Voz da Beira nº26 04-07-1914

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da

DIRECTOR:

Dr. Antonio Victorino
– ADMINISTRADOR :

A. Pedro Re ufo ane

– RDITOR E, PROPRIETARIO ;

Fructuoso Pires

Redação e dEdminisiração:
“Bum Br. Santos Balente
CERTÃ

+ ASSIGNATURAS

Anno,. 15200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs.

Não se réstituem os originaes

a »

CERTA, 4 DE JULHO DE 1914

AVENÇA

 

SEMANARIO INDEPENDENTE
DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERTA

PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA MINERVA CELINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTÃ

ANNUNCIOS

Na 3.º e 42 paginas cada linha, 30 ré

Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar

 

EXPOSIÇÃO
PECUARIA

, f Z
Járaqui nos referimos a este as-
sumto por mais duma vez, € ago-
r2 que teve logar a ultima exposi-
ção não deixaremos. ainda de bor-
dar mais algumas considerações
que se nos antolham convenien-
tes.
– Não conhecemos o decreto que
criou estes concursos, nem tão pou-

co o regulamento, que. prescreve,

as suas condições, mas quer-nos
parecer que pretendendo-se dar
uma maior amplitude na criação
de gados, tanto importa pelo seu
desenvolvimento como pelo aper-

feiçoamento! das raças, apenas de-
veriam ser admittidos ao certamen
os criadores, como taes. Quando
assim falamos entendemos que se
deveria, averiguar da procedencia
do gado, se sim ou não vem di-
rectamente do curral-do criador’e
por este apresentado, excluindo in
limine tudo o que trouxesse ou in-
dicasse propriedade de poucos dias

exercida por compra ou troca. Com,

effeito de que valerá para: a sele-
são da raça o premio conferido ao
comprador que apenas negoceia

para satisfazer ás exigencias do

talho ou do mercado? Será querer
iludir torvamente o espirito da lei,

ma das melhore ifestaçõe
de Romeneo que “nos em dano é “g

novo regimen.

 

“Com paridade de razões se po-.

de argumentar contra, o uso. ou
antes abuso de admitir r na inscri-
ção cabras isoladas, que com quan-

tô tenham muitos requisitos favo-.

ráveis para uma seleção rigorosa,

todavia não são tidas por seus do=
nos a titulo de criadeiras, mas, tão,

sómente como Jeiteiras: gado | de

do servindo exclusivamente pa-”

xploração do leite. E! sabido
que de deba to deste ponto de vista
a maior parte dos donos nem as
sujeitam á cobrição,.só para maior
dilatação do periodo do leite.
“Deixar fazer a inscrição do ga-
do | “sem, anteceder uma inquiri-
são minuciosa sobre estes e outros

 

pontos, sobre que, deveria, ter reca- |

hido o proposito do legislador,
querer malbaratar importancias e
energias sem outro objectivo prati-

ca que não seja inutilisar o efeito.

 

que se teria em vista com tal medida.

A alguem ouvimos dizer que
este anno a apresentação de gado
fôra inferior á dos annos transa-
ctos, e perguntado o motivo ouvi-
mos razões bastantes ponderaveis
que assentam no que deixamos
dito.

Depois… .. além doutros moti-
vos o dia não é bem escolhido.
Quem vem para a feira vem para
tratar dos seus negocios e não pa-
ra se embaraçar com outros as-
sumptos que, estorvando-lhe a h-
geireza no caminho, lhe serve ainda
de encargo e demóra á realisação
doutras vidas.

Melhor fôra tranferir o dia para
para a ocasião dos mercados men-
saes. Nada perderia o comercio lo-
cal e muito lucraria a melhor apre-
ciação dos exemplares apresenta-
dos, decerto muito augmentados
em numero pela taaior facilidade
na sua condução e maior conve-
niencia de negocivs da mesma na-
tureza. ; E

Ainda outra consideração que
importa aqui repetir é a maior ex-
pansão a dar a esta exposição.

