Voz do Povo nº103 17-11-1912

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2.º Ano

DIRECTOR

Augusto Kiodrigues

Administrador
ZEPHERINO LUCAS

Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

Certã, 17 de novembro de 1912

S

 

 

 

 

 

INS TOS

 

 

Assignaturas
Anno…… 1200. Semestre…

Pago adiantadamente

Não se restituem os oritinaes

doo rs.
Para o Brazil. ……. 53000 réis (fracos)

 

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
CHE RT A:
Typographia Leiriense — LEIRIA

Propriedade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

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Na 3.º e 4.º paginas, cada linha… .. 30 rs.
N’outro logar, preço convencional

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

 

“Politica nacional

— soe —

Como tudo indica, prevaleceu
o bom senso, de que tanto care-
ce o paiz, de forma que o go-
verno da presidencia do dr. Duar-
te Leite continuará á frente dos
negocios publicos. Não ha duvi-
da de que muito teremos a es-
perar da sua acção política e ad-
ministrativa, pois, a par da alta
individualidade do seu chefe,
um dos homens publicos do no-
vo regimen que mais confiança
tem sabido inspirar a todas as
classes, compõe-se o governo
de homens de caracter e de ta-
lento, cujos actos todos nós te-
mos o direito de esperar sejam
proficuos ao futuro da nação.

Assistimos á abertura das ses-
sões parlamentares e, com pra-
zer, confessamos quanto nos foi
grato presencear a compostura
como decorreram os trabalhos,
e a boa impressão que nos cau-
sou a leitura da declaração mi-
nisterial, na qual se encontram
exuberantemente demonstradas
as boas intenções em que o go-
verno se encontra de dispensar
a mais cuidadosa atenção aos
graves problemas da nossa si-
tuação nacional,

E bem importantes eles são,
agravados como se acham, qua-
si todos eles, pelas dificuldades
da politica europeia, de cada
vez mais cheia de nuvens.

Os nossos parlamentares pre-
cisam, na presente conjuntura,
de dispôr dum excepcional bom
senso, que auxilie eficazmente o
executivo a fazer face ás terri-
veis dificuldades com que ne-
cessariamente tem de lutar, prin-
cipalmente nas suas relações ex-
ternas.

São em grande parte, inexpe-
rientes os parlamentares da re-
publica, mas, não temos duvida
em acreditar que o seu patriotis-
mo e a consciencia das suas pro-
prias responsabilidades, suprirá,
em grande parte, a experiencia
que lhes falta, dos negocios pu-
blicos e das suas diferentes mo-
dalidades.

Para nós, não nos cançamos
de orepetir, uma questão ha que
a todas sobreleva em importan-
cia e em perigos. E? a questão fi-
nanceira, da qual nos pode vir
todo o mal. Não diremos que ela
tenha sido descurada pelos go-
vernos da republica; antes, a ver-

 

dade é que a questão politica tem,

infelizmente empolgado todas as
energias e d’ela teem surgido as
dificuldades que mais teem obs-
tado a que ela esteja já regulari-
sada, vu em via de solução.
Temos, porem, esperança de
que as coisas não continuarão
assim; e que o paiz saberá dar
força aos que olharem a questão
politica, meramente fundada nas
inconfessaveis ambições do man-

do com o desprezo que ela me-.

rece.

O que todas as classes recla-
mam é que se faça pura admi-
nistração, deixando para segun-
do plano—para quando houver
vagar, inutil torneio da vã poli-
tica, que ha tantos anos vem su-
focando toda a vida nacional,

 

Governador Civil

Depois de ter visitado algumas
freguesias do visinho concelho de
Oleiros e a de Pedrogam Pequeno,
sendo em todas recebido com vivo
entusiasmo, como se vê das corres-
pondencias que a seguir publicamos,
esteve n’esta vila, no dia 7, O ilus-
tre governador civil d’este distrito,
acompanhado por sua ex.”” esposa
e interessantes filhinhos e pelos srs.
Jaime Roxo, secretario particular, e
dr. Francisco Rebelo d’Albuquer-

ue, administrador do concelho de

leiros, tendo-se hospedado em ca-
sa do digno administrador do con-
celho, sr. dr. José Carlos Ehrhardt,
onde recebeu os cumprimentos de
grande numero de pessoas de re-
presentação desta vila. 8.º Ex.”
depois de terem visitado os Paços
do Concelho, Hospital e Chalet do
nosso amigo Luiz Domingues da
Silva e de terem precorrido varios
pontos d’esta vila, que acharam lin-
dissimos, estiveram no «Gremio Cer-
taginense» onde foram recebidos
por grande numero de socios e suas
familias, retirando pelas 22 horas,
em automovel, para Castelo Branco.

