geralmente
tomada.
Agora, não setrata de appoiar
– um partído, mas sim de ajudar
a sahir o paiz das difficuldades
que o assoberbam, algumas de
ellas comuns a quasi toda a Europa.’
Nós, os portugueses, que em
todos os seculos tantas provas
temos dado de patriotismo, não
esqueçamos a missão historica
que desempenhamos no mundo,
e tornemo-nos dignos do nome
e das responsabilidades que tomámos
perante a humanidade.
———— SpaDIte—— —
Affonso Costa
No passado domingo, o povo da
capital dispensou áquelle illustre estadista
as mais carinhosas e enthusiasticas
manifestações de sympathia
e de apreço, por occasião da
offerta que solemnemente lhe foi
feita d’um tinteiro monumental, commemorando
a sua brihante acção
como estadista.
Affonso Costa é um dos nossos
primeiros homens publicos, de cujo
talento o paiz muito tema esperar,
A todas as festas em sua honra
nos: associamos, prestando assim
mais uma vez, a nossa calorosa homenagem
ás suas brilhantes qualidades
de parlamentar e de homem
de estado.
ade ag sa os
D. Ritta Sanches Rollão
O funeral d’esta illustre senhora
constituiu uma sentida manifestação
de sympathia pela familia Sanches
Rollão e de respeito e de consideracão
pela memoria da extincta.
Era enorme a concorrencia de
pessoas, nas quaes se divisava a
maior commoção, sendo oferecidas
muitas corôas.
No funeral, o sr. Eduardo Barata
representava os srs. Fernando Bartholo
e dr. Albano Lourenco.
A desolada familia da ilustre
extincta recebeuinnumeros telegrammas
e cartões da Certã e de muitas
outras terras.
e BRAS
-Regressaram a esta villa os srs.
Antonio J. Simões David e esposa,
Firmino José David, esposa e filhos
e Adrião Moraes David e esposa.
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprieiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
CONVITE
A Camara Municipal
do Concelho da Certã,
convida todos os habitantes
desta villa a illuminarem
as fachadas dos seus
predios, na noite de 5 de
Outubro, afim de dar
maiorbrilhantismo ás festas
promovidas por uma
commissão de particulares
para solemnisar 0 1.º
anniversario da Republica
Portugueza.
O Presidente da Camara,
Zeferino Lucas.
5 de Outubro
Para festejar esta data, 1.º anniversario
da Republica Portugueza,
organisou-se n’esta villa uma commissão,
composta dos srs. Tasso de
Figueiredo, João da Silva Carvalho,
Dr. Albano Lourenço. da Silva,
Adrião Moraes David e Augusto
Rossi. É
Consta-nos que o programma dos
festejos é o seguinte: girandolas de
foguetes e alvorada felhs pbilarmonicas
«Certaginense» e «Patriota»
que em seguida percorrerão as ruas
da villa tocando a Portugueza e Maria
da Fonte; bôdo aos pobres; conferencia
na sala das sessões, e á noite
tocarão na Praça da Republica,
as duas philarmonicas.
FACTOS E BOATOS
Segundo o. disposto no n.º 3 do
art.º 9 do decreto de. 25 de maio ultimo;
foi creada, sob designação .Assistencia
uma, estampilha especial
dos valores de 10 e 20 réis, que será
de apposição obrigatoria, como
estampilha addicional ás taxas ordinarias,
a primeira no serviço postal
e a segunda no serviço telegraphico,
nos dias 1 e 2 de Janeiro, 4 e 5
d’Oulubro, 24, 25, 26 e 30-de dezembro
e no dia commemorativo da
constituição, de cada anno. São isentas
d’aquella estampilha as publicações
periodicas.
Como não houve tempo para a
confecção da estampilha especial, servirão
as actuaes de ro e 20 réis, com
a sobrecarga Assistencia.
1 E SIOVOE mi
Falleceu pelas 2 horas da manhã,
do dia 16 do corrente, na Varzea
dos Cavalleiros, um filhinho do nosso
assignante sr. Luíz Francisco Lopes,
a quem apresentamos as nossas
condolencias.
Ao funeral, que foi muito concorrido,
assistiu a «Philarmonica Patriota
»,
í
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar :
Musica
A phylarmonica «Patriota Certaginense
» executa, hoje, das 7 ás9
horas da noite, na Praça da Republica,
o seguinte programma:
Toa parte
Tunante, ordinario— Fausto, potpourri—
Voluta, mazúrka-—Rapsodia—
Toutinegra, valsa.
2.” parte
Colombo, ordinario—Aria para
cornetim— Carlotinha, valsa—Angola,
tango — Passo dobrado militar.
