Voz da Beira nº150 04-02-1917

@@@ 1 @@@

 

E vo/E Pires
“A misrianoR E EDITOR:

o edro Ramalhosa

Redação. edfdmisistração:
po oa Bt. untos Valente:
NÉ co! ss E RT A

As sin aturas

 

no 14200 réis; Semestre, 600 réis

a) Brazih Uirasos) 58000 rs. Avulso, 30 rs. 4

Eram i feto da Empreza da Voz da Beira

Hb 01

Raro será o espectaculo que su-
gestione e arrebate os espectado-
res como a exibição de feras.

“Por mim, declaro que esse es-
pectaculo me deixa impassivel, por-
que não me diverte muito. . . nem
pouco, e porque não creio na co-
ragem dos domadores. rt

“Quando vejo o homem entrar
na jaula é dominar, sómente com
O prestigio da. sua, pessoa, uma
duzia. de tigres e de leões, —pos-
santes, ferozes, temiveis, rugentes,
=principío por não admirar ‘6 ho-

e acabo por lhe dar menos
de trinta réis pela pele!… Em-
quanto o publico bate as palmas e
ruge, tambem, ébrio de goso, eu
aborreço-me “solenemente e não
me divirto, .. Este genero de co-
moções nunca me entusiasmaram,
nas duas vezes que presenciei tais
espectaculos, durante a minha vida.

Compreendo que, cêdo ou tarde
o domador será carne de leão
ou de tigre… ou de leopardo,
Efetivamente, desde que um só dos
bichos, em dia de mau humor, de-
libere sacudir, num movimento da
sua: ferêza ingenita, o jugo que o
domina… que não é nad, to-
dos os outros tigres, leões ou pan-
teras, lhe PRI o respeito e lhe

caí pão, tinctivamente em cima!
U) y Y MOIvEnO ci que O do-

mador | paga, detepente, tido quan-
to abusou durante meses, durante’
anos, da cobardia ou aa indolen-
cia das féras!

Sempre que se fala neste assun-
to, lembra me logo. aquela conhe-
cida anedota, «do inglês,—sabem ?

– Era um inglês que, acompanha-
va, sempre, Certo domador de fe-
ras, para todas as terras que este
per Corria com a sua bicharada.

O domador, vendo nele um admi-
rador entusjasta, perguntou-lhe um
dia, envaidecido, seadmirava mui-

to”o seú trabalho. Ao que o bom,

do inglês respondeu friamente:
Não anda admirar trabalho vome:
cê; mim anda a vêr quando” vome-
cê sêr comida!

Os domadores é ic nunca jul-
gam ser’comidos.

A sua coragem é feita da con-
fiança que: tem nos bichos, que
se habituam a vêr não como féras
com garras e dentes, mas como
inofensivos borregos. É uma falsa
coragem e uma falsa confiança. .

E” por isso que não creio na co-

SEMANARIO INDEPENDENTE peitos aa Ê

DEFEZA DOS INTERESSES

u COMARÇA DA CER.

ORGULHO ALEMÃO

ragem dos domadores. A obedien-
cia dos leões e das panteras pro-
vem d’um equivoco, e a confiança
do domador não é mais do que ous
tro equivoco.

E, no meio destes dois equivo-
cos, quem tem razão é o inglês da
anedota: mais dia menos dia, .-
era uma vez um domador!

De todos os domadoôres, não há
nenhum que ande mais exposto a
ser devorado que o domador da
Jéra humana.

O homem é o bicho mais Bravia
e menos generoso… ‘

A descoberta não é é minha. o

E” assim que, não ha domador
que ande tão Eça Hi como o
onipotente.

Não ha nenhum que não caia,
ou cêdo ou tarde,

“Tudo, está em que um só dos

bichos homens delibére: sacudir,

num movimento da sua fereza in=
genita, o jugo que o domina! To-
da a bicharia,— incluso o mais in-
significante bicho -careta, — se
atirará bravamente ao dominador
até que o esfacele !

Os proprios validos aqueles mes-
mos que davam, com a sua apro-
vação Sapseryiedte: força e incita-
mento. ao omnipotente, e lhe

aplaudiam. as vivacidades e as ex-
travagancias, são OS primeiros à

apertar o laço que o estrângula,
tão depressa o veem seguro, caido
por terra!

Tal. é um dos incônvanientes
dessa especie de delirio /domina-
dor, que acomete os grandes se-
nhores., :

A força, e o mando, pelo uso
imoderado que se faz deles, gas-
tam-se, tambem, desaparecem dum
momento. para o outro. E” então a
ruina!O homem mais forte’é o
mais “estimado | «Pelos seus seme-
lhantes, | aquele que nunca, preten-
deu oprimir nem esmagar ninguem.
E esse é que verdadeiramente do
mina,—não pelo” terror, mas pela
atracção e pela: bentvolencia, “que
cativa é vence às. maiores «rebel
dias. Isto’foi sempre, assim, quer os
ventos corram de feição para o ab-
solutismo, quer “The corram contra-
rios. Os conspiradores são produto
dos tiranos. E? dos livros. .

Neste momento o Imperado: da
Alemanha-principia a ser pasto das
féras. Irão devoral- -o com voluptuo-
o aREUES-

PUBLICA-SE. AOS DOMINGOS

Anuncios
Na’3.º é 4.* páginas cada linha, 50 réis
Noutro logar, préço convencional
Annunciam-se publicações de que se
t “receba um exemplar
Não se restituegm os originaes

Produção de cortiça na

Neves e chuvas

Beira Baixa

O representante do governo junto
da fiscalisação da industria corticeira
da circunscrição da Beira Baixa, enviou
ao governo a, estatistica do movimento
da exportação da cortiça em prabcha
despachada naquela, circunscrição du-
rante. os anos de AgIL a 1916, venifi-
cando-se que o movimento. realizado
em 1910, foi inferior ao de Ig12, 1913,
IgI4 E 1915, e superior em 7.584 far.
dos, no valor de 48.850 escudos ao
de IglI.

