Voz do Povo nº25 21-05-1911
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“inequivocas provas de carinho.
“Luiz Domingues da Silva Dias
1.º Anno Certã, 21 de maio de 1911 Nº 20
” DIRECTOR “em
Augusto Kodrignes É
Administrador Ux
ZEPHERINO LUCAS a»
Editor :
| ;
Assignaturas
Anno…… 19200. Semestre… 6oors.
Para o Brazil. …… . 5ipooo réis (fracos)
Pago adiantadamente
Nãe se restituem os originaes
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprigiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
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Na 3.º: e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
N’outro logar, preco convencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
Propaganda eleitoral
Foi de festa o passado domingo,
n’esta villa.
Desde manhã que se notava já
nas ruas viva animação, aguardan:
dose a chegada dos cavalheiros que
como noticiamos, vinham tomar
parte no comício que n’esse dia se
realisava,
As ruas, edifícios publicos e mul-
tas casas particulares achavam-se
vistosamente embandeiradas e na
Praça da Republica levantava-se a
tribuna para a mesa que devia pre-
sidir aquella reunião popular.
As 10 horas da manhã chegavam
vindos de Lisboa, os nossos presa-
dissimos patrícios, o illustre capitão
de mar e guerra, Nunes da Matta,
o esforçado republicano Martins
Cardoso, ambos candidatos ás cons:
ttuintes e o dedicado membro da
commissão de defesa dos interesses
do concelho da Certa, Ignacio Cos-
ta, sendo recebidos com as mais
Pouco depois das 11 horas an-
nunciavam os morteiros a approxi-
mação do automovel que conduzia
os cavalheiros que de Castello Bran-
co nos vinham dar a honra da sua
visita, que passados momentos che-
gava à Praça da Republica, apeian-
do-se o digno governador civil sr.
dr. Augusto Barreto, o distinçto of-
ficial do exercito sr. Americo Ola-
vo, candidato ás constituintes, e os
ilustres representantes da commis-
são districtal, dr. Gastão Correia
Mendes, o tenente Aristides Cas-
queiro,
Suas ex.” erem aguardados pelos
representantes de todos os corpos
politicos d’este concelho, e os de
Oleiros e Proença, pelas auctorida-
des e funcionarios locaes, commer-
ciantes, proprietarios e muito povo,
sendo calorosamente saudados com
muitos vivas, e tocando a socieda-
de musical Recreio Artista a «Por-
tugueza» em quanto os morteiros e
os fuguetes estralejavam nos ares,
Organisou-se então um córtejo
que acompanhou suas ex.“ a casa do
sr. dr Jusé Carlos Ehrhardt, onde
se realisou o almoço e em trente de
cuja casa os aguardava a Philarmo-
nica Patriota, que tocou durante a
refeição, alternadamente com a So-
ciedade Recreio Artista.
A” 1 hora e depois de receber os
cumprimentos da Commissão Muni-
cipal Administrativa, dirigiu se o il-
lustre governador civil, acompanha-
do d’aquelles cavalheiros, e de mui-
tos outros que o aguardavam, á sala
das sessões da Camara, Municipal,
onde foram recebidos com enthu-
siasticas salvas de palmas. Feita a
apresentação pelo digno administra-
dor do concelho, proferiu aquelle
ilustre magistrado um notavel dis:
curso, enaltecendo a obra da Repu-
blica e congratulando-se pela repu-
blicanisação do districto.
Ao terminar foi s. ex.” muito vi-
ctoriado, deixando as suas palavras
a melhor impressão no auditorio.
Novamente se organisou um cor-
tejo, até á Praça da Republica, on-
de ia realisar-se o comicio, que
esteve bastante concorrido, apesar
da chuva ter feito retirar muita gen-
te. Muitas senhoras das principaes
familias d’aqui e povoações visinhas,
assistiam das janellas e mesmo na
praça a esta assembleia popular. As
creanças da missão escolar da Pas-
saria cantaram as estrophes da Por-
tugueza, sendo ouvidas com muito
agrado, depois de que o sr. dr. Jo-
sé Carlos Ehrhardt, abriu o comi-
cio como vice-presidente da com-
missão municipal, que, depois de
breves palavras, propoz para pre-
sidente o sr. dr. Gastão Correia
Mendes, o que a assembleia apro-
vou por aclamação.
Tomando este cavalheiro o seu
logar, escolheu para secretarios os
sis. Zepherino, Lucas e Henrique
Pires de Moura, depois do que pro-
feriu um caloroso discurso, repeti-
dus vezes sublinhado com appoia-
dos, e ouvindo ao terminar, muitas
palmas,
Seguiram-se no uso da palavra,
os candidatos srs. Nunes da Matta,
Martins Cardoso, Tasso de Figuei-.
redo, Ametico Olavo, dr. Nunes
Guimarães, dr. Abilio Marçal, ter-
minando a serie dos discursos o il-
lustre governador civil, Todos os
oradores, cuja pulavra viva e fluen-
te arrancou por muitas vezes mani-
festações de caloroso applauso, fo-
ram enthusiasticamente ovacionados.
Por ultimo e em breves. palavras o
sr. dr. Gastão encerrou o comício,
lendo a moção que havia sido apre-
sentada pelo sr, dr. Guimarães, e
que foi approvada por acclamação.
Em seguida os nossos illustres
hospedes, acompanhados de al-
guns cavalheiros, foram visitar o
nosso hospital e varios pontos da
villa.
