Voz do Povo nº22 30-04-1911
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1.º Anno
– Certá, 30 de abril de 19711
DIRECTOR E
Avgusto iRodrignes é
Administrador 68%
ZEPHERINO LUCAS E
Editor a
Luiz Domingues da Silva Dias
Assignaturas
Anno:….. 1200. Semestre…
Parato Brazil) otro
Pago adiantadamente
Não se restituem os originaes
doo rs.
Sibooo réis (fracos)
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA
“Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprigiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Annuncios
Na 3.º e 4.º paginas; cada línha…..’30’rs.
N’outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
PELA INSTRUCÇÃO
No logar da Passaria, peque-
na povoação do nosso concelho,
reuniu-se um grupo d’homens
com o louvavel fim de construir
uma casa modesta onde os filhos
do povo d’aquella região possam
aprender a ler.
Se ha iniciativas que mereçam
o nosso auxilio é esta, sem duvi- |
da, uma d’ellas.
Era já do dominio publico a
forma enthusiastica e agradecida
como esses pobres trabalhadores,
esses pequenos proprietarios e la-
vradores haviam recebido e apre-
ciado os beneficios ali espalha-
dos pela Missão das escolas Jeão
de Deus ali estabelecida ha tem-
pos pelo esforço dedicado e be-
nemerente da commissão auxilia-
dora da Certã.
Mas o gesto nobre d’essa po-
bre gente dos campos, tirando
das suas necessidades uma par-
te para ajuda da constracção
d’uma casa d’escola, é digno da
nossa admiração e do nosso es-
forçado auxilio. Provamos a es-
ses obscuros amigos da instruc-
ção que não é vã a nossa propa-
ganda, que não é falso o nosso
apregoado amôr á causa da edu-
cação popular. |
Vamos ao encontro do seu
desejo. Abrâmos os nossos bol-
sos, e, com O maior prazer, va-
mos todos os que nos encontra-
mos intelectualmente e mate-
rialmente, numa esphera mais
elevada, ajudar a tornar em bre-
ve n’uma realidade a aspiração
d’esses modestos homens do po-
vo,
A Voz do “Povo receberá com,
satisfação, todas as quantias que
para este fim lhe sejam envia-
das, e desde já declara aberta a
Subscripção
para a construcção d’uma casa
d’escola no logar da Passaria:
Redacção da Voz do
HOQUO fia E reRaia E 2:500
Zepherino Lucas… 2:000
Cardoso Guedes… 500
; 5:000
———— OIT —
Registo Civil
“Tomou posse noidia 31 do cor-
rente, do seu cargo de ajudante do
posto da freguesia do Troviscal, o
sr. Adelino ‘Bsrata de Figueiredo.
— —oooc—
Realisou-se no dia 25 do corrente
o costumado mercado de S, Mar-
cos, sendo limitadas as transacções,
não obstante a grande concorrencia,
Comício em Pedrogam Pe-
queno
No domingo, 23 do corrente, na
praça d’aquella importante povoar
ção, realisou-se um comicio de pro-
paganda eleitoral, promovido pelo
sr. dr, Custodio de Paiva. Era bas-
tante numerosa: a concorrencia, e |
sendo este o primeiro comicio no
nosso concelho deixou em todos a
melhor impressão. Assistiu o digno
administrador deste concelho que,
antes de abrir o comício, declarou
aos assistentes que era licito a livre
manifestação de todas as opiniões,
recommendando comtudo que todos
se mantivessem na melhor ordem,
discutindo sem azedume os factos e
os principios. |
Seguidamente, o sr. dr. Custodio
de Paiva propoz para presidente o
cidadão José Arnauth, que a assem-
bleia acclamou, o qual, assumindo
a’presidencia, propoz para secreta-
rios “os cidadãos José Joaquim da
Silva e Nuno Conceição.
Usou em seguida da palavra o sr.
Cardoso Guedes que defendeu calo-
rosamente os idiaes republicanos,
mostrando a necessidade e a utilida-
de de todas as leis promulgadas. Ao
terminar foi saudado com uma sal-
va de palmas.
Seguiu-se no uso da palavra o sr.
dr.’ Custodio de Paiva que, como
filho de Pedrogam, justificou os seus
actos, tolos orientados no sentido
de beneficiar o seu tortão natal.
