Patria de Celinda nº28 21-08-1921
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Rio 23
iate grai rena
Emesto: Marinha. no
Director e Editor
Redicção Ra
R:-SERPA:PINTO
| CERTA.
Certã,; 2l-de Agosto: de 1921.
SEMANARIO- INDEPENDENTE
Pela Verdade é pela Justiça
ASSINATURAS a Trimestre 12:n.98) 1820. cent! : A
Avulso, ro saio
Composto e imprésso na TIPOGRAFIA FIGUEIROENSE.
Figueiro dos Vinhos.
encare pai ra rca me E e fe -—
À POLITICA
DODISTRICIA
Continua cada vez mais ema-
ranhada: a politica: no districto
de Castello Branco.
Talham-se influencias, dé
mangas arregaçadas e cutelo na
dextra, com: a naturalidade sim-
ples de quem, conhecendo su-=
perficialmente anatomia, esquar-
teja impiedosamente o: suculento
carneiro eleitoral.
D’ahi, esse rosario’ de inve-
ctivações que bradam. aos céos,.
talgualmente-como o que é des-
fiado. duas vezes por semana, á
porta. do. açougue, desta vila,
onde não ha. balança de repezo
para a boa posta de lombo,
nem mesmo. para. a. minguada
ração das terças como contra-“,
pezo de esquirolas es até: dos
olhos vitteos das rezes. abati-
das…. por um golpe de mise-
ricordia, na sua já abalada
saude.
Como no: talho-municipal: da
Certã, assim no talho eleitoral.
dos dois-circulos do districto,
Os magarefes, de olhar argu-
to como:o typico olhar do nosso
Vazupa, são insensíveis arecla-
mações.. Todos lhê merecem a.
mesma: consideração, porque to-
dos pagam, e -hão, de ser bem.
servidos. . « com ossos ou com
lombinho dos rins..
Ha coshichos por detraz do |
ARUNCIOS+ LINHA 20: CENTAVOS”
*- Permanenté-preço convenciônal . |
PROPRIETARIO: E. ADMINISTRADOR:
Ernesto. Marinha
rea Eq ——
fiscal. mihicipal assim como ha
mos: nos, Ecos Eleitoraes do ul-
manifestada. anteriormente. no
Liberal, de que é ilustre dire-
ctor, leva-nos á conciusão de
que a politica do districto é, ou
está sendo, propositadamente
“cada vez mais emaranhada..
“Come: estamos de rigorosa:
dieta, não: temos ido:neém’ man-
dado aos: talhos.. Fazendo um
pouco: de blague, fazemos a
nossa> habitual estação de cura.
Que todos nos perdoem!…
SEZNZNZ NEN TANIA.
Koi colecado: na comarca
de: Viana-do- Castelo; asem
pedido, 0 juiz: de definida
comarca de Certã, sr. dr.
Adelfo-Maria Sarmento Sousa
Pires, que na curta passagem
pela adininistração judicial
da comarca, nela vincou,mais
| uma vez, a integridade do Seu
caracter; deixando tambem:
| ne sociedade certaginense as
melhores: recordações, a lha:
| neza do seu trato é as fidal=
gas qualidades: do: seu espis:
ritos,
| Fez exame de admissão aos.
| liceus, obtendo: plena: aprova
ção, o menino Eutichio ei
balcão, perante a passividade do | te de Lemos.
“coito: danado por: detraz dos
| bastidores da politica districtal.
“A. ultima nota oficiosa do sr.:
: govenardor civil que’transcreve-=
timo numero, ea’sua: orientação
Dr. Sousa Pires
LEI DA CAÇA: -..
Começa brevemente a per-
tantos prejuizos tem: causado
suas: colheitas prejudicadas,
em: muitos: sitios; pelo dente
daninha do coelho; ete:
Jasto: é que certos: caçado-
res, poreta, não: façany agora:
outros estragos na propriedi=
t
pão alheia, derrnindo os- seus
muros-e socalcos na ancia in-
| sofrida da- caçarem» um “ani-
malcjo. que neles progtrea vê
fúgio.
1 E’ conveniente que tonhari
sempre em vista que, O facto
de terem. uma: licença: para
ponsabilidade pelós prejuizos
cometidos “em propriedade
propriedades são mutadas;
valadas: ou. bardadas,– nas
quaes não devem: nem. podem
etivos donos.
Como muito se tem abnsa-:
aviso para. osIncautos,
Porque: para os useiros é
veseros repontões, que já
‘que prendel-os mais curto. |
A
missão da caça, cujo” defézo
prolongado neste: concelho:
aos proprietarios que vêm as:
caçar; os não isenta; da res=:
alheia, motmente quando essas
caçar, sem licença dos respe-
do: neste: sentidu, ahi fica o-
“cantam bem aária dissolven-:
te sem. respeito. pelos-direitos:
que a-lei concede-aos proprig=:
tariosn’aquelas condições, ha.
