Voz do Povo nº109 29-12-1912

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3.º Áno

DIRECTOR

“Augusto KRodrigues

Administrador
ZEPHERINO LUCAS

Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

»

Certã, 29 de dezembro de 1912

 

 

N.º ro9g

POVO

 

 

Assignaturas
Anno……- Ipzoo. Semestre… Goo rs.
Para o Brazil. ……. 5aooo réis (fracos)

Pago adiantadamente

Não se restituem os orisinaes

 

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
CERTA
“Typographia Leiriense — LEIRIA

Proprielaie da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

 

 

Annúuncios

Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.

N’outro logar, preço-convencional

 

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

 

Aos nossos estimudos as-
sinantes, amigos e anun-
ciantes, enviamos os nossos
cumprimentos de boas-fes-
tas, desejando-lhes um ano
de prosperidades.

A SITUAÇÃO

—sec—

 

A? data em que escrevemos,
mantem-se a situação politica
que expozemos no nosso nume-
ro anterior.

Não apresentou, ainda, o sr,
Duarte Leite o seu pedido de
demissão, mas todos os indica-
dores politicos são concoriles em
que s. ex.” não permanecerá no
poder, abrindo-se crise muito em
breve. !

Continua desconhecida a so-
lução que o ilustre presidente da
Republica dará a esta dificulda-
de, mas, posta de parte a ideia
d’um ministerio extra-partidario
—que nós, com franqueza, não
sabemos: onde se iria buscar,
nem como se poderia sustentar
—resta a escolha d’um ministe-
rio partidario — conservador ou
radical.

Para a hipótese de ser julga-
da mais conveniente para o paiz,
m’esta conjuntura, aquela politi-
ca, poderia ser chamado a cons-
tituir governo o sr. Antonio José
d’Almeida ou o sr. Brito Cama-
cho, visto que as suas forças
parlamentares quasi se equili-
bram, mas tendo o ultimo d’a-
queles ilustres homens publicos
declarado já, n’um dos seus bri-
lhantes artigos, que a União Re-
publicana, não recusaria o seu
lial apoio, tanto ao sr. dr. Anto-
nio José d’Almeida como ao sr,
dr. Afonso Costa, é licito con-
cluir que não se encarregará s.
ex.* de organisar O novo gover-
no.

Assente que deve governar a
politica radical, será chamado,
sem duvida alguma o sr. Afonso
Costa, que, decerto, não terá di-
ficuldades em organisar o seu
ministerio.

A’nós, modesto orgão da im-
prensa provinciana, isento de fi-
liação partidaria, é indiferente
que governe um ou outro d’a-
queles estadistas. Não é porem,
indiferente a forma como se go-
vernar. Nºeles reconhecemos
qualidades para esse alto cargo
e o nosso desejo, bem sincero, é

 

que a acção governativa de qual-

quer deles seja coroada do mais
brilhante exito.

O que desejamos, e que en-
tendemos ser a mais urgente das
conveniencias publicas, é que,
uma vez constituido o novo go-
verno, ele se compenetre bem

“da sua dificil missão e que per-

mineça no poder o tempo sufi-

ciente para modificar as dificeis

circunstancias em que se encon-
tra o paiz.

Se á primeira contrariedade
que se depare, o novo governo
corre pressuroso a dar a sua de-
missão, como fizeram os seus
antecessores, não sabemos como
sahir d’esta situação de governos
interinos.

Ora, o que o paiz precisa é
dum governo, que governe, na
verdadeira acéção politica desta
palavra, com generosidade mas
com firmeza.

Temos esperança de que sé
entrará agora nesse caminho,
se bem que a não tivemos me-
nor quando assumiu o: poder o
sr. Duarte Leite.

Tivemo-las, então, bem gran-
des, de que esse ilustre cidadão
estava destinado a representar
no paiz um alto papel historico,
que seria o início do nosso re-
surgimento. Vinha e tem s. ex.*
todas as qualidades para isso;
não quiz, e nós não lhe perdoa-
mos tal ausencia, de vontade,
unico requisito que, a nosso ver,
lhe faltou.

em

(Mercados semanges

No proximo dia 2 de janeiro é o
primeiro mercado da, quinta feira,
nésta vila, e d’então por diante; de-
saparecerá o mercado de sabado,
para dar logar a dois mercados se-
manaes, um ao domingo, outro á
quinta feira.

