O Renovador nº213 06-04-1974

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Ano V — N.º 213 — AVENÇA

6 de Abril de 1974

-D RENDUADDR

SEMANÁRIO DEFENSOR DOS INTERESSES DA REGIÃO FLORESTAL DO DISTRITO DE CASTEI.O BRANCO — CONCELHOS DE: SERTÃ, OLEIROS, PROENÇA-A-NOVA E VILA DE REI

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:
Rua Lopo Barriga, 5-r/c — SERTA — Telef. 131

DIRECTOR E PROPRIETÁRIO:
JOSÉ ANTUNES

COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO:
Gráfica Almondina — Telef. 22109 — Torres Novas

0 Goncelho da Seriá e q Região
vivem um momento alto de desenvolvimento
e perspectivas de progresso

Temos assinalado neste perió-
dico, com ufania e realismo, di-
versos factores que denunciam
encontrar-se o concelho da Ser-
tã e a região num momento de
certo modo único e expectacular
quanto a grandes obras de es-
trutura e a empreendimentos
que prometem transformar, a
curto prazo, a fisionomia roti-
neira e atrasada do concelho e
mesmo de toda uma vasta área
de que é polo de atracção a
nossa Vila.

Na realidade, é deveras im-
pressionante como tantos ele-
mentos se conjugaram para que
se abram perspeetlvas mmto 11-
duma zona que pm-ema. conde-
nada eternamente à mediocri-
dade e à rotina.

Enumeremos os factores que
nos levam a fazer esta asserção:

— Encontram-se presente-
mente em execução três troços
de estradas nacionais paciente-

tre Pedrógão Pequeno e Madei-
rã; E. N. 238, entre Troviscai-
nho e Mosteiro de Oleiros; e E.
N. 244 entre Marmeleiro e São
João do Peso.

— A vila da Sertãa experi-
menta um surto absolutamente
inusitado no campo da constru-
ção civil. Nada menos que 35
novos fogos estão a concluir-se.

E, parece, que o ritmo não pa-
rará, pois outros projectos se
aprontam.

— Uma fábrica de aglome-
rados de madeira com a capa-
cidade diária de 140 toneladas
de paméls está em estruturação,
havendo já sido entregue a ga-
rantia bancária significativa de
que os —fundadores pretendem
levar por diante o empréendi-
mento.

— Fm estudo um outro em-
preendimento — industrial — de
grande alcance,

— A criação da Coopemnva.
Florestal da Sertã, a primeira
no País a funcionar para o sec-
tor fl tal, e que está a pro-
mover aceleradamente a valori-
ração das matas e o esclareci-
mento dos proprietários com
vista ao seu melhor rendimento
económico.

— A manifesta subida dros
preços das madeiras que só num
ano atingiu a elevadíssima taxa
de 100% e promete continuar,
dada a de ma-
téria-prima lenhosa que está a
verificar-se em toda a Europa.

Evidentemente que mão foi
por acaso que todos ou pelo me-
nos alguns destes empreendi-
mentos surgiram no momento
actual. Alguns são produto de
longas e aturadas diligências,

Problemas da Lavoura

A criação há duas semanas do
Ministério da Agricultura e Co-
mércio dá-nos ensejo de tecer-
mos algumas considerações per-
tinentes a respeito dos problemas
da Lavoura. Por outro lado, a pu-
blicação dos Relatórios e Contas
das grandes sociedades anóni-
mas que não deixam de fazer re-
ferências à conjuntura ou às
grandes realidades económicas
do país oferece-nos dados que
julgamos —oportuno não deixar
cair no olvido.

É tradicional a lamúria portu-
guesa no. que se refere à agricul-
tura. Diriamos mesmo que as la-
mentações dos agricultores são
o pão-nosso-de-cada-dia em to-
dos os países. Se os grandes sis-
temas — económicos apresentam
actuações altamente positivas no
campo da indústria e da tecno-
logia, falham muitas vezes no da
agricultura.

É inegável a existência de uma
grave crise na agricultura portu-
guesa. A transição duma explo-
ração de subsistência, rotineira e
arcaica, para o automatismo té-
ecnico e empresarial não podia
deixar de ser difícil e gerador de
graves conflitos e desajustamen-
tos.

Temos, porém, a impressão
que já nos encontramos na cur-

7 MAIO 4874

RENOVAÇÃO

va ascendente. Os baixos orde-
nados pagos ao trabalhador rural
estariam conformes com a sua
produtividade manual, e por isso
deram azo à emigração. Mas pa-
rece começar a processar-se o
seu regresso, verificado que foi
um aumento substancial dos sa-
lários rurais, em muitos casos
justificado pela subida da produ-

Continuação da 2.º página

da criação de ambiente propício
para o seu aparecimento, e, até,
da sua promoção feita persis-
tente e denodadamente por este
periódico.

Seria injustiçca e alheamento
se não aproveitássemos o mo-
mento que passa para cada um
e colectivamente tomarmos
consciência do que se passa à
nossa . volta e contribuirmos to-
dos para que os empreendimen-
tos aludidos constituam . uma
autêntica. rampa de lançamento
de outros ainda de maior al-
cance para o progresso e desen-
volvimento da nossa terra e da
nossa região.

J. A

Jera Uerdade?

Com o título acima, escrevi
há tempos em «O Renovador»
uma notícia que um amigo que
passou de visita pelo meu escri-

Por
JOAQUIM M. ALMEIDA

tório a cumprimentar-me, me
contou. Foi o caso de uns sinos
estarem dependurados numa oli-
veira e a missa ser dita numa
casa particular em determinada
terra na Beira Baixa ali para
os lados de Oleiros. Como disse
nessa altura, este meu amigo
é todo completo para pregar
uma «peta» a quem escolher por
amizade. Para ele uma mentira
com graça, é o prato do dia, o
que, na verdade, dispõe bem
qualquer pessoa que com ele
converse. Por isso, em princípio
não acreditei, mas vim a saber
que na verdade é tal como ele
disse. Uma pessoa de minhas
relações, natural das redonde-
zas da dita terra, deslocou-se lá
em Fevereiro e pedi-lhe para
averiguar o que se passava. No

Continna na 2.º página

NOVAMENTE A ESTRADA
NACIONAL Nº 2 ENTRE
VILA DE REI E SARDOAL

Voltamos hoje a acentuar a

necessidade urgente para Vila
de Rei, e para toda uma vasta
gama de utentes da E. N. n.º 2,
de que o troço entre Vila de
Rei e Sardoal seja remodelado.

Não temos dúvidas em afir-
mar tratar-se de um dos piores
traçados e pisos actualmente

É

NA BEnA

existentes nas estradas nacio-
nais do País. Conhecemos Por-
tugal do Minho ao Algarve, e
estamos crentes de não poder-
mos ser desmentidos nesta afir-
mação.

