Voz do Povo nº33 16-07-1911

1.º Ânno
DIRECTOR
Avuvgusto Frodrignes
Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certã, 16 de julho de 1911
E
A.
NH)
VOá DO POVO
“ Assignaturas
1200. Semestre…
Para o Brazil.
Pago adiantadamente
Não se restituem es originaes
5ãbooo réis (fracos)
600 rs.
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA
Typographia Leiriense — LEIRIA:
Proprielade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha…
N’outro logar, preço convencional
Annuncios
e DORES;
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
Separação
—e c —
Como previamos, o clero portuguez
inspirando-se mum alto
sentimento patriotico, vae reconhecendo
quea lei da separação,
se contêm disposições que precisam
de ser melhoradas, é comtudo
uma lei susceptível de ser
aperfeiçoada, e sobretudo é uma
lei portugueza que aos portuguezes
obriga em: quanto não
fôr modificada. à
Varios membros do clero, dos
mais illustrados assim se teem
manifestado, e ainda ha pouco
vimos nos jornaes umacarta
d’um distincto ecclesiastico, o
rev.º prior de Alte, padre Joaquim
Marreiros Mascarenhas
Netto, na qual se fazem justas
apreciações á nova lei, com as
quaes, em parte, concordamos
plenamente. Sentimos que o espaço
de que dispômos não nos
permitta transcrever aqui, na
integra essa carta a todos os titulos
interessante.
Limitamo-nos, pois, a transcrever
alguns periodos, que dão
aos leitores uma ideia da illustração,
do bom senso e do espirito
de justiça do seu auctor:
Esta lei, contém realmente disposições
que afectam os interesses materiaes da igreja;
mas deixa livre ao clero parochial o
exercicio do seu munus, e talvez mais desafogados
que de antes, o seu apostolado
religioso e a sua acção evangelica; e eu
creio que a igreja de Jesus Christo não carece
de mais para o cumprimento da sua
missão religiosa e social. Assim viveu ella
e se expandiu nos primeiros tres seculos;
assim vive e se dilata pujante de vida nas
duas Americas, e parece que, quanto mais
desilaqueada de temporalidades, tanto mais
semelhante na pobreza ao seu diving insti-
“tuidor, e melhor se expande e ganha e conquista
Os corações e consciencias, ‘e se depura
e espiritualiza nos seus ministros, Recear,
pois, que pela privação dos recursos
materises se debilite e enfraqueça a força
e virilidade moral e espiritual da igreja é
não prestar fé á palavra de Christo, que
diz:—é o espirito que vivifica, e não a
carne. Preciso é que nos convençamos e o
demonstremos na coerencia dos actos, que
a igreja, que tem assegurada a sua perpetuidade,
não carece de meios humanos para
realizar na terra a sua acção civilizadora
a bem das almas e da sociedade, Notese
porém, que a lei da separação não priva
absolutamente a igreja de todos os recursos
materiaes, isto é, não é uma espoliação,
mas uma regulamentação : — córta
certos abusos, garante a applicação das esmolas
subsidiarias dos fieis, e, por um principio
de alta justiça social; consagra na
consciencia civica da familia portugueza a
beneficencia e a instrução—os dois escopos
a que Jesus Christo principalmente dedicou
as fadigas do seu apostolado, Se, em
tése, a criação das corporações cultuaes
colide com o direito canonico constituido
e indirectamente parece ofensiva da dignidade
parochial, esse senão, que é apenas
uma questão de fórma, póde o parocho elidi-
lo, escolhendo para essas corporações
individuos de sua confiança, como pessoas
de provada religiosidade
Talvez se me objecte que a lei de separação
tende a descristianizar o paiz, como
se deprehende do seu contexto e dizem
que q deu a entender o illustre titular da
pasta da justiça; mas a esta objecção responderei
com uma frase da sua carta;—
Corações ao alto, porque Deus será sempre
com a sua igreja.
Meu amigo, nas bruscas transições que
importam remodelação profunda na vida
politica e social de um povo, as reformas
radicaes (por mais absurdo que isto pareça)
são uma especie de valvula de segurança.