Chamamos a atenção dos nossos
leitores para esta alteração.

— oomennreer [DD temas

Entonio José d’Almeid

Regressou ao país este brilhante
parlamentar. Os seus amigos f-
zeram-lhe uma imponente recepção.
S. ex.?, se bem que não veio com-
pletamente restabelecido, acha-se
contudo muito melhor, de forma a
poder esperar-se o concurso de sua
atividade na política nacional.

D’aqui enviamos a s. ex.“ os-nos-
sos cumprimentos. –

As novas medidas

As novas medidas de vidro, de-
cretadas por lei, devem entrar em
vigôr no principio do proximo ja-
neiro.

 

 

FACTOS E BOATOS

A Camara de Castelo Branco so-
licitou a criação de estações tele-
grafo-postais, nas freguesias de Sar-
zedas e Alcains.

= DOGOC=— — –

” Estampilhas da Assistencia

Nos dias 3o do corrente e nos
dias 1 e 2 de janeiro, a correspon-
dencia para poder seguir pelo cor-
reio, deve ter afixada alem da fran-
quia ordinaria um selo de ro réis

da Assistencia.

Orc

Contribuições

Estão em cobrança voluntaria, as
contribuições do Estado, do ano de
1912, durante o proximo mez de
janeiro -— convindo saber, aos que
não pagarem no prefixo-mez, que
os tres por cento .e mais adicionais,
começarão logo a ser lançados des-
de o 1.º dia, inclusivé, de fevereiro
em diante. ;
——— SIOOC>—— ——

Juros de inscrições

Termina no dia 31 do corrente,
na tesouraria de finanças deste con-
celho, o pagamento do juro das ins-
crições e coupons, respeitante ao 2.º
semestre,

-DOçoe-—— —

Convite

O consul de Portugal em Per-
nambuco cónvida todos os comer-
ciantes, industriais e exportadores a
remeterem a este consulado amos-
tras e catálogos dos’seus produtos
para figurarem na exposição perma-
nente da Camara Portuguêsa de
Comercio e Industria de Pernam-
buco.

“R beiro de Melo
Consul
-DOGIC—

Alteração no sistema legal de
pesos e medidas

 

Alguns inspectores escolares teem
já remetido aos professores dos seus
circulos a nota indicativa das alte-
rações que sofreu o sistema metrico
decimal, em conformidade com o
que no ano passado foi publicado
no «Diario do Governo».

Como nem todos os inspectores
notificaram ainda a referida altera-
ção, vai sendo suprida essa falta
com as novas edições das aritméti-
cas aprovadas oficialmente para o
ensino primario,

Segundo essas alterações, pas-
sam a não se empregar os antigos
multiplos do metro cubico, referin-
do-se a este os diferentes volumes.

Deixa tambem de empregar-se o
multiplo miriâmetro, mirialitro, mi-
riagrama, etc., empregando-se para
as medidas agrarias o miriare.

As abreviaturas dos multiplos
tambem passam a ser indicadas por
modo diferente, estabelecendo-se
mais um submultiplo, respectivamen-
te, para o metro, litro e grama,

 

i

Serviço militar

Todos os mancebos que até 31 de de-
zembro, inclusivé, de cada ano, tiverem
completado dezasseis e dezanove anos de
edade, são obrigados a participar no mez
de janeiro do ano seguinte, á comissão do
recenseamento do bairro ou concelho em
que residirem, que chegaram á edade de
ser inscritos no recenseamento militar. Tem
tambem obrigação de fazer esta participa-
ção a respeito de seus filhos, tutelados ou
mancebos sobre que tenham acção direta,
os pais, tutores ou pessoas de quem de-
pendam os macebos que se encontrem n’a-
quelas condições de edade.

Aos interessados não é exigido qualquer
ducumento, devendo as participações, quan-
do escritas, conter o nome sobrenome e
apelido do’mancebo, a profissão ou emprego
o estado do nascimento, naturalidade, mo-
rada, filiação e residencia dos pais:

A commissão do recenseamento é obri-
gada a recensear os referidos mancebos;
ou a enviar a comunicação á respetiva co-
missão que os deva recensear, e O secreta-
rio passará aos interessados um certificado
muito conciso acusando a recepção das
participações e mencionando sómente o no-
me, sobrenome, apelido e residencia do de-
clarante. :

Aos individuos que faltarem ao cumpri-
mento das referidas obrigações, será im-
posta, em processo de polícia correcional,
a multa de 208000 a 50000 réis.

