Voz da Beira nº101 11-12-1915
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AVENÇA
Nº101
Eructuoso Pires
“ADMINISTRADOR E EDITOR:
RESID SE E a
A. Pedro Ramalhosa
Redação o dtdminis tração:
Sua Dr. Santos Dalente
õ)
O,
‘CERTÃ j
e
Assinaturas
– EAnno, 15200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs,
“5 “Propriedade da Empreza da Voz da Beira
x
SEMANARIO
DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERT
PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA miNERVA CHLINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTA
“A constituição da
familia e a educação
* Pois que assignalamos a influen-
cia poderosissima que o lar exerce,
na escola e os prejuizos que para
ade aeção desta resultam da desar-
monia ou mau ambiente daquele,
resta-nos, uma sequencia logica
de raciochiios, apontar a causa ini-
cial desses males que tanto afec-
tam a obra da educação da juven-
tude. x
Constitue uma das mais tristes
paginas da vida contemporanea a
existencia de lares mal formados,
sem nobreza nem aprumo de di-
gnidade e sentimento. j
E tão deprimente facto deve- -Se,
sem duvida, em – grande “parte, á
defeituosa constituição da familia.
Certo que a humanidade pro-
gredin imenso desde as epocas
obscuras da promiscuidade primi-
tiva, de poliandria e poligamia,
nté 4 fase atual, de nobre e for-
mosa monogamia, sem duvida a
mais alta forma de relações entre
08 Sexos.
Porem, para que o casamento
monogamico, revista todo o seu es-
plendor dignificante da. mulher e
da criança, e, por concomitancia,
do lar, da patria da humanidade,
preciso é que “obedeça, em sua
hinopiniciog day na asmdnto oespáis
tadas. hodiernamente, s
Ele! não é, indubitavelmente, |
ão, de corpos, entre
seres de opostos sexos, mas sim
mma aliança de: “duas almas afins.
de dois envacteres semelhantes,
para à grande obra. du perpetua-
ção da especie e do progresso bu-
mano, ;
– Nos “send: alicerces! mão péde
subsistir a inferior e exclusiva con-
sideração du paixão sensual a sa-
tisfazer, sob pena de se prostimir
o leito Canjngal e de se rebnixar a
mulher ao deprimente papel: de
instrumento de goso; nem tão pon-
co fazer predomimar mesquinhas
preocupações. de interesse . mate-
vin, sub pena de fizer do casa-
mento um. simples conti acto de.
caracter merenntil, que tira todo
o encanto e tie 4 f
ao pq, ‘ ,
na mesma ai comp aa
“da vida, unem-se por indissoluvel
laço, formando um todo harmoni-
— eis 0 Casta
realisação, instituição sagrada que
resiste, inabalavel, aos insultos do
tempo e ás convulsões sociais.
A descendencia que duma união
assim formada resultar, deverá,
necessariamente ser bela é pura,
vicejar e formar-se em optimas
condições morais, e então a escola
receberá, mãe amantissima tam-
bem, segunda mãe da infancia, se-
ves normais, terrenos ferteis onde
lançará as suas sementes de luz
para o cerebro e para o coração.
Num lar assim constituido, um
pae honrado e trabalhador dará o
constante exemplo do bem, ao la-
do duma esposa emodesta, vivtuo-
sa, dia a dia a insuflar na alma,
no sangue dos filhos, as vedento-
ras energias do belo é da justiça.
O amor dos pais será penhor da
harmonia do lar, e é na calma dum
lar santo e equilibrado que desa-
brocha para a luz do mundo a al-
ma candida da infancia.
O respeito mntuo entre os con-
Juges ensinará aos filhos o respei-
to proprio e o respeito pelos ou-
tros.
Lar perfeito, em suma, dará á
escola crianças perfeitas que delas
| fará para a patria homens e mu-
lheres nobres e sem mancha.
— Eisto o que sucede comum-
mente? Tão triste como facil é
constatar que não.