Vem depois o tempo—o bom conselheiro
acalmar as paixões, serenar os espiritos,
amadurecer e orientar as ideias, e, como
uma equação moral, restabelecer a normalidade
e o equilibrio no funccionamento
do organismo social. N’esta ordem de ideias
e conclusões, de que a historia política
contemporanea é plena confirmação, eu,
sem renegar a minha fé e sem quebra de
obediencia devida aos meus superiores
hierarchicos, acceito a pensão; e bem desejaria
ver os meus irmãos no sacerdocio,
em vez de uma intransigencia á «outrance»,
que os prejudica e em nada beneficia a
Igreja e o principio religioso, acordarem
antes n’uma formula conciliad ra de representação
ao governo da Republica, na qual,
salvaguardados dignidade e direitos, se
aliassem respeito e acatamento aos poderes
constituídos. Oppôrmo-nos á corrente que
rompeu o dique. é Joucura, porque ella
nos arrastará, caminhar ao seu lado, quebrando
lhe a impetuosidade, desviando-a,
fazendo-a derivar suavemente e orientando-
a, para que não arraze e destrua, mas
regue e fecunde — é avisada prudencia.
Não creia o meu amigo que a atitude in
transigente do clero possa influir na modificação
da lei. Succederá o contrario. Não
aventarei a questão da oppurtunidade da
lei, talvez o seu ponto mais vulneravel em
face do nosso estado social; mas opportuna
ou inopportuna é lei do-país, e como
tal obriga todos os cidadãos portuguezes.
Como vê, nºesta minha resposta, escripta
ao de leve, não concretiso. Limito-me a
principios geraes, e isto para não offender
susceptibilidades. Creia me, no entanto,
sempre seu collega e amigo afiectuoso e
obrigado.— Joaquim Marreiros Mascarenhas
Neito, prior de Alte,
“Como se vê, nesta carta encontrá-
se, a par d’um espirito
religioso que encanta porque deriva
dos evangelhos puros, um
criterio seguro na apreciação dos
factos e dos acontecimentos,
Se todo o clero se inspirar na
doutrina e no modo de ver d’este
illustre membro da sua classe,
terá dado uma prova do seu patriotismo,
do seu radicado amor
ao paiz que é de todos nós e do
seu bom senso, sem quebra alguma
dos seus sentimentos religiosos.
= APRE ——— o
| Dr. Augusto Barreto
De visita ao sr. dr. José Carlos
Ebrhardt, seu intimo amigo pessoal
e amigo» político, esteve n’esta villa,
na passada segunda feira, o sr. dr,
Augusto Barreto, acompanhado de
sua esposa.
S. exº, que havia deixado o seu
cargo de governador civil d’este dis
tricto, que distinctamente exerceu,
partiu para Lisboa a assumir as
suas novas funcções de director geral
da Assistencia Publica.
Muitas pessoas d’esta villa tiveram
occasião de lhe apresentar os
seus cumprimentos, retirando suas
ex.“ ás 9 horas da noite.
*
O sr. dr. Augusto Barreto dirigiu
à administração d’este concelho um
officio de agradecimento a todas as
corporações, entidades officiaes e
cavalheiros d’este concelho pela fórtina
como todos lhe facilitaram a sua
acção administrativa.
E Re pa a e
Affonso Costa
Encontra se já na Serra da Estrella,
em franca convalescença,
aquelle ilustre estadista, e notavel
parlamentar.
S. ex.º tem recebido de todo o
paiz as provas mais expressivas de
quanto é apreciado o seu brilhante
talento
Fazemos votos para que, dentro
de poucos dias, completamente restabelecido,
o vejamos tomar o logar
que lhe compete na superior admi
nistração do paiz.
PELA CAMARA
Sessão de 12 de julho
Sob a presidencia do sr, Zeferino
Lucas de Moura e assistencia dos
srs. Henrique Moura e Filippe Leo
nor teve logar a reunião da commis
são administrativa,
Lida e approvada a acta da sessão
anterior foi presente:
—Um requerimento do sr. José
Christovam Gaspar, acompanhado
da planta de uma casa a construir
na Guella da Ramalhosa, approvada
em sessão de 4 de junho proximo
passado, pedindo para abrir mais
uma porta e para que lhe seja permittido
o extrahir pedra junto á estrada
municipal da Certã á Portella
do Outeiro, Deferido,
-—Um officio da Commissão Dele
gada do Concelho dos Melhoramen
tos Sanitarios de Castello Branco
acompanhando umas instrucções sobre
o projecto de uma casa que o
sr. Floreano de Brito pretende construir
em Sernache do Bomjardim.
Inteirada.
—Um officio do Collegio das Missões
Ultramarinas dando varios esclarecimentos
sobre o movimento
dos empregados d’aquelle estabelecimento.