—f— io
Está a concurso a escola do sexo
masculino da freguezia da Varzea
dos Cavalleiros.
— Doce — —
Lyceu Central de Castello’
Branco
Está aberta a matricula na 1.º,
22 32 4.” e 5.º classes do Curso
Geral e 6.º e 7.º dos cursos complementares
de Sciencias e Lettras, no
Lyceu Central d’esta cidade.
O praso termina no dia 25 do corrente,
EG E—
Notas de 5$000 réis
Foi prorogado até 31 de outubro:
proximo o praso para a troca-das
notas de 54000 réis da chapa que está
sendo retirada da circulação, nas
agencias do Banco de Portugal; Findo
este praso só se trocarão na séde
do Banco em Lisboa.
Sep.
Escola Districtal de“Castello
Branco
Está aberta a matricula nos 1.º,
2.º e 3.º annos até ao dia 25 do cor- .
rente.
—— taça
Programma das festas em
Castello Branco
DIA 2— Alvorada, inauguração
das Escolas Centraes com sessão
solemne, corridas pedestres, etc.
DIA 3–Cortejo civico, inauguração
do novo edificio do Lyceu é sessão
solemne commemorando a elevação
do Lyceú a Central, festas
desportivas no pateo do Lyceu pelos
estudantes, sarau no thetro.
DIA 4—Cavalhadas, exercicio do
corpo de bombeiros voluntarios, fogo
de artifício e concerto de bandas,
esperando-se o concurso de uma banda
militar já pedida para este fim.
DIA 5-—Sessão solemne na Camara
Municipal para inauguração do
retracto do 1.º Presidente da Republica,
jantar aos presos, bodo aos
pobres, corridas de byciclettes, e
marcha aux flambeaux. 3
Em todos os dias haverá musica,
fogo do ar, tombola e vistosas illuminações.
As ruas estarão vistosamente ornamentadas.
DE —
Pela Camara
Sessão de 20
Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e assistencia dos vereadores
srs: Henrique Pires de Moura e
Antonio Nunes de Figueiredo teve
logar a reunião da commissão municipal.
e
Lida e approvada a acta da sessão
anterior foi presente: E
— Uma circular da Camara Municipal
de Guimarães pedindo a affixação
de um edital, satisfeito.
—Officio n.º 143 da Reitoria do
Lyceu Nacional de Castello Branco,
pedindo a affixação d’um edital, satisfeito.
—Um officio do facultativo municipal
dr. José Carlos Ehrhardt, datado
de 17 do corrente communi
cando o entrar n’aquella data no goso
da licença que lhe foi concedida.
—QOfficio n.º 832 do sr. administrador
do concelho, de 16 do corrente,
participando começar no dia
17 O goso de licença concedida.
CORA circular da Grande Commissão
Central da Celebração do 1.º
anniversario da Republica, pedindo
para esta Camara se fazer representar
no cortejo que em Lisboa se deve
realisar no dia 8 de outubro. A
Camara resolveu fazer-se representar
pelo vereador sr. Floriano Bernardo
de Brito, que se encontra
n’aquella cidade e a quem se deverá
participar esta resolução.
—Um officio da Commissão Organisadora
dos festejos da celebração
do 1.º anniversario da Republica
Portugueza, n’esta villa, pedindo que
a Camara solicite dos seus municipes
o illuminarem as fachadas dos
seus predios na noite de 5 de outubro,
e a cedencia da sala das sessões
para uma conferencia que se deve
realisar n’esse dia. A Camara resolveu
effectuar esse convite e ceder a
sala, associando-se ás manifestações
de regosijo.
E officio do presidente da
commissão parochial da freguezia
do Castello, enviando a copia do recenseamento
escolar; mandado archivar.
es
— Officio n.º 42 do chefe da 10.º
secção de conservação pedindo para
serem retirados os restos de um
candieiro d’illuminação publica que
se encontram na berma da valleta
do entroncamente da E. N. n.º 56
e E. D. 123; a camara resolveu officiar
ao vereador de Sernarche do
Bomjardim a fim de ordenar a remoção
devendo ser satisfeita a despeza
a fazer.
-— Officin n.º 822 da Camara Municipal
de Castello Branco participando
que tendo a referida Camara
tomado o compromisso de fazer pagar
pelos municipios do districto o
augmento da despeza occasionada
com a transformação em Central do
Lyceu d’aquella cidade, communica
que o referido augmento é de
3 1818305 réis e que espera que esta
Camara tome a resolução de informar
qual a quanta com que contribue
e que deverá figurar no orçamento
do anno proximo. A camara
não podendo satisfazer este pedido
devido ás suas fracas posses orcamentaes
e às enormes despezas
com a instrucção, tendo até deixado
de executar obras de necessidade
inadiavel como em tempo foi dito
ao sr, Governador Civil em officio
de 3o de 1911; resolveu officiar n’este
sentido.
