Voz da Beira nº72 22-05-1915

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AVENÇA

REDATOR PRINCIPAL:

 

Fractuoso Pires
ADMINISTRADOR E EDITOR:

 

A. Pedro Ramalhosa .

Redação e diminislração:
(Qua Dr Santos Valente
CERTAÃ

SEMANARIO

 

INDEPENDENTE

 

FAssinaturas

Anno, 15200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs,

Propriedade da Empreza da Vox da Beira

 

um DOS INTERESSES Dh COMARA Dh cent

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA aiNERvA GELINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTÃ

 

Horas tristes

Vão já passados os momentos
tetricos durante os quaes a revo-
lução poz em todo o paiz um pro-
longado hiato de terror,

Horas tristes foram essas para
a familia. portuguêza, já de si tão
retalhada de odios e despeitos que
antes conviria aplacar do que acir-
rar, À revolução é cega e impetuo-
sa, não escolhe amigos nem calcu-
la resultados; una cousa só tem
em mira, um alvo unico atinge na
sua nevrose de força: é o triumpho,
eustr’o que custar, dôa a quem
doer, ‘Todos os meios lhe servem,
e a sua moral, adrede. acomodada

ás suas .conveniencias, justifica

com-exagero de razões os motivos
de sua aplicação.

Debaixo deste criterio psicolo-
gico, imanente a todos os movi-
mentos revolucionarios. tambem
a ultima revolução, que entre nós
se operou, havia de na sua impe-
tuosidade ser causa de muitas vic-
timas, algumas, é verdade, por de-
ver de ofício, mas outros mocentes
e, quem sabe, talvez do mesmo
eredo daqueles por quen” foram
alvejadas.

Lançados neste impulso verti-
ginoso em que só se olha chegar á
gloria, irmãos contra irmãos, todos
membros da mesma familia portu-
gueza, é de crer que se. estivesse
Sema mnloeafoa RARE We gue
deria ser aplicado 4 defeza do paiz
contra qualquer eventualidade.

Venceu a revolução, é verdade,
no entanto a bandeira nacional e
tá de luto, por tantos dos seus fi-
Thos que amanhã a poderiam de-
fender e hoje estão “apenas “cada-
veres em homenagem à luta de
principios.

Restabelecida a, normalidade
com um novo ministerio da esco-
Jha da junta vevolucionarin, que
bem se póde dizer representou o
papel de estado maior com uma
competencia que a levou ao trium-
pho dos seus ideaes, é justo for-
mularmos votos para que tão de-
pressa se não repitam tão graves
acontecimentos; pelo que trazem
de inquietador para o paizy san-
grando-o na o da população.

Não estamos tão fartos de di-
hheiro e de energias que possamos

 

“ andar a malbaratar, em lutas san-

 

grenfas de familia, o exforço varo-
nil da nossa raça. Por cada cabe-
cilha que hoje canta victoria,
quantas vidas se não exgotaram,
escondidas no anonimato da con-
fusão da rua?!

 

AUDIENCIA GERAL

Como tinhamos noticiado, esta-
va marcada para o dia 18 do cor-
rente a audiencia geral para julga-
mento de José Pinto Barata, acu-
sado do crime do humicido. prati-
cado na pessoa de sua mulher Ma-
via Tereza no logar da Frazumei-
ra, freguesia d’Alvaro.

Eram 12 horas quando tomára a
presidencia o sr. dr. Fernando Ma-
tozo, integerrimo Juiz de Direito,
estando o Ministerio Publico repre-
sentado pelo digno Delgado do
Procurador da Republica, sr. dr.
Luiz Leveno e a defeza pelo douto
advogado sr. dr, Bernardo de Ma-
tos.

Feita a chamada dos jurados e
das testemunhas de acusação e de-
feza, o official nota a falta d’al-
gumas d’estas que não haviam si-
do intimadas.

O sr. Juiz dá a palavra ao ad-
vogado do reu que requer o adia-
mento da causa, porque julga as
testemunhas que não comparece-
ram, de interesse capital na defe-
za do seu constituinte,

O Meretissimo Juiz ouvindo o
Ministerio: Publico difere
ca para a audiencia o dia 30
junho proximo, ordenando que
fizessem as precizas intimações
pessoas presentes, o que o ofici:
respectivo, com a devida venia,
cumprin, É

e mars
de

 

Rea
ADMINISTRADOR
DO-CONCELHO

Pedin a sua”exonerição do dar-
go de Administrador d’éste tonce-
Jhoo sr. dr Berardo Perveita de
Matos, que o exerceu durante a

“estáda do ultimo Governo.

