Voz da Beira nº44 07-11-1914

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é Anno, 15200 réis;

+ + Pu ”
ANO 1.º

AVENÇA
N.º44

 

REDATOR PRINCIPAL:
Fructuoso Pires ,
ADMINISTRADOR:
A. Pedro Ramalhosa –
EDITOR:

 

J. Santos e Silva

Redação olufdminisiração:
Bug Br. Santos Gulente
CERT|Ã

 

— SEMANARIO INDEPENDENTE

 

Assinaturas

Semestre, 600 réis
Brazil, (Tracos) Spuio rs. Avulso, 30 rs.

Propriedade da- no da Voz da Beira

DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERTA

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS
“COMPOSTO E IMPRESSO NA MINERVA CELINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTÃ

Anuncios
Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réis
Noutro logar, preço convencional
Aununciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se restiluem os originaes

 

 

À GUERRA

Continua renhida a luta entre
aliados e austro-alemães.

Depois de trez mezes de mor-
ticinio, disputando-se palmo a pal-

“mo a arena dos combates, não é
Xcito ainda dizer a qual dos dois

contendores pende a victoria final.
Combates interminaveis, cada
dia repetidos com mais energia,
taes tem sido as etapes d’este due-
lo grandioso de duas raças adver-
sas. E
Sobreexcede 4 defeza dos interes-
ses comerciais o instincto ferino de
revenche no que possa ter de mais
carateristicamente rival em todas
as formas do sentir nacional.
D’um lado a França, a terra

. por excelencia da galanteria e da

civilisação, luta pela defeza do pa-

‘trimonio gaulez. Cada arvore, ca-

da pedra, cada monumento d’aque-
le belo paiz fala bem alto d’um
passado glorioso de progresso e
hberdade. E” a esta tradição hon-
rosa que o povo francez vae
buscar energias para repelir o ini-

migo, auxiliada generosamente pe-

las suas aliadas a Belgica, Ingla-
terra e Russia.

-* Será porventura um conjuncto
hybrido a liga das potencias alia-
das, se atendermos ás formulas

governativas de cada uma, mas

mem por isso à cohesão do espirito
combativo tem sido menor, al-
cando-se por vezes á meta dos
grandes heroismos pela causa co-

mum:
Do outro lado está a Alemanha

‘enlevada na supremacia do espi-

rito teutonico, medindo tudo e to-
dos pela bitola dum desdem gros-
seiro, só comparavel á sua ambi-
ção e egoismo. O espirito militar,
por educação, criou nos seus po-
vos uma segunda natureza de des-
truição e furor belico, que quasi os
tem posto fóra do circulo em que
se desenvolvem os mais puros afé-
tos da alma: a piedade, a humani-
dade e a caridade.

Os seus guerreiros animados
pelo odio de raça teem rivalisado
em barbaridades contra todas as
manifestações do sentir humano,
tanto importa no campo da esteti-

“ ea como no da moral.

Velhos e crianças, mães e meni-

“nas teem sido indiferentemente

pasto d’esse delirio de destruição
que a ninguem poupa e a nada es-
cusa dentro das fronteiras inimi-
gas. E a negação pura do estado
de inocencia que sempre foi conce-
dido aos não combatentes, por res-

peito ao sexo cu à idade. 4

 

Criações da arte, monumentos
da historia, consagrações ao Gre-
nio e ao Saber, tanto importa nos
agrupamentos dos muzeus como
no isolamento das praças publicas,
tudo tem sido sacrificado a essa
tara de vandalismo. À tatica de
guerra quando lhe não é suficiente
para vencer, é ao menos grande
para destruir.

Luta a França e Belgica pela
inteireza do solo patrio invadido,
e a Inglaterra e Russia fieis á
aliança comum teem sabido hon-
rar-se no cumprimento dos seus
deveres, repartindo abnegações e
sacrifícios.

Quarenta anos levou a gestação
deste parto laborioso, acalentado
pelos hinos da paz, que alfim se
mostra um monstro horrendo a
quantos o contemplam!

O atentado de Seravejo foi a
faulha que comunicou o grande in-
cêndio em que se contorcem oito
nacionalidades europeias e, quando
era licito já esperar os primeiros
acordes d’um pacto duradouro, eis
que uma nova potencia, a Turquia,
ousa desfraldar o estandarte do
Crescente em homenagem á Ale-
manha. .

O Goebene o Breslau, coura-
cados alemães, fugidos velozmente
á perseguição da esquadra aliada,
andam agora mascarados com a
bandeira do profeta, a semear o
terror nos portos do Mar Negro.

Com a entrada de mais este fac-
tor para o campo das aspirações
germanicas vae à guerra tomar um

novo aspeto, pelã maior latitude
do campo de ação.

Rebentará de novo a questão
balkanica que ainda ha um ano
absorveu as atenções do imundo?
A Bulgaria, a Romania, a Grecia,
por força do equilibrio social, cor-
rerão a amparar-se d’outra força
que abata o orgulho da sua rival,
agora em fóco?

Novas surpresas nos reserva, por
certo,o xadrez da guerra, tão mis-
teriosas que nem talvez as chance-

larias tivessem tempo de lhe en-

trar já no amago.

Uma verdade só resta: é grande
a transformação social e politica
que se está. operando na Europa:

 

Camara Municipal

Não reuniu por falta de nume-
ro, na passada segunda e quinta
feira, a Camara Municipal.