-—Um telegramma do sr. Governador
Civil recommendando com
todo o interresse o officio da Camara
de Castello Branco, atraz citado.
A camara resolveu responder sentir
profundamente não poder attender
a tão justo pedido pela falta de recursos.
—Uma planta em duplicado para
a edificação de uma casa que Antonio
Raposo, pretende construir n’esta
villa, e que foi approvada com as condições
que o Conselho dos Melhoramentos
Sanitarios do Districto approvou
e que são: 1.º que além do
cumprimento que se acha determinado
no regulamento de 14, de fe-
VOZ DO POVO
No Album da Ex: Sr D…
Ingratidão, senhora, a tanta gentilesa
Seria eu não ficar muito reconhecido
E um crime commetria não vir com presteza
Acceder prazenteiro ao seu doce pedido.
vereiro de 1903, é obrigado a construir
uma chaminé satisfazendo ao
disposto no art.º 14.º do mesmo regulamento.
2.º Que o predio não poderá ser
habitado sem licença da Camara nos
termos do regulamento citado e em
harmonia com o art.º 55.º ;
Mandou pagar no dia 2 do proximo
mez os ordenados ao pessoal da
Camara e Administração e bem assim
as despezas com Os empregados
da limpeza.
—Indeferiu o requerimento em
que Maria dos Remedios, d’esta villa,
solicitava um subsidio de latação,
por já lhe ter sido concedido em
tempo para outro filho.
— + AGN DOE
Registo Civil
O movimento de registos n’esta
repartição dé 13 a 20 do corrente
foi de:
Nascimentos ……m… RO EEREO
Casamentos cus DAR RE
Obito= se en ne Ra:
Alberto Carlos Martins
A seu pedido, foi transferido para
a escola da freguesia de Cadafaes,
Celorico da Beira, aquelle nosso
presado amigo, distincto professor
official, que na Varzea dos Cavalleiros,
d’este concelho, deu sobejas.
provas da sua competencia.
A causa da instrucção n’este con
celho perde muito com a sahida de
tão prestaate funccionario.
– Ainda não ha muito que, apenas
devido á sua boa vontade e aos seus
perseverantes exforços, conseguiu
obter, por meio de subscripção, a
el vada quantia de 300:000 réis, para
a construcção d’uma casa d’escola
na freguesia da Varzea, quan-‘
tia que já entregou á respectiva
Junta de Parochia.
Pelo ministerio do fomento foram
auctorisados os proprietarius de
quaesquer predios confinantes com
et
Poeta?! Quem deva ser! Mas não tenho essa dita!
Realisados não posso ver estes anhelos:
Pois sou desprotegido da musa exquisita
Que não quer accudir aos meus fortes appelos.
Minha lyra destoante só vem m’inspirar
Rimas pobres, mesquinhas, toscas, deformadas,
Que d’uma triste orchestra nos fazem lembrar
As notas tumultuosas e desafinadas.
E por isso devéras estou contristado!!
Versos bons e mimosos não posso offertar
Mas tão sómente um canto triste e desentoado
Que componho a poder de muito martelar.
Ah! se fôsse poeta e viva inspiração
Eu tivesse e nas rimas o engenho adestrado
Seus encantos louvava com terna paixão
Em verso harmonioso, ameno’e burilado.
A’ musa com fervor dirijo invocação
Esp’rançado em fazer qualquer coisa de geito:
De livros, de papel, de lapis lanço mão…
Mas logo desanimo por nada haver feito.
Penso, torno a pensar, insisto e faço estudo,
Esquadrinho palavras, revolvo a int’ligencia,
Escrevo e risco muito e apezar d’isto tudo
Vejo ficar inutil’a minha deligencia.
Depois de tanta lid— aqu e dôr! que tristeza!
Apenas consegui estas quadras singellas,
Sem arte, sem cultivo, sem luz, sem belleza,
E é quanto posso dar-vos? Quereis recebel-as?
Nada valem, bem sei, Mas puras e innocentes
Nasceram de minh’alma, as tristes pobresinhas,
Como brotam da rocha as limpidas nascentes. :
Não as desprezeis, sim? São pobres, mas são minhas.
vevrcqan uaser a s
Perdoae se não venho em rima primorosa
De minhas homenagens render-vos o preito
E dar testemunho estima affectuosa
Que eu sinto, senhora, por vós em meu peito.
cárthur M. de Moura.
as estradas, a caial’os, independentemente
de qualquer outra licença.
