Voz do Povo nº125 20-04-1913

@@@ 1 @@@

 

Do

Ano

DIRECTOR

Augusto itodrigues

Administrador
ZEFERINO LUCAS

Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

Certã, 20 de abril de 1913

INF LOS

 

 

 

Assinaturas

AMOR IND200. Sem estnel cd

Para o Brazil. É
Pago adiantadamente

Não se restituem os originaes

Política geral

Como se a substituição contí-
nua dos governos em Portugal,
fosse a coisa mais util para o
país, tem-se ultimamente falado
muito em crise ministerial,

E’ preciso que o sentimento
das responsabilidades esteja com-
pletamente perdido para se admi-
tir, sequer, a hipotese dos nossos
homens publicos serem tão im-
previdentes que fossem lançar a
Republica nas perturbações da
solução duma nova crise.

O governo atual, como ainda

“a Luta ha dias salientava num
brilhante artigo do seu ilustre di-
rector, possúi presentemente a
mesma maioria com que se or-
ganisou. E a não admitir-se que
dentro da Republica os gover-
nos caiam tambem por capricho
ou por intrigas, devemos con-
cluir que se não abre crise em-
quanto ao governo não faltar a
“maioria parlamentar ou emquan-
to não se produzir uma indica-
ção séria da opinião publica. Só
assim se compreende a Republi-
ca e só assim se explica a con-
veniencia da queda da monar-
quia,

O periodo critico que a Euro-
pa está atravessando não permi-
te que se possa entre nós brin-
car ás crises, como sendo a coi-
sa mais inocente, ?

A atitude patriotica do partido
União Republicana facilita sobre-
maneira a vida do governo, pois
tendo nas duas casas do Con-
gresso numerosa e escolhida re-
presentação, a sua atitude não é
de oposição, na vulgar significá-
ção que em politica se dá a este
termo, mas sim a de fiscalisação
e cooperação.

O partido evolucionista, ainda
que o pretendesse, não pode cau-
sar ao governo quaisquer dificul-
dades parlamentares, mas nós
igualmente confiamos no patrio-

“tismo dos seus membros, quesa-

berão avaliar bem da extensão

das consequencias duma nova e

intempestiva crise política.

Todos os indicadores são, pois,
para que a situação se mante-
nha. E se, em politica é meces-
sario contar sempre com as sur-
prêsas, contudo, parece-nos que
desta vez prevalecerá o. bom
senso. j :

E” ardua e bem dificil a mis-
são de qualquer governo; não

d00 rs.
54000 réis (fracos)

 

admire, pois, que não haja quem

 

queira conservar-se nas cadei-
ras do poder; mas se o governo
entende que é preciso impôr sa-
crifícios a todos para resolver a
nossa situação, justo é que ele,
tambem, se não exima ao sacri-
ficio do poder, que, não duvida-
mos, tem agora mais espinhos
do que flôres.

Dr. Alfonso Gosta

Visitou, no dia 13 do corrente, a
visinha povoação de Sernache do
Bomjardim tendo sido recebido fes-

tiva e brilhantemente, o ilustre pre-.

sidente do ministerio.

S. Ex.º hospedou-se em casa do
seu -particular amigo e digno admi-
nistrador dêste concelho, sr. dr.
Abilio Marçal, onde foi muito cum-
primentado. 7

“Como o nosso solíciio correspon-
dente de Sernache do Bomjardim
descreve pormonorisadamente esta
visita, limitamo-nos a apresentar ao
sr. dr, Abilio Marçal as nossas feli-
citações pela forma como decorreu
tão brilhante festa.

————— pano

Protecção aos ninhos

“O Lavrador abre agora concurso
para quatro premios, de 28500 réis
cada um, para outros tantos rapazes,
de 12 a 18 anos, de qualquer ponto
de Portugal, que mostrem ter defen-
dido ninhos de aves contra qualquer
tentativa de destruição.

O praso do concurso finda em 15)
de agosto.

A noticia das boas acções dos ra-
pazes deve ser remetida ao Layra-
dor, na administração do Comercio
do “Porto, e abonada pelo pároco ou
pelo professor de intrução primária
da freguesia.

Estes premios já o ano passado
foram concedidos pelo sr, Eduardo
Veloso de Araujo, falecido ultima-
mente em Paris. Nos ultimos dias
da sua vida fez saber ao Lavrador
que desejava fosse feita este ano no-

“va distribuição.