Lendo e commentando um manifes-
to que ha tempos foi publicado nos
jornaes como tendo sido distribuido
em Pedrogam, mostrou a falta de
fundamento de varias das suas afir-
mações, a inconveniencia e injustiça
de arguições, e ainda a falta de base
para as suas promessas, terminan-
do por fazer um vchemente appello
a todos os pedroguenses para que
cerrassem fileiras em volta da ban-
deira da sua terra, a fim de, juntos,
poderem então trabalhar desassom-
bradamente para o bem commum,
Por fim, o digno administrador
d’este concelho declarou, como re-
presentante da commissão munici-
pal deste concelho que esta se tem
sempre esforçado por conseguir a
justa harmonia entre todos os repu-
blicanos e o natural respeito pelos
adversarios. Em Pedrogam, como
em toda a parte, tem sido esta a sua
orientação. Se porventura ba ques-
tões pessoaes ou antigos aggravos,
lembra e recomenda que a conve
niencia geral é que clles sejam es-
quecidos, e que, transigindo reci-
procamente, todos deviam dilizen-
ciar constituir a sua commissão po-
litica para evitar que, como é da lei
organica, a commissão municipal se
veja forçada a intervir em assum-.
ptos que devem ser da privativa
apreciação dos homens que vierem
a canstituir o corpo politico da fre-
guezia ‘
Por ultimo, o sr. dr. Custodio de
Paiva propoz se enviasse um tele-
gramma de saudação ao ilustre mi.
nistro da Justiça, o que foi appro-
vado por acclamação.
‘
Os oradores foram enthusiastica-
mente applaudidos, sendo de notar
a delicada correcção com que todos
se conduziram.
E, assim terminou o primeiro co-
micio que n’esta região se realisou,
x
De Pedrogam seguiram os cida-
dãos dr. Ehrhardt, dr, Custodio de
Paiva, Cardoso Guedes e Nuno Con-
ceição, para o Carvalhal, onde esta-
va marcada uma conferencia agri-
cola e de educação civica, a qual,
de facto, se realisou, com assistencia
d’aigumas senhoras e de muito po-
vo, no edifício escolar, e de que
noutra local damos noticia.
FACTOS E BOATOS
Pela Camara
Sessão de 26 do corrente
Sob a presidencia do sr. Zepherino
Lucas e assistencia dos srs. Henri
que Moura, Filipps da Silva Leonor
e Antonio Nunes de Figueiredo te-
ve logar a reunião semanal da ca-
mara municipal.
Foi presente: o officio n.º 336 do
Governo Civil do Districto commu-
nicando ter sido, por despacho mi-
nisterial, cedido um techniço a fim
de proceder a uns trabalhos, deven-
do.as ajudas de. custo e bem assim
os salarios do pessoal jornaleiro que
seja necessario ser pagos pelo cofre
municipal.
Um officio do Provedor da Santa
Casa da Misericordia de Pedrogam
Pequeno | participando contribuir
com cem mil réis annuaes para a crea-
ção do partido medico n’aquella fre-
guesla, Ê
Officio da comimissão parochial
de Palhaes, participando existir nºa-
quelia freguesia uma casa que em
tempo foi comprada, por subscrip-
cão publica, para servir de residen-
cia parochial, nada constando a tal
respeito no archivo da junta e estar
deshabitada,
Um officio do Instituto Bacterio-
logico Camara Pestana participando
que em virtude do artigo 6 do de-
creto de 7 de março findo, escolheu
a farmacia do sr. Zeferino Lucas de
Moura para depositaria do soro
nesta villa.
Resolveu: ;
Mandar demolir o muro de sepa-
ração existente no cemitério muni-
cipal e que separava as sepulturas
dos catholicos e dos não catholicos,
e mandar proceder as reparações
necessarias na porta da capella e na
porta da casa das autopsias.
Fazer acquisição de uma bandei-
ra para ser içada nos dias feriados,
Mandar satisfaser no dia 2 proxi-
mo futuro os ordenados ao pessoal,
Resolveu fixar em 60% a percen-
tagem a cobrar sobre a contribui
ção predial do Estado, 35% sobre
as contribuições directas do Estado,
industrial, sumptuaria, renda de ca-
sas e predial urbana e 35º sobre
os juros e ordenados dos emprega-
dos publicos, para constituirem re-
ceita do municipio no proximo an-
ao, para despezas geraes do mes-
mo,
A Beira Baixa
Recebemos n’estaredacção a agra-
davel visita d’aquelle nosso preza-
dissimo collega, que se publica em
Castello Branco, e do qual é director
osr. dr. José Pinto da Silva Faia,
aquem apresentamos os nossos cum-
primentos, com o sincero desejo de
mil prosperidades para o seu jornal.