Encarecer a utilidade de todos as
proprictarios d’esta villa caiarem os
seus predios, será inutil, tão conve
niente esse trabalho se torna para
a hygiene e para a esthetica local.
—I O0o Oq—— —
Estradas
Como ja dissemos, foram dota:
das com 1:00c$000 réis cada uma
as estradas d’Oleiros e de S. João
do Couto, cujas tarefas vão ser
postas desde já em arrematação.
Folgamos de poder dar esta no
tícia aos nossos leitores pois que
tudo quanto se faça para a conclu
são d’estas duas importantes vias
de communicação, constitue um
dos maiores serviços que se pode
prestar à nossa comarca.
— seo— —
Procural
Recebemos o n.º 4 d’esta bem
redigida revista forense, propriedade
da PROCURADORIA GERAL,
escriptorios de advocacia e procuradoria
na rua do Ouro 220, 2.º de
Lisboa, A
O summario d’este numero é o
seguinte:
Expediente.
Pequenas informações,
Normalidade constitucional.
Congresso forense.
Registo Civil.
Simples considerações.
Consultas.
Resenha da legislação.
Chamamos a attenção de todos
para a secção de Registo Civil começada
n’este numero da PROCURAL
que deve ser um grande auxiliar
para quem precise elucidacões
a tal respeito,
«O MUNDO»
Completou mais um anno de publicação
aquelle nosso distincto collega
da capital, exforçado campeão
da democracia, a quem apresentamos
Os nossos cumprimentos.
O abaixo assignado, f z publico,
para todos os effcitos juriticos, po-
– liticos, civis e administrativos, que é
natural da Villa da Ceriã, filho de
João Romão, já faliccido e de Ro
sa Maria; usava o nome de seu pae,
João Romão, mas par motivos de ordem
moral, passa a uzar o de João
Jacintho Romão, como consta officialmente
dos Diarios do Governo
0.º 135 e 140, respectivamente de
12 e 17 de junho do corrento anno.
Lisboa, 16 de setembro de 1911
João Jacintho Romão.
Conservador no Museu de arte
PERFIL
Todos que a véem passar admiram
as suas maneiras distinctas, O
seu porte delicado e altivo.
Nascida na cidade de marmore e
granito, foi embalada ao som-das
aguas azues do Oceano que rugia a
seus pése ali aprendeu a balbuciar
as primeiras palavras.
Foi na provincia que ella começou
a dar os primeiros passos, e
tem passado as mais bellas primaveras
da existencia numa bonita
habitação que alveja risonha n’um
vaile tapetado de verdura, onde
serpeia sereno um crystallino regato
que murmura segredos às flores
nos dias lindos de primavera.
E’ loira como uma genuina ingleza
e até parece possuir das inglezas
acôr de purpura que mais lhe aformoseia
as mimosas faces. Os seus
olhos d’um puro azul ce’este deixam
transparecer por momentos um pouco
de melanco’ia nativa, d’essa melancolia
particular ás familias do
Amazonas de que ella descende por
linha materna.
Na sua alma, onde germinam os
sentimentos mais nobres e as virtudes
mais sublimes, ha sempre logar
para as sinceras amizades e aquellas
que se orgulham de ser suas
amigas encontram. nella uma amizade
sincera e desinteressada.
Possuidora d’um coração magnanimo
que não sabe odiar, inclina-se
sempre á benevolencia, levando por
vezes o seu sentimentalismo até ao
extremo.
Cumprimenta de cabeça erguida
o nobre que lhe estende a mão e
afaga com carinho os loiros cabellos
das crianças que rolam «no pó
da estrada,
– Dotada d’uma grande belleza phisica
é egualmente ornada das mais
bellas qualidades moraes,
Com quinze annos apenas, pensa
como uma senhora experiente das
lutas gigantescas no mar encapellado
da vida.
A minha perfilada não amou ainda;
mas o primeiro amor absorverlhe-
ha toda a existencia e ha-de certamente
fazer feliz o homem que
for amado por ella,
Certã Esoj Avlis.
ea a to
Visitou esta villa, acompanhado
de seus filhos, o sr. dr. Souza Pinto,
juiz de direito na comarça d’A;
nadia, :
VOZ DO POVO
“A arborisação das estradas
Percorrendo o paiz seja qual fôr
a região, é extremamente desolador
o aspecto que ao viajante efferecem
as nossas estradas, «quer pelo pessimo
estado de conservação, quer
a sua desarborisação.