Oleiros, 5, —- Pelas 13 horas,
chegou a esta vila, como estava anun-
ciado, o sr. governador civil de Cas-
telo Branco, acompanhado do seu
secretario particular e do nosso ad-
ministrador do concelho, que o foi
esperar ás Sarzedas. A’ chegada de
s. ex.* fez-se ouvir uma salva de
vinte e um morteiros, subindo ao
ar grande quantidade de foguetes.
Era esperado pelo elemento oficial,
alunos das escolas de ambos os se-
xos com os seus professores, diver-
sas comissões de diferentes fregue-
sias, pelas pessoas ‘mais gradas da
terra e muito povo, fazendo-se ou-
vir o hino naci nal pela filarmonica
d’esta terra, que a assistencia ouviu
de cabeça descoberta.

No trajéto visitou s. ex.” a cama-
ra munic’pal, as duas escolas e o
hospital, sendo alvo de calorosos e
entusiasticos vivas soltados por to-
das as pessoas que o acompanha-

 

vam, Na camara municipal fez o | sia com Castelo Branco, por Sarze-

presidente da comissão municipal a
apresentação do nosso governador
civil, agradecendo s. ex.º a manifes-
tação expontanea de que foi alvo.
No decorrer do seu discurso pro-
meteu interessar-se por tudo que
seja util para esta terra, sentindo
bastante o desprezo a que tem sido
votada. [ali seguiu para casa do
st. dr. Rebelo d’Albuquerque, aon-
de, pelas 18 horas, foi servido um
opiparo jantar, assistindo os empre-
gados de todas as repartições e mui-
tos outros convidados, em nume-
ro aproximadamente de trinta, Ao
«Champagne» foi por s. ex.”o sr.
governador civil levantado um brin-
de, que todos os convidados ouvi-
ram de pé, sendo levantados muitos
vivas as. ex.?, à Patria, á Republi-
ca, etc,

Depois d’um curto intervalo, brin-
dou o administrador, que agradeceu
penhorado. Tambem brindou o cor-
respondente d’este jornal, respon-
dendo em seguida s, ex.” com pala-
vras de inteira gratidão. Durante o
jantar executou um belo repertorio,
debaixo da regencia do inteligente
regente sr. João Carlos Galiano, a
filarmonica d’Oleiros. Findo o jantar,
s. ex? foi ver as deslumbrantes ilu-
minações, que espalhadas por di-
versos pontos da vila, eram d’um
efeito magnifico. E” digna de regis-

to a rua Debaixo, que iluminada em ,

forma de tunel, era d’um espetacu-
lo surpreendente.

Os cidadãos João Martins da Sil-
va Junior, Henrique Mendes da Sil-
va, Antonio Domingos da Mota, Jo-
sé Pereira Rei, José Goncalves Rei
e Francisco Rodrigues Cardoso Ju-
nior que compunham a comissão da
mesma rua, foram d’uma atividade
extraordinaria, para o brilhantismo
das festas. Tambem são dignas de
registo as iluminações da Praça da
Republica e rua do Caima, a expen-
sas do sr. dr. Rebelo d’Albuquer-
que e rua da Misericordia e de 5.
José, feitas pelos soldados da Guar-
da Republicana e secretario da ad-
ministração. Todos foram d’uma
força de vontade, a toda a prova-e
assim cumpriram um dever de bons
republicanos. S. ex * o sr, governa-
nador civil ficou devéras surpreen-
dido com a pomposa manifestação
aqui feita, ficando muito reconheci-
do pela fórma como foi recebido.

A’s 10 horas d’hoje partiu s, ex.?
para a freguesia d’Alvaro e Madeirã
e d’aqui para Pedrogam Pequeno
em companhia de seu secretario é
o sr. administrador do concelho.

Estreito — Teve esta freguesia a
honra da visita, no dia 5, do ilustre
governador civil do distrito, que foi
recebido com grande entusiasmo
por muito povo, alunos da escola
oficial e filarmonica de Oleiros, pa-
ra este fim convidada pela comissão
paroquial. Na sua visita à escola re-
cebeu os cumprimentos de algumas
comisões das freguesias circunvisi-
nhas, sendo sempre muito aclamado
pelo povo. Consta que a comissão
par: quial do Estreito, pediu a cons-
trução da estrada que liga a fregue-

 

das, prometendo s ex.” empregar
os meios ao seu alcance para que
os trabalhos comecem no mez de
janeiro proximo. Para abrilhantar a
recéção concorreram bastante. dois
academicos de Castelo Branco, na-
turais do Estreito.

