Eco da Beira nº56 10-10-1915

@@@ 1 @@@

 

– Sertã, 10:46 Ou

 

“Agshhatardso
Ano A PE SSD 120
Semestre io eo Pa SE ancas
Brazil (moeda Ada “938000

Anuncios; na’3.2 e 4.º spin 2’cen-
tavos alinha Sapo de linha

O sr. dr. Bernardino,
Machado, que em 6 de
Agosto havia sido elei-
to, pelo Congresso, Pre-
sidente da. República,
foi no dia 5 do corrente
investido nas elevadas
funções de primeiro ma-
gistrado da nação. |.

A seus pés o «Eco da
Beira» depõe. as suas. ho-
menagens de respeito e
consideração, coma sua
fé ardente e devotada-
mente republicana. |

Neste período: melin-
droso davida da nos-
sa nacionalidade, como
melindrosa é a: vida de
todas as nações: do mun-

 

ume re:

ni históri.

cas de eo didi
deza: Á E ida
Confiamos, porém, que
os destinos da, pátria es-
tão neste momento en-
senna a mãos. expe»

o, sr dr. RREO

 

rientes e firmes, e que
em breves meses, sob
um govêrno presidido
porêsse grande estadis-
ta que se chama Afonso
Gosta, a governação pú-
blica entrará numa no-.
vaera de paze prosperi-
dade, que será o início
do resurgimento des»
ta patria que todos nós
amamos.

Rasgar-se há. prestes
esta. nebuloze política
de tanta indecisão e tan-
ta incerteza e dias feli-
zes e de glória. virão pa-
ra a. República, a supre-

 

ma e única: formula: da.

salvação de Portugal. –
“Com | êsse “anelo . Ssor-

 

– ridente e consolador: E

escrevemos estas pala-
vras;, quentes de entu-=
siásmo e fé, de saúda-
ção à República e ao
seu priniçino magistra-
do,..

5 Viva a República!

 

Roeução do Presidente da Re-
– pública ao Congresso,
em 5 de Outubro de 1915

A ú : Senhores | !

“Saúdando dêste lugar o mei eminente pre-
decessor, Dr. Teófilo Braga, que deu logo
ao Govêrno Provisório da República o aus-
picioso ; prestígio, do seu grande nome mun
dial, apresento ao Soberano Congresso os
protestos enternecidos do meu devotadíssimo
reconhecimento pela suprema investidura que
se -dignousoutorgar-nie; tanto mais honrosa
quanto mais. grave é o solene momento que
atravessainos.

Sem embargo das resistentes dificuldades
herdadas, muitas das quais dir-se-iam já ir-
redatíveis, íamos afirmando: ieficazmente a
acção salvadora do novo regime, fórmula
fiel do nosso progressivo disciplinamento po-
pular, guando sobreveio à “formidável guerra
actual=em que terçam armas nações ami-
gas, uma;delas: mesmonossa inseparável
aliada abrindo perante nós um período
mais que difícil, inquietante para a obra de
restauração social que iniciámios.

“Não haverá contudo provação que possa
abater-nos: ow humilharnos, ‘se, com firme
hombridade, pusermos abnegadamente, co-
mo nos cumpre, o dever colectivo, que é tam
bêm o interêsse comi, da defesa interna e
externa da Nação acima de todas as nossas
disputas e contenções divisórias. Comproves
mos bem. alto o nosso civismo; para que . dês-
te penoso lance de anstedade.e de sacrifícios
saiamos moralmente robustecidos para me-
lhor prosseguirmos, sem o mínihio disdoiro,
a: realização, tão contraminada pela reaccios
nária decadência monárquica, do:destino in
confundível que.:a. história traçou ao povo
heróico, que, colocado na vanguarda da Eu-
ropa, teve o arrôjo imortal de ir, à sua fren
te, implantar pelo mundo inteiro a dentro
hegemonia da sua civilização.

O acolhimento, de feliz augúrio, dispensa-
do, denito efora,do país, à eleição presiden-
cial, enchendo-me a mim da mais confortas
dora gratidão, representa certamente o apta
so geral ao propósito de pacificação política
que-se viu nela, e, portanto, uma espectativa
confiante na inquebrantável Bolidariedade

 

pa nossos corações patriotas. E essa con:
fiança é um verdadeiro mandato imperativo.

