Voz da Beira nº13 04-04-1914

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ANO 1.º

 

 

 

DIRECTCR;
Dr. Antonio Victorino
ADMINISTRADOR :
A. Pedro Ramalhosa
EDITOR E PROPRIETARIO:

Fructuoso Pires

Redação o dEdministração:
Dua Br. Sintos Bulente
CERTÃ

SEMANARIO INDEPENDENTE

 

 

ASSIGNATURAS
Anno, 15200 réis; Semestre, 600 réis

Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs. 7.

Não se restituem os originaes

DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA GERTÁ

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS

COMPOSTO E IMPRESSO NA miNERVA CELINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTÃ

ANNUNCIOS

Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar

 

Pela agricultura

Desde a sentença terrivel do Pa-
raizo, até este despontar scientifico
do seculo XX, a terra tem sido
sempre o manancial inexgotavel
da riqueza dos povos,

Não ha nada que substitua a
sua eficacia creadora ou supra se-
quer a sua potencialidade germi-
nativa que tão proficuamente se
evidenceia na variedade dos vege-
taes, desde o fungão microscopio
até ao cedro gigantesco.

Guerras entre continentes, cam-
panhas de nações, lutas de povos

“e demandas de familias, tudo traz
asselado no rotulo de suas preten-
ções a partilha da terra, donde ha
de vir o maior quinhão para sa-
tisfazer o egoismo humano. Ca-
naes que se rasgam ligando ocea-
nos, tuneis que prefuram monta-
nhas, trasantlanticos avassalando
os mares, locomotivas atravessan-‘
do campos, fabricas que erguem
ás nuvens, tudo ahi tem a sua me-
Jhor causa e a sua cabal explica-
ção.

A Inglaterra, rica e bem defen-
dida, tem hoje a maior esquadra
do mundo para proteger o seu co-
mercio de importação, sem o qual
não poderia viver, só porque o seu
clima frio é desfavoravel a muitas
culturas dos paizes temperados,
deljste caparato de força, que a
nosso vêr revela à sua fraqueza,
faz com que nas margens do seu
‘Tamiza nada falte do que é essen-

cial á vida, em comodidade e re-.

galo. É

O dinheiro que ali abunda, por
força da sua industria fabril, vae
a outros paizes buscar o que lhe
falta em cereaes, frutas e metaes
preciosos, levando aos povos com
quem negoceia o mostruario de
seus lanifícios e artefactos, por for-
ma a estabelecer uma permuta
vantajosa de exportação que é ho-
je o maior assombro do mundo
comercial. y

Considerado este exemplo e
reduzido dé escala, por forma a
a aplicar-se ao nosso meio acanha-
do, que lição não haveria a tirar
para o futuro da nossa agricultu-
ra e prosperidade d’esta região por
tantos motivos suscetivel de se
RR rd

 

O paganismo divinisou em Ce-
res a agricultura que representava
sobraçando uma facha de trigo;
tal era a concepção nitida que os
povos antigos, aliás civilisados, ti-
nham da necessidade da agricul-
tura

Se não podemos introduzir nos
nossos terrenos acanhados, maqui-
nas de lavoura a vapor, semelhan-
temente ao que se faz n’outros
paizes de mais dilatadas campi-
nas, podemos e devemos ao menos
aproveitar o que a natureza nos
concedeu com culturas adequadas,
subordinadas a processos racio-
naes,

Nem só a seara dá rendimento,
porque tambem nem só de pão vi-
ve o homem. A dentro dos limites
da nossa região ainda ha margem
para grandes iniciativas culturaes,
querendo aproveitar terrenos in-
cultos pelo plantio cuidadoso de
de arvoredo florestal e de rendi-
mento, é

A” sombra d’essas novas flores-
tas, que com suas folhagens abafa-
rão o escalvado da encosta, vice-
geria a relva mimosa para pasta-
gem de gados tão uteis ao lavra-
dor debaixo de todos os pontos de
vista: estrumação, laticinios, lã e
rezes para o talho.

Uma destruição irreflectida as-
sentou arraiaes na nossa comarsa,
levando de vencida as nossas me-
Bmerasiradtogs udeapinhure Querprese
te par: construcção,

Depois da extincção do casta-
nheiro que era a providencia das
povoações sertanejas com o seu
fructo barato e substancial, a nos-
sa região em materia de arvores
de rendimento ficou reduzida á
oliveira e sobreiros, ambas ellas
tambem já ameaçadas d’um novo
mal que traz sobresaltados os la-
vradores mais optimistas.

Urge pois conjurar o perigo que

“cresce assustadoramente e procu-

rar para estas arvores substitutos
rendosos, ou ao menos enxertias
apropriadas, 4 semelhança do que
se fez com a vinha, –

O nosso lavrador tem necessaria-
mente de abrir horisontes novos
donde lhe venha equilibrio para
as suas economias depauperadas
pelo exgotamento do solo.

Onde o arado não entra, expe-
rimente-se a picareta e a dynamite,

 

A carestia da vida

Nem só do pão, vive o homem, diz o
velho aforismo portuguez.

E nós podemos dizer:—mas sem pão
não se vive.

Por toda a parte se- ouvem as lamen-
tações das classes proletarias à cerca
do exagero do preço a que nos ultimos
tempos tem chegado o milho, que é co-
mo se sabe, o pão das classes pobres.

720 réis e mais cada alqueire de 13,5
litros; e o nosso espirito perde-se em
calculos ao lembrar-mo-nos de que um
jornaleiro ganha de sol a sol 240 réis,
ou sejam por semana 13440 réis. Se
a familia se composer de marido, mu-
lher e dois filhos é indiscutivel que terão
de adquirir um alqueire de milho por
semana, restando portanto, ao pobre
proletario, outros 720 para comprar o
azeite, as sardinhas, pagar a renda do
seu modesto tugurio e ainda veslir e
calçar.