Bus nas Rd ad a@@@ 1 @@@
Estrada
do Cab ral
“O troço compreen-,’
dido entre Pedrogam | É
Pegueno.e a ponte do|
Cabrfil sobre .o ‘rio Ze-
zere, necessita de ur-
gentes feparações nos
muros ou cortinas que
se acham bastante
danificados, oferecem
do nalguns pontos um
perigo para a vida dos
viandantes.
– Para o assunto-cha-
mamos a atenção de
quem superintende na
conservação d’aquela
unica via que liga dos
districtos de Castello!
Branco e Leiria.
PRADA
a & Teatros & É
ERRA ADRIZaRÉ
Realisou-se, no domingo ulti-
mo, no Teatro Tasso d’estavila,
uma recita por um grupo de
amadores certaginenses, com a
aplaudissima comedia de Ger-
-vasio Lobato, o Comissario a
Policia.
Peça consagrada, em que o
saudoso Valle, o incomparavel
comico, obteve a sua corda, |.
escusado é dizer oque ela é no |:
no seu genero.
D’uma tão bem imaginada
quanto cuidada contextura, tem |: g
scenas d’um comico inexceai-
divel. Za
Aguela D. Maria Francisca,
mulher de seiscentos demonios,
se viesse nos tempos d’hoje,
daria uma nova rica, tempera-
mento rafiné,
admiravelmente com a D. Chica,
esposa do Conde Barão…
emparceirando.
‘PATRIA DE CELINDA
| – “Não se .compatece a falta.
E d’espaço «leste semanario com
1-0 desejo de nos determos em
| detalhada apreciação ao modo
ibom o desempenha.
‘Nos papeis de maio! respon-.
sabilidade não podemos deixar
de nos “referir aos da ex.”* sr.”
D. Judith Figueiredo que nos
deu uma ‘D. Maria Francisca-de
cabelinho na venta, muito per-
feita; ao da ex.””: se D. Fausta
“Costa, uma ‘D. Vicencia Carnei-
to, soberba de naturalidade;
ao do sr. Antonio Barata, um
esplendido e inconfundivel Co- |
missario, pisando com toda a
confiança o paleo e conhecer-
do-lhe cs segredos como qual-
«quer bom profissional; e final-
mente do sr. Adrião: David, “que
| nos deu um bom conselheiro, |
se bem que em papeis d’este
genero já nos tenha agradado
| mais, desemperihando- os mesmo
com muito brilho artistico.
Casa, literalmente 4 cunha,
| vendo-se magnificamente repre-
sentados, Pedrogam Pequeno,
‘“Sernache.e Proença.
Aqui bisamos o nosso aplau-
so .ao qual juntamos os nossos
sinceros votos para que se re-
“pitam noites dºarte como esta.
E é que .a-Certã, que dispõe
de tão bons elementos, não leva
a bem que a privem por longos
GALO = cio
e %
ta
li
—Decorreu animada a ultima re-
cita no Teatro Tasso. Koi uma
moite de arte que deixou belas re-
cordações.
A critica é feita na secção com-
petente por um amigo da Patria
de Celinda que gentilmente acedeu.;
ilustral-a com a sua colaboração,
—Encontra-se na Certã.o sar-
comia “se houveram .os interpre-‘
“São: nomes feitos, conhecedo- :
tes -da tecnica .do teatro, sendo |
periodos de tão salutar distra-.
Des .
a
“gento sr. AdolfoFarinha, que esteve
prestando serviços na Companhia
do Nyassa, Africa Oriental.
—Para a Covilhã seguiu o sr.
José “Pedro Marcal, fiscal dos im-
postos da pon
—Do Gafes regressou com sem-
-siveíis: melhoras o sr. José Nunes-e
“Silva–e-seu “filho si. padre Antonio
‘Nunes:e Silva.
— Ao Mosteiro de ‘8.. Tiago re-
“gressou o sr. José Dias Farinha.
— Está na’Certão aluno do Ins-
tituto Superior Tecnico; sr. Joaquim
Barata Gorreia e Silva,
— Está na Certão sr. Armando
“Pinto, exi” esposa e filhinhos, que
ha pouco regressaram de Angoche,
Africa.
— Tambem de regresso d’ Africa,
seencontra-entre-nós.o sr. ‘Francisco
da Silva Martins é ex.”º esposa.