As petições para adiamento serão feitas
por escrito, sssinadas pelo proprio petício-
nario, ou por outrem a: seu rogo, indepen-
dentemente dereconhecimento, e apresen-
tadas, á escolha do interessado, ao chefe
do dístrito de recrutamento, ou ao sécre-
tario da comissão do recenseamento, no
periodo a decorrer de 15 de março a 15
de abril, não sendo admitidas depois deste
período.

Os mancebos que, á datado recensea-
mento (15 de março), residirem no estran-
geiro, ha mais de seis mezes, devem apre-
sentar atestado, passado ou confirmado
pela respectiva autoridade consular, “do
qual conste a localidade em que reside o
requerente, com indicação ‘da data em que
estabeleceu essa: residencia; e os residen-
tes nas colonias atestado passado pela res-
pectiva autoridade administrativa compro-
vando essa residencia,

Não será concedido o adiamento aos
mancebos que não tenham efectuado o pa-
gamento da taxa militar em que, por ven-
tura, tenham sido colectados no ano ante-
rior.

— No dia: 8 de Janeiro, como já
referimos, realisa-se a incorporação
dos recrutas, em todas as armas e
serviç:s do exercito, tendo a infan-
taria, como já é sabido, outro pe-
riodo de incorporação em Maio.

Os recrutas deste concelho: dé-
vem “apresentar-se em Tomar, no
quartel de infantaria 15, desde 12
a 15 do proximo Janeiro.

— OpeBItE-——

o

Monte-Pio Certaginense:

Realisou-se no dia 14 a eleição
dos corpos gerentes desta associa-
ção de socorros mutuos, que hão de
servir no ano de 1913, sendo elei-
tos:

f Direcção

Presidente— Adrião Morais David |

Vice-presidente — Henrique Pires de
Moura

Vogal —Demetrio da Silva Carvalho

Tesoureiro–Zeferino Lucas de Mou-
ra

Secretario— Augusto Justino Rossi

* Assembleia geral

Presidente— Luiz Domingues da Sil-
va Diasias

 

@@@ 2 @@@

 

“VOZ DO POVO

 

Secretario—Luiz da Silva Dias
» —Jacinto Augusto da Cu-
nha Valente.

Conselho fiscal

Presidente—Francisco Pires de Mou-
ra

Relator—Frutuoso Augusto Cesar
Pires

Secretario —Ernesto Porfirio d’A-
raujo,

O A DATE

«Patriota Certaginense»

Tambem esta sociedade musical
elegeu, no dia 15, para o ano de
1913, a seguinte

Direcção

Presidente—Luiz Domingues da Sil-
va

Tesoureiro—José Dias Bernardo Ju-
nior

Secretario—Adrião Morais David.
—Esta sociedade tocará na Praça

da Republica, no dia 1 de Janeiro,

das 13 ás 15 horas.

— Doce —

Imprensa

Recebemos a visita dos nossos
estimados colegas O Beirão, de Cas-
telo Branco e Aurora, do Porto.

Os «nossos cumprimentos com os
votos sinceros dé que a sua vida
lhes decorra cheia de prosperidades.

aaa
Dragão Chinez

Ao nosso estimado patrício, sr.
Manuel Marçal Nunes, proprietario
deste acreditado armazem de chá e
café, de Lisboa, agradecemos um
lindo calendario-brinde que se di-
gnou oferecer a esta redação.

Da | 0 [

Registo Civil

O movimento de registos de 18
a 25 de dezembro no concelho da
Certã foi:

(Casamentos. ;s.bie sisjo cute SERA
Nascimentos…
Obitos ..
(E

Carteira semanal

 

Fazem anos:

No dia 31 do corrente, a menina
Maria Bela de Moura.

No dia 3 de janeiro, o sr. José da
Gloria L. Barata.

No dia 4, os srs. dr. Antonio Nu-
nes de Figueiredo Guimarães e Ce-
lestino Pires Mendes,

Encontram-se nesta vila, em goso
de férias, us nossos patrícios srs,
Hermano Marinha, João José de
Magalhães, Joaquim Barata das Ne-
ves e Joaquim Branco; e em Ser-
nache, os srs. Jorge Marçal, Higino
Queiroz e Antonio Guimarães.