E’ por isso que se abre o con-
curso.
= paid = — — —

Dr. Alfredo Mendonça

Terminaram pela morte os sofri-
mentos duma longa e pertinaz doen-
ça, daquele integerrimo magistrado,
nosso muito ilustre amigo.

É com grande mágua que damos
esta notícia aos nossos leitores.

O ilustre extinto, natural desta
comarca, era muito conhecido e es-
timado nesta vila, onde passou al-
guns anos após a sua formatura em
direito, depois do que encetou a sua
carreira de magistrado no ultramar,
onde exerceu as funções de delega-
do do procurador da corôa e fazen-
da, juiz de direito de primeira e se-
gunda instancia e presidente das re-
lações de Moçambique e Nova Gõa.
Por ocasião da revolta da Índia pres-
tou assinalados serviços, demons-

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
: Rua Candido dos Reis

CERTÁÃ
Tipografia Leiriense — LEIRIA

Propriedade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

 

trando o seu patriotismo e energia.

Era magistrado duma rectidão in-
flexivel, sabedor e inteligente, muito
considerado por todos os seus cole-
gas e respeitado por toda a gente
que, tendo a honra de conhecê-lo,
tinha ocasião de apreciar o seu ca-
racter afavel e cheio de distinção.

Não foi só na comarca da Certã
que a sua morte foi profundamente
sentida; em Lisboa, onde tinha um
logar de superior destaque, sua ilus-
tre familia teve ocasião de constatar
o respeito, a estima e a considera-
ção que merecia o seu querido
morto.

Ao seu funeral, extraordinaria-
mente concorrido e que constituiu
uma sentida homenagem, foram des-
ta vila assistir os srs. Barata e Silva
e Morais David, tendo ido a Lisboa
pessoalmente apresentar as suas
condolencias o nosso director.

Á ilustre familia do extinto, em
especial a seu irmão o nosso queri-
do amigo sr. dr. Antonio de Men-
donça David, enviamos os nossos
sentidos pêsames.

—O Gremio Certaginense esteve
fechado no dia do funeral.

—— —pidnde————

CAMINHO DE FERRO,

O nosso ilustre deputado, sr.
Americo. Olavo, mais uma vez le-
vantou a voz no congresso, instando
pela discussão do projecto do cami-
nho de ferro da Certã.

S. ex.º apresentou nessa ocasião,
representações das camaras dêste
concelho e do de Oleiros, no mes-
mo sentido.

Está a aproximar-se do seu termo
a presente legislatura, e não é ra-
zoavel que aquele projecto, com o
parecer favoravel de todas as comis-
sões, e que se destina a satisfazer
uma justa pretensão, que redunda
numa alta conveniencia publica, fi-
que ainda pendente de aprovação.

Sabido o interesse que os nossos
representantes parlamentares põem
na sua aprovação, confiamos, porém)
que o assunto ficará resolvido.

 

 

FACTOS E BOATOS

 

Escolas Moveis pelo metodo
João de Deus

Realisou-se, no dia 14 na sala das
sessões da Camara Municipal, gen-
tilmente cedida para . este acto, a
eleição dos membros que hão de
constituir a Comissão Auxiliar d’es-
te concelho no ano letivo proximo,
sendo eleitos os srs.: :

Dr. José Carlos Erhardt, Luiz
Domingues da Silva Dias, Antonio
Nunes de Figueiredo, José Ventura
e José Dias Bernardo Junior.

DRE OC a

Faleceu em Oleiros o sr. David
Mateus Pinheiro, secretario ‘aposen-

“tado da administração do concelho;

á familia enlutada apresentamos as
nossas condolencias.
—— <a600€-————
Foi nomeado notario interino de
Oleiros o nosso estimado assinante
sr, dr. José Garcia,

 

 

Anuncios

Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
N’outro logar, preço convencional

 

 

Anunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

Adiamento de alistamento |

Em 1913 é prorogado até 30 de
junho o praso para a recepção dos
pedidos de adiamento, tanto para
os mancebos residentes no continen-
te e ilhas como para os que estão
nas colonias ou estrangeiro. Os que
estão?nas colonias, quando apurados
pelas juntas de inspecção, podem
logo requerer aquele adiamento.