pg
Praças de reserva

Pelo Regimento de Infanteria
de Reserva n.º 15 foi mandado-sa-
ber a todos os interessados que a
revista de inspecção a que vae
proceder-se não é umcamente ás
cadernetas doscsoldados, mas sim
aos proprios homens, que devem
apresentar-se munidos da sua ca-
derneta. O dia e loeal da revista
será oportunamente indicado,

 

Seja pois para aqueles a: hora
de considerarem no luto que foram
levar a tanta vinva e & tanta or-
phão, que para sempre ficarão na
miseria. Haja para estes a miseri-
cordia, já que para os mortos ape-
nas ha a esperar o esquecimento,

 

“tão quantos

 

Coisas E loisas…|

 

Moeda de prata

Dizem os jornaes que o Governo, de,

accordo com a direcção “do Banco
Portugal estuda o modo de fazer reco-
lher parte de moedas de prata em cir-
tulação, subsliluindo-a por notas.

de

O custo da guerra

 

À guerra custa diariamente aos ingle-
zes 2:100:000 libr; se du-
rar s meses, Os «
para – manter o alingirão
400.000:000 libras esterlinas, a mari-
nha 100.000:000 e os adiantamentos
aos aliuílos e às eolonias 100.000:000.
Se a guerra durar ainda um ado os nu-
meros correspondentes seriam respe-
elivamente de 800.000:000, 146 000:000
e 200.000:000 libras esterlinas.

A despeza diaria é de nove
tos! Ou sejam 225 contos por hora.

Notemos, toda enorme,
dispendio é realisado sómente pela In
glaterras

Se juntarmos a uma fai cifra os -en-
da Alemanha, Russia, França,
A, Senvia e Turquia veremos en-
do Os sacrifícios que
guerra horrorosa está custando aos pai-
tes Deligerantes,

 

mil-con-

 

este

 

que

 

esta

 

A cura da embriaguês

 

Na Nornega foi imaginado um curioso
processo para curar o vício da bebe-
deira visto ser ele ali delestado pelas

 

autoridades.

O beélbedo é preso, metido num apo-
sento conde Tão lem comunicação com
petina vlegmado elredóredo,
alimento consiste em pão molhado em
vinho.» No prunciro dia, o bébedo sabo-
veta deliciosamente semelhante petisco;
no segundo dia, igualmente; no leveciro
principia a tornar t aborre-
cidapeno quarto impacionta-se, e ao fim
de oito dias tem horrór ao vinhos Tra-
iuanio, mas que a ciencia és-
horror persiste, de-onde se
conclui que estu curva homaipática dá os
melhores e inesperados resultados,

 

todo o seu

 

Bismark e o n.º
O n.º 3 tem sido, desde antigos leme
pos, objéto das mais variadas: supersti-
ções: Os escolaslicos, por exemplo, con-
sideraram-no como-o numero. perfeito,
simbolo da Trindade catolica. Bismmark,
segundo narra uma revista inglesa, mu-
tria tambem particular simpatia por es-
se numero, que, costumava dizer, lravia
regido sempre sua à vida, exemplilican-
do:«Servi tres soberanos; Lenho Les no
mes; tres folhas de carvalho no brazão
da minha familia; provoquei tres guer-
tras; assinei lres tralados de paz; na
guerra franco-prussiana montei em tres
cavalos, que foram todos mortos um
depois do outro, atirando-me tres vezes
da sela; preparei à conferencia de tres
imperadores; orgamisei a Tríplice Alian-
a; tive Lres filhos; a divisa da minha
casa é Força na Trindade—e, finalmen-
le, Os caricaturistas não dão mais -de
tres cabelos à minha cabeça calva.»

 

Anuncios
Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réis
Nontro. logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que
recela um exemplar
Pão se restiluem os originaes

 

A escála da embriaguez

Existe entre os rabinos uma tenda de,
que, quando Noé plantou um vinha, Sa-
tanaz estava presente e sacrificou ime-
diatamente um cordeiro, um lião, um
macaco e um cevádo. Estes animais
eram simbolicos da graduação da em-
briaguez.

Quando um homem começa a beber,
é lão meigo como um. cordeir: torna-
depois atrevido como um | bem

 

p | depressa a sua coragem se transforma
por dia |

 

na tolice dim macaco e por fim espoja
se no lodaçal como o cevádo.

O uso do opio na Marinha Francesa
tem tomado tais proporçõ que. Mr.

 

Thompson, antigo Ministro da Marinha
enviou às auloridades marilimas,
circular ordenando que lhe sejam lrans

 

mitidos os nomes de todos os oficitis
que apresentam sinais da influen
dessa droga. Aos oficiais é proíbido nã

 

só fumar opio a bordo tas tambem
guardar quaisquer objécios que para e
se fim se possam ulilisar.