Que os generos que constituem pri-
meira necessidade sejam caros, admit-

 

 

ou se preciso fór a hymalaíte qne
revolvam o solo em estremecimen-
tos de vida. Parar é morrer.

À medicina tambem tem revul-
sivose drasticos que aplica em
casos especiaes. ;

O que não podemos é crusar os
braços na apathia dos desesperan-
cados da fortuna. Seria erro im-
pordoavel, de que a geração futn-
ra nos não absolverá, se 4 min-
goa de trabalho e de experiencias
lhe deixarmos em herança um
patviveomogfal lie se mostra ex-
gotada em algumas das suus ma-
nifestações de utilidade, tem ocul-
tas, por certo, muitos outras fon-
tes de rendimento que esconde em
seu; seio mysterioso.

Importa descobril-as por instin-
cto, para as explorar,

Ainda o anno passado uma no-
va industria de rendimento surgio,
como que por encanto, para os po-
vos d’este concelho, com a explo-
ração da resina de pinho. Como
esta quantas outras não poderão
amanhã deparar-se casualmente
ao homem. É

Queira pois este trabalhar con-
sagrando á terra o seu estudo e o
seu exforço e temos esperança de
que os nossos montes hoje tão des-
providos de vegetação apresenta-
rão u’um futuro proximo o aspecto
de lindos vergeis em que echôe o
trilo das flautas pastoris como um
presuncio de fartura e de vida.

 

 

te-se, e comprehende-se, porque num or-
çamento caseiro facil é cortar o super-
fluo; mas, como prescindir do indispen-
savel?

A má alimentação e deficiente, póde
occasionar quem sabe, um acrescimo de
vitimas da tuberculose !

Varias tem sido as representações
feitas pelas camaras municipaés do paiz
para se proceder à importação do mi-
lho e centeio necessario à alimentação
do publico, pondo assim um travão à
desmedida ambição de alguns açambar-
cadores, que, não se importando com a
pobreza social, tem só em vista o abar-
rotar de dinheiro os seus cofres.

Que providencias tem adotado a nos-
sa edilidade para lenitivar a crise da
falta de cereaes no: nosso concelho?

Negar a crise é negar a luz; Os pre-
cos são exorbitantes e o povo não póde
adquirir o pão suficiente à sua alimen-
tação,

Não ha, estamos disso certos, no nos-
so concelho pão que chegue para o con-
sumo, tanto mais que o ano foi pouco
abundante em cereaes, e a camara dei-
xa-se em dulce far niente sem se preo-
cupar como devia com os interesses dos
seus munícipes, pedindo ao Governo a
importação de milho e centeio para o
consumo local como ha pouco fez a de
Castelo Branco.

Se ha armazenado no concelho pão
que chegue para o consumo publico,
mais uma razão para se aulorisar e pe-
div a importação, porque feitas as cha-
madas pelo Mercado Central de Produ-
tos Agricolas, não nos consta que tenha
sido manifestada qualquer quantidade
de cereal; logo em face da lei, não ha
pão, não sendo por isso necessaria
outra tazão para que a Camara zelando
cqmo lhe cumpre, os inleresses dos
imonicipesC tratasse Dae o pediriaos pole
considerados como necessarios, não se
prendendo com o facto de haver açam-
barcadores nos mercados, ou como o
de haver quem, tendo cere prepa-
ra com uma diminuta oferta fazer subir
o preço do genero pela procura em
grande. á

Sejam quaes forem os casos que oca-
sionem a excessiva ca a do pão o
que não pode ser proteladó é a neces-

 

 

 

sidade de se importar pão para que ele .

baixe nos nossos mercados e o opeta-
rio possa ter com que se alimentar con-
venientemente e aos seus.

Necessario se torna que a Camara to-
me as medidas que julgar indispensa-
veis para acabar de vez tambem com o
açambarcamento de generos em pleno
mercado, antes da hora estipulada no
codigo de posturas e que julgamos não
estar ainda derrogado, obslando-se as-
sim de algum modo à fictícia elevação
dos generos que vêm ao mercado, cau-
sado pelo açambarcamento.

——mmem ag

SILVA CARVALHO

Continua aguardando o leito este nos-
so amigo, a quem desejamos rapidas
melhoras.as.

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VOZ Dá

BELRA

 

 

RABTA DE LISBOA

 

“A primavera-difaoinha. À Profissão de

ifé do dr. Cunhare Costa. |

‘LISBOA 33-—Deixou-nos o ceu
«escuro e triste-de inverno-e a ‘chu-

xa impertinente que nos ‘torturava .

=; existencia, obrigando-nos a visi-
tar quotidianamente um orador
eloquente que assentou: banca de
engraxador n’uma escada da zua
“le Santa Justa. Vão enfim desa-
parecer as pellesfeélputlas «e «chics
«as damas lisboetas. Retiraram da
eirculação os cesacos de«ôres va-
Fias e-caprithosos’feítios. 4) che-
peu deifeltro, de aspecto ‘carran-
cndo, cede o logar á toque leve e
simples que se baloiça com ele-
gancia nos cabellos negros das al-
facinhas.

“Toiletes de fino gosto, mas sim-
ples, leves e elegantes, são as que
a primavera nos traz:com Os seus
âmdos dias de sol, com o chilrear
alegre dos passarinhos, com as
suas flores, com a sua verdura.

Eu te saudo primavera linda!
Só tu com os teus lindos dias de
snl conseguirias fazer tal revolu-
ção no mundo elegante!

x
*

*

À semana não foi de todo mor-
ta para a politica indigena. Não
4hes falaret hoje dos trabalhos par-
Jamentares de pouco interesse, a
mão ser a divisão dos democraticos
ma aprovação da moção do snr.
Alvaro Pope.