De regresso de Africa, chegou á
sua casa do Outeiro da Lagõa, o
nosso estimado assinante sr. Pedro
Fernandes, socio de uma das mais
importantes casas comerciais do Don-
do. Os nossos cumprimentos.

Tem passado incomodado de sau-
de o nosso assinante sr. José Qua-
resma Caldeira.

Saiu para Lisboa, aonde tenciona
demorar-se algum tempo, o sr, Olim-
pio Craveiro.

Vimos nesta vila o nosso assinan-‘
te sr. Luiz da Cruz, da Praia do Ri-
Eudo e o sr. Ps Francisco Mari-
nha.

– Estão nesta vila as sr.” D. Seve-
rina Alegria e D. Virginia Batista

 

e no Tojal, o sr. Gernano Alegria.
Regressou a esta vila, da sua via-
em comercial, o sr. Luiz da Silva
avid, nosso assinante.

Regressou á sua casa d’Alvaro,
o sr. dr. Antonio Augusto de Men-
donça David, e a esta vila, o sr. Ma-
ximo Pires Franco e sua esposa.

Teve a sua délivrance, a sr.* D.
Maria de Jesus Batista Alegria, es-
posa do sr, Germano Alegria.

Está na Malpica (Castelo Branco),

“Com sua esposa, o nosso assinante

sr. João Diogo Correia.

Tem estado nesta vila a sr.º D.
Albertina Heitor d’Oliveira.

No dia 14 do corrente celebrou-
se em Abrantes o enlace matrimo-
nial da sr.º D. Maria José Fialho
Pedroso Barata, gentilissima filha
do sr. dr. Antonio da Mata Pedroso,
digno Juiz de Direito em Silves, e da
sr.“ D. Josefa Fialho Barata, com o
sr. dr. José dos Santos Pimenta For-
mosinho, filho do sr. major Bento
Pimenta Formosinho e da sr.º D.
Maria Amelia Pimenta Formosinho.

Depois do acto civil, realisou-se a
cerimonia religiosa, servindo de pa-
drinhos os paes dos noivos, À estes
enviamos os nossos cumprimentos,
desejando-lhes as maiores venturas
e prosperidades.

ag

AS MÃES

(Conselhos)

Propaganda a favôr das crian-
ças e do melhoramento da
raça portuguêsa pela Mise-

ricordia de Lisboa

A ALIMENTAÇÃO

Ou nasça robusta ou nasça debil,
a criança merece-nos muitos cuida-
dos, entre todos ocupando o primei-
ro lugar a alimentação.

Não tomando as precauções de-
vidas, podem declarar-se doenças,
que alem do seu perigo imediato
no presente, produzirão no futuro
males irremediaveis que a
criança sentirá em toda a sua
vidá.

Em cada cem crianças mortas,
mais de cincoenta são vitimas da
falta de cuidados na alimentação.

Os alimentos solidos, como
são as açordas sopas, etc.
antes dos oito mezes fazem
muito mal.

 

OS BOLOS E OUTRAS GOLOSEIMAS
SÃO VERDADEIROS VENENOS PA-
RA AS POBRES CRIANCINHAS.

 

 

 

A alimentação da criança póde
ser feita por tres modos:

—Alimento natural ao peito;

—Alimento artificial, a bibe-
ron, quando a mãe não tem
leite;

—Alimento mixto, ao peito e
a biberon, quando o leite da
mãe não seja em quantidade
suficiente.

(Continua)

 

(pe

Pequena correspondencia

Pagou a sua assinatura (2;º semestre de
1912) o sr. José Farinha Junior —-Musser-
ra (Africa).

Agradecemos.

BARRICAS VAZIAS, Sm:
tratar Luiz Domingos da Siulva—
Certa. DERA

 

|A Festa da Arvore

Com vista aos srs. professores
do circulo da Certã

Quem tem arvores tem flôres,
– Quem tem flôres tem belêsa;

Quem tem arvores tem frutos,

Quem tem frutos tem riqueza!

O ilustre senador, sr. dr. José de
Castro, em circular largamente dis-
tribuida, lançou os alicerces de uma
sociedade a favor da propagação,
defêsa e culto da arvore. A ideia
acolheu guarida. Todos os jornais
publicaram a aludida circular, com
palavras de louvor e incitamento. O
«Seculo Agricola» secundou a ini-
ciativa e está promovendo a chama-
da «Festa da Arvore» em todas as
freguesias do país para um dia que
em breve se determinará.

