Notícias de Várzea dos Cavaleiros nº1 06-1968

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Quando estas palavras te cairem
sob os olhos, todo o mundo cele-
brará o encerramento do ANO DA
FÉ, Como não sei quem me lerá
— se crente, se descrente, se com
fé católica ou não — desde já te
digo que escrevo para todos: para
os que julgam ter fé, para os que
não têm fé e para os que têm fé.

” O ANO DA FÊ

SE tu, uma vez convertido,
confirma os teus irmãos na Fé».
O Papa, atento ao problema ba-
silar desta época, decretou um ano
de, digamos assim, Exposição da
Fé. Outros tempos, outros proble.
mas, Os hereges já passaram de
moda; a imoralidade já é tão
velha… mas nós, o nosso tempo
tem uma marca inconfundível que
o Papa denunciou. com clareza e
sobressalto: a fé vacilante, a falta
de fé, a fé combatida e oprimida.

*

Tempos nem melhores nem pio-
res que os antigos, tempo que fará
História porque os que são, são, e
os que não são, não são. Tempo
de autenticidade, Muitos terão de
tirar a máscara de religião e os
autênticos têm de fazer brilhar a
Luz para que ilumine os que pro-
curam a Verdade.

Tempo de angústia — conjuntura
difícil — porque é tempo de prova.
* Todos, os que rezam e os que
nada professam vivem na angús
tia do tempo, Não há lugar para
nada, o tempo não chega para
nada.

Isto será uma droga para expli.
car muita coisa como a ignorância
e a fraqueza da fé, Ou por outra:
não há ateus mas homens devora
dos pelos negócios, pela profissão,
pela vida tão rica e variada, ho-

(Continua na 2.º pág.)

 

ANO |I— N.º 1
JUNHO DE 1968

Propriedade

 

Director e Editor:

Igreja Paroquial de:

Um dia Caro

— Vens ou não vens?

— Não, não vou!

Vens ou não vens; Vou, não
vou e assim ia correndo a con-
versa à medida que o dia se
apagava. Afinal o que ela que-
ria era que a afilhada fosse se-
mear a terra de feijões no dia
seguinte.

Mas como o trabalho não
azeda a afilhada dáva-lhe que
o dia de Quinta-Feira de As-
censão era um dia muito caro.
Um dia em que nem os passari-
nhos saem do ninho.

— O senhor prior não deu
dia santo. E

(Pudera, já lá vai o tempo…)

— Mas nós temos que o
guardar. O Deus que mandava
antes ainda é o mesmo, retor-
quiu a afilhada.

Certo, certíssimo. Mas den-
tro lia-se uma outra: ideia.

O que ela queria guardar era
o conversado não fosse ele dar

 

trela a outra. O que ela dizia
era apenas pretexto para ir à
festa e levar o dia e a noite a
pular.

Ela fingia honrar o Senhor a
quem não honrava. Para isso
tinha trabalhado no domingo
anterior e trabalharia no se-
guinte. Para isso trabalharia
mais domingos porque, afinal,
são tantos no ano.

— Que sábia é a afilhada: dá
lições ao abade;

Que está lá ele a fazer, no
meio de gente que sabe mais
que ele.

LIma túnica bordada com es-
meto, servir no altar de Deus,
parece devia atrair os garotos.

A primeira meia dúzia de ve-
zes ainda vá que não vá.

Mas agora é que não. Per-
guntei porquê:

-— A mãe não consente que
vistam ao filho essa fatiota por-
qué leva calças novas à missal…

Pasmai, 6 Céus! se as levasse.
rotas até convinha.

Se servissem para outro fim,
davam-se. Talvez fossem co-
brir o coiro dalgum que nem
calças tém.

VÁRZEA e FIGUEIREDO

Após um ano lectivo de ensino
religioso, no momento em que
depois de quatro anos de cate-
quese as nossas crianças se enca-
minham para a PROFISSÃO
DE FÉ, é oportuno fazer algu-
mas reflexões:

O Catecismo
A catequese
Os catequistas

Dos velhos tempos até nossos
dias temos de concordar que
muito se avançou no ensino da
Verdade de Cristo. De um for-
mulário seco passou-se a uma ca-
tequese bíblica. Colocando Cris-
to como modelo, as Suas pala-
vras, os Seus gestos, os Seus mi-
lagres, a Sua vida a verdade é
que a uma criança de 7 a ll
anos pouco ou nada dizem. A
criança, nesta idade, deixa-se
prender pelo maravilhoso da His-
tória da Salvação, mas o impor-
tante que é imitar a Cristo—não
se obtém.

Quero dizer que, nesta idade,
a criança não tem problemas e
por conseguinte Cristo não é
uma resposta à sua vida. Aliás,
em abono da afirmagães procu-
rou-se, interessando a litur-
gia, atrair a criança.) PY y

aspecto fundamental
tequese que deve ser
ra a vida.

Será este um repa

Sabemos que se prepara
novo catecismo nacional ‘ques ck
tamente, se orieritanfy nai
a pastoral. E não ddr
Tenha-se em conf

P.” ANTÓNIO MARQUES NETO

Em

Ren acena

D:
a

Ê

PGR

RR

 

Comp. e Imp.