Isto não falando na reduzida rede
de comunicações que pessuimos.
Encontram-se lanços e lanços sem
uma unica arvore, com um aspecto
arido e monotono; alguns raros lan-
* ços mais felizes apresentam algumas
arvores, definhando umas pela sua
má escolha de essencia arborea para
“| oterreno, outras prejudicando-se pe-
“ Ja forma de plantação pouco cuidada
e criteriosa, sem symetria, sem
distancias regulares denotando em
tudo a sua ausencia de criterio que
presidiu á escolha e cuidado na plantação.
Nas mais pequeninas cousas se
manifesta a incuria com que de tudo
tratamos, o desleixo com que se
olha para assumptos que n’outros
paizes, alguns bem mais pequenos
do que o nosso, são tratados ali
com o maximo cuidado e attenção.
Deve ser bem conhecido de todos
que nos Jêem o papel preponderante
que as arvores representam não só
no saneamento dos solos, como na
regularisação das chuvas e conseuentemente
na humidade, na puri-
REição do ar atmospherico e até na
produção da lenha.
E’ devido á iniciativa particular
ue se procura desenvolver no espirito
do povo portúguez o culto pela
arvore; haja em vista a realisação
das festa da arvore em. diversos
pontos do paiz, levadas a cabo com
o intuito de desenvolver o culto da
mesma.
Para lastimar scinceramente é o
facto de que pessoas medianamente
cultas commettam ou mandem
fazer crimes de arboricídio, como
temos visto.
Não falamos já no inveterado
uso do nosso camponez, que, vandalicamente
em qualquer propriedade
onde haja qualquer essencia florestal
que se preste a produzir um
cacete, elle lá o vae cortar sem licença
do proprietario, parecendo
desconhecer que pratica um roubo,
porque o que está em qualquer
propriedade tem. de ser respeitado
e porque representa capital e trabalho.
SR]
Mas o que vemos fazer com a
rocura do tradicional cacete, vemos
infelizmente, levar á pratica com as
arvores de fructo, com as lenhas e
tudo, é um caso de falta de educação
civica que representa a ignorancia
dos direitos e deveres de cada
individuo.
Não nos devemos admirar, porem,
que o analfabeto faça, mormente
n’um paiz em que, como o nosso, o
analfabetismo ascende a temerosa
cifra de 80 O que se não pode
nem deve perdoar é que espíritos
cultos pratiquem taes vandalismos
ou os auctorisem.
Se para esses se pede a applicação
da lei, para estes entendemos que
não deve haver condescendencias.
Indicaremos, ainda que a traços
largos, O que no estrangeiro, onde
vamos copiar tanta cousa má, se
faz n’este sentido.
As essencias fructiferas teem substituido
ao. longo das estradas, em
plantações simetricas e alinhadas
nas bermas as essencias lenhosas.
Assim na Borgonha, as cerejeiras
que orlam as estradas rendem annualmente
entre 120 e 150 mil francos
que, com o cambio ao par, representam
vinte e quatro a trinta contos
de réis.
No departamento do Somme, só
n’um anno plantaram-se ao longo
das estradas 20:000 macieiras das
qualidades mais apreciaveis.
Em Baden e no Wurtemberg, ha
estradas que, ornamentadas com arvores
de fructo, com o que se liga
o util ao agradavel, se obtem um
rendimento minimo de 100 francos
por kilometro ou sejam 208000 réis –
annuaes com o cambio ao par; verba
esta que reverte a favor da conservação
das estradas.
Estatisticas recentes dizem-nos que
o Wurtemberg tira das arvores de
fructo plantadas ao longo das estradas
um rendimento calculado em
350:000$000 réis da nossa moeda.
A Alsacia-Lorena tira das arvores
de fructo cultivadas como acabamos
de dizer uns sessenta contos de réis.
Nos Estado Unidos da America
do Norte, o paiz das inovações tirou
no anno de 1900, das arvores
de fructo cultivadas nas suas estradas
o rendimento insignificante de 4:000
contos de réis da nossa moeda.
O cantão de Berne (Suissa) destinou
no mesmo anno 12:000 francos,
ou sejam dois contos e quatrocentos
da nossa moeda, para despeza
de plantação de arvores de fructo
ao longo das suas estradas.
Por toda a França, onde vamos
“copiar muita cousa, deixando de coiar
o que é bom, nos Vosges, no
ura, no Doubs, na Saboya, no Alto-
Saone, se cultivam arvores de
fructo ao longo das estradas.