—— —aO0e> ——
Seminário de Sernache
Este importante estabelecimento
de educação acha se funccionando
regularmente com o que muito fol-
gamos.
Tendo concluido, o. inquerito
de que haviam sido encarregados,
retiraram os srs, dr.J. Teixeira
Vaz Guedes e Paiva Faria.
-— —otroe-—— —
Comicio
Brevemente se realisará n’esta vil-
la um comicio de propaganda elej-
toral.
Consta-nos que, entre outros vul:
tos graduados do partido republica-
no, nos honrarão com a sua visita
o sr. dr. Augusto Barreto, illustpe
governador civil d’este districto, e |
representantes do directorio, da com-
missão districtal e da commissão de
defesa dos interesses do concelho
da Certã.
—-—— S000€C->——
Pelo sr. ministro do Fomento foi
auctorisada a vinda d’um technico
para levantar a planta geral da villa,
trabalho este cuja necessidade ha
muito se fazia sentir. ;
— a eqoc——
Candidatos
Em reunião conjuncta da com-
missão districtal e dos representan-
tes das commissões municipaes, fo-
ram eleitos os candidatos a deputa-
dos por este circulo, sendo votados
os seguintes cidadãos;
Almirante Tasso de Figueiredo,
velho republicano; Manuel Martins
Cardoso, antigo propagandista re-
publicano e promotor do Vintem
Preventivo; José Antunes Pinto, len-
te do Instituto de Agronomia Vete-
rinaria, antigo republicano; dy. Luiz
da Camara Reis, advogado, profes-
sor do Lyceu de Lisboa e antigo
republicano.
São nomes que, por si só dispen-
sam apresentação, impondo-se por
todos os titulos, 4 justa considera-
ção de todo o circulo.
—A fim de tomar parte na refe-
rida reunião, esteve em Castello
Branco, o digno vice-presidente da
commissão municipal, sr. dr. José
Carlos Ehrhardt.
— «DOroe———
Foi creada uma escola do sexo
femenino na freguesia do Castello,
d’este concelho. :
Pelo fallecimento d’uma sua ir-
mã, acham-se de luto os nossos as-
signantes, srs. Padre Antonio da
Silva Serra e José Antonio da Silva
Serra, e suas familias, a quem en-
viamos os nossos sentimentos.
—Falleceu um filhinho do nosso
assignante, sr. Antonio Farinha, em
cujo pezar tomamos parte,os parte,@@@ 1 @@@
Missão no Outeiro
A expensas, dos, grandes propa-
gandistas da instrucção popular, os
nossos patrícios srs. Pedro Fernan-
des e Joaquim Cyriaco Santos,
acha-se funccionando na povoaçao
do Outeiro uma nova missão das
Escolas João de Deus, regida por
um distincto professor, com o curso
d’aquelle methodo.
Muito devia já a instrucção do»
nosso concelho, à iniciativa d’aquel:
les nossos amigos; mas o serviço que
tão expontaneamente – acabam de
prestar é d’aquelles que não podem
ser esquecidos. a
Tiso ——
Foi noméado governador civil,
substituto, do. districto de Portale-
gre, o nosso illustre amigo, sr, Pe-
dro de Castro da Silveira.
Ea ae
Registo civil
O movimento n’esta repartição de
20 a 26 do corrente foi o seguinte:
Nascimentos: cinco. k
Óbitos: trez.
ao TE
Eleição
No dia 23 realisouse no edifício
da escola official da freguesia do
Carvalhal a eleição da commissão
parochial sendo eleitos ossrs. Anto-
nio Alves, José Marques da Silva
e João Barata para effectivos e os
srs. Antonio: Antunes, Lourenço
Nunes e Joaquim Vicente, para sup-
plentes. pé
e mg
O districto de Castello Branco
foi eleitoralmente dividido em 2 cir-
culos: o primeiro, com séde em
Castello Branco, ficou constituido
por este concelho e pelos de Idanha,
Villa Velha do Rodam, Certã, Olei-
ros, Proença a Nova e Villa de Rei;
o segundo, com séde na Covilhã,
ficou constituido por este concelho é
pelos do Fundão, Penamacôr e Bel-
monte.