A nobre, a “santa instituição da
Casnildess golpesado destinos «Qu ea-
samento degenerou quasi que num
vulgar contracto de caracter co-
mércial, em que o interesse mone-
turio é o principal factor, A in-
compatibihdade de envacteres
dissemilhanças de educações st
vulgavissimas. A falta dum ideal
nobre, de vida, duma rasgada con-
cepção dos deveres paternos e dos
diveitos dos filhos, falha. Ideais
firmes de bem, de moral, de higie-
ne, são substituidas pela delete-
vias AUgaitões do luxo. A vaidade
das: mies. fuz, a vaidudesinha dos
filhos E pira não enogrecermos
demasiadamente o quadro, exque-
camos mesmo o horror moral dos
lares onde x torpeza reina e o vi-
| cio manda, ocultas, és vezes, até,
em dobras de setim e anninhos
voseos…
Qual o Ge para tão deplo-
vaveis males, que tão divectamen-
te se manifestam na! escola como
preparadora das gerações para o
combate perfectibilisador da vida?
“A educação da mulher; a veha-
itação du casamento ; a depura-
“ção da familia.
E’ preciso elevar a mulher ao
alto Jogar que lhe toca na socicda-
sa proceder q estas “operações
Coisas & loisas…
Contribuição industrial
As reclamações que até agora tinham
que ser apresentadas nas secretárias de |
finanças de 5 à 10 do corrente para o
efeito de ser anulada a contribuição ves-
peitante ao período porque não foi exer-
cida a industria respectiva, deverão ser
apresentadas de fuiuro nas mesmas
cretarias de 1 de janciro a 30 det
ço, sobreestando o contribuinte nó seu
pagamento até que seja deferida ou i
deferida a reclamacão apresentada à
junta dos repartidores.
Matanças y
Estamos no tempo das matanças que
é como quem diz no dos bons petiscos.
Todos os sabados os bons apreciado-
ves da culinaria teem por onde salisfa-
zero apetite desde a murcela com her-
va doce até do naco de lonho cum sa-
mo de laranja.
E” um belo tempo, diga-se a verda- |
de, e infelizes daqueles que não podem
aprecia-lo devidamente, porque emquun
to du querer. «. por certo não havera
excepções.
Mas se assim é por este lado, do que
damos parabens aus gastronoinos, outro-
tanto não sacede com a maneir; ,
vósa como à chacina é feita, –
peito pelis cunventencias pessoaes e
pelas posturas.
la de consenli-se por ventura que
se mate em pleno dia e à vista de toda
a gente ni voa nais concorrida da vila?
O espetaculo da matança pelo que
pode influir nos instintos e no moral
das eriancasdh evera aca! Roses
la de LailDR e com incomodo do lransilo,
Se o matadonvo municipal está longe
do centro da vila, para que nele se pos-
a salvo
do aceio e dos bons costumes, então
aos inteve ados cumpre dispór as suas
coisas de lórma à que nada falte à exe-
cução da sua indus Da mesma fór-
ma que 0 carroceiro se previne com co-
cheira e palheiro para arrecadar os seus
carros e o penso dos gados por forma
a não pejar as ruas, assim o salchiclrei-
vo devera munir-se em sua casa dos
comodos precisos para vão incomodar o
publico.
Quem nos visitar pela primeira vez,
à vista duma fal liberdade ou indifeven-
ça muito significativas de alrazo social,
ficava fazendo uma ideia muito triste
dos nossos habitos e costumes.
A Centã já não é aldeia onde tudo se
possa permitir o muito menos opera-
ções daquela natureza que pela simples
ideia de matar teem o quer que seja
de, como filha, esposa, mãe e edu-
cadora; fazer do casamento uma
instituição pura, modelar, angusta,
tornando o lar de familia num tem-
plo sagrado de virtudes e de pere-
ne amor espiritual.