Entretanto diz-se que no ultimo
dia a reunião não teve logar, para
evitar deslocações nos dois grupos

que a compõem,

 

Coisas % loisas…

 

Os magustos

Lá passou o dia de «Todos os Santos»
que a tradição ainda conserva para se
fazerem os magustos das castanhas e
primeira prova do vinho novo.

O tempo, porém, não permitiu que
este ano se admirasse a saida para O
campo, de ranchos de amigos e familias,
que davam ao dia um tom todo beirão.

A não ser a filarmonica «Recreio Ar-
tista», que apezar do mau tempo fez o
seu magusto anual, não nos consta que
outros se tenham feito, como era de cos-
tume.

Entendidos

Do dignissimo Administrador d’este
concelho recebemos um oficio convidan-
do-nos a modelar as noticias dos novos
trabalhos de organisação militar, pelas
informações oficiaes, e diz-nos:

«Que a nenhum periodico nem a qual-
quer pessoa é licito n’este momento en-
fraquecer o sentimento publico para o
desempenho das nossas obrigações in-
ternacionaes.

Crime da Varzea

Em volta deste crime, burilam-se,
“depois do julgamento, cousas que nos
deixam estupefactosl

Condenar-se-ia o inocente e obsolver-
se-ia 0 criminoso?

Testemunhas sem escrupulos de con-
sciencia, naturalmente.

O tempo desvendará o misterio.

Aviso

Os donos de lagares que recebem
maquia são obrigados a dar na secreta-
ria de finanças as declarações a que
alude o n:º 2 do artigo 16 do regula-
mento de 29 de dezembro de 1879 e a

portaria é de 18 de maio. de 1885 poden-
0 os mesmos, para evitar laes declara-

ções, avençar-se com a Fazenda Nacio-

nal,
+

Arrematação

No dia 21 do corrente tem logar na
secretaria da Camara Municipal deste
concelho, a arrematação do fornecimen-
to de carnes verdes para: O proximo
no.

As Tespetivas condições estão paten-
tes n’aquela secretaria.

União dos Medicos
Provinciaes

Na reunião dos medicos provinciaes,
que teve logar na capital, foram eleitos
para fazerem parte dos corpos geren-
tes, entre outros os nossos prezados as-
sinantes srs. drs. José Marçal Corrêa da
Silva, de Ferreira, José Pinto da Silva
Faia, de Proença a Nova e José Carlos
Ebrhardt, da Certa.

Limpeza.

– Voltamos a falar da Travessa do Cal-
deira. E” uma verdadeira vergonha o
estado em que se encontra esta traves-
sa. Nem as enxurradas ainda consegui-
ram limpal-a,

Haja mais cuidado-com a saude pu-
blica, /

Arrolamento de trigo

Vae proceder-se ao imediato arrola-
mento das quantidades de trigo em grão
e em [arinha, existentes no continente
da Republica.

Para esse fim, todos os produtores,
comerciantes, moageiros e quaesquer
detentores de trigo, em grão ou em fa-
rinha, são obrigados nos termos do de-
creto n.º 972 a declarar as quantidades
que possuam d’este cereal em grão vu
em farinha, quer em deposito nos seus
celeiros ou armazens, quer em transito
a receber.

As existencias declaradas devem re-
ferir-se ao 1.º de novembro.

Professores

Foí proposta a creação de um 2.º lo-
gar de professor para as escolas do se-
xo masculino das freguezias de Proença
a Nova e Sobreira Formosa.

Pão

Os cereaes baixaram de preço, mas
o pão continua no mesmo, e com me-
nos pezo.

Examine-se.

Concurso

Está a concurso o provimento da es-
cola mixta da freguezia do Mosteiro,
concelho de Oleiros.

Caiações

Activam-se as caiações por essa vila.
Bem haja o iniciador d’este genero
de trabalho, o prestimoso Ilheu,

Azeitona

Chamamos a atenção da Guarda Na-
cional para o art.º 74 do Codigo de
Posturas. Estamos no periodo d’azeitona
e não é raro ver nos lagares individuos
sem oliveiras a desfazerem em maior
quantidade do que os proprios lavradores:

Parece

 

que a guerra não anda nem desanda,
ou antes a guerra continúa andando
sempre, mas os emerilos beligerantes
esses é que não andam: nem desandam.

A supeoridade manifesta da Alema-
nha nas primeiras semanas de combate,
parece começar a tornar-se cada vez
menos sensivel,

Os russos esses continuam vencendo
sempre, avançando sempre… é sem-
pre no mesmo sitio.

Pouca sorte !

Reservado para a Italia

Um habitante de Londres, morador
no bairro de Wost-End, fez colocar nas
suas janelas bandeiras de todos os exer-
citos aliados. Ao centro porem, deixou
um pau de bandeira livre e colocou
nele o seguinte letreiro: «Reservado
para a Italia».

Para fechar

A” porta do Zeferino:

— Afinal, quem é o conselheiro Aca-
cio?

—QOra… é o Acacio que agora deu
em conselheiro.

— Jos sabados à tarde estás sempre
| assim. E já não mudas. «+£o mudas. «+

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CARTA DE LISEUA

Lisboa, 3-11-914-—Tenho lido
muito pouco os jórnaes nestes ul-
simos dias porque prefiro ouvir os
comentarios nos centros de cavaco
“do que perder tempo à ler colunas
de prosa que só tratam da confla-
gração emopeia e a ver paginas
<heias de photografias da guerra,
tiradas quasi todas em tempo de
paz. ” –

Quem escreve para jornaes não
pode atirar-se para o fundo do seu
gabinete de trabalho e alheiar-se
por completo de tudo o que o ro-
«eia, quando as miserias socines
que para ali se ostentam lhe en-
chem-a alma de tedio,

Todos nós somos lançados nos
braços dessa ilustre dama que se
«chama sociedade pela. necessidade
imperiosa da sociabilidade.