O acontecimento notavel da se-

mana for a nova profissão de fé
politica do dr. Cunha e Costa.
Não é um facto banal a adesão
de um homem intelligente e culto
no ideal que durante tantos annos
combateu. Adesões d’esta nature-

va são o esquecimento de uma –

grance parte da vida—a melhor,
por certo, porque o passado é sem-
pre o melhor—em defeza de um
ideal que pode ser bom ou mau,
progressivo ou retrogrado, mas
enfim, o unico compativel com a
maneira de pensar Paquelle que o
segue.
Quando se dão factos d’esta na-
tureza, elles atrahem sempré as
ahentaições qjonublitanioi Oosliro
se passou para as fileiras republi-
canas: e ainda ha poucos annos
egual facto se repetiu quando os
snrs. Brancamp Freire e Augus-
to José da Cunha deram a sua
adesão ao partido republicano.
Desde que nos habituamos a
acompanhar nas gazetas o movi-
mento politico-social do nosso paiz,
muitas outras conversões no cam-
po politico e religioso tem havido.

Citarei por exemplo a adesão.

do grande poeta (Gomes Leal no
catltolicismo no momento em que
uma dôr atroz lhe torturava a al-
ma No campo politico e já depois
da implantação da Republica te-
ve Cunha e Costa um predeces-
sor: foi Luiz Mariote.
Republicano de longa data, Ma-
riote que é um espirito culto, um
“escriptor abalisado e um pensador
comme il faut quiz nas horas va-

“va, mas melbor

 

Madeira *

Nos ultimos dias as duas ribeiras que
orlam esta vila teem ido coalhadas de
madeira (lravessas, rolos € vigas) per-
tencente ao nosso amigo sr. Luiz da
Cruz, da Praia e Antonio Soares, de
Abrantes,

Desejariamos bem, ver animadas as
margens das nossas ribeiras mas por
uma fórma mais harmonica com o nos-
se fomento regional.

Destrnimos e não pensamos em re-
constrair. Ninguem olha para o futuro
na ancia voraz de explorar o presente.

E” bom que cada um procure tirar
rendimento dos seus terrenos, nlilisan-
do pelo negocio a sua riqueza vegetali-
serki Se por um pro-
cesso melhodico se fossem ano a ano:
ocupando tom novas sementeiras essas
areas epormes’ que o machado tornou
desertas.

Poucos pensam em aplicar à terra
uma percemagem minima do lucro au-
ferido ras vendas de seus pinhaes, €
todavia era bem facil por este proces-
so manter um equilibrio razoavel na vi
gélação de nossos montes. Remedia-
riam-se assim altos prejuizos na meteo-
rologia agricola, além de se assegurar
uma veceita constante no casal já Das-
tante aleotado «pela irregularidade dos
lucros.

Pela forma como os nossos Javrado-

 

 

 

,

 

 

 

res teem encarado este problema, des-
curando por completo 6 repovoamento
de suas malas, tão “tardará:o dia em
que desiludidos pela miragem do inte- |
resse sofram as consequencias fataes da |
sua irreflexão. |

Os nossos antepassados deixaram-nos
muito onde cortar, ou por espirito de
economia ou por simples prevenção,
mas cremos bem que à geração [utura
não sucederá outro tanto. O destroço
tem sido longo e longo terá de ser tam-
bem o periodo repovoador.

RR e

Justiça

Foi feila justiça ao nosso amigo snr.
Fernando Barlholo, contador do Juizo de
Direito d’esta comarca, dando-lhe o
Conselho da Direcção Geral das Contri-
buições e Impostos provimento ao re-
curso que interpoz da sentença do snr.
Secretario de Finanças d’este concelho.
que o condemnou no pagamento da
multa que lhe foi imposta pelos chefes
de impostos snrs. Domingos Cardozo e
A. Luiz Martins.

Felicitamos este nosso amigo por
tal motivos

 

 

gas dos sens estudos, n’uma acade-
mia de Paris, acompanhar o movi-
mento social em França.

Ouviu os oradores nos clubs re-
ferblicanna 4 ctonDErdinçaiseo Era-
vou-se à lucta no seu espirito, lu-
cta que durou muito tempo, como
succede sempre úquelles que jul-
gam as sus crenças assentes em
bases inabalaveis; e, uma noite
em pleno club republicano, entre
amigos que elogiavam o seu repu-
blicanismo, elle fez a sua profis-
são de fé monarehica,

Triumplava a Action Francai-
se! A victoria cabia a Charles
Mourras.

Factos d’estes dão-se a cada
passo e em todos os povos; e se
entre alguns significam que o es-
tomago humano tem vastas dimen-
sões, entre outras—e eu creio bem
que são a maioria—servem ape-
vas para demonstrar que o homem
e eternamente Diogeres: nunca
encontra a verdade por mais que
a procure,

 

SERTORIO

VASSOURA

retos ceia ai rem

Está a pedir vassoura a traves-
sa do Caldeira.

Mas então para que serve à
Guarda?

Não será dasua competencia
impedir que se façam ali, a toda a
hora, despejos improprios?

Não se diga que a travessa do
Caldeira fica lá para os lados do
Bairro da Portela ou do de Santo

Antonio, onde se não vê nunca um |

guarda ou cousa parecida; não se-
nhores, fica ali mesmo Á mão, é u-
ma arteria da Rua Candido dos
Reis, a rua principal da Certã. Já

veem que não é longe e que sem |

grande incomodo para o comodo
possoal bem póde ser policiada ou
guardada, se acharem o termo
mais adequado. E a vassoura dos
varredores municipaes, onde para-
rá ela?