————eoAMaRIgo———
«» Conferencias
Nodia 23 o nosso collega dê re-
dacção, Cardoso Guedes, realisou
no edificio da escola: official da fre-
guesia do Carvalhal uma conferen-
cia de propaganda agricola, seguin-
do se-lhe duas ;conferencias de pro-
jaganda democratica; realisadas pe-
os srs. drs. José Carlos Ehrhardt
e Custodio Martins de Paiva, que
em linguagem vibrante c calorosa
explicaram ao numeroso auditorio o
que era o regimen democratico e o
que eram’as leis até hoje. promul-
gadas pelo governo provisorio,
Todos os conferentes foram mui-
VOZ DO POVO
to ovacionados sendo erguidos vi-
vas à Patria, Republica, povo da
freguesia do Carvalhal, etc.
No final da conterencia procedeu-
se á eleição da commissão parochial
a que n’outro logar nos referimos.
Pelo mundo litterario
A PEROLA
Passeando pelas ruas de Bagdad,
Ahmed viu na vitrine de um joalhei-
“ro uma perola de agua purissima.
Adorava as joias, as pedrarias, as
armas preciosas, os ricos tapetes e
as lindas sedas.
O joalheiro pedia um preço exor-
bitante.
Ahmed era um homem sensato
ainda que novo, Sabia moderar os
seus desejos é renunciar ao impossi
vel. «Não pensamos mais n’sso»,
disse elle e sahiu, Pensou toda aquel-
la noite e os dias que se seguiram.
Calculára que para a comprar se-
ria preciso desfazer-se de varios obje-
ctos que amava particularmente.
Seria necessario vender um retra-
to emoldurado de diamantes, o re-
trato de sua mãe,
Nunca desceria a isso. Estava de-
cidido.
No entanto, antes que a semana
acabasse, a perola pertencia-lhe,
Collocou-a n’um estojo riquissimo,
trabalhado nos mais preciosos me-
taes. :
Ali dormia como n’um altar. Du
rante horas e horas adorava-a, e alí
passava momentos encantadores.
Transmittia-lhe um tal encanto,
descia sobre elle âma mysteriosa se
ducção como se fitasse um olhar de
mulher.
Escondia-a a todos os olhares. Sen-
tia-se feliz.
Uma noite Ahmed céava com va-
ros amigos. Ali se contaram diver-
sas aúedoctas e um d’elles contou a
de um joalheiro de Bagdad que ten-
do uma’ perola falsa, lembrou-se de
pedir por ella um preço exorbitante,
e que tinha encontrado comprador.
Todos riram e Ahmed fez côro
com os outros.
Mas soffria uma tortura horrível.
Quando se encontrou só, pegou na
erola e furioso quiz despedaçá-la.
Era elle o pobre tolo de quem todos
zombaram.
Aquelle brilho, aquella pureza,
aquella doçura, tudo aquilo era faiso!
| Como elle se deixou enganar!…
Quantas vezes tinha tido nas mãos
admiraveis joias. Mas nenhuma lhe
tinha inspirado os mesmos desejos,
mem as mesmas alegrias depois de a
ter possuído.
Ah! que alegrias!
Que immenso goso de admirar
amando, e de amar o que se admira,
e aquelles minutos que um só valia
uma vida, um a um elle se recorda-
va!
Pelo menos todas aquellasalegrias
não tinham sido falsas. E tornou a!
collocar a perola brilhante e fina no
estojo onde resplandecia como sobre
um altar.
E assim succedeu durante muito
tempo.
Jurara aniquilar a perola engana-
dora.
Mas logo que a via a raiva torna-
Va-se em profunda tristeza misturada
de sensualidade porque a perola ti-
nha sobre si um encanto.
Um dia Ahmed encontrou um co-
fre cheio de joias. Havia esmeraldas
verdes como as aguas irritadas do
mar, rubis como se fossem gotas de
sangue, topazios que pareciam fau-
lhas de sol.
Opalos, turquezas, d’um azul de
sonho, saphiras de um azul sombrio
como o fundo das pupillas.
Ahmed retirou a mão do maravi-
lhoso cofre. Então sentiu-se possuído
de uma raiva insensata. Disse ás es-
meraldas: Não succeda em vós que
outros tenham admirar o vosso bri-
lho d’emprestimo! Ahmed não será
o vosso logrado; e deitou para bem
longe as esmeraldas côr do mar.