Não precisavam os philosophos de,
ter gasto tanto tempo a demons-
Arar que o homem. nasceu para vi-
ver em sociedade.

O nosso pae Adão dispensava
os clabs e nunca foi, julgo eu, “És
matinees do Olympia; mas o pro-
gresso criou novas necessidades
-e nós hoje aborreceriamos Lisboa
se ela não estivesse crivada de thea-
tros e não hbonvesse ali, na baixa,
uma duzia de cafés.

À lueta pela vida, o interesse-em
ver e ser visto, o desejo de falar e
ouvir é o que nos arrasta pelas
auas d’esta linda cidade.

“Nós, os latinos, deixamo-nos fa-
<cilmente embrigar com a luz, por
– vezes mentirosa, do belo.

talvez por isso que não é di-
ficil a aclimatação áqueles que a
anão do destino transolantou dos
socalcos do Douro, dos campos
verdejantes do Minho ou das ter-
mus de Viriato para este jardim

“que o Pejo beija a toda a hora.

A necessidade de ouvir os co-
mentarios, tomando o pulso á cha-
mada opimão publica, torna-se

“maior “uma ocasião, como esta,
em que os jornaes afinam todos
pelo mesmo diapasão.

Arespeito de impetos guerreiros
o thermometro, longe de subir,
parece descer lentamente, não obs-
tante os nacos de prosa com que
alguns vão alimentando o fogo
sagrado.

Mas nem tudo o que se diz se
pode repetir em voz alta porque,
«como diz o sr. Alpoim no Janeiro,
eles não consentem.

(Quanto aos acontecimentos de:
vintede outubro correm por ahi
tantas versões que impossivel seria
xeproduzil-as nas colunas aperta-
“das do nosso semanario.

* Quando os tribunaes tiverem
pronunciado o sen veredictum será
então oceusião oportuna de falar
largamente sobre o assumpto por-
que,e isto é natural, nem todos
veem pelo mesmo prisma um
determinado objecto.

Pa Sertorio

 

Dr. Bartolo

Com a classificação de 2 M. B.
e 3 B. fez o concurso, para conser-
vador do registo predial, o nosso
presado amigo sr. dr. José da Sil-,
va Bartolo.

 

As nossas felicitações.

 

“VOZ DA

Secção literaria

NOTAS À LAPIS y
«Qual é a esposa fito
Sanz» Vicior:

“Esposa ideal é aquela que, a
par dama fina educação, possue
uma alma onde germina a bondade
e floresce a dedicação. Eu deseja-
ria encontrar uma esposa que alias-

“se a estes dotes inteligencia bastan-

te para saber educar os filhos nos
sãos pricipios da moral christã.

Um conservador

Sr. Victor

Eu sou dos que afirmam que
a esposa ideal é mera phantansia
que se desfaz á mais simples obser-
vação d’esta vida de mentiras, onde
todos procuram enganar-se mutua-
mente.

Castelo Branco
Magalhães

Victor:

cá sahida do ultimo. numero
sem uma unica opinião sobre a es-
posa ideal, não se tendo encerrado
ainda o plebiscito, deu motivo a
que algumas leitoras mais curiosas
pelo desapontamento em que fica-
ram, sarcasticamente nos intitulas-
sem de mandriões etc, etc.

“Ora não sucederá o mesmo d’ºes-
ta vez para o que envio o meu ide-
al com que podem satisfazer-se,
ainda que não é dos mais sympa-
thicos. 4

Contudo eilo: não phantasio
ideaes sobre a esposa, porque m’isso
não vejo senão chimericos produ-
ctos da nossa sonhadora imagina-
cão, a que nunca corresponde a rea-
lidade pratica.

Para que, pois, o sonhar tanto?

Assim o meu deal, assente
n’um pouco de prosaismo, consiste
em que: seráa melhor, a esposa que
(áparte o realce dos dótes phisicos)
addicione a um dedicado e verda-
deiro amôr as qualidadee indispen-
saveis de um bom coração e a encr-
gica capacidade de uma invejavel
dona de casa.

Quão feliz serei se tal alcançar!
* Serei muito exigente? Talvez, e
PRESA ÁUÃO, Isto Junto É rarospoder
encontrar-se.

Desculpe a desprimorada, mas
razoavel opinião de um prosaico.

Sernache 28-10-914

É Neves

NR. Esta carta devia ter sido
publicada no nosso ultimo numero
e não o foi porque só a recebemos
no dia trinta, quando já o nosso
jornal. estava paginado. Ao sem
auctor pedimos desculpa deste
atrazo involuntario. ;

Doca
&ospital da Gertã.
Movimento do mez de outubro

BABI 0a 0,00 o ne
Entraram:……….

Total, a
Saitami……

Existencia ….
Serviço de banco
Foi frequentado por 3 doentes

que receberam
14 dias. i

el a Sm

 

socorros durante !

BEliA

Carta de Coimbra

a Madmoiselle X.