São 20 km onde a velocidade
a desenvolver não poderá. . $ er
muito superior a 30 ou 40 km,
sob pena de não ser segura à
condução. A cada passo nos

Continua na 38.º página

AGUARELAS

Por JOÃO MAIA

António Valadas vive numa
cabana térrea. Breve se des-
creve a cabana. Tem uma por-
ta de falheiros mal ajustados
que ao abrir-se nos deixa dian-
te de um fogo lareiro que arde
contra a fuligem escurecedora
da parede do fundo., A desban-
da há uma enxerga. Uma tri-
peça, uma trempe e um único
cabide insinuam um trasteio in-
dividualista — uma peça de ca-
da, e bonda. Ah! e uma pa-
nela para toda a cozedura…

António Valadas também está
mobilado com uma só peça,
um largo conto que ele desfia
todos os dias a quem quiser
ouvi-lo:

«Uma ocasião tive um sonho.
Entrou um indivíduo calçado
de bota fina, de luvas e cha-
péu alto, além de bengala nan-
ja feita de chaparro antes de
prata. Tocou-me na enxerga e
ordenou: — «Arriba, António».
Ergui-me maneiras e saimos
ambos para o meio da noite.
Olhem, meus senhores, o luar
escorria nas árvores como. leite
e eu sentia nos pés como pal-
milhas de lã. Aquele senhor fa-
lava com um livro aberto e eu,
que não sei ler, entendia tudo,
por maravilha. Fomos andando
e levou-me a um palácio que

O SONHADOR

subir-lhe as escadarias e ficar
um homem banzado era tudo
um.

Uma a uma as portas foram-
-se abrindo e aquilo eram sa-
las e uns corredores onde se
podia apascentar um rebanho
se houvesse erva. Mas não ha-
via. As paredes se não eram
de ouro achegavam-se e os ta-
petes pareciam lameiros de boa
tinta.

O senhor que me acompa-
nhava deixava-me ver tudo e

atrasava-se, calado, consoante
eu parava. Entrámos numa co-
zinha que parecia uma igreja
onde havia uns manjares pre-
parados. Eu sentei-me, ele sen-
tou-se e comemos umas igua-
rias que bem gostaria de lhes
saber o nome mas não sei e
também os não invento. Estive
para aí duas horas a comer. Já
me doia o braço de manobrar o
garfo; vim ao conhecimento
que as comidas dos ricos fazem
diferença do troço de broa.
Dadas as graças levantámo-nos
e agora nos vereis por aqueles
jardins onde não sabia eu que
mais admirar, se umas aves em-
poleiradas de bico debaixo da
asa, se uns canzarrões aninha-
dos em ninhos de feno. Doba-
Continua na 2.º página

O troço da E.N. 238
enire Mosteiro e Oleiros

Conforme noticiámos oportunamen-
te, iniciaram-se os trabalhos de
construção do troço da estrada na-
cional n.º 238 entre Troviscainho,
do concelho da Sertã (freguesia de
Troviscal), e Mosteiro, freguesia de
Mosteiro, no concelho de Oleiros.

Dentro de dois anos, segundo se
espera, será possível ulilizar aque-
le percurso de cerca de 8 km.

O benefício aplicar-se-á sobretudo
à população da freguesia de Mos-
teiro, até hoje sem qualquer ligação
com a sua sede de concelho e tam-
bém com a sede de comarca. Ne-
cessita hoje de percorrer nada me-
nos que 40 km para atingir esta,
quando, com a nova estrada cuja
consirução foi agora iniciada, lhe
bastará percorrer metade, ou sejam
20 km.

Sucede, porém, que a utilidade do
troço entre Troviscainho e Mosteiro
se não confina a esta freguesia, fa-
zendo a ligação mais rápida e mais
cómoda igualmente para úuase todo o
concelho de Oleiros e também para
os que de Lisboa ou da Sertã se
destinam ao Fundão ou, de uma ma-
neira geral, pretendem, do Centro
ou do Sul do País, dirigir-se à Co-
vilhã ou à Guarda.

Para os primeiros principalmente.

Mas, para fanfo impõe-se a cons-
trução do irssn entre Oleiros e Mos-
teiro, na distância de 6 tum, Sem ele
é restrita a sua utilidade.

Oleiros precisa da construção des- ,

te percurso da E. N. 238 entre Mos-
teiro e a sede do concelho, com a
maior urgência. Trata-se, primeira-
mente, de ligar uma sede de fregue-
sia à sede do concelho. O que é su-
mamente importante. Trata-se, de-

Continua na 2.º página

AEG

A transformação
da vida portuguesa

Consola-me ouvir dizer a
muitos, estrangeiros ou que
no estrangeiro residem ha-
bitualmente mas que nos vi-
sitam de quando em vez, que
é visível a profunda trans-
formação da vida nacional
em todos os sectores, a par-
tir de acentuada melhoria
económica e da aceleração
da política social. Essa
transformação rápida tem
um custo. AÀA muita gente
aflige ver a modificação de
hábitos, de mentalidades e
de costumes que se processa
na sociedade portuguesa. E
que nem sempre é para me-
lhor. Tínhamos, e graças a

s . Continua na 2.º página

 

UNIÃO E PROGRESSO

 

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Página 2

O RENOVADOR

De semana a semana Será verdade?

(De 25 a 31 de. Março)

EM PORTUGAL

25 — Passou por Lisboa, a caminho
da Venezuela, o ministro francês dos
Estrangeiros, Michel Jobert, que de-
clarou tencionar visitar oficialmente
o nosso país ainda este ano.

— ÀA rede de estradas asfaltadas
em Angola, ultrapassou os oito mil
quilómetros.

— Foi constituída em Portugal a
«Acção Nacional da Juventude», as-
sociação cívica de feição inédita.

26 — O Presidente da República
colocou a primeira pedra do futuro
edifício do Centro TInfantil Helen
Keller.

— Em Lourenço Marques e na Bei-
ra várias empresas foram autoriza-
das a instalar e explorar linhas de
montagem de automóveis com capa-
cidade de produção que vão das
1150 às 8000 unidades anuais na pri-
meira fase.

27 — Reunido sob a presidência do
Dr. Marcelo Caetano, o Conselho de
Ministros autorizou a concessão, às
províncias ultramarinas, de emprés-
timos e subsídios dispensados do pa-
gamento de juros. Resolveu também
conceder benefícios fiscais às em-
presas exploradoras de transportes
públicos rodoviários.

28 — Na linha férrea do Limpopo,
em Moçambique, deu-se um choque
frontal de dois comboios. Há mais
de 60 mortos e 25 feridos. É a maior
catástrofe que se deu naquele Estado.

— Dois dirigentes do P. A. L G. C.,
Aristides Pereira e Luís Cabral, de-
clararam a um redactor da revista
«Afrique – Asier que eram «<firme-
mente hostis> à ideia de uma fede-
ração de estados luso-africanos, con-
tra o que propõe o general Spínola
no seu livro «Portugal e o Futuro>.

Marcelino dos Santos, da Frelimo,
também condenou o mesmo projecto
e declarou que o que se torna neces-
sário é intensificar a luta e destruir
os portugueses. .

O Troco da E. N. 238
entre Mosteiro
e Oleiros

Continuação da 1.º página

pois, de ligar a sede do concelho de
Oleiros à sede da Comarca, Sertã.
E, mais do que isso.

A saída natural de todas as po-
pulações do concelho de Oleiros em
direcção à capital do país, é esse
troço de estrada. E quem o puder
utilizar, poupa, só numa distância
de 34 km, pelo menos 8.