A’s 6 horas teve logar o jantar, a
que assistiram os srs, dr. Augusto
Barreto, dr. Gastão Correia Mendes,
almirante Tasso de-Figueiredo, ca-
pitão de mar e guerra Nunes da
Matta, tenente Americo Olavo, te-
nente Aristides Casqueiro, Martins
Cardoso, dr. Bernardo de Mattos,
Eduardo Barata, Cyriaco Santos,
Pedro Fernandes, Antonio Leitão,
José Martins, Francisco Moura, Joa-
uim Pedroso, Henrique Moura,
osé F. Tavares, Maximo Pires
Franco, José Ventura, Antonio D.
Barata, Emygdio Magalhães, Tho-
maz Namorado, João da Silva Car-
valho, Joaquim Nunes e Silva, An-
tonio Barata e Silva, João Martins,
Antonio Nunes de Figueiredo, Se-
bastião Tavares, Luiz Francisco
Lopes, dr. Antonio Vitorino da Sii-
va, dr. Gualdim de Queiroz, Albano
Ricardo Matheus Ferreira, dr. Alba-
no Lourenço, Fernando Bartholo,
Fructuoso Pires, M. Duarte Milhei
ro; João Antunes, Accacio Macedo,
Jose Alves C. da Cruz, José Alves
Correia, Manuel dos Santos Antu-
nes, dr. Virgilio Nunes da Silva,
Filippe Leonor, Isidoro de Paula
Antunes, José Joaquim da Silva, dr.
Augusto Henriques David, dr. José
Carlos Ehrhardt, dr. Joaquim Ta-
vares, dr. Francisco Nunes Correia,
David Nunes e Silva, José Nunes e
Silva dr. Nunes Guimarães, Gusta-
vo Bartholo, dr. Sanches Rollão,
Torres Carneiro, José Dias Ber-
nardo Junior, Augusto Rossi, Joa-
quim Ribeiro d’Andrade, Francisco
da Silva Gonçalves, Alberto Ebrhar-
dt, Adrião. David, Annibal Garva-
lho, dr. J. Pinto da Silva Faia, José
Antonio da Silva, dr. Francisco
Rebello d’Albuguerque, Dias Car-
peiro, Augusto Rodrigues, Zepheri-
no Lucas e Cardoso Guedes.
Levantaram-se varios brindes,
entre os quaes os dos srs, almirante
Tasso de Figueiredo, dr. Augusto
Barreto, dr. Gastão Correia Men-“
aes, Martins Cardoso, capitão de
mar e guerra Nunes da Matta, te-
nente Americo Olavo, Emygdio
Magalhães, João Antunes e Augusto
Rodrigues. Todos os brindes foram
– enthusiasticarmente correspondidos,
arrancando algumas das palavras
das suas passagens os mais caloro-
sos applausos.
D’ali seguiram quasi todos para o
Gremio Certaginense, cujas salas se
achavam repletas de senhoras e ca-
valheiros que receberam os illustres
cavalheiros com salvas de palmas e
ao som da Portugueza, tocada ao
piano pela sr.º D. Judith Tasso de
Figueiredo,
ançou-se animadamente até de-
pois da meia noite.
A’s 11 horas retirava para Cas-
tello Branco o illustre governador
civil e os srs. dr. Gastão Correia
Mendes, e tenentes Americo Olavo
e Aristides Casqueiro, sendo-lhes
levantados muitos vivase á Repu-
blica, ás commissões districtal e mu-
nicipal de Castello Branco;
A moção que foi approvada no
comicio é a seguinte:
Moção
1.º Saudar o Governo Provisorio
pela fórma liberal, tolerante, hones-
ta e altamente patriotica como tem
dirigido a administração publica.
24 Saudar o Directorio como al-
to corpo politico do partido republi-
cano.
3.º Congratular-se com a escolha
dos candidatos a representantes d’es-
te circulo na proxima assembleia
constituinte, certo que saberão des-
empenhar o seu mandato com o in-
teresse e dedicação de que os seus
caracteres e alevantado civismo são
sobeja garantia.
4.º Saudar a commissão munici-
pal deste concelho.
Do Directorio foi recebido o se-
guinte telegramma:
«Directorio impossivel represen-
tar-se comicio, sauda republicanos
da Certã. Eusebio Leão.»
*
Inscreveram-se, mas não poderam
assistir ao jantar, os srs. dr, Abilio
Marçal, José Maria Alcobia, José
Farinha Leitão, João Joaquim Bran-
co, Antonio Martins dos Santos, An-
tonio Pedro da Silva Junior, Jayme
Raul da Silva, José Antonio da Sil-
va Serra, Joaquim Vidigal, José Ar-
nauth, José Gomes da Costa e Da-
niel Bernardo de Brito.
*
Os candidatos ás constituintes sa-
hiram na quinta-feira a percorrer
todos os concelhos do districto, com
excepção dos de Villa de Rei e Olei-
ros, por falta absoluta de tempo €
difficuldade nos meios de transpor-
tes!
PELA CAMARA
Sessão de 17
Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e assistencia dos srs. verea-
dores, Henrique Moura, Filippe Leo-
nor, e Antonio Nunes de Figueiredo
teve logar a reunião da commissão
municipal,
Resolveu:
— Inscrever se como socia activa,
com a quota de 28400 réis an-
nuses, da Sociedade da Cruz Ver-
melha, devendo fazer-se a respecti-
va communicação.,
—Fazer o pagamento da gratifi-
cação de serviço aos guardas 24 €
88 e o pagamento das despezas de
transporte d’estes até Castello Bran-
co, o dos guardas 5 e 17 d’aquella
cidade para esta villa.
