Patria de Celinda nº11 12-07-1917

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Neº 11
Certã, 13 de Julho de 191%
1.º Ano
ERNESTO MARINHA
Director
Redação e Administração
R. CANDIDO DOS REIS
Gerta |
“ PATRIA DE CELINDA
SEMANARIO INDEPENDENTE
Pela Verdade e pela Justiça
ASSINATURAS —Semestre, Ex n.º) 850 cent. Avulso, 503 c.
Propriedade da empreza PATRIA DE CELINDA ;
Composto e impresso na MINERVA CELINDA — CerTÃ
NO REGIMEN DA MORTE
O sr. dr. Clemente Gomes, ajudan-
te do director da policia de investiga-
ção, foi preso na praça do Campo Pe-
queno por persistir em querer ver o
espetaculo do camarote da anclorida:
de policial.
O sr. capitão Esmeraldo, que neste |
se encontrava, mandou-o | acompa-
nhar por um polícia à esquadra mais
proxima.
Depois o sr. dr. Clemente Gomes
saiu da esquadra e foi assistir à Lou-
rada no camarote do sr. governador
«civil. –
“* E devertido, ou não é?
De O Liberal
e
deas
E’ realmente divertido o facto
que nem todos os jornais da ca-
pital noticiaram.
Foi o sr. Marques da Costa, que
na camara dos deputados lhe den
maior publicidade, insurgindo-se
contra a arbifraria prisão do dr.
Clemente Gomes-e contra a comis-
são da censura que cortou a nofi-
cia em muitos nossos colegas na
imprensa…
E quando aquele deputado, em
face de taes arbitrariedades, inter-
rogava o ministro do interior para
saber em que regimen viviamos, o
– deputado sr. dr. Francisco Cruz,
antecipando-se, sublinhou num
áparte, dizendo que viviamos no
regimen da morte!
Foi um deputado republicano
que assim o proclamou bem alto!
Foi o deputado eleito por To-
mar, que já outro dia, tambem na
sua camara, verberou asperamen-
te um outro deputado eleito pela
Certã que, tendo proposto um sub-
sidio de 3:500800 para a recons-
trução dos nossos Paços do Con-
celho, na comissão do orçamento
do ministerio do interior de que era
relator, retirou a prosposta desse
subsidio, picado por ruins senti-
mentos de despeito!… sacrifican-
l Es oa à
do a essa palzdo OS legitimos m-
teresses dos povos seus, conterra-
neos que se não opuseram á sua
eleição por um sentimento de ..
piedade!
E nós, distanciados do que pelas
altas esferas se dize se verifica,
ouvimos os ultimos sons lugrebe
mente repercurtirem-se nas que-
bradas destas montanhas e verf-
camos que aqui tambem, — nesta
grande republica da Andorra cer-
taginense ou neste pequeno duca-
do —-se tem passado casos muito
divertidos, proseguindo ineterru-
ptamente… a fita. )
‘ Qualquer que seja a interpreta-
ção dada áquela frase, é. positivo
— com a devida venia dos de opi-
nião contraria—que estamos no
regimen da morte!
INFORMAÇÕES
São novamente avisadas as praças €
suas familias que tenham direito a qual-
quer subvenção creada pelo decreto
2498 de 14 de julho de 1916, e que
ainda a não tenham requerido, de que
o devem fazer desde já, afim de apro- |
veilarem as vantagens que, 0 aludido
decreto lhes concede, pois que, em bre-
ve, serão tomadas as medias necessa-
rias para a liquidação de contas.
IE SP ICGHOS
De A Luta, unionista, respiga-
mos uma parte do que se passou
na sessão de 4, na camara dos de-
putados:
Resgistou com desagradavel surpre-
sa,—uiz o sr. Martins Cardoso—a alitu-
de tomada pelo deputado sr, Abilio Mar-
gal quando se disculin a verba de
3.500300 inscrita no orçanmento do
ministério do interior e destinada à re-
construção do edifício dos paços rnguni-
cipais da Certã.
ANUNCIOS—Na 3.º
Permanentes: preço convencional.
EDITOR E ADMINISTRADOR — B, MARINHA
e 4º paginas, 3805 cent. a linha
transfe-
portanto,
Tratava-se de uma simples
vencia de verba, não: Lendo,
que aplicar-se a lei travão.