 

O sapo, amigo

do lavrador
elogio deste horrendo Datraquio
está feito de ha muilo; mas nunca serã
de mais inisislir nos bons’s os que
lhe devemos.

Muitos camponezes o sabem e se
absteem de o maltratar; mas nenhum
lerá lido a pachorra de calcular os bes
nelicios que resultam da presença de
um sapo uma horta

 

O sapo é um animal de extraorditta-
ria voracidade, Alimenta-se de caracoes
lesmas, kúnvas de toda à especie, mos
ancas quedas nto
assombrosa!

 

Ban puras aubeis

Um sapo do pêso de 50 gramas póde
comer uma ninhada de vatos de
ou uns vinte metros de lombr
terra: Póde, alem disso, comer ê
mente alimento equivalente à metado
do proprio peso!

 

Um naturalista francez verificou que
o sapo póde devorar perfeitamente cin=
coenta e dois mosquitos dos pantanos,
o que não consegue-ceriamente o mais
destro funcionario de saude,

Protejun, pois, o sapo!

 

Autoridades administrativas

Conta-nos que o Governo está
na disposição de nomem pata ffo=
vernador es civis individuos extra-
nhos aos partidos existentes,

Por despacho de 17 do cor
te foram exonerados todos os ad
ministradores do concelho, nome
dos pelo ultimo governo, send
mandadas desempenhar essas fu
ções pelos presidentes das ca
municipaes, excepto nas localida
des em que o povo proclamoy:
sas autoridades.

 

çaas autoridades.

 

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D. Entonio

É “Moutinho, – A

Fistá de luto grepiscopado “por-
uguez pi elo. falecimento do ex.”

=sr/D. Antonio Mou ttinho, veneran-
sas bispo de Portolegre.

Novo ainda, pois contava a pe:
“mas 52 anos, gosando sempre de
Boa saude, nada fazia esperar este
“riste desertace.

— Wormado em rthedlogia pela
Universidade de *Ceinibra, «cédo

começou a mostrar as suas facul-

— ades de inteligencia -e “trabalho

no «desemponho tlos cargos de
Rn rica para que fôra escolhido
apelos prelados do Porto,

*Parocho de Vila Nova de Gaia
«e professor do Seminario do Porto
«le tal forma se evidenciou em vir-
tudes e prudencia, sobretudo na
pastoreação da sua freguezia -onde
“sofreu osmais ruiles “ataques da
coloniarprotestarite, que o governo
«ahi o’foi buscar em 1902 para ir
ocupar a cadeira prelaticia da
Província de Moçambique, logar
«ue desempenhou por 3 anos.

Sempre austero nos seus «costu-
mes e duma afabilidade-captivante,
mo seu trato partrcular «com os”
missionarios, ali realisou-uma vas-

ta obra de missionação-em escolas –

“e institíitos de ensino, que grande
ifruto terão dado -ao alargamento
«da influencia portugueza naquelas
paragens.

tEm 1905 foi nomeado Dispo de
&Gabo Verde, pelo que não pôde
Revar à cabo todo o seu plano,agora
transplantado para um novo cam-
po de ação, senão diferente, ao me-
mos muito dissemelhante na sua
enmneira de ser.

Yagaa diosese de Portalegre
mor morte de D. Gandencio José
Wereira em 1908, foi-lhe oferecida

cesta diocese-de que tomou posse

cem 1909. >

!Da:maneira -como’s. ex” soube

=aqui-desempernhar-se das dificul-
«dnites do-seu munus pastoral no
msvieão agndo das grandes trans-
“ Gormações politicas por que tem
passado o espirito publico desde
houd aopiedilantonstima ChtraDos
eslero é particulares, sendo sempre
elbsuquiosamente recebido por to-
los,
Werlafeiramente operoso, anitos
squanto humilde mu sua apresenta-
«ção pessoal, nada atreita a exterio-
aidades ou vãs pretenções, cuidava
miltimamente, como sempre, apenas
sio apenfeiçoamento moral da sua
«diocese. ?

S.ex.que-veioa esta vila algumas !
wezes, logrou pelo-seu tr: ato-modes-
doomar bastantes simpathias em
todos que com ele trataram. Sofreu
e»mo quasi todos os bispos portu-
gueses 08 agrAvos do exílio que
eum priu durante dois anos na vi-

-s

— simha vila de Proença à Nova que |

The dispensou sempro O melhor da
sua consideração. !
2 Voz da Beira pela mão dum
“dos seus missionarios de Maçam-
bique associa-se ao luto «da diocese
e faz votos para que o exemplo de
outinho, como homem |
ascende possa ser-
vir do lição nos que na vida foram
8 us admiradores. –

 

[Secção literaria —

 

Nas horas vagas d’esta lida insana,

Em devancios a mente desprendendo,
“Seismava na razão porque a alma humana
“Vai tanbem como o corpo envelhecendo,

Como póde o «correr «de certa idade
Envolvel-a em semi decrepitude?!
“Como, ng é seu destmo a eternidadade,
-Abejrar-se do funebre -ataúde?!