Os mancebos residentes no estran-
geiro ou nas colonias juntam ao pe-
dido do adiamento, não só os ates-
tados de residencia, mas o tríplica-
do do conhecimento comprovativo
do pagamento da taxa militar com
que porventura tenham sido colecta-
dos, pagamento que compreende a
parte fixa da mesma taxa á respon-
sabilidade dos interessados, ou na
sua falta, dos ascendentes, sen-
do para os refratarios de 28400 réis
e recrutados 18200 réis, competindo
aos seus ascendentes o pagamento
da parte variavel conforme o artigo
gr1.º do R.º R.º que se conserva
normal por efeito do artigo 215.º e
os juros de móra teem o mesmo
destino que a taxa, com ela escritu-
rados nos m/ 27 e 32.

Como os individuos colectados pa-
ra o pagamento da taxa militar re-
lativa a igr2, satisfazem-no em prin-
cipio de 1913, devendo portanto te-
lo ultimado antes de 30 de junho, só
é concedido adiamento da incorpo-
ração em 1914 aos mancebos que
provem ter pago a taxa militar re-
lativa a 1912. Tais foram os escla-
recimentos agora expedidos militar-
mente.

—— =<9000€> ———

Entrou em gôso de licença o di-
gno administrador dêste concelho,
sr. dr. Abilio Marçal,

——— OQCOE——————
Imprensa

Recebemos e agradecemos a visi-
ta dos nossos estimados colegas,
Justiça de Fafe e Justica.

—— Ee
Moedas e notas

Vão ser recolhidas todas as moe-
das de prata do tempo da monar-
quia que ainda andam em, circula-
ção, começando a circular muito
brevemente as notas de 5 e dez es-
cudos do novo desenho. pois

Teem a figuára alegorica da Re-

ublica e o retrato de Alexandre
erculano.
—— «<DO0O0C>— — — –

Musica

A «Recreio Artista» tocou no pas-
seio do Adro, no dia 13, das 16 ás
19 horas,

e e 3 IDE mm
Pela Camara
Sessão de 16-4-913

Presidencia cidadão Zeferino Lu-
cas e assistencia dos vereadores ci-
dadão Moura, Luiz Domingues, Nu-
nes de Figueiredo e Ciriaco Santos.

Lida e aprovada a acta da sessão

anterior.
EXPEDIENTE

Oficio n.º 20 do Sub-delegado de
Saude, pedindo autorisação para re-ação para re-

 

@@@ 2 @@@

 

VOZ DO POVO

 

quisitar vacina. Concedida.

—lUm telegrama do cidadão Ad-
ministrador do “Concelho comuni-
cando a visita a Sernache do Bom-
jardim, do Ex.mº Presidente do Mi-
nisterio, o sr. Presidente informou
ter ido áquela povoação com os ve-
readores Luiz Domingues e Giriaco
Santos, apresentar a sua Ex.º os
cumprimentos em nome da Camara.

—lUma representação pedindo que
se restabeleça o antigo mercado aos
sabados, creando-se um novo mer-
cado ás quartas-feiras, ficou sobre a
mêsa para ser devidamente estuda-
da,

—Uma representação acompa-
nhando listas para inscrição, pedin-
do a abolição da lei de 14 de Julho
de 1899, ou lei dos cereaes. A ca-
mara resolveu colocal-as na secre-
taria. –
=—A requisição do cidadão Dele-
gado do Procurador da Republica,
desta Comarca, mandou comprar 12
metros de pano para toalhas de
mãos, para uso dos presos das ca-
deias desta Comarca,

— O sr. Presidente comunicou
ter recebido uma carta do ilustre
deputado Americo Olavo, em que
lhe comunica. ter apresentado na
Camara das Deputados as represen-
tações désta Camara e da de Olei-
ros, e ter advogado com interesse a
necess dade da construção do Ca-
minho de Ferro désta região e ou-
vido do sr. Ministro do Fomento a
afirmação de que muito em breve
resolverá esse assunto, que julga
merecedor de todo o cuidado e da
mais solicita atenção. Por sua pro-
prosta foi resolvido que se oficiasse
áquele deputado agradecendo o in-
teresse que tem tomado por esta
região e que se-comunicasse á Ca-
mara de Oleiros o assunto da carta-

—0O. cidadão vereador do pelou-
ro respectivo informou da necessida-
de duns pequenos reparos nas cal-
çadas desta vila e ponte da Carvya-
lha. A camara mandou proceder de-
vendo ser satisfeitos logo que este-
jam concluidos,

—Q cidadão vereador do pelouro
de obras publicas imformou esta-
rem concluídos os reparos do mata-
douro, podendo-se satisfazer a sua
importancia. Autorisado o pagamen-
to.