O movimento de cortiça em’prancha,
por «trimestres, reálizado’ nos anos de
Ig11 a 1916 foi o seguinte: IgiL, far-
dos, 49.990, no valor de 286.950800; Em
1912, fardos, 48. 487, valor 358.700%00;
em 1913, fardos, 64.950, valor 454.7508;
em . 1914 fardos, 49.610, valor
344. 79800; em 1915, fardos 49 426,
valor 342:100700. € em’ 1916, fardos
48,580, valor 395. Bvogpoo. ,

0 pessoal operario corticeiro exis-
tente na referida circunscrição em 31
de Dezembro de 1910, ecra de 403
pessoas, sendo 295 homens e 108 mu-
lheres.

Foi calculado em 1.150 fardos, no
valor de 8.400 escudos, a cortiça que
por efeito da fiscalisação realizada na
ajudida circunscrição durante o ano de
1916, ficou no ppis para fabricação de
quadros e rolhas.

Concessão de medalhas

“Vão ser concedidas medalhas come
morativas das campanhas do exercito
português, aos cidadãos que tômaram
ou venham a tomar parte em guerra
contra 05 inimigos da! patria.

Até ha, bem poucos tempos, to-
da! «ai gente; se curyou a um gesto
seu. Com um olhar; o Kaiser fas
zia tremer Os mais altos O
TEST principes, . generais. .
regimentos inteitos, Cair. no’ seu
desagrado tera a: dese raça irreme-
a erohisIaRana ur nG

O Imperador, maldito, como’se
fhe não, bastasse mugndar, comn-
prazia-se em dizer que, Mandu,
em repetir que só elesmandava!

As suas intenções não haduvida
que “revelavam tm patriota de lei,
e injustiça fôra deixar de reconhê-
cer que a Alemanha lhe deve gran-
de parte da sua grandeza e da sua
prosperidade.) 45 ms secos ot

Mas a sua ambição: desmedida
de supremacia, ‘de predomínio e/de
mando fez com que desde já co-
mecem a lhe perderem O respeito.

Dizem “de-Espanha que as neves e
chuvas: torrenciais jinterromperam as
comunicações ferro-viarias em varios
pontos:

As neves em Castejon e Saragoça,
teem: trez metros-de altura em alguns
pontos: :

“Av ineve’ depositada na via ferrea
anca trinta centimetros de altura:

»Avcircalação suspendeu:se por com-
Eros

Aspovpações de Carrascal e Remo-
tinos estão imcomunicaveis pela neve.

Calçadas

Há calçadas por essa vila que são
uma verdadeira lastima, tal é o estado
de desarranjo a que chegaram. E di-
zeminos que o’caso se não dá somen-
te na sede do concelho. Em Sernache
e Pedrogam, o estado das calçadas é
verdadeiramente lastimoso.

Não se poderia aplicar algum di-
nheiro ‘do que a-camara recebe dos
municipes, em reparações do pavimen
to das ruas ?

Não deve’ chegar para’ tudo, é certo,
mas’ com um bocadinho de boa von-
tade.:

Novo alada 2

ECHegã até nós a noticia de que um

EB ES ci nd SMPCçãO dO fiz A
Certa.

Será politico, ou somente noticioso?
“Não tivemos aifida ‘a dita de conhe-
cer o seu fim, Mas seja como for, de-
sejamos lhe um aparecimento rapido e
muitas prosperidades,

“As féras, proprias do seu paiz,
começam, a. formar. o salto para O
esfacelarem, e com Ele toda aquela
nação.

Não sardará. muito, confio em
Deus; queros | aliados façam da al-
ta personalidade do Kaiser um
grande banquete que será regista-
do na historia da humanidade, com
letras aurifulgentes, peloscampeões
da liberdadeve do: progresso, cujo
exemplo servirá de-lição aos orgu-
lhosos alemães, como tambem po-
derá servir “de lição a tiranos e ti-
ranetes que padecem a febre insa-
ciavel de serem ineportantes …
super omni, fazendo caso omis-
so dos ensinamentos “da Historia.

O ser superior a toda a gente
é um prazer que; se paga caro!

BReloa João Prim.BReloa João Prim.

 

@@@ 1 @@@

 

Récita infantil

Como nonciámmos em devido tempo,
rêpetiu-se no passado 25 de’Jane ro,
solenisando o 29.º aniversario do Gre-
mio “Certaginense, « com alteração de
alguns numeros do primitivo programa,
a recita infantil levada á scena no Tea-
tro Tasso, em 25 de Dezembro ultimo

Abriu o espectaculo com o hino do
Gremio executado pela orquestra e que
foi ouvido de pé pela assistencia.

Seguidam-nte um outro hino, musi-
ca do maestro sr. Herreira de Andra-
de e letra do sr. Carlos Ascenção, foi
cantado em côro por um grupo de me-
ninas, empunhando uma a bandeira do
Gremio.

Quanto aos numeros repetidos, não
foram menos felizes os noveis amado
res, do que na primeira recita, e rela
tivamente aos numeros novos excede-
ram todos -êles a nossi expectativa.

Fernanda Seabra, cantou irrepreen-
sivelmente, a cançoneta— A Boneca—,
mantendo a sempre com inexcedivel
cuidado.

Antonio Andrade e Jorge Ascenção,
no diálogo—A Judrta — foram perfeitos
na dicção, tirando, por vezes, ume ou-
tro grande partido do seu papel.