Nas cartas que ora começo de lhe es-
crever, é já ha tempos prometlidas, eu
tratarei de lhe desenrolar toda uma se-
rie de emolividades varias que, cu sei
bem, não ser compreendidas pela sua
alma sensibilisada de artista. Qual seja
O assunto d’elas decerto a minha amiga
sabe já. Falar-lle-ei de Coimbra envol-
ta no manto de poesia e lenda que a
imaginação dos poelas tem cantado; hei
de ferir no seu espirito delicado de so-
nhadora notas coloridas de ilusão e len-
da, e hei de bastas vezes descer até
junto à realidade aonde se desfaz toda
uma vida de chimeras filigramada por
sonhos d’amor á

Ab! a realidade! como ela se nos
apresenta em toda a sua nudez forte
da verdade. Aqui eu hei de ser talvez
um pouco sarcastico sem deixar de ser
verdadeiro.

Eu amo, como a minha amiga ama, a
poesia, mas sómente eu a compreendo
no campo em que ela deve ser melhor
compreendida — o campo subjectivo: —
as emoções do poeta trasladadas do seu
eu para O exterior que o emotiva, e, a
minha querida amiga bem o sabe, isso
é nuvem que o vento leva, é neve que
o sol desfaz.

Muito embora pois eu n’outra carta
lhe pinte este quadro, ou narre aquela
cena esbatendo-os com um colorido de-
masiado, a minha boa amiga saber-lhe-
ha compreender o sentido, visto Ler cer-
tamente o sentimento das porporções.

Depois, verá, eu hei de algumas ve-
zes escrever-lhe d’uma maneira muito
clara sobretudo naquelas cartas em
que, como retalhos, lhe hei de descre-
ver as notas impressionantes da sema-
na, e, se n’esta ou n’aquela eu fôr um
poucochinho ironico a minha boa amiga
não se admire, porque eu gosto de rir.
Sujeito-me a que se riam de mim mas
não não me importo, antes venho justi-
ficar o aforismo de amar e padecer.
Isto, bem entendido, para aquelas crea-
luras que me não conhecerem porque
para a minha querida amiga que me co-
nhece bem e teve já bastante lempo de
avaliar de Loda a minha psicologia, sa-
bendo que a par d’uma afectividade
grande existe dentro em mim um outro
temperamento. o caso d’uma ironia não
fara reparo. Verá ser um producto na-
tural e (ele é bem verdade) harmonisa-
do bastas vezes com necessidades de
momento. Sendo assim, dando-se em
mim o desdobramento da psicologia em
duas partes, uma doentia e outra sã,
não se admire se eu me desviar d’esta
trajectoria para seguir aquela; mas acre-
dite sempre obdecer esse desvio a uma
das partes da minha maneira de ser.
Decerto que a minha amiga compreen-
de qual seja o producto d’uma e qual
seja o producto d’outra e seriamelindrar
a sua susceptibilidade de cretura infeli-
Retina dO Assad Umeu programa só
lhe peço uma coisa:—é que me releve
a falta se o não cumprir o que prometo
não fazer.

E, depois a minha amiga póde até
dar-me assunto para algumas cartas.
Ao menos falando-me do passado. Como
eu tenho saudades dele!

Lembra-se. da tarde, em que juntos
passcavamos na estrada? Bra d’aquelas
tardes em que o sol afoga em sangue
nuvens encasteladas no poente. Eu lia-
lhe as Mentiras de Bourget e a minha
querida amiga ria da ingenuidade de
Renato descunhecendo a sociedade.

creve e como Renato a ignora.
Adeus minha querida amiga e creia-
me sempre
seu mt.º dedicado

Tgnotus

Um combatente de 104 anos

Ipformam as gazetas que no exer-
eito russo combate um soldado de
104 anos!

t Sea noticia é verdadeira, o ve-
| lhute vestiu a pele do demo!

 

Ob! a sociedade! como Bourget a des-

 

AGENDA

Foi nomeado definitivament:
professor da escola da freguesia do

 

Castelo, o nosso assinante sr. Josó

Antonio Fiel. « =
— Saiu para Lisboa o nosso as-
sinante sr. Joaquim Pestana dos
Santos, , e
— Em serviço escolar esteve em
Vila de Rei o sr. Joaquim Tomaz,
digno inspector d’este circulo.

—Foi classificado em 4.º Jogar
para a nomeação de agente agri-
cola, o nosso assinante sr. Luiz A.
Cardoso Guedes,

— Completamente restabelecido
tivemos o gosto de ver na Certã o
nosso amigo e assinante sr. Ciria-
co Santos.

—”Pivemos o gosto de ver na
Certã, o nosso assinante sr. dr.
Custodio Martins de Paiva.

— De Figueira da Foz, onde es-
teve a passar a estação balnear,
regressou a Lisboa o nosso preza-
do assinante sr. Panlo Henriques
Serra.

— E’ esperado ámanhã com sua
familia, o nosso amigo sr. Carlos
Augusto d’Ascenção, digno chefe
de distrito da Companhia dos Ta-
bacos.

Este nosso amigo vem fixar ‘a
sua residencia nesta vila com o
que muito folzamos.

—De passagem para Sernachg
do Bomjardim esteve na Ceitã o
nosso dedicado amigo sr. conego
Augusto Maria Romão, d’Oleiros.

— Para Proença a Nova, passou
n’esta vila a familia do nosso assi-
nante sr. José Ventura dos Santos.