Disse aos rubis: o sangue que cor-
re sob as carnes transparentes tem
menos frescura e não tem a vossa
mocidade. Odeio a vossa mentira e
deitou: longe de si os rubis côr de
sangue.
Deitou os topazios, as opalas, as
turquezas, as saphiras e a cada uma
dizia: «Ahmed não tornará a seren-
ganado !» / :
Tornou se taciturno;. fugira ás
companhias, Ficara fechado dias in-
teiros. | Queria estar só, Os amigos
aflligiam-se e temiam que tivesse per-
dido o juizo. j
|Um dia pela manhã -encontraram-
no morto. Deante d’elle.o estojo es-
tava aberto e no estojo a perola bri-
lhava luminosa e fria, Quiz fixar
p’ellã o olhar, Seria um olhar carre-
gado de censura pela cruel decepção
que lhe tinha tornado impossivel a
vida? :
Seria um olhar mergulhado de gra-
tidão pela illusão gue lhe tinha dado
: tornando:o o mais feliz dos homens?
Ninguem o soube. Os mortos não
gostam de divulgar os seus segredos.
Mas no momento supremo conhece-
se bem que teem um segredo. Le-
vam-n’o comsigo. E é d’este segredo .
que vivem na Eternidade.
Ro:
* Carteira semanal
Fazem aBnas
No dia 2 de maio a sr.” D. Maria
Lemos do Sacramento Nunes.
No dia 5 a sr“ D. Carlota d’AI-
meida Ferreira Maio. ;
Estão n’esta villa o sr. Antonio
GuilhermeFrança e sua esposa.
Já regressou de Paris, achando-se
na sua casa da Estrada, o sr. José
da Silva Bartholo. ;
Regressaram a esta villa os srs,
João d’Albuquerque e José Farinha
Leitão. ! ;
Sahiram: para Lisboa, o sr, An-
nibal Carvalho, e, para Serpa, o sr.
Antonio Augusto Rosa Mello.
Estiveram n’esta villa os srs. An-
tonio Joaquim Simões David e Se-
bastião Farinha Tavares.
* Em goso de licença, encontra-se
em Oleiros o nosso assignante sr.
José Farinha das Neves, tenente de
caçadores 6.
Estiveram no Nesperal os nossos
assignantes srs, dr. Antonio Dias da
Silva e Aliredo Pires.
“Tem sentido melhoras o sr. José
d’Azevedo Bartholo, pot cujo com-
pleto restabelecimento; fazemos vo-
tos. t
Regressou de Lisboa, onde foi de
visita a sua filha e genro, a esposa
do nosso assignante, sr. Joaquim
Nunes da Silva,
Pedrogam Pequeno, 23-4-911
vo o Tmponente. comício republicano
Realisou-se hoje n’esta villa um
imponente comicio republicano, pro-
movido pelo sr.. dr. Custodio Mar-
tins de Paiva, que apesar de annun-
ciado apenas de vespera, logo de
manhã appareciam já na praça d’es-
ta villa varios espectadores, avidos
de ouvir a palavra fluente dos ora-
dores.
Foi presidido pelo sr. José Ar-
nauth, presidente da Commissão
Parochial Administrativa e secreta-
riado pelos srs. José Joaquim da
Silva ie Nuno; da Conceição e Silva.
Abriu o comicio o digno administra-
dor sr, dr. José Carlos Ebrhardt,
explicando qual o seu fim, pronun-
FOLHETIM
Sentença de Salomão
(A João Moreira Ferreira)
(Continuado do n.º 15)
«Bem. Então repito a pergunta
d’ha pouco: quem de dois tira um,
quantos ficam?»
D’esta vez, o côro. foi geral. To
dos tinham comprehendido o exem-
plo dos coelhinhos. De sorte que o
Zé, o Joaquim, o Manuel e seus
dois irmãozinhos responderam quasi
á uma:
«Ficam trez !»
Mas o Zé e o Joaquim, que não
queriam que ninguem participasse
«das suas glorias, observaram aos
trez irmãos:
«Mas fomos nós os primeiros que
advinhámos… !
*
«E quem de dois tira trez?» per-
guntou, logo em seguida, o doutor
Pedro.
E os dois sabichões do rancho,
responderam, sorrindo:
«Não póde ser!»
«Ora reparae bem! Lembrae-vos,
outra vez, do exemplo dos coe-
lhinhos. .»
E o Zé e o Joaquim ficaram me-
ditando um momento, apoz o que
responderam successivamente :
«Não fica nada !»
«Fica um!»