Na comedia— Uma revolta em fami-
lia—todos os interpretes: Maria Ofe-
lia, Carmo Magalhães, Ruth Valente e
Jorge Ascenção, se houveram com cor-
recção: no. desempenho. dos seus res
pectivos papeis. ; j

Constança Lopes e Jorge Ascenção,
disseram” muito: bem o dialogo.

No dueto—Aninhas e Zé da Horta,
Fernanda Seabra e Antonio Andrade,
souberam tirar grande partido. Tendo
sido um dus numeros que mais agra-
dou. á plateia, foi bisado, debaixo de
uma chuva de palmas.

O dueto—A passa e o figo-canta-
do por Nuno Ascenção e Mimi Pires:
constituiu, para assim dizer, o grande
numero da noite porquea plateia en-
cantada com a aparição dos mais no-
vos amadores do grupo recebeu-os com
uma prolongadissima salva de palmas,
chegando no seu entusiasmo a exigir a
repetição do dueto por quatro vezes.

As duas, crianças, que apenas con-
tam 6 anos de idade, desempenharam
com muita perfeição os seus papeis de
velhos, para o que muito concorreu a
soberba caracterisação do Figo adrede
arranjada pelo Rossi.

Falta nos falar do monólogo—Em
segredo… desempenhado por Mimi
Pires mas do autor do monólogo e da no-
vel amadora, nada pod:mos dizer de
um e outra. Tudo quanto dissessemos
seria impressionado pelo nosso amor de
pai. Entretanto, o publico foi favoravel
palmeando:o freneticamente e tendo
para nós palavras que muito.nos hon-
PO Espectitino Terfmiou tom a poe-
sia— Vira a Cevtá, do sr. Carlos As-
cenção, cantada por todo o grupo in-
fantil, :

Mais uma vez felicitamos 0 promo:
tor e ensaiador destas recitas srs. dr.
Fernando Mtoso e Carlos Ascenção,
por verem coroados de bom êxito os
seus esforços, e aos infantis amadores
os nossos parabens pelos louros colhi

dos. Ô E
“FERROADAS

Ao Drs Sabido

O mionologo —Em segredo,
Que q tua Mimi recitou, ge
Tinha certa graça e enredo,

Mas o que a plateia notou: |

Foi que a pequena tem dedo,
Nem parece que debutou!

Por isso, meu caro doutor.

E mais porqinda não vis
“Recitar com tanto fulgor,
Palmeio-te com frenegi,

Por seres o grande autor

Do monologo e Mimi, 19.8

Colega.

VOZ DV

| DO MEU RETIRO

CARTAS

 

MARIA

Foi numa tarde de outono,—lem-
bras-te ?!. O só! numa expressão doen-
tia, agonisânte, descafa lentamente no
ocúso, por detráz das árvores, proje-
tando a sua luz morrente além, no
cume da serra, numa fulguração san-
grenta,—no estertor da agonia!..

O vento sopráva do norte, erá rit-
mías merencortas. soltando n’amplidão
nublosa do espaço gemidos dolentes,
pungitivos!

As folhas amarelecidas, quase mor-
tas, desprendiam-se lentamente das ár-
vores. como que bulbuciando, n’uma
vóz arrastada, sumida, o seu adeus
eterno!

Os passarinhos além. naquelas ár
vores nuas, esqueléticas, soltavam seus
pios tristes, em psalmodias de pranto!

sól, como uma cônch: de fôgo,
ia escondendo se no már, dardejando,
em detonações fúlvas, tristonhas, os
seus ultimos raios por sobre os pâm
panos amarelentos !

A Naturêza, desp’da das suas gá
las; gemia dolentemente envolta em
funérios crépes…—recordas te, Ma-
ria?!

O vento passava por entre as árvo-
res, n’um bramir profundo e cávo,—
numa elegia soturna!—monotonia no
espaço,—tristeza nos arvorcdos, lenti-
dão nas cosas mortas !…

«.. «Foi n’um: tarde destas que nós
vimos, sentada num banco dum jar-
dim, uma jóvem de vinte anos, —mui-
to pálida, de fáces sumidas e olhár
triste,—lembras te?!

De quando em vêz a infeliz jóvem
tossia convulsivamente, num desespe-
ro aflitivo, sufocante !—e numa atitu
de indiferente, como que desprendida
da vida,—de todos os folguêdos mun-
danos, que para ela passaram como
um sonho vaporôso, fitava o seu olhár
amortecido num ponto vago do Espa-
ço, como se procurásse no céu uma
visão olimpica, de candida brancura e
rosto de anjo—grata e consoladôra
imagem que costuma aparccer-lhe em
sônhos, a reanimál-a, dizendo-lhe que
os anjos a esperam com viva ancieda
de nas misticas regiões do Paraiso!

Sim,—a jóvem tisica tem saudades
do Céu !- no meio do seu desalento, —
na acerba dôr que a punge, ainda lhe
resta a consoladôra e-perança de que,
nas olimpicas e misteriosas regiões
d’Alem-cârpa, terá uma vida mais
feliz, em companhia dos anjos!

+.«. Novo soluço a sufoca! —tósse

convulsivamente… —o seu corpo de
licado e frágil sente-se abalado, em
estremeções arquejantes, sob a acção
pertináz da tosse |..
“Por: detráz “daquela: “serra’surgin à
lua misteriosa, muito pálida, descora
da, e triste, projetando os seus ráios
marfincos por sôbre a folhagem
morta!..

Lembras-te, Maria 2!

Como nos pareceu tão triste aquela
tarde outoniça!..