Porém,-como sentada um dia fosse
Em vetusta cosinha denegrida,
Aconchegada ao lume grato e dlêce,
Ao abrigo d’invernin -desabrida

Atrahiram-me-a atenção as mil fmálhas,
“Que subindo-do fogo acrepitar,
“Como-se foram rúbidas agulhas,

A fuligem do tecto iam picar.

“Mas o seu brilho, como a luz Tigeira
D’uma estrela cadente, se-sumia
E vinham cair em volta da lareira,

Já apagadas, n’uma cinza fria,

“E comigo pensei, que -semeTharítes,

Elas eram aos-sonhos da ventura, ”
Que o tume de esperança faz brilhantes;

Mas mais que as faúlhas mão tem dura?!

Sua cinza em nossa alma vai caíndo
A empanar-lhe o vivido fulgôr
E á maneira que os sonhos vão ruindo,
Cresce em camada oada vez maior.

E assim mão é que o espirito envelheça
Com a série dos anos que volveram,

Mas-é que-p desfigura a cinza cipesea
De amargas ilusões que morreram!!!

Codéçaes—Noventbro de 1914.

Aurora Sarmento

 

Ecos da revolução

Uma granada de bordo que-entrou
pela redação do aSecnlo» foi bater de
encontro a uma casa fronteira, onde
móra O nosso patricio sr. Antonio Nunes
da Silva, de SanV’Ana, com sua esposa é
filhos. Encontrava-se ali tambem o nos-
so amigo José-dos Santos Silva, estu-
dante da Escola Colonial,

à jaobramendegranadalaponasidende toma
bocado da cantaria.

—Num dos lirotéios pelas ruas foi
«| atingido com uma bala numa perna o
sr. Raul Rodrigues, do Venestal; da ida-
do de 19 anos que ha dias tinha ido
para a capital, para assentar praça no
exercito.

Foi um belo baptismo de fogo que
apanhou este nosso patrício €, se à es-
tas horas já estiver matriculado, deverá
ter perdido algum resquício de médo
que, apezar da sua hoa vontade, se lhe
agarrasse à medula,

—Bim casa do nosso palrício Bugenio
Leão tambem os revoltosos entraram
ma husca de pessoas suspeílas ao regi-
mein. 3

Felizmento aquele nosso amigo con-
seguiu desfazor o desagradavel equivo-
co, apresentando-se como um dedicado
republicano de sempre.

EEE

 

Virgilio Nunes
da Silva
Tomou hontem conta da Admi-
nistração do concelho o er. dr.
Virgilio Nunes da Silva, de Ser-
nache, mui digno presidente da

Camara Municipal, que já de ou-
tras vezes tem acupado o mesmo

logar. Pelicitumo-lo,

Vida Nova

No Diario foi publicada a de-
claração de que, até mova ordem,
ficaram suspensas todas as sindi-
cancias que tinham sido ordenadas
pela repartição de instrução secun-
daria.

Um dos primeiros cuidados do

ar. Magalhães Lima, ministro de
Instrução, foi pedir no chefe de

7 contabilidade « lista dos professo-

res que não teem em dia o paga-
mento dos scus honorarios,dizendo:
é uma injustiça, que chega a ser
uma deshumanidade, essa de não
ser papa com firmo regularidade
os ordenados dos professores.

O ministerio no seu primeiro
comselho resolveu enveredar pela
mais completa abstenção de parti-
darisno, norteando-se com a
muior imparcialidade politica.

sda eee
HORARIO DOS EMPRE-
GADOS DO COMERCIO

Na ultima sessão municipal, em
quinta feira, for aprovado o regula-
mento do horario dos empregados
comercines, ,

Picou determinado que de abril
a outubro os estabelecimentos se
conservem abertos das 8 da manhã
ás 8 da noite, e de outubro & abril
às 7 da manhã ás 7 du noite.

‘ Cronica ligeira

ETAPE
De Coimbra à Certã
(COROLUSÃO)

Entrâmos em Pombal, . :

A vila estava socegada, não se ouvia-
do o “mais pequeno ruido:

Parámos n’um Jargo na mira de en-
contrar hotel ou estabelecimento aber-
to que nos fornecesse qualquer cousa
para animar ‘o estomago.

Cada um tratou de gprocarar, mas
concluímos que pelo adeantado da ho-
ra ‘tuão dormia tranquilamente, € não
seria facil encontrar o-que desejavamos.