O sr. Caldeira Rebolo, inteligen-
te chefe da Direcção Geral d’ns-
trução Primaria, sempre solicito em

associou a uma obra de tão largo al-
cance educativo. Na educação o fim
economico é muita vez impossivel
separar-se do fm moral.

A criança mal compreende um
esforço que não tenda a uma utili-
dade” propria ou alheia. E’ preciso
que a educação vise a formação do
caracter, que ao seu calor o espirito
endureça, tome a fórma que deve
possuir em todo o decurso da vida,
mas é certo que ela não pode fazer-

nico. «A Festa da Arvore» é cam-
po vastissimo.

A humilde bonina dos campos, a
modesta violeta dos valados, a açu-
cena candida, os lírios cheios de
meiguice, abrem ao espirito horison-
tes de poesia, «a maior força do
sentimento popular», como muito
bem diz o sr. Caldeira Rebolo. A’
sombra das arvores nos acolhemos
extenuados, nos dias ardentes do es-
tio c a viração que em suas folhas
se fabrica, beijando-nos docemente,
alegra e conforta,

D. Diniz mandou semear o pinhal
de Leiria e das suas matas saíram
lenhas para construir as frageis ca-
ravelas e as grosseiras naus que,
aventurando-se a mares desconheci-
dos e selvagens, nos trouxeram o
mundo e levaram o nome português
aos confins da Terra. Nas noites
frias do inverno consola o calor da
lareira, alegra o’ crepitar das cha-
mas. Delicia-nos o perfume das ro-
sas, dos jasmins, das violetas. Nas
costas arenosas, grandes matas de
pinheiros nos protegem contra as
invasões do oceano é as avalanches
quebram-se nos troncos das arvo-
res. Das plantas extrai a medicina
os seus remedios mas eficazes e a
quimica e muitas industrias pedem-
lhe muitas vezes a materia prima.
As arvores são o grande regulador
das estações e nas suas folhas gera-
se o oxigenio indispensavel á vida.

A «Festa da Arvore» é um largo
campo educativo. É isto sob o pon-
to de vista estético, intelectual, mo-
ral e cívico, E” têma vastissimo. Um
campo esmaltado de flôres infunde
ao espirito sentimentos de belêsa. A
flôr é a imagem do belo. E «o belo
é o maior criador do progresso; pó-
de até dizer-se que a sua primeira
força, a sua primeira virtude é a de

mem não é um mero acumulado de
moléculas. Não é apenas o animal
que, saciado, se estatela, As neces-
sidades- esteticas e as necessidades
morais seguem as exigencias da ma-
teria, E o «pobre artista que», com
um’ pedaço de pão e queijo na algi-
beira admira as obras primas da
Galeria das Artes, gosa incompa-
ravelmente mais que o milionario
idióta a quem a natureza deu rique-
za de patrimonio, mas pobrêsa de
estétican,

 

velar pela escola, imediatamente se.

se num campo absolutamente plato- |

criar» como diz Mantegazza. O ho-

 

Dizer á criança que debaixo da
copa frondosa das arvores os ho-
mens extenuados pelo trabalho e
pelo calôr estival vão buscar fres-
cura e alivio; que -ao calôr das suas
lenhas nos aquecemos nas noites
frias de inverno; que os seus tron-
cos e os seus ramos fornecem o
combustivel para muitas industrias,
etc., ctc., não se dirá que não seja
formar-lhes o caracter e que o as-
sunto se não preste a considera-
ções de ordem moral.

Uma arvore é um amigo. Ela verdeja
Para nos servir, para nos dar,
Honrado seja aquele que a proteja
Bemdito seja aquele que a plantar !

(L. Vieira)

E que bela ocasião para uma li-
ção de educação civica? As frageis
caravelas construidas com os tron-
cos dos pinheiros correndo á ven-
tura pelos mares vêrdes, semelhan-
tes a barquinhos de crianças, re-
presentam a aúdacia, a energia, a
fé dos nossos antepassados. Ne-
nhum povo da Historia pode orgu-
lhar-se de tamanhos feitos.

Este rincão da Europa impõe-se
ao mundo inteiro e, como diz o nos-
so épico, a fama dos Alexandres e
dos Cesares calam-se ante a ener-
gia e o valôr dos Gamas e Albu-
querques. !