Gráfica de Gouveia, L.da

 

Catecismo

Faz-se um esforço enorme para
tornar vivo e concreto, intelegi-
vel o vocabulário religioso. Mas
palavras como «castidade» «gra-
ça» «redenção» etc., são palavras
fora do seu vocabulário habitual.
Sem sentido porque não usadas.

A Cateq

 

JESSE

Tempo, lugar, catecismos,
material são problemas de todas
as catequeses.

Desde o dia mais conveniente
para as crianças, para os pais,
para as catequistas até ao lugar >
em que se dá a catequese que
problemas! Geralmente o deslei-
xo dos pais pela educação relígio-
sa dos filhos é o maior. Eles
acham que é inútil, ou pelo me-
nos que basta saber o Pai-Nosso,
Avé-Maria, Confissão e Acto de
Contrição.

Uma hora de catequese por-se-
mana, temos de concordar que é
iséria! Quantas horas diá-
anais, mensais, etc., não
iança do ensino primá-

1

jarando, como é possível
iprai semanal fundamen-
sino religioso a sé-
dizemos desenvol-

contentarmo-nos
istas, pais — Igre-
hora semanal ou

criadas são divididas em
clansesL e estas“em grupos.
Cada grupo tem o seu lugar e

i qRnqs ua catequista.
A Tito Ra í

ac E > A
pressões ou modos defalifco

(Cont. na 2º pág.)g.)

 

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Ee

a JUNHO DE 1968

Lavradores

Mecanismo agrícola

O Decreto n.º 48.168 de 28
de Dezembro de 1967 oferece
aos agricultores algumas vanta-
gens que procuramos levar ao
conhecimento de todos para
bem da sua triste vida. No res-
peitante à compra de máquinas
agrícolas o decreto determina
durante o ano de 1968 o se-
guinte:

a) Concessão dosubsídio,
não reembolsável, até 20
por cento no custo do
equipamento base.
Empréstimos, para o mes-
mo fim, com condições
adequadas de juros e pra-
zos.

Concessão de bónus nos
combustíveis.

“Prevê-se que o Ministério da
Economia mande abrir concur-

 

“so para o fornecimento dessas

“” máquinas com o fim de evitar

* que certos agentes substituam o

desconto que podem fazer pelo

> do Estado.

Ea

[E

Condições necessárias para
poder usufruir destas regalias
1) Possuir um mínimo de ter-
ras para dar trabalho às
máquinas ou possibilidade
de as alugar.

iAceitar as orientações dos
técnicos para o cultivo das
terras.

Pesticidas

Os insectos, as doenças das
“plantas e ervas daninhas obri-

gam ao uso de certos produtos
chamados pesticidas que por
vezes são nocivos ao homem.
Para ter uma ideia basta dizer
que só nas-searas, calcula-se em
1.200.000 . contos o prejuizo
causado anualmente ou seja o
“valor de 370.000 toneladas de
trigo.

O uso dos pesticidas, é indis-
pensável para obter maior pro-
“dutividade nas nossas culturas.

Repare também nas precau-
ções a ter consigo quando da
aplicação dos ditos «remédios»
gue afinal são «venenos».

Não Fume
Não coma sem lavar as
“mãos.

Use um lenço sobre o na-
riz e a boca, quando espa-
lha os pesticidas, principal.
mente se houver vento.
Lave-se se derramar o pro-
duto sobre a pele.

À Paga & 08 agricultores

Falando aos 15.000 agricul-
tores que tomaram parte no 25.º
Congresso das Cooperativas
Agrícolas na Itália Paulo VI
disse nomeadamente o seguinte:
1) «A situação actual torna

cada vez mais urgente
a) – desenvolver o espirito de

iniciativa entre vós, para
que a produtividade não
sofra pausas e, pelo con-
trário, saiba impor-se pe-
lo modernismo dos mé-
todos e agilidade de or-
ganização perante um
mundo em transforma-
ção.

Por outro lado é necessá-
rio desenvolver e organizar
o espírito associativo supe-
rando as barreiras da des-
confiança e do isolamento,
que hoje já não têm razão
de ser, se se quer evitar fi-
car à margem.

E insiste: Não vos deixeis

ficar à margem; procurai

inserir-vos no concerto da
economia social e suprana-
cional colaborando com ge-
nuino espírito comunitário

e com várias formas asso-

ciativas para valorização

do trabalho dos campos e

dos seus nobres produtos.

(Como andamos longe do

Verdadeiro caminho do

progresso da gente do nos-

so campo. :
Dirigiu também um veemente
apelo aos jovens dos Clubes
3 P, cujo lema é:
— Produzir
— Progredir
— Poupar.

A Fé é a maior riqueza da
gente do campo, disse o Papa

Este congresso é a «confir.
mação voluntária e alegre da-
quela fé cristã, sincera e pro-
funda que é ainda património
invejável da gente do campo e
constitui a sua nobreza. mais
elevada e digna».

da vida;

Uma opinião;

Uma satisfação;

Caminho para a Fé
se cer

A FÉ NÃO É uma certa forma de optimismo em face
Uma impressão ou sentimento;

Uma regra moral da vida;
Um hábito recebido por educação;

Uma espécie de segurança na vida ou para lá da

morte.