N’uma terra pequena ‘ha sempre curi-
osos, e porsisso o barulho do automo-
vel atrahiu dois cavalheiros de bom
aspecto, ‘trajando-com certa decencia,
novos, que nos pareceu regressarem
d’algama conquista.

Abeiraram-se do automovel como
quem pesquiza, sem dizer palavra, mas
um de nós ousou dirigir-se-lhes:

—)s ‘Cavalheiros ‘índitam-nos, porque
pão conhecemos ‘nada de Pombal, qnde
poderemos tomar um café «ou qualquer
cousa que possa -confortarmes -0 esto-
mago?

“Não é facil’a psta hora, nos melur-
quiu oque parecia mais moço, ‘a não
ser uma cousa muito lépes(sic), mas se

Agradecemos e segukrios, menos o
Acacio e o Hilheiro que ‘tizham deixado
“a apolice do seguro em casa.

Percorremos algumas ruas, e fomos
Ser:a uma casa, especie de tasta pr’ó

Ho,
Na rua “um bando de molivagos, tal-
vez quinze:a vinte, de varapaas, em
estado adeantado de composição intele-
tual produzida pelos vapores “do alcool,
discutia, :acoloradamente, e xo divisar-
nos abriu fileiras dardo-nos passagem e
entrada na tasca, livremente. :

“O estabelecimento tinha sido evacua-
do pelo tando e parecea-nos que o
proprietario se dispuzma im até vale de
lenções.

Entramos, e ‘commosco toda a turba-
multa na ancia tabvez de saber quem
eram os personagens que áquela hora
tinham apetite de café de lépes.

Servia-nos ‘de iiterpetre um cavalhei-
TO dos que se prestou a acompanhar-nos,
pedindo café bem, mas o proprietario
da locanda, respondeu que nos não po-
dia servir, por se lhe ter acabado.

Pedimos qualquer bebida de guerra
eo homezinio forneceu genébra, unica
bebida espirituosa que lhe restava do
dia. Aceitâmeos e bebemos cada um seu
calice, não sem que, como manda à
pragmatica, oferecessemos aos presen-
tes, que não aceitaram.
paicarrámeroinsnde, kalezaja envadinha;
bando, quem sabo talvez de rufias, ‘co-
meçou a gingar, á guisa do baledores
do fado, na intenção, que nós percebe-
mos, de cairem sobre nós e pizar-n’os
ou. magoar-nos,

Como é natural todos nós sentimos
uns certos calafrios porque estavamos a
ver um conilito eminente do que não
levariamos 3 melhor por todas as ra-
zões e mais uma. Os rapazes, que nos
acompanharam, porém, atingindo o al-
canco dos fadistas, colocaram-se em
frente de nós, em fórma de muralha,
defendendo-nos assim de qualquer en-
“coutrão ouinconveniencia dos meliantes.

Pagâmos, agradecemos o favor dis-
pensado e voltâmos ao automovel dis-
postos À descançar um pouco para o
Corrêa se aliviar da fadiga, que o trazia
quasi prostrado,

Contando, porém, o sucedido todos
foram de opinião de que se marchasse
o mais breve possivel para evitar no-
vos encontros, porque era de supôr
que fossemos incomodados.

Marchámos, mas a 30 metros, se
tanto, aparecia-nos na frente do automo-
vel um dos cavalheiros nossos prote-
elores. Não parâmos, mas quiz parecer-
nos que nos vinha aconselhar a retira-
da,

Eram 16 horas quando sabimos “da
Pombal e iamos com um bom andamen-
to. Deveriamos ter andado seguramente

 

20 Miomelros quando fumos furçados a

lhes apraz assim, acompanhal-os-heraos.apraz assim, acompanhal-os-heraos

 

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22-5-D15

VOZ DA BEIRA

parar: os faróes mostram-nos no meio
da estrada ? homens, cada um éncos-
tado a seu cacete, pouco dispostos a
desviarem-se para dar passagem. ao
aulomovel.

Percebemos que alguma cousa de
anormal se passava e cada um de nós
como que impelido por uma mola, se
mouniu rapidamente da sua Bropning.

Para encelar conversa e conhecer
das boas intenções de tão preclaros ca-
valheiros, um de nós perguntou que es-
trada seguiamos. Os homens porémpa
nada se moveram, mas do lado alguem
Mes fez sigual de retirada e só n’esta
ocasião reparâmos que à margem da
estrada, um pouco mais abaixo, havia
uma pequena casa com aspecto de ta-
berna. Deram-nos passagem livre e nós
ficâmos percebendo que não fomos as-
saltados porque os meliantes recearam
O nosso numero.