Foi presente :
—Um officio da Camara Munici-
pal do Concelho de Oleiros pedin-
do para serem mandados afixar uns
editaes. Satisfeito o pedido.
—Um officio da Commissão Pa-
rochial d’esta villa communicando
que em virtude da resolução toma-
da na sua sessão de 3 do corrente o
córte das arvores no Couto, se não
refere ás arvores plantadas nas hor-
tas e terras de cultura, e que pela
sua natureza não prejudicam as Oli-
veiras.
—Officio n.º 350 da Administra-
ção do Concelho, solicitando o for-
necimento de 30 bolas de estrychi-
nina para extincção dos cães vadios,
Mandado satisfazer.
—Officio n.º 7o da Administra-
ção do Hospital de S. José, partici-
pando achar-se incluida esta camara
no orçamento do mesmo Hospital
com a verba de 228700 réis. Man-
dada satisfazer.
— Offiício da Direcção das Obras
Publicas do Districto, participando
ser a Camara auctorisada a mandar
fazer as reparações no cano de ex-
goto das aguas do marco fontena-
rio de S. Sebastião, ficando a cargo
d’esta O repôr a estrada no: seu pri-
mitivo estado.
—lUm officio da commissão paro-
chial de Pedrogam Pequeno, partici-
pando não haver n’aquella freguezia
pessoa que se possa encarregar da
pintura dos candieiros de illumina-
ção publica ali existentes.
— Oficio do Governador Civil do
Districto solicitando a remessa para
julgamento das contas d’esta cama-
ra referentes a IgIo a quantia de
qi13o réis. Mandado satisfazer.
—Um officio da Junta de Credito
Agricola, informando se se no Con-
celho existe algum celleiro commum
é a sua situação fundiaria. Respon-
dido.
—Mandou satisfazer a importan-
cia dos objectos fornecidos para o
afilamento dos pesos e medidas.
-—(Concedeu subsídios de lataçãoação@@@ 1 @@@
na importancia de 1200 réis men-
saes—a Laura de Jesus, da Mouta
Fundeira, Maria de Jesus, do .Pi-
nhal e a Antonio Mathias, da Foz
da Certã, por ter a mulher dado á
luz dois gemeos.
—Pelo vereador sr. Filippe Leo-
nor foi communicado estarem con-
ciuidas as obras da ponte do Porto dos
Cavallos, mandando a Camara sa-
tisfazer a sua importancia na quan-
tia de 288000 réis,
—Pelo mesmo sr. vereador foi
participado o pessimo estado em
ue se encontra a fonte publica de
deiahe do Bomjardim, devendo
serem ali executadas umas obras que
considera inadiaveis. A camara re-
solveu mandar compôr desde já a
porta e que a fonte seja vistoriada
por technicos que indicarão os re-
paros necessarios. Auctcrisou tam-
bem a caiação do talho da referida
freguezia; devendo satisfazer-se as
referidas despezas.
—Approvou a planta para edifi-
cação de uma casa do sr. Antonio
Pires Mendes, devendo-lhe ser feitas
as alterações indicadas pela commis-
são de saude.
o praga
Nova descoberta de conspira-
ção
De Coimbra transmitiram na quin-
ta-feira, em telegramma para osjor-
naes da capital a seguinte noticia;
Durante a madrugada e pelo dia
adeante effectuaram se varias pri-
sões de elementos implicados n’uma
conspiração, descoberta n’esta cida-
de. E” grande o numero de indivi-
duos presos, pertencentes a varias
classes sociaes, taes como negocian-
tes, tres professores do lyceu, offi
ciaes reformados, um ecclesiastico,
etc. Entre os conspiradores, porém,
encontram-se o dr. Fortunato de Al-
meida, professor do lyceu; Pompeu
Moreira, pharmaceutico; José Ade-
lino Costa Pinto, commerciante; An-
tonio Maria, cabo de polícia n.º 7;
José: Peixoto, policia n.º 13; José
Ramos, estudante; Annibal Costa
Allemão, sem profissão, e alguns es-
tudantes militares; drs. Bettencourt
e Vaz Serra.
Estas pessoas eram, ha dias, vi-
giadas com todas as precauções. Na
noite de hontem redobraram, po-
rém, as cautelas, resolvendo-se le-
var a effeito as detenções. Os reclu-
sos, que se encontram na Peniten-
ciaria, no quartel de infantaria e na
primeira esquadra, foram já inter-
rogados, sendo por emquanto reser-
vadas as suas declarações. Hoje fi-
Voz DO POVO
caram terminadas as diligencias, res-
tando apenas effectuar outras, de
pequena importancia, Para a Peni-
tenciarii voltou a fazer serviço uma
guarda de infantaria 23.
Da Figueira da Foz vieram tam-
bem presos tres individuos.
A grande maioria dos reclusos é
constituida por adeptos do dictador
João Franco. Consta que ha alguns
padres envolvidos na conspirata e
que foram apprehendidos documen-
Res HER IA RIA PSD ——
Affonso Costa
Tem passado incommodado de
saude este illustre estadista, por cu-
jo restabelecimento fazemos votos.