Estes que assim pensam ou vivem no ERRO ou na ME-
DIOCRIDADE. Isto não é fé,

 

A Fé pura

tro de p ap F

do Homem com Cristo;

da inteligência com a Verdade, «Eu sou o Cami-
nho, a Verdade e a Vida».

«Quem Me segue não anda nas trevas mas tem

em sia Luz».

Foi esta que recebeu no seu Baptismo.
— Que vens pedir à Igreja de Deus?
— A Fé. (Ritual do Baptismo)
A Fé sem Igreja é impossível.
A Igreja é quem dá q Fé em virtude da Sua ori-
gem e da sua responsabilidade como depositária.
A missão dos Crentes é dar testemunho de que o mundo
é uma ideia de Deus e traduzir na prática essa

ideia pela Oração

Progresso Trabalho.

 

O Ano a Fé

(Cont. da 1.3 pág.)

mens que acabam: por não crer,
porque não acham tempo para isso.
Homens que não se ultrapassam
nem às dimensões da sua vida,
porque Deus, pensam, existe para
preencher um vazio da vida, Vidas
ocupadás literalmente, portanto,
excusando a ideia de Deus,

* Outros, o grupinho, o grupelho

ou grupão dos crentes rotineiros, lá –

vão em tropel tocados ou pela tác-
tica apostólica, ou pela conveniên-
cia, ou pela sua consciência ou
ainda pela sua fé. Vão, vamos…
em tropel, em multidão, em pro-
cissões, funerais ou missas mostrar
nossa fézinha.

Ali, crer não tem sentido, é rou-
pa que se vestiu no primeiro dia
– e não se despiu nunca; é máscara;

 

Vejamos, primeiro, quem são os
OUTROS. Os «outros» não são apenas
os que circulam fora do nosso meio
familiar. Os «outros» são também os
pais, irmãos ou mais parentes, todos
os que habitam debaixo do nosso tecto.

Não podemos esquecer estes «outros»
com quem vivemos. O facto de viver-

“mos em comum não pode dispensar-

-nos de fazer esforços para os com-
preender, poupá-los a aborrecimentos e
contribuir para o seu bem e alegria.

O nosso «face a face» tem de ter

– para os membros de família a abertura
– do sorriso que dilata o coração, e não
a: concentração de um mutismo que
confrange.

Se te calas, se te fechas, se te isolas

: na tua torre de marfim sem portas
“nem janelas onde os «outros» não po-.

papa Ra acabas por sufocar tu

 

TROS

Não restrinjas o campo do teu inte-
resse e amizade só aos «outros» da tua
idade e condição,

Aquela velhinha humilde também é
um «outro» que espera por tt; como
é um «outro» que espera por ti aquela
rapariga de condição social inferior
à tua.

Se Deus os pôs no teu caminho, não
desvies o olhar ou não atravesses para
o outro lado. Não há acaso nos en-
coniros; há desígnios providencials.

Não te recuses a amar, a dar-te. VI-
ver para os outros, embora te pareça
que não, ainda é o melhor meio de
viver plenamente para ti mesma, Tudo
o que se dá de nós mesmos, volta para
nós aumentado, enriquecido. Se nada
damos, como seremos retribuídos?

Parecer-te-á talvez estranho mas o
amor dos outros, é, afinal, amor de
nós mesmos.

Se ficarmos em nós mesmos, sentir-
nos-emos frustrados, porque não nos

 

realizamos. Ninguém se realiza com-
pletamente, sózinho, Há em nós uma
necessidade de expressão, de contacto,
de união. NÓS e os OUTROS, é a
fórmula perfeita.

Nós, a dar o que temos; os OUTROS.
a completar o que nos falta,

É condenável a indiferença dos que
olham os «outros» apenas como paisa-
gem; o egoísmo dos que não ligam aos
«outros»; a atitude dos que se afastam
com superioridade orgulhosa ou que
se isolam julgando-se incompreendi-
dos.

Se só contigo mesma mantens «diá-
logo», como queres que os outros te
compreendam?

Se só a ti mesma te procuras, como
queres encontrar-te com os «outros?»

Os «outros» ajudam-nos a ser mais
autênticos, pois a nossa verdade ma-
nifesta-se no convívio, Tu não és
apenas aquela que julgas ser. Es
aquela que mostras ser.

A tua verdade não está apenas nos
teus pensamentos e sentimentos, mas
na exterlorização destes.

Um dom não é um gesto abstracto;
é vida, como o pão que se come — 0
nosso pão que se reparte.

(Menina É Moça

 

é roupa coçada senão podre de ma-
dura. j

* Ouvimos, cada dia, sabemos
quão não poucos abandonam a fé
por esse mundo. Abandonam sem
ódio, com naturalidade, com bene-
volência como quem acorda de um
sonho…» Estes são cidadãos paci.
ficos, amantes do homem, Doença
do século? ;

* Outros — os do seu tempo, os
mais jovens — apontamnos e
acusam:

— Fariseus! Hipócritas! Sepul.
“ cros! Raposas! (e ainda é
pouco).