—Saiu para a Serra da Estrela
com suas filhas, a sr.” D, Alice
“Gonçalves Marinha.
—Continua bastante -doênte &
menina Maria da Encarnação Pinto
Antunes, estremosa: filha do sr.
“Manoel Antunes.
* —Encontra-se em Sernache do
Bomjardim;, o-sr. Antonio Joaquim
do Valle, e nesta vila o’sr. Carme-
tino Ferreira Pires e ex.”* esposa:
—Esteve na Abegoaria com pe-
quena demora, o sr. José Martins,
e ex:”ê esposa € sobrinho.
a AIEA Em
Às botas de côr
Para limpar com graxa preta
j) las botas de côr que estejam
muito sujas, não ha outro reme-
dio melhor nem mais caseiro
que empregar uma tinta; mas
isto pode estragar o calçado.
Recomenda-se, comtudo, que
se untem as botas com batata
; recemcortada e se lhes dê em
seguida graxa preta ordina-
ra.
À
À@@@ 1 @@@
3
PATRIA DE CELINDA
reter
É!
NG CORAÇÃO DE PORTUGAL
Ultima oração de Nun’ Alvares
MA
Dapela da Senhora dos Remedios
“Nos “suburbios “desta vila de
Certa, ao nascente, mandou o
condestavel D. Nuno Alvares
‘Pereira, erigir, :ou talvêz’recons-
truir, uma ermida sub a invoca-
ção da Virgem, que em antigos
“documentos é conhecida por ca-
pela da Senhora do Meie, por
estar situadasno meio de Portu-
gal. Hoje, e nos documentos
contemporaneos oficiaes é geral-
mente conhecida por Senhora.
dos Remedios.
As tradicionaes romarias que
-ospovos d’esta região e de muii-
tas e largas leguas em redor
“fazem anualmente, nos dias 14
e 15 de agosto, são muito con-,
“corridas, e,’ao convergirem ali,
cantam, pelos caminhos eorre-
gos ide .alcantiadas serras; a
sua crença arreigada, traduzida
na seguinte .quadra:
A Senhora-dos Remedios
tem-o-remedio na iaão;
o remeuio da vida,
o remedio do coração.
e
ak ae
Ta Nun?Alvares, como :reierem
varios cronistas, sempre-que por
esta região passava e d’onde
era natural, visitar aquele san-
tuario.
“De uma “das vezes, ali ajoe-
lhara e implorara o remedio da
vida para esta pobre Patria
prestes a perder a sua indepen-
dencia e que depois salvou em
Aljubarrota e Valverde.
Tempos depois…, e já
quando os desgostos e as in-
gratidões se anniharam no ar-
caboiço de aço do Condestavel,
ali voltou áquele sitio ermo cu-
”
rs
jas “brerihas, estendendo-se pe-
| los outeiros sobranceiros, mal
deixavam divisar ao longe. o
i-velho castelo da vila, onde Ce-
linda, em epocas já distantes
tambem, salvara a patria certa-
ginense.
N’aguela tarde quente de ju-
lho, quando o sol parecia tom-
bar num poente triste, Nun Al-
“vares transpunha, pela ultima!
vez, apequena porta ogival da
em cujo santuario ferverosa-
mente orou. implorando-o. reme-
dio para o coração alanceado,
que tão leal fôra à sua Patria e
ao seu Rei!
Foi assim que Nun’Alvares,
despojande-se das maiores hon-=
ras e de tndos os seus bens,
mais tarde morreu numa mo-
desta cela do Carma, encontran-
do na.solidão des claustrós
| daquele convento ‘o balsamo
; anciaão e a paz «do coração.
y Foi em 1431.
% ae
Desde aquela data que em
se começou a venerar o Santo
Condestabre.
Na ermida da Senhora do
Meio, ou Senhora dos Reme-
dios, consagrou-se-ihe então
um altar, sendo muito notavel a
imagem modelada em cêra que
ali existia, segundo resam os
cronistas, à qual os povos da
Certã prestavam acendrado
culto.
E certo, porem, que diversas
foram as causas que contribui-
ram para fazer esquecer o culto
ermida da Senhora do Meio,
Lisboa e outras terras do paiz |
ER COna snes
prestado ao guerreiro e monge
Nur’Alvares.
Umas delas foi. sem duvida,
o decreto do pontifice Urbano
VIII (1623-1644) exigindo cer-
tas formalidades e licenças dio-
cesanas para certos cultos, coin=
cidindo tambem. a dominação
castelhana para 0 desuso daque-
la veneração, pois Nun’Alvares
foi o terror do castelhano; era o
papão com que .as mães de Cas-
| tela adormeciam os filhos : Oja,
nino, lá vier D. Nuno !. ..