Madeirã — Esteve aqui o ilustre
governador civil de Casteio Branco,
que visitou as freguesias mais im-
portantes d’este concelho. Chegou
pelas 18 horas acompanhado pelo
seu secretario particular sr. Jaime
Roxo e pelo administrador do con-
celho. A’ chegada aguardavam-no á
entrada da povoação a comissão pa-
roquial, professores oficiais com os
seus alunos, que cantaram a «Por-
tuguêsa», encarregado do registo
civil, vereadores da camara e muito
prvo, seguindo todos em cortejo
para a escola do sexo masculino,
que estava bem ornamentada, onde
se fizeram os cumprimentos do es-
tilo. O presidente da comissão pa-
roguial, sr. Augusto: Dias Louren-
co, deu as boas vindas, frisando o
desgraçado e criminoso abandono a
que esta terra sempre foi lançada
pelos dirigentes do regime deposto.
Em seguida falou o governador ci
vil, agradecendo a manifestação que
lhe haviam feito e frisando, com ar-
gumentos irrefutaveis, o fim da sua
visita: conhecer de perto as neces-
sidades das povoações do seu dis-
trito. Seguiu-se um dialogo de edu-
cação civica entre os meninos David
e Noé. As meninas Rosa e Erme-
linda ofereceram ramos de flôres ao
governador e ao administrador. Pelas
20 horas realisou-se o jantar de hon-
ra na escola do sexo feminino, que
estava artisticamente ornamentada.
Ao Champagne abriu a serie de
brindes o presidente da comissão
paroquial, seguindo-se o professor
sr. Francisco Ribeiro, o governador,
o sr. dr. Albano Lourenço da Sil-
va, a sr.” D. Rosa Augusta, profes-
sora oficial, e o sr. dr. Rebelo, ad-
ministrador do concelho. Termina-
do o jantar, realisou se uma confe-
rencia entre os visitantes e a comis-
são paroquial, srs. drs. Albano Lou-
renço Silva e José Garcia, onde se
tratou dos melhoramentos mais uT-
gentes de que esta terra carece as
sentando-se: na necessidade de se
proceder ao estudo de um ramal

de estrada que, partindo da Serra –

da Cava, ligue esta freguesia com
a estrada 119. O chefe do distrito
retirou para Pedrogam Pequeno.

Pedrogam Pequeno — No dia
7 do corrente teve esta vila a hon-
ra da visita do ex.Ӽ governador ci-
vil d’este distrito.

Sua ex.º vinha da Mareirã acom-
panhado do seu secretario particu-
lar, sr. Jaime Roxo, do digno admi-
nistrador do visinho concelho de
Oleiros, sr. dr. Francisco Rebelo
d’Albuquerque e do abastado pro-
prietario da Mideirã, sr. Antonio
Alves Garcia, sendo aguardado,
alem do digno administrador do
concelho, por um grande numero
de pessoas d’esta vila e sendo quei-

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@@@ 2 @@@

 

VOZ DO POVO

 

 

madas muitas girandolas de fogue-
tes e levantados muitos vivas.

Após os cumprimentos dirigiram-
se todos para casa das sessões da
Junta de Paroquia, cuja fachada se
achava vistosamente ornamentada
com verdura e bandeiras aonde o
presidente da Junta n’um breve dis-
curso, lhe apresentou as boas vindas
e agradeceu em nome dos Pedro-
guenses esta visita; respondeu-lhe
sua ex., declarando que desejava
ouvir as reclamações que lhe teem
sido dirigidas, para melhor se i tei-
rar dos assuntos; tomou depois a
palavra o ex.”” administrador do
concelho que fazendo largas refe-
rencias a esta freguesia é comunican-
do ter avisado da visita de suaex.*
que receberia quaesquer reclama-
ções e manifestou muís uma vez o
grande desejo de ser util a todos;
tambem o sr. dr. Custodio de Pai-
va, declarando não conhecer a fação
politica a que pertence o nosso ilus
tre governador civil e como filiado
no partido Democrata, vem ali cum-
primentar não o politico mas o re-
presentante do governo da Republi-
ca em quem sauda a Republica
Portuguêsa e defende-se dos ata-
ques que lhe teem sido feitos na
qualidade de Provedor da Mise-
ricordia; por ultimo o professor
oficial desta freguesia, sr. José Ro
drigues Correia, leu um belo dis-
curso que largamente se refere ao
Ex.mº Governador Civil e adminis-
trador do concelho e ás vantagens
da Republica e salienta a necessi
dade de acabarem rivalidades poli-
ticas para que esta terra possa pro-
gredir e termina por levantar vivas
que foram muito correspondidos, á
Patria, Republica, Ex.Ӽ Gsveriador
Civil, etc. Todos os oradores foram
muito cumprimentados