Não é só a raça caprina que
abunda na nossa região, pelo que

conviria alar; er 08 intuitos d’este
“concurso a olitras especies que e-

gualmente, ou mais ainda, interes-
| sam É nossa pecitaria, regional.
A raça bovina, pela importancia
“que-tem no nosso meio, ‘não só em
numero mas até em valor, tanto
em gado de trabalho como de éria-
ção, bem merecia que se lhe con-
sagrasse uma parcella de atenção,
criando-lhe ao menos dois premios:
‘um para a melhor junta de tração;
outro para a melhor junta de be-
aerros até dois ânnos, tendo em
conta o seu desenvolvimento e tra-
tamento. |. f
Que bello incentivo não seriam,
estes premios para os nossos lavra-
dores todos elles por tradição e,

?

por interesse consagrados a “este |.

negocio sempre tendento | a aug-
“mentar! v

À vaça ovina, talvez tão espa-:
lhada como a caprina sobretudo”

mas freguezias’ao sul do: concelho

 

“onde w feescura dos pastos lhe dá |

 

VALES DE CORREIO |

Tendo-se ultimamente agi alguns
casos de assinaturas falsas em vales de
correio, a Administração Geral dos Cor-
reios é Telegrafos previne o comercio
em geral de que só deve abonaras assi-
naturas de pessoas cuja identidade mui-
to bem reconheça, para se eximir à res-
ponsabilidade da indemnisação, se os
vales forem recebidos por pessoas dife-
rentes d’aquelas a quem são destinados.

— ee tm

Notas falsas

Estão aparecendo por toda a parte
muitas notas falsas. Dizem que são tão
perfeitas que dificilmente se distinguem
das verdadeiras.

São consideradas falsas as notas das
seguintes series:

De 55000 réis FS, de n.º 13:853 a
13:895, serie JO, de n.º 13:893.

De 103000, série S de n.º 13:800 a
135900 ‘

De 205000, série S J, de n.º 11:853
a 11:858.

De: 503000, série E S, de n.º* 11:875
a 13:914.

 

maiores garantias de aclimação
deveria por egualdade de razões
figurar n’um certamem desta na-
tureza.. E até mesmo à raça suina,
que apesar dos esforços feitos por
alguns particulares com a intro-
dução de reproductores novos, ain-
da hoje se conserva inferiormente
representada na qualidade, deve-
ria-ahi tambem ter o seu quinhão
de critica para que novos esforços.

conjugados na emulação do premio
a yenter, algançassem retundiz es-

ses velhos productos d’uma raça
abastardada, eliminado-os.
Vemos todos os annos nomeada

nova comissão, poucos nos impor-.

tando saber o criterio que preside
a essa escolha, mas não deixare-
mos de dizer que, existindo entre
nós uma Camara Agricola, com
cujo caracter bem condizem estes
assumptos, melhor fôra confiar-lhe
a execução d’esta exposição por-
que quando d’ahi: não proviessem
outros resultados praticos, serviria
ao menos e com muita justiça pa-
ra a fazer conhecida e dar-lhe
campo para a sua actividade quasi
atrophiada.

Assim pensamos, e porque não
temos outro objectivo. que não se-
ja lutar pelos interesses d’esta re-
gião que desejariamos ver bem co-
locada na escala do progresso,
aqui traduzimos o nosso pensa-
mento.

 

 

| Camara Municipal

Art.º 30 do Codigo Aministrativo

Os corpos administrativos são obriga-
dos a deliberar sobre os assuntos da
sua competencia dentro da prazo de 30
dias, contados da data em que lh’o re-
queiram quaesquer interessados, sob
pena dos respetivos membros respon-
derem solidariamente por perdas e da-
nos perante os tribunaes ordinarios.

Art.º 47 do citado codigo

As comissões executivas funcionam
permanentemente, e terão, pelo menos,
uma, sessão por semana.

Art.” 167 do citado codigo

Os membros das comissões executi-
vas das juntas geraes e nas Camaras
Municipaes que, sem motivo justifica-
do, não comparecerem a qualquer ses-

são, incorrerão na multade um escudo ,

por cada falta.
S unico do art.º 166

Se as faltas forem mais de dez, quer
seguidas, quer inlerpoladas, será a
multa agravada com pena de suspensão
dos direitos politicos por 2 anos.

Vae sem comentarios por hoje, màs
no entretanto se é ao merelissimo agen-.,

te do Ministerio Publico, como nos. pa-
rece, que compete tomar conhecimento
das disposições citadas, para elas cha-
mamos à sua particular atenção.