Ainda não tinhamos andado 2 kilome-
tros, uma nova camara d’ar.

Novos arranjos; o Correia, já exausto
de forças, lá conseguiu compôr o carro
de maneira a podermos seguir.

Seguimos. Dentro do carro tudo ador-
meceu e a certa altura o Correia con-
fessa-se tambem incapaz de conlinnar:
tal era o estado da fadiga por tanta ca-
mara dar a vulcanisar e a compor.

Resolven-se, pois, que se suspendes-
se a marcha e todos dormissem

Dormimos e seriam quasi 18 horas
quando o Correia acordou porque al-
guem na estrada fizera barulho.

Com o barulho que o Correia tam-
bem fez todos acordamos estremunhados
do somno.

Um homenzinho, parado no meio da
estrada, admirava o automovel, e o Cor-
reia quiz sabor d’ele onde estavamos:

—Bm Ancião, disse o bom homem.

Pozemo-nos em marcha e a 100 me-
tros, com efeito, passavamos Ancião.

Como estavamos já em segunda feira
e alguns tinham que fazer na Certã a
determinadas horas, não nos detivemos
em Ancião, a admirar O que tivesse de
bom como seria desejo de todos, e fo-
mos seguindo, mas a poucos kilometros,
nova camara d’ar.

Arranjos, & lá fomos, mas em -menos
de 10 kilometros, ou antes até do Car-
eil, mais 3 camaras d’ar. ;

Agora à cousa passava a ser mais
servia, porque a reserva estava esgola-
da e só com grandes concertos se pq-
dia aproveitar alguma.

A demora foi grande, mas seguimos.

Precisamente quando deixávamos a
estrada dos Cabaços para entrar ni
Tomar, 2 camaras d’ar, se e
as da rectaguarda. Eram já 19 horas e
o apetite começava a fazer sentir-se
nos louvistes

O Fruclnoso levava 3 ou 4 arrufadas
num volume, para os meninos, e dei-
tou-se à elas com uma vontade devora-
dora, e nós outros acompanhâmol-o,
foeyegerque ficimponadas eonabmiais
taixote do: Celestino e liquidarmás-lhe
as 100 arrufadas, mas o Gelestino de
joelhos pedia mizericordia, porque fa-
zia má figura perante as senhoras a quem
prometerá dar o chá e às arrufadas no
proximo baile do Club.

 

—Gerlamente as senhorasnão se con?

xencem de que vocês comeram as ar;
ruladas e cu faço mã figura e mais
uma vez passo por forreta.

Convenceu-nos.

Deu:o Correia os seus trabalhos por
promplos e seguimos,

Passámos-os Vales com um bom an-
damento e tão bom que o chauffeur
não quiz parar por via d’algum mau
olhado, pois o Celestino bem gritou pe-
Ja paragem para receber os cinco réis
do lroco dos ovos.

Quando chegámos ao cume do monte
fronteiro aos Vales, novo desaranjo: uma
camara War, mas mais alguma cousa.

O concerto deveria levar tempo e
por isso 0 Pructuoso propoz uma mar-
eha a pé para aquecer. Adheria o To-
mãz e o Milheiro, e lá seguiram.

Caminharam, caminharam até que fo-
ram dár à fonto do Rio Zezere.

Passáram para à comarca da Cerlã e
como começava a aquecer, pois era bem
ancio dia, deliberaram procurar uma
sombra é dormir. Assim fizeram.

-Dormiram só 1 hora, depois apare-
cia no cimo do monte o automovel.

Poueram-se a postos e foram seguindo

 

a pé, até que o malsemove apareceu
junto.

Tomou cada um o seu logar & segui-
mos.

Passamos Sernache bem convencidos
de que em 10 minutos estaríamos Da
Certã, mas por altura da Fonte da Mata,
novo desarranjo.

Agora era demais, começavam -todos
a sentir-se aborrecidos.

O Fructuoso, o Tomaz e o Milheiro
novamente se pozeram em marcha a
pé, certos de que chegariam assim mais
depressa à Cerlã.

O Acacio e o Celestino, como sempre
sentados no automovel dormiam a bom
dormir, e por alturas do Aqueduto daz
4 Dôcas, sentimos que um carro se
aproxima. Pensámos logo em invadil-o,
porque nos sentiamos massadissimos e
mais satisfeitos ficâmos quando notâmos
que era o do dr. A. Victorino; mas qual
não é a nossa decepção quando ao apro-
ximarmo-nos verificamos que vinha
cheio e-que completaya a carga 0 Acacio
e Celestino,

Desanimâmos e encafifâmos, porque
os dois pandegos ao passar por nós
riama bom rir. Chegâmos a pensar em
deitar o carro, mulas e passageiros pa-
ra o mbeiro, e senão fosse o Dr. Anto-
nio…

Confinuâmos a nossa marcha, mas
a breve trecho outro carro; era do $
minario. Nova salisfação; agora vamos
n’este, dizia o Tomáz,mas ao passar por
nós, nova decepção —o carro ia cheio
de vereadores da camara.