Não lhe tendo sido apresentada
nenhuma reclamação, dirigiram-se
todos a casa do sr. dr. Augusto Da-
vid, aonde foi ofereci ta uma taça de
«Champagne», levantando-se por es-
sa ocasião varios brindes e sauda-
ções á Patria e à Republica.

S. Ex.!, acompanhado de sua Ex.”*
Esposa e filhinhos, que ali o foram
esperar, bem como de muitas pes-
soas desta terra foi ver o Cabril,
cujas belezas foram muito admira-
das, retirando pouco depois, em au-
tomovel, para a Certa.

ese começo Qua e mm on

SUBSCRIÇÃO

para a construção d’um rca pa-

ra Club e Teatro, na Certã
“Transporte 3:2228350
F.A. Costa Dias–l.oan-
disto reeRA SundE 18000
Abel da Silva Cunha—
Jioandá:. .cntasmos.0b boo
Pedro Roiz Neves —
Logda-s: estrias pod 18000
João d’Almeida –Loan-
dat anel adoL é 18000

Soma… 3:225$850

Material para’ construção

Manuel Rodrigues Junior, Casal
da Aranha Madeira de Castanho.

A Comissão, receiando qual-
quer falta, agradece, por es-
te meio, todos os donativos
subscritos.

O Presidente,
A. Sanches Rolão.

—— SIC —

Roubo

Deram, no dia 12 do corrente, .en-
trada nas cadeias d’esta vila Joaquim
da Rocha Barbedo, ou Joaquim
Moreira Barbedo, José da Cruz Bri-
to, Manuel de Souza Torrão e Ma-
ria do Carmo que foram capturados
em Sobreira Formoza, onde prati-
caram um roubo importante ao sr.
Francisco Ribeiro Pereira,

 

PARA AS MINHAS LEITORAS

A educação em geral

En busca de la dicha, eis a preo-
cupação constante. Tudo procura a
felicidade. A criancinha nos seus jo-..
gos e brinquedos, o industrial e o
comerciante nas suas arriscadas em-
prêsas, os filosofos e os pensadores
nas suas locubrações espirituais, os
corpos legislativos nas suas agitadas
sessões, É contudo uma espessa ca-
mada de miseria cobre o mundo e à
el dorado continúa ficar-nos à mes-
ma inacessível distancia. Os filoso-
fos do seculo passado supozéram
que o mal residia na ignorancia e
que, extinto o analfabetismo, aniqui-
lar-se-ia a miseria. E as estatisticas
veem demonstrar que a criminalida-
de não diminuiu em proporção da
ignorancia e que a moralidade não
aumentou proporcionalmente ao des:
envolvimento da «instrução, Onde
está então o mal? Eu creio que na
má educação. Não são as pessoas
bem educadas que perturbam a boa
harmonia social, que enchem as pri-
sões, que provocam desordens. Uma
sociedade é uma grande familia, E
imaginai toda uma familia de pes-
soas bem educadas…

“Tem-se feito confusão entre ins
truir e educar. Tem sido um mal.
Instrução não é o mesmo que edu-
cação. Uma coisa é ser religioso e
outra é conhecer a religião. Ha uma
grande diferença entre ser delicado
e conhecer as regras da delicadeza.
Ha pessoas que sabem de cór o João
Feix e nem sequer são capazes de
conversar com o cavador de enxa-
da, A instrução é um meio, a edu-
cução é um fim. Um homem instruí
do póde ser um criminoso, um gros
seirissimo. Instruir educando, tal de-
ve ser a preocupação da mãe da fa-
milia.