PT
Pelo mundo litterario
O philosopho e o mocho
Um philosopho escapou
Outr’ora duma cidade
Ao povo, que o acossou
A” pedrada,
Depois da escola queimada,
Onde ensinava a verdade,
E n’um bosque se escondeu.
Ali deu É
Com pobre mocho
Velho, chocho
E perseguido
Por um bando desabrido .
De insolente passarada,
Que em torno d’elle fazia
Uma infernal ingrezia,
Não lhe poupando bicada.
Depois de os ter enxotado,
Ao mesquinho perguntou
Porque era assim conspurcado?
—«Porque sou
Capaz de vêr
Durante a noite fechada,
Quando elies não vêem nada».
Sim por isso é que ha de ser»
O sabio diz: «mocho amigo!
O mesmo se deu commigo.
Henrique O’Neill,
Pensamentos
O homem grande é o que, no
meio da multidão, conserva com per-
feita doçura a serenidade da solidão.
Emersn.
O PERFUME DA ROSA
Quem bebe, rosa, o perfume
Que de teu seio respira?
Um anjo, um sylpho? ou que nume
Com esse aroma delira?
Qual é o Deus que namorado,
De seu throno te ajoelha,
E esse nectar encantado
Bebe occulto, humilde abelha?
Ninguem? mentiste; essa frente
Em languidez inclinada,
Quem t’a pôz assim pendente?
Dize, roza namorada!
E a côr de purpura viva
Como assim te desmaiou?
E essa pallidez lasciva
Nas folhas, quem va pintou?
Os espinhos que tão duros
Tinhas na rama lustrosa,
Com que magos esconjuros
T’os desarmaram, ó rosa?
E porque, na hastea sentida,
Tremes tanto ao pôr do sol?
Porque escutas tão rendida
O canto do rouxinol?
Não ouvi eu um suspiro
Sussurrar-te na folhagem?
Nas aguas d’esse retiro
Não espreitei tua imagem?
“Não a vi, afílicta, anciade?
Era de prazer ou dôr?
Mentiste, rosa, és amada,
E tambem tu amas, flór.
Mas, ai! se não fôr um nume
O que teu seio delira,
– Ha de matal o o perfume
Que n’este aroma respira!
Visconde d’Almeida Garrett.
CE
Conselhos aos lavradores
O enxofre e o oidium
Já deve estar concluida a primei-
ra sulfatagem nas videiras, segue-se-
lhe agora cuidar em evitar o descn-
volvimento da doença conhecida pe-
lo nome de oidium e a que o vulgo
dá o nome de farinha talvez pela
sua semelhança com esta substan-
cia.
O oidium desenvolve-se maravi-
lhosamente bem sempre que encon-
tre calor e humidade, condições de
resto excellentes para o desenvolvi-
mento de todos os fungos.
O unico remedio até hoje conhe-
cido como efficaz no combate d’es-
ta doença é o enxofre, com tanto
que o tratamento seja feito a tem-
pos e horas.
Se o anno decorre bem o nume-
ro de enxofrações a fazer á videira
é de trez como succede com o’sul-
RD e A an RO Desen E STa a e DR DT
fato ou calda para combater o oi-
dium,
Essas applicações devem ser di-
vididas da seguinte forma: a primei-
ra após o rebentar da videira quan-
do já se conheça bem o cacho, a
segunda na occasião da floração pa-
ra evitar o desavinho e a terceira
quando o cacho principia a pintar.
Com. estas trez applicações não
se devem empregar mais de 100 ki-
los por hectare de vinha.
enxofre a empregar deve ser
o enxofre moido de preferencia ‘ao
enxofre flôr porque é formado de
particulas angulosas que teem mui-
to maior adherencia, o que é um
ponto importante a attender.
Devem-se pôr de parte os enxo-
fres baratos porque quasi sempre
estão misturados com outras subs-
tancias que podem ser pernicinsas
não só ás plantas como até aos ho-
mens que o empreguem,
Deve-se exigir enxofre muito fino
e de pureza garantida,
Com o enxofre flôr corre-se o ris-
co de haver uma combustão nas fo-
lhas devida a ser um producto aci-
do.
A enxofração não deve ser feita
de manhã cedo quando as vides es-
tão muito orvalhadas, porque então
o enxofre perde a sua acção, nem
durante o maior calor por causa da
combustão devendo-se portanto en-
xofrar por exemplo ao. quartel do
almoço ao jantar e das quatro da
tarde em deante.
O enxofre emprega-se tambem
no combate do branco dos ervilhaes,
meloaes, roseiras e pecegueiros.
E’ mau processo o estar á espe-
ra de que a doença se manifeste
para então ir empregar o remedio,
é mais preferivel prevenir do que
remediar,
Cardoso Guedes
———— MADE
Assembleias eleitoraes
O nosso concelho ficou dividido
nas seguintes assembleias eleitoraes:
Certã
Freguesias de Certã, Cumeada,
Palhaés e Troviscal.
Sernache
Freguesias de Sernache, Naspe-
ral, Castello e Cabeçudo.
Varzea
Freguesias de Varzea, Ermida,
Figueiredo e Marmeleiro,
Pedrogam Pequeno
Freguesias de Pedrogam e Car-
valhal,
FOLHETIM
RHUY PIRES
TER FILHOS
(Pagina melancolica)
(A D. Maria da Gloria P.
da Cruze D. Amelia J.
Cruz e Sousa).