“ —E sabes porque veúho recordár-te
tudo isto ?!, é porque aquela pobre
tisica já fora, como tu, tambem alegre
e feliz! 4

Quando a conheci, aos catorze
anos, em tudo se te assemelhava,

“= Tinha tambem um olhár vivo,
fascinante, e no seu rosto esculturál
uma formosura encantadora e angé-
lica! é

Hoje, para ela, tudo passou conio o
fumo !:—aspirações, ternos sonhos, —
doces momentos da infancia, —folguê
dos da juventude !..

Adeus. ”

Cumprimentos do que muito te es-

tima.
M. Correia da Silva.
Recenseamento eleitoral

* Termina no ultimo dia do mês de
Fevereiro o prazo para a inscrição no
recenseamento politico referente ao

corrente ano,

“BEIRA

«A Beira Baixa»

Vai aparecer brevemente na sede do
nosso distrito, um novo jornal monár
quico, com o titulo que nos serve de
epigrafe

Dizem-nos que fazem parte do cor-
po da redacção, entre outros, os ‘nos-
sos amigos srs, drs. José Ribeiro Car-
doso e José Pinto da Silva Faia,

nosso presado colega de Castelo
Branco—O “Beirão—notica assim o
seu aperecimento :

«A BEIRA BAIXA:

Deve aparecer brevemente este no-
vo jornal destinado a ser um instru-
mento de valor na obra de propaganda
intensa que se propõe efectivar.

4 Beira Baixa procurará ser, por
merecimentos proprios, um jornal po-
pular, com entrada no lar de todos os

omens de bem que ainda teem fé na
redenção da Pátria.

A Beira Baixa no intuito de alcan
çar uma larga circulação na nossa Pro
vincia, procurará inscrever nos seús
registos 3 categorias de assinantes:

a) Assinantes proprietaris;

b) Assinantes ordinarios ;

c) Assinantes beneficiarios.

São «assinantes proprietarios» todos
os monarquicos que subscreverem com
uma cota anual não inferior a 23200
réis, A propriedade da Beira Baixa
pertence ipso-facto a esta categoria de
assinantes.

São «assinantes beneficiarios» todos
os indivíduos que, tendo poucos m-ios
de fortuna, mereçam pela firmeza das
suas convicções, ser inscritos no regis-
to dos assinantes da Beira Baixa co-
mo monarquicos militantes, ao lado
dos assinantes proprietarios.

Os «assinantes beneficiarios» paga-
rão anualmente pela sua assinatura a
quantia de 600 réis, adiantadamen:e.

O preço da assinatura dos assinan-
tes ordinários é de 14200 réis por ano.

A Beira Baixa procurará organizar
a sua venda avulso a 10 réis nas prin-
cipais freguesias do distrito, e publi-
cará quinzenalmente um numero de 6
Paginas, sendo a pagina avulsa espe
calmente consagrda à difusão dos prin-
cipios fundamentais da sciencia, arte
e religião, logo que’as condições do
mercado do papel o permitam.

Que seja bem vinda,

DB SEce
Bloco parlamentar

Os jornais de larga informação veem
há dias anunciando a formação de um
bloco parlamentar de que virão a fa-
zev parte os chamados dissidentes evo-
lucionistas, e rebeldes democráticos,
com os unionistas, independentes e so-
cialistas.

ROAD PLA ooo do a Ja o bio ju a bo SUAS
a eE ciuar “co Tais elementos, “dizer
alguns jornais, porá em dificuldades
graves a vida parlamentar do actual
governo, e obrigal-o há a apressar a
sua demissão colectiva, ou a fechar o
parlamento.

DESASTRE

Só agora tivemos conhecimento de
um desastre sucedido no dia 17 de Ja-
neiro, do qual resultou a morte imedia-
ta de uma filhinha do nosso assinante
sr. Antonio José Matias, do lugar do
Muro, freguesia do Troviscal.

A desditosa criança que contava ape-
nas Io anos, dizem-nos, que estava
brincando em cima de uma grossa tra-
ve de castanho, mas com tanta infeli-
cidade que esta deslocando-se do seu
poiso, atingiu-a, matando-a logo.

Acompanhamos 0 sr. Matias no seu
intimo desgosto.

‘ PEIZCE:
Dizem as estatisticas que o peixe
pescado. nas. costas, portuguesas no

ano de 1915, foi avaliado em perto de
nove mil e quinhentos contos.

De visita a sua familia esteve-em
Ponte de Sor, a sr.* D. Maria do Ceu
Matos Queirós, virtuosa esposa dosr.
dr. Gualdim de Queirós.

—Esvuveram em Castelo Branco os
srs. dr. Bernardo Matos, dr. Farinha
Tavares, P.º Francisco dos Santos Sil-
va, P.º Joaquim Tomaz e dr. Silva
Faia.

— Esteve na capital. o sr. Antonio
Augusto Rodrigues, administrador des-
te concelho.

— Esteve em Coruche, tendo já’re-
gressado a Sernache, o sr. José Maria
de Alcobia, 3

— Coniinua detido em casa, conva-
lescendo da doença que o teve por bas-
tante tempo sujeito ao leitoyo sr. Gus-
tavo Bartolo, secretario da Administra-
ção deste concelho.

—E esperado por estes diasem Ra-
malhos, o sr. Antonio da Costa Lima.

—Regressa brevemente á Celada, o
sr. Joaquim Pestana dos Santos,

— Esteve em Lisboa, tendo já regres-
sado a Sernache, o sr. Antonio da Cos-
ta Mouga.

—Regressou da capital o sr. Sergio
Pina, comerciante nesta praça,

— Esteve em Vedrogam Pequeno
em serviço do seu cartorio, o sr. Adrião
David, escrivão de direito nesta co-
marca,

*

Durante ‘a semana vimos na Certã,
os nossos assinantes Srs. : José Maria
de Alcobia, João Carlos de Almeida e
Silva. Antonio da Costa Mouga, P.º
José Dias Junior, João Martins da Sil-
va, José; Alves Correia, José. David e
Silva, P.º João Martins, P.º José Fran-
cisco, Manuel Martins de Almeida,
Augusto David e Silva, P.º João da
Cruz Prata, Daniel Bernardo de Brito.