— IE a massa amorfa, de fé cur.
riqueira murmura — «Deixe-
mo-nos disto, Abram os olhos!
Já não somos crianças!»

— E um grupo de viúvas cober-
tas de preto, as deserdadas
deste mundo —boceja, acende
velas, assiste embevecida a
cerimónias que não compre-
ende.. ‘

* É aqui que está a razão de ser
do Ano da Fé.

O Papa que conhece esta conjura
universal, sem planos, sem armas,
sem comando, decretou o Ano da
Fé.

O Papa declara que esta é a
noite da Igreja, esta é a conspira-
ção contra Deus.

Daí a oportunidade do Ano da Fé,

Sentinela vigilante, o Papa, quer
alertar os fiéis.

A fé não é uma herança que se
conserve em vodres velhos ou per-
gaminhos cuidadosamente guarda-
dos em cofre, A fé é um punhado
de ideias ou dogmas que

como o folclore distinga as raças
ou os povos entre si. :A fé é uma
atitude pessoal perante a graça de
cada dia, Obedecendo ao mandato
de Cristo «Tu confirma os teus
irmãos», O Papa decretou o Ano da
Fé.

“ acompanhar os filhos e aprovei-

dão os outros estudos.

 

 

(Cont. da 1.º pág.)

Grupos numerosos, grupos elás-
ticos, grupos não escolhidos, im-
possíveis de manobrar, de inte-
ressar. de ]

Impossível criar interesse de |
todos, impossível manter a disci- |
plina. ;

Ajuntemos a isto o local da ca-
tequese: a sacristia, um canto da
igreja, um banco sem comodida-
de e a pobreza de material para
concluirmos que apesar das apa-
rências e da boa vontade das ca-
tequistas as nossas catequeses são
um fracasso. Se ao menos tivés-
seinos pequenos grupos a funcio-.
nar na sala de jantar das nossas ‘
catequistas — mães… nem tão
mau. –

Mas as catequistas!

As catequistas são a equipa de
formação religiosa na paróquia.
Uma equipa é uma selecção de

boas vontades, de pessoas com
sólida formação doutrinal e pe-
dagógica, um grupo feliz por tra-
balhar em conjunto para o mes-
mo fim.

Ora quantas vezes faltam no
todo ou em parte estes elementos.

Outrora dizia-se que a cate-
quese era assunto do senhor prior

Talvez mais dele. Mas hoje –
verifica-se que a educação cristã.
não se pode fazer em três ou
quatro anos de catequese mas de- H
ve começar na primeira infância |
e continuar-se até à idade adul- |.
ta. Ora isto ultrapassa os limites
da catequese paroquial.

Portanto em lugar de libertar
os pais das suas responsabilida-
des, os párocos, os responsáveis
devem trabalhar com eles € aju-
dá-los a exercer as suas respon-
sabilidades.

Não faltam meios:

reuniões de pais cada 3 meses;

folhas mensais que permitam

aos pais ajudar e guias Os ca-

tequistas; y

Contactos ou visitas té cate-

quistas aos pais.

Assim os pais apresentam-se.
Fe como os melhores catequis-.

as. Mais próximo dos filhos eles
vivem no seu mundo, empregam e
as mesmas palavras. Podem

 

 

 

tar cada facto, cada aconteci-
mento do dia a dia para encon-
trarem Deus em conjunto. E-lhes
mais fácil falar de Deus por oca-
sião de uma prova de’ afecto
Ne ao padre de batina.

* Além disso, que cnriquecimen-
to para os pais, que contactos in
timos com os filhos, lhes forne-
ce a catequese e que lhes não

Pelo exemplo, pelo conheci-
mento do seu filho, pela afeição,
pelas palavras, pelo ambiente fa-
miliar os pais são normalmente | ‘
os melhores educadores da fé de. /
seus filhos. PE

Concluamos que. toda a csliá à
rização da nossa catequese se tem. E
de fazer numa colaboração mais
estreita de pároco, catequistas

as nossas catequeses.

Que este ano, o que
está a findar, sirva de reflex:
todos e a conclusão expliqui
desaires das nossas Profissões
Fé.

 

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PRESENTAÇÃO

Renasce o nosso jornal pois, como todos sabem,
não é a primeira vez que a nossa freguesia tem o seu
jornal. Renasce devido a vários pedidos de emigran-
tes nossos e renasceu agora mais exactamente devido
a uma sugestão feita numa Reunião do Pároco desta
Freguesia com os paroquianos residentes em Lisboa
cin meados de Abril e de que o jornal da Comarca
deu também conhecimento.