Foi apanhada para algum mu-
seu como objecto raro?

E a Camara Municipal ou mais
modernisado—a comissão excutiva
da dita—que deve chamar 4 or-
dem estes varredores (do dinhéiro
do municipio) onde parará tam-
bem?

Longe, bem longe, na amplidão
celeste…

Ora bolas para tudo isto.

Jassoura, muita vassoura é que
tuto precisa, nem já só a travessa
do Caideira.

Soma e segue…

NOTAS A LÁPIS

Nanta mais a vi. Com quinze an-
nos julgava-se incyelopedica, FP
tudo, comprehendia tudo, dav
opinião sobre tudo. Os problemas mais
complexos encontravam nella um Ar-
chimedes terrivel.

Nunca vi um’ temperamento assim !
Era incapaz de estar calada dois segun-
dos e se alguem cahia no seu desagra-
do era implatavel na sia ironia. Um
verdadeiro demonio encarnado

 

 

 

 

n’um

 

 

amor como uma crealúra peritan ses
certamens tantas vês erueis. Tinha
sobre o amôr as mais excentricas fheo-
rias.

Qualquer banalidade lie inspirava um
amôr ardente: um Lheijá quente, mm
dentes! muito brancos é calê — vejam
que excentricidade = a pllilosophia com
que certos mancebos encaram a vida
fazendo da estroinice profissão. =

Procurei muitas vezes convencel-a da
falsidade das suas doutrinas. Fallei-lhe
do amôr como elle é, ou antes como
deve ser. Ella então ria-se muito e cha-
mava-me, limas vezes, ingenuo, outras
vezes romantico, Quantas vezes lhe fiz
ver a dillerença entre o amor inspirado
pelas bellezas phísicas e o amor inspi-

 

-rado nas qualidades moraes?! ..

Um dia, partiu, Passados alguns an-
ros o correio trouxe-me o seguinte pos-
tal,

«Sou feliz. Amo e sou amada, Meu
marido adora-me e eu tenho por elle
verdadeira idolatria, Obrigada Vie-
tor, pelos seus conselhos. O unico
amor que subsiste é o que tem por
hase as qualidades moraes do ente
que se ama.

M. ..»

Nem o seu nome por extenso, nem a
indicação da sua morada. Mas eu com-
prehendi bem que era ella…

Victor

 

 

 

 

 

| nou-se,

 

Crónica ligeira

A vida sedentaria que o nosso: ofício
quotidiano nos obriga a ter, desperta-
nos em regra, depois da refeição da
tarde, o desejo de passear, passear imui-
to, dar às pernase aos nervos, procurar
alguma coisa que fazer, para não cahir-
mos mam entorpecimento geral.

Daqui o seguirmos, ora sós, ora na
companhia de algum amigo, por esses
campos fóra, ao acaso, sem, rumo.

Na quinta feira passada, o dia tor-
ahi por volla das 9 horas, um
verdadeiro dia de inverno, mas quiz a

 

 

| Providencia que a farde nos mostrasse

que a estação era primaverit e lá fo-
mos aproveitando à aberta, estrada fó-
ra; sem um destino certo, até que por
despreocupados que iamos, só dérios
por nós em Vaquinhas. O cançaço apode-
rou-se de nós e sentimos necessidade
de nos sertarmos, para descançar. Pu-
chamos a primeira pedra que se nos
deparou e tomando por espaldar uma
sobreira, ficamos eomodamente recos-
tados.

“mos O nosso cigarro, como quem
precisa tomar alento para voltar de; lon-
gada para a Certa, e quando nos dis-
punhamos a deixar a cadeira que tão
bom comodo nos dava, sentimos que
alguem muito proximo falava. Como nos
não quizessemos dar a perceber queda-
mo-nos mais um pouco, mas a conver-
sa despertou-nos tal interesse que de
novq nos sentamos é ouvimos o seguin-
te coloquio:

—Ora compadre, sempre apanhei uma
estala de se lhe tirar o chapeu.. Pois,
senhores, na primeira quem quer cae.
Venho cançado, apanhei uma casaca de
ugua, e não ertcontrei por lá um diabo
que desse ro menos dois decilitros.

—Mas, compadre, que aranzek é esse?
Donde é que vem?.

—lOra, compadre, fui á vila. No sa-
bado o Cardoso do armazem, esteve Já
a dizer que reunia hoje à Camara; que
valia à pena ver, que erá de graça, que
agora eram 24 pandegos todos de bon
gosto, que ralhavam, em suma, muita
a que me dispertou o apelite. Até
disse que vinha muita gente de fóra

| vêr e então esta primeira reunião que

seria de se lhe firar o chapeu.

—Que o Celorico, iria dizer coisas do
arco da velha; que agora senhor lã
d’uns segredos, faria meter a fala ao
buxo a muita gente boa, etc. etc.

-—as, compadre, não percebo nada,
Quem diabo é esse Celorico que eu não
conheço lá na vil

— Tambem . não sei, compadre, mas

 

3 | deve ser algum d’aqueles gravatas que

por lá ha.
— Mas entao o que sa passou, conte=

| me cà?

 

 

—Qra, nada, Fui tá para ver a patus-
cad ti der quim ay arrimo emppregis
vêr as comedias à Praça, e isto de
comedias é Ludo à mesma coisa. Umas
com cordelinhos outras sem cordeli-
nhos, são sempre comedias. Mas os ho-
mens não apareceram, sabe o compa-
dre!

Lá ainda apareceram muitos, mas afi-
nal eram só os que vão de sua vonta-
dez os outros, os dos cordelinhos, net
um. Ouvi dizer que se tinha partidovo
cordel:mor, que havia por isso desar-
ranjo na maquineta.