«Não póle ser!»
«Ficam…»
Pedro, com aspecto benevolente
chamou o Zé e o Joaquim!
«Ora vinde cá vós!»
Os dois rapazes achegaram-se
promptamente,
Mas o doutor Pedre, fingindo que,
só então, reparára na extranha proe-
minencia dos bolsos das calças d’a-
quelles dois, perguntou abrupta-
mente :
«O que é que trazeis ahi, nos
bolsos das calças?»
Zé e Joaquim tão surprebendidos
ficaram que nem atinaram com o
que haviam de responder. A com-
moção suffocava-os,
Mas Pedro, apalpando-os conti-
nuou:.
«Já sei! São maçãs, que roubas-
tes das macieiras do Miguel do Rio
e do José do Crasto—porque eu
bem vos vi saltar “dos seus poma-
TES ..» À
E, em tom levemente reprehensi-
vo, continuou:
«Fizestes mal! Não se rouba o que
é dos outros! Se querieis maçãs,
fosseis ambos a m’nha casa, que eu
vol-as daria! Roubar é feio, muito
feio! Mereceis castigo por isso! E
ainda o mereceis maior porque, sen
do vós os mais velhos, não deverieis
dar maus exemplos ao Manoel e aos
seus irmãos. ..!» é
«Eu não roubei, senhor doutor!»
Observou Manoel, ao ouvir. pro-
nunciar o seu nome.
«Bem o sei. Mas deixaste, sem
protesto, que os outros dois roubas-
sem! Ainda que menos do que el
les, tambem tens culpas, ainda que
o não julgues, ..!»
Mas o Zé e o Joaquim, julgando
gue assim alliviariam as.suas culpas,
explicavam:
«Mas as maçãs não as tirâmos só
para nós dois! Eram para repartir
por todos!»
«Desculpas, meus amigos! Des-
culpas!» rematou o doutor,
*
Depois d’um instante de silencio,
Pedro continuou :
«Ora vamos outra vez ás nossas
contas.
O que é que estavamos nós a di-
zer…? Ah! Já me lembro. ..! Per-
guntava eu: quem de dois tira tres…?
Orabem. Vamosa exemplificar. Que-
ro ver se o Manoel eos irmãos ficam
hoje sabendo de contas de dimi-
nuir.»
E, dirigindo-se ao Zé e ao Joa-
quim, pediu-lhes as maçãs roubadas,
que, por signal, eram tres:
Mas para as tirar dos bolsos, foi
caso; Era como quem tirava a ca-
pella-mór pela sacristia. Foi preciso
usar de todo .o geito possivel para
que as maçãs transpozessem o aper-
tado estreito dos bolsos. Mas sahi-
ram finalmente.
Pedro, tomando as trez maçãs
continuou com a sua improvisada
prelecção :
«O Zé e o Joaquim do Miguel do
Rio e do José do Crasto—que são
dois lavradores—tiraram trez maçãs
Aqui temos, portanto, um caso, que
se assemelha ao problema proposto;ma proposto;@@@ 1 @@@
)
ciando um discurso que: chamou
aattenção de todos os ouvintes.mSe-
guiu-se no uso da palavra o sr.
Cardoso Guedes que em. phrases
claras e concretas explicou brilhan-
temente as leis da Republica, paten-
tcando bem ao publico as suas van-
tagens. Seguiu-se no uso da palavra
o sr. dr. Custodio Martins de Paiva
que n’um discurso vibrante poz bem
claro o quanto a Republica tem tra-
balhado para consolidar a nossa
autonomia, para que as potencias
extrangeiras nos considerem e que
só pela Republica nos podemos
levantar do abatimento em que es-
tivemos mergulhados.
Todos os oradores agradaram
por completo. Findo o comício o sr.
dr. Paiva consultou o numeroso au-
ditorio se era de opinião que se te-
legraphasse ao’ Ministro da Justiça
felicitando-o pelo recente decreto
da Separação de Egreja do Estado.
O telegramma foi assim redigido:
Ex.” Ministro da Justiça—o povo
de Pedrogam Pequeno, reunido em
comicio publico sauda o governo
provisorio na pessoa de V. Ex, a
quem cumprimenta pelo decreto da
Separação da Egreja do Estado.
Todos approvaram a remessa do
telegramma.