Não se diga que a «Festa da Ar-
vore» é uma coisa banal.

Nada ha banal na vida quando o
nosso espirito está vigilante e quer
e deseja tirar proveito das coisas.
Para mim esta festa tem um grande
valor educativo e não podia deixar
de acolher com simpatia a iniciativa
do sr. dr. José de Castro e do «Se-
culo Agricola», Nem mesmo carecia
de incitamentos. Foi a instancias mi-
nhas que se realisou pela primeira
vez a «Festa da Arvore» no circulo
de Vila Pouca d’Aguiar, Foi tambem
por minha iniciativa que no ano pre-
terito ela se fez neste circulo.

Mas no ano passado limitou-se a
duas freguesias — Certã e Proença-a-
Nova. E’ mistér que este ano se es-
tenda a todas as escolas.. Só quem
não conhece as monotonas campi-
nas do Alemtejo, as grandes char-
necas das Beiras e as montanhas de
Traz-os-Montes póde desconhecer a
necessidade da propagação, defêsa
e culto da arvore. Pela nossa Beira
fóra estendem se campos de inuteis
arbustos e onde se daria admiravel-
mente a oliveira e o sobreiro. Mas
não querendo os proprietarios sofrer
os riscos das despêsas necessarias,
podiam servir para grandes matas
de pinheiros.

As montanhas de Traz os-Montes
tem um solo aberto a todas as cul-
turas das regiões frias: Pois estão
em grande parte incultas e abando-
nadas. Acham-se igualmente aban-
donadas grandes extensões de ter-
reno alemtejano e em todos os pa-
quêtes milhares de pessoas tomam
o rumo de terras distantes onde, na
sua maioria, vão encontrar a doen-
ça e a morte,

E” mister que nós digamos todas
estas coisas aos nossos alunos e
seus pais, e nenhuma outra ocasião
mais propicia que a da «Festa da
Arvore». Oportunamente lhes direi
o dia em que ela deve realisar-se.
E:se faço tão enfadonhas conside-
rações é no intuito de fornecer es-
clarecimentos áqueles que por ven-
tura possam carecer deles. Mas fi-
que isto bem acentuado. Com pou-
cos ou muitos elementos é indispen-
savel que em todas as freguezias se
realíse este ano a «Festa da Arvo-
re» para que se não diga que nós,
os educadôres das crianças, desa-
proveitamos as ocasiões que se nos
oferecem de lhes derigirmos o es-
pirito num sentido utilitario e bene-
fico. Quando mais nada se possa
fazer ao menos o mero acto da plan-

 

@@@ 3 @@@

 

VOZ DO POVO

 

 

tação, á porta da escola ou num
logar conveniente, e meia duzia de
palavras explicativas. Não se exige
que todos sejam oradôres. Deseja-se
apenas que todos sejam educadores.

J. Tomaz
DR o i

Preços dos generos, no mer-
cado de 21 do corrente:

Feijão branco, alqueire. — 960 réis

» – encarnado » 860 »

» frade » 700 »
Grão, DRE TODA
Milho, y Goo »
Trigo, » 760 à
Centeio, po 720»
Batata, DS MINE RO DONO,
Vava PiAS en ODE»
lyvos, dizia enc, 240 »
Galinhas, cada… :….. 5oo »
EIRAngO SG ir anta rcenos 200. »
Coelho manso, cada…. 200 »

DI DRAVO ops 2005 |»
Perdiz, Daio o DO NY
Cabritopicada, Sooja-. Sbo

Queijos de ovelha, cada 240 »

» da serra quilo.. 440. »
Castanha, alqueire….. 720 »
Sardinha, cento a, ….. 6oo »
Vinho ali ere 18000 »
Agelte FLTO Rot ara 320 »
Carne | Toucinho…… 320 »
de lombo 440 »
porco [Chouriço…… 640 »
Maçãs, quarteirão. ….. bo »
Bescadaiio Ene 220 »
Salonalgne mei a 300 »
Couve, cada… .. 0… a 20 »
» para despôrcento 200 »
Nabos, molho. …….. 20 »
Leites tro. A 80 »
Curne de vaca kilo…. 270 »
» de chibato »…. 200 »

—— ea O e

ASSUNTOS AGRICOLAS

As adubações com purgueiras

Como se está na epoca em que
mais se empregam as PURGUEI
| RAS na adubação das terras, lem-
bramos aos lavradores que é com
as melhores purgueiras que se po-
dem obter as melhores colheitas.