Adeante, não pensemos mais em carro,
dizia o Pructuoso,mas acto seguido pas-
sa oulro: era do Joaquim Nunes, do
Nesperal.

O amigo J. Nunes, logo que nos viu
mandou parar, e lá entrâmos todos,
embora apertadinhos.

Assim chegámos à Cortã, às 14 horas
de segunda-feira! Quasi 15 horas de
Coimbra à Certa!

O automovel não mais o vimos, lá
ficou em concertos. o as arrufadas en-
dureceram por fórma que o Celestino
não ofereceu o chá às senhoras, mas
não o pódem alceunhar de forreta. Não,
elle comprou-as, e gastou a
Forreta nunca,
ssim terminou a triste odisseia
de 6 tourístes que da Cerlã foram a
Coimbra e vice-versa, só pelo gosto de

andar de automovel.

Bom-Ourido
——— E Cr ços Zara —
Vinhos portugueses

Está seriamente ameaçado o
nosso comereio de vinhos, depois
das ultimas medidas adoptadas
pelo governo inglez, tendentes á
repressão do alcoolismo. A base
4.º desse regulamento dispõe que
o8 vinhos entrados em Inglaterra
negação 9 quadruplo atos cactpeis
tica redundará em prejuizo mani
fosto da nossa viticultura que ali
tinha o seu principal porto de con-
sumo. ú

E? jnsto esperar que por parte
das nossas associações comerciais
e syndicatos agricolas se procure
junto do governo determinar qual-
quer negociação que faça atenuar
os efeitos prejudiciais d’aquelas
medidas.

São principalmente os nossos
vinhos finos, que ali teem salida
e de que pouco gasto se faz den-
tro do paiz, os mais seriamente
ameaçados, pois com aquele au-
mento de tributação ficarão numa
escnla de preço fóra do alcance da
maior parte dos seus apreciadores.

VISITA

Na 5.º feira vieram a N. S. dos
Remedios, passando por esta vila,
os srs, João Nemezio da Silva,
dr. Albano. Lourenço da Silva,
dr. Antonio Vietorimo, José Joa-
quim de Brito, Antonio Pedro da
Silva e suas respectivas: familias,

de Sermache do; Bomjardins..

 

AGENDA

Tivemos o prazer de ver na nos-
sa redação o nosso presado colega
de O Bem, sr. Padre Antonio Ma-
nuel, de Oeiras,

— Em serviço de notariado es-
teve em Alvaro o sr. Eduardo
Barata Corrêa e Silva.

— Regressou já 4 suajQuinta da
Estrada, o er, José d’Azevedo
Bartholo.

—Regressou a Lisboa o er.
Manoel Martins Cardozo.

— Esteve na Certã o sr. Feio
de Carvalho, engenheiro—Direc-
tor das-Obras Publicas d’este dis-
tricto.

—Vai encorporar-se no regi-
mento de infantaria 22, de Abran-
tes, o nosso amigo Francisco da
Silva Darío, professor na Abobo-
reira. Para o substituir indigita-se
o sr. padre Jose Augusto Ribeiro.

—Já restabelecido do ataque de
reumatismo que durante dias o re-
teve de cama, sahiu para Serna-
che a dirigir os seus serviços o
nosso amigo Luiz da Cruz, da
Praia.

— Sahiu para Pedrogam Grande,
onde vai tomar conta da regencia
da Philarmonica d’aquela vila o sr.
José de Queirós, habil musico e
aympathico conversador que por
mais de 9 anos desempenhou igual
serviço á frente da sociedade Pa-
triota, desta vila, onde deixa ami-
gos e admiradores.

O sr. Queirós, que ali foi pre-
parar a sua residencia, voltará
ainda á Certã, onde tem sua fami
lia para fazer as suas despedidas
e só sahirá para o começo da se-
mana que vem.

 

—Foi promovida 4 primeira
classe a sr.” D. Antonina Correia
Lima, professora de Sernache.

—Na sua casa em Sernache do
Bomjardim, estão ha dias oiêsr.
João Nemexio da Silva, esposa,
filha e netos.

—Suhin para o concelho de Vi-
la de Rei, em vizita d’inspeeção o
sr. Jonquim Thomaz, inspector es-
colar d’este circulo.

— Regressou de Lisboa, o er.
Antonio da Silva Serra.
ram Nest AGA OK Par dy, CTA.
nalre José Fernandes e Alfredo
Sueão.