— Cada vez percebo menos, oh com-
padre. Você fala para ahi em cordeis
e cordelinhos e o caso é que fico entor-
doado.

—Nem cu percebo. Vê, tudo isto
ouvi eu dizer na Jaquina do Pina,
mas…

—Mas oh compadre, você está com
essas cousas à despertar; “me tambem o
gosto pela patuscada: Quer ver que tam-
bem lá vou?

—Pois se quer vamos lá; diziam que
havia dança na segunda-feira. Se quizer
vamos os dois por ahi abaixo. Nunca o
diabo mais leve; é um bocado que se
perde, adeante.stá com
essas cousas à despertar; “me tambem o
gosto pela patuscada: Quer ver que tam-
bem lá vou?

—Pois se quer vamos lá; diziam que
havia dança na segunda-feira. Se quizer
vamos os dois por ahi abaixo. Nunca o
diabo mais leve; é um bocado que se
perde, adeante.

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P

 

— Ficamos, pois entendidos: lá ire-
mos na segunda-feira.

—Mas compadre, mande coser bem
os botges das calças, olhe que.. olhe…

Nesta altura a mulher do nosso fer-|
reiro veio chama-lo para jantar e fomos
privados da continuação. do coloquio.
Entretanto como os homens prometeram
vir na segunda-feira, destinaremos O
nosso passeio para os lados de Vaqui-
quinhas € veremos se conseguimos ou-
vir as sus apreciações. E alé lá, adeus,
leitor. amigo, saudades do

Bom-Ourido.

> —e————————

Ponte sobre o Zezere

De passagem para os Carvalhos. on-
va vão começar os estudos para se dar

começo aos Lrabalhos da ponte na parte
tocante a este distrito, passaram nesta
xila Os srs. João Geirinhas e João Mar-
tins, conductores de Obras Publicas em
Castelo Branco.

Folgamos dar esta notícia, por ver-
mos iniciados os. trabalhos-d’uma obra
tão util para esta região.

——e————

CAMARA MUNICDAL

Não reuniu na passada quinta- feira,
por falta de numero a comissão delibe-
raliva da Camara Municipal d’este con-
coelho.

Por identico motivo não reuniu tam-
bem a comissão executiva.

GAZETILHA

4

Eslou todo confundido

Co’as provas de simpalhias,
Recebidas n’estes dias.

Em saber da minha saude
Mil amigos se int’ressaram,
Pois creram ser meu estado
Tão precario e desesp’rado,
Que me tombasse no ataude.

 

 

 

Com bem o diga, leitores,
Já vou bom, muito obrigado.
Não me arrombou o costado
A defluxcira endiabrada,

Em três dias arribei,
Mando-a logo p’ra o diabo,
Com prazer de tal me gabo.
Graças à Deus não foi nada!!

Não fui viver co’os anjinhos,

Não esliquei a canela,

Não caí em tal esparrela,

Não chegou d’esta o meu fim,
Não mé entoaram De profundis,
Não,dei massa ao cangalbeiro,
Não deiutralslhoão cóveiro,

 

Gessem, pois in continenti,
Vossos maguados gemidos,
“Vossos prantos tão sentidos,
Que parecem do rio Nilo

As volumosas correntes,

Os rostos desantviai

E nos ulhos enxugai
Lagrimas… de crocodilo,

Já me tinha preparado
O lisongeiro Fructuoso
Tm necrologio untuoso
E epilafio, muito nedio,
“Que assim vesava: Aqui jaz
o Rulra, poeta de raça,
Que tinha pilhas de graça
Da gente morrer des… tedio.
Menino!. Estás C’uma pressa!!, .
Mas rijo e são como um pero
Cá estou e ainda espero.
Provocar a gargalhada
+ Por largos anos e bons.
Mais uma vez confirmado

à Foi o sabido ditado:

“ —Brva ruim não queima a geada!!.

: “RUTRA

n

|

 

 

– Manoel Fernandes Junior,

 

VOZ DÁ

PEFONAGEM

De volta de Tomar,
vila as sr. D.
lhães, filhas do
Emidio Ma

 

estão já nesta
Aurea e D. Lucia Maga-
nosso assignante sr.

 

U sua familia está na Cer-
assignante snr. Abilio Mar-

 

tão nosso
ques.

— Tem estado nísta villa, o snr. J.
Lacerda e M. Monteiro, representantes
da casa J. Castello Branco, de Lisbo:

— Acometido dum ataque, tem pa
do bastante incomodado de saude o sr.
padre José Maria Ferreira, do Carpintei-
ro. Fazemos votos pelo seu restabeleci-
mento. k

— Durante a semana livemos o gosto
de ver na Certã, os nossos presados as-
sinantes srs. A. Martins dos Santos,
Adelino Nunes Marinha, Antonio José Ma-
tias. Zuzimas Nunes Correa, Inacio Fer-
nandes, Joaquim de Castro Macedo, José
Martins, Joaquim Antunes, Luiz Antunes,
Afonso Lima,
padre Antonio Alves Catarino, Adelino
E. Pessoa dos Santos.

—le passagem para Lisboa, esteve
na Certã o nosso assinante sr. José Da-
tista Dinis.

— Vindo de Loanda, chegou a sua ca-
sa no Casal da Escusa, o nosso amig
sr. Joaquim Pestana dos Santos.

Damos-lhe as boas vindas.

— Foi registada com o nome de
Fausta, a filhinha do nosso queri-
do amigo e colega Fructuoso Pi-
res.

ANIVERSÁRIOS:

Fizeram anos no dia 28 de março a
menina Maria Ilelena de Carvalho Tasso
de Figuciredo e no dia 3 do corrente o
menino Marcos Vinício Cesar Pires.