DADIVA

Pela snr.? D.: Elisa Julia de
Castro Ferreira, viuva do nosso

patrício snr. José Rieardo de Cas- –

tro Ferreira, foi enviada 4 meéza
da Mizericotdia d’esta villa, para

ser aplicada no Hospital de N. 8.
do Carmo, a quantia de cem
escudos, verba con. que-seu mari-
do anualmente contribuia para,

(esta casa de caridade, e que, em-,

bora não tenha ficado consignada
em testamento ou disposição d’ul-
tima vontade, quer s. ex.*em sua

memoria, continuar a contribuir pa- .

ra tão util estabelecimento com ella.
Revela s. ex.“ com o seu proce-
dimento, um magnanimo coração

‘e dotes de alma muito de apreciar

nos tempos que vão correndo, pelo
que julgamos de nosso dever aqui

dar-lhe publicidade, para que tão |

belo acto de caridade frutifique em
exemplos beneficos.

A meza da Mizericordia, resol-
veu comomerar o passamento d’a-
quelle nosso benemerito patricio,

distribuindo no dia do aniversario |

do seu falecimento, esmolas, pelos
pobres d’esta freguezia

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nha Pulqueria, eu não
irá parar; vai tudo a

-gura; ele go E
“sardinha… veja à
“queria, que até-a agua calis
“te da Boneca temos de ir bus
“4 Praça Velha; se m’outro tempo
se viu isto…

—’Tem razão vismha Estrudes,
“desde “que começaram a mandar |.
“estes pedreiros livres, veja a visi- |.

voz dá,

Campo de ciprestes

Faleceu em Pedrogam Pequeno,
d’este concelho, no passado do-
mingo, a sr.* D. Adelaide de No-
vaes Marinha, professora a posen-
tada da escola do sexo feminino
d’aquela vila e esposa do nosso
amigo e assinante sr. Joaquim Nu-
nes, A
A falecida acabava de chegar a
Pedrogam em automovel. com seu
marido e filhos, vindos de Coim-
bra, onde a mesma se encontrava
em tratamento.

O funeral realisou-se na segun-
da feira, encorporando-se no pres,
fito tudo que ha de mais seleto em

edrogam e muito povo dos loga-
res circunvisinhos, onde a falecida

 

nha o que por-ahi vai… A’parte |
“o sol ter mais brilho, e o povo ser
soberano, de resto, ‘digo-fre visi-
nha, que bolotas para as cuntatas
“esses mugarefes.

“— Oh! visinha, u “do povo ser
soberano, isso é Veja a vismha
“que a camara mudou a praça do
peixe e o povo não quiz… é não
“quiz. Lá está tudo como d’antes…
“o peixe no seu antigo posto e a
Camara no seu posto antigo. O
“peixe vae tendo rasgo, vae-se ven-
dendo, e a Camara… ninguem a
compra; lá está amarrada ao pe-
lourinho.

—Ela sempre foi uma, ó visi-
nha Estrudes! Mas sabe do que eu
mais me admiro é da falta de, ..

— Vergonha, quer a visinha Pul-
“queria dizer; diga, diga, não se
acanhe. Não ha por lá d’isso, A-
quilo é gente que se sugeita a tu-‘
do; a questão é de botar figura e
de mandar.

—O meu Gregorio A dias dis-
se-me que o Bragileiro que os ti-
nhá mandado… de presente ão
diabo. Em figuras tristes, só quan-
do não podesse deixar de ser. Ele
se assim foi, sempre lhe digo que
ninguem havia de dizer!…

—Ai visinha! está enganada;
olhe que o Brazileiro da Portela é
homem de cara direita; não quiz
emporcalhar-se:., .

— Adeus, visinha, adeus, Lá vem
já o meu Greporio para almoçar e
eu aqui a dar á taramela, Dê-me
aa ça que feche a janela por cau-

14 trovoada. Ale logos
Bom-Ouvido
E sp :

Gestividades

Com a devida pompa celebraram-se
no domingo passado as festividades do
Sagrado Coração de Jesus,em Sant’Anna
e a do Corpo de Deus no Cabeçudo.

Tanto n’uma como n’outra houve a so-
lemnidade da, primeira comunhão às
Crianças ambos os sexos e procissão.

Em SantAnga executou a parte inss
trumental da missa o rev.” padre Gui-
lherme Marinha que ao orgam acompa-
nhou a parte coral confiada aos rev
padres lzidro e Sequeira. Pregaram os
rey.” padres Serrano, de Palhaes e Tzi-
dro parocho, havendo-se ambos com a
proficiencia de sempre.

 

ra muito Estimada:

A toda a familia enlutada e em
| aos nossos amigos Joa-
es e padre Francisco de
arinha, marido e irmão da fa-
ecida, a Voz da Beira apresenta a
expressão sincera da sua condo-
lencia.