Somos contrarios ao córte de essencias
lenhosas que ornamentem as
estradas sem que se fassa a sua
substituicão por qualquer essencia
fructifera lenhosa.
No primeiro grupo podiamos citar
a amoreira, a nogueira, qualquer
das suas variedades, a oliveira, como
tentativa de educação do povo.
A este assumpto voltaremos porque
não queremos fatigar os nossos
leitores.
Carteira semanal
Fazem annos:
No dia 24, a sr.* D. Albertina
Carvalho Tavares e o sr. dr. José
Bartholo.
No dia 25, os srs, Carlos Ribeiro
e José Queiroz.
No dia 30, o sr. João Pinto d’Albuquerque.
E
Estiveram n’esta villa os nossos
assignantes srs. capitão David Ferreira,
de Pedrogam Pequeno, e
José Antonio da it de Proença
a Nova.
De passagem para o Porto, esteve
n’esta vvilla o sr. Manuel Alves,
professor no lyceu d’aquella cidade.
Estão n’esta villa os nossos assinte
srs. Cel stino P. Mendes e
uiz da Cruz.
Saiu para o Porto o sr. Fernando
Bartholo.
Retiraram para o Salgueiro, o sr.
dr. Albano Frazão e esposa; paraa
Quntã as sr.“ D. Maria Henriqueta
da Camara Magalhães e D. Maria
José de Magalhães e Vasconcellos
e filhos; para Oleiros o sr. conego
Augusto Romão; para Lisboa
o sr. José Moraes David e para o
Valle de Santarem o sr: padre Antonio
Nunes e Silva.
Passou ligeiramente incommodada
de saude a sr. D. Maria do Sacramento
Ramos Nunes.
= << DOGOC>———
Adubos agricolas
Está à descarga um importante
carregamento de Phosphato Thomaz
14/16 e outro de Kainite, ambos em
Lisboa.
Ambos os vapores estão atracados
aos caes e em sitios em que a grande
falta actual de wagons não se faz sentir,
tanto por haver grande affluencia
ALLLAL ALLA LARA ALLA A LESS ALAS A ES ALAS LAMA LS ALLA ALLE DO LALL ALAS ALAS LALS ALAS ALAS ARAL AA AAA RS ALAS DA AA ALLA AAA
CORO CONTRA O HAL RUBRO (tabardilho dos porcos)
Pbarmacia Z. Lucas—- CERTA
PRTEVIIT IRL PIADA FERE EL PR PE PERO ERROR INITEN INEO PLATE TE PERO PE RERE RE PR ERETEL ELES FERE PEA VADE RI RAN
dewagons carregados vindos com trigo
da provincia, que veem descarregar
no mesmo sitio.
Podemos, pois, assegurar rapida
expedição d’estes 2 adubos.
O. HEROLD & €.º
Lisboa, Porto, Pampilhosa,
———— camada —— — — ——
A escola ao ar livre
Muito se fala em reformas a introduzir
nas escolas. Abundam. os
hygienistas que consideram barbaro
O estarem as creanças mettidas horas
seguidas em logares tristonhos,
e ha professores que se queixam do
regimen escolar e sobretudo do que
consiste em ter de dar lições a cem
alumnos, por exemplo, às vezes,
accumulados n’uma sala de poucos
metros quadrados de superficie.
A reforma completa e admiravel
da escola, seria sem duvida a escola
ao ar livre, fórma adoptada ha onze
annos em-Franç: por um professor
de Montigny.
Duas barracas de campanha armadas,
não importa onde, umas pequenas
mesas com os seus bancos e
um oleado, eis o mobiliario. As lções
dadas pelo professor são simples
lições de coisas; os alumnos,
pequenos ou crescidos, são ensinados
como se se tratasse de uma
distracção. .
Aprendem a fazer contas brincando
aos commerciantes com pedritas,
com as quaes se exercitam nas quatro
operações e se habituam a resolver
por si mesmo os problemas
que teem de resolver.
Tomam medidas, pesam-se, trabalham
nos jardins da escola e recitam
fabulas, representando-as. Para
a fabula, por exemplo, da raposa
e do corvo, sobe um alumno a uma
arvore e recita a parte do corvo e
um condiscipulo, no chão, recita a
da raposa.
Quando chove, reunem-se nas
barracas de campanha e ali continuam
as suas lições sempre de caracter
pratico.
O professor’ conta a historia da
agua, da montanha e do mar ao pé
duma fonte ou d’um ribeiro. A historia
do vento é explicada em dias
tempestuosos, a da pedra quando
proximos de um banco de granito
ou em face de uma pedra.
A da madeira vem’a proposito da
arvore que os abriga do sol ou da
mesa em volta da qual se sentam.