—Autorisou o fornecimento de pa-
pel, livros e impressos para o expe-
diente da Camara e Sub-delegacia
de Saude,

— — seo
Registo Civil

O movimento de registos de q a
15 do corrente foi. ;
Nascimentos dee pa Recs RT
Obitosrsscp ainda ie 5 RR
(Casandentost er a e

Carteira semanal

 

 

 

Fazem anos:

No dia 22, 0 sr. Eduardo Barata
Correia e Silva.

No dia 26, a sr.’ D. Aura de Ma-
galhães.

Estiveram: n’esta vila, os srs. Jo:
sé Antonio Muralha, dr. José P. da
Silva Faia, José Lopes Tavares e
José Luiz da Silva; em Tomar, os
srs. Artur Caldeira Ribeiro; e em
Lisboa, o sr. dr. Ernesto Marinha.

De visita a.sua familia, está em
Castelo Branco, o nosso estimado
assignante sr. dr. Francisco Rebelo
d’Albuquerque.

Estão completamente restabele-
cidas as sr.“ D. Emilia da Silva Bar-
tolo e a sr.* D. Conceição Baptista.

Estão: n’esta vila, a sr.” D. Lau-
ra Baptista; e em Sernache do Bom-
jardim, o nosso presado assignante
sr. Libanio Girão.

 

Sernache do Bomjardim, 16
Dr. Afonso Costa

O acontecimento sensacional da
semana foi a vinda do sr. presiden-
te do ministerio a Sernache do Bom-
jardim no ultimo domingo, 13 do cor-
rente.

Neste dia Sernache tinha um mo-
vimento desusado e uma viva ani-
mação de dias festivos com os seus
edificios e ruas profusamente emban
deirados. .

A chegada

Eram 13 horas e meia quando se
ouviu o sinal da aproximação dos
automoveis, quepouco depois para-
ram á entrada da povoação, em nu-
mero de quatro.

No primeiro, pertencente ao im-
portante industrial e capitalista do
Porto, sr. Antonio Costa, um dedi-
eado filho de Sernache, vinha, além
do seu proprietario, o sr. dr. Afon-
so Costa, governador civil deste dis-
trito, Francisco Borges e dr. Abilio
Marçal, que ali mesmo apresentou
às pessoas presentes o ilustre visi-
tante.

A multidão, num grande entusias-
mo, fez aos recem-chegados uma
calorosa manifestação que se man-
teve com a mesma intensidade e
alegria até á casa do sr. administra-
dor do concelho, onde chegou ao
delírio em vivas aclamações da mul-
tidão, ao som do hino nacional to-
cado por duas bandas de musica e
sob um chuveiro de flôres lançadas
pelas senhoras.

Ali usou da palavra o dr. Abilio
Marçal, congratulando-se com os
seus patrícios por aquela memora-
vel visita.

seu discurso entusiasmou a
multidão que a meúdo o interrom-
peu com vivas aclamações, as quais
aumentaram de entusiasmo quando,
ao terminar, disse que em nome do
povo de Sernache ia abraçar o seu
ilustre hospede, e os dois amigos se
abraçaram comovidamente.

O sr. presidente do ministerio re-
colheu-se então para receber os cum-
primentos das pessoas presentes,
tendo, entretanto, que voltar a apre-
sentar-se á multidão, que não ces-
sara de aclamal-o,

O almoço

Pouco depois começou o almoço,
de 52 talheres.

O sr. dr. Afonso Costa tinha á
sua direita a esposa do dono da ca-
sa, sr.º D. Angelina Marçal, seguin-
do-se-lhe os srs. juiz de direito e
senador Sousa Junior; á esquerda o
sr. Antonio Costa, seguindo-se-lhe
os srs. deputado Adriano Pimenta
e senador Artur Costa.