Ãos estragos de úma pneúmo-
nia, faleceu na ultima terça feira,
pelas 12 horas hotas o nosso as-
sinante e amigo sr. Manuel da
Cruz Prata, comerciante estabele-
cido no Cabeçudo d’este concelho.

Era unr incansavel trabalhador,
bem novo ainda, pois contava ape-
uas 47 annos.

Deixou viuva a snr* D. Maria
José, a quem, bem”como a seu ir-
mão, padre João da: Cruz Prata,
enviamos os nossos muito sentidos
pezames.

Faleceu a pequenina Fausta, fi-
Jha do nosso estimado companhei
ro de redacção, Fruntuoso A. Ge-
zar Pires.

Contava apenas 4 mezes de edade.

Abraçamos o nosso. amigo no
seu desgosto e d’aqui lhe enviamos
ea toda a familia a manifestação
do nosso pezar.

O

ERNESTO MARINHA

Fixou a sua residencia na apra-
zivel Quinta do Capitolio, subur-
bios E vila, o nosso assinante
e ami irresto Marinha ad:
voga! o n ee comarca, onde de
futuro recebe os seus elientes e
amigos,

— ep renas que
ORA BOLAS, 4

Estamos à’mais de meio do ano e’até
hoje a comissão executiva não se di-
gnou ainda dar começo a quaesquer das
obras aprovadas e deliberadas pela-Ca-
mara Municipal nas suas sessões de ja-
neiro e abril,

Esfalfâmo-nos por esses moites. e ou-
teiros acantar-lhes a competencia e as
faculdades de trabalho, para agora pas-
“Sarmos pot mentirosos,

Dra bolas…

4 é

Cirurgião dentista»

 

– No Cabeçudo foi orador o rev.” padre
Prata e José Francisco, tão bem conhe-
cidos do nosso publico pela sua eompes
tencia nas lides do pulpito ‘

Assistiu a philarmonica Patriota Cer-
taginense e grande coneprso de povo
de Sernache, Castelo e Certã,

Hoje deve chegar a esta vila o conhe-
cido cirurgião-dentista sr. Bernardino
Querreiro, que vem durante alguns me-

| zes estabelecer aqui o. seu consultorio.

Póde, quem quizer utilisar-sé dos seus

serviços, procura-lo na Farmacia Maga-
“lhães.

 

Diida

Belas escolas

 

Exames do 2.º grau

Os candidatos “ao exame do 2.º grau
que já tiverem certificado do 1.º são
dispensados da apresentação da cerli-
dão de edade.

A propina dê 1550 para os requeren-
tes que apresentarem atestado de po-
breza deve ser solicitada na repartição
de financas deste concelho e entregue
na inspecção escolar até ao dia 15 do
corrente.

Estão a pagamento, na Tesouraria da
Camara dêste concelho, os vencimentos
dos professores relativos go corrente
mês, o expediente do 2.º trimestre, as
rendas de casa e Os subsídios para ren-
da de casa do 1.º semestre.

= mia eia

Fogo aquatico

Assistimos ha dias a umas experien-
cias d’esta especie de fogo, confeciona-
do pas ofliciras do distincto pyrotechni-
co-shr. David Nunes e Silva, e felgamos
dizer que muito satisfizeram à todos os
assistentes, tal era o efleito deslum-
brante que produzia cada uma das va-
rias qualidades apresentadas.

Que os distinctos artistas, David eJo-
sé Nunes e Silva, não descurem este
ramo d’industria e nos vão dando sem-
pre novidades, que mais porão em rele-
vo os seus nomes já aureoleados por to-
dos o paiz, é o que muito desejamos,

“porque como certaginenses que somos,

teremos tambem. a nossa quota-parte
na sua gloria. =

Por noticias recebida de Thomar sou-
bemos que um dos numeros que maior
impressão causou no publico, por oca-
sião os festejos dos Taboleiros ali reá-
lisados ultimamente, foi o fogo deste
genero ali apresentado pelo nosso habil
pyrotechnico David Nunes e Silva e
queimado no rio Nabão junto do passeio
da Varzea Pequena.

Por está razão damos ao distincto
artista que faz honra à industria nacio-
nal os parabens que bem merece pelo
trabalho apresentado, desejando que os
aplausos colhidos lhe sirvam de incen-
livo para maiores iniciativas,

z

 

 

EXAMES DO 1.º GRAU

Sob a presidencia do snr. Joa-
quim Thomaz, digno inspector es-
colar deste circulo, começaram na
quinta feira nas escolas d’esta vil-
la, os exames do 1.º grau.