Com uma vantagem extra; — é
que, dado o péssimo traçado da E.
N. 351, entre Casal Novo e Oleiros,
enquanto se chega da vila àâquela po-
voação, chegar-se-ia, com um ftraça-
do moderno, até à povoação de Tro-
viscainho, que hoje poderá conside-
rar-se meio do caminho.

Por outras palavras: — o novo tra-
çado, depois de construído, não só
reduz a distância enire Sertã e Olei-
ros de 8 km mas, sobretudo, redu-
zirá de 40 para 20 minutos o tempo
a dispender no percurso.

Por estas razões, importa suma-
mente unir esforços, juntar diligên-
Cias, expor razões para que seja um
facto, dentro do mais curto prazo, a
construção do troço da Estrada Na-
cional n.º 238 entre Mosteiro e Olei-
ros.

Será o necessário complemento dos
trabalhos há pouco iniciados e que só
poderão ter ufilidade geral quando
forem completados pela construção
que agora preconizamos. 7

Impõe-se a elaboutão imediata do
projecto cx Vista à sua execução.

J. A

— Foi assaltada uma agência ban-
cária na Estrada de Moscavide, em
Lisboa. O roubo parece ter sido de
105 contos.

29 — O Presidente do Conselho
proferiu uma «Conversa em Família»
em que focou os mais recentes acon-
tecimentos nacionais e afirmou o
propósito da evolução do Ultramar
com a única condição de continuar
a ter alma portuguesa e de nele vi-
verem em comum todos os portu-
gueses.

— Foi adjudicada a construção da
refinaria de Sines que importará em
cerca de cinco milhões de contos.

30 — O Estado português de Mo-
çcambique ocupa a nona posição no
respeitante a reservas de gás natural,
em todo o Mundo, com um total de
1133000 milhões de metros cúbicos.

— A produção angolana de petró-
leo, em bruto, foi, durante o ano
findo, de 58 milhões e 852 mil barris,
no valor de cinco mil e 320 milhões
de escudos.

NO MUNDO

25 — O presidente Sadate declarou,
categoricamente, que o Egipto não
assinará uma paz separada com
Israel.

— Malogrou-se no Uganda uma ac-
ção militar contra o presidente Ami-
ne. O chefe dos revoltosos, o general
Arube, suicidou-se.

26 — As conversações entre Kis-
singer e Brejnev decorrem, em Mos-
covo, numa atmosfera optimista.

27 — S. S. Paulo VI está doente.

28 — Uma grande parte do terri-
tório brasileiro está a sofrer pavo-
rosas inundações que já causaram
milhares de vítimas e dezenas de
milhares de pessoas desalojadas e
sem abrigo.

30 — O ministro da Defesa de Is-
rael, Moshe Dayan, trava conversa-
ções em Washington sobre a separa-
ção das forças nos montes Golã.

31 — Os primeiros resultados da
viagem da sonda «Mariner — 10»
revelaram que o planeta Mercúrio
tem atmosfera e campo magnético.

— Em Espanha, o salário mínimo
foi aumentado em 21 por cento.

continuação da 1.º página

seu regresso à capital, veio ter
comigo para me informar que
na verdade assim era. E até me
contou que um dos sinos está
preso com uma corda e o outro,
com um arame. Santo DEUS!

Mais concretamente os factos
passam-se assim, segundo este
meu amigo me contou: Há cer-
ca de dois anos, pensou-se em
construir na localidade uma
igreja nova, dado que a antiga
além de pequena, estava a ne-
cessitar de uma grande repara-
ção. Quanto a mim, a ideia de
construir uma nova igreja, acho
que está certa não só porque
ficaria actualizada (novo tipo
de igrejas) como ainda (certa-
mente em local melhor) ou até
ampla de modo que comportas-
se os fiéis em perfeitas condi-
ções. Tudo quanto seja moder-
nizar e adaptar as coisas à vida
moderna, é de fazer. Fazer e
rápido para que a nossa terra
progrida e dê a todos mós uma
vida mais alegre e com mais
gosto de viver.

Mas… este mas é que é ridí-
culo. Demoliu-se a velha, ven-
deram-se as suas preciosas pe-
cças, todas ou quase todas, se-
gundo me informou este meu
amigo, sem concorrência, isto é,
sem que para isso fossem ouvi-
das pessoas competentes lá da
terra ou fora dela (da fregue-
sia) ou ainda pessoas que ava-
liassem as ditas peças e que,
por elas, dessem o seu justo va-
lor.

Não sei como e por quanto
foi vendido o seu valioso e an-
tigo recheio. Até pode estar
certo o valor por que foi vendi-
do e, quanto a isso, nada tenho
a ver com tal facto. Oxalá que
tudo tenha rendido o seu justo
valor. Mas… o mas onde eu que-
ro chegar é como a coisa se pro-
cessou. Então vende-se tudo (ou
quase tudo) o que tinha a igre-
ja. Deita-se a igreja abaixo
sem terem nada pronto para a
nova. Segundo me consta, o
próprio local ainda não estava
escolhido, à altura da demolição.
Não havia projecto, não havia
verba suficiente para a sua
construção. Com que fim des-
truir a velha ? Por muito peque-
na que fosse, por muito velha
que estivese, por muitos outros
motivos a não ser por oferecer
perigo de cair, nunca, mas nun-
ca se deveriam desfazer da ve-

AGUA

m”ontinuação da 1.º página
va-se por sobre tudo aquilo
uma lua que nem os senhores
calculam. O senhor de bota fi-
na, chapéu alto e bengala de
prata recolheu-me de novo a
palácio, eu não fazia senão
segui-loa —“exactamente como
quando seguimos a nossa som-
bra pela estrada adiante. Pa-
receu-me ver um ajuntamento
de reis ou coisa que o valesse
mas era um pano que descia
pela parede abaixo cheio de
fidalgos e de damas que esta-
vam mesmo em ordem de mar-
cha para um baile. Entrámos
num quarto onde me pareceu
ver um carro armado para jor-
nada de importância. Era uma
cama. Aí deitei estes meus os-
sos e dormi como nunca me
assucedeu. Estou em que dor-
mi dias e noites a fio. Quando
acordei tinha ao meu lado so-
bre cadeiras um fato mais para
ser visto que para ser vestido
tão rico era. O hoserm do cha-
péu alto veto de lá e ajudou-me
2. réstir tudo aquilo. Sentia-me
leve, leve e deu-me nas oiras
de me meter, à sorte, por aque-
le palácio. Dito e feito. Acen-
deram-se luzes e espelhos a
toda a parede, mostraram quem

RELAS

eu era e entrou comigo a ideia,
talvez os senhores se riam,
mas entrou comigo a ideia que
eu caminhava para rei e valha
a verdade já lá devia estar se
houvesse justiça no mundo.
Quando voltei ao quarto ain-
da iá estava o homem do cha-
péu alto, bota fina e bengala
de prata. Estava de pé mais ca-
lado que um pinheiro em noite
sem vento ou com um leve
cicio nas folhas. Pôs-se adian-
te de mim, a imitar a sombra
que fazemos e andámos, andá-
mos, eu trazia também uma
bengala, acho que de ouro,
descemos vale-e subimos mon-

-te até que me desnorteei de
todo. Senti então que o homem
de chapéu alto me tomava dos
braços e me deitava de novo
na cama armada no palácio.
Tal doçura, nem os senhores
fazem a mínima ídeia.