Inteirada,
—Um officio do apontador encarregado
da fiscalisação da estrada municipal
da Certã á Varzea, lanço
comprehendido entre a Portella dos
Bezerins e a Varzea, dando conhecimento
que a pedra empregada pelo
arrematante, na construcção do aqueduto
é de má qualidade. O sr, Presidente
informou a Camara de ter
prevenido o arrematante para a substituir,
sob pena de a Camara cobrando
a- respectiva importancia de
“ elle arrematante,
—Concedeu licença ao sr. Padre
Antonio Pedro Ramalhosa, d’esta
villa, para explorar pedra junto da
Estrada da Certã à Portella do Outeiro.
:
—(Concedeu licença ao sr, José
Bartholo para depositar: materiaes
na estrada do cemiterio, para reparos
n’um jazigo do mesmo.
—Mandou pagar as folhas de vencimento
das amas de expostos é
mães subsidiadas, respectivas ao 1.º
semestre deste anno.
-——Mandou egualmente satisfazer
a quantia de 68000 réis ao secretario
das finanças d’este concelho pelo
expediente das despezas do serviço
especial municipal no anno corrente,
—bDeferio o requerimento de Joaquina
de Jesus, da Macieira, freguezia
de Sernache do Bomjardim, concedendo
o subsidio de lactação de
1200 réis mensaes, findando em 16
de março de 1gi2.
—Foi presente um telegramma-do
governador civil perguntando pelo
numero approximado de alumnos a
examinar e se a camara está devidamente
auctorisada a satisfazer as
despezas.O sr. presidente declarou
ter respondido telegraphicamente
que o sub-inspector póde informar
do numero exacto dos alumnos e
que as despezas são pagas por particulares.
—Sendo agora a época da laboração
dos fornos de cal a camara
resolveu mandar affixar editaes suscitando
aos srs. proprietarios de predios
urbanos o cumprimento do art.º
25 do Codigo de Posturas, sendo de
3 mezes o prazo.
—Foi resolvido fazer acquisição
de 24 cadciras para a sala das sessões
e duas secretárias para a secretaria,
devendo reforçar se a verba
dotada para a limpeza dos edifícios
e mobiliario pertencentes ao municipio
consignada no orçamento ordinario
com mais 802000 réis.
Foi organisada a tarifa dos precos
dos generos com relação ao anno
economico IgIo-IQII.
FACTOS E BOATOS
Musica :
No domingo ultimo, esteve tocando
na Praça da Republica d’esta
villa, a philarmonica Patriota,
Foi ouvida com bastante agrado,
— – -DO0C-———.
Melhoramentos
A camara municipal d’Oleiros solicitou
do governo a construcção do
lanço da estrada entre o alto Cavallo
e o Sendinho.
Os habitantes de Proença-a-Nova
representaram ao governo, no sentido
de se concluir a estrada do Valle
Carneiro a Villa Velha de Rodam.
—— <92600€—-.
Foi reformado o professor do Collegio
das Missões Ultramarinas, rev.
Padre José Pires.
———— IC(00€c—-——
Notas de 208000 réis
Certas notas, do typo corrente,
vão deixar de estar em circulação,
para serem substituídas por outras
do mesmo valor mas de nova chapa.
As actuaes devem ser trocadas
até ao dia cinco do proximo mez de
agosto,
:—— 36009€————
Foi nomeada temporariamente
para a escola do Marmelleiro, a sr.>
D. Maria Rosa Santos Torres.
Chronicas tripeiras
“(A Firmino Pareira)
Carta ao cardeal Merry del Val
(Continuação)
Toda a capella, eminentissimo senhor,
constituia um verdadeiro pandemonio.
Se a arrepiante dissonancia dos
instrumentos, conjunctos, já fazia
nervos, a desafinação das vozes essa,
então, ameaçava de syncopes.
Mas o que era feito de sopranos
e contraltos? Trez vezes nove…
Muito cordato e timidamentpee,rguntei
a razão dºessa auzencia aum
amigo, que estava proximo.
«Pois você não sabe que o papa.
prolubiu as mulher de cantarem na
egreja 2!»
Foi d’esta resposta, illustre secretario
de Sua Santidade, que explodiu
essa ziguezaguente conjuncção
de espiritos, em que, ainda agora,
me debato.
O que haverá de tão subida importancia
que impeça a mulher de
cantar n’um templo? Qual o motivo
ponderoso que justifique a derterminação
papal? Capricho, caturrice de
pontífice hysterico? Ou resultaria
essa prohibição’ de premissas perfeitamente
estabelecidas?