Orgulhosos de o merecermos, com o pen-
samento em todos os nossos concidadãos de
aquêm e de alêm-mar, sobretudo naqueles
que mais necessitam do carinho eiamparo
governativo—o povo, a mulher ea criança —
conclamemos, com, fé ardente, inextinguível,
o verbo sagrado que resume esperançosa-
mente os mais nobres: anelos da alma na-
cional: :

E —Viva a y República Portuguesa. !

csPRB ind

du Alvaro de Castro.

Partiu para uotaiase a assu-
mir às funções do seu elevado car-
go de Governador daquela provín-
Ciao or dr Álvaro de Castro, uma
das mais prestigiosas figuras da Re:
pública. .

Espinhosa | e bem delicada é a
missão de que neste crítico momen-
to o investiu “o Govêrno, mas das
graves dificuldades bem: triunfará o
novo Governador, que mais engran-
decerá:o seu nome e o’nome-da sua
pátria.

Enviamos-lhe as’nossas “satda-
ções com os sinceros votos que fa-
zemos pelas suas felicidades e o
triunfo da sua missão.

Pede

Regressou à Certã, com sua ex ma
família o nosso amigo António Au-
gusto, Rodrigues, digno escrivão de
direito nesta comarca.

 

 

 

 

ErêDEAçõ: ingrato assemelha-se
a-um:deserto que bebe ávidamente
“a: chuva. caída do céu e nada ue
duzy Salomão.

nhará V. que eu venha pedir- lhe

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SERNAGHE é DO. Bi Pa

Publicação na Certã

 

Redacção e administração em

 

 

 

“Scenas tristes |

Publicamos em “Seguida a carta a
que nos referimos no último. nume-
ro, mas com alguns. córtes :

ia. redactor: do: Eco da Beiras 2

Dá-me V. licença 2

Venho pedir-lhe um favor, que,

vou expor…
“Não sou político, combatenté.
Dei a V. todavia, o meu, voto; na

“última eleição, mais, . porêm,. por

dedicação pessoal do. que. por filia-
ção partidária.

* De resto, eu’creio’ que a assim acon-

teceu com todos.
Opartido é V. 1 M
Os que votaram a da da

 

tica afirmavam a simpatia e amisa-

de que por si teem, e os que não
votaram a lista são os que não vo-
tam o seu nomé—os seus inimigos.
De política; nada há nestas aC
ções. E
Assim | foi, sempre, “assim é, assim
será, RE Estab
“Que se ha de prai –
“Ora sendo a política úm torneio

afectos pessoais, de prefer

Simpatias de pessoas, não est

 

umas explicações sôbre um caso de
agressão pessoal, que. sob a másca-
ra da política se deu recentemente
neste concelho–o mais grave e sen-
sacional que aqui sé tem dado nes-
te meio século,

Refiro-me ao caso da sindicância
ao Colégio das Missões, sôbre ó qual
abrutamênte o seu jornal. fez uns
rápidos comentários, um tanto es-

candalosos pela qualidade das pes.
sóas que nêsse picaresco episódio
intervieram,

“Claro é que não me refiro aos si-
natários da queixa: são figuras se-
cundárias de mais para que delas
me ocupe, e, alêm disso, sôbre elas,
todos teem o seu juizo formado, . a

Mesmo êsse caso picaresco quê
para aí se conta dum dêles oferecer
a um freguês um registo mais bara-
to pela compra dum cobertor e ao
freguês do azeite uma escritura, de
graça, não são martinzadas: “são
actos grotescos que caracterizam
uma situação e mostram a que de-
gradação. chegou por toda a parte à
política da ditaduravender-se ao
balcão, a retalho.

duo também as facilidades ou le
viandades de certas pessoas !..

“Adiante, que tériamos de subir
muito alto!… E bom séria que a
situação se modificassé!.. o

.0 0 e 0 0a. Deo oco dons secs 0a

Eu só quero falar hoje duma en-
tidade— aquela que então desempe-
nhava o lugar de administrador do
concelho.

V. acuzato de ter perfilhado a quei-
xa-e de lhe ter dado até o testemuú-
nho oficial da sua autoridade..

E, então, para-êle, para’o admi-

“nistrador: do concélho,- o acuzado,

um seu colega, seu amigo, seu com-
panheiro, V.;o.homem mais hones-
to, mais inteligeme, a maior figura
que tinha êste concelho, como: êle
proclamava, não teve êle uma: pala-
vra de. es de Hesduina ou
de amizade ?.