— E depois, ti António?

— Depois, como o demo as
tece, depois achei-me em ci-
ma da minha enxerga. A pro-
pósito tenho de lhe mudar a pa-
lha de centeio porque os ratos
deram nela, estraçaram-na e o
dianho «esmortifica-mer — os
OSSOS… *

João Maia

lha sem terem, pelo menos, a
nova em construção. Não será
verdade? Ou houve interesse ou
interesses ligados a essa reso-
lução? Francamente eu não con-
sigo compreender tal atitude.
Quero, no entanto, acrescentar
que nada tenho a ver com o
caso. Só posso dizer que, se fos-
se na terra onde eu masci, eu
tinha que aprofundar devida-
mente por que se fez tal serviço.
Assim, limito-me a lamentar…

Deus perdoará estas coisas!

Lisboa, 8 de Março de 1974.

6 de Abril de 1974

D. Amélia dos Prazeres
Silva

VILAR CIMEIRO – MADEIRAÃ
AGRADECIMENTO

:A. família de D. Amélia dos
Prazeres Silva que foi de Vilar
Cimeiro, Madeirã, na impossibi-
lidade de o fazer pessoalmente,
agradece —muito sentidamente
a todas as pessoas que se dig-
naram acompanhá-la na sua
doença e até à última morada.

Problemas

continuação da 1.º página

tividade, mediante o emprego de
maquinaria.

Cremos, assim, que a crise
aguda que se verifica há cerca
de 10 anos está a ter efeitos po-
sitivos na transformação indis-
pensável das nossas estruturas
rurais com vista a uma maior pro-
moção do homem do campo.

Mas estamos longe da vitória.
As dificuldades da Lavoura conti-
nuam a ser bastante graves pa-
ra que tanto o Governo como to-
dos os que pensam, lhes não atri-
buam o significado que de facto
possuem. E, assim é que se jus-
tifica uma nova dinamização do
sector mediante a criação a nível
superior de uma nova estrutura
administrativa com a criação do
Ministério da Agricultura e Co-
mércio. A simples junção dos
dois sectores dá bem a entender
que os mais graves problemas
que hoje se verificam em Portugal
no campo da Economia, residem
na dificuldade de coordenação
entre si, da agricultura e do co-
mércio.

E essa dificuldade agudizou-se
com elementos provindos da con-
juntura internacional que sofreu,
sobretudo no campo dos adubos,
um enorme estretor.

Mas a verdade é que já se ou-
ve dizer que nalguns sectores, so-
bretudo no da pecuária, do vinho,
das frutas e de algumas culturas
de regadio, o trabalho já é com-
pensador.

Continua a haver desajusta-
mentos, dificuldades de mão-de-
-obra produtiva e qualificada?
Sem dúvida. Mas não tem falta-
do o apoio do Estado sobretudo
no sector agro-pecuário, no finan-
ciamento de pomares com carác-
ter selectivo, na reconversão de
culturas, na reestruturação agrá-
ria, e ainda, preparando-se novo
sistema de crédito à agricultura.

No sector florestal também
tem sido evidente e relevante o
apoio do Estado, quer através
da concessão de sementes e
plantas, quer da organização de
meios de defesa da propriedade
privada contra os incêndios pela
criação de postos de vigia e aber-
tura de estradões florestais. As-

Cusa da Comarca
da Sertã

Continuação da 4,º página

glonahsmo, que tanto têm dado
à nossa Casa Regional.
Homenagem sincera, que de-
correu naquele ambiente habi-
tual de alegria regionalista, sau-
dada por todos, enaltecida e

” firmada por palavras amigas e

de admiração.

Digna dos maiores elogios a
acção de Homero de Deus Gar-
cia.

Ao seu dinamismo e saber se
deve a refeição apresentada,
excelentemente . confeccionada,
que mereceu votos de unânime
aclamação!…

TFesta bonita, de são convívio,
que terminou às primeiras ho-
ras do dia 27.

da Lavoura

sinale-se ainda a intensa activi-
dade dos Serviços Oficiais na
promoção da florestação quer pe-
lo próprio Estado quer através
de regimes de colaboração com
os particulares.

Em resumo, afigura-se que, se
a crise da Lavoura é real, nal-
guns sectores tem-se trabalhado
na debelação das dificuldades e
o resultado tem sido evidente.
Há porém que ter ânimo para en-
frentar os obstáculos que conti-
nuam a opor-se à superação da
crise. E não perder de vista que
uma reestruturação tão profunda
como aquela que está a proces-
sar-se na nossa agricultura não
pode ser obra de poucos anos.

Essa reestruturação, porém,
tem que incidir muito principal-
mente no sector da comerciali-
zação dos produtos agrícolas.
Não podem uns tantos interme-
diários encarecer os produtos
duas e três vezes.

Será eficiente a nova coorde-
nação ministerial entre a Agri-
cultura e o Comércio?

J A.

a transformação
da vida portuguesa

Continuação da 1.º página

Deus ainda há muito quem
tenha, uma bondade natural
no trato com os outros, um
espírito de afabilidade no
acolhimento dos estranhos,
um respeito — recíproco nas
relações sociais, uma com-
preensão das dificuldades
alheias, uma contenção pu-
dica de sentimentos, que vão
cedendo cada dia mais aos
impulsos do egoísmo O
egoísmo é a lepra da huma-
nidade contemporânea. À
medida que se vai implan-
tando a convicção de que
esta vida são dois dias, dos
quais importa tirar o má-
ximo do prazer sem qualquer
esforço e suceda aos outros
o que suceder, desfazem-se
as famílias, desmoronam-se
os exercícios e ruem os Es-
tados.

A vida em sociedade im-
plica um espírito de solida-
riedade e de colaboração que
exige dádiva de si próprio,
sacrifício de interesse, espí-
rito de serviço, integração
em planos colectivos. Mas o
egoísmo materialista desfaz
tudo isso. Nega-se ao sacri-
fício, recusa-se a servir o
próximo, aborrece a obediên-
cia às leis e a quem as exe-
cuta, instaura a indisciplina
em todos os sectores, recu-
sando-se a acatar outra nor-
ma que não seja a das con-
veniências pessoais de cada
um.

Quantas vezes as pessoas
se quelxam de injustiças,
por não lhes ser feita a von-
tade! Para muitos justiça é
o que lhes convém,

(Marcelo Caetano em 28-38-74)

 

@@@ 1 @@@

 

6 de Abril de 1974

“Ecos y Gomentários”…

O outro jornal que se publica
na Sertã inseriu no seu último
número mais um «Ecos y comen-
tários» verdadeiramente infelizes
em que pretende pegar comigo.

Jornal que durante cerca de
11 anos me tem mimoseado pes-
soal e solapadamente, com as
mais torpes «amabilidades», não
me aquenta nem me arrefenta
que agora volte a atacar-me mais
uma vez…

Mas trata-se de um comentá-
rio vesgo, tendencioso, que pode

-induzir em erro pessoas de boa-
-fé. Só por isso lhe respondemos.
Pelo ataque pessoal calar-nos-ia-
mos como semprie fizemos. Não
ofende -quem quer, ofende quem
pode…

Mas vamos ao comentário.