Em frente, o sr. governador civil,
tendo á sua direita o sr. Elisio Me-
lo e á esquerda o dono da casa,
ocupando outros logares os srs. de-
putados Josquim Ribeiro, Francis-
co Borges, Antonio de Sousa Tu-
dela, Sequeira Lopes, director do
Colegio das Missões, delegado da
comarca, Ciriaco Santos, Augusto
Rosst, dr. Bernardo de Matos, dr.
Virgilio, dr. Pereira d’Almeida, An-
tonio Jacinto David, José Gomes da
Costa, Libanio Girão, Torres Car-
reira, José Nemerim da Silva, Ma-
noel Rodrigues, A. Santos, Felipe
Leonor, Isidóro Antunes, Mario Ma-
galhães, administrador do concelho
de Tomar, dr. José Marçal, Augus-
to Rodrigues, Alberto Ribeiro, Ma-
noel dos Santos Antunes, B. Leder,
Eiooero:

Iniciou os brindes o dono da casa
que saudou em Afonso Costa o ge-
nio, a fé inquebrantavel, o coração
bondoso, o amigo do povo exdos des-
progidos, congratulando-se, em pa-
lavras comovidas, pelo prazer da vi-
sita que todos estavam festejando.

 

Respondeu-lhe o ilustre presidente
do ministerio produzindo uma des
sas orações que na fórma e nos con-
ceitos são o segredo dos artistas da
palavra e que arrebatou todos os
convivas.

Fez a apologia da familia referin-
do-se á daquela casa. Fôra assim
que ele sonhára a sociedade, quan-
do fez as suas leis, formando uma
grande família unida, carinhosa e
fraternal, terminando por brindar a
dona da casa.

Outros brindes se lhe seguiram,
dos srs. dr. Joaquim Ribeiro, Pe-
reira d’Almeida, Sousa Junior, Ar-
tur Costa, dr. Gastão, Elisio Melo,
Augosto Rodrigues e Ciriaco Santos.
Este nosso amigo, digno. presiden-
te da comissão municipal, saudou
no sr. dr. Afonso Costa o estadista
que emancipou a mulher portuguêsa
e estava crente de que o mais ener-
gico da pleiade de homens que, pro-
clamando a Republica, salvou a pa-
tria prestes a cair no abismo, certa-
mente faria tambem a felicidade do
nosso belo Portugal.

Esta festa intima, que em todos
deixou a mais viva impressão, esta-
va decorrendo deliciosamente; mas
o tempo urgia, e forçoso foi pôr lhe
termo para o ilustre ministro fazer
a sua visita ao Colegio das Missões,

ue era o fim unico da sua vindo a

ernache.

A visita ao colegio

Para ali se dirigiram todos, se-
guidos de duas filarmon cas e de
grande múltisão que incessantemen-
te vitoriava O ilustre chefe do go-
verno, a quem os alunos do cole-
gio, por sua vez, uclamaram á sua
chegada ali. :

A” portaria foi sua ex.º recebido
pelo digno director do colegio acom-
panhado de todo o pessoal e da tu-
na dos alunos, dando-se logo come-
co á visita em que o ilustre visitan-
te se informou minuciosamente de
tudo quanto pretendia e lhe interes-
sava saber. g da

Visita ao Club Bomjardim

Do colegio e terminada que foi a
visita, já ao anoitecer, dirigiram-se
todos ao Club Bumjardim, cujas sa-
las percorreram bem como o teatro,
ficando admirados da excelente ins-
talação desta associação de recreio.

Ali lhe foi oferecida uma taça de
champanhe, fazendo os cumprimen-
tos de boas-vindas, em nome da co-
missão dos festejos e como presi-
dente da direcção do club, o sr. dr.
Abilio Marçal, a quem respondeu o
sr. dr. Afonso Costa, que poz em
relevo como a Republica tem sido
sempre carinhosa para Sernache e
nele tem depositado confiança pois
á sua guarda e vigilancia confi u o
bispo do Porto quando ele levantou
o primeiro. grito de revolta preten-
dendo ser a cabeça de todo o epis-
copado.

E o Colegio que sofreu o seu en-
cerramento nas lutas libera s de 1834,
amda não correra o menor risco den
tro da Republica…

Ele viera ali unicamente para exa-
minar o seu edificio e a sua situação
e conhecer de perto as suas condi-
ções, a fim de habilitar-se a fazer
uma reforma completa e tão perfei-
ta quão. possivel e com seguro co-
nhecimento do assunto.