Aniversarios

Faz anos no dia ro o sr. P.º José
Farinha Martins. ;
Parabens

ANIVERSARIO DO GREMIO

Depois da recita infantil a que nou-
tro lugar nos referimos, a direcção do
Gremio Certaginense, solenisando o
aniversario da sua fundação, abriu os
seus salões aos socios e suas familias,
dançando-se, por isso, animadamente
até ás 5 horas da manha.

Uma comissão composta das sr.“*D.
Eugenia Lereno, D. Fausta Costa, D.
Hedw BSS LE D. Branca Ascenção ep.
CASAS Efe ss avi ERESAG Opa
ra dirigir o Serviço de chá’e bolos gue
foi oferecido a todos os assistentes á 1
hora da madrugada,

De fóra da Certã, assistiram muitas
pessoas á recita e baile, lembrando nos
ter visto os srs.: Joaquim F. Guima
rães Lima, esposa e filhas; Antonio Fa-
rinha Lourenço, esposa e filha; D. Vir-

inia e D. Laura Baptista, D, Clotilde

Lhpéis P’* Antonio Luis Ferreira, P.º
Saraiva Leitão, Lopes Junior, Francis-
co da Costa Mouga, Vieira da Cruz,
Inácio: Fernandes e esposa, losé Gon-
calves Rei e esposa, Acacio Macedo,
esposa e filhos. Libanio Girão, dr. Sil-
va Faia, dr. Albano Silva, dr. Gual-
dim de Queirós.

‘As filarmonicas locais cumprimen
taram antes do espectaculo, a direcção
do Gremio tocando no Largo do Mu-
nicipio durante algum tempo.

AOS INDUSTRIAIS

A todos que tenham cessado com as
industrias porque se achavam colecta-
dos, recomendamos. que devem (azer
a sua participação na respectiva secre-
taria de finanças, a fim de poderem
em devido tempo reclamar contra à
sua inscrição indevida.indevida.

 

@@@ 1 @@@

 

» Coisas nossas

Sempre que me teem concedido nes-
teljornal um cantinho, tenho-o empre-
gado em prol dos interesses locais,

elos bons costumes, pelo respeito Ã
ei, emfim, pelo progresso ou bem es-
tar da Coletividade, mas… As minhas
palavras por mal alivanhadas, ou por
falta de termos convincentes, não teem
logrado contribuir, sequer, para, uma
remodelação de costumes inveterados e
censuráveis, que dia a dia, parece, mais
enraisam.

Mas esta anomalii não pode, nem
deve continuar; cada um tome o seu
lugar e cumpra o seu dever, sem se
importar se o visihho o cumpre ou
não, O estado lastimoso em que ve-

as ruas desta vila; o adro, que se
lo considerar o nosso passeio pu-
lico; os depositos de água de abaste-
cimento para animais; os animais di-
vagando a seu sabor por toda a parte;
toda a-casta de detrictos lançados á
via-publica; obras sem licença e ali-
nhamentos; depositos de toda a ordem,
matança de suínos a altas horas do dia
em plena rua, emfim, tudo o que diz,
infração ao Codigo de Posturas Muni-
cipais, é praticado do melhor modo
possivel, como se fosse o facto mais
natural desta… vila. Mas não pode
continuar. assim, Urge providenciar,
au então reagir contra tudo isto, Se
alongarmos a vista pelos tão pitores-
cos arrabaldes da vila, o que vemos?
A mesma devastação, a mesma censu-
ravel compreensão dos deveres de cada
um. A; fonte da Pinta, o ádro da pito-
resca Ermida de S. Antonio, a alame-
da do Hospital, tudo, tudo no mesmo
lastimoso estado, que-causaria vergo-
nha-a’terras’de mais modesta nomea-
da do que a nossa. Pois ainda que pe-
se a muitos, isto tem de acabar, tem
de entrar na ordem.

Publique a Camara Municipal em
editais, profusamente ‘distribuidos, os

tigos do codigo, que se referem aos
actos apontados; chame o seu Fiscal,
mesmo os seus dois oficiais, a Guar-
da Republicana e depois de alguns dias
de folerancia, mande aplicar a lei sem
vexâme, sem violencia, sem injustiça,
mas enexorávelmente e verá como tado
retoma o caminho que ainda não há
muito; levavam aqueles que por feitio
ou indole desprezam a lei. Ás autori-
dades judidiciais compete tambem re-
gular estas cousas. A benevolência que
em certos casos, repara injustiça, em ou-
tros dá lugar a reincidencias, À lei apli-
cada cominteira justiça, igual para todos,

Com a Junta de Paroquia, tambem
temos que conversar, mas isso ficará
para outra vez.

РIsto ṇo vai a matar e a todos di-
remos que, se as nossas modestas
considerações não conseghirem a reac-
;

pita Bê Si ia Puliea pára
em. da colectividade e bom nome
desta terra, não estamos dispostos a
abrir mão do assunto e clamaremos
sempre até que à força de tanto cla-
mar alguem intervenha nestes assuntos.

HEuON NEBNEIDAS:
aeee

Em Lisboa faleceu há dias o sr, João
da Cruz e Silva, natural de Pedrogam
Pequeno, deste concelho, importante
industrial e capitalista. à mira
– Foi em tempo socio da firma Cruz &
Sobrinho, proprietaria da drogaria da
R. da Madalena. . ]

No seu testamento, que é bastante
En dr contempladas varias pes-

= bi

soas de familia moradoras em Pedro
gam’ Pequeno. A’ Misericordia e Jun
ta de Paróquia da’sua freguesia dei-
xou importantes legados, para com o
seu remidiimento se praticarem varios
actos pios é de caridade.