Mas em que é que consiste então
a educação? Em formar uma cria-
tura de um corpo são, de um espi-
rito claro e um coração recto. Esta
triplice formação deve ser iniciada
logo desde o nascimento, desde o
momento em que a criança solta o
primeiro vagido. Uma criança é co-
mo a plantasinha que germina da
terra e que se não lhe oferecermos
os nossos cuidados estiola e morre
E” mister protegê-la contra as gea-
das do inverno é contra os sóes do
verão, contra os ventos e contra as
chuvas e contra os animais, não es-
quecendo ao mesmo tempo que a
pequenina haste se deformará se a
abandonarmos ao seu natural des-
envolvimento. Mais debil que a plan-
tasinha, a criança carece ainda de
maior proteção a fim de não vir ama-
nhã a ser um homem deformado de
corpo e de espirito. Não esqueçam
as mães que nós todos trazemos ao
nascer o germe de muitos defeitos e
de muitas virtudes, toda uma heran-
ca de bençãos e maldições. E” pre-
ciso arrancar pela raiz as érvas da-
ninhas a fim de as plantas debeis se
poderem desenvolver livremente.

Que grande mal fazem as mães
adulando as vaidades dos seus pe-
queruxos travessos, tendo risos para
as suas maldades, aplausos para as
suas inocentes mentiras! Que gran-
de mal não lhes falando sempre a
boa e sã linguagem da verdade!
«Cala-te que aí vem o papão» e a
obra da educação fica, :pso-facto,
comprometida… Mas eu hoje que-
ro apenas generalisar e temos tem-
po de conversar sobre todas as coi-
sas que dizem respeito á educação
da criança.

*

– Não é uma secção nova. E uma
continuação das minhas crónicas,

«restritas a um unico ponto de vista–

a educação da criança no lar domes-
tico, Ainda pensei em tratar o as-
sunto em pequenas palestras de dez

 

 

minutos, nas reuniões quinzenais do
«Gremio» mas lembrei-me de que a
minha palavra era sempre monótona
e descolarida, um soporifiro para os
neurasténicos e preferi vir para a
«Voz do Povo» onde não fórço nin-
guem ao incomodo de me ler.

Eurico,

FACTOS E BOATOS

Inspecção de solipedes e vel-
culos

Estiveram nésta vila procedendo
ás inspecções os srs. Alberio da
Silva Deslandes, major de cavalaria,
Manuel Teixeira, capitão da mesma
arma e os segundos sargentos Aze-
vedo e Pinto.

-atooc— —

Emigração clandestina

A fiscalisação do passaporte de
pessoas que pretendam seguir para
a America, vae ser feita, por ordem
superior, pela polícia da emigração
clandestina, que a fará a bordo e
com todo o rigor.

Assim foi telegraficamente parti-
cipado ás autoridades administrati-
vas pelo ilustre Comissario da poli-

 

 

cia de emigração dr. Augusto Gil.

Co ne
Novas moedas e estampilhas

Foram mandadas retirar da circu-
lação as moedas de 5o centavos
(200 réis) que ha pouco apareceram,
por causa da grande quantidade de
moedas falsas que circulavam e que
sobem a muitos contos de réis. Em
Lisboa já estão presos tres dos moe-
deiros falsos. :

“—Em estampilhas do correio exis-
tem as seguintes taxas :

1/4 de centavo igual a.. 21/3915
1/a centavo igual a….. 5 rs.
1 centavo igual a…… IO Is.
2 centavos igual a,….. 20 ES.
2 4/a centavos igual a… 25-15.
5 centavos igual a….. 5o Ts.
7!/ centavos igual a… 75 ts.
* 3 centavos igual a….. So rs,
to centavos igual a…. 100 FS.
20 centavos igual a… 200 IS.
30 centavos igual a… 300 rs.
5o centavos igual a,… 500 Ts;
1 escudo igual a… w… — 18000 IS.
= ppt eae =:

Pela Imprensa

Recebemos e agradecemos a vi-
sita dos nossos estimados colegas O
Libertario e Alvorada,

AQE TD et,
Caixas ecnomicas

A Caixa Economica Portuguêsa
teve de entradas em outubro ultimo,
réis I.)52:097digo e de saídas
1.514:435%710, havendo, portanto,
um saldo de 37:060175585. Em 31
daquele mês o saldo total na caixa
era de. 100:950:h7″9, importancia
esta que em cpoca alguma foi atin-
ginda, visto que a maior foi em 30
de junho do igto, 8.904:7,3375.
As delegações da caixa, criadas pos-
teriormente à proclamação da Re-
publica, teem atualmente um saldo
de 1.378:100b052.

E JOGO

Pela aposentação da professora
de Pedrogam Pequeno, sr.º D. Ade-
laide Marinha, foi nomeada: interi-
namente. para aquela escola a sr.º
D. Herminia Amado Rebelo.

—— <ICNOC-— ——
Arrematações

Teem logar no dia y de dezem-
bro proximo, nos Paços do Conce-
lho, as arrematações para o forne-
cimento de carnes verdes, vaca e
chibato, e do petroleo.