Faz-se hoje a sua apresentação. É de todos e para
todos. Pretende unir, ajudar, estimular e criar mais
espírito de família entre os que cá vivem e os que
partiram. É numa palavra —o nosso Jornal. Porque
é nosso precisa de aceitação, carinho, ajuda e também
compreensão. Nem sempre nele se poderão publicar
notícias de todas as dezanove povoações e das qui-
nhentas famílias que compõem a freguesia. Só quere
que o deixem e ajudem a viver: basta ser o «nosso».
Não volta a publicar-se para suprimir ou substituir
qualquer outro. Simplesmente quere ter um lugar es-
pecial. É naturalmente destinado às duas freguesias
de Várzeae Figueiredo como é fácil de compreender
E será um
Jornal mensal. Preço da assinatura: o seu custo mais

e muito particularmente aos emigrantes.

o correio. Dentro de dois ou três números se darão
esclarecimento sobre este ponto.
tram fora da Metrópole será enviado de avião: notí-
cias atrasadas já não interessam, hoje.

Se os estimados assinantes não concordam com o
título, pedimos o favor de no-lo dizerem. Nele se
aceitam colaboração, notícias, sugestões, correspon-
dência de uns para os outros e críticas para o que não

Aos que se encon-

| de o primeiro número.

todos

 

N estiver bem. Está ao serviço de todos e é para todos.
| : Precisamos das Direcções de todos os que estejam
= – interessados e a quem não lhes foi mandado logo des-

Aqui fica a apresentação e o ambiente que pre-
| tende criar e é assim que quere ser aceite.

Com as saudações e cumprimentos de todos para

A Direcção

 

 

esta de Maio

IS dec

iii a festa de Pro-
ssa c Acção de Graças ao
atissimo Sacramento, no pas-
do dia 26 de Maio. É a festa
“Maio. Foi uma festa anima-

e, como é natural, muito
ncorrida. Muitos dos nossos
“estiveram de visita a suas fa-
jlias.
res. no próximo número.

| Falecimento

E | “Porque a todos interessa se
publica que faleceu no dia 15
lide Abril em Vila de Rei onde
“era Coadjutor, o Senhor Padre

PT dis Bt Ps

 

Daremos mais porme-

“de 1938 a 1940 e de que todos
/ falam ainda com saudade, Paz
jà sua alma.

Visita
“a Emigrantes

Quando estiverdes a receber
o jornal, o vosso Pároco estará

 

 

José Viana, nosso pároco des- .

 

de visita a alguns Emigrantes
em França. Sairá no dia 16 de
Junho e voltará no fim do mês.
Não é possível este ano visitar
a todos mas espera voltar lá.

Passeio das crianças
das estolas

Com as Senhoras Professo- –

ras deram as crianças um pas-
seio à Serra da Estrela.

Bons panoramas, bons far-
néis e bom frio, mas valeu a
pena: para a pequenada é uma
excursão inesquecível.

Chegadas

Do Recife, Brasil, Assis Fa-
rinha Lopes, natural de Entre-
-a-Serta;

— De Morrumbala, Moçam-
bigue: Américo Farinha Mi
guel, das Ribeiras Cimeiras com
sua esposa Delmira Peixoto
Miguel e seus quatro filhos —
Américo, Terezinha, António e
Maria de Lurdes.

— De Vila Cabral, Moçam-

bique o Sr. Dr. Manuel Fari-
nha Nogueira, do Vale do Pe-
reiro.

Da África do Sul regressou
definitivamente José Farinha
Lopes, sua esposa Maria Ar-
minda e seus dois filhos, da In-
sua de São Carlos.

— De Sá da Bandeira, Pran-
cisco Martins Bernardo, da Pó-
voa, sua esposa e filho. Ópti-
mas férias para todos.

— Da Beira, Moçambigue,
Manuel Farinha Nunes, da
Várzea, sua esposa Georgina e
seus dois filhos.

Partidas

— Após mês e meio de férias
em casa de seus pais no Perei-
ro, partiu para a região de Car-
mona, António Lopes Silva.

— Para Luanda, onde exerce
o alto cargo de Presidente do
Tribunal da Relação, partiu o
Snr. Dr. Ribeiro Farinha, da
Várzea, após alguns meses de
permanência entre: nós.

Doentes

— No Hospital de São José
em Lisboa, encontra-se interna-
do José Martins, da Insua de
São Carlos, casado com Palmi-
ra Correia, vítima de uma que-
da. Encontra-se melhor e em
Ortopedia, Piso 9, Sala 1.

— De (Coimbra regressou a
sua casa na Póvoa, Manuel Pe-
dro Júnior que há meses havia
caído duma oliveira, ficando
bastante mal. Esteve a ser tra-
tado no Hospital daquela ci-
dade.

—No Hospital de Santa Ma-
ria – Propodêntica Cirúrgica,
Piso 3, Serviço 9, Sala 4, Cama
26 — encontra-se bastante mal
Maria Custódia Farinha, do
Mosteiro Fundeiro.

Desejamos a todos boas me-
lhoras.

Figueiredo

Apresentação
e esclarecimento

É a primeira vez que nasce
nesta freguesia um Jornal. O que

se escreve ao cimo desta página

à esquerada é também para vós
que nascestes no Figueiredo mas
já cá não estais.

Porque não aparece a nossa
freguesia no título do Jornal?
Porque não é possível devido ao
título já ser grande. Mas nem
por isso deixará de ser o «nosso»
Jornal e como tal deverá ser re-
cebido e acarinhado.