Essa reforma se ia fazer, e ali
afirmava que os interesses de Ser-

| nache nada sofreriam e, antes, algu

ma coisa lucrariam,

O povo, que enchia todo o vasto
edificio do Club Bomjardim, rompeu
então numa entusiastica manifesta-
ção entrecortada de palmas e vivas
a Afonso Costa, a Abilio Marçal e a
Antonio Costa

Num caloroso brinde ás senhoras
republicanas de, Sernache, ali pre

 

– sentes, levantcu a sua taça o ilustre

deputado, dr. Adriano Pimenta, que
em palavras eloquentes e de reco-
nhecimento notou o carinho e entu-
siasmo da recepção, n’aquela terra,
feita a Afonso Costa, manifestação
que bem se via e sentia que vinha
do coração e não de convenções ou
de encomenda.

A partida

Dali voltaram todos a casa do sr.
dr. Abilio Marçal e, feitos os ulti-
mos cumprimentos, o ilustre chefe
do governo, com os seus compa-
nheiros, sempre vivamente aclamado
pela multidão tomou o caminho do
Entroncamento, em regresso a Lis-
boa.

Eram 20 horas e meia.

O povo, fazendo uma ultima ma-
nifestação ao digno administrador
do concelho, disperssou em alegre
animação, e os ultimos convidados

ficaram em casa do sr. dr. Abilio

Marçal, onde se dançou até alta noi-
te animadamente, abrilhantando es-
te derradeiro éco das festas a tuna
dos alunos do colegio com a dos em-
pregados do comercio.

*

As festas constituiram em verda-
de uma manifestação carinhosa, sem-
pre cheia de entusiasmo e ordeira,
sem uma nota discordante ou uma
sombra que viesse enganar o brilho
daquela recepção e a alegria que a
todos animava.

Foram, em verdade, festas dignas
do estadista festejado e que em Ser-
nache ficam memoraveis

E o sr. dr. Abiliy Marçal deve
sentir-se feliz e legitimamente orgu-
lhoso porque aquelas festivas mani-
festações lhe revelaram bem e a to-
dos quanto ele póde na sua terra e
quanto aquela região o estima.

E bem merecido é esse carinho,
pelo zêlo e dedicação que ele tem
mostrado sempre na defeza dos in-
teresses da sua terra, zêlo e dedi-
cação que mais uma vez se afirmou
trazendo al o presidente do minis-
terio, facto e visita sem duvida de
uma alta importancia, por todos os
motivos e de legitimo orgulho para
ele e para os srs. Antonio Costa e
Elísio Melo que para tal vista tão
poderosamente concorreram, como
o sr. dr. Abilio Marçal declarou no
brinde que ao almoço lhes dirigiu.

Registando com satisfação estes
acontecimentos e reconhecendo o
seu alto alcance, saudamos o povo
de Sernache e enviamos ao sr. dr,
Abilio Marçal as nossas felicitações.

*

A’s festas vieram assistir os admi-

nistradores dos concelhos de Pedro-

am Grande, Figueiró dos Vinhos,
Tomar e Oleiros,
*

Quando o cortejo entrou na po-
voação, em frente da casa do sr,
Antonio Simões dos Santos e Silva
foram lançadas flores sobre a mul-
tidão, e asr.? D. Virginia Santos
ofereceu limdos ramalhetes ao sr.
dr. Afonso Costa e aos seus com-
panheiros. É

X

No fim do almoço e a meio dos
brindes a menina Ilda Nunes acom-
panhada de outras meninas foi ofe-
recer um lindo ramalhete com fitas
de seda das côres nacionaes, desti
nado á interessante filha do sr. dr.
Afonso Costa, pedindo licença pa-
ra ali, aonde só se falava de politi-
ca em vir falar ao coração de pae
que tinha escrito as paginas cari-
nhosas da lei de família, incidente
este que muito comoveu o sr. pre-
sidente do ministerio.

*

Vieram a Sernache muitas pes-
soas dos concelhos visinhos. Com
os vesitantes de Pedrogam Granderogam Grande

 

@@@ 3 @@@

 

VOZ DO POVO

E , E

 

 

e de Fgueiró vieram as filarmonicas
daquelas vilas.
* o

Findo o almoço, o sr presidente
do ministerio recebeu- os cumpri-
J mentos de muitas pessoas e colecti-
vidades, entre as quais a comissão
municipal administrativa representa-
da pelo seu presidente, sr. Zeferino
Lucas e sr. Luiz Domingues. |,

*

O fotografo amador, sr. Silvino
Santos tirou alguns instantaneos mui-
to interessantes.