No cemiterio publico desta vila fica-
ram depositados na passada quarta-
feira, os restos mortais de uma filhinha
de meses. do sr. Antonio Vaz, do Ou-
teiro da Lagoa.

Acompanhamos o sr. Vaz e sua es-
posa, no seu intimo desgosto.

‘soas sem o necessário para a familia

di

VOZ DA

MAIS UMA…

Temos algures que o governo-anun-
Ciuva que o nosso exercito seriaacom-
panhado por um posto ou qualquer
cousa, do registo civil. Não atingimos
bem para que poderá servir um posto
de registo civil nos campos de bata-
lha! Para registar casamentos?! Nas-
cimentos ! ?

Isto deve ser nicho para algum me-
nino bonito, necessariamente

Ora pois.

A Monarquia
Deve publicar-se, brevemente, em

Lisboa, um grande diario integralista,
intitulado cd nargitia,

Nova hora |
No 1.º dia de março vai começar a
hora do verão, sendo os relogios

adiantados nesse dia 60 minutos.
Voltamos á antiga.

Carnes perdes

Ainda não apareceu arrematante pa-
ra o fornecimento de carnes verdes—
vaca e capado—nos talhos deste con-
celho., E

Por este motivo a venda continua a

ser livre.
Délivrance

Teve ‘a sua délivrance dando 4 luz
uma robusta criança do sexo masculi-
no, a sr.“ D. Clotilde Preire’ Costa e
Silva, esposa do sr. Nuno Conceição e
Silva, comerciante em Pedrogam Pes
queno, E vi UA

Moedas de 500 réis |

As moedas de 500 réis com aefigie
de | D.Carlos serão recebidas até ap
fim de Março proximo-e-as coma
efigie de D. Manuel: até ao fim do
corrente ano.

Aviso aos coleccionadores.

Misericordia da vila da Certa

A mesa administrativa desta corpo-
ração, deliberou na sua ultima sessão,
prorrogar até 28 de Fevereiro do cor-
rente ano, o prazo para todos os seus
devedores—de fóros, juros e outras
proveniencias, satisfazerem os seus de-
bitos, sob pena ce, não o fazendo, se
rem imediatamente relaxados ao poder
judicial.

O Provedor,
Eduardo Barata G. e Silva.

o ORRESPOMIÉNGHO

vila de Rei, 30-1-917

A Camara Municipal adquiriu mais
milho para consumo! do publico deste
concelho, merecendo este ato os mais
rasgados elogios. ;

Uma porção de 30 moios que aqui
chegou na quinta feira ultima desapa-
receu em 3 dias, ficando muitas pes-

or não contarem que houvesse tanta
alta de milho. ]

Brevemente chegará mais que. já
está em Alferrarede. eg nd

Bom é que as autoridades providen-
ciem para evitar especulações e até a
saída para fora do concelho.

— Esteve aqui em serviço o sr. Be-
ça, inspector do selo deste distrito.

—Saiu para Lisboa, onde vai dedi-
car-se á vida comercial, o sr. José de
Castro, filho do sr. dr. Eduardo de
Castro, abalisado facultativo munici-
pal deste concelho.

— Estiveram entre nós os srs.: José
Augusto de Oliveira Pires, António
Martins dos Santos, Izidro d’Oliveira

Braz, Francisco Marques Reis, P.º Tzi-

BEIRA

dro Farinha, P.º José de Oliveira Co-
nho, P.º Sebastião de Oliveira Cardo-
so, José Henriques de Oliveira, Fran-
cisco Farinha Portela Junior e Antonio
Pereira. (

—Regressaram a esta vilã as ex.mis
sr.” D, Elisa de Matos e Silva, D.
Natividade de Matos e Silva e D. Ma-
ria do-Ceu Queiróz,

— Tambem regressou a esta vila o
sr. José Nunes, conceituado comer-
ciante nesta vila.

— Está entre’nós o sr, Germano da
Silva. –

—Hontemi e hoje; trovejou; aqui e
cairam grossas bategas de água.

—Foram aqui colocados: como: en-
carregados da estação telegrafo-postal
e ajudante-o-sr; Guilhermino Carrilho
e esposa D. Amelia Carrilho que nes-
ta vila já haviam estado naquela qua-
lidade, exercendo os seus cargos com
agrado de todos, Os nossos cumpri-
mentos..

SECÇÃO RECREATIVA

Electricas

Que bom cheiro tem a fruta—3
A mulher é de cor—2
Bravo,

‘ Adicionada

Homem — 2
—lha—
Terra portuguesa —3

t “Bravo.
Novissimas
Notei a mulher nesta cidade portu-
guesa—1,.2. :
Bravo.

— Qualquer envolucro’ suspende a

‘queda de água—a—r,

“—O número não é nada mas sus-
pende o suberano absoluto—1=1 =,

E ch deeQtês
Decifrações do n.º ante-
T rior

Nuno Alvares Pereira, Bondade,
Laudano, Maroma..

Estante da VOZ DA BEIRA

Os submarinos. —Recebemos
este interessante volume, à 3.º da ‘co-
lecção Sciencia Popular, devido à‘pe-
na do conhecido escritor que se ocul-
ta sob o pseudonimo de Mariotte.