O seu autor sabe decerto que
a Lei Portuguesa impõe que as
assembleias gerais das socieda-
des anónimas sejam previamente
anunciadas nos jornais, com es-
pecificação dos assuntos a tratar,
e que todos os anos sejam pu-
blicados os relatórios e contas
dos seus conselhos de adminis-
tração e fiscal.

Os mais importantes proble-
mas daquelas empresas são, as-
sim, do domínio público. E isso
importa à comunidade, razão de
ser da Lei. Todos os jornais se
sentem no direito (que é tam-
bém obrigação…) de falar dos
grandes problemas das socieda-
des anónimas.. E todos os dias o
fazem. É só ler os jornais diá-
rios…

Será que todos eles são dese-
legantes para com essas empre-
sas?…

Celinda — Sociedade de Fo-
mento e Iniciativas, S. A. R. L., é
além de uma sociedade anónima,
até quase uma empresa de inte-
resse e ordem pública… pelo me-
nos para a Sertã.

O autor do comentário publi-
cou o anúncio dos assuntos a tra-
tar na Assembleia Geral e virá a
publicar o relatório do conselho
de administração. Porque preten-
de que se faça «caixinha» daqui-
lo que é público e do interesse
público?…

Ou a função da Imprensa não
é precisamente debater os assun-
tos de interesse público, mas ata-
car certas pessoas, denegrir-lhes
as suas ideias e deitar abaixo as
iniciativas válidas que tomam?

Quanto ao facto de o artigo do
nosso jornal poder prejudicar os

infelizes

interesses de CELINDA, só por
cegueira ou paixão, tal se poderá
afirmar.

O título do artigo fala de verba
superior a 10000 contos. Não
pretendeu, com toda a evidência,
dar o valor dos imóveis a adqui-
rir pelo Estado. Propositadamente
inseriu a expressão superior a,
escusando-se assim a proferir
qualquer juízo de avaliação, a não
ser aquela que seria a sobredita
verba mínima. Se eles valem
mais, pois, muito bem, o artigo
não o contradiz…

Mas o autor do comentário
não vê o que é evidente.

Tudo porque num lado bate o
malho e noutro ‘se sente a pan-
cada…

Quanto à infelicidade e sem-
-razão do comentário sobre o
Jardim de Infância, basta dar um
exemplo, entre dezenas: — Em
Cernache do Bonjardim funciona,
desde há mais de 10 anos, no
Centro de Assistência, um Jar-
dim de Infância com os mais re-
levantes resultados e aplauo geral
da população.

Que agradeçam ao autor do
comentário as dezenas de mães
que tiveram de se sacrificar e de
dar tratos à cabeça para resolver
o complicado problema de a
quem entregar os seus filhos
pequenos, quando, sem criada,
têm que sair de casa. Que lhe
agradeça a geração das crianças
nascidas na Sertá de 1965 a
1972, cujo desenvolvimento in-
telectual, psíquico e social pode-
ria ser muito mais eficiente se os
seus 6 primeiros anos pudessem
ter desfrutado de um Jardim de
Infância…

E, ponto final. …Orelhas mou-
cas=..

RA

Caseiro
Precisa-se

Para Vinha Velha — Madei-
rã. Oferecem-se excelentes con-
dições. Resposta e pedido de in-
formações para o telefone 16 de
Madeirã.

Notícias

FERNANDO LUÍS FARINHA

Vindo de Hamburgo, onde
trabalha, encontra-se entre nós
o nosso prezado assinante, se-
nhor Fernando Luís Farinha,
natural de Madeirã.

Agradecemos a sua visita à
nossa redacção e desejamos-lhe
as maiores prosperidades.

JOSE MANSO DO OLIVAL

Regressou de Luanda após o
cumprimento da sua missão de
soberania naquele. Estado, o
furriel miliciano José Manso do
Olival, filho da senhora D. Na-
zaréê Martins Manso Olival, da
Sertã.

Congratulamo-nos com o fac-
to e auguramos ao jovem ser-
taginense um futuro risonho.

— JOAQUIM LOURENÇO ALBU-
QUERQUE

Regressou da República do
Zaire, onde se fixara já há anos,
o nosso prezado patrício, senhor
Joaquim Lourenço — Albuquer-
que. Encontra-se em Mação com
sua esposa e filhas pretenden-
do refazer a sua vida após a
infelicidade sucedida aos por-
tugueses residentes naquela re-
pública africana.

Que seja feliz. .

Pessoais

JOAQUIM DINIS DA SILVA

Também da mesma República
africana e pelo mesmo motivo
regressou a Portugal o nosso
conterrâneo senhor Joaquim
Dinis da Silva que com sua es-
posa e filho reside actualmente
em Castelo Branco.

Fazemos votos pelas suas
prosperidades.

o MANUEL

O RENOVADOR

Página 3

OS LUCROS DAS SOCIEDA-
DES PETROLIFERAS AME-
RICANAS

Quando a O. P. A. E. P. (Or-
ganização dos Países Arabes
Exportadores de Petróleo) deci-
diu aumentar o preço das ramas
para o triplo, ou quase, e de-
cretar o embargo das suas ex-
portações para os países amigos
de Israel, dividiram-se as opi-
niões sobre se este embargo iria
prejudicar mais os Estados Uni-
dos, o verdadeiro alvo do em-
bargo, ou os países da Europa
Ocidental, alguns dos quais têm
mostrado certa simpatia pela
causa árabe.

Não é em meia dúzia de li-
nhas que se pode fazer um ba-
lanço de quem perde mais com
o embargo e com o aumento de
preço das ramas. Vejamos ape-
nas quem, além dos países pro-
dutores, obteve também ganhos
inesperados.

A Exxon (ex-Standard Oil),
a maior companhia petrolífera
americana, apresenta no seu re-
latório preliminar sobre o exer-
cício de 1973 um aumento de
lucros da ordam de 59% em re-
lação ao ano anterior (1972).

A Mobil Oil, segunda compa-
nhia petrolífera americana, teve
também de acordo com o seu
relatório preliminar no exercí-
cio de 1973, uma progressão de
lucros da ordem dos 47% em re-
lação a 1972; segundo o mesmo
relatório os lucros da Mobil Oil
no último trimestre de 1973, ou
seja durante a indesejável crise
energética, acusam um aumento
de 68% em relação a igual pe-
ríodo de 1972.

A Texaco, terceira compa-
nhia petrolífera americana, teve
em 1973 um aumento de lucros
da ordem de 45% em relação
ao ano amterior (1972), (tam-
bém números provisórios).

Esta lista podia continuar
mas seria trabalhoso para quem
ê e para quem a escreve; acres-
centa-se para terminar que a
Union Oil, sem citar números,
fez saber que os seus lucros no
último trimestre de 1973 foram
substancialmente mais elevados
do que os de igual período de
1972.

A fonte onde foram colhidos
os dados atrás referidos é como
se disse relatórios preliminares;
os números embora provisórios
não se afastam certamente
muito dos reais.