— Durante a semana tivemos o
gosto de ver na Certã os nossos
presados assinantes srs, padre Jo-
sé Dias Junior, padre Antonio Fer-
nandes da Silva Martins, Inacio
Fernandes, Francisco Alves dos
Santos, José (Gonçalves Rei, Mon-
senhor José Maria Ferreira, Anto-
mio Dias Barata Salgueiro, padre
João da Cruz Prata, José Rodri-
gues Corrêa e Antonio da Costa
Mouga.

Delivrance

—Deu á luz uma creança do
sexo masculino, com muita felici-
dade, a sr? D. Fernanda de Cam-
pos Dias, esposa do nosso dedica-
do colaborador sr. Luiz da Silva

Dias: soa
“Com bastante felicidade deu

á luz uma creança do sexo feminis
no a esposa do nosso prezado assi-
nante sr. Pedro Fernandes, do Ou-
teiro.
Aniversarios:

Fizeram anos:

No dia 31 do ontubro o menino
Orlando Marinha Lucas.

—No dia 5 do corrente a gr.*
D. Maria Julia David Leitão.

—Hontem a menina Maria Lui-
za Carvalho Tavares.

— A’manhã a menina Judit Ma-
rinha Guimarães.

Parabens. : :

— Esteve na Certão sr. Anto-
nio Rodrigues Barata, comercian-
te na capital.

MUS ICA |
José Queiroz, su:

musica,

3 pianno,
rebeca ou qualquer outro instrumento
de corda.

Preços convidativos

 

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G-11-DIL

 

ia DÁ DuIA

 

Oito dias no Cabepudo
(Continuação)

A serra do Cabril, d’onde sego-
sa uma vista esplendida, bem co-
mo a Senhora da Confiança, hon-
ram as tradições do bello e do pit-
toresco d’este paiz previligiado.
Com razão confirmei impressões
que me referiram lá d’alguns via-
Jantes agradavelmente surprehen-
didos. A Suissa não ficaria enver-
gonhada se pudessem incluir nas
suas originalissimas paisagens a
serra do Cabril com o panorama
que elle offerece. Nem em algumas
das suas paisagens que eu visitei,
nem em outras de mais alguns pai-
zes, o portuguez conhecedor das
bellezas do seu paiz, tem muito de
que se surprehender. Portugal está
inferior, em civilisação, em requin-
tes d’artes, de luxo e de comodida-
des, a todos os paizes da Europa
civilisada; mas, em bellezas natu-
raes com todos elles póde compe-
tir. Por certo que à Formiga e a
carbonaria não poderão dar cabo
da serra do Cabril, nem de logares
similhantes. Mas, sobre tal assum-
“pto, a culpa é já revelha e collec-
tiva. Parece incrivel que tantos
vereadores, “politicos, ministro s,te-
nham viajado no estrangeiro e não
“deem em Portngal impulso indis-
pensavel pára o elevarem á altura,
das commodidades e do aprovei-
tamento cuidadoso das bellezas na-
turãés que lá fóra admiraram. Em
recantos de certas -provincias por-
fuguezas vive-se ainda com no se-
culo XV! >

Visto o alto onde assenta a egre-
ja da Senhora da Confiança, logar
muito frequentado em romarias
populares, ea serra do Cabril,
almoçamos em casa do sr, padre
Antonio Fernandes Martins da Sil-
va, O alegre vaticinio do padre
Prata teve condigna realisação no
familiar e generoso acolhimento
do collega padre Fernandes. Em
pouco tempo fôra improvisado
um almoço excellente que o pas-
seio dado n’aquellas alturas oxy-
genadas tornou singularmente ap-
pettitoso, Não sendo nada gas-
tronono, confesso que, n’essa
oceasião teria dado ao padre Fer-
nundes uma commenda pelo seu
Almoço; se tal perosutiva me com
besse. Elle a merceva mais por
esse benemenito serviço d’ospitali-
dade do que muitos comendadores
que eu conheço.

Pelo decurso de 22 annos foi
professor em Sernache do Bom-
Jardim o padre Fernandes. E” es-
eusado dizer que tem quinta é que
alh vive n’um socego parasidiaco,
n’aquella tranquilla bondade, que
transparece no seu semblante e
parece ser o seu caracteristico.
Quando o saudei pelo sem cofre
forte, que fôra de Sermache, se
bem me recordo, sorriu-se e con-
cordou que havia alli dinheiro, ha-
via. E” o primero possuidor de
cofre forte a quem oiço tão espon-
tanea declaração!

O sr. bispo de Portalegre hos-
pedava-se na sua casa,

Merece bem descançar agora
quem, durante tantos annos, tra-

“Palhou na instrucção e educação

dos nosssos missionarios.
(Continua) ER

“Ps: João Vacondeus

 

CURSO ROCTURRO

Por despacho ministerial de 5 do cor-
rente foi creado nesta vila um curso
nocturno movel para adultos, sob a re-
gencia do. professor oficial sr, Tomás
Florentino Namorado. Este curso funcio-
nará em todos os dias uteis n’uma das
salas da escola Conde de Ferreira, às
19 horas. :

 

O crime da Varzea

Depois de quatro dias de audi-
encia terminou no sabado ultimo o
julgamento dos reus Manoel Mar-
tins e Carlos da Silva Brizio, indi-
gitados autores do crime de homi-
cidio praticado na pessoa de João
Antonio, na rua principal da Var-
zea, no dia 5 de fevereiro de 1913.