*

O sr. dr. Afonso Costa enviou ao
sr. dr. Abilio Marçal o seguinte te-
legrama:

«Lisboa 16.
e À Doutor Abilio Marçal
Sernache do Bomjardim

Agradeço todas as atenções rece-
bidas, Apresenta meus respeitos tua
ex ma esposa e peçó saúdes por mim
o dedicado povo de Sernache.

Afonso Costa.»
-— — Stenio —

Velhas canções; afaveis
lembranças

(De G. Girardin)

o

 

Quando ele tinha vinte e cinco
anos o homem era calafate n’um es-
taleiro do Escaut. Quando ela tinha
vinte anos a mulher dedicava-se ao
mistér de operaria n’uma fabrica de
rendas em uma aldeia do país de
Waas. Foi por esse tempo que eles
se conheceram e se casaram.

Quando o calafate reentrava em
casa após um dia de aturado labor
sorria antecipadamente á ideia do
bom acolhimento e da fumegante
sôpa que o esperava. Depois de co-
mer e conversando com a mulher
sobre os acontecimentos do dia des-
pendurava uma pequena rabeca her-
dada de seu pai, afinava-a e come-
cava a tocar, ora lentamente como
se pretendesse adormecer, ora tão
depressa que se* dizia prêsa d’um
frenesi. Quer porém tocasse depres-
sa, quer devagar a sua musica era
boa sempre para acompanhar a dan-
ça dos aldeãos e para ajudar a ador-
mecer crianças; mas fosse como fos-
se essa musica encantava sempre a
excelente mulher,

Por muitas razões. Em primeiro
logar porque não é frequênte des-
agradarem-nos coisas que se rela-
cionam com a pessoa que amamos,
e a rendeira amava seu marido que
era para ela afavel, economico e
trabalhador, Em seguida os três
quartos do prazer que experimenta-
mos ao ouvir determinada melodia
veem da disposição em que nos en-
contramos ao escutá-la, Ora a pessoa
para quem ele tocava era feliz e a
rabeca do calatate falava-lhe d’essa
felicidade. Parecia-lhe mesmo que
ouvindo-a lhe vinham ao coração no-
vos sentimentos e ideias novas ao
espirito.

Em terceiro logar ermhquanto o ca-
lafate se entretinha a tocar não pen.
saya. em se aborrecer. Por mais fe-
liz que sejamos nem sempre ha coi
sas novas para dizer. Ora quando
o marido se aborrece em casa toma
o caminho da taberna e esta é oter-
ror de todas as donas de casa.

x*

 

Quando aímulher acalentou o seu
primeiro filho cantava-lhe em voz
maviosa e um pouco tremula as ve-
lhas canções do país de Waas.

—u, lhe disse o calafate, nun-

| ca me disseste que sabias cantar.
| Ela respondeu-lhe corando :

—Nunca ousaria falar em tal a um

| musico, a um artista como tu.

O calafate -despendurou a rabeca

| e procurou lembrar-se da velha aria
| habitual.

As pessoas desdenhosas que pas-
savam na rua ou tapavam os ouvi-
dos ou punham-se a rir em ar de
troça.

à criança no berço não era tão
exigente. A canção do’ Floublon, so-
bre tudo, deixava-a em extasi.

Este primeiro filho morreu cerca
dos três anos. Durante alguns mêses
a rabeca ficou inactiva, O pai e a
mãe da criança morta, bons cristãos
como eram, esperavam encontrar
no céu mais tarde o seu cherubim;
mas fôra tão rude o golpe que du-
rante longo tempo não ousaram fa-
lar d’ele.

Um dia o calafate pôz cordas no-
vas na rabeca e o mais suavemente
possivel começou a tocar a canção
do Houblon.

*

A mãe entrou a chorar, o que lhe
aliviou um pouco as maguas, Desde
então falaram iamiudadas vezes da
criança que deixára o berço vasio.
Tempo depois tornavam a vê-lo co-
mo se ainda estivesse no berço e era
assim que eles esperavam reencon-
trá-lo no céu.

Quando nasceu outro filho os pais
embalaram-no ao som das mesmas
arias e das mesmas canções. Ape-
nas calaram a canção do Houblon

Sem bem saber porque, a mãe
considerava-a estreitamente ligada
á memoria do filho que lhe havia
morrido.