Não o sabia eu responder, eminente
cardeal.
*
A” sahida do templo, encontro-me
eu com o medico da terra, que tambem
vinha de assistir á festa da egreja.
Expuz lhe a minha extranheza.
Deu-me explicação egual à do outro
amigo, com quem fálára dentro
do templo.
Mas custava-me a engulir essa explicação
sem repontar, sem conmentar.
Por isso perguntei:
«Ora diga-me cá, doutor: ha entre
a laryoge do homem e a da mulher,
difleranças anatomicas ou physiologicas
que expliquem: a condemnação
das vozes femininas?»
«Nenhumas. Ambas as larynges
teem cartilagens, musculos e mucosas
eguaes, Em ambas é a expulsão
do ar que faz vibrar as cordas vocaes,
produzindo o som, Se alguma
diferença se poderá notar, será apenas
no timbre. Mas este elemento,
mesmo, da differenciação é falivel.
E” regra que claudica muitas vezes,
Ha mulheres—não muitas—de voz
grossa, como trombones, e homens
de voz feminil-—os Miquinhas—, que
poderiam cantar de primadona, Estou,
até, convencido de que escolhendo
bem, será possivel recrutar,
em qualquer dos sexos, todos os naipes
de vozes, que vão desde o soprano
ao basso. Demais, em tempos
idos, quando as mulheres não
podiam cantar em theatros ou egrejas,
(como vê a actual prohibição
papal não constitue materia nova,
Nihil novum sub sole!) educava-se,
até, homens para sopranos, submettendo-
os a uma operação prévia, que
implicava, afinal, com a sua virilidade…
»
«Uma operação?!»
«Sim, uma operação sangrenta.»
E, approximando a bocca do meu
ouvido direito, pronunciou o nome
duma exerese, cujo nome me não
atrevo a estampar aqui para não
offender o vosso cardealengo pudor.
Mas o caso é que, após a confidencia
do doutor, eu e este rimonos
com vantade.
*
A meio da tarde, no arrajal fronteiro
ao templo, encontro o abbade
da parochia.
Disparo-lhe a pergunta, que já fizéra
ao doutor.
– «Foi o motu proprio de Sua Santidade
que probibiu as mulhes de
VOZ DO POVO
cantarem na egreja» respondeu-me
elle.
«Mas não lhe parece isso um disparate?
Ora supponha que, em logar
d’uma missa, se tratava de um
lausperenne. O senhor abbade prohibiria
que as mulheres entoassem o
Santissimo? E, se o caso fosse uma
simples ladainha, só consenteria que
os ora pro mobis fossem cantados
por homens?»
«Isso é caso diverso. Só em festividades,
no côro, é que as mulheres
não podem cantar…»
«Isto é :—atalhei eu—estão prohibidas
de cantar, quando havia razões
para crer que o podessem’ faz
r mais afinadamente, porque quem
vae para um côro, suppõe-se, deve
saber canto, coisa que se não póde
presuppôr para os que berram lá
em baixo, na massa avulsa dos fieis.
Não lhe parece assim!»
«Não sei, nem discuto. São ordens
de Roma e só tenho que acatá-
las.»
«Mas, então, qual lhe parece que
seja a causa da exclusão ?»
«Eu sei lá! Talvez seja porque a
mulher, quando: canta, redobra de
encantos… E ainda agora reparo
que, para dizer isto, quasi que fiz
echo-..! Ah! Ah! Ah!…»
E desatou n’uma gargalhada.
‘Mas, approximando-se mais de
mim e segurando-me pelo abandado
do casaco disse me, quasi confidencialmente,
em quanto piscava o olho:
«Quer saber porque a mulher não
póde cantar? E’… é porque… a
mulher… é o peccado! Não lhe digo
mais…»
E soltou nova rizadinha,
«Pyramidal, senhor abbade ! Então
só a mulher é que é o peccado
e o homem não o é tambem?! A
mulher, que canta, mas que o faz
por puro amor da arte e que, por
isso mesmo, trata de executar o mais
artisticamente possivel; a mulher
que canta por simples fervor religioso
e dá á sua voz a entoação mais
séria e mais religiosa, que souber;
a mulher que canta e que, no fundo
é tão honesta como a mulher de
Cezar; mulheres d’estas—diga-me—
serão o peccado ?»
«Não, não são; mas podem despertar
no homem, mais vehementes
que nunca… desejos de peccar.»