Mas em Portugal… ah! cala a
tua dor, coração que choras. ..
ac O meu Jornal
INDEPENDENTE
Anuncios Hia
Na 3.º e 4.* paginas cada linha, 30 réis
Nontro logar, preco convencional
– Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se restituem os originaes
wressionante para a indole imita”
tiva das crianças, bem como de d esa”
gradavel para quem passa e sabe me-
div a distancia a que taes serviços; de-
vem ser feitos do pubico.
Outra cerimonia anexa à matança e
| que não é menos indecorosa pára o
aceio da vila e brio do mumicipio é a
chamusca por meio de fogueiras igual-
mente feitas no aneio da rua, o que,
além de repuguante à vista, é deveras
afetivo do olfato,
Cada nm que Taça este serviço à ‘ifen-
tro dos seus quintaes ou então que es-
colha as horas da madrugada quando
as ruas ainda não são percorridas:
A guarda republicana como execu-
tara do codigo de posturas recomenda-
mos O caso que, por desaprovado de
todos, bem deve merecer atenção 6 vi-
gilancia.
Decreto sobre cereaes
Vae ser pablicado um decreto-perini-
[lindo a importação de milho, cevada,
cemeio e aveia, d’abrik e de la,
arço de 1916, seja qual
lor a provenien mediante 0 direito
de 300,01 por kilograma.
Pelo mesmo diploma fica prohibida a
exportação para Os paizes extrangeiros,
de milho do continente e ilhas e de
quaesquer outros, generos considerados
como necessarios à alimentação, nos
termos da legislação vigente,
Estrada de Oleiros
Consta-nos que os lrabalhos de ter-
raplanagem da estrada, que liga Oleiros
vila, devenr estar concluidos
9 do corrente.
soura
Dr inúneira de coagir Os srs.
varredoro s à assentarem com firmeza a
vassoura no pavimento das ruas.
Emquanto a folbada das arvores do
udro e da praça vende alguma coisa,
ainda lhe vão mechendo, muis por re-
ceio de algum cubiçoso do que por es-
ermpulos de serviço; depois, p
quadra do outono, É 0 que se es
Passam-se semanas seguidas sem que
as ruas da vila sejam varridas, donde
vesulta, por partes; uma acumulação de
tal ordem em lixo de toda à qualidade
e proveniencia. que quasi nos faz dles-
crer da boa aplicação que O municipio
fuz das verbas destinadas a este. ser-
viço. Y .
Ha nm sr, varredor que, alóra umas
manhãs gastas no aproveilamento da
tolhuda, nunca mais se viu em serviço.
Cremos porém que a folha é preen-
ebita todos 0s mezes mesmo naqueles
em que as arvores não largam.
Era bom que quem come o frmeto
vorsse o caroço, obrigando-o não só à
limpeza dos largos urborisados, mas
“ambem à das tuas e travessas da area
que lhe foi confiada,
Armamento pari.
o exercito
Foram despachadas na alfandega 80
caixas contendo pistolas automaticas
vindas do New York, no valor de 1
contos € que vão dar entrada nos de-
positos do material de guerra do arse-
nal do exercito, a fim serem distribai-
das uos diversos corpos do exereito,as do New York, no valor de 1
contos € que vão dar entrada nos de-
positos do material de guerra do arse-
nal do exercito, a fim serem distribai-
das uos diversos corpos do exereito,
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VOZ DA BEIRA
4 misbicagudrios do Varsen a maior.
geartedlos lavradores que tinham.
Rogis Ce trabalho e-criação tiveram,
«desyenter no ultimo mercado as
=suesijuntas, obrigados pela falta
«de pastos delameiro-e-ferrejos, des-
amido pla, a
R san, ão “driculdade
zpata obter auilbo-etrigo moido pa-
rra o consumo devido & Talta de
«moinhos, “todos -eles destruídos.
(0%
Outrotanto sucede, “por partes,
«com a azeitona, apesar de pouca,
não lravendo. aaa para a des-
fazer, pelo que é preciso “ir “muito
“longe. para este-servivo.