Com as saudações e cumpri-
mentos de todos para todos.

A Direcção:

 

Povo Salão
Paroquial

No sítio da antiga Casa Pa-
roquial levanta-se agora um no-
vo edifício cujo rés do chão ser-
ve para Salão Paroquial e o
primeiro andar de residência
para o Pároco sempre que o ne-
cessitar. Foi inaugurado no dia
5 de Maio com uma festa sim-
ples mas significativa pois co-
meça a compreender-se esta
obra que, se se quiser, mui-
to contribuirá, principalmente
quanto ao Salão, para pôr à
disposição do povo meios para
o elevar em todo o sentido.

Falta algum dinheiro para
acabar de pagar a obra. Há
possibilidades, se todos quise-
rem, de angariar o que falta ou

JUNHO DE 1968 3

dando ou emprestando em con-
dições favoráveis o dinheiro
que falta. Hã bastantes que
podem. Para todos se apela e
a todos se agradece. Demos o
exemplo de gente unida e gene-
rosa. É que a nossa Igreja
também precisa de obras. Tra-
ta-se do nosso prestígio. Mãos
à obra. Que ninguém se es-
Se cada um der o que
deve tudo é possível e em
pouco tempo.

cuse.

Partida

Para os arredores de Coló-
nia, Alemanha, partiu no dia
26 de Maio, Diamantino Fari-
nha que levou consigo sua es-
posa e seus dois filhos.

Felicidades.

 

1.º — Rezar-Lhe

e ouvir.

2º — Não a desgostar

dade.

virtudes.

 

Amor a Nossa Senhora

Amar a Virgem? Quem A não ama?
Mas o amor não é apenas sentimentalismo.

O amor à Virgem tem 3 degraus:

Rezar a Nossa Senhora é falar com Ela: dizer

Qual o bom filho que não fala com sua mãe?

O filho desobediente não pode amar de ver-

Os pecados são ofensas a Cristo e a Sua Mãe.
São espinhos cravados no Coração de Maria.

3.º — Procurar agradar-Lhe em tudo
Agradar-Lhe é andar a Seu gosto, imitar as Suas

Tu em que degrau procuras situar-te?

 

 

20.000 filhos sem pai

«Os números são terríveis.

Mais de 20 mil filhos de mães
solteiras masceram em Portugal em
1960. Isto é: 20.000 raparigas que
na origem deste filho começaram
a sua vida de cruz e infortúnio.

O caso é sempre o mesmo — um
encontro com alguém que não me-
diu as responsabilidades dos seus
actos e, daí, vidas que se perdem
para a família legalmente consti-
tuída, vidas que terminam, em mui-
tos casos, no suicídio ou na morte
brutal das crianças.

A maior parte destas raparigas
eram ou foram, ou são, criadas de
servir.

Triste! realidade duma isiipibçio

que. se diz cristã.

lá vem a rapariga da casa pa-

terna, buscar. algures o pão, en-
contra-se com o anónimo sem es-
crúpulos — rico ou pobre — e lá se

vai uma vida para a aventura, pa- :

ra 9 crime, para q desonra.

Sem família boa na origem, sem
família boa que as receba, sem
ninguém que lhes estenda a mão
amiga, são vítimas duma socieda-
de que busca no prazer, no di-
nheiro e nos passatempos a satis-
fação dos seus caprichos e pai-
xões.

Abusar dos anos novos duma ra-
pariga, valer-se da sua pobre si-
tuação social para a perder, ficar
na sombra, quando a vitima se
vai arrastar pelos anos fora, na
desgraça e no crime, tudo isso exi-
ge que a justiça dos homens se fa-

sa sentir, justiça essa que mais não —
é do que o reflexo da divida que

nada deixará impune.

Entretanto, quem sabe?, conti

nuam a passear por aí muito «edu-

cados», muito «honestos», mito
«respeitáveis», os «papás desses fi-
lhos»: A culpa não é só delesmas —

também não é só delas…»

Do Jornal «Voz das Criadas» —

 

@@@ 1 @@@

 

Obrigada mãe…

 

Eu não o leria!!!

Ler o caderninho Íntimo da mi-
nha filha?

Isso supõe que eu o busco e o
encontro. Minha filha sabe muito
bem que eu não cometeria essa in-
delicadeza.

– Desde que ela chegou à idade
de nos compreender, meu marido e
eu adoptámos uma atitude de fran-
quezo. Ela confia-se a mim. Con-
tudo sei que não me diz tudo. Não
sei mesmo se ela tem o seu cader-

“ ninho.

Portanto se ele caísse nas minhas
mãos, não o leria …ou então lê-lo-
ia por curiosidade. Na sua idade
* eu também tinha o meu «Diário» e
lendo o dela fá-lo-ia mais por cu-

riosidade e saudade do que para
“me imiscuir em assuntos íntimos
que respeitam só a minha filha.
Lendo-o duvido que aí encontrasse
coisas que não soubesse. Sei que
gosta de um rapaz que me apre-
sentou. Que poderia descobrir
mais no seu diário? .. à

(Mãe de 4 filhos)

Eu leria

Um caderno íntimo? São histó-
“rias, tolices. Para que serve isso?
Que vantagens tem? Minha filha
tem 15 anos. Sonha, bem o sei. O
* que é que ela poderia aí contar?
– Os seus desaires?