«Pois saiba, que, sob esse ponto
de vista, ha mulheres que, sem cantarem,
são mais perigosadso que
qualquer das que enumerei. E póde,
até, dar-se o caso de ellas, apezar
do seductor do seu aspecto, se
rem bonestissimas e nunca terem tido
ideias de attrahir olhares masculinos.
Então Sua Santidade, para
ser logico, que leve mais longe o seu
riggor, prohibindo a entrada na egreja
a toda e qualquer mulher, seja
ella quem fôr, porque só assim evitará
que, a dentro da casa do senhor,
a promiscuidade de sexos vá,
ahi, fazer surgir ideias lascivas…»
De repente, uma banda marcial,
que estava em corêto proximo, rompeu
n’um furioso passo dobrado,
estorvando, por completo, a continusção
do nosso dialogo.
E, d’ahi a poco, separavamo-nos.
(Continúa)
— GRAU CER e
EXAMES
Sob a presidencia do sr. Francisco
Vaz Raposo Gama, professor em
Escallos de Baixo, e delegado do
inspector escolar d’este circulo, realisaram
se no dia 8 os exames elementares,
sendo approvados com a
nota de optimo os alumnos Antonio
Vinagre, Fructuoso Leitão, Francisco
Serrano, e com a nota de bom,
Joaquim Ferreira, Joaquim Diniz,
José Miranda e Silverio Fernandes.
Egualmente fizeram exame tres
alumnos da escola da freguesia de
Santa Anna ficando um-com a nota
de bom e dois com a de suficiente.
No desempenho do mesmo serviço
seguiu o referido delegado para
as freguesias do Cabeçudo, Castel-
Jo, Amparo e Pedrogam Pequeno.
“E” o ultimo anno em que estes
exames se realisam seguindo se de
futuro a nova reforma de instrucção
primaria.
GeC a
Ratazanas e ratos acabam onde
se emprega o raticida
«RATIN»
Um nosso freguez diz-nos o seguinte:
«Empreguei o «RATIN» etenho
o maior prazer em lhes communicar
que estou livre dos ratos e ratazanas,
que tantos prejuizos me teem
causado, tanto no meu estabelecimento
e armazens, como n’uma
quinta que possuo.»
O, Herold & €?
Lisboa
Esrá á venda e la sempre fresco na
Rua da Prata, n.º 194
». » » » 99
» Die » 204
» «do Principe, n.º 53
> Augusta, n.º 39
Largo do Corpo Santo, n.º 22
» des. Julião, n.º 10
Estrada de Sete Rios, n.º 48
Na Certã-—Zeferino Lucas—Largo
do Chafariz,
Registo civil
O movimento de registos n’esta
repartição de 5 a 12 do corrente foi:
Nascimentos, quatro.
Obitos, dois,
Desastre e morte
No dia 8 falleceu José Nunes Miguel,
da Codiceira Grande, que. ali
Cahira de uma cerejeira.
Carteira semanal
Tem ultimamente passado incommodada
de saude, a sr.º D, Margarida
Rollão, gentilissima filha do sr.
dr. Sanches Rollão.
Estiveram, em Oleiros, o sr.
Eduardo Barata; «e em Sernache os
srs. Francisco Gonçalves e Joaquim
Jacintho Feliz, e em Castello Bran
co, as sr.” D. Fernanda de Campos
Dias, e D. Conceição Baptista.
Esteve em Proença a-Nova, o sr.
Francisco Pires de Moura.
Retirou para a sua casa, do Cabe
cudo, a sr,’ D. Albertina Guimarães
Lima.
A fazer o seu tratamento d’aguas,
partiu para Entre-Rios, o importante
proprietario d’este concelho, sr.
Floreano Bernardo de Brito.
Regressou de Lisboa, o sr, José
Ventura.
Sahiu para o Brazil (Pará), o sr;
Antonio Farinha Martins;
Partiu para Penella, o sr. José
Martins, aspirante de Fazenda, que
vae servir na Repartição de Finanças
d’aquelle concelho.
Tem estado em Lisboa, o sr. dr.
Bernardo Ferreira de Mattos, distincto
advogado n’esta comarca.