É assim terminou, retirando to-
dos na melhor ordem depois de se
terem dado vivasá Republica Por-
tugueza ao Governo e ao povo de
Pedrogam Pequeno. Nos intervallos
a philarmonica d’esta villa executou
o hymno nacional—A Potugueza
que era ouvia de pé e de chapeu
na mão. i
C.
DRE ONG
Pequena correspondencia
Dignaram-se pagar as suas essignaturas
os srs. padre Isidro Farinha, Possidonio
Branco, Adelino Alves, Viriato Moreira,
Antonio Farinha, Ignacio Fernandes e João
da Silva Carvalho.
Agradecemos,
—Manuel Alves da Silva Neves
Recebemos o seu postal, que muito agra-
decemos. Brevemente mandaremos fazer a
cobrança, como V’ Ex.º pede.
-— João Miguel da Silva—Não deu
entrada nesta administração a importan
cia a que’V. Ex.” se refere no seu postal
de 20 do corrente,
DE eee eee premreerer
Elucidario Fiscal
E’ este o titulo de uma obra de
legislação vigente sobre o imposto
do real d’agua, de que é auctor José
de Carvalho, chefe fiscal dos impos-
tos, e que se acha á venda no de-
posito—Lipraria Central de Gomes
VOZ DO Povo
| de Carvalho, rua da Prata, 160—
Lisboa, e em todas as livrarias.
Aos que vendem, depositam ou
fiscalisam o imposto do real d’agua
torna-se necessario o conhecimento
d’esta obra, pois que tendo sido
muito alterados os regulamentos que
tratam d’este ramo fiscal, n’ella se
encontram esclarecidas as muitas
duvidas que se teem suscitado. A
legislação respeitante ás ilhas é an-
tiquissima e quasi desconhecida ho-
je; pois no Elucidario Fiscal é este
assumpto tratado com bastante des-
envolvimento, por fórma a aplanar
dificuldades,
Aos escrivães de fazenda, cama-
ras municipaes, delegados do the-
souro cao pessoal dos impostos,
torna-se indispensavel o conheci-
mento d’esta obra, que, para maior
facilidade na sua consulta, está or-
denada em fórma de diccionario. |
O seu custo é de 400 réis brocha-
do e 500 réis cartonado.
a
Conselhos aos lavradores
O nitrato de cal-cal azotada
Em seguida a um inverno rigoro-
so as culturas dos cereaes do ou-
tono, cuja alimentação tem sido
retardada pelas chuvas, tem geral-
mente um fraco desenvolvimento
que é caracterisado pela côr ama-
rellenta das folhas e por um rachi-
tico desenvolvimento.
A applicação dos nitratos em co-
bertura na primavera, em dóse que
pode regular por 6o kilogrammas
por hectare, independentemente de
uma adubação feita anteriormente,
modifica com rapidez o aspecto en-
fezado da cultura dando lhe em pou-
cos dias um bello aspecto.
Está já hoje provado que o nitra-
to de cal é na sua acção sobre os
cereaes muito semelhante ao nitra-
to de soda, quer sobre as culturas
de cereaes do outono quer sobre
as de cereaes de primavera.
E” um facto adquirido que o ni-
trato de cal tem em todos os solos
uma grande efficacia.
Composto de dois: elementos es-
senciaes á vida das plantas: o azote
ea cal, o nitrato de cal leva ao so-
lo um elemento não menos util do
que a soda,
Quanto ao modo de emprego dos
dois nitratos e pelo que diz respei-
to ao seu valor fertilisante está já
hoje perfeitamente demonstrado um
e outro caso pelas experiencias effe.
ctuadas,
Para as culturas de primavera
ambos podem ser empregados, quer
anteriormente, quer posteriormente
de dois tirar trez. Ora bem. Pensae
agora baixinho comvosco pro-
prios e perguntae: quem, de dois
coelhos velhos, tira mais tres coe-
lhos novinhos, quantos coelhos fi-
cam? Por outra—e ahi estamos nós,
outra vez, na pergunta de ha pou-
co-—quem de dois tira tres, quantos
ficam ?»
«Ficam cinco!» responderam ain-
da d’esta vez o Zé e o Joaquim.
«E tu, Manoel, não respondes?»
Não. Manoel não respondia por
um motivo muito simples: porque
não comprehendia o arrevezado d’a-
quelias contas. O seu espirito bara-
lhava-se em enorme confusão. Por
isso, O rapaz, sempre tagarella, ca-
lava-se agora.