– Isso passará. Se me caísse nas
“mãos, de certo que eu o leria. Ela
vive com os pais; nós somos res-
– ponsáveis e educadores. Seria o
“ cúmulo se nós não tivéssemos o di-
reito de saber o que fazem nossos
filhos. Se eu soubesse o que fre-
“ quenta passaria um mau bocado. E

o pai?

“O caderninho favorece a pregui-
“ça eo sonho. Antes de sonhar é
– preciso trabalhar.

E “(Mãe de 3 filhos)

E = 39 anos
Não 0 lia

Sei que a: minha filha escreve o
drarizinho.. Sei-o porque um

O Diário da minha filha

dia o esqueceu sobre o travesseiro,
Tem 14 anos e meio. Encontrei-o
ao fazer-lhe a cama. Não neces-
sifei de o abrir para saber do que
se tratava: estava escrito sobre q
capa. Não o abri. Lembro-me mui-
to bem da humilhação que senti
quando, um dia, minha mãe me ati-
rou com o meu pela rua fora, à
minha vista.

Sei que nem tudo se-pode dizer

. aos pais e por isso que minha filha

o confie qo caderninho.

Sofro, note-se, com isso. Interpre-
to-o como uma falta de confiança.
Estou longe de-ser intransigente co-
mo minha mãe e gostaria de ser

eu o caderninho, a confidente de

minha filha. Recuso-me, porém, a
provocar as suas confidências. É
necessário que ela se me confie.

Esforço-me, mas compreendo,
muito bem, que teme as reacções
dos pais. Creio que escrevendo, se
liberta um pouco de si e de nós.

(Mãe de 2 filhos)
35 anos

Não o lia

O diário é uma válvula de segu-
rança para o adolescente mas de-
nota uma doença interior. Uma
mãe atenta compreenderá, facil-
mente, que qualquer coisa não cor-
re bem sem ter necessidade de
abrir o manuscrito. O caderno não

“diz respeito. senão ao seu autor.

Mas imaginai o número de ape-
los, de S.O.S. que pode conter!

“São verdadeiros gritos de angústia.

Por isso não vou dizer às mães:
«Não, você não pode ler»!

Mas uma mãe que lesse o cader-
no de sua filha, não provocasse o
diálogo, descobrindo nele tanto so-
frimento, cometeria um grave erro.
Quando há um obcesso é preciso
arrancá-lo. A prudência exige que
se sirva dos conhecimentos adqui-
ridos para provocar o diálogo dis-
creto

– EDUCADORA

 

Página dos Novos

 

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Viver a juven tude

Compreendeis fácilmente o que
quero explicar.

Há, na verdade uma luta, luta
que segue o fio da história, entre
duas gerações: NOVOS e VELHOS.
O problema é tão velho como o
mundo, mas é actual, porque é
nosso.

Por um lado, os jovens desejam
realizar-se precocemente indepen-
dentemente; por outro a sociedade,
a família e muitos outros factores
impedem-nos. E chamam-lhe pro-
blema “actual quando afinal nunca
se fez a História da tensão entre
as duas gerações. Simplesmente,
como hoje tudo o que tem 3 dias
de vida já tem barbas daí o es-
quecerem depressa o passado.

ALGUNS FACTORES

Encontramo-nos perante um pro-
longamento dos estudos, perante
uma meticulosa preparação profis-
sional exigência da vida moderna
absolutamente necessária, parece.

E assim, a juventude começa por
ocupar, depois, um lugar secundá-
rio, debaixo da tutela dos velhos
que os orientam e lhes cortam as
asas. ;

Para cúmulo, o prolongamento
da vida leva os velhos a ocuparem
certos lugares de direcção indefi-
nidamente ou vitalciamente…

Não será isto uma força a con-
trapor a outra? :

No entanto a juventude impõe-se

“aos velhos.

Impõe-se, vejam se é ou não ver-
dade na propaganda.

Basta olhar para os anúncios
fixados nas paredes ou montras,
para os jornais, para a televisão
para verificar que todo o reclame,
toda a propaganda é feita baseada
na doce atracção juvenil. E os ve-
lhos gostam de imitar os novos: no
que comem, vestem ou leem.

A opinião pública liga a juven-
tude à técnica.

Não é a grande aventura espa-
cial obra dos jovens?

As invenções são produto da ima-
ginação e da intuição, qualidades
da juventude, não dos «parranas»,

Será necessário recordar que Na-
poleão tinha 20 anos na batalha de
Arcole?

Que Pitt, primeiro ministro foi
prisioneiro na Grã-Bretanha aos 22
anos?

Que Guisot era professor na Sor-
bonne aos 25 anos e Gambetta,
advogado das grandes causas polí-
ticas, aos 31 anos organizador da
defesa nacional?