Pequena correspondencia
Dignou-se mandar satisfazer a importancia
da sua assignatura o sr,
Antonio Dias da Silva,
Agradecemos.
|
|
|
|
CON
«Na Aurora do Seculo XX»
Traduczão do general Celestino de
Sousa
O novo livro posto á venda pela
“Bibliotheca da Educação Moderna,
que se publica em Lisboa sob a di
recção de Ribeiro de Carvalho, é
um trabalho formidavel de instrucção
e de revolta, devido à penna
de um dos maiores escriptores allemães:
Luiz Buchner. Para odifinir,
basta. dizer se que foi este-um dos
livros de que se serviram os revolucionarios,
na Russia, para arrancarem
o Povo á tyrannia politicea relígiosa
do imperio dos Czares.
Pelos assumptos tratados nos seus
capitulos, logo se vê a importancia
capital d’esta obra, São os seguintosa
A Sciencia—Asironomia, Phisica.
Chimica. Geologia. Paleontologia,
Anatomia. Anatomia comparada.
Embryológia, Physiologia. Zoologia.
Botanica, Biologia. Anthropologia
pré historica. Eihnologia e Geographia.
Psycologia. Medicina. Industria.
Historia.
A Philoso— pInhfluienacia : de
Kant. A metaphysica é o idealismo.
Schopenhauer e a vontade. Hartemann
e o inconsciente, Causas da
ecadencia da philosophiia. Fr. Nietzsche.
A philosophia do futuro.
O Materialismo —.A supposta
tyrannia materialista. O problema
das origens. Propriedades da materia,
Os phenomenos vitaes. Eternidade
e infinidade do Universo. A
crença nos milagres, Os elementos,
a força e o movimento. Theorias
materialistas e espiritualistas. O mo
nismo e a moral. | finca
A Religião—A Religião e o Es:
tado. A Religião e a confissão. À
Religião do livre-pensador. O Christianismo
e a Sciencia. A Religião
do futuro e o prolema moral.
O Espiritism— oO . Anmismo
dos primitivos « o culto dos antepassados.
Espiritismo e espiritualismo.
Espiritos modernos e demonios
medievaes. Causas do exito do es:
piritismo. O. bypnotismo e os seus
exageros. A telepatbia. A suggestão
hypnotica. A suggestão do meio.
A Politica–A Política e a Moral.
À guerra e a arbitragem, À paz
armada. O suffragio universal e o
parlamento. A política do futuro.
A Anarquia—Funcção da sociedade.
A Anarquia entre certos povos
selvagens, Os individualistas:
Os anarquistas.
A Questão Social—Riqueza e
pobreza na sociedade actual. Moral
e economia politica. Necessidade de
um remedio para o mal social. A
lucta pela existencia e a solidariedade.
Retrocessão do solo á com»
munidade. Suppressão do capitalismo
hereditario. O Estado transformado
em sociedade de seguros,
O Feminismo —Situação da mulher
na antiguidade e entre os diversos
povos. À egualdade dos sexos
e asleis naturaes. Correlação
dos sexos nas especies animaes. O
matriarcado e a polyandria. O sexo
fraco. O cérebro e a intelligencia.
O direito do voto e a livre concorrencia.
À emancipação e q casamento.
O movimento. feminista-na
America e na Europa,
Literatura—Influencia da’literatura
alleman. Goethe e Schiller—A
escola romantica na Allemanha—A :
escola romantica na Inglater—r aA
escola romantica em França-Chatenbriand,
Lamartine, Victor Hugo,
Musset e Balzac. Naturalismo e
realismo.
Arte—aA pintura. À escola classica.
À escola romantica, Paizagistas.
A esculptura, À architectura. À musiça,
voz DO POVO
Como se vê, trata-se de uma obra
“que é uma verdadeira encyclopedia.
Mas, além do livro INa”Aurora do
Seculo XX, esta Bibliotheca tem
publicado mais os seguintes livros,
tambem magnificamente traduzidos
para portuguez,
—ºA Egreja e a Liberdade, por
Emilio Bossi.
— Socialismo e Anarquismo, por
Hamon.
— Descendemos do macaco, por
Denoy. * d
— EN ção creio em Deus, por Thi:
mótheon.
— cd Vida nos Astros, por Camile
Flammarion.
“— A Historia «das Religiões, por
Beuchat.
— As Grandes Lendas da Humanidade,
por Húmiac.
Preço de cada livro d’esta Bibliotheca:
brochado, 200 réis; magats
ficamente encadernado em percalina,
800 réis Vendem-se em todas
as principaes livrarias de Portugal,
Brazil e Colonias.
Remettem-se tambem pelo correio,
para todas as terras, a queim
remetter a respectiva importancia
em estampilhas ou qualquer outro
valor dé facil cobrança. Para o extrangeiro
accresce o porte€ registo.