Pela professora do sexo feminino. fo-
tam apresentadas cinco meninas que fo-

tam classificadas ema sepuinto ordem:
“Ema Guimaraes -Mishnéta, Maria La:

rolina—Distincta. Maria do Ceu—Bom.
Maria Dfelia Pires—Bom: Laura de Jesus
—Sullciente, «

Da escola do sexo masculino foram
presentes nove alunos, assim classifica-
dos; Antonio. Cristovam—Distinto. João
Casimiro—otimo. Ivo Barata—Bom. Ar-
mando Campino—Bom. Joaqum Albino
—Suficiente. José Nunes Pedro—Sulli-
ciente; Angefico A. da Cunha Valente—
Suficiento,. José Firminio — Idem. José
Antunes. Paulo—Bom.

Felicitamos cotdealmente os profes-
sores srs. D. Conceição Batista, Tomaz
Namorado e’ Joaquim Pires de Moura,
pelo bom resultado colhido pelos seus
trabalhos.

4, de Carvalho

Afim de presidir á exposição
pecuaria que teve logar n’esta villa
no dia 29 de;junho, esteve na Cer-
tã tendo já regressado: a Castello
Branco, o snr. A. de Carvalho, in-

tendente de pecuaria do districto. –

 

AEPORTAGEM

Tivemos o prazer de abraçar na nos-
sa redacção o nosso prezado “amigo sr;
dr. José Francisco Tavares, distinto me-
dico do Corpo de Policia de Lisboa, Es-
te nosso amigo veio com sua esposa &
filho á Certã, de visita a sua familia.

—Retirou já para Lisboa o sr. Anto-
nio Rafael Batista, ;

—le visita a sua famila esteve na
Certã, com sua esposa, o sr. José Pires
Tavares, dos Vales.

— Tem estado na Certã o nosso assi-
nante sr. João Geirinhas.

—Para o Porto retirou já o sr. João
Moreira e sua esposa,

— Está na Cerlã o sr, O. de Carvalho,
inspector da companhia de seguros «A
Lutitana».

— Esteve na Certã o sr. José Alves
Cavalheiro.

—Como noticiamos, sairam de Lisboa
para Quelimane, os nossos assinantes
srs. Brnesto Leitão e Ernesto d’Araujo. –

—&’ esperado por estes dias nos Ra-
malhos o nosso assinante sr. Artonio
da Costa Lima.

— Está em Tomar o sr. José dos San-
tos Silva, nosso camarada de redacção.

— Durante à semana tivemos o-pra-
zer de ver n’esta vila os nossos preza-
dos assinantes srs. Joaquim Ribeiro de
Andrade, padre Antonio Bernardo, An-
tonio Farinha Lourenço, Antonio Vaz,
José Marques da Silva, padre Izidro Pa-
rinha, Firmino Lourenço da Silva, Anto-
tonio João, do Mosteiro, Joaquim Matias,
Verissimo da Silva, João Grisostomo, ur.
Gualdim de Queiroz” dr. Matos Silva, dr.
Silva Faia, Antonio Henriques Neves,
Antonio Manoel, Manoel Nunes, José Ma-
noel, do Fojo, João Nunes Tavares, Ma-
noel Henriques, Francisco Farinha Por-
tela, José Rodrigues da Silva,. Manoel
Fernandes Junior, padre Artur de Mou-
ra, Joaquim da Silva Ladeiras, Antonio
Pedro da Silva Junior, padre José Dias .
Junior, José Rodrigues de Paula, Daniel
Bernardo de Brito.

—De passagem para Oleiros estive-
ram na Certã, os meninos José Maria, |
filho do sr. João Martins da Silva, e Aca-
cio Francisco Cardoso, filho do sr. Al-
fredo Cardozo.

Fez anos: ,

No dia 29 de junho a menina Maria
de Lourdes Cezar Pires.

Faz anos: a

Amanhã a sr.” D. Virginia Marinha
Rodrigues.
Parabens.

 

LDO >
Voltamos à mesma

O tanque da Camara Municipal
perdão, da Companh ia Viação,

junto 4 fonte de Santo Antonio: lá
continua sem agua porque quen

quer aproxima uma pipae enche-a
duzias de vezes por dia.

E vamos v’isto. Já ninguem to-
ma a serio o codigo de posturas,
como não a toma à Camara Muni-
cipal e senãovidé mercado do peixe.