Quando confrontamos os olhos de
lince de um jovem com o olhar
lânguido de «um patriarca» ou ve-
mos um «mestre» paternalmente
impedir o acesso à cátedra de um
discípulo dá-nos vontade de gritar:
«deixem-nos passar seus patara-
tas».

JUVENTUDE RURAL

“Nasci no planalto e vivo entre
serras, Vivo a vida bucólica do

– campo e crieiime com os animais,

Se comparo os meus tempos de ju-
ventude com os de hoje — santo

Deus — que transformações e com
que velocidade se operaram!

Conheci lá, até aqui há 8 anos,
um único rádio a baterias que dava
notícias à noite quando dava. Ia-se
duas vezes à cidade por ano e pou-
co mais para comprar o surrubeco
e os tamancos para o inverno (Fei-
ra do S, Francisco) e as ferramen-
tas agrícolas primitivas para o
Verão (na feira de 8. João),

Hoje os jovens encontram um rá.
dio em cada casa e, já um pouco,
a televisão. Com os adubos, vie-
ram os híbridos, a inseminação ar-
tificial, etc. Aos vagarosos carros
de bois opõem-se os tractores em
número suficiente para suprir a
falta de mão de obra. O automóvel
é o termómetro de grau de desen-
volvimento ou da riqueza dos meus
conterrâneos, E a diferença de ins-
trução e a promoção cultural da
minha aldeia é marcante.

Dai resultou — vejam bem —

uma mimenização da cultura popu-
lar dos pais feita de sábia expe-
riência da vida. No plano religioso,
o frangueamento do mundo, afec-
tou o tradicionalismo religioso ba-
seado na crença dos pais, A maior

 

“parte, evadidos do seu ambiente e

em contacto com outros costumes,
abandonaram a prática religiosa.

Mas em abono da juventude de |
hoje, os jovens não imolados ao
paganismo trocaram uma religião
social: por outra mais pessoal e es-
clarecida; pretendem transformar,
muito justamente, a ocupação nu-
ma profissão rendosa como qual-
quer outra; do subdesenvolvimento
procuram passar a uma presença .
activa no concerto da economia ge.
ral; do isolamento e da miséria à
promoção e ao bem-estar geral.

Compreenderá o Governo, prin-
cipalmente, estes valores?

Peço a Deus que os responsáveis
tomem. consciência destas transfor-
mações, diminuam as tensões en-
tre pais e filhos,) aproveitem as
energias dos nossos jovens rurais
para proveito da comunidade em
que pretendem marcar,

Problema de hoje e de sempre.

 

Elas aí estão à vista. Meritô-
riamente ou não vão começar.
Mais um ano findou com o Bom,
Suficiente ou talvez… o Mau.
Alegria, férias, parabéns e a cons-
ciência do dever cumprido são O
melhor prémio,

Lágrimas, desculpas ou “culpas
para os outros são o argumento
para vencer a ira dos pais.

Agora as férias infalívelmente.

Que vais fazer?

Que vais fazer nas tuas longas
férias?

O melhor das férias, fica sa-
bendo é o ante-gozo, a ideia de

que vamos arrumar os livros, li-

vrar-nos daquela «chaga» de
professor. Depois os sonhos: fes-
tas, visitas, passeios, encontros,
leituras etc, etc.

loiro

“ Telefonemas, combinações, ro-
dopios. –
Em perspectiva vês as festas
que tens: 2 até nalguns dias.
Vais pôr o vestido ou fato no-

vo. E pedes outro aos teus pais.

Vais encontrar a má disposi-
ção dos pais alegando os gastos
com o estudo e as dificuldades da
família.

Vais chorar ou contrariá-los
até Fon uadre o que REsnAEs

E o Zé?

“Que vais dizer ao Zé nesses en-
contros? ;

Pensas: no penteado, no vesti-

do emprestado da colega para |
– poderes armar ao taralhão.

Ler: uns romancinhos de cora-
ção para poderes dizer palavras

 

“esta já nada encobre.

“bebidos para poder dizer

 

bonitas que ao fim e ao cabo
farão rebentar de riso por t ta

 

-parvoíce.

Para deslumbrares «o das gue-
delhas» amontoaste: mentiras so-.
bre mentiras. Tantas que já te
não lembras bem da meada. E

Que máscara: põe outra que.

O Zé, para se mostrar difere
te, vai star crescer o «p Jo»
durante estes meses.

 

a direito.

«E elas caiem como papais,
vas»..

O Zé presta-se a tudo: combi. |
na uns «piqueniques» com as
mocinhas.

Bebe-lhe uns copinhos be

dúzia de graçolas e alegrar
biente.

Combina umas partidi
com a malta lá da terra po
precisam de evoluir ou fala dou
toralmente de ídolos do cinem
ou do futebol. fes

Arranja uns bailaricos “para.
passar o tempo que a vida)
deia já chateia

A loira nunca falta…

E pronto, as férias termin:

E com elas a pena do q
disse ou fez,

O tempo que passou não v:
de nada nem para o corpo s
temperar nem para o espírito
pousar e se enriquecer no conta
to com a natureza e com um am
biente diferente e rico.

Ficam estas. palnivra para a
prevenir.ir.