É FT
“NATAL ‘DOS POBRES
Está chegado: o Natál erem nome “de
“jantos pobres que nesse dia não terão
*um centavo para melhorar o seu jantar,
-se acaridade lh’o não fornecer, lem-
“hramos aos nossos leitores, que “ainda
“enham comiseração pela desgraça alheia,
= ideia-de lhe saoligar os superiluos des-
ea
Que maior a ieito que-essa des-
ipéra til e sem significação «pratica
«comcartões de cumprimentos e corre-
Haliva despeza de correio! E “tudo em
«gbediencia à moda pela qual lantos sa-
ificios se fazem, deixando para traz a
fesmola, ler escondida que Se vae abrir
mo Ceu!
“Pensem os nossos leitores nestas con-
ssiderações, e, se lhes acharem justiça,
<gyuande coisa seria que se dislribuisse
«pelos pobres. esse dinheiro que se aven-
via sem -escrupulo ao pedestal da vaida-
ede-bomana.
Hártaato lar com fome, tanta amar-
sgura encóberia, que mal se desculpará
z3 falta «de -sehlimentos em quem não
«aderiroa estuligapara-melhorar 0 Natal
edos poires.
Do raça nas A E mi pm 4
Movimento comercial
“Estão concluídas as obras “qro -o sr.
Martins Cardoso, Fhto realisou no seu
“ estabelecimento, «Antiga Casa Pires’Pran-
“eo Successor» devendo por estes dias
“ubvir ao publiço-o seu sonido de fazen-.
vae oa
ha
g ga E basadhe nitie
»ãc materia am disposição e valie-
«qude dos ar q ividos, apresonta
“uma Deli peneira e modernison-se
«vom a abertura duma montra e de duas
“amplas vitrines no mostrador.
s de todos’os E de que adean-.|
io
Louvarhos o sr. “Cardoso “pola sua ini- |
ebialiva é fazemos votos para que o fa-
RA de Dem servir.
” Essianeiro do Japão
E “iátânios em
ena ocnsião “de se
mlantar o Ca
“ssundo grandes: e incontestaveis as
vor do publico corresponda «DS “Seus
“ee; !
Ro Japão,
“vantagens da sua plantação, devi-
a não só, á excelo te fructa da)
E à á magnifi- À
vei Ra x :
N A aros do Japão pelas
sesperiencias feitas mesmo de hn
unuitosanos n’ontros paises sabe-se,
que é o unico qne resiste á doen-
aa a filoxera e desenvolve rapida-
te como, sucede com o bacelo
no.
ua Qtd ip egiE obter va bela | ;
lutado Oastimheiro do Japão
tim amo, ão preço de 2400 ca-
o duzin e de 183000. ar cento
dinija-se a Mannel: Rodrigues, de
Pedrogam Grande,
“par, -João Antonio Martins, Abilio
AGENDA
“Saincpara Lisboa, o sr. ‘Henri-
que Pires de Monra.
— Esteve-em Tomar o sr. Z :fe-
rinoiLncas.
—Ettiveram-em’Pedrogam | Pe-
queno, ossrs. José Alexandre da
Costa eJosé Simões Aldeias, co-
merciantes na capital,
— Regressou de Coimbra e passou |
nesta Vila para Proença a Nova
o sr. Albano Barreto.
— Vem passado encomodado de
saude o sr. João Parinha Leitão.
— Esteve na Cexntãa sr? D. Ma-
riasdo Ceu Queiroz, de Sernache.
— Tem passado incomodado de
saude o gr. dr. Gualdim “de Quei-
roz.
— Com sua filha sr? /D, Judith,
sae por estes dias’para a capital a
passar a estação de inverno o’sr.
“almirante Tasso de Figueiredo.
— Durante a-semana vimos na |
“Certã os nossos prezados assinan- |
“tes srs. José -Pestana dos Santos,
“Joaquim de Castro qMacedo. -Ade-
dino Nogueira Godimbo, Antonio
“Francisco da Silva, Possidonio J.