Constituido o tribunal, foi dada
a palavra sucessivamente ao mere-
tissimo Agente do Ministerio Pu-
blico, dr. Francisco Nunes Correia,
ao advogado do reu Martins, sr.
dr. Bernardo de Matos e ao advo-
gado do reu Carlos da Silva Bri-
zo, sr. dr. Abilio Marçal. Todos os
oradores se houveram á altura
dos seus creditos, dissertando cada
um, com bastante proficiencia
conforme os interesses que repre-
sentavam sobre as circunstancias
do crime. Ditados pelo meretis-
simo juiz-presidente, sr. dr. Fer-
nando Mattozo, os quezitos com
referencia a cada reu, recolheu
o jury ao respectivo gabinete, on-
de em conferencias se demorou
aproximadamente tres horas, de-
pois do que, voltando á sala da
audiendia sob a presidencia do
sr. José David da Silva, deu o cri-
me por provado, com modificações
ao quesito, com referencia ao reu
Martins e como não provado com
referencia ao reu Brizio.

Por esta razão o meretissimo
Juiz lavrou a sentença, que conde-
nou o Manoel Martins a dois anos
de prisão maior celular ou em al-
ternativa a 3 anos em possessão

de 1.º classe, absolvendo o. Brizio.

Correspondencias

Proença a Nova, &-— Cha-
mamos a atenção de quem competir pa-
ra o estado lastimoso em que se encon-

tra à alameda da Senhora tas Neves.
depois da demolição da capela que ali
existia, 7

Os srs. arrematantes entenderam que
só deviam tirar o que lhes podia render
algum dinheiro, não se importando ab-
solulamente nada com O resto.

Pois meus amigos, quem lhe comeu
a carne, que lhe coma os ossos, diz o
povo na sua linguagem rude, mas que
muilas vezes não deixa de ter razão.

—Foi nomeado Thesouteiro da Pazen-
da Publica d’este concelho, o sr. Braulio
da Costa Monteiro,

Boas vindas.

—A consultar o habil facultativo des-
ta vila, o nosso particular amigo sr, dr.
José Pinto da Silva Faia, esteve nesta
vila a sr.º D. Maria Alves Ferreira, de
Pedrogam Pequeno, acompanhada de
seus sobrinhos, os srs. D. Maria Silve-
ria A. Santos e Antonio Alves dos San-
tos e o sr. padre Francisco Marques de
Matos.

—bDe visita a sua familia encontra-se
n’esta localidade a sr. D. Carolina de
Jesus Ribeiro, de Alvaro.

— Chegou a esta vila a sr.* Maria Fa-
rinha Tavares,

“—Para Lisboa, retira no sabado, o

 

| nosso amigo sr. Joaquim Pereira Dama-

sio e sua ex.Ӽ esposa. Desejamos-lhes
muito boa viagem.

—Pava Campo Maior, sae brevemente
o sr. Luiz Cardoso Tavares, que hu tem-
po se encontrava nesta vila.

 

—-A continuar os seus estudos, retira,
brevemente, para Lisboa, o nosso ami-
zo Sr. Bliis Dias Cravo, inteligente es-
tudante.

— Encontra-se um pouco peior dos
seus padecimentos a sr. D. Ita Maria
Adelaide da Silva Tavares, esposa do
nosso amigo sr. Simão Lopes Tavares,
acreditado comerciante desta praça.

—P’ prometedora a colheita do azeite.

(L.)

Sanº’ Anna &.—lRealisou-se no
dia Z a lrasladação dos ossos, do antigo
cemiterio para o novo.

De manhã houve no cemiterio duas
missas e às 11 horas começou o ofício
solemne na Egreja com a assistencia de
sete eclesiasticos, seguindo-se-lhe a mis-
sa. –

Pregou o rev. parocho, que na pre-
sença do esquife onde se continham os
restos mortaes da ultima geração ida
desta freguezia, soube aproveitar O as-
sumpto e a ocasião, por forma a como-
ver ás lagrimas o atento auditorio.

Terminou à cerimonia pelo cortejo
funebre conduzindo ao novo cemilterio
os despojos confusos da morte.

Incorporaram-se no ato as irmanda-
des do Santissimo e das Almas e bas-
tante concurso de povo da Ireguezia e
de fóra.

Por obsequio compareceu a Fhilar-
monica Patriota, da Gertã, que durante
O trajecto tocou algumas marchas fune-
bres, (6.)

 

Vila de Rei, 3-Sabem os
nossos leitores que a conclusão da pon-
te sobre o Codes nos ligou com os visi-
nhos concelhos de Sardoal e Abrantes e
que a estação de caminho de ferro mais
proxima desta vila é a de, Alferrarede,
por via da qual recebemos todo o cor-
reio de fóra do concelho. As vias de
communicação anteriores eram pessimas
porque, alem de alguns kilometros de
mau caminho, havia a ribeira do
Codes que não permitia a passagem
quando levasse pouco mais de uma car-
rada de agua, por ser estreito o seu
leito. Recebiamos o correio no dia se-
guinte ou no outro. por via de regra
sem saber se a condução de malas era
feita a pé ou a cavalo, e hoje estamos
tão bem servidos como antes da estrada
e da ponte.

O correio saia d’esta vila às duas ho-
ras da tarde para sair de Sardoal para
Alerrarede às 8 da noite, e hoje sae
daqui ás 14 para sair d’ahi ás 20 horas,
o que é a mesma coisa.