ESTANTE DA VOZ DA BEIRA

Recebemos a visita do nosso prezado
colega «A União» que se publica, em
Gaia, com quem gostosamente vamos
permutar.

“A Briosa?

Entrou no seu 5.º ano de existencia,
este nosso prezado colega quo se pu-
blica em Coimbra, a quer feliciiamos
por tal motivo.

“Papagaio Rea)”

Recobemos mais um numero d’esté
magnifico semanário. São sempre pagis
nes de subido valor artistico às do Pas

 

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Secção literaria

“ANFONIA

Vamos, Antonia, até ao campo. A tar-
de. desce lentamente.

O sol vai-se escondendo no poente e
os-camponezes recolhem ao lar. Erra
na atmosfera um perfume a balsamina
e trêvo. De entre as henvas os grilos
cantam. Vêr o sol de maio aloirou o
centeio e abriu a coróla das papoulas.
O vento brado ondeia à ceara. Os mer-

 

“Joscantam na espessura do arvoredo.

Toda a campina florida parece um. ta-
peto matizado de flores. Como ha-de
ser belo-tepousarmos na penumbra
d’um salgueiral, sobre a suave alfom-
bra dos campos.

Yamos, Antonia, quero engrinaldar-
teJa froúte de rosa e madresilva e con-
fessar- te ao som da brisa que, prepassa
enire as musas a BinÃo ardente do meu
amor. .

Ouve aquela fonte. Na sua voz mis-
teriosa, mal sabes lêr os intimos segre-
dos. Não te lembras, Antonia, d’aquele
dia balsamico de maio qe nos vimos
pela primeira vêz?

Já lá vão quasi dois mezes.

Naquele. ufmurio “monotono o sus-
surrar da fonte parecerá então dizer-
nos a espansiva elegria das nossas al-
mas. Já lá vão mezés!

Dois ainda não! Agora estuta bem,
Antonia. Nº aquele murmuúrio “plangente
ha uma canção nostálgica que só o meu

coração entende. Escuta-a: fallá do pas-
sado, talvez da tua candida infancia.

As avesinhas recolhem aos ninhos,
Desde manhã andaram procurando ali-
mento para os filhinhos ainda implu-

mes. Vêz aquelle ninho? E’ de pinlasil–

go. Todos os dias de manhásinha, o Le-
nho vindo vêr.

As avesinhas com que ternura e cui-
dado o entreteceram para agora os fi-
Jhinhos terem um suave aconchego on-
de posam crear-se e ganhar forças, pa-
ra voar.) -AS creanças já O avistaram.
Uma mais. travessa já subiu ao álamo
para 0 tirar;—crime infantil—mas ain-
da cheguei a tempo de o salvar.

;Repara Arrtonia: o sol expira: no oca-

– so. Não devetardar muito a lua cheia. |

Perto; no pinhal cantam as meigas rôlas
e gaios esvoaçam de pinheiro em pi-
nheiro. Vamos, Antonia, descançar um
póuco, ao campo.

Já vistes uma noite de maio enluara-
da, coberta de estrelas? Vamos, não de-
vê tardar a noite. Vamos acordar O ve-
lhó Anacreonte para contemplar o fes-
tim da natureza, Ouve-se de quando em
quando o lebreu ao longê a anunciar a
nóite. ra

“Mas, antes que anoiteça, vamos co
lendo rosas

ainda em a Parela a

ba ! CisÓ farsa
Be Ra ‘REINE ér Ilôres pa-

ra te cinguirsa fronte e quando sa lua
vier ver-te-ha aureolado de flóres, tal
como os antigos helenos nos pomposos
festins. .

Expira o sol. A agua do ribeiro refle-
te p crepusculo. Uma briza suave beija-
te a face alvissimas Pops

Dorme, reclina a. cabeça preta de:

azeviche no meu regaço. Dorme! As
estrelas surgem pouco a pouco na-am-
plidão por detraz da montanha, ao lon-
ge a lua começa a “surgir vermelha.
Dorme, “Antonia, tudo repouza. Tens
para “teu leito o meu regaço e, para ve-
lar-tê o sono, O canto dos rouxinoes.

( Sensivel

 

& João. e 8. Pedro,

Correram, ad estas. pontes, con-
sagradas pelo povo à memoria d’estes

saulos populares. Lembra-nos ter visto”

algumas armações de gosto, destacan-
do:se as das fontes de 8, Sebastião e do.
largo das Acacias.

y

 

 

TOZ-DA BHIS4

Soma e segue.