—Pambem no mesmo dia terá
logar a arrematação do terrado,
peixe e real «agua, sendo a base da li-
citação para este ultimo 1:goo;ooo
réis,

 

Preços dos generos, no mer-
cado de 9 do corrente:

Feijão branco, alqueire. Ôo réis

» — pardo, pit ds 80 »
Grão, DRRRE rp 00»
Milho, DESA OL OLIEM
Trigo, pve. mgo »
Centeio, Decore O Que
Batata, BR SO 2 GO

Ovos dba RO AD
Galinhasiicada Mes cusoo
Brancos e > qr REBEL SORA

 

 

 

Coelho manso, cada…. 200 »

» bravo;=-» 220 »
Perdiz, » I6o »
Maçãs, quarteirão ….. 5o »
Queijos de ovelha, cada 240 »

» daserra quilo… 440 »
Castanha, alqueire….. 180 »
Sardinha, cento. … … 480 »
Vinho, almude… Igioo »
Azeite, litro. f 320 »
Sal, alqueire…. 300 »
(Couvescadan ao 20. »
Nabos, molho……… 20 5

— – -a600€-————
Faleceu, em Castelo Branco, o!
sr. Cristiano José da Silva, pae do
nosso assinante sr. Artur José da
Silva, secretario de finanças em Pe-
namacor a quem upresentamos as
nossas condolencias. i

Registo Civil

O movimento de registos nêste
concelho de 6 a 13 do corrente foi:
(Casamentos e md os io
Nascimentos ……. SEEC
(O bitosRe sue cenas srt ae

—A partir de 27 do corrente a
séde da Repartição do Registo Ci-
vil do concelho passa a estar insta-
lada na Rua do Castelo.

57 20009€>———

Pela Camara

Sessão de 73

Sob a presidencia do sr. Zeferi-
no Lucas e assistencia dos vereado-
res srs. Luiz Domingues da Silva
Dias e Antonio Nunes de Figueire-
do, teve logar a reunião da Comis-
são Municipal Administrativa.

“Foi lida e aprovada a acta da ses-
são anterior.

Foi presente:

—Telegrama do Governo Civil
acerca das obras a efectuar no edi-
ficio dos Paços do Concelho para
instalação da Repartição de Finan-
ças e Vesouraria, visto terminar em
31 de dezembro o atual contracto.
O sr. presidente informou ter res-
pondido que se vão efectuar as obras
e que se elas se não concluirem a
tempo as repartições ficarão onde
estão, a cargo da Camara e por con-
tracto directo.

— Telegrama do Director do Mer-
cado Central de Produtos Agricolas,
preguntando se ha falta de milho
ou centeio, o sr. presidente infor-
mou ter respondido não haver falta
d’estes cereais.

— Oficio n.º 306 do Governo. Ci-
vil para que esta camara entrasse
na Tesouraria de Finanças com a
quantia de 234700 réis com que
tem de contribuir para o recensea-
mento da população. O sr. presi-
dente informou já ter dado entrada
na tesouraria a referida quantia,

— Oficio do Comandante do Pos-
to da Guarda Republicana n’esta
vila e da Administração do Conce-
lho, comunicando varias multas. In-
teirado.

—Um requerimento de Maria do
Carmo, da Pedrogueira, pedindo
um subsídio de latação; deferido.

—Uma representação de varios
moradores da freguesia do Castelo,
pedindo a construção de um ramal
de estrada que partindo da Granja
vá ligar com a estrada do Casal
Ovelheiro aos Carvalhos, no sítio
da Estrada, os proprietarios ofere-
cem gratuitamente o terreno com a com a

 

@@@ 3 @@@

 

VOZ DO POVO

 

condição de na berma se não plan-

tarem eucaliptos e outras arvores
que possam causar prejuizos ás
propriedades confinantes. A Cama-
ra projectando mandar proceder ao
estudo das estradas de ligação da
sede do concelho com as freguesias,
tomará em consideração o pedido,
registando a cedencia dos terrenos
a que se refere a representação.

—Mandou pagar a construção e
reparação das calçadas de Serna-
che logo que estejam concluidas.

—Mandou proceder ás repara-
ções de que carecem,as casas des-
tinadas á instalação da Repartição
de Finanças e Tesouraria. Devendo
ser – satisfeitas logo que estejam
concluídas.

—Mandou passar editais para a
arrematação do fornecimento de
carnes verdes, petroleo, cobrança
do terrado e do real d’agua e peixe.