Não ha actualmente necessidade algu-
ma do correio sair antes das 4 horas
da tarde, porque para Sardoal não se
gastam mais de 3 horas, eo facto de
estarmos bem servidos de vias de co-
municação exige um outro meio de con-
dução de malas. Com isso tinham todos
a lucrar.

E afinal talvez as coisas estejam bem
assim, porque o contrato de condução

de malas é anterior à boa via de comn-
nicação é à madilicação que apontamos

só póde fazer-se em novo contrato. Mas
vamos a ele que não faltarão concor-
rentes. +

«+ :

Repararam que dissemos que todo o
correio de fóra do concelho nos vem
por Alferrarede? Pois é assim mesmo.

Ainda não ha muito havia uma mala
directa entre esta e a vila da Certa, sé-
de da comarca, que acabou por não ha-
ver correspondencia, segundo nos infor-
mam. Podemos afirmar que esta razão
não é verdadeira. Só a correspondencia
oficial: judicial e de finanças exigiam ou
pelo menos juslificavam à existencia de
tal mala, Essa falta implica, um atrazo
de correspondencia de dois ou mais dias,
quando ha normalidade nos serviços,
porque não havendo tempo na ambulan-
cia do caminho de ferro para fazer o
apárte de correspondencia esta segue
para Lisboa e d’ahi só vem no dia se-
guinte ou no outro.

Ao sr. director dos correios do dis-
tricto pedimos providencias. –

— Regressaram a esta vila o sr. José
Rodrigues de Matos e Silva, suas virluo-
sas esposa, filha é gentil pupila.

—Em serviço de inspeção à secrela-
ria € tesouraria de finanças d’este con
celho estiveram aqui os srs. inspecto-
ves de finanças dos impostos e o nosso
simpatico amigo sr. Artur Silva, inleli-
gonte secretario de finanças no Salugal,

+

 

tendo encontrado tudo na meihor ordena,
—Vamhem aqui esteve em serviço de

inspeção do posto da Guarda Rey ullica-

na o alferes da secção da mesma Guar-

a vila sr. Joaquim Vasco.

-Faz anos no dia 7 do corrente o

Alvaro dos Santos, digno oficial do

ste concelho. Muito bora

to e parabens.

istiveram ligeiramente enfermos

 

fo sr. Joaquim Martins Rolo e sua gentil

filha.

—Ha dias que está doente a sr* D.
Amelia Nunes Tavares, esposa do sr.
Manoel da Silva Junior, industrial muito
acreditado n’esla vila.

— Tomou posse e esteve em exercicio
a professora da escola mixta da Boafa-
rinha, a sr.” D. Ana Rosa Mendes.

—Reuniram-se no domingo, na casa
da escola do sexo-mazenlino, lodos os
professores e professoras deste conce
lho sob a presidencia do digno inspecror
sr. Joaquim Tomaz.

—Sahiu para o Porto com a sua gen-
til filha, o sr. Luiz Antonio de Moraes

(A)

 

Secção de anuncios

É VENDEM-SE foros
Fóros q cas RELVAS.
Tratar com o solieitodor encarta-

do Fructnoso Pires— CERTA

ANNUNCIO

1.º publicação
ELO Juizo de Direito da
comarca da Certã e cartorio
do escrivão que este subs-

 

 

creve, pendem uns autos
de arrecadação de herança jacente,
por falecimento de José Martins
Caroço, residente que foi n’esta
vila e comarca da Certã, em que
é requerente o Ministerio Publico;
e nos mesmos autos correm editos
de trinta dias a contar da segunda
publicação do respectivo annuncio
na folha official, citando todos os
herdeiros incertos do mesmo José
Martins Caroço, para na segunda
audiencia que será contada findos
que sejam cinco dias depois do
prazo dos éditos, deduzirem a sua
habilitação querendo. As audien-
cias n’este Juizo, fazem-se no tri-
bunal judicial, sito no largo do
Municipio,, por dez horas da man-
hã, em todas as segundas e quin-
tas feiras, não sendo dias feriados
porque, sendo-o, se fazem nos dias
immediatos.

Certa, 24 outubro de 1014
a paetisas

Adrião Moraes David

Verifiquei a exactidão:
O Juiz de Direito, = Mattozo

ANUNCIO

L.* publicação

PELO Juizo de Direito da co-
marca da Certã e cartorio do 4.º
oficio, nos autos de inventario. or-
fanologico a quo se procede por
falecimento de Adelino da Silva
Lemos, morador que foi no logar
do Fojo do Pampilhal, freguezia
de Sernache do Bomjardim, e no
qual é inventariante a sua viuva
Custodia da Conceição Lemos, re-
sidente n’aquele mesmo logar, cor-
rem editos de trinta dias, a contar
da segunda e ultima publicação
d’este anuncio no «Diario do Go-
verno», citando o credor José Ma-
ria do Pateo, de Torres Novas,
para assistir a todos es termos
do referido inventario até finul

Certã, 2 de novembro de 1914,

O escrivão,
Adrião Moraes David
Verifiquei a exactidão

 

O Juiz de Direito —Matozo

@@@ 1 @@@

 

“Aguada Foz da Certã

“A Agua -minero-medicinal dr Foz ‘

– da “Certã apresenta «uma “composição
chimica que-a dislingue-de todas as+ou-
“tas até hoje usadas na therapeutica,

‘E-empregada com segura “vantagem |’

ma -Diabetes— Dyspepsias—Catar ros |
-gastricos, putridos ou parasitarios;—

mas «preversões , digestivas derivadas |
isdasrdoencas infecciosas;—na «tonvales-

-censa ‘das febres praves;—nas atonias:

– gastri icas dos-diabéticos, tuberculosos, | S

sbrighticos, etc:,-—no gastricismo dos
«exgotados; pelos excessoson privações, | (8)
-elc., ele.