Os themas de ensino são infinitos
porque os limites da natureza não
são conhecidos, as lições surgem por
si mesmas.
N’um passeio, por exemplo, os
alumnos encontram um regimento e
a proposito o professor fala-lhes do
exercito, da patria, do amor patrio.
Os themas escriptos variam e
versam sobre assumptos que o alumno
tem visto e ouvido.
Os rapazes visitam as fabricas os
ateliers, as granjas, as casas em
construcção, Os quarteis, etc., e em
qualquer d’estas partes encontram
sempre que aprender.
Ao verem-se os progressos e à
saude d’esses collegiaes, causa estranhesa
que ainda haja escolas installadas
em casas anti-hygienicas,
verdadeiros pardieiros e já que tanto
se fala na necessidade de robustecer
a raça lusa, porque se não
pensa em fazer, ao menos uma tentativa
experimental, no genero que
acabamos de apresentar aos nossos
leitores?
ANNUNCIOS
Annuncio
Pelo presente faz-se saber que no
dia oito do proximo mez d’outubro,
por nove horas da manhã, á porta
do Tribunal Judicial d’esta comarca,
se hão de arrematar pelo maior
preço oferecido sobre o valor de
metade do respectivo preço da avaliação,
os predios abaixo menciona:
dos; pertencentes ao executado José
Marques Junior, penhorados nos autos
d’execução que Maria de Jesus,
solteira, de serviço domestico, d’esta
villa, move contra o mesmo exe:
cutado José Marques Junior, vitvo;
proprietario e seu fiador Joaquim
Marques, casado, jornaleiro, ambos
da Tapada, freguezia do Cabeçudo,
desta comarca.
1.º—Metade d’um predio que se
compõe d’uma casa d’habitação, com
quintal contiguo e arvores de fructo,
no logar da Tapada, avaliado em
oitenta mil réis. Vae á praça pela
quantia de quarenta e um mil e quinhentos
réis (418500). E
2º—Um predio rustico que se
compõe de uma terra de matto e pinheiros,
na Estrada Larga, limite
da Tapada, avaliado em quarenta
mil réis. Vae á praça pela quantia
de vinte mil réis (208000).
3.º) dominio util diam praso
annualmente foreiro a Joaquim Simões,
da Herdade, em treze litros
quinhentos quarenta e quatro mmillilitros
de trigo c meia gallinha, que
se compõe de terra, de semeadura
com oliveiras, no sitio da Ladeira
do Casal d’Ordem, liquidado no valor
de dez mil cento e sessenta réis.
Vae á praça pela quantia de cinco
mil e oitenta réis (58080).
4.º—Metade duma propriedade.
de terra de cultura com oliveiras,
testada de matto e sobreiros, sita á
Lameira do Pernangudo, limite da
Tapada, avaliada em setenta € cinco
mil réis. Vae á praça por trinta
e sete mil e quinhentos réis (378500),
Esta arrematação é effectuada pe=
la segunda vez, são por este citados
quaesquer credores incertos que se
julguem com direito aos mesmos
bens.
Certã, 23 de agosto de I9TL.
O escrivão,
Eduardo Barata Corrêa e Silva
O:Juiz de Direito,
2 Sanches Rollão 2
Annuncio
Pelo Juizo de Direito da Comar
ca da Certã e cartorio do segundo
officio, no inventario orphanologico
de José Martins Pereira, da Azinhaga,
freguczia da Sobreira Formosa,
d’esta Comarca, correm editos
– de trinta dias, a contar da segunda
e ultima publicação do annuncio
no Diario de Governo, citando o interessado
Bernardino Pereira, sol
teiro, maior, ausente em parte incerta,
para assistir aos termus do
inventario e deduzir os seus.
Certã, 9 de agosto de 1gII.
O escrivão,
Francisco Pires de Moura.
Verifiquei — O Juiz de Direito,
2 Sanches Rollão, I
AOS LAVRADORES
Cardoso Guedes, agricultor diplomado,
encarrega-se do tratamento |
de arvores e plantas doentes, com:
pras de adubos adequados ás cultu
ras, os melhores em qualquer caso
pelos bons resultados, não correndo
O lavrador o perigo de perder o di
nheiro e as sementes pela acquisj:
ção de formulas feitas sem criterio.
GLÁUÚCIA
Empolgante romance de 180 paginas.
Preço, 200 réis; pelo correio,
220. :
Pedidos a esta redacção.
Prlungo 4, Cisar Pias
Solicitador encartado
CERTÃ
Encarrega-se de tratar de todos
os assumptos judiciaes n’esta ou
n’óutra comarca.