Quando chegaram a velhos e que
os filhos se dispersaram pela terra,
sósinhos se encontraram como no dia
imediato ao do casamento, ou antes
acharam-se rodeados pelas suas ca-
ras recordações. Irabalhavem ain-
da mau grado a idade, e pelo dia
fóra era o trabalho quem lhes fazia
companhia. De tarde o velho des-
pregava a sua rabeca e a mulher pu-
nha-sea cantar. Era, digâmo-lo, uma
vez ainda um concerto bem medio-
cre para os ouvidos dos indiferen-
tes. Para eles porém essas velhas
arias tinham um sentido misterioso,
e nada como elas para os fazer re-
constituir a vida passada, vida ho-
nesta, cheia de coragem e de perse-
verança, semeada como todas as ou-
tras vidas, de alegrias e de tristezas.
O que ela porém tinha a mais que
as outras era que do seu primeiro
dia ao ultimo as alegrias eram du-
plas e as tristezas diminuídas em
metade pela união perfeita de duas
almas simples e bondosas.

Luiz Leitão.
e DI
Agradecimento

Luiz Martins agradece muito reco-
nhecido a todas as pessoas que se di-
gnaram acompanhar á ultima morada
seu chorado segro, o sr. José Mar-
ques da Costa.

 

 

— ANUNCIOS
Praca para. farmacia

Admite-se com exames de 1.º é
2.º gráus.

Carta pelo proprio á Farmacia
Amaral -SERNACHE DO BOM-
JARDIM. 3 2

ANUNCIO

Pelo juíso de direito da comarca
da Certã e cartorio do escrivão do
terceiro oficio, nos autos de inven-
tario orfanologico a que se proce-
de por falecimento de Manoel Ribei-
ro Valentim e mulher Luiza Cardo-
sa, moradores que foram na vila e
freguezia da Sobreira Formosa, d’es-

 

ta comarça, correm editos de trinta

 

dias; que começam a contar-se da
segunda e ultima publicação no Dia-
rio do Governo, a citar os co-her-
deiros Antonio Valentim, Manoel
Valentim e Silvestre Valentim, sol-
teiros, de maior edade, ausentes em
parte incerta, para assistirem a to-
dos os termos até final do mesmo
inventario, sem prejuiso do seu
andamento.
Certã, 25 de março de 1913.

E eu Eduardo Barata Correia e
Silva, escrivão que o subscrevi.

Verifiquei
O Juiz de Direito

2 Sanches Rolão 2
Anuncio

No dia 13 do corrente mez de
Abril, ás 11 horas, á porta do trjbu-
nal, em virtude dos autos d’execução
que Januario da Mata Martins, da
Lagoa, move contra José Nunes
Amaro, da Rodade Santa Apolonia,
e Manuel Louro, do Vale da Car-
reira e consortes,—é posto em pra-
ça para ser arrematado a quem
maior lanço oferecer acima da quan-
tia de 121:719 réis—o credito de
162:294 réis, proveniente de tornas
que Manuel da Rosa, da Povoa da
Ribeira Sardeira ficou obrigado
dar no inventario de sua mulher
Maria do Carmo Jacinto, aos pri-
meiros excutados.

Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para deduzirem seus
direitos, querendo, no praso legal,

Certã, 2 de Abril de 1913. E eu
Antonio Augusto Rodrigues, o sub-
screvi.

Verifiquei:

O Juiz de Direito,

2 Sanches Rolão. 2

ANUNCIO

Pelo Juizo de Direito da comar
ca da Certã, cartorio do quarto ofi-
cio, correm editos de 30 dias, a
contar da segunda e ultima publica-
ção deste anuncio no «Diario do
Governo, citando o interessado An-
tonio Ribeiro, solteiro, maior, au-
zente em parte incerta fora da Na-
ção, para todos os termos até final
do inventario orfanologico a que se
procede por obito de seu pae Do-
mingos Martins Forte, marador que
foi no logar do Maxial da Estrada,
désta freguesia e comarca da Certã,
e em que é inventariante a sua
viuva Josefa de Jesus, residente
naquele mesmo logar,

Caio 7 de Abril de 1913,

O Escrivão,
Adrião Morais David
Verifiquei a exactidão:
OQ Juiz de Direito,
Sanches Rolão I

 

 

2
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pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di
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