— Recebemos uma carta de Vi-
ctor a Steline, que, por falta de
espaço só poderi ir no proximo
numero.

— Durante a semana vimor na
Certa, os nossos presados assinan-
tes ers.: José Maria d”Alcobia,
Francisco Martins Corrêa, Domin-
pos Alves; Bernardino Ferreira de
Matos, Adelino Marinha, Joaquim
Nunes da Silva, Adelino Augusto
de Paula, João Martins (Colonia)
Antonio Martins dos Santos, Pa-
dre Antonio Alves Catarino, Ma-
nuel da Silva Cardozo dos Reis, e
Antonio Farinha Lourenço.

 

CORBEIO

Dignaram-se pagar a sua as-
signatura os srs: Ivo da Silva,
Joaquim Nunes, José Ventura dos
Santos, Euzebio do Rozario, Joa-
quim da Silva Ladeiras e J. Ciria-

| co Santos,

 

ATENÇÃO

Rogamos aos mossos
presados assignantes que
ainda estejam em debito
da sua assignatura do ano
transacto, se dignem ja-
zel-o pela melhor fórma
ao seu alcance.

Aos de Africa e Bra-
zil será conveniente a re-
messa em vale de correio
ou notas de Banco.

Muito agradecemos es-
ta atenção que nos evita-
rá a remessa de avisos
pelo correio,

 

Empregado

de cartorio
PRECISA-SE de um com bas-

tante pratica de cartorio de escri-
vão de direito e notario.

Quem estiver em condições, di-
rija-se ao escrivão notario da co-
marca da Certã, Eduardo Barata
Corrêa e Silva.

SERIE ESCOLAR
FIGURIRINHAS

Primeira Livro de Leitura cart. 10 e.

 

Segundo Livro de Leitura « 10 «
Educação Civica….. « 10 «
Historia Patria …… « 10 «
Agriomtura …….. à 1 0 «
Gramatica Portugueza.. « 10 «
RTIEUIGLIÇÃOS te ra O

Sojencias Naturaes. … « 10 a
MaRUSGuitas ==.» == =. OR OR a
QRRDETRIA os de O *
Tabvada das Escolas… « 2 «
Tabuada de te. …. « 1. «
A Serie Escolar Figueirinhas é

constituida por livros claros, sin-
téticos e em absoluta harmonia
com 08 programas oficiaes e cheios
de lindas ilustrações. O preço as-
sombra pela baratesa. Vendem-se
nas principais livearias do país.
Os professores oficines pódem ro=
gueirinhas, R. dos Mantires da Li-
berdade, 178— LISBOA,

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sempre em deposito, urnas em mo-
gno e pan santo, enixões em ma-
deira polida on forrados a pano em
todos os preços desde 28000 réis,
corôas fanebres e seus pertences
avulso para rapida exeenção de
qualquer encomenda,

PROPRIEDADES

spendem-se fodas as proprie-

dades pertencentes aos her-

deiros de D. Emilia Flóres, que

foi de Sernache do Bomjardim,
excetuando a casa de residencia.

No proximo numezo se espécii-

cará. Tracta da venda o solieitador:

 

Fructuoso Pires

——CERTÃ=—Ã=—

 

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A foi o Foz da Rosi cd

“A Agua «minero- medicinal da Fox
«da Gertã apresenta uma composição
=ehimiea que a distingue de lodas as’ou-
“tas até hoje usadas na therapeútica.

“ P empregada: com segura vantagem –
ema Diabetes—Dyspepsias—Catarros,
“gastricos, pulrios ou par sasitarios;—
Ea reversões digestivas derivados
So encas inf eeciosas;—na convales-
«censa “das feb res graves;—uas atonias
Ec icas-doslia E tuberculosos,
Ssanticos etc:,-—no «gastricismo dos,
— sexgotados, pelos excessos on privações,
mete. ele. |
“Mostra à análise “hateredlogica que a
Agua da’Foz da Certã, lal como se
«encontra nas garrafas, deve -ser consi-
«derada como microbicamente
A farra não “contendo colibaci-
“Jo, nem nenhima-las especies patho-
u sgeneas que “podem existir em «aguas.
“Alem d’isso,’gosa de “uma “cefta acção
anicróbicida. O BB. Thyphico,
Niphterico, e Vibrão
«pholerico, em pouco tempo n’ella
merdem todos a sua vitalidade, «outros
wnicrobios apresentam porém resistencia
maior.
A Agua da Fog da’Certã não tem ga-
=es livres, é limpida, de sabor levemen- |
4e acido, muito agradavel «quer “bebida
apura, quer nisturada-com “vinho.

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paia» “aguerridos ne-
ate euselvágens, 8 adlos
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