(Do Jornal do Comércio)

CARTA DOS SOLOS
DO MUNDO

O ordenamento fundiário dum
país para a produção agrícola,
necessariamente alicerçado nas
potencialidades dos seus solos,

MENDES

MURTINHO JUNIOR
& IBMÃO

ANSIÃO

Extracção de Britas de Calcário
Pedreiras no Alto da Serra a 2 quilôóm. de Pontão — à

beira da E. N. 237.
Preços de concorrência.

Escritório-Sede — Ansião — Telefone 78

Mánia de Retaáalhos

requer o auxílio da prévia car-
tografia adequada destes solos.
Está em curso a publicação da
Carta dos Solos do Globo («Soil
Map of World»), em que se po-
dem colher elementos para a
planificação racional do apro-
veitamento dos solos, e rápida
transferência, a bem do desen-
volvimento da agricultura e pro-
dução de alimentos e matérias-
“primas agrícolas, da informa-
ção obtida numa área ou região
para qualquer outra onde ocor-
Tam similares condições do solo
e do meio. Dos dez volumes, em
preparação, recentemente saiu
um, com texto em inglês e em
espanhol, respeitante aos países
da América do Sul. Sucessiva-
mente sairão os restantes, entre
os quais o que respeita aos paí-
ses da Europa.

O desígnio da elaboração de
tal Mapa, após o desenvolvimen-
to lógico, preciso e objectivo de
certos conceitos no VII Con-
gresso Internacional da Ciência
do Solo, em que foram apresen-
tadas cartas pedológicas de al-
guns Continentes e Sub-Conti-
nentes com suas classificações
peculiares, partiu, em 1960, da
Sociedade — Internacional da
Ciência do Solo. Este Mapa te-
ria, como tem já, por base, as
definições e classificações dos
solos admitidas internacional-
mente.

Para a realização desta obra,
e em ligação com a Sociedade,
instituiram UNESCO eFAO,
em 1961, no âmbito e sob a res-
ponsabilidade desta última or-
ganização internacional, uma
Comissão, em que teve função
de grande relevo o Investigador
da Estação Agronómica Nacio-
nal, engenheiro agrónomo D.
Luís Bramão.

Este cientista que, desde al-
guns anos antes vinha orientan-
do, ao serviço da FAO, os cientistas do Brasil na realização da
Carta dos seus Solos, fora cha-
mado em 1954 à sede da FAO,
em Roma, para estabelecer o
primeiro Programa de Solos
nesta Organização; e, no ano
seguinte, dentro deste Progra-
ma, passou a chefiar as equi-
pas de estudo em diversos paí-
ses da América do Sul, do Pró-
ximo Oriente e da Ásia, e fun-
dou o Grupo de trabalhos de
cartografia e classificação de
solos da Comissão Europeia da
Agricultura, em que represen-
tou sempre o Director Geral da
FAO. E, por fim, de 1961 a 1969
exerceu na sede da FAO, o car-
go de Chefe do «Bureau» de
Recursos em Solos do Mundo
(«World soil resources Office»),
com atribuições para estudar a
capacidade de produção agríco-
la dos países em desenvolvimen-
to, cumulativamente com o car-
go de Coordenador do Projecto
referido («Coordinator of FAO/
/UNESCO Soil Map of the
World Project»).

Entre as conclusões mais im-
portantes que, segundo a FAO,
do Novo Mapa se tiram é a de
que a produção agrícola neste
Continente pode ser significati-
vamente incrementada, através
da intensificação cultural, em
10% da sua área ou em alter-
nativa onerosa, através do des-
bravamento duma parte de vas-
ta área de terras aráveis, que
ocupa 30% da superfície total.
Atendendo às características
das terras o Mapa indica que
grande extensão de terra arável
presentemente inculta é própria,
de preferência, e que, não obs-
tante, com o melhor uso da ter-
ra cultivada e limitada expan-
são da área cultural é possível
que na América do Sul o cresci-
mento das produções agrícolas
acompanhe o crescimento da po-
Pulação.

Notícias de Vila de Rei

continuação da 1.º página

surge uma curva traiçoeira, um
estrangulamento inesperado. E
sempre um piso eriçado de pe-
dras, de covas, desgastante.

Note-se que, se isto se veri-
ficasse numa estrada secundá-
Tia, de escasso movimento, não
sentiríamos tão premente a ur-
gência da sua remodelação. Mas
afinal é uma estrada de pri-
meira classe, única via de es-
coamento para muito trânsito.

AÀ Junta Autónoma de Estra-
das e ao Senhor Ministro das
Obras Públicas, pomos o proble-
ma: — Até quando continuará
este tormento?

NOVAMENTE TAMBÉM A
ELECTRIFICAÇÃO DE MIL-
REU

Há meses disse-se neste pe-
riódico que alguns dos habitan-
tes de Milreu esperavam, segun-
do lhes teria alguém afirmado,
que daí a algum tempo seria
ligada a electricidade à sua po-
voação. De facto, há cerca de
quatro anos que os fios ali es-
tão e o precioso eflúvio não
corre por eles.

Pensávamos que com a inte-
gração do concelho de Vila de
Rei na Federação dos Municí-
pios de Santarém para a explo-
ração da electricidade, mais fá-
cil e rápida seria a resolução
do assunto.

Afinal passou-se já mais de
um ano e as coisas continuam
no mesmo pé.

Já não bastarão quatro anos
de espera ?

É que Milreu é a povoação de
maior número de habitantes da
freguesia de Vila de Rei, maior
ainda que a própria sede do con-
celho, com 62 fogos apenas, e
260 habitantes.

TEM FALTADO ÁGUA NO
ABASTECIMENTO A VILA
DE REI

Por qualquer avaria ou ano-
malia, de vez em quando falta
a água em Vila de Rei. É um
desarranjo muito desagradável
para quem aqui vive.

Às vezes a paciência esgota-
-se. Males da civilização que to-
dos devemos procurar evitar o
mais possível. — (E.).

MOTOSSERRISTAS

A Cooperativa Florestal da Sertã precisa de motosserristas,
com ou sem o curso respectivo.

Oferecem-se as melhores condições. Lugar de futuro. In-
formações pedidas a SPROLEI — Sertã.

 

@@@ 1 @@@

 

“taurante Panorama,
‘elegante e bem confeccionado

Página 4

ESCREVEM

OS NOSSOS LEITORES

APOIO À CONSTRUÇÃO
DE UM NOVO EDIFÍCIO ESCOLAR

– Pedrógão Pequeno, 28 de Março de
1974

Ex.Ӽ Senhor

Dr. José Antunes

Digríssimo Director do jornal «O

– Renovador»

R. Lopo Barriga, 5 r/c — Sertã

Pela primeira vez, desde que sou
assinante do vosso jornal, ou melhor
dainda, assinante desde a sua funda-

‘ ção, envio-vos um artigo, que se o

desejardes podereis mandar publicar
no vosso jornal, que tem o fim de
apoiar incondicionalmente um ouwtro
artigo assinado por Zulmira J. N. da
Silva, sobre a construção do Novo
Edifício Escolar de Pedrógão Pe-
queno.