A melhor purgueira é a da mar-
| ca registada.

«EXTRA-ALMIRANTE»

e por isso é esta marca de PUR-
GUEIRA que todos os lavradores
devem preferir, quer se trate de
sementeiras de batatas, ou de quais-
uer outras culturas.

A PURGUEIRA «EXTRA-AL:
MIRANTE)» dá um otimo resulta-
do, que nenhuma outra marca con-
segue exceder, porque tem um mi-
nimo de 2,2 a 3,5 “l de azote, e é
muito fina, rendendo por isso muito.

Ha ainda outras marcas de PUR-
GUEIRA, como a MARECHAL e
a CAPITAO, que são, pelo menos,
iguais ás melhores que se apresen-
tam no mercado, e por isso podem
tambem ser empregadas com muito
bom exito.

De todas, porem, a melhor e mais
recomendavel é a PURGUEIRA,
damarca «EXTRA-ALMIRANTE)»
pelo que se aconselha de | preferen-
cia a todas as outras marcas de
PURGUEIRA.

Para que o resultado seja o ‘me-
lhor possível, aconselhamos todos
os lavradores que costumam adubar
com PURGUEIRA as suas semen-
teiras, que não empreguem a PUR-
GUEIRA só, mas sim misturada
com CLORETO DE POTASSIO,
porque a PURGUEIRA contém
apenas azote e a POTASSA é uma
das substancias mais importantes
para se obterem boas colheitas. Es-
ta mistura deve ser feita na propor-
ção de 1 parte de CLORETO DE
POTASSIO para 4 ou 5 partes de
PURGUEIRA, ou, o que é o mes-

mo, 15 kilogramas de CLORETO *

 

DE POTASSIO «para cada saca |

de 75 kilogramas de PURGUEIRA.

As adubações feitas nas condições
apontadas dão muito melhor resul-
tado que feitas só com PURGUEI-
RA, por melhor que ela seja.

Aconselhamos, portanto, os Ja-
vradores a que empreguem a mis-
tura de PURGUEIRA e CLORE-
TO DE POTASSIO.

A casa O. Herold & C.3, com
armazens em Lisboa, Porto, Pam-
pilhosa, Regoa e Faro, é a unica
que fornece a PURGUEIRA «EX-
TRA-ALMIRANTE», que é a me-
lhor de todas, assim como as PUR-
GUEIRAS MARECHAL e CAPI-
TÃO, que são tambem de excelen-
te qualidade.

Alem d’estas marcas, todos os
sacos devem ainda ter a marca re-
gistada TREVO DE 4 FOLHAS,
que é garantia de sua excelente qua-
lidade.

Todos os pedidos devem ser fei-
tos a O. Herold & (C.º, que forne-
ce as PURGUEIRAS e todos os
adubos agricolas, como Cal Azota-
da. Kainite, Fosfato Tomaz, Clore-
to de potassio, etc. etc., pelos pre-
ços mais vaniajosos.

 

MANUEL ARNAUTH,
dá boas-festas a todos os
seus conterraneos e amigos,
desejando-lhes um ano no-
vo muito prospero. Rua da
Mouraria 49-—LISBOA.

 

time

Alimentação de vacas

“Maior produção de leite

Chamamos a atenção dos interes-
sados para a seguinte carta:

Chaves, 12 de dezembro de Igr2.

». Puz em observação duas va-
cas fornecendo-lhes egual alimenta-
ção, A uma ministreilhe a Fos-
fatose; cm duas semanas aquela a
que foi ministrada a Fosfatose
fazia uma grande diferença da ou
tra, e onde mais essa diferença se
fez sentir foi no leite, que não só
aumentou em quantidade, mas em
nata, i

A vaca engordou e a pelagem
tornou-se sedosa. R

Hoje, convencido de que a Fos-
fatose é um bom produto, mi-
nistro-a a todos Os animaes: vacas,
porcos, cavalos, etc,

Enfim, para provar av. s.ºo
quanto estou satisfeito com a Fos-
fatose, junto a esta encontrarão
y. s.º* um pedido do produto.