Mais uma vez deixou de reunir a co-
missão executiva da Camara Municipal.

Isto é d’eles e o art.” 57.º do Codigo
Administrativo é uma historia.

M
Feira

Realizou-se no dia 29 n’esta villa a
feira de S. Pedro que eorreu bastante
“animada de forasteiros é transações
comerriaes.

Amparo, “?—Realisa-se no pro-
ximo domingo nesta freguesia a festa
em louvor de Stº António.

Assiste a filarmonica d’essa vila, Pa-
triota Gertaginense.

—” esperado por estes dias nos Ra-
malhos, o nosso estimado e benemerito
patricio,sr. Antonio da Costa Lima.

— A escola d’esta freguezia tem ti-

 

| do uma frequencia enormissima, pois

regula à mediá diária por 60 alunos.

PELOS CONCELHOS

Proença a Nova, 3

Afim de procederem a uma vis-
toria, requerida na acção que. o
snr: Francisco Martins da Silva
Roda, move contra o snr. Joaquim
Martins Pereira, ambos d’esta vila,
estiveram aqui hontem.os srs. dr.
Fernando Matozo, Juiz de Direito,
dr. Nunes Correia, agente do Mi-
nisterio Publico, dr. Abilio Marçal,
advogado dos reus,Fiuctnoso Pires,
procurador do autor e Adrião Mo-
rães David, escrivão do processo,
além dos, peritos e respectivo offi-
cial.

 

— Já está n’esta vila o nosso amigo
Joaquim Marques, que havia saido a nzo
dé aguas termaes dos Cucos. €.

CORREIO

Dignaram-se pagar-nôs as suá assina-
Lurá Os nossos assinantes: Gremio Cer-
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nes Correia, José Antonio Muralha, D.
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jo, Antonio Vaz, D. Sara Cavalheiro, Jo-

+ 3,
e APS Há Sia sita Das
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ga, Antonio Martins dos Santos, Antonio.

Pedro da Silva, Club Progresso, padre
Elias Simões da Silva, “dr, Gualdim de
Queiroz, Izidoro de Paula Antunes, Jai-
me Raul da Silva, João Leitão, dr. Joa-
quim Correia Salgueiro, José. Farinha,
José Mendes Nunes da Silva, Julio Ser-
E Manuel Januario Leitão, Manoel dos
antos Antunes, Olimpio do Amaral, Ve-
xissimo da Silva, dr. Virgilo Nunes da
Silva, Albano Barreto, Alberto Carlos da
Rocha, Alfredo Tayaves,. Bernardino Se-
na Ribeiro, Carlos Martins, Francisco Jo-
sé Tavares, Joaquim Martins Pereira, Jo-
sé Alves Tavares, dr. José Pinto da Sil-
va Faia, Simão Luiz. da: Silva, Semião
Lopes Tavares,: “padrê: José. “Lourenço
Serrano e João Cristovam Gaspar,

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de cereijeira em diver.
sas larguras e comprimentos
vende-se, podendo o preten-

 

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| dente dirigir-e a Poão Rodrigues da Sil-|

va = Troviscal. E

e UR

AS

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ANUNCIO

(1º publicação)

Pelo Juizo de Direito d’esta co-
marca e cartorio do escrivão abai-
xo assignado, nos autos de inven-
tario orphanologico a que se pro-
cede por obito de Mathilde de Je-
sus Candeias, viuva, moradora
que foi no logar do Tojal, fregue-
zia do Cabeçudo d’esta mesma co-
marca, em que é inventariante o
filho Joaquim Martins, residente
no logar dos Falleiros, da mesma
freguesia, correm editos de trinta
dias’à contar da segunda e ultima
publicação deste anuncio no “Dia-
rio do Governo,” citando o coher-
deiro Pedro Martins, solteiro, au-
sente em parte incerta, para assis-
tir a todos os termos até final do
referido inventario, sem prejuizo
do seu andamento.

Para constar se passou o presen-
te. se A
Certã, 29 de junho de 1914.