Nºaquella orla do littoral subur-
bana do Porto, vestigio de igncas épo-
cas geologicas, levanta-se uma agglo-
meração de altas penedias, de encon-
tro às quaes vem quebrar-se o furor
das ondas, quando encapelládas pe-
la procella.
De sobre ellás, largo horisonte ma:
ritimo se descortina.
A um dos lados, lá estão os molhes
de Leixões, sobrepujados pelos gi-
gantescos, Titans. E, da sua aresta
superior, como estacas cravadas nos
proprios molhes, surgem mastrea-
ções de navios, que buscam abrigo
no remanso das aguas do porto.
Ao lado, um pouco esfumada por
leve nebrina, recorta-se a vasta con-
fusão da cazaria da Foz, do cimo da
qual, especie de torre de menagem,
emerge a cupula do pharol da Luz.
Alonga-se, por fim, a vastidão do
areal, em cuja rampa véem espre-
guiçar-se as ondas, envoltas em man-
to de espumas.
E? esse um dos mais lindos sitios
do arrabalde portuense.
x
Sobre esse amontoado de rochas,
a piedade christã d’outras eras, mais
ferventemente religiosas do que a
actual, crguêra uma ermidinha mui-
to branca, constituindo o remate mais
pittoresco e mais feliz d’aquelle mon-
ticulo petroso,
A” sombra d’essa capella hoxago-
nal, cercada de terraços € escadas,
vem muitas vezes o doutor Pedro
buscar a quietação e a tranquillidade,
quando faltam ao seu espirito.
Ahi, sentado sobre uma saliencia
da escarpa, que desce até ao ocea-
no, fica, por largo tempo, em muda
contemplação, olhando fixamente pa-
ra as aguas,
O mar! Que poesia, que vida o
doutor Pedro descobre atravez da
monotonia apparente das aguas! Que
eloquencia elle lhe encontra! Pareçe
lhe que o mar lhe fala, que o com:
prehende, que o acarícia como ami:
go!
Entendem-se os dois.
Por isso, quando sente o seu es-
pirito alquebrado pelo desgosto, pe-
lo cansaço, ou pela tristeza, Pedro
vae até á ermidinha, beijada do ocea-
no. confidenciar com esse amigo,
que nunca lhe negou uma consola-
ção.
E Pedro, ao voltar, suggestão ou
não, sente-se outro, sente-se confor-
tado.
»
x
N’um dos seus favoritos passeios
até á ermida, Pedro subia uma das,
– escadas, que flanqueavam o templo:
zinho, quando, “o attingir o passeio
superior, que olha para o mar, viu
uma mulher sentada, olhando fixa-
mente o horisonte.
Reconheceu-a logo. Era a senho-
ra Maria Marcellina,
Viuva d’um modesto artista, que
lhe deixára dois filhos—dois rapa-
zes—, apertada pela pobreza, viu-
se, um dia, obrigada a acceitar o au-
xilio d’um seu irmão, artista tam-
bem, que, ha annos, mourejava, com
pequeno resultado, pelo Brazil e que
viera offerecer-se-lhe para procurar
collocação aos dois sobrinhos é guiá-
los, n’esses terras d’alem-ocçano,
Não lhes poderia fazer mais.’
Maria Marcellina aproveitou o pro-
videncial auxílio do irmão.
E assim passou pela dôr dilace-
rante de se separar dos filhos, que
lá emigraram para junto do tio.
Pelas terras de Santa Cruz, o aca-
so, ou a fortuna, esmerára-se em fa-
vorecer, especialmente, um dos Ta-
pazes, o Antonio, que, pelo com
mercio, conseguira fazer carreira ra-
pida. É, filho modelar, a primeira
coisa que fizéra, logo que se viu com
recursos para isso, foi collocar sua
mãe n’uma relativa abundancia.
Ora, como se soubesse que An-
tonio Marcellido tinha a nostalgia da
patria, a ninguem repugnou acredi-
tar n’um boato que, de repente, se
levantára: que Antonio andava ne-
gociando o trespasse da sua caza
commercial, afim de se retirar para
a sua aldeia,
(Continúa)inúa)@@@ 1 @@@
voz DO Povo.
Carteira semanal
Fez annos:
No dia 20, 0 sr. José Nunes e
Silva.
No dia 14 registou-se civilmente
o nascimento d’um filhinho do nos-
so presado amigo sr. José Farinha
Leitão e de sua esposa D, Julieta
Leitão, sendo-lhe dado o nome de
José,
Testemunharam o acto a sr.º D.
Arminda Gonçalves e os srs. Anto-
nio Farinha Leitão e Fructuoso Pi-
res.
Estão n’esta villa o sr. Antohio
Joaquim Simões David e sua espo-
sa, o sr. Celestino Mendes.
Continua doente a sr.* D. Car-
melina Marçal,
Sahiram:; para Lisboa, o sr. João
Albuquerque; e para a sua casa de
Proença, o sr. Sebastião Tavares e
sua familia.
Estiveram: em Castello Branco e
Portalegre, o sr. Padre Francisco
dos Santos Silva; e em Sobreira, o
sr. dr. Bernardo de Mattos; e n’es-
ta villia o sr. Joaquim Nunes Cam-
pino.
Registo se civilmente o nascimen-
to do pequenino Guilherme, filho
do nosso patriício, sr. dr. Accacio
Marinha e de sua esposa sr.” D. Ali-
ce Gonçalves Marinha,
Tem. passado incommodado de
saude o sr. Antonio Martins dos
Santos.