Pedidos á Livraria Internacional,
Calçada do Sacramento, ao Chiado,
44-—Lisboa.
Despedida
“José Martins, tendo de se auzentar,
em serviço para a villa de Penella
e nãos podendo: por: absoluta
falta de tempo despedir-se de todas
as pessoas das suas relações, fal-o
por este meio ofertando a todas O
seu limitado prestimo n’aquella localidade.
Ê
* Certã, 12 de julho de 19rr.
– CORRESPONDENCIAS.
Vila de Rei, 4
Sahiu ha dias para Lisboa e dali
para a cidade do Pará, onde é socio
da acreditada casa commercial
«A Africana», o nosso querido amigo
e correligionario sr. José Henriques
Alves Froes, velho republicano,
a quem o povo d’este concelho
muito deve. Fazemos votos para
que regresse brevemente com sau
de à sua casa do Cabinto,
—Já ha | tempos que se encontra
na sua propriedade de Olho d’Agua,
com) sua ex.”* esposa o nosso pre-
” FOLHETIM
* Pero Vaz 0 GRANDE BENEMERITO
(Continuação)
Sentia necessidade de expansão.
Foi, portanto, com grande alegria
que viu Esmeraldina ir-lhe ao encontro.
Calculava elle que a esposa, já; talvez,
informada de tudo, ia abraçá-lo
pela sua victoria.
Por isso, sentiu arrefecer-lhe o enthusiasmo,
quando viu que ella, sem
o felicitar, “se limitavasa apresentar
lhe friamente um papel, dizendo;
j i M o qui eu apanhei a
) e
Mas Silveira, que não estava p
leituras, relanceou apenas um olhar
desinteressado pelo papel, bradando!
«Que areia; senhora, hoje levoy
aquelle Barros!» “4
Esmeraldina, pouco interessada
pelos triumplhodso marido, insistia
em chamar a attenção para a leitura
do papel. E
sado amigo e antigo republicano o
sr. Alfredo Santos, que tem sido
muito comprimentado.
—Encontra-se gravemente doente
a ex sr D. Emilia Augusta de
Sousa Gomes, a quem do coração
desejamos rapidas melhoras.
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AZEITE
Vende Antonio E. de Carvalho
Leitão.
CHRIS
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No dia trinta do corrente mez de
julho, por onze horas da manhã á
porta do tribunal judicial d’esta co:
marca, em virtude da deliberação do
– concelho de familia e interessados no
inventario orphanologico do Padre
João José “da Silva, morador que
foi mas Cimadas Fundeiras d’esta
comarca, que corre seus termos pelo
cartorio do 2.º officio, se hade proceder
á venda e arrematação em
hasta publica, pelo ma’or preço que
for offerecido sobre os seus valores,
para pagamento do passivo aprovado,
dos predios seguintés:
Uma terra de cultura com oliveiras.
e videiras na Portela do Servo,
limite das Cimadas no valor de tresentos
mil ré— 3i008s000 .
Uma casa de residencia” com lojas,
primeiro andar no logar das
Cimadas Fundeiras, no valor de
tresentos mil reis — 3005000
Pelo presente são citados qu Iquer
credor incertos, para deduzirem os
seus direitos, querendo
Certã, 4 de julho de 1911
: O Escrivão,
Francisco “Pires de Moura
Virifiquei—O Juiz de Direito.
2 Sanches Rollão I
Annuncio
Comarca da Certã
1.º officio
No dia 23 do corrente mez de julho,
pelas 11 horas da-manhã, á porta
do trbunal d’este juizo, em virtude
dos autos civeis de execução,
que nos termos do decreto de 29 de
maio de 1907, João dos Reis e Car-
«Leia, Silvêra! Lhi pido qui leia!»
Mas Silveira, ainda empolgado pela
sua ideia dominante, parecia nada
ouvir. E, dando uma punhada,
na meza, com a mão, que segurava
o papel, exclamou, numa gargalhaa:
«A’quelle não deixo eu mais levantar
a cabeça, Só visto! Aquillo
só visto!
Esmeraldina acudiu, supplicante:
«Olhe qui rasga! Ora leia, Silvêra!
»
Este, que ia cahindo em si, pôz,
quasi automaticamente, os oculos,
começando a soletrar. Não entendia,
«Mas isto o que é?» perguntou,
«São versos di Manduca, É, pelas
lettras dicima, si vê qui são para
Emilinha Barros.»