São por demais conhecidos os escri-
tos de Mariotte e dispensados estamos
por isso, de fazer uma analise ao seu
interessante trabalho. Limitamo nos a
recomendar aos nossos leitores esta
interessante -colecção que se assina na
R. dos Poyais de S. Bento n.º 135,
na Livraria Almeida, Miranda & Sou-

4a

aao red fo) e VC Ô

| 2* publicação –

Pelo Juizo de Direito da, comarca
da Certã e cartório do 4.º oficio, cor-
rem seus termos uns autos civeis de
justificação avulsa, requerida por José
Farinha Martins, solteiro, presbitero,
residente nesta vila é comarca ‘da Cer-
tã, a fim de se habilitar como: unico
e universal herdeiro de seu falecido
irmão Antonio Farinha Martins, sol
teiro, falecido em Lisboa onde aciden-
talmente se encontrava, no dia 31 de
Dezembro ultimo, sem ascendentesnem
descendentes ou disposição testamenta-
ria; e nos mesmos autos correm editos de
3o-dias, a-contar da segunda e-ultima
publicação deste anuncio no Diario do
Governo, citando todas e quaisquer
pessoas que se julguem com direito .á
mesma herança e pretendam impugnar
a referida justificação e habilitação, a
fim de que o façam até á terceira au-

diencia depois de acusada a citação, |

acusação estu que há-de verificar-se na
segunda audiencia deste juizo depois
de findo o: praso dos; editos, As, au-
diencias deste Juizo teem lugar todas
as segundas e quintas. feiras de cada
semana, não sendo dias feriados. por-

Eacit aa Pa dás dao h

que, neste caso se fazem nos imedia-| .

tos e sempre ás 10 horas no Tribunal
Judicial da comarca, sito no largo do
Municipio desta vila.

Certã, 22 de Janeiro de 1917.

| O. escrivão

| Adrião Morais David *
| Verifiquei

| O Juiz de Direito

| Matoso

Anuncio
2.* publicação »
No dia 4 do proximo Fevereiro, ás
rt horas, á porta do tribunal deste
i juizo, em virtude dos autos civeis de
execução que o Ministerio Publico mo-
ve contra Antonio Mendes, viuvo, do
Casal da’Madaleno, volta pela.2.º vez
á praça, por metade da valorização,
visto que na 1.º não obtiveram lança-
[ dor, para serem agora arrematados a
uem maiores lanços oferecer acima,
dês valores que lhes vão designados,
os seguintes bens: p te
1.º—Uma casa de habitação, situa-
da no Casal da Madalena, alodial, no
valor de 12000. Fr
2.º—Um bocado de terra de cultu-
ra, em mau estado, no sitio do Porto
do’ Carro, limite do Casal da Madale-
na, no valor de 1550. =
Pelo presente são citados os credo-
res Incertos para daduzirem os seus
direitos, querendo, no prazo legal.
Certã, vinte e: dois de Janeiro de
1917.

 

O Escrivão-ajudante,

José da Gloria Lopes Barata.
Verifiquei

O Juiz irei

WM

EO Zon A

Pelo. Juizo de Direito da comarca
da-Certã e carfbrio do escrivão do 3.º
ofício, nos autos do inventário orfano-
lógico a que se procede por falecimen-
to de Joaquina Maria, que foi mora
dora no lugar da; Rebaxia dos Fausti-
nos, freguesra’de . Sant Ana, desta co-
marca e em que é inventariante o viu-
vo Antonio Fernandes, do mésmo lu-
gar, correm éditos de 30 dias a con-
tar da segunda e ultima publicação
no «Diario do Governo», citando os
coherdeiros Antonio Fernandes e Joa-
quim Fernandes, solteiros, ausentes
em parte incerta na Republica dos Bs-
tados Unidos da America do Norte,
para todos os termos do mesmo inven-
tario sem prejuizo do seu andamento.

Certã, 23 de Janeiro de 1917. E eu,
Eduardo Barata Corréa e Silva es-
crivão que o subscrevi..

Verifiquei:
O Juiz de Direito
qAgisos

+ ANUNCIO

2.* publicação
Pelo Juizo de Direito da Comarca
da Certã, cartorio do escrivão Eduar-
do Barata Correia e Silva, e no inven-
tario orfanologico por óbito de José
Luís Garcia, casado que foi com Ma-
ria Gonçalves, do lugar do Borralhal, –
freguesia de Oleiros, desta comarca
da Certã, correm éditos de trinta dias
a contar da segunda publicação deste
anuunio no «Diario do Governo», ci-
tando a interessada Benedita da Con-
ceição Gonçalves, filha do mesmo fa-
lecido, residente em parte incerta na
Republica dos Estados Unidos do Bra-
sil, para assistir aos termos do mesmo
inventario, até final, sob pena de reve-
lia e sem prejuizo do stu andamento.
+» O Escrivão
Eduardo Barata Correia e Silva
Verifiquei a exactidão
O Juiz de Direito
EMatoso +

TRAPO DE LAN

Compra-se a 180 réis desforrado e
a 140’réis forrado.

Pracana Ê
R, Gandido. Reis, —CERTA,
” x sa

q ho€ x sa

 

@@@ 1 @@@

 

commit

 

MINERVA
CELINDA

Ramalhosa & Valente

TIPOGRAFIA, PAPELARIA E ENCADERNAÇÃO
Rua Candido dos Reis—Certã

Reua DA Foz DA- CERTA

A Água minero-medicinal da Foz
da Certã apresenta. uma composição
quimica que a distingue de todas as
outras até hojc usadas na Rerapentica,

E’ empregada com segura vantagem
na: Diabetes—Dy-spepsias —Catarros
gastricos, putr idos ou parasitários;—
nas preversões digestivas derivadas
das doenças infecciosas ;—na convales
censa das febres praves;—nas atonias
pastricas dos diabeticos, tuberculosos,
brighticos, etc.,—no gaslr icinismo dos
exgotados pelos excessos ou privações
etc., etc.