 

 

T – . R 4
No proximo dia 9 faz tambem anos a

sr.º D. Carlota Tasso dé Figueiredo.
Parabens.
CCC STITE

Legislação e Direito

A RedeDórmos esta Eoredinterpabirtação
que recompila, semana à semana, todas
as leis, decretos e portarias que se pu-
bliquem no «Diario do Governo». B’mui-
to ulil aos que por dever de ofício, tem
que conhecer os diplomas emanados
dos varios Ministerios.

No proximo numero irá o vespecli-
VO anuncio.

— — ue ———

FEIRA

Realisou-se no passado: sabado
a feira dos Passos que correu sem
animação e movimento. Pracas
transações e muito pouco pessoal,
o que não admira considerada a
enorme crisesqueio poxo atravessa,
db priineira necessidade, como mi-
lho, feijão, batata e azeite se estão
a vender pelo. dobrado dos seus
preços comuns, mal se poderá ter
largueza para grandes franquezas.

sueco

E. —

Auio-purage

A firma Mendes & Albuquerque aca-
ba de abrir ao publico na Praça da Re-
publica uma garage, onde, sobre a di-
recção d’um profissional muito habil, se
propõe fazer toda a sorte de concertos
e reparações em automoveis, motos é
bicieletes, com venda de oleos, gazoli-
nu ele. ele.

Aluga automoveis para qualquer pon-
to do paiz, tendo tambem à disposição
do publico uma magnifia «voiturette».

No logar competente vae o respetivo
anuncio,

 

 

HARRET E ARREIOS

Vende-se, tudo novo
TRATA-SE COM

João d’Abuquerque—CERTÁ

 

DEIDA

adcrobatas

Tem estado nesta villa uma troupe de
acrobatas que tem dado alguns espeeta-
culos ao ar livre no largo do chaf
a-nos que tambem trazem ma-
matographica e uma boa cole-
ção de fitas para exibição ao publico,
a podendo ainda dar espetaculo por
falta de casa apropriada.

Nos trabalhos apresentados tem-se
destacado alguns numeros apreciaveis,
como es exercicios de equilibrio no tra-
| pezio e os de tensão muscular na vara
suspensa.

PELAS FREGUESIAS

PEDROGAM PEQUENO —Está já nesta vi-
la defitivamente instalado no seu ma-
gnifico chalet, o nosso amigo sr. Adeli-
no Nunes Marinha, que havia ido ao Pa-
rá liquidar os seus negocios comerciaes.

Este nosso amigo foi muito cumpri-
mentado à sua chegada.
Damos-lhe tambem as boas vindas.

CABEÇUDO—Bm virtude da licença
que foi concedida ao sr. José A, Cardo-
so Lopes da Cruz, está esta freguesia
sem professor ha mais de 4 mezes.

Todos calculam a diferença que tal
falta está fazendo aos alunos que fre-
quentavamja respectiva escola. Além de
constituir um atrazo, tem mais à agra-
te das creanças esquecerem o que
já sabiam. E’ uma falta que se torna
preciso obviar e a quem competir re-
comendamos:o assunto afim de que a
escola seja provida, pelo menos interi-
namente.

PELOS CONCELGOS

OLEIROS, 2 d’abril-Procissão
dos Passos-Com exlraordinaria
concorrencia de fieis, realisou-se no do-
mingo ultimo esta tradicional procissão.
Pregou o revd.” Conego Romão, que,
mais uma vez, deu provas dos seus do-
tes oratorios.

Partido medico-“icou de
novo deserto o concurso, ultimamente
aberto, para provimento do partido me-
dico deste concelho.

Chuva hora em que escre-
vemos chove torrencialmente, com pre-
juizo dos trabalhos agricolas.

Estada-—bDe visita a seu primo, o

. Antonio Domingues Mota, esteve en-
tre nós o sr. Francisco da Mota Arnal-
do, do Machio (Pampilhosa da Serra).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROBNCA A NOVA — Tambem por cá
GRedentas vida. Basyásam decgoltas
Nem só aiCertã terá esse previlegio;

 

 

Proença tambem tem o direito de exi-
gir vassoura.

la por aqui ruas que são um verda-
deiro monturo e onde qualquer cidadão
faz os seus despejos com uma parei»
monia digna de registo. E tambem cá
temos essa cousa à que chamam Guar-
da, que faria se não tivessemos esse
luxo. O

A rua de Nossa Senhora, por exemplo.

Já vivam cousa mais imunda?

Por aqui avalie-se o resto,

Sobre a iluminação, que nos dizem?

São realmente decorativos Os candiei-
ros, não ha duvida; para de dia são um
verdadeiro luxo, pois: compõem sobre-
maneira os edificios onde estão coloca-
dos. De noite… não se veem; perdem
o efeito à luz da lua. Mas temos can-
dieiros é é quanto hasta; quem vier a
Proença fica-o sabendo.

B’ um foco de infecção que estã ali
no Ribeiro da fonte, proximo da fonte
publica, onde ficam estagnadas às aguas
das lavagens de roupa, por não terem
sabida em virtude de estar entulhado o

 

 

pontão que dá passagem para o Monli-
| uh?

 

Temos ou não temos o direito de pe-
dir vassoura tambem?

Ora vamos lá indo de vagar.

A” Guarda um bocadinho de zelo e à
Câmara Municipal uma vista de olhos
por estas cousas é o que pedimos.

E não pedimos de mais.

—Para a capital a tratar dos
negocios comerciaes, sahiu o nossso
amigo sr. João Batista Diniz, inteligente
industrial n’esta vila. Boa viagem.