“Porem, com a recente canonie .
sação de frei Nuno de Santa
Maria, pois era esse 0 nome
que adoptou ao abandonar as
honras e bens | profanos, voltou
“novamente, no dia 14 de agosto,
a ocupar o seu logar de honra
naquela ermida, o Santo Contes-
tabre, frei Nuno de Santa Ma-
tia.
S. Nuno voltou de novo
A” sua ermida d’outroras
Jã tem pae o nosso povo
Que a mãe é Nossa Senhora.’
HEXOs FOxte
Resvestiram o maior brilho as
festas a S. Nuno e á Senhora
dos Remedios, nos dias ;14’e
5
À concorrencia de romeiros
foi extraordinaria.
Tomaram parte nas festas as
filarmonicas Certaginense e Pe-
drobiense, CM rimas
No basar foram sorleadas e
| leiloadas valiosas prendas.
Todo o: programa dos feste-
jos foí executado á risca, não
havendo durante aqueles dias
qualquer nota desagradavel
A falta de espaço impede-nos
de desenvolver mais circunstan-
ciadamente o decorrer dos fes-
tejos.
ee e
O cheiro do tabaco
Assegura-se que, para tirar rapi-
damente o cheiro do tabaco duma
casa, basta colocar ao meio d’ela
um balde de agua, em que se tenha:
deitado um punhado de ferro. Este,
ao molhar-se, absorve todo o cheiro
desagradavel do tabaco.@@@ 1 @@@
PATRIA DE CELINDA.
[Tinta para: escrever
mn
SO ob mouro-enamorou-se: .
D’Ely, virgem christã, sendo filho d’ ind
Tamanha dôr sentiu que o misero exilou-se,.
Como: se alguem. pudesse: á. propria dôr fugir!
PO É ga issos “Ng Lê
Na terra alheia, ao motro; abraza-lhe a: “memoria
A imagem da: mulher que o:seu: amor prendeu, .
“E imaginava-a’ morta, em seu nimbo de gloria,.
Sob 0: esplendor dum, céu que nem mesmo-era. Seu..
Mas asse cual ineo pote: esquecel.o,
E nesse immenso amor; com-presagios-d’agouro,.
Sentia-se morrer-como:um:lyrio-no-gelo,
Sem: o doce-luar dos. seus.olhos. de mouro..
h
En no: instante supremo; ambos: crentes, temendo
Que-a morte os separasse, ou no- inferno ou-nos ceus,.
Elle invocou Jesus, cheio-de-fé, morrendo, .
E a christã. murmurou:. «Alhah, só tu.és: ess
f
monto Ren
LOJA. NOVA .
Viuva de João da Silva Carvalho
“SUCESSORES, LIMITADA.
Fazendas d’algodão.. lã. linho.e séda. Mercearia, fertagens;.
quinquilharias, bijouterias, vinhos.finos e champagne. /
Louças, vidros, camas € lavatorios de ferro,,
folha: de Flandres, ferro, aço, etc.
ADUBOS.- QUIMICOS E ORGÂNICOS.
Depósito de.tabacos € fosforas. etc.
Praça d da Republica — CERTÁ
LANLALAA és BAAAAAAA
ensine
Y di FEV
e
em superficies me-
talicas polidas.
a. dep –
ja Dissolvam-se 20″ partes: de:
resina em-150-partes de alco-
ol, e adicione-se em. seguida:
uma parte-de-azul.de methy-
lenio: :
” Por outraparte, prepara-se:
em 250-partes de. agua. uma
dissolução de 35partes de bo-
rax, Mistura-se então tudo efi=
(ca assim feita a” tinta e em dis-
posição: de se empregar.
EMMOCDODODO
é: Tipografia é
é Figueiroenso: –
Encariega: se; de indo
& os trabalhos graficos por
preços. muito convidati-
VOS.
2] natal TESMERÁ RICO
EMLAQUISIOS NOVOS
» vPapeis e cartões
ara todos os trabas
hos. de luxo: 2 2 354
SA
Grande variee
dadedecartões.
e visita.
: Encatrega-se de:
dai os. trabalhos: em
“Impressos. para: reparti-
ções. publicas,. tribunaes,
* programas, recibos, factu-
ras; timbragem de papel e
– envelopes, etiquetas para
farmacias, fabricas, etc: :
rsss Pieeas cana ais UR
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da
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– rapidez. naexe-
cução de todas
asencomendas.
Pedidos à Tipografia Fw
qgueirgense =*Eigeiró dos:
Vinhos.
s0900000005.
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poroprenasaneeneensenpestest