Mostra a analise batercologica que a
Agua da Foz da Certd, tal como se
encontra nas garrafas, deve ser consi-
derada como mifsoblcarnonte pu-
ra não contendo | colibacitlo, nem
nenhuma” das. especies pathogeneas
que podem existir em geo: Alem
disso, gota de uma certa acção micro-
bieida. O B. Thyphico, Diphterico
e Vibrão cholerico, em pouco tem-
po nela perdem todos a sta vitalidade,
outros microbios apresentam “porem
resistencia maior.

A Agua da Foz da Certã não tem
gazes livres; é limpida, de sabor leve-
mente acido, muito agradavel quer be-
bida pura, quer misturada com vinho.

DEPOSITO GERAL
R: DOS FANQUEIROS, 84-Lx.
TELEFONE 2168 ;
« J. CARDOSO

Voam artificiais em todos os

sistemas. Operações sem dor..

R. da Palma, 115 2º- Lisboa

Acabamos de receber o Manual;

FOOT-BALL

«Rugby» e Associação ou
«Soccer»

Ilustrado -com 9. gravuras

A activa e conhecidissima casa edi-
tora Gonçalves, da Rua do Mundo,
12, Lisboa, sempre laboriosa e procu-

ção, abordando todas as formas dos
conhecimentos humanos, acaba de to-
mar uma explendida iniciativa, publi
cando uma série de Manuais Desporti-
vos e-de Recreio, destinados a desen-
volver entre:nôs o gosto pela cultura
fisica, o, culto da beleza plastica, o
amor pelo exercicio ginastico.

Numa. edição popular, so preço de
15 centavos cada manual, condensan-
do em poucas páginas toda a materia
referente ao desporto. em volumes de
64: paginas ‘é destinado à descrição de
uma especialidade, separadamente, co-
mo; Defeza Individual. —Foot-Ball. —
Box francês e inglês.—Lucta Greco-
-rotnâna:— Atletismo: — Esgrima e va-
rapau. — Ciclismo:—Bilhar. — Despor-
tos, pedestres. — Automobilismo, — Etc.

Resumos elucidativos e intuitivos,
escritos para todas as camadas sociais,
são no seu caracter compendial e for-
mato portatil como-que’ o“vade riecum
do amador de desportos e de todos os
que se interessam, pela cultuna fisicas A
doutrina: expendida nesta biblioteca é
coordenada dos mais perfeitos trabalhos,
no genero que existem em inglês, fran;
cês, etc.

Pedidos à LASA GONÇALVES
42, Rua do Mundo, 14—LISBOA

Remessa franco de porte

rando difundir’a instrução e a educa-‘

Frutuoso Pires
n Solicitador encartado
Trata de processos civeis, fiscais, administrativos

e orfanológicos, cobrança de dividas e administração
de bens.

Escritorio: RUA SANTOS VALENTE
CERTA s

si DESSES

cus COMERCIAL & INDUSTRIAL

António da Silva Lourenço
OCERTA:

Alfaiataria, fazendas de lã e algodão, gravataria e retrozeiro
SORTIDO COMPLETO DE MERCEARIA

Estabelecimento inaugurado no 1.º de Janeiro de 1917

RUA DO VALE, 48 —CERTÁÃ

Acaba de ser posto à venda otomo n.º 30 da; | sante, educativa e de flagrante actua-
lidade.

Hera a Quota Ruropoa [Se es és se esc cr

Peúidos à TIPOGRAFIA GONÇALVES
12, Rua do Mundo, 14-—LISBOA
“Remessas franco de Aranço dE) Porcas

AZEITE DA CERTA

E” “realmente digna, de ser recomen-
dada esta publicação, não só por estar
habilmente elaborada mas tambem pe-
lorelativo luxo da edição. O tomo que
temos presente, insere o Diário da Guer-
ra, de 1a 31 de Março de 1916 e as

PRvi gravuras: | & FINISSIMO

ista panoramica da cidade de Bag- !

dad; Orfãos servios chegados a Mer-| EM todas as graduações. Vendas por
selha e dirigindo-se do cais do desem- | PO NTACADO

barque para o local do seu alojamento ;
provisorio. Destroços causados pelas | Enviam se amostras e

bombas dos zeppelins em Londres; garante-se a qualidade
Uma casa que ao derruir fez 10 vitimas, PEDIDOS A

Não se pode exigir mais, e é muito
MANUEL CARDOZO

de louvar a iniciativa desta casa edito-
ra, pondo assim ao alcance de todas é
“R. Candido dos Reis— CERTA

as bolsas uma obra ilustrada, interes-

1 E Alfaiataria Militar e Civil
“DOS

d. ALVES DAS

5 SANTOS

Ex-contrameste ida Cooporativa Militar

Executa-se todu a qualidade de obra de marinha, é
exercito, ‘e civil, para o que tem, um variado sortimento
de faser das nacionais e estranjeiras |
i

Rua do Telhal, 10 & 12 — (próximo à Ruaodas! Pretas)

—LISBOA—

A SE E

— ENCICLOPÉDIA”

DAS. FAMILIAS

REVISTA. ILUSTRADA
( — sigo
Publicação mensal, ao praço de 800 réis anualmente”:

“Assina-se na casa editora M. LUCAS TORRES:
ESILISBO A [24

0 vii TUDOS DEVE li SABER

seen Gas
Revista semanal ilustrada
‘ PEDDOS A: Almeida, Miranda/&jSousa

Rua Poiais de S. Bento 135 LISBOA

pERAroR PE
Fructnoso Pires
0 ADEDISTRADOR:
A. Padro Ramalhosa
o EDITOR: É
JF. Santos Silva r 3
Redeção o Rdmtostraçãos
vB Dr. Santos Balanto

OERTÃ SEMANARIO INDEPENDENTE

eos

Composto: a, impresso: na
Tipografia Leiriensoirienso