Pois, então, o nome do dr. Abilio

: A

| – pela “mão do’ dei Bernardo de Ma-

 

 

 

– quando o viu

 

 

tos sem uma palavra de defesa ?–
“Tenho minhas dúvidas.
O Eco publicou um. trecho que é
de’ “gravidade, A mas É um. boca-
do truncado… .
Nós desejávamios ‘y ver a resposta
completa, na íntegra, para formar
mos”o nosso juízo e vermos os por-
menores é às intenções. :
“Não somos os curiosos…
“Ea opinião honrada dêste On-
celho que lho: pede. E qi
Que ainda existe, cre “a.
E vale alguma qa
E v. alguma cóisa lhe deve.
E contra ela que se tem quebra-
do às campanhas * de: calúnias dos
seus inimigos.

“Foi ela, essa opinião independen-

 

 

 

 

te, que proclamou Os seus mereci-

mentos e o colocou acima dós ou-
tros, sr. redactor!
E” ela é di

 

, Pá
um seu inimigo, seu subordinado,
durante anos, e o prócedimento. dês:
se, seu, subor durai Bless dias

E? essa opinião honrada, que.
serva a sua à ititude cor cta, cortan,
do serenamente as relações, .. s€
mais nêle falar, com o homem que
uma – vez o-injuriou,:e -a-dospoutros
babujando quem os-ferit na sua-hon-
rá ie. dignidade: cngpe dias

“E essa opinião . RS e
incorrutivel a que v. deve toda a
gratidão porque ela bemalto-0 está
elevando nêste concelho, sem’se per-
turbar “coma vas infâmias «e gritaria
dos seus inimigos—únspataratas a
quem v. deve tambêm muitas: obri-

 

gações, porque foram êles que fizes |

ram O Seu triunfo, para não mais“o
poderem derrubar: é essaropinião
honrada «ques nêsse cáso: da sindi-
câricia:- pretende: fazer um juízo’ se-
guro, sobretudo sôbre a intervenção

do: administrador do: concelho, e ês-
sé juízo só se podefazers sôbme os.

documentos: completos. 5
‘O:sr. dr. Bernardo de Matos: ne:
ga -que-tenha dado-má’ informáção

e que não podia-deixar ‘de>respon: |
der ao-Governador: Civil. Os ami-

gos: defendem-no até-dizendo-seco=
nhecedores da. informação, na“qual

êle repelia qualquer cumplicidáde

ou comparticipação… –
V. acuza-o. ! sm 1
O.sru de: Bernardo, « em: Jedíde,
não soube aproveitar o ensejo para
um lindo; papel-que-para Vi, sr.Te-
dactor, seria no futuro: um sério em:
baraçono: 3 sa da É
Que linda dinhsidss oBrmu tr
“Mas terá-êle procedido « contra Vo
com: essa ingratidão, essa baixeza e
deslealdade .que ‘V.: lhe pan PA
-“Harquem duvide. 1Es
“Ora túdose tirariaca: imp epor
uma vez publicando- se todara intor=
mação administrativa.
Note-serqueeu-não sou dos due
entendem que o sr. “dr. Bernardo
de-Mátos se-devia negar. a -respon-
der à consulta do governador «civil.
“Desde que: assim lhe era ordéna-
do-tinha de: responder.)”11/º ob os
“O: ques tinha vera-de: respondêr
com dignidade; e para dela julgar-
mos é que nós desejariamos. conhe-

 

 

 

Almirante Tasso de FL.

 

 

 

Certã.

Exmº Sr.
gueirêdo

 

 

 

z

 

Ras

Si an
Si an

 

@@@ 2 @@@

 

cer toda a sua resposta.

Em caso algum êle podia deixar
de responder.

Mesmo no caso de a queixa lhe

sér directamente apresentada, então,

um outro dever mais alto, por sua

honra êle tinha de cumprir—não a –

receber—sob pena.. …..0……

 

 

Pode, emfim, fazer-nos o fa-
vor de publicar na integra a infor-
mação? a e

E o que lhe pede e muitô. agra- .
dece o

aerea
ns

+ Por vários motivos satisfaremos a.
reclamação do nosso amável corres-
pondente, e um dêles é porque na
transcrição, que fizemos, da infor-
mação no penúltimo” número houve
BRO eareçemns :

No próximo número a publicare-
mos com alguns. pormenores curio-
808.