Foi mais uma habilidade politica de
s. ex.º; os interessados que lho agrade-
Çam. ;
Referin-se lambem ao facto de não
ter ainda sido votado o projecto apre-
sentado pelo mesmo sr. deputado em
maio de 1916, creando uma nova as-
sembréa eleitoral na freguesia da Var-
zea. Nessa Ocasião leve a ingenuidade
de acreditar na sinceridade de s. ex.º,
mas os faclos que se tem dado: desde
essa dala, radicaram no seu espirito a
convicção de que s. ex.º nunca se preo-
cupou nem preocupa com os legitimos
e verdadeiros: interesses da região
mas que só lem tratado e continua tra-
tando de defender os seus interesses
pessoaes.
Foi s. ex.º quem em outubro de 1913,
sendo adminislrador do concelho da
Cerlã, organisou as novas assembléas
eleitoraes do concelho, organisação que
não honra nem prestigia o princípio da
auctoridade, pois fére os diveitos eleito-
raes dos cidadãos das freguezias do
Troviscal, Cumeada e outros e é a máis
completa negação da doutrina do art.º
47.º do codigo eleitoral.
Mantendo-se as aciuaes assembléas
eleitoraes, fica uma delas, – a de Serna-
che, com mais de 700 eleitores, quan-
do seguado a lei nenhuma assembléa
póde Ler mais de 600 eleitores.
Lavra o seu protesto contra a conti-
nuação de tão grave irregularidade.
Tendo dado a hora, terminou dizendo
que o sr. deputado Abilio Marçal tem
feito a peor polilica monarquica no seu
circulo, e tão monarquica ela tem sido
que, nas ultimas eleições administrati-
vas e sendo administrador do concelho
se repeliram na assembléa da freguezia’
de Sernache, residencia de s. ex.º, os
vergonhosos casos veotridos, ha anos
no Peral e em Azambuja.
— Oq o—
NOTA DA SEMANA
Uma propriedade que possuimos por
titulo legitimo nos subúrbios desta vila
—(Quinta do Capitoho-—que se acha
devidamente murada na sua maior par-
te é bardada com arame farpado na
restante, foi ha dias devassada por uma
patrulha da guarda republicana desta-@@@ 1 @@@
cada nesta vila, sem que nós ou. pes- |
soa auctorisada por nós, requisitasse
tal intervenção… Ea
Visloriando… as bemfeilorias que
“ali entendemos poder fazer consoante
os recursos minguadas da nossa bolsa,
resolveram embargal-as a requerimen-
to verbal dum sr. Ambrosio das Mercês.
E foi assim que, sem mais préambu-
los, intimaram verbalmente os nossos
caseiros, a que no prazo de 3 dias
mandassem: remover uns entulhos ex-
trahidos dum poço que ali mandamos
abrir!
Protestando contra a entrada numa
propriedade naquelas condições sem a
nossa ou auciorisada requisição, ou sem
à auclorisação emanada de mandado ju-
dicial ou administralivo, nós chamamos
para o facio a atenção do sr.” coman-
dante da guarda da secção desta vila,
porque temos a certeza que ignora
taes abusos ou falves a má coimpreen-
são do serviço por parte-dos seus su-
bordinados. Q /
Somos à Crer—porque somos sempre
justos“nas apreciações —que as muilas
reclamações que até nós leem vindo ao
nosso consultório em casos identicos, só
podem ser originados por um zelo que
se não compadece com o espirito da
hei.
Como quer que seja, melhor seria
que a guarda, deixando aos tribunaes
civeis a resolução de taes casos —e pa-
ra isso foram creados e se justifica a
sua existencia — melhor seria, diziamos,
que olhasse pela segurança publica de
todo o concelho, espreitando os gatunos
e deixando em paz us pessoas que fa-
cilmente se atemorisam com certas ar-
rogancias policiaes. |,
No nosso escritorio, que a guarda de-
ve conhecer porque tem taboleta visi-
vel—u que anualmente nos custa 48
escudos pela contribuição iodustrial—
é que recebemos intimações… mas em
forma legal!…
ai
AINDA A MOBILISAÇÃO
Cumprindo uma ordem militar,
fomos no dia 3 a Pomár, quartel
general da 7.º divisão,
Tivemos por companheiros na.
longa viagem que um attomovel
encurtou, os srs, Francisco de Ma-
tos, paroco em Pedrogam, João
da Cruz Prata e Gruilhérme Ma-
rinha, antigos missionarios ultra-.
marinos. )
Registamos a boa camaradagem
“e agradecemos a gentilesa dos seus
obsequios. a
* A a
Pelo mesmo motivo, o adminis-
trador do concelho sr. Elias Cra-
vo, tinha ido na vespera ali, re-
gressando naquele dia comnosco,
Pa tria de Celinda
ed ae mareman
‘ RESPIGOS |
De 4 Democracia, jornal cntó-
lico da Covilhã, a proposito dum
Ultimatum á Associação Industrial
daquela cidade:
Quanto a nós a maior responsabilida-
de nesta violencia cabe ao mesmo: azi-
go da Covilhã o sr. dr. Abilio Marçal
cujo espirito de vingança abrange uma
cidade inteira, no que ela tem de mais
valioso e vital—que é quanto à Covilhã
—a sua industria.
A eslas horas deve estar satisfeito O
ilustre mandão do dislricto, maior vin
gariça não podia sua ex.º tirar do fracas-
so que nesta cidade Livera o mano. go-
vernador civil; o que não quer dizer
que tenha secado naquele coração a
fonte de todos os seus odios, que não
cansam.
E a ó 4
De o Diario Nacional, numa
correspondencia da Covilhã:
Saiu ante-hontem para a capital o ad:
ministrador deste concelho, o sr. Car-
los de Magalhães Ferraz, conhecido re-
volucionario civil, e assíduo frequentador
da «Brazileira» do Rocio, onde foi re-
quesital-o o dr. Abilio Marçal, para o
impingir como auctoridade para este
centro manufaciureiro, unica e simples-
mente para vingar seu irmão o dr. jo-
sé Marçal, cuja intervenção desastrada,
como governador civil de Castelo Bran-
co, na ullima greve operaria, O incom-,
palibilisára com a Associação Industrial
desta cidade, que não póde ouvir pro-
nunciar lal nome, sendo. de notar que
os primeiros a repudiar e a estymalisar
energicamente o seu procedimento na
série da associação, foram os indusbriais
republicanos, :
O curioso do caso, porém, é que ten-
do sido feita aquela noineação, sem ser
ouvida a comissão municipal do partido
republicano local, que a. principio deu
por paus e por pedras, hoje a meia du-
tia de democraticos covilhanenses está
radiante com a obra de perseguição a
padres, a particulares, à Igreja e às
proprias instituições de caridade e bene-
licencia, em que o sr.: Ferraz se está
imortalisando.
Diz-se por aqui que o sr. Ferraz está
disposto a proseguir na: sua missão per-
seguidora a tudo e a todos os que não:
sejam da familia democratica, tambem
com o intuito pessoal de veadquirir as
boas graças do sí. Antonio Maria da Sil-
va, que, não se sabe bem porque, o
dispensou do serviço dos correios.
Lipo
MUSICA
Tocou na noite do passado domingo,
na praça da Republica, a Sociedade
| Musical Recreio Artista, desta vita.
OS SETE PECADOS
O de não haver quem olhe para q
estado vergonhosoo do Adro de S. João,
um dos pontos da villa em que se dib-
fita um belo panorama.
“—Do ministro do interior declarar ha
tempos no parlamento que tudo cabe
na lei quando é certo que tudo anda fó-
ra da lei. É
—bDe os protogonistas do serrabulho
da sessão de 14 de maio da comissão
executiva andarem já “amigos de peni-
che.
= De nos virem dizer que eles -se
amam já, como. certas meninas que da
janela dizem para os que passam: que-
res entrar Ó simpatico?…
“—De alguns democralicos artenova
deste pequeno ducado, começarem a
simpalisar com a conserva do sr, Egas
Moniz.
—De aqueles eroticos prostitutos po-
liticos não terem vergonha de adarem
sempre a variar com desejos!…
—0 de uma patrulha da guarda re-
publicana, depois de peliscar em casa
do regedor do Figueiredo, e depois de-
le pôr o visto na guia, ter sido multado
por ter um cãosito debaixo da meza;
quando é eerto que outros podem de-
“bulhar pão na rotunda do cemitério
municipal, convertendo-a em eira.
Que grande funil! . -.
—— ge — —
SERWIÇOS MUNICIPAIS
Estão procedendo ao apeamen-
to das paredes do velho edificio
dos Paços do Concelho.
À maneira como é feita a demo-
lição póde originar desastres no:
pessoal. : E
Deve-se ter em vista a legisla-
ção sobre acidentes de trabalho,
Parece-nos, salvo melhor opi-
nião, que, para economia e rapi-
dez dos trabalhos e garantia dos
operarios, que se devia armar an-
daimes ligeiros, onde o pessoal tra-
balhasse com desembaraço e segu-
rança.
Todos tinham a lucrar.
| INCÊNDIO
Pelas 16 horas do dia 5, manifestou=
se incendio no chalet dos herdeiros do
falecido continuo da camara, sr. José
Destrinço,nas Regorices. :
Eompareceu pela primeira vez à hou-
| ba de incendios e muito povo, sendo
facilmente extincto.
Os prejuizos, felismente foram de pe-
quena importancia.
Pena é que O serviço de extinção de
incendios ainda se não ache devidamen
te vrganisado e instalado. N )@@@ 1 @@@
Patria de Celinda
3
ANTIGUIDADES
Doações à Santa Casa da Misericordia da
villa da Gertã. Copia do «Livro de Ro-
tas», no tempo de Fernando José Bar-,
|
tholomen:
Vid. o Livro da Misericordia, ou Hist.
Critica da Santa Casa Tom. Tl? 147. ()
1.º Mandar celebrar quotidianamente
“por alma de Isabel Leitõa, na forma do
– contracto por ella feito em 1547 com a
Santa Casa uma missa, prestando-se
Ronuaimenão conta d’esta obrigação, A
.º Mandar celebrar uma missa can-
o em cada uma das quartas feiras
da quaresma. (Note-se: era obrigação
pelo antigo Reritênio IR SIQ SRI Se
do «Livro das Memorias,» mas segundo
ahi se refere ([l.º 23 a 25) esta e as
mais obrigações impostas por aquelle
Regimento eram já em Lempos antigos |
executados ora sim ora não.
Este Regimento & de 1530, dado ao
Hospital por D. João IL
3.º Fazêr cantar no dia de Santa Luzia
annualmente uma missa que era offér-
tada com pão, carne, vinho e 29240
rêis aos padres que assistiam Teerge he
23, 27, onde se nota esta obrigação
Imposta pelo antigo compromisso de
1195 e Regimento do Hispital. Í
4.º Mandar contar dois officios sole-
mnes por alma de Maria Nunes, um na
vespera da Senhora da Conceição e ou-
tro na vespera do Natal de cada anno
em comiormidade do seu testamento de
7 de março de 1593 em. que com este
id instituiu à Santa Casa sua herdeira
de todos os seus bens que foram de
bastanse vulto; L.º a flº 56. Aquelle
testamento existe incerto no: inventario
judicial a” que se procedeu por sua
morte, O qual existe no archivo sob o
n.º 461.—Maço 7.
5.º Mandar cantar uma missa na oita-
va dos Santos de cada anno. a qual era
em algum tempo efleituada com pão,
carne e vinho, mas ultimamente só com
reis 29520. –
Era ordenada pelo antigo Regimento,
6º. Mandar fazer um officio solemne
por alma de irmãos defunetos.
Era ordenado pelo mesmo Regimento.
7º. Mandar cantar missa solemne com
sermão no dia da Visitação de Nossa
Senhora a Santa Isabel de cada anno.
Tambem ordenado pelo mesmo Regi-
mento e consta do L.º a [|º 26.
8.º Mandar fazer uma procissão de
Passos na quinta dominga de quaresma.
Esta obrigação não consta de documen-
to algum do archivo e parece mais não
ter outra origem do que a devoção da
Irmandade que se tem transmitido com
poticos exemplos de interrupção até nós.
9.º Mardar fazer a procissão de quin-
ta feira santa e illuminar o trono. Tem
a mesma origem esta obrigação qne a
antecedente,
(1) Esta copia de copia foi -me dada não
sei por quem ha mais de nove annos.
P. J. de Marques de Macedo
Ep
E NOSSA CARTEIRA
Tem passado melhor de saude a es-
posa do sr. Gustavo Bartolo.
— Esteve em Tomar o sr. padre José
Dias Junior, coadjutor nesta vila,
— Regressaram de Lisboa os srs. Se-
bastião Farinha Tavares e Demetrio Car-
valho, e de Tomar o sr. Guilhermino
de Castro.
—EBm goso de ferias chegaram a es-
ta vila os estudantes srs. Joaquim An-
tonto Branco é Joaquim Barata Correia
e Silva.
-—De visita a sua familia estána Cer-
tã o sr. Antonio Andrade, oficial mili-
ciano.
Casamento
Realisou-se no dia 10 o enlace matri-
monial do’sr. Manoel Cardoso, negocian-
te nesta vila, com a menina Albertina
da Conceição Martins, do Maxial,’
Desejarnos muitas felicidades
FBatisado
Batisou-se no dia 3 em Oleiros, um
filhinho dosr. João Martins Colonia, sen-
do paraninfado por seus tios os sr, An-
tonio Martins dos Santos e esposa, de
Sernache.
eee JE E) A e
NOV EN As
Todos os dias, na igreja matriz, se
tem feito com regular concorrencia de
fleis, as novenas do Coração de Jesus a
instrumental.
No proximo domingo, haverá comu-
nhão geral, missa cantada a grande
instrumental e procissão,
Dizem-nos que vem à Ceriã o sr.
bispo da diocese.
qu — ==
PELOS TRATROS
Principiaram já os ensuios para
recita de gala no dia 25 do cor-
rente, que um grupo de amadores
vae dar no Teatro Tasso, desta vi-
la, como noticiamos no ultimo nu-
mero. ;
Subirão 4 cena as comedias em
3 actos Moços e Velhos e a Man-
tilha de Renda, comedia em 1
acto, 5
A Srpatario |
Certaginense
b DE —
Bemjumim dos Santos Bires
Calçado em todas as qualidades e
modelos por preços modicos
Ra BRT À SE
THOMAR
O dia 23 do corrente mez de
Julho, ás 12 horas, nesta ci-
dade de Thomar na sede da Com-
panhia de Viação Thomarense, em
liquidação, na rua Leiria, será
vendida em publico leilão, a quem
mais der sobre os valores da ava-
liação (esta grandemente reduzida),
todo o activo da Companhia com-
posto de cavalos, muares, bois,
landaux, caleches, | americanas,
breaks, char-á-branes, um rippert,
galeras, carroças, arreios, madei-
ras, materias primas. e utensílios,
um predio de casas na rua Leiria,
outro na rua da Palmeira e outro
na vila da Cerã. |
Presta informações o advogado
José O. A. Casquilho, Thomar,
como membro da comissão liqui-
datara.
AUTOMOVEL
Aluga — JOÃO D’ALBUQUERQUE – Certá
ANUNCIO
1º. publicação
No dia vinte e nove do corrente
mez de Julho por 12 horas, á por-
ta do Tribunal Judicial desta ‘co-
marca, hão-de vender-se em hasta
publica pelo maior lanço oferecidb
ucima do seu valor, os seguintes
bens: Uma casa para despejos e
cocheira, terra de cultura com ar-
vores de fructo. agua nactiva. e
poço com engenho para a tirar,
em Sernache do Bom Jardim, no
valor de 1:600800. Uma casa de
residencia com altos e baixos, ar-
mazem de azeite, jardim e quintal,
com arvores de fructo e outras de-
pendencias; fronteiro ao predio an-
terior, avaliado em 5: 000800. Du-
as oliveiras, no prazo de José Si-
mão, da, Quintã, avaliadas em
7950. Um olival com 18 oliveiras,
testada de matto e pinheiros, aito
ao CAMINHO DA FONTE DE .
VENTOSO FUNDEIRO, avalia-
em 24300; Um terreno com olivei-
ras; no
DOMINGUES, avaliado em
75800. Uma terra com eucaliptos
e uma sobreira e matto, no sitio
da Lomba, avaliada em 20800. Um
pequeno quintal com oliveiras, no
logar o VENTOSO FUNDEIRO,
mesmo sitio do VALEALE@@@ 1 @@@
«
avaliado em 30800. Uma conrela
com pliveiras, sobreiros e miatto, |
sita aa VALLE DA ESTRUADA,
limites de Sernache do Bom us
dim, avaliada em 139800. Uma
courela com pinheiros e matto, si-
ta no VALE DA ESTRUADA,|i-
mites de Sernache do Bom Jardim,
avaliada em 18900: e o fôro de |
121 litros 896 mililitros de pão
meado trigo e centeio metade de
cada ospecie, egual a nove alquei-
res da antiga medida do eoneelho
da Certã, e meia galinha. que pa-
ga anualmente Antonio Bernardo,
de Sernache do Bom Jardim, no
valor de 98296.
Estes bens foram descritos no
inventario orphanologico a que, na
comarca de Vila do Conde, se
proceden por falecimento de Pos-
sidonio Nunes da Silva, morador
que foi em Vila do Conde, e a sua
venda foi cometida a este Juizo
por carta precatoria vinda daque-
la comarca.
Para os devidos efeito se decla-
ra que as despesas da praça e to-
da a contribuição de registo ficam |
a cargo dos arrematantes,
Pelo presente são citailos quaes-
quer credores incertos nos termos
da lei.
Certã, 5 de julho de 1917
O escrivão,
Adrião Moraes David
Venfiquei a exatidão:
O Juiz de Direito,—Mattozo.
ANUNCIO
2.º publicação
Pelo Juizo de Direito da comar-
cu da Certã e cartorio do segundo
ofício no inventario orphanologico
de João Martins Baiúca, do Mil-
reu, treguesia de Vila: de Rei, dés-
ta comarca, correm editos de trim-
1a dias, a contar da segunda e ul-
tima publicação do anuncio no
«Diario do Governo» citando os
“interessados Rnfina de Jusus e
Manuel Martins Baiúca, solteiros,
maiores, ausentes em parte incerta
“para assistirem a todos os termos
do inventario, até final e deduzi-
rem os seus divetan! sem prejuiso
do andamento do mesmo.
Certã, 25 de junho de 1917
O Escrivão, do 2.º oficio,
Francisco Pires de Moura:
Verifiquei: o
O Juiz de Direito,—Matozo
Patria de Celinda
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Sexta uno 2555
Sab. | Ti4pipso [E é
—Do 1.º até ao ultimo do mez dimi-
“nuem os dias 54 manuics. E
Maio—No crescente semeia milho
de rega, descasca sobreiros, planta to-
maleiros e pimentos.
No minguante planta flores de verão,
capa melões e alesta vinhos.
Relojoarias=-Luiz Inacio Pe-
reira Cardim e Antonio lIuacio Pereira
Cardim,
Pesca=-4lé ao fim do mez conti-
nua O defezo nr’s nossas ribeiras.
Contribuições-—As que não
foram pagas em janeiro e fevereiro
acham-se relaxadas no juizo das execu-
ções fiscaes.
Assistencia publica —
Hospital de N. S. do Carmo, Certã. Fa-
cultalivos municipaes: Dr. José Carlos
Erhardt, Certã. Dr. Gualdim de Queiroz;
(sub-delegado de saude), Sernache. Dr.
Damingos Lopes, Pedrogam Pequeno.
Monte-Pio — Neste mez é a
Farmacia Lucas que está de serviço.
Misericordia-—Está de servi-
ço neste mez a Farmacia Magalhães.’
Farmacias — Zeferino Lucas; |,
Emidio Magalhães.
Hospital da Certã–Con-
sultas é pensos gratuitos, aos pobres.
no banco daquela casa de sande,
os dias às 9 horas,
E oterias-—Vende todas as ge-
manas jogo da Santa Gasa de Lishoa.
Diogo M. de Passos.
À Nova Mercearia
Bernardo dunior
Perola de S. Sebastião
Previne os seus amaveis clientes que
além de todos ‘os artigos da sua espe-
cialidade, tem tambem: toda a qualidade
sementes garantidas, carne de porco,
carvão e vinho da sua lavra bem como
refrigerantes e gelo em barra.
CENTRO COMERCIAL
DE %
Manoel Antunes & O;
Praça da Republica-CERTÁ
Completo sortimento em fazendas,
retrozaria, ferragens, mercea-
nas, louças, quinguilherias, pape-
laria, bijouterias e tabacos
Vinhos finos do Porto e Madeira
Champagne, licores e ontras
“bebidas de superior’ qualidade
Preços resumidos
dintonio da Silva Lourenço
46–antiga rua do Vale —- SER TÃ
ALRAIATARIA, GRAVATARIA, E RETROZARIA
Fazendas E lã e algodão
COMPLETO SOrIMENTO DE MERCRARIA
++
AGENTE “DA COMPANHIA DE
SEGUROS A NACIONAL, —grandes
descontos a pronto pagamento.
Ernesto Marinha
ADVOGADO
ESCRITORIO = RUA CANDIDO DOS REIS
ee CERTA &i5+
ANTIGA CASA
Successor:
PIRES FRANCO
M. MARTINS CARDOSO
Fazendas, mercearias, artigos de retrozeiro, louça, vidros, ete.
Alfaias agricolas, ferragens, artigos de construção civil,
adubos quimicos, sulfato de cobre e ensofre
Artigos para brindes
– R. CANDIDO DOS
REIS – 49
1 -R DR. SANTOSVALENTE- 1
Novidades
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