O Escrivão do 2.º oficio

Francisco Pires de Moura

Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito,—Mattozo

ANUNCIO
2: publicação

Por este Juizo de Direito da Co-
marca da Certã e Cartorio do es-
crivão do 1.º oficio, correm seus
termos uns autos de inventario or-
phanologico por obito de Joaquina
de São José, residente, que foi no
logar do Casal da Magdalena, fre-
guesia de Sernache do Bomjardim,
d’esta Comarca, em que é inventa-
riante o seu viuvo Antonio Mendes,
residente no mesmo logar; e nos
mesmos autos correm editos de 30
dias, a contar da segunda e ulti-
ma publicação d’este anuncio no
Diario do Governo, citando o in-
teressado José Mendes, solteiro,

 

| maior, ausente em Lisboa, em par-

te incerta, para assistir a todos os
termos até final do mesmo inven-
tario,
O Escrivão ajudante do 1.º ofício,
José da Gloria Lopes Barata
Verifiquei a exatidão:
O Juiz de Direito—Matozo

Comarca da Certã 1.º pub.

+:º ORETCIO
No dia 12 do proximo julho, ás

12 horas, á porta do tribunal d’es–

te) Juizo, em virtude dos autos ci-
veis d’exeenção de sentença ‘que
Antonio Pedro da Silva Junior, de
Sernache do Bomjardim, move con-
tra Francisco Joaquim Martins e.
sua “mulher Francisca da Concei-
ção, proprietarios, da “Aldeia us
lha, volt am pela ruido vez á
praça por, metade da avaliação,
visto que na primeira não obtive-
ram lançador, | para serem agora
arrematados a quem maiores lan-
ços offerecer acima dos valores que
lhes vão designados, ós seguintes
bens:

1,0 direito a metade d’um o-
lival com testada de matto, pin-
nheiros e sobreiros, no. sitio, do
Mercador, limite do logar do mes-
mo nome, no valor de 1350:

2.º O direito a metade dum
predio rustico que se compõe de

 

 

 

 

terra de cultura com vinha, olivei-
ras, castanheiros e outras arvores,
situado no logar da Aldeia Velha,
novalor de 72850:

3.º O direito a metade d’um
predio rustico que se compõe d’um
olival e testada de matto, na Ri-
beira Sardeira, no valor de 2350;

4.º O direito a metade d’um oli-
val com testada de matto, no sitio
da Ribeira Sardeira, no valor de
12300;

5.º O direito a metade d’um oli-
val, testada de matto, pinheiros e
algnns sobreiros, na Ribeira Say-
deira, no valor de 50500;

6.º O direito a metade d’uma
terra de cultura com. oliveiras -e
uma pequena casa d’abitação, no
sitio da Senhora do Desterrd no
valor de 85300. E usofructuaria
vitalicia de todos estes predios,
Maria das Dôres Martins sendo
com proprietaria Maria das Dôres

| Martins, solteira, maior, do dito

logar.

Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para deduzirem os
seus direitos, querendo, no praso
legal.

Certã, 26 de junho de 1914.
E eu, Antonio Augusto Rodrigues,
o escrevi.
VERIFIQUEI:

O Juiz de O Direito— Matoço.

 

ANUNCIO
1. publicação

AZ saber que no dia deseno-

ve do proximo mez de julho,

por trese horas ú porta do
Tribunal Judicial d’esta co-
marca, em virtude dos autos de
execução para pagamento de con-
tribuição predial que a. Fazenda
Nacional move contra Antonio Sa-
pateiro, do logar e freguezia do
Cabeçudo, se ha de proceder á
venda é arrematação em hasta pu-
blica pelo maior preço que for of-
ferecido acima do valôr que lhe
vae designado, do predio seguinte:
Um casarão demolido. com um
pequeno quintal com uma laran-
geira; sito no Cimo do logar é fre-
guesia do Cabeçudo, no valor de

cento e erinta escudos e sessenta
penta voERE TO. Os. 130960

* São Pes quaequer credores.
incertos.
– Para constar se passou o prei
sente. q
Certa, 29 de junho de 1914
O Escrivão do 2.º Officio,
Francisco Pires de Moura
Verifiquei a exactidão
O Juiz de Direito—Mattozo

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Do Sindicato Agricola de Pernes, em

4 de novembro de 1913:
tao o temos O prazer de o informar que
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COMPOSTA, que V. nos vem fornecendo
de ha annos, tem satisfeito por comple-
to os nossos consocios que com ela
teem conseguido ótimos resultados, tan-
toem batata, como em milho
e hortas.

Mais o informamos que no ultimo for-
necimento do ano passado, conseguimos
os seguintes numeros, na analise feita
pela Estação Agronomica de Lisboa:
—Azote 3% — Acido fosforico 2,78 9/a

—Potassa 3,18 9/ de que temos boletim.

E, pois, uma PURGUEIRA recomenda-
vela todo o desejoso de seméar com
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O Secretario da Diréção,
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