ERR RRRE
Carteira semanal

Fizeram anos:

No dia 11, o sr. Antonio Figuei-
redo Torres Carneiro.

No dia 14, a menina Maria Lui-
za Carvalho Tavares.

=

Estiveram: n’esta vila os nossos
assinantes srs. José Henriques Froes
e Sebastião Farinha Tavares; em
Proença-a-Nova, o sr. João da Sil-
va Carvalho; em Lisboa o sr. Fru-
tuoso Cesar Pires; e no Vergão, as
sr. D. Maria do Sacramento Le-
mos Nunes e D. Maria do Ceu Car-
valho.

Tem passado incomodado de sau-
de, o sr. Joaquim Pedroso Barata
dos Reis, secretario de finanças do
concelho.

De visita a sua familia, está em
Proença-a-Nova, o nosso assinante
sr. Joaquim Dias Bernardo, empre-
gado no governo civil de Lourenço
Marques.

Regressaram a esta vila, os srs.

dr. Ernesto Marinha e Manuel dos

Santos.
Está em Lisboa, o nosso assinan-
te sr. Celestino Pires Mendes.
Retirou para Lisboa o nosso as-
sinante sr. Candido Teixeira.

 

(Conselhos)

Propaganda a favôr das crian-
ças e do melhoramento da
raça portuguêsa pela Mise-;

ricordia de Lisboa

 

O que são micróbios *
O que é infecção

Uma ligeira explicação sobre o
que sejam micróbios e infecções, fa-
rá melhor compreender alguns dos
conselhos dados.

Micróbios são pequenissimos or-
ganismos, tão pequenos que se não
podem vêr à vista desarmada, e que
só se distinguem com o auxilio dum
instrumento chamado “microscopio.
Os microbios encontram-se por: to-
da a parte. Assim, num dedal de
agua, embora nos pareça duma lim-
pidês perfeita, podem achar-se mui-
tos milhares de micróbios. Na pele,
principalmente estando suja, no lei-
te, etc, encontra-se tambem gran-
de quantidade de micróbios.

A O de alguns dêstes
micróbios no organismo, pelos ali
mentos, pelo ar que se respira, pe-
las feridas, pelas mordeduras de in-
sectos, etc., podem infectá-lo, isto é,
causar-lhe doenças das mais peri-
gosas.

 

Algumas das doenças que mais
atacam as crianças, as diarreias, as
inflamações de olhos (conjuntivite),
o sarampo, as bexigas, e tantas ou-
tras, doenças que se pégam, são pro-
duzidas por micróbios, e quasi sem-
pre se podem evitar, tomando um
certo numero de precauções.

A limpêsa é condição essencial pa-
ra haver saude.

Se tivermos as mãos sujas, ha to-
da à probabilidade de conterem mi-
cróbios, de estarem infectadas. Con-
vem, pois, sempre que se trata da

| criança, lavar as mãos com agua €

sabão, e quando haja pessoa doente
em casa, lavá-las em qualquer des-
infectante, (agua de sublimado, crio-
lina, etc.)

Antes e depois de dar de mamar,
é sempre bom lavar os peitos, não
só para evitar que as crianças sein-
fectem quando mamam, mas ainda
para que os bicos dos peitos não se
mflamem. Se a mãe tiver sempre
este cuidado, pode estar certa que os
peitos nao gretam nem criam.

Esta lavagem deve ser feita com
agua fervida, pois, como dissémos,
a agua contêm sempre micróbios e
convem destrui-los para não ir in-
fectar ainda mais os bicos dos pei-
tos. A fervura durante algum tem-
po, mata os micróbios que existem
na agua e no leite, podendo assim
serem usados estes liquidos sem re-
ceio de causarem a infecção por es-
te meio.

O leite dos animais pode conter
micróbios perigosissimos, sendo pre-
ciso esterili-á-lo, fervendo-o cinco ou
dez minutos. Quando se aquece o
leite fórma-se na superficie uma pe-
licula que o faz levantar e entornar,
antes mesmo de ferver. E” preciso
com toda a paciencia ir arredando

. essa pelicula á medida que se fór-
ma, para que o leite então ferva.

 

O MELHOR AGENTE DE
ESTERILISAÇÃO E O CALOR

 

 

 

* Que os doutos ao encontrarem algu-
mas expressões pouco rigorosas e frases
pouco literarias, se lembrem dos leitores a
quem estes artigos se destinam.