A esposa do nosso patrício Ma-
nu] Vicente Nunes, importante com-
merciante de Lisboa, ainda se não
encontra completamente restabele-
cida.
7 LI ARDE TS —
Registo civil
O movimento de registos nesta
repartição no decurso de 1.º a 17
do corrente foi o seguinte:
Nascimentos sete, obitos um.
ERP ter peer quai
CHRONICA TRIPEIRA
Bolieiros, cocheirosechauffeurs
(Triptyco)
(Conclusão)
o chauffeur
Este conductor d’agora, aa con-
trario do agonisante cocheiro, já não
gasta o tempo a salvar a vida do pa-
trão. Preoccupa-se apenas com a
dos outros, com a dos que andam a
pé, mas investindo encarniçadamen-
te contra ella,
Esmagar duzias, ou centenas, de
pessoas! Que coisa tão natural! Se
os automoveis se não fizeram ape-
nas para correr!
Por isso, ficar estendido, ao lon-
go dos caminhos, um ou outro tran-
seunte não é isso motivo para o chau
eu se agoniar. Pois, se todos sa-
em que as rodas d’um automovel
esmagam uma pessoa. para que é
que véem imetter-se debaixo do car-
ro! Gente estupida!
Porque é bom que se diga que,
para chauffeur e automobilista, to
dos são estupidos. Estupido é o con-
ductor de carro de bois, que se não
póde desviar em meio segundo. Es-
tupida é a pessoa que, não adivi-
nhando que o automovel passa n’a-
quella occasião, quasi que é apanha-
da por elle, Estupidos são esses, que
| teem cargos officiaes e que não man- –
dam compôr as estradas para vlles
passeiarem. Estupidos são: toda a
gente, menos elles, chauffeur e au-
tomobilista.
Os automoveis pertencem. em ge-
ral, aos que não teem que fazer, E
será, talvez, por isso mesmo que el-
les andam sempre açodados, não po-
dendo perder um minuto, como se
se tratasse de pessoas a quem a mais
leve paragem forçada, ou a menor
diminuição de velocidade cauzassem
prejuizos incalculaveis.
Mas alea jacta est. E, visto que a
questão é de velocidade, que o au-
tomovel lhe espere pela volta! Lá
por cima, das nuvens, a aviação es-
tá já olhando trocistamente para es-
tes trituradores de gente, que ge-
mem, que roncam e que levantam,
com as suas poeiras, infernaes, my-
tiades de germens pathogenicos, Não
será, pois, o automovel quem: virá
le dernier. E? o acroplano que Ih’o
diz.
Antes d’isso, é muito possivel que
a competencia entre as fabricas, no
vos estudos, ou novas descobertas,
venham a fazer com que este meio
de locomoção, embaratecendo, dei-
xe de ser privilegio de ricos, baixan-
do até aos recursos do pobre, ou do
remediado,
Eu, por mim e por amor de vós,
leitores, já assentei no que hei de
fazer para esse dia.
Logo que os automoveis baixem
para quinze tostões cada um, com
prarei dois: um para mim e outro
para vos servides d’elle quando pre-
cisardes. ?
Até lá, amigos!
Rhuy Pires.
Pequena correspondencia
Dignaram-se pagar a importancia das
suas assignaturas os srs. Francisco Gonçal-
ves, João Albino e João Antonio.
Agradecemos.
Antão Henriques Antunes. —
Recebemos o seu postal mas não a impor-
tancia a que elle se refere. As Leis da Re-
publica, vendem-se em Lisboa, rua do Ale-
crim, n.º 80.
— ANNUNCIOS |
CASA.
Vende-se uma na Rua Serpa Pin-
to.
Trata-se com o procurador A,
Rossi— Certa.
Dihdos postas Mt radi
Em troca de estampilhas usadas,
de D. Manuel, com e sem Republi-
ca, dão-se lindissimos postaes a co-
res;
Por cada 10 sellos… 1 postal
BANIDO pgs O 6d 6 postaes
DR POOR Re Tola»
Antonio Barata C. e Silva
Rua Serpa Pinto— CERTA
Nova Sapataria 24 Agosto
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DAVID NUNES SILVA
OL Rua Candido dos Reis 63 -— Certã
O proprietario d’esta casa ex-so-
cio da sapataria Possidonio &
Silva, agradece a todos os Ex.
freguezes que o teem honrado com
as suas ordens e participa que con-
tinuará executando o seu officio com
a costumada seriedade.
Tem tambemem sua companhia,
e por sua conta, um habil official
chegado ha pouco de Lisboa,
Leis da Republica
Portugueza
cada folheto, conten-
do uma ou mais leis
Ultimos folhetos pu-
0 blicados.
Lei da Separação da
Egreja do Estado.
A” venda na PHARMACIA Z.
LUCAS—CERTA.