*
Pedro, tomando as tres maçãs,
continuou assim;
«O Zé e o Joaquim allegaram:
que as maçãs eram para repartir
por todos. Pois bem. Quem vae fa-
zer essa partida sou eu,»
Em seguida, proseguin: .
«Visto que, segundo o Zé eo
Joaquim, quem de dois tira trez,
ficam cinco, segue-se que elles, ti-
rando dos dois lavradores trez ma-
çãs, ficaram, além das que aqui te-
nho na minha mão, com mais duas
maçãs. Estas trez são: uma para ti,
Manoel, e duas para teus irmãos.
As duas outras, que aqui não vejo,
são para o Zé e para o Joaquim,
Agora, ide-vos embora, Mas deixae
repetir-vos, mais uma vez: não rou-
beis!»
*
Zé e Joaquim ficaram como pe-
trificados com a decisão do velho
medico. O pasmo emudecia os.
Queriam protestar contra aquella
divisão, mas não lhe occorriam pa-
lavras. i
Por isso, destacando-se do resto
do bando, foram-se lentamente dei-
xando ficar para traz.
Cada um d’elles, cabisbaixo, ia
pensando, lá de si para comsigo,
que isto de aritimetica será coisa
muito bonita, mas, evidentemente
não enche barriga.
E, desde esse dia ficaram com
horror á sciencia dos numeros, so-
bretudo quando ensinada pelo dr,
Pedro,
Rhuy Pires.
á sementeira, em cobertura n’este
ultimo caso.
Concomitantemente com o ap-
parecimento do nitrato de cal deu-
se o apparecimento da cal azotada
ou cyanamido de calcio, destinado
tambem a dar ao solo o azote.
A cal azotada é um composto em
que o azote se transforma em am-
moniaco ao contacto com agua ou
com a humidade,
Doseia em geral 20 %, de azote.
E” em geral um pó negro, extre-
mamente fiao e cuja coloração é de-
vida a um excesso de carvão que
contem,
Quando se encorpora ao solo a
cul azotada, produz-se como acima
dissemos, a transformação lenta em
ammoniaco e carbonato de cal que
em seguinda á nitrificação é imme-
diatamente absorvida pelas raizes
das plantas.
O carbonato de cal, esse fica no
solo mantendo-se n’um estado de
alcalinidade muito favoravel ao bom
resultado dos adubos,
Para que a cal azotada produza
os seus melhores resultados acon-
selha-se o seu emprego nas semen-
teiras do outono, enterrando uns
quinze dias antes da sementeira.
A cal azotada pode ser mistura-
da com os adubos potassicos e phos-
phatados sem que lhes occasione
modificações.
O valor de um adubo azotado
deve ser avaliado pela facilidade
maior ou menor com que o azote é
transformado em ammoniaco para,
por o seu turno, passar ao estado
nitrico sob a influencia das bacterias
existentes no solo.
Por este motivo é facil calcular o
valor da cal azotada como elemen-
to destinado, a dar ao sole o azote
de que a planta tem necessidade,
desde que se conheça qual é a sua
dosagem n’este elemento nobre.
Segundo Miiniz o azote de cal
arrastado e fixado no solo, serve
pouco a pouco á alimentação das
plantas, não sendo arrastado pelas
aguas das chuvas. A cal azotada,
pode como já acima dissemos ser
misturada com o phosphato Tho-
maz € saes potassicos, sem que se
origincm perdas sensíveis, econo-
misando-se com isto o preço da
mão de obra na espalhagem.
E” devido a isso a dar-se ao solo
não só o azote como a cal que nós
empregamos frequentemente e o
aconselhamos na seguinte formula
de adubação por hectare:
Cal azotada….
Phosphato Tho-
IN AZA iperiaa
Sulfato ou clore-
to de potassa.
Ou Kainite…..
Resumindo as considerações an-
teriormente feitas diremos, que; o
nitrato de cal é um excellente adu-
bo que poderá substituir o nitrato
de sodio sempre que o preço per-
mitta.
A cal azotada está tambem re-
servado um longo futuro, se, como
as axperiencias feitas, as executadas
de futuro continuem dando os mes-
mos resultados.
necessario que a agricultura
portugueza, à semelhança das suas
irmãs estrangeiras, abandone a ro-
tina e abrace o caminho da cultura
racionalista, porque é a nossa unica
150 a 300 kilogr.
400 a boo »
100 a 150 »
200 4 300 »
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dente no logar do Moinho do Cabo,
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divorcio, sentença que transitou em
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