(Continua)
cet E Ge —

Dedicação entre animães

Lami des betes, um jornal pari-
siense esplendidamente ilustrado e
inteligentemente redigido por uma
senhora das mais ilustres e das mais
bondosas de Paris, madame Neyrat
—inclue uma secção “especial desti-
nada ao registo dos actos e predca-
dos susceptiveis de evidenciar as
faculdades afectivas de que são do-
tados os animaes. Quem Iê esse re-
gisto, de onde constam as mais de-
dicadas provas de hberoismo e os
mais eloquentes traços de bondade,
se são pessoas que não estão inicia-
das no apreço daqueles a quem S.
Francisco d’Ássis deu o doce nome
de «nossos irmãos inferiores», ficam
espantadas e confundidas por verem
que em seres geralmente tão des-
preciados e maltratados se abrigam
qualidades tão notaveis, tão eleva-
das e tão singulares sentimentos.

Entre outras mencionava ha pou-
co a seguinte prova de dedicação
por parte de uma gralha, encerrada
n’um pateo juntamente com algumas
galinhas. Notou-se, sem que para
tal se encontrasse explicação, que
o animal entrava numa capoeira fre-
quentes vezes sempre a horas regu-
lares.

Ao fim de seis dias de idas e vin-

, das continuadas, descobriu-se que a
gralha ia levar alimento a uma ga-
linha que em resultado da queda de
alguns barrotes ficara impossibilita-
da de sair. Soltando-se a-galinha, que
naturalmente estava sequiosa, diri-
glu-se apressadamento para o bebe-

 

douro onde se refez da sêde que a
devorava,

Caso absolutamente identico a es-
te ocorreu em Lisboa não ha muitos
anos, entre um corvo e um gato.

Andando este a flanar n’um telha-
do entrou numa agua furtada que
servia de arrecadação, e como de
dentro fechassem a porta da trapei-
ra, que era de rede, o animal ficou
prisioneiro, visto as malhas da rede
serem estreitas de mais para caber
por elas.

Nas suas excursões habituaes deu
o corvo com o prisioneiro e condoi-
do da situação precaria do gato en-
trou a transportar para o telhado
tudo quanto encontrava nos detritos
das ruas e que entendia poder ser-
vir-lhe de alimento. Esta ardua ta-
refa durou alguns dias até que um
curioso, intrigado com o facto, su-
biu á trapeira de um telhado fron-
teiro e descobriu o motivo das con-
tinuas viagens do corvo.

Nós, que aos animaes alcunhamos
quasi sempre de infelizes, não os
julgamos assim por nos serem infe-
riores, mas sim por terem a má sor-
re de cair em mãos de condutores
ou de donos ignorantes que os tra-
tam quasi sempre como a coisas
insensíveis e não como a seres ani-
mados que são.

Luiz Leitão.
Ep,

As melhores cearas

São sempre as que são muito bem
adubadas, como prova o facto de
terem tido boas colheitas, apesar de
ter sido mau o ano, os lavradores
que adubaram convenientemente.

Lembramos a todos os lavradores
que ainda teem sementeiras para fa
zer que se não quizerem perder o
seu tempo, ou antes, se quizerem
fazer as suas sementeiras com as
maiores probabilidades de bom exito,
devem adubalas com os adubos
mais apropriados,

Estes adubos são principalmente
os ADUBOS COMPLETOS da
marca regista «Trevo de 4 folhas»
que dão sempre os melhores resul-
tados, quando aplicados como de-
vem ser.

Entretanto podem eles ser tam-
bem substituídos por misturas de
adubos elementares, com os quaes
se consegue tambem resultado re-
muncerador,

Para adubar bem as sementeiras

de cereaes, deve o lavrador aplicar;

Em terras sem calcareo, quer se-
jam leves ou fortes:

300 a 400 kgs. de FOSFATO
Tomaz e

300 a 400 kgs. de KAINITE, por
cada 8 alqueires de cemente ou por
cada hectar de terreno.

Se se juntar a estes adubos mais
100 a 150 kgs. de CAL AZOTADA,
o resultado é ainda muito melhor.

Em terras mais ou menos calca
reas;

300 a 400 kgs. de GUANO PE.
RU da marca CORNUCOPIA, e

100 kgs. de CLORETO DE PO-
TASIO, para a mesma superfice ou
para a mesma quantidade de semen-
te-

Tanto com uma como com outra
adubação o resultado é soberbo e
estas adubações não custam caras,
bastando duas sementes a mais pa-
ra as pagar. Pedir estes e quaesquer
outros adubos a O, Herold & C.º,
que é quem os fornece em melhores
condições de preço e qualidade.
Exigir em todos os adubos a marca
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