Barro para consirueções
Vende-se em grande quantidade,
ás carradas, em Santo Antonio. Ac-
ceitam-se propostas para tijolo e te-
lha, Boa tiragem. 2 I
Albano Ricardo Mathes Ferreira
Comarca da Certã
1.º officio
No dia 28 do corrente, ás 11 ho-
ras da manhã, á porta do tribunal
d’este juizo, em virtude dos autos
civeis d’execução que, nos termos
do Decreto de 29 de maio de 1907,
Antonio Pedro da Silva Junior, sol-
teiro, maior, proprietario, residente
no logar e freguezia de Sernache de
Bom Jardim, d’esta comarca, move
contra Francisco Joaquim Martins
e sua mulher Francisca da Con-
ceição, residentes no logar da Al-
deia Velha, da dita freguezia de Ser-
nache de Bom Jardim, -— volta pela
2. vez á praça, por isso que na 1.º
não obteve lancador, para ser agora
arrematado a quem maior lanço of-
ferecer acima do valor que lhe vae
designado, que é metade da primiti-
va avalação,–o direito e acção que
ôs executados teem á legitima por
obito de seu fallecido pae e sogro
Manuel Joaquim, e que correspon-
de á 4.º parte do valor dos bens do
casal, -—-no valor de 488500 réis. O
casal compõe-se dos seguintes bens:
1.º—Uma casa terrea com terra
de cultura com arvores, sito á Se-
nhora do Desterro, limite de Serna-
che; 2.º—lUma propriedade que se
compõe de casas altas e baixas, ter-
ra de cultura com arvores e matto,
situada no dito logar da Aldeia Ve-
lha; 3.º—Um pequeno olival e mat-
tos, no sitio denominado do Merca:
dor; 4:º—Um olival com oito olivei-
ras e matto, no sitio da Ribeira Sar-
deira; 5.º-—Uma courella de matto
e pinheiros, no sitio do Valle da Por-
ca; 6.º—-Um olival e matto, sito á
Ribeira Sardeira; 7.º—Uma peque-
na courella de matto, situada á RI-
beira Sardeira.
Estes bens estão sujeitos ao en-
cargo d’uma divida passiva na im-
portancia de 673:%000 réis.
Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para deduzirem seus
direitos, querendo, no prazo legal,
Certa, 30 d’abril de 1911.
O Escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues.
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
I Sanches “Rollão I
Comarca da Certã
2 1.º officio 2
Por este juizo e cartorio, correm
seus termos uns autos d’inventario
orphanologico por obito de Manoel
Nunes, que residia no Valle do Rei,
freguesia de Pedrogam Pequeno,
d’esta comarca, em que é inventa-
riante José Domingos, casado, pro-
prietario, ali residente; e nos mes-
mos autos correm editos de 30 dias,
a contar da 2.º e ultima publicação
do annuncio, citando o coherdeiro
José Garcia, solteiro, maior, ausen-
| te em parte
incerta nos Estados
Unidos do Brazil, para assistir a to-
dos os termos do mesmo inventa-
rio, deduzindo n’elle todos os seus
direitos, querendo. «.
Certã, q de maio de 1911.
O escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
Sanches Rollão.
JOAQUIM DA SIL
com officina de correeiro, encar-
rega-se de todos os trabalhos per-
tencentes á sua arte. Selleiro, al-
bardeiro, colchoeiro e estofador
de carruagens.
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Um nosso freguez do concelho de
Marco de Canavezes, escreve-nos
em 26 de outubro de Ig1o o seguin-
«Devo dizer a V. S.º que todas
as vinhas que receberam directa-
mente ou indirectamento adubações
chimicas, especialmente aduba-
ções potassicas, resistiram
maravilhosamente às diversas
epidemias cryptogamicas que
este anns flagelaram os vinhedos. A
producção que obtive foi optima
e bastante superior á do anno findo
e de qualidade imcomparavel-
mente superior.»
Este freguez costuma empregar
Phosphato Thomaz, cal azota-
da, chloreto e sulfato de po-
tassio, etc.
O. HEROLD & C.—Adubos .
chimicos de toda a especie em Lis
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tres e lampadas para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de
diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha;
tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu-
bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di-
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
HW para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes-
à cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
electricidade, etc.
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ARMAZENS GRANDELLA
Cada terra do paiz onde hajam estações postaes
A partir do dia 4 de janeiro de 19H
Nºestas agencias deverão ser entregues os pedidos, escriptos em bilhe-
tes postaes ou cartas devidamente selladas com estampilhas de 25 e so-
brescriptadas para GRANDELLA & C.º—Rua do Ouro, 215—LISBOA.
PASSADAS 48 HORAS, nas mesmas agencias serão entregues os
catalogos, as collecções de amostras ou a resposta a qualquer informação
que tenham pedido, ISTO SEM DESPEZA ALGUMA.
Os pedidos de quaesquer artigos que hajam, pelo mesmo processo,
entregue na agencia, serão tambem entregues na mesma agencia 48 HO-
RAS depois do pedido feito e em troca do pagamento da respectiva fa-
ctura,
Não é preciso mandar dinheiro adeauiado, Sá se paga no acto da entrava
SE
por acaso, o que rarissimas vezes acontece, os artigos ou fazendas rece-
bidas não fôrem fornecidos perfeitamente em harmonia com o pedido ou
não gorresponderem ao que esperavam pela simples leitura do cata-
logo, não serão obrigados a ficar com esses artigos, immediatamente
DEVDRÃO
tornar a empacotar o que não lhes agradar exactamente como vinha
acondicionado e sobrescriptado para GRANDELLA & €.*
Rua do Ouro, 215-—LISBOA.
eval-o novamente á agencia e ahi pagar os sellos que indicarem serem pre-
cisos pôr no volume. PASSADAS 48 HORAS de assim haverem proce-
dido, receberão a importancia dos artigos que devolveram bem como a im-
portancia das despezas feitas para os devolverem, caso tenha havido erro
no fornecimento.