(a) Alves Nobrega.
— ANNUNCIOS |
ANUNCIO

No dia dose de janeiro de mil no-
ve centos e treze pelas onze horas,
em virtude da execução hipotecaria
que n’este Juizo e cartorio do se-
gundo ofício Adelino Augusto de
Paula, solteiro, move contra José
Antunés. e mulher Maria Segunda,
tados residentes na vila de Oleiros,
se ha-de proceder á venda e arre-
matação em hasta publica, pelo
maior preço que for oferecido so-
bre a respectiva avaliação, de:—
Uma casa de habitação sita na rua
da Misericordia da vila de Oleiros,
avaliada em cento trinta e cinco mil
réis (135000).

Certã, 13 de Dezembro de igia.

O Escrivão

Francisco Pires de Moura

Verifiquei—O Juiz de Direito subs-
tituto,

2 Zeferino Lucas, 2

 

PEDRO ESTEVES
ALFAIATE

Fatos, para homens e rapazes, em todos os generos

Preços modicos

 

PRAÇA DA REPUBLICA

 

COMARCA DA CERTÃ
1.º ofício

No dia 19 do proximo mez de ja-
neiro, pelas: 12 horas, á porta do
tribunal deste Juizo, em virtude
dos autos civis d’execução que o
Ministerio Publico move contra Jo-
sé da Silva, viuvo, residente no Ca-
sal de Santo Estevam, freguesia do
Cabeçudo, são postos: em praça,
para serem arrematados a quem
maiores lanços oferecer acima da

sua avaliação, os seguintes bens, a

saber:

1.º—Um quintal com oliveiras,
situado ao fundo da rua do Casal
de Santo Estevam, alodial, no va-
lor de 52000 réis;

2.º—O dominio util d’um praso

foreiro a José Nunes Mata, do Car-.

pinteiro, em 27!, 88 de pão meado
(trigo e centeio) e uma galinha,
constituido em um cerrado com oli-
veiras e casianheiros, situado junto
ao (Casal de Santo Estevam, e no
valor de 1002000 réis; :

3.º—Uma terra com onse olivei-
ras, situada no limite do Ribeiro,
da mesma freguesia, no valor de
48000 réis

Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para deduzirem seus
direitos, querendo, no praso legal,

Certã, 23 de dezembro de 1912.

O Escrivão
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei
O Juiz de Direito
Sanches “Rolão it

EDITAL

A Camara Municipal do Con-
celho da Certã

Faz saber, que em sua sessão de
27 de Novembro ultimo, resolveu:

1.º—Estabelecer a creação de dois
mercados semanais na séde do Con-
celho que terão lugar aos domingos
e quintas feiras, de cada mez, fican-
do suprimido o mercado semanal que
se realisava aos sabados:

2.º—(Que o mercado mensal de
gado que se realisavano 1.º sabado
de cada mez, passa a realisar-se no
1.º domingo de cada mez continu-
ando a realisar-se, como até aqui,
os mercados de gados nos dias 25
de Abril e 29 de Julho, nos mesmos
locais.

3.º—Que estas resoluções princi-
piam a vigorar no proximo mez de
Janeiro.

Para conhecimento geral se pas-
sou este e outos d’igual teôr para
serem afixados nos logares publicos.

Secretaria da Camara Municipal
da Certã, 4 de Dezembro de 1912.

O Presidente da Camara

4 Zefermo Lucas

SDLIITADOA EE

Augusto Justino Rossi
CERTÃ

Trata por preços modicos de to-
dos os negocios judiciaes e cobran-
ça de dividas. .

 

 

João da Silva Carvalho

CERTÁÃ

ADUBOS QUIMICOS para a cul,
tura do TRIGO e outros cereais-
FAVA, BATATA, VINHAS e
OLIVEIRAS.

Para que o lavrador veja que não
lhe vendemos areia e outras materias
sem valor, os adubos são preparados
diante do comprador, tendo as sa-
cas o péso garantido de 5o quilos.

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gicida. 7

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diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha ;
tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu-
bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di-
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes-
cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artgos de
electricidade, etc. R

 

 

 

 

 

 

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informações, remessas de encommendas para as pro-
vincias, ilhas e colonias. Acceita representações de
quaesquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei-
ras. Trata de liquidações de heranças e de processos commer-
ciaes de toda a naturéza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador

=
Ee encartado. a
E UP dad dr

 

(Ss
CA
s
é)é)