“Branco, Antonio Cristovam Gras-
«da Paz Medeiros, dr. Julio Peixo-
“to, Antonio Ribeiro d’Andrade 3.
Carlos:d’Almeida e Silva, Manuel
da Silva Cardoso dos -Reis e Da-
niel Bernardo de Brito.
Aniversarios
Fazem anos:
Hoje a sr“ D. Lucia Magalhães
e a menina Maria Ofelia Cezur Pi-
res,
Amanhã o sr.
Ribeiro.
No dia 14 a sr D. Maria Olim-
pia Marinha Guimarães.
Artur “Caldeira
TEA
Não se realisam, como havia-.
mos noticiado, hoje e ámanhã as
recitas que o Trio Souza projecta-
va dar no nosso teatro.
Parece que ficaram adiadas pa-
xa A-prOEima Semi;
mas rena
SER DAS
E SR
A quem ainda mão souher
“por não. les vindo às s
fe
Rr
“vão ser “gastos algums io
: tisfizer
; “a umas certas condições:
“Ter exume de admissão.
“e ter sído Adminisprador,
“embora fosse q nomeação
«dum Governo dictador,
é a principal condiçã
pura veceber este luvor,
— Não precisa grando saber –
“nem ler uvas certos estudos,
porque não tem que fazer,
“é só trazer os Camídos
“e ser pontual no veceher
dozentos é tantos escudos:
não se faça ala ido) |
e quem estiver inenrso,
querendo flinvese no partido, .
não avieeeie o recurso i
envie papeis ao
Dr. Salido i
Festada Imaculada
Célebrou-se na quarta feira esta
festividade, promovida pela-Asso-
viação das Pilhas de Maria que foi
incansavel em procurar donativos
para ocorrer ás despezas, Hotrve
2 respectiva novena e no dia bas-
tante movimento de “confissões ‘e
comunhões. !
Bem hajam as incansaveéis’se-
nhoxas pelo seu louvavel zelo em
não deixar no olvido essa-consa-
gração religiosa.
E sm:
Quartel da Guarda
Republicana
Parece-estar-se tornando inabi-
tavel a casa onde, presentemente
se aquaitela a secção “da Gunrda
Republicana, tal é à quantidade de
beiras que ali caem por’toda a
| parte,
Por esta razão o sr. alferes Vas-
co comandante da secção, já va-
rias vezes pediu providencias nes-
te sentido 4 camara municipal, pen-
sando-se-por este mútivo’em me-
“dar de casa.
— ED ———
Dr, Joaquim Ribeiro
“Esteve hontem na Certã o“sr.
dr. Joaquim Ribeiro, ilustre ‘de-
putado da Nação.
Epa gas o jr
A Irmandade do Sagrado Cora-
ção de Jesus de Sernache, pediu
ao governo a cedência de 12 eu-
culiptos para ‘serem “aplicados ‘na
construção do jardim escola João
de Deus,
“Portugal”
Recebemos a visita
colega, semanario republicano que
se publica na capital.
Apresenta-se bem redigido.
Tem-u sua redação e adminis-
tração (provisoria) na rua dos Ba-
calhoeiros, nº. ITS.
Vamos gostosamente estabele-
cer permuta.
Espingarda que se dispara
Ha um ano, pouco mais ou nre-
nos, saiu de -Sernache do Bomjar-
dim. com sua mulher e tres filhos,
para Lonres, proximo de Lisboa,
João da Silva Maia, que se empre-
gon como caseivo na quinta do sr.
Vanhaiio Amorim.
“Ha dias, por ordem “do patrão,
dirigin-se 4 vacaria, onde O va-
queiro José Baixinho examinava
uma espingarda caçadeira, e para
o atender, colocou a espingarda so-
bre uma meza, mas por tal forira,
que esta disparando-se foi atingiu
o nosso infeliz patricio na coxa es-
querda, esmagiando-a,
Foi logo conduzido ao hospital
de 8. tin onde foi operado e fi-
| cou em tratamento.