Estas agencias são das que offerecem mais garantias de seriedade,
porque não só estão debaixo da fiscalisação do Estado, como tambem teem
a garantir as transações ali effectuadas, a probidade commercial dos AR-
MAZENS GRANDELLA importante casa commercial do paiz que, d’esta
fórma, põe á disposição de todos os habitantes do paiz OS COLLOSSAES
SORTIMENTOS DA SUA’SEDE EM LISBOA, pelos mesmos preços
que vende em Lisboa, ao balcão. :
Estas AGENCIAS são as ESTAÇÕES POSTAES em cada terra
do paiz.
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informações, remessas de encommendas para as pro: [59
vincias, ilhas e colonias. Acceita representações de |.3,
quaesquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei-
ras. Trata de liquidações de heranças e de processos commer-
ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encartado.
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lonias, confirmam ser o tonico e febrifugo que mais sérias garantias oflere-
ce no tratamento das febres palustres ou sezões, anemia, tuber-
culose e outras doenças provenientes ou acompanhadas de fraqueza
seral, augmentando a nutrição, excita fortemens
te o appetite e facilita a digestão.
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Passa hoje o trigessimo dia do
traiçoeiro assassinato do Pres.
dente da Republica, Doutor Si!
donio Paes, que, entutando- uma,
Patria, poz a claro o estado d al-.
ma d’um paiz.
Nações amigas, entre elas. a!
“velha aliada Inglateria. se ápres-.
saram a significar à e pelo
vil atentado. É
Secumbira ás dna sas:
um. Homem * — aa de mais
blica Norte- pe o ao: A Bio
[Ue
rar-se do cadaver do.
dósdit so
Presidenta. Secumbira no odio
da demagoógin im” dos ‘melho-
res Chefes dºEstado de-todo o
Mundo sa naitrase equente e co-
movida do ministro ORI Rs
monanquica Italia ao apertar po-
lasvez derradeitaçamão gelada de:
Hpdaa) Paes. p OGGUA 4 )
Led NOTE í
As 8 eai se ná finifostações
des fundos «pesar-«é des vehemen-
te protesto déitodos o phiz pelo
abominavel crimes que assumiram
amaior’das apotheóses, a Certã
— onde 0:-Doutor Sidonio Paes
viveu alguns annos dacsua pr-
meira infancia — não deve ser
indiferente-4 memória do Grande
(1
Morto que por ella muito , quem ia
e inuito iria fazer.
No dia de hoje,
A ei ia de
Celinda reaparece à luz da pu-
blicidade para prestar o seu mo-
desto preito de homenagem à me-
moriá do Insigne Cidadão, cujas
brilhantes qualidades. de inteli-
gencio, coragem, ;tolerancia e pie-
dade, eram a suprema garantia, |
de bem servir. a Patria e a Repu-
blica, por quem tanto se sacrificou,
Bando! estala bastos vida,
que seextinguira com estas ulti-
mas palavras — Salvema Patria!
TRISTE REALIDADE nº E e
– Era grande E mais para: um pais Cr
/ ASP pRçE
tão pequeno! RISE BOI
£ rh ; Ministro da America Ei E E
Eras grande neh mais, eras! e tanto!
Que a saudade não cabe! em.nosso peito
Pequenino de mais p’ra dóreópranto
: Que o face queima e nota em fel desfeito! on
f pare
“ Eras grande de mais! À tua altura
A Patria qu’rida levantar Quizeste! a Rs o
— Omalda Patria nunca máis tem Cural SS tolos
E muito mais q ORAR aa mor reste!
AO EN ES
—— Ra to !? Ce -me q alma em. dis,
q Ais ide quem sente para sempre extintos,
Car aeter, alma de Sidonio Paes! —-
Descança, em paro ó meu «D. Pedro Vits nn
Tu eras muito bom, nobre de: mais E
p’va um poxo d’estes tão: feroçd “intinto! so RR Ra e
DEDE ( curdo :
! Joãó Correia Preitas PAR GL pol
trativa da camara, municipal; e
administrador, do; concelho, . toi
nelas representado, respectiva–
mente pelos srs, dr. Antonio; Vic-
torino é David Mendes; de Sema-.
che. e ses. João dAlbuguerque « e.
Gustavo Bartolo, desta villa…
| TT ú
“À comissão administrativa e
camara Municipal deste: concelho,
foi representada ; nos Tuneraes do
sr. dr, Sid) mio Paes, pelo. “depu-
tado por este circulo sr. dr. Joãor
“Henriques Pinheiro,
A mesma comissão, € «as ali
nistração do -concelho. envigute-
legramas de;condolencias, pao sr.
| Presidento do Governo,-aor novo
Presidente da Republien e Fami-
lia do ilustre extincto.
SINA Rio ESC
“ EXBQUIAS
Paco bh ci Cf
“Solemnes foram as que se rea-|
lizaram no oitavo dia do faleci-
mento do Sr: Dr. Sidonio Paes,
em Sernache” do Bomjardim pro-
movidas pela COMISSÃO do Partido
Nacional Republicano.
Não. menos Solemnes foram as
que hoje tiveram logar na igreja
Matriz desta – ; vila, promovidas
por um grúpo de cavalheiros de
variadas côres-politicas.
Tantonumas como. noutras “foi
grande a concontenciagom a ass
istonçias do elemento óficial e. do,
clero de todo o concelho.
O director desta folha, actual
presidente da comissão adminis-issão adminis-