Fui wma das pessoas que me in-
teressei sempre com os problemas da
Educação nesta localidade. Posso di-
ser que nada tenho feito para que
mereça uma nota digna de registo,
mas enfim, fui um dos impulsiona-
dores para que as actuais instalações

sanitárias da Escçola Primária este- ,

jam de pé. Claro, graças também ao
apoio extraordinário da Junta de
Freguesia de Pedrógão Pequeno e da
Câmara Municipal da Sertã.

Apesar disto, não me melindram
de maneira nenhuma se abandona-
rem esse melhoramento para utiliza-

.rem outro ainda melhor, que outra

coisa não seria de esperar, que era
um edifício novo, expressamente
construído para o Ensino Moderno
e com condições e local apropriado.

‘ Serve isto para mostrar que pode

também muito bem acontecer que
a família do benemérito que ofere-
ceu o actual edifício escolar, mas

-antiquado, que já conta com umas

largas dezenas de amos, sinta, e acre-
dito sinceramente que sim, satisfação
em ver continuada uma obra em tão
boa hora iniciada por eles.

Se se viesse a concretizar o desejo
desta localidade, assim como de to-
dos os pais e professores das crian-
ças que frequentam este estabeleci-
mento, ou seja a construção de uma
nova escola, poder-se-ia dar-lhe o
nome do grande benemérito que ofe-
receu o actual edifício. *

De maneira alguma o actual edi-
fício era abandonado porque poderia
servir para anpliar as instalações da
Junta de Freguesia, albergar uma
Biblioteca Municipal ou melhor ain-
da para um Posto Clínico das Caixas
de Previdência ou dos Serviços Com-
petentes.

Não é de aprovar a ideia de re-
novar o edifício, porque o local não
serve. Hstá situado na estrada de
maior movimento desta freguesia.

No dia 23 de Março passado,
em Albufeira, Algarve, terra da
noiva, celebraram o seu enlace

matrimonial, Carlos Alberto
Pinto, funcionário bancário, fi-

lho do nosso amigo e assinante

António Fernandes Pinto e de
Ângela Antunes Pinto e sobri-
nho do nosso assíduo colabora-
dor Virgílio Alves, com a pren-
dada menina Felismina Sequei-
ra das Dores, Professora Liceal,
filha de Rodrigo das Dores e de
Maria João das Dores.
Terminadas as cerimónias, os
convidados, em grande número,
dirigiram-se para o luxuoso Res-
onde um

copo-de-água os aguardava.

Os noivos seguiram em via-
gem de núpcias para a Espa-
nha.

Desejamos-lhes as maiores fe-
licidades.

EM PEDRÓGÃO PEQUENO

Dentro de 3 anos o seu trânsito será
muitas vezes mais.

Já Pedrógão Pequeno chorou pela
morte de uma alegre criança, morte
essa que poderia ser evitada se o
novo edifício já estivesse construído
em local apropriado. Por conseguin-
te, para que se não volte a chorar
por mais anjos, devem todos os Pe-
droguenses manifestar o seu apoio,
por todos os meios ao seu alcance,
para que à nova escola seja uma
reulidade.

Não posso conceber a ideia de não
haver terreno, porque isso não pode
ser verdade. O que se pode e deve,
é chegar a um acordo com os proprie-
tários e procwrar mnão prejudicar
quem quer que seja. Mas também
cabe aos proprietários facilitar den-
tro da medida do possível a tarefa
daqueles que procuram solwcionar o
grande problema desta terra e afinal
de todo o poaís que é a melhoria das
condições de Ensino.

Muito grato.

TE PE

P. S. — Sr. Director, agradeço
imenso que V. Ex.º nas colunas do
vosso jornal faça apelo, como muito
bem achardes, por esta causa que
é justa e louvável a todos os títulos.

Ll Al

O RENOVADUK

“GAZETA DO TÊZERE”
e “TEMPLÁRIO”

Os nossos prezados colegas
«Gazeta do Zêzere» que se pu-
blicava em Ferreira do Zêzere
e «Templário», da cidade de To-
mar, fizeram uma junção digna
de registo. A «Gazeta do Zê-
zere» passa a ser publicada em
conjunto com o «Templário» nas
seguintes condições: — os as-
sinantes pagam um só jornal,
a administração é comum, o
sector redactorial abrange àa
ambos, mas a direcção de cada
um dos semanários continua
autónoma, com a habitual ma-
neira de agir própria e cada um
com os seus critérios específi-
cos.

Dizem ambas as direcções que
não se trata, por enquanto, de
fusão completa. É uma expe-
riência que esperam venha a
surtir efeito.

Esta iniciativa, segundo cons-
ta dos respectivos editoriais, foi
motivada pelo facto de em Ju-
lho de 1973 ter começado àa
ser publicada a «Gazeta do Zê-
zere» tendo já antes o «Tem-
plário» publicado uma página
de Ferreira do Zêzere, com os
mesmos objectivos daquela Ga-
zeta.

Fazemos votos por que, com
o presente programa, se obte-
nham os objectivos visados pe-
los respectivos responsáveis.

É uma modalidade até hoje
inédita entre nós, segundo cre-
mos, que implica cooperação e,
só por isso, merece O MNosso
apoio.

Um Cespacho :
de lorgo olcance social

Subsídio vitalício aos diminuídos
Jfísicos ou mentais

O Ministro das Corporações e
Segurança Social definiu por
despacho já publicado no Bole-
tim do |. N. T. P., que o subsí-
dio mensal vitalício, cumulável
com o abono de família, instituí-
do a favor dos diminuídos que,
física ou psiquicamente, se en-
contram absoluta e definitiva-
mente incapacitados de prover às
suas necessidades, seja conce-
dido também a menores de 14
anos quando os mesmos deter-
minem pela especialidade dos
cuidados médicos ou de educa-
ção que exijam um encargo su-
perior àquele a que dariam lugar
se não fossem incapazes.

Mais se determina nesse des-
pacho, de largo alcance social,
que a expressão legal usada de
«falta de pai e mãe» seja entendi-
da em sentido lato de modo a
abranger, além da falta em ter-
mos físicos, todas as demais si-
tuações referidas no n.º 1 do ar-
tigo 60.º do decreto 45 266, de

. 23 de Setembro de 1963, tais

como estarem os pais suspensos
ou inibidos do poder paternal; so-
frerem os pais de incapacidade
total para o trabalho, atestada
por médico designado pela Caixa
de Previdência; estarem os pais
ausentes em parte incerta. Esta-
belece ainda que o regime de pre-
vidência em causa se aplica iguai-
mente a filhos naturais e adopta-
dos.

Numa preocupação já noutras
recentes medidas revelada, de
aproximar a política de previdên-
cia da acção assistencial, fixa-se
ainda no novo despacho que, nos
casos em que o descendente ou
equiparado que confere direito ao
subsídio se encontre internado
em estabelecimento de assistên-
cia, deve esse benefício ser pago
à instituição que o acolher, desde
que também ela receba o abono
de fâmília.

Aproveita-se para recordar que
o citado subsídio mensal vitali-

cio cumulável com o abono de
família é de 250$00 para os de-
ficientes com menos de 18 anos,
de 500$00 até aos 35 e de 750$
a partir desta idade ou antes, na
falta de pai e mãe, no amplo
sentido que o despacho veio de-
terminar.