A. este sobrenome, Silveira estre:
meceu.
«O Barros! Não arranja nada!
Porque eu esmago-o! Se alguma esperança
tinha ainda de nos apanhar
o filho, creio bem que a deveria ter
perdido hoje!.,,»
E continuou, por ahi fóra, com a
sua catilinaria, até que, exgottado
todo o fél, começou a tornar-se mais
prazenteiro,
mellina de Jesus, residentes no logar
da Felgaria, freguezia do Nespral,
d’esta comarca, movem contra
Joaquim Marques e sua mulher Mathilde
de Jesus Coelho, residentes no
logar da Tapada, freguezia do Cabeçudo,
d’esta comarca, voltam pela
terceira vez á praça, sem valor,
visto que na primeira e segunda pra
ças não obtiverom lançador, para
serem agora arrematados a quem
maiores lanços offerecer, os seguintes
bens, a saber:
1.º Uma terra de cultura e arvores,
no sitio do Pernagudo, limite
do logar da Tapada, alodial;
2.º Uma terra de semeadura e arvores,
à Estrada Larga de Paredes,
limite do logar da Tapada;
3.º Um quintal com terra de semeadura
€ oliveiras no logar da Tapada,
alodial;
4.º Uma casa d’habitação, situada
no logar da Tapada alodial,
Pelo presente são citados os credores
incertos para deduzirem seus
direitos, querendo, no prazo legal.
Certa, 10 de julho de 1911.
O escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues
“Verifiquei
O Juiz de Direito,
I Sanches Rollão I
Todos os srs. lavradores que quizerem
obter optimos resultados nas
suas colheitas devem pois empregar
antes das sementeiras:
Cal azotada com phkos»
phato Thomaz ce um adu.
bo potassico que são adubos
perfeitamente adequados aos terrenos
nosso paiz.
ou Guano do Perou mar:
ca «Cornucopia» Ghlendorff
com adubo potassi-
Co.
ou adubo completo tendo
azote, acido phosphorico
e potassa, especial para a
cultura e para a terra,
Nas culturajsá semeadas
de trigo, centeio, milho, batata,
horta, etc., etc., que estejam fracas,
amarelas, e atrazadas ou que
tenham mau aspecto, para as tornar
mais vigorosas, com melhor vegetação,
uugmentando as colheitas,
salvando-as muitas vezes € attenuando
ou evitando vs estragos das doenças
e insectos, deve ser applicado o
nitrato modificado com
potassa que é extremamente soluvel
e de efeitos evidentes mais ou
E, já outro, perguntou por fim:
«Então isto é do Manduca ?»
«E. Leia!»
Silveira, encarrapitando de novo
– os oculos, que, no auge da indignação,
se haviam deslocado; começou
a lêr lentamente:
À MENINA E. B,
E’s bella, és. E como ?
Como, o’sol a despontar,
Como as vagas do oceano.
* Como o fogo a scintillar.
Manduca que, timido e acanhado,
não tivera ainda corsgem para,
com palavras, gestos, ou cartas, fazer
conhecer, à Emilinha Barros, da
affeição que o dominava, mal imaginava,
ao. confiar ao papel as pri
micias do seu éstro poetico, que es
se seu primeiro attentado litterario
servitia a sua mãe para confirmar
suspeitas, nascidas desde aquella
scena do oculo de longa vista.
Emilinha é que ainda não déra fé
da adoração silenciosa do rapaz.
Ignorava que Manduca a amava em
silencio.
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Esmeraldina, depois que Silveira
terminou a leitura da poesia, perguntou:
«Leu tudo ?»
«Li.»
E depois de curta pausa, perguntou
é esposa:
«Então isto será feito por nosso
filho ?»
«Não lhi conhece a lettra, hein?»
«Sim. A lettra parece d’elle…»
«Mas veja, Silvêra, si, por essas
lettras di cima, si não vê qui é’para
Emilinha Barros…»
» «Será. Mas será bom que a rapariga
e o idiota do pae se vão convencendo
de que, emquanto eu podér,
não apanham o Manduca, ..»
E ia de novo a inritar-se
Mas, tornando-se mais humano,
releu, silenciosamente, mais umá vez,
as quadras, exclamando por fim:
fiste diacho do nosso filho sempre
é um talento|»
*
Como era de prever, fôra Silveira
o encarregado de mandar tirar o retrato
do generoso testador.
(Continúa)
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