Repontão

 

|

PELO TUNA

Durante o mez findo teve logar a se-
guinte destribuição;
INVENTARIOS ORFANOLOGICOS
1.º OFFICIO
Porobito de Joaquina Maria, das Cimadas

2º OFFICIO

 

« José Domingos, da Mó

« Luiza Marques, do Ribeiro
da Louriceira

« Manoel Sequeira, da Cava

« Luiz da Costa, do Lava-
douro

« José dos Ramos, das Cer-
cadas 5

a Luiz da Silva Soldado, Ri-

beiro
a Maria de Jesus Corga, do
Sobral

3.º OPFICIO

« Maria de Jesus, das Cima-
das Cimeiras
a José Dias, da Portella

« Maria Lopes, dos Quartos
« José Clemente, do Villar
Barroco

4.º OPFICIO

a Manoel Pestana dos Santos
do Bailão

« Manoel Gualberto, do Or-
valho

a João Alves, de Oleiros

 

AUTO-GARAGE
dMendes & albuquerque
Automoveis d’aluguer, oleos,

lina e reparações.
Praça da Republica

—=CERTA——

1º ANUNCIO
Comarca da Certã

Pelo juizo de direito da comar-
ca da Certã e cartorio do escrivão
que este subscreve, nos autos de
eventario ertarolo pico Iend one ty
que residia na-Sobreira ‘ Formosa,
d’esta comarca, em que é inven-
tariante João Ribeiro da Cruz, ali
residente, —correm editos de trinta,
dias a contar da segunda e ultima
publicação do anuncio —citando o
coherdeiro, Joaquim Ribeiro da

gaso-

Cruz solteiro, maior ausente em

parte incerta fora da nação, para
assistir q todos os termos, até final
do referido inventario, dedusindo
n’ele todos os seus direitos, que-
rendo.

Certa, 31 de março de 1914.

O escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei

O juiz de direito, — Mattoso

TRESPASSE

HENRIQUE PIRES DE MOU-
RA trespassa o seu estabelecimen-
to commercial, podendo desde Já
dirigir-se-lhe quem o pretender,

seus

@@@ 1 @@@

 

os “ ” ;

 

 

 

 

VOZ Dá

 

BElGA

 

 

 

 

ANUNCIO
1.º publicação

Na comarca da Certã, cartorio
do escrivão do terceiro ofício, Cor-
ra e Silva, nos autos de execução
por custas e selos que o Ministerio
Publico move contra Joaquim Lo-
pes, solteiro e Domicgos Luiz, ca-
sado, ambos da Povoa, freguezia
Jo Castello, vão á praça no dia 19
do proximo mez de abril por dose
horas. para serem arrematadas pe-
do maior preço oferecido, á porta
do Tribunal Judicial d’esta comar-
ca, as propriedades seguintes:

A sexta parte de uma terra de
«ultura, oliveiras, sobreiras, casta-
mheiros e mato, no sitio das Var-
zeas, vae á praça no valor de qua-
venta escudos… ……. 40300

Um predio sito ás Sobreiras,
Jimite da Povoa, vae á4 praça no
valor de desoito escudos. . 18300

Foram penhorados aos executa-
dos para pagamento da quantia
de cincoenta e sete escudos seis
centavos e duas decimas de cen-
SVO RE ao o» e nlt oi 57906,2

Pelo presente ficam citados
quaesquer credores incertos,

Cerrã, 24 de março de 1914,

O Escrivão do 3.º ofi.º,
Eduardo Barata Corrêa e Silva
VERIFIQUEE
O Juiz de Direito—cMatozo.

Sapataria
à 24 de Agosto

 

davi Wunas Siva
FESEECUTAM-EE todos os

trabalhos desta arte, para que
ha grande variedade de material.
Aceitam-se emcommendas para

o Brazil e Africa.

ag

R. CANDIDO DOS REIS —(ERTÃ

MENDES & HLBUQUERQUE

nda Wazeitos.

Compra e y
Praça do Commercio

CERTA

 

E Brazil

ANIBAL MARQUES DE SOUSA
Rua do Largo do Corpo Santo, 6, 1.º
LISBOA

OLICITA documentos para passa-

portes, casamentos, baplisados,
enterros. ete., etc. INFORMAÇÕES =
TRANSPORTES = EMBARQUES de passa-
geiros, mercadorias e bagagens em to-
das as Companhias terrestres e marili-
mas, nas melhores condições, para os
portos do Brazil, Argentina, Afri-
ca, America do Norte, etc. ete.

Rapidez, Seriedade, Economia
Presta escalarecimentos na Certã,

Frutuoso À. Gesar Pires

 

Agua da Foz da Certã

A Agua minero-medicinal da
Foz da Certã apresenta uma com-
posição chimica que a distingue
de todas as outras até hoje usadas
na therapeutica.

tagem na Diabetes —Dyspepsias—
Catarros gastricos, putridos ou pa-
rasitarios;—nas preversões diges-
tivas derivadas das doencas infec-
ciosas;—na convalescensa das fe-
bres graves;—nas atonias gastricas
dos diabeticos, tuberculosos, brigh-

gotados pelos excessos ou priva-
ções, etc., etc. ;
Mostra a analyse batereologica
que a Agua da Foz da Ceutã, tal
como se encontra nas garrafas, de-
ve ser considerada como miorobica-
mente pura não contendo colibacitlo,
nem nenhuma das especies patho-
geneas que podem existir em aguas.
Alem d’isso, gosa de uma certa ac-
ção microbicida. O B. Thyphico, Di-
phterico, 8 Vibrão cholerico, em pouco
tempo n’ella perdem toda a*sua vi-
talidade, outros microbios apresen-
tam porem resistencia maior. E
A Agua da Foz da Certã não
tem gazes livres, é limpida, de sa-
bor levemente acido, muito agra-
davel quer bebida pura, quer mis-
turada cony vinho. (jn4]
RUA DOS FANQUEIROS, 84, L*
TELEPHONE 2168

 

 

 

— DE— k

MAXIMO PIRES FRANCO

é Completo sortido de fazendas de algodão, lã linho
e seda. Mercearia, ferragens, quinquilharias
Papelaria, chapeus, guarda-chuvas,
sombrinhas, cordas, tintas, cimento, cera
em velas e em grumo, tabacos, etc., etc.