À camara municipal de Vila-de
Rei solicitou do governo que R
construção da estrada nacional nºº
122, n part te compreendida entre
AR EMO 6º Rio Pevere, seja
feita de maneira u passar pouco
mais ou menos pelos logares de
Paredes, Vilar, S. Martinho e Pru-
tus daquele oicelho. ‘
“d’este novo
Correspondencias
Oleiros, S-NK II —Cónlinua
sendo o téma de todas as conversas a
medonha Lempestade, que assoton “este
concelho, e m’alguns pontos tomou as
proporções de uma hovrorosa ‘eatástro-
fe. A” maneira que os dias vão ‘corven-
do, ‘mais se -apurám-os prejuizos, que
são enormes.
O desanimo irvadiu-os nais «corajo-
sos, lirando-lhes as energias para Juta-
res contra-a-desgraça, que agora “os
feriu.
No meio do pavor “que “de “todos se
apoderou, e as chuvas torrenciaes-dos
ultimos dias teem avolumado, iesp:
se que as corporações administrativas
representem ao Estado no. sentido ade
serem subsidiados os mais pobres, e
mais cruelmente alingidos.
Pouco esperamos da providencia “ofin
cial, preocupada talvez com assuntas de
mais transcendência, “e prejuízos ade
maior monta; mas bom será não deixar
a ninguem o direito de acusar, pelome-
“nos-com justiça aparente, de desleixo e
inchvia aqueles que pela sua situação
oficial forum conslituídos guardas vigi-
Jaxites dos inte s populares. y
—mRealison-se hoje na igreja iparo-
quial desta’vila “a festa da Nossa Se-.
mora da Conceição, pauroeira desta
a. Apesar “do man tempo, a con-
ncia foi grande, e maior ainda a
piedade eo respeito com «que os “Seis
[assisliram ao religioso acto. 4o Evarge-
lho prégou o R. Conego ‘Romão, “qre,
paralranseando a vida de Job, racofren-
dou coragem e alento aos infelizes,«que
Deus próva, para confinna-losna fé,
mas não desampara.
— em estado bastate doente na. sua
casa da Celadinha, o nosso amigo Bavid
Barata, que ultimamente exerceu o -do-
ar de administrador deste concelho.
emos votos pelas suas imelhoras. |
— Por notícias recebidas ide Lisboa,
sabe-se haverem desembarcado de bor-
dodo «Motambique»-alguris rapazes deste
concelho, que fizeram parte da expedi-
ção a Porlo Amelia. As familias, que
us esperam de braços abertos e lagri-
mas de olegria nss olhos, os nossos pa-
vabens.—(X.)
E
Vila de Rei, 8 és —Ainda se não
desfez a impressão de dor causada pelo
temporal que deixou muitas familias na
miíseria, levando-lhes as propriedades
de cultura na corrente devastadora da
agua.
Muilos prejuizos, pois veem-se pro-
priedades de enlina transformadas em
cascalheira que jámais poderão ser cul-
livadas, mas felizmente não houve des-
es, Os riíbeiros é regatos
estã por essas propriedades:
memoruvel e e-pornuito. pouco. se não
vepetiu o temporal wa noile de 5 do
corrente em que choveu lorrencialmen-
te, ao mesmo tempo que soprava um
vento assustador, pois abalanido edifi-
cios ameuçava lança-los a terra,
O sr. adminislrador do concelho par-
ticipou superiormente a tão, lamentavel
siluação em que ficaram quasi todos os
proprietarios, esperando-se que 0 gover-
no ordene o que sendo justo minore a
desgraça: dos prejudicados.