Entretanto, uma informação nos
sa podemos e devemos dar já. .,

ô sr, dr, Bernardo de Matos não
recebeu ordem alguma do governa-
dor civil para receber tal queixa du
sôbre ela informar. e

Foi êle quem a recebeu directa-
mente da mão de A. Martins dos
Santos e a informou e remeteu para
Castelo Branco, por virtude de des-
pacho de alguem, é certo, mas não
do governador civil. )

Este recuzou-se, muito delicada-
mente, a receber tal queixa. .

Temos em nosso poder uma car-
ta por êle escrita ao ministro de en-
tão, Goulard de Medeiros, muito
curiosa e justiceira das virtudes do
sr. Bernardo de Matos… que, pa-
ra glória sua ainda a há-de ler aqui.

RSS
* Já’que estamos com as mãos na
massa da tal sindicância, vamos pu-
blicar, à título de curiosidade, o ar-
tigo 10.º da acuzação, dos srs. An-
tónio Martins dos Santos e José
Cárlos de Almeida e Silva; E

Dizassim:

 

 

e e
a Que continua como prefeito e tomo
tal, recebendo: ordenado, o pároco em
exercício de Paio Mendes, freguesia que
fica a 20 quilómetros, faltando quan-
“do lhe aprás às suas obrigações.»

—Lerám?

Já: viram coisa-mais ordinária e
reveladora deruíns sentimentos?

Isto é imundo! ar

Este homem temo sestro de en-
xovalhar toda a gente… e toda sa
e sem vergonha, lá anda a ba-
Ujar em volta dêle. ot
“Agora coube a vez aum homem
de bem-—o:padre António Luís Fer-
reira. i º A

Não podendo: ácuzar êste; de: ter
furtado as ceroilas e o:casaco do
padre Inácio, acuza-o de» faltar “às
suas obrigações quando lie caprás.

O padre Ferreira é, em verdade,
pároco em Paio Mendes. Vai lá aos
sábados, de “tarde, regressa nos

domingos-de manhã. Vai conilicen- |

$a: Nenhum prejuizo -há para o’ser-
viço.) ii ‘

Mas, que teriacom issovo outro?

Só para fazer mal! I

Que é por protecção política.

Talvez. ;

Mas (saiba, então, o-público um
pormenor curioso.

O sr. padre Ferreira é como que
um irmão do capitão Elísio de Cam-
pos que foi—vá sem inconfidência
—quem ‘o: colocou ‘no:lugar que o
Martins-lhe queria tirar, pela sindi-
cância, e que destinava, ao que’se
dizia, para’um:rapaz que êle lá ti-
nha à porta a espreitar quem lá vi-
nha ;

Cai a ditadura-e: para ministro da
instrução! vai Magalhães Lima, que,

ara seu chefe-de gabinete, leva o
Elísio de Campos.

“Pois querem: saber.a quem-o ra-
tão do Martins for pedir a coloca-
ção do tal rapaz que havia de subs-
tituir o padre:Ferreira?

Ao Elisio de Campos!» +

Ê

Que lho colocou como professor
aí a o pé do Pôrto.

u estava no gabinente do minis-
tro quando o Elísio recebeu a carta.
Sorri-me. Não tenho o prazer da
maldade. Não quis cortar o futuro
dum pobre rapaz, que era ocupado
no baixo mister de espia.

Calei-me.
“Só há porco tempo me ri do ca-
so com o Elísio, que ficou pasmado!

Partido Republica-
no Português

O nosso amigo sr. Baptista Ri-

|»beiro, continuando sempre com fé e

—dedicação a sua larga obra de pro- –
pagandista republicano, vem de nes-
te campo prestar à República mais
um assinalado serviço.

Aproveitando a sua estada de des-
canso na Madeirã, êle organizou ali
e nas visinhas. paróquias de Alvaro
e Sobral as comissões paroquiais,
como:se; vê das! actas que a seguir
publicâmos.