AGENCIA DE DIVERSAS CASAS BANCARIAS

 

E DA COMPANHIA DE

 

Bu Gundido dog Reis— ua Br. Sumtos Dulente,

SEGUROS «PROBIDADE »

|

SERTÃ ç
RP PREPEL LS OL TITO ELLIS ELITE TERES ET RERES

E’ empregada com segura van- ;

ticos, etc.;—no gastricismo dos ex- |

 

Centro União Agricula

Fabrica a vapor
de adubos chimicos
— DE —

FRANCISCO MORAES
ALFERRAREDE

Do Sindicato Agricola de Pernes, em

4 de novembro de 1913:

Sédiuo temos o prazer de o informar que
a PURGUEIRA A. TB. O. SUPERIOR
COMPOSTA, que V. nos vem fornecendo
de ha annos, tem satisfeito por comple-
to os nossos consocios que com ela
teem conseguido ótimos resultados, tan-
toem batatas como em milho
e hortas.

Mais O informamos que no ultimo for-
necimento do ano passado, conseguimos
os seguintes numeros, na analise feita
pela Estação Agronomica de Lisboa:
—Azote 39/ — Acido fosforico 2,78 /o
—Potassa 3,18 9/o de que temos boletim.

E, pois, uma PURGEEIRA recomenda-
vel a todo o desejoso de seméar com
exito.

O Secretario da Diréção,
(a) Bernardino Rosa

— ge —

E” unico nosso depositario d’esta e
outras marcas na CERTA, JOAO JOA-
QUIM BRANCO

Semea de 1.º qualidade-‘Tour-
teaux para engordo de animaes
sulfato de cobre, sal, etc.

JOÃO |. BRANCO
—=CERTÃ=—

“Sernache do Bomjardim”
JESTÃO á venda os ultimos
da

exemplares desta monogra-
fia ao preço de 50 centavos. Pedi-
dos a Antonio Martins dos Santos,
Sernache; ou Francisco Simões,
rua dos Fanqueiros. n.º 234, Lis-
boa.
Num apendice se descrevem di-
versas e curiosas antiguidades da
Certã e seu concelho.

dya cultura da batata

as maiores é melhores COLHEI-
TAS só se conseguem com a aplica-
ção da

POTASSA
em q0Z6 cióvada, Juntamente com o
azote é o acido Tosforico

A Potassa é a principal exigen-
cia da cultura da Batata, mas para
que a Potassa possa influir com a
sua favoravel áção, quer no dezen-
volvimento da vegetação, quer na
produção das batatas, é indispen-
savel que a terra tenha suficiente
quantidade dos outros elementos
por consequencia aplicar as adu-
bações completas ricas em Potassa
e especialmente apropriadas á Ba-
tata segundo a natureza de cada
terra,

A SECÇÃO: AGRONONICA da caza O.
Herold & O. de Lisboa e com
sncursais em Porto, Regoa, Pampilhoza,
Faro, Santarem Evora e Beja, dá gratui-
tamente todos os esclarecimentos que
lhe sejam pedidos sobre as adubações
apropriadas a qualquer cultura.

Presta todos os esclarecimentos
e mformações no concelho da Cer-

ti-CARDOSO GUEDES,

 

G-6–0-0-—
SAPATARIA

à SERRANO

GOM a maxima prompti-
Í dão e ligeireza se execu-
| tara todos os trabalhos da arte

Rua Candido dos Reis — CERTÃ

Pela Acção Cathólica
) ME o sa
TRADUZIDA PELO

Padre Francisco Sequeira

com aprovação da AUTORIDADE ECCLE-
SIASTICA e editada pela «Commissão
dra da União Cathólica de Porta-
egre».
E’ O LIVRO DA HORA PRESENTE
Preço 500 réis

Pedidos ao padre Antonio Cardoso Se-

queira==Proença a Nova.

Kiosque
RRENDA-SE o kiosque sito na Car-
valha.N’esta redação se trata.

AUTOMOVEL

Aluga-se, marca Minerva, 18 H.
P. para 5 logares.

Tracta-se com João Carlos d’Al-
meida e Silva.

Sernache do Bomjardim.

Fructuoso Pires

Solicitador encartado
Rua Dr. Santos Valente

—=CERTÃ=——
LOJA NOVA

DE

João da Silva Carvalho

Praça da Republica— CERTA

Fazendas brancas de algodão,
lã, linho e sêda; mercearia, ferra-
gens, quinquilherias, papel, linho,
sola, relogios de mêsa, de parede
e de prata para algibeira; louças
emilsosticuadicirhsoremasdaderro;
Flandres, tintas, tabacos e fosforos,
etc. etc.

Gazolina 6 adubos quimicos

Agente da companhia de segu-

ros TAGUS e REPRESENTANTE
DE DIVERSAS CASAS NACI-
ONAES E ESTRANGEIRAS.

EMPRESA VIAÇÃO
FERREIRENSE

nODOS os dias, com exceção
dos domingos, esta Empresa
tem carreira d’auto-omnibus entre
a estação de Payalvo e a villa da
Certa.
“A partida da Certã é ás 12 horas
perfixas e da estação de Payalyo ás
2 horas