—Saiu para a sua casa do Soda o
sr. Josê Rodrigues de Malos é Silva,
acompanhado de sua ilustre familia,
— Tambem saiu para o norte, onde
vae Imalar dos seus negocios, 0 sr; Joa-
quim Martins Rolo.
aoAndop se na capilal, já ha dias,
o sr. José Henriques Alves Froes
“rem passado melhor dos seus pa- —
ecimentos o sr. Julio P. de Malos, se
creturio de finanças, com o que muito
rejubilamos.—(X,)
CORAO
DIGURIATRAS pl pagar as suas assinatu-
ras Os sts.:
João Antonio Serra, dr. José Francisco
Tavares, Jose Luiz Delgado, José Mar
Alves, José Muiguel Coelho Godinho, Te-
nente Alves Dias, D. Amelia P. Durão,
Prancisco David e Silva, Ji Nunes da
Ponte, João Cardoso, José Alexandre da
Costa, José Antunes Pinto, Amadeu Vas
lente, José Agostinho Dias. Dias.
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VOZ DA BEIRA
ama. CASA PIRES FRANCO
au CARDOSO.
QUINIA FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 191
és “Inauguração deste estabelecimento depois das importantes mo-
A ificações nele introdhzidas
“Su ssdossecom
Grande sortimento de fazendas de lá, algodao, linho e seda sr
a ARTIGOS DE MERCEARIA DE 1º QUALIDADE JS E
«MoGeoooom
E k evindviiHARIAS
A ERADEUS E GUARDAS
E a e] 4 — +BOCOCOdOR-
| LIVRABIA E PAPELARIA
Obras de HMantegazza, Dr. Brito Camacho, Eamartine, albino dorjaz E
is Ai dulio dantas, Pod etc. etc, =
E E e DA
ES g
“es samO SANHHAINO EO ao E
— Bueias de retrete, bidets, quto-clismos, tubos de SRA etc, to, re E
abono | > Es É
| VELAS DE CERA» CE
“odio SALDOS de fazendas e miudézas pr ar preços imodicos É
a — Fabacos nacionges e extrangeiros E |
E Vinhos do Porto, Chanpagnes licores, conservas wc doces É
ANOS BEDUÇÃO DB PREÇOS
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a da Foz da Gertã
“A Agua minero- smeedieizal da Foz
eda Cer tã apresenta uma composição
vehimica que à distingue de todas as ou-
Has até hoje nsadas na lherapeutica.
E empregada com segura vantagem
“ma Diabétes— Dyspepsias—Catar ros
. gastricos,. “putr idos eu parasitarios;—
“nas preversões digestwas derivados
-das hã loenças infecciosas;-—na convales-
*«censa das febres graves;—nas atonias
astricas ‘dos -diabeticos. luberculosos,
» brighticos, etc: saio Bastritismo dos
e exgotados pelos é exvessus on pripações,
selc., Bic
Mostra-a analyse batereologica que a
– Agua da Foz da Certã, tal como se
* encontra Tias garrafas, deve ser consi-
“ derada como microbicamente
ura tão contendo colibaci-
“to, nem nenhuma das especies patho-
=geneas que “podem existir em “aguas.
Alem disso, gosa de uma Certa accão
– emicrobicida. 0 Be. “Thyphico,
‘Diphterico, e Vibrão
“* -cholerico, em ponto tempo nella
sperdem todos a sta “vitalidade, outros
“microbios apresentam po E resistencia
“maior.
A Agua da Foz aa Certã não “tem ga-
-zes livres, é limpida, de sahor levemen-
“te-acido, muito agradavel quer bebida
pura, quer misturada com vinho,
“DEPOSITO GERAL
RUA DOS FANQUEIROS, 84, L.*
— NBLEPIONE 2168
edro Esteves
ATFAIATE
Patos para homens é rapazes
emo todos os generos
Preços Modicos
“Praça da Republica CER TÁ
; E-SE
“Uma propriedade que se-compõe
“de terra ide semeadura, arvores
“com agua canalisada, casa de ha-
é Ni edependencias com cochei-
xa, denominada a Quinta de Santo
“ “Antonio, sita em Sernache do Bom
Jardim.
* Quem pertentender
póde dirigir-se ao sr.
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