Na obra política, Baptista Ribei-
ro não quis ter descanso: ao con-
trário, trabalhou e a valer pela con”
solidação da República em persis-
tente propaganda republicana.

ublicâmos em’ seguida as actas
das 3 sessões: :

Cópia da acta da sessão da |
Comissão Paroquial
Republicana de Alvaro

Aos vinte e seis dias do mês de
Setembro de mil novecentos e quin-
ze, nesta paróquia civil. de Alvaro,
concelho de Oleiros, e casa do pres-
timoso cidadão e antigo republicano
Domingos Alves e por iniciativa do
cidadão António Baptista Ribeiro,
naturalda próxima paróquia da Ma-
deirã, e residente em Lisboa, rua
do Salitre, 55, 1.º, que a éste acto

reside, secretariado pelo cidadão
oaquim Luís de Carvalho, reúni-
ram os cidadãos abaixo assinados,
os quais de perfeito acôrdo, e tendo
em vista os sagrados interesses da
Pátria e da República, resolveram
dar a sua franca e leal, adesão ao
Partido Republicano Português. Nes-
ta conformidade e com orientação
definida sob o ponto de vista po-
litico, resolveram constituir-se em
comissão política afecta ao mes-
mo partido ao qual prometem dar
todo o seu apoio e boa vontade de
harmonia com o disposto na Lei
Orgânica vótada no Congresso rea-
lizado em Braga, em Abril de mil
nóvecentos e dôze.

E, pois, nestas condições que os
sinatários juram pela sua honra nun-
ca abandonárem e muito menos atrai-
çoar o ideal republicano, vista a con-
vicção em que vivem que a Repúbli-
ca ha-de dignificar a nossa querida
Pátria e atender com carinho e equi-
dade as necessidades dos povos des-
ta paróquia “que durante o longo pe-
ríodo monárquico foram sempre pe-
los governos, pelas autoridades e pe-
los políticos que os representavam,
votados ão mais criminoso indiferen-
HIRO. a

Depois de, escrita e lida em voz
alta aos assistentes esta acta, foi
por todos assinada sendo dada pos-
se dos respectivos cargos, aos elei-
tos, pela mêsa.

-” “A mêsa eleitoral,

(a) Antônio Bapiista Ribeiro
– (a) Joaquim Luis. de Carvalho.

Comissão Política,

Presidente, (a) Martinho Alves Gar-
cia, proprietário |

Secretário, (a). José Nunes Morei-
“ray Chefe da Estação Telegráfica
Postal

Tesoureiro, (a) Manuel Mendes,
proprietário É

Vogal, (a) cintónio “Domingues da
Gama; proprietário

Vogal, (a) Manuel Barata. Henri-

 

 

ques Pião, proprietário e capita-
lista,. sbt

ECO DA EEIRA o

 

Ainda-é de bom tempo… vela

 

Suplentes,

(a) José Domingues da Gama, pro-
prietário

(a) cântónio Augusto Alves, empre-

gado no comércio

; » Antônio dos Reis, proprietário

a) Firmino Antunes Barata, pro-.
prietário.
E Assistentes,

(a) “Domingos Alves Júnior

(a) José Gaspar

(a) cdugusto António Gaspar

(a) Domingos Alves

(a) António Alves…

(a) “Maria Augusta Alves Pizão
(a) José Barata Henriques Pição.

Alvaro, 26 de Setembro de 1915.
Está conforme:
O Secretário da mêsa eleitoral,

‘ Comissão Paroquial
Republicana da Madeira

Aos dezenove dias do mês de Se-
tembro de 1915, nesta paróquia ci-
vil da Madeirã, Concelho de Olei-
ros; e casa -do-prestimoso-cidadão:
António Lourenço da Silva, por ini-
ciativa do cidadão António Batista
Ribeiro, natural desta mesma paró-
quia’e’residente em Lisboa, Rua do
Salitre, 55, 1.º,;que se acha presente
reuniram os-cidadãos abaixo assina-
dos que, de perfeito acôrdo, resol-
veram eleger a Comissão Politica
afecta do Pamido Republicano Por-
tuguês ao qual”todos estão dispos-
tos “a dar» 9 seurapoio-e-boa vontas
de— Outra. missão, .porêm; «é pelo
povo desta paróquia, delegada na
comissão eleita:—«Empregar todos
os meios legítimos junto dos nossos