Mostra: a analyse. batereologica * “que a

-Agua-da Foz da Certã, tal como se:

«encontra nas garrafas, deve ser consi-
” derada-cômo microbicamente
pura não «contendo -colibaci» |
tIo, nem nenhuma das especies patho-
-geneas que podem existir em aguas,
Alem d’isso, -gosa-de “uma «certa accão
micróbicida. “O 33. Thyphico,
Diphterico, e Vibrão
cholerico, em pouco tempo nella
perdem todos a sua vitalidade, outros
micróbios -apresentam porém resistencia
maior.
“A Agua da ‘Foz da Certã não tem’ga-

zes livres, é limpida, de saborlevemen- |.

a “te-acido, muito agradavel quer “bebida
Ra paes a “pura, quer misturada: com «vinho.

“DEPOSITO “GERAL

“RUA DOS FANQUEIROS, 84, L.º
“TEGEPHONE 2168 –

Bedro Esteves .
ATFAIATE
a y “Patos para homens ‘e rapazes
à em todos-os generos
Rreços Modicos
“Praça da Republica— CER TÁ

 

 

|Fructuoso Pires .

‘Solicitador encartado
Rua Dr.-Santos Valente

 

—=CERTÃ=

 

E | SEARA Axo

com a maxima prompti-
dão e ligeireza se execu-

tam todos os trabalhos da arte
Rua Candido dos Reis — CERTÃ

E

CHALET

 

mpende-se um acabado «de cons-
: ‘truirmo Bairro de Santo An-

tonio, com todas as condicções hy-
“gienicas, quintal que se presta pa-
ra jardim, terra -de cultura e um
poço-em exploração «de agua.

Garage

CABV ANEXO: & CORRETA

AUTO-CERTÁ

“ PE

 

á ;
“CAutomoveis de aluguer. Reparações, vulcanisações em camaras
dºar e pneus. Oleos e gaqzolina.

TAM AA

“Avenida Baima de Bastos – CERTÃ

 

A

 

CASA COMMERCIAL

— DE—

MAXIMO PIRES FRANCO

*

 

e seda. Mercearia, ferragens, quinquilharias
Papelaria, chapeus, guarda-chuvas,
sombrinhas, cordas, tintas, elmento, cera
em velas e em grumo, tabacos, etc., etc.
AGENCIA DE DIVERSAS CASAS BANCARIAS
E DA COMPANHIA DE SEGUROS « PROBIDADE»

Completo sortido de fazendas de algodão, lã linho

Faculta-se’o pagamento poden-

 

do ser de pronto ou a prestações. ‘
Tratar com-Carlos dos Santos,

nesta vila, ou «em Coimbra, na

Rua Sá da Bandeira n.º 7 a 13.

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Fabri ica de telha-tipo « Mar selhezan,
telhões, tijolo e pucaros para resma.
Preços modicos
Pedidos -ao fabricante

 

CRUZ do FUNDÃO—ÇCERTÃ

 

tdi os a
à Minerva Celinda É

Bis
RAMALHOSA « & VALENTE Ss

—a—

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E am
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Mm sistemas. Operações sem dor.

| Ro R. da Palma, 115, 2ºLisboa

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RUTO-GCALO

; ‘Gazolina, oleos, vazelina, ‘aces-

«sorios para bicicletes, tubagem pa-
ra canalisação para agua e aceti-

” Ê ; – Tene,
RO. , Montagens completas de aceti-
: lene.

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ANTONIO LOPES ROSA

—==SBRNACHR DO a

Adubos quimicos *

compostos ou simples |
Pio pedidos ás impor-:
tantes fabricas de Henry
Barcgofem & €.º, de Lisboa, ou ao

representante desta fabrica MA-
NOEL RODRIGUES

PEDROGAM GRANDE

Castanheiro do Japão

5 unicos que resistem “á doença
da filoxera são os castanheiro do
Japão com eguaes vantagens ao ba-
celo americano no caso “da doença

jo ” da mossa antiga videira. A” venda

na casa de
Manuel Rodrigues
Pedrogam Grande.

ce e s
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MA UINAS de costura, e

pf acessorios. Vendas a pronto
ea prestações. Pedidos ao corres-
pondente CANTONTO DA SIL-

VA LOURENÇO, com atelier de

alfaiate.

R. CANDIDO dos REIS — CERTÃ

Água ráz e outros pro-
dutos de resimagem. uno
preço do mercado vende todos os pro-
dutos de resinagem o fabricante MANO-
EL RODRIGUES

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Era R. Sá da Bandeira, 7-13 & o DE

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OO

8 Pons cora per=
o —COIMBRA-— É feição ‘todos «os trabalhos
9 matorizes de “construcção. Sa- Ea daria

& RUA CANDIDO DOS REIS

melhores marcas. Telha, grés,
ladrilhos, azulejos, ete., “etc. &
a Cal hidraulica. Fogões, cofres à Ba
| prova:de fogo “e -esquentadores (&
* em cobre. Canalisações-em ferro «q.
e em chumbo. Gazometros e
“candieiros. á
Fazem-se instalações deagua, gaz
**p electricidade . * –
—RES—

= CARPA—

 

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Smuçtuoso Adepay Pires