Eliza Guedes Santos
“Modista “le vestidos E Chapems
Trabalha pelos ultimos figurinos;
execução rapida, bom acabamento,
preços modicos.
RUA OANDIDO DOS REIS
CERTÃ .
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Aguas mineraes
– do Monte Banzão
Combatem as dyspep— sFaicialista m : –
a digestão
Deposito na Certã: — Pharmacia
Z. Lucas..
LEI ELEITORAL
2 euição 40,” folheto da colleção
Com as alterações ultimamente
publicadas na folha official.
A” venda as seguintes de interes:
se geral: N.º 1, Lei de impiensa—
N.º 3; Lei de divorcio—N.º 7, Lei
do inquilinato—N.º 17, Direito á
gréve—N.º 20, Leis de familia-—N.º
21, Descanço semanal, Artentados
contra a Republica—N.º 36, Lei do
registo civil —N.º 33, Modelos e formulario
da Lei do registo civil —N.º
38, Descanço semanal e seu regulamento—
N.º 39, Lei do Recrutamento
Militar—N.º 41, Reorganisação
dos serviços de instrucção primaria
—N.º 42, Separação da egreja do
estado, etc.
Primorosa edição ornada de magnificas
photogravuras de pagina.
BRINDES aos srs. angariadores
d’assignaturas, Veja-se o prospecto.
BRINDE aos srs. assignantes uma
finissima oleographia propria para
quadro, representando
Cada folheto contendo uma ou mais
leis
50 REIS
Esta empreza está editando TO
DOS OS DECRETOS publicados
no «Diário do Governo» desde a
implantação da Republica, garan
tindo que a collecção é sempre meticulosamente
fita pela folha offi
cial. Pedidos à Bibliotheca d’Edusação
Nacional — Typographia
Gonçalves.
00, Rua do Alecrim, 82 — LISBOA
E VOZ DO POVO
ULIO GOMES FERREIRA A | DA 8061 ol,
—— DOC — —
Rua da Victoria, 82 a 83 e Rua do Ouro, 166 a 170
LISBOA
Installações completas de gaz e agua; gazometros para acetylene
desde 5 a roo luzes; variado sortimento de candieiros, lustres
e lampadas para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de
diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha;
tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tubo
de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di.
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandescencia;
esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
electricidade, etc.
(SS
Ea
va collecção de leis da Republica
Portugueza, approvadas pelas constituintes,
esta collecção traz todas as
indicações de referencias ao Codigo
em vigor.
60 RÉIS CADA TOMO
Pharmacia Z. Lucas-—Certã
Leis da Republica
Portugueza
cada folheto, contendo
uma ou mais leis
Últimos folhetos pu-
IN 8 blicados.
Lei da Separação da
Egreja do Estado,
A” venda na. PHARMACIA Z.
LUCAS—CERTA.
0 POE À REPUBLDA
Livraria Cernadas & C.* — Rua
Acaba de ser posta à venda a no- Aurea, 190, 192—LISBOA.
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estranjeiras para venda
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costura, acordeons e bijouterias.
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dades pharmaceuticas
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fabricantes estrangeiros.
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Rua do Ouro, 10, 2,º=ESCRIPTORIO FORENSE-Teleg.:*—LEQUE=LISBOA
—o e
Commissões e consignações, despachos nes alfandegas,
informações, remessas de encommendas para as pro-
“| Vincias, ilhas e colonias, Acceita representações de
quacsquer casas productoras tanto nacionaes como estranjeiras.
Trata de liguidações de heranças e de processos commerciaes
de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encartado.
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Com o capital de 500:000;000 rs.
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Nºesta redacção prestam se todos
os esclarecimentos e fornecem-se
tabellas, –
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Aos mnmessos leitores recommendamos
este especifico sempre que
preeisem de fortalecer o organismo.
Experiencias feitas por innumeros clinicos,
nos hospitaes do paiz e colonias, confirmam
ser O tonico e febrifugo que mais
serias garantias offerece no tratamento das
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doenças provenientes ou acompanhadas de
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2: parte-— Os-crimes da Ambição.
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a Casa Editora tem distribuido.
Está publicado o 1.º tomo d’este
notavel romance.
Acceitam se correspondentes em
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Aecebem-se assignaturas na Casa
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Nºesta officina exvcuta-se, por medida,
calçado para homem, senhora
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officina desejando manter é até ampliar
o seu credito, sffirma aos seus
estimaveis freguezes que empregará
todo o escrupulo e attenção na execução
de todos os trabalhos que lhe
forem confiados.
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