RETA S 2R ERISISATOA 0S CTENENDS S 0ST ND

Faleceu em Lishoa

a Senhora Dona Ána

do Rosário Godinho
Mirrado

No passado dia 23 de Março
faleceu na Casa de Saúde Tn-
fante Santo, em Lisboa, a se-
nhora D. Ana do Rosário Godi-
nho Mirrado, viúva do Dr. José
Mendes Mirrado, natural de Ma-
ção. Tinha 78 anos de idade.

Deixa as seguintes filhas: —
D. Maria do Rosário Godinho
de Maia Mirrado Farraia, casa-
da com o Dr. António dos San-
tos Farraia, de Cernache do
Bonjardim; D. Mariana — Godi-
nho de Maia Mirrado Carvalho-
sa, viúva, e D. Maria Eduarda
Godinho Mirrado Vaz Serra, ca-
sada com o Dr. José da Mata
Vaz Serra, residente em Lisboa ;
e uma irmã, D. :Antónia Go-
dinho Mirrado de Matos “Tor-
Tes. i

Os restos mortais da extinta
foram depositados na igreja de
São João de Deus em Lisboa,
donde o féretro saiu para o
cemitério de Mação. Nele se in-
corporaram numerosas pessoas
principalmente de Cernache do
Bonjardim e Mação.

à família enlutada apresenta
«O Renovador» a expressão do
seu muito pesar.

6 de Abril de 1974

CASAMENTO

No passado dia 9 de Março,
na Capela de Nossa Senhora de
Lurdes na povoação de Abru-
nheiro Grande, desta freguesia,
realizou-se o enlace matrimonial
da menina TIlda da Conceição
Cardiga Gaspar da Silva, filha

de Casimiro Gaspar e de Maria
Cecília, todos da povoação de
Abrunheiro Pequeno, com o jo-
vem Fernando Gomes da Silva,
nosso estimado assinante, filho
de Manuel António da Silva e

. de Maria José Gomes (já fale-

cidos), naturais de Muge-Salva-
terra, distrito de Santarém.

Apadrinharam o acto por
parte da noiva o senhor José
Correia, negociante, e sua es-
posa a senhora Conceição Cor-
reia, residentes em Chão da
Forca-Sertã, e por parte do noi-
vo o senhor Fernando Luciano
Ricardo e Maria Gertrudes, fa-
miliares do noivo.

Ao jovem casal que fixou re-
sidência na Casa da Ribeira, 1.º
Rebelva-Carcavelos, aonde am-
bos eram e continuam a ser
empregados, desejamos-lhe as
maiores felicidades. — (C.).

Como vão os preços da madeira

de pinheiro

A gente ouve e quase não
acredita. Sobre o preço da ma-
deira de pinheiro e eucalipto…
A ser verdade, temos de nos in-
terrogar, sobre o silêncio de in-
formação, a nível dos interesses
concretos e imediatos dos lavra-
dores-produtores.

Dizem-nos da subida vertigino-
sa do preço da pasta de papel, no
mercado internacional. O preço
da tonelada exportada que se ci-
frava entre os 3 contos e 3 con-
tos e quinhentos, galopou para
os 7 e 8 contos.

Informam-nos —que regulam,
como média, 4 a 5 esteres de ma-
deira para o fabrico de 1 tonela-
da de pasta.

Que a Celulose que comprava
o estere de pinheiro a 220$00, a
200$00, o está comprando agora
a 380$00. E quanto ao eucalipto
o compra, hoje, a 450800 o este-
re, quando antes o pagava a
252$00.

Fazendo contas, é fácil con-
cluir pela desproporção entre o
custo das matérias-primas e a
margem de lucro para as fábricas
de celulose que os actuais pre-
ços, no mercado internacional,
lhes trazem.

Antes, 5 esteres de madeira
de eucalipto para uma tonelada
de pasta, custavam à fábrica à
voita de 1250$00. Vendia a to-
nelada da pasta por 3 contos, 3
contos e quinhentos. Havia uma
diferença de 1750$00 a 2250%8.

Hoje, compra ºa mesma quanti-
dade de matéria-prima «estere =
450$00) por 2 250$00 e vende à
sua transformação em pasta (to-
nelada) por 7 a 8 contos. Dife-
rença: 4 750$00 a 5 750$00. Re-
sultado das diferenças, a favor
das fábricas de celulose, com o
actual aumento de preço de to-
nelada de pasta: um superavit
de 3 000$00 a 3 5000$00!…

Significa que as fábricas de ce-
lulose têm larga margem para po-
derem pagar melhor a matéri
-prima. Outras conclusões se po-
dem e deviam tirar, em relação
à coordenação de preços em fun-
ção da economia nacional, neste
sector. Apontámos apenas a rela-

Solenidade
dos Passos
na Sertã

Seguindo o procedimento do
ano transacto, celebrou-se na
Sertã no passado Domingo a
solenidade dos Passos, com
grande afluência de fiéis. Pare-
ce que, realmente, foi boa ideia
a transferência das cerimónias
da sexta-feira para o domingo.

e eucalipto?

ção entre fornecedor de madeira
e transformador industrial.

Mas o que é mais gritante
ainda, é a posição dos interme-
diários, entre lavrador-produtor e
a fábrica. Aproveitando-se da
crónica ignorância de muitos
proprietários, continuam a ofere-
cer os preços antigos de 80$00
a 100$00 pelo pinheiro e 120$00
a 150$00 pelo eucalipto (estere).

Não admira, pois, que, apesar
da carência e custo de mão-de-
-obra, como do agravamento do
custo de transportes, proliferem,
dia a dia, os intermediários deste
rendoso métier!

São grandes os problemas que
tacam o sector da lavoura, mas,
francamente, há problemas que
só o são, por falta de um mínimo
de atenção, por quem de direito,
ao concreto das situações.

Que fazem os Grémios, neste
aspecto de informação, na defe-
sa dos interesses dos seus só-
cios?

A quem, afinal, pertence in-
formar a Lavoura, nestes seus
problemas concretos? Que dina-
mismos próprios possui este sec-
tor, de maneira a não continuar a
ser o eterno e injusto espoliado?

A resposta efectiva a estas
concretas perguntas não resolve-
ria todos os graves problemas da
Lavoura, mas encaminharia a so-
lução de alguns.

(De «A Reconquista» )

Gosa da Comarca
da Sertã

ÚLTIMA REUNIÃO
DA DIRECÇÃO

A Direcção cessante da Casa
da Sertã, aproveitando as últi-
mas horas da sua actuação, pro-
moveu significativa homenagem
aos seus mais dedicados cola-
boradores durante o biénio de
1972/78.

Assim, no passado dia 26,
sem que os homenageados o
suspeitassem, convidou-os para
um jantar familiar, a pretexto
de pretender uma «despedida» e
testemunhar o seu reconheci-
mento à acção benemerente do
associado sr. Virgílio C., Silva.

Só durante a refeição foi da-
do a conhecer o significado do
Serão Familiar.

Testemunhar também o seu
apreço e gratidão aos srs. Mar-
tinho Mendes de Oliveira e Dia-
mantino Albino da Silva.

Elementos destacados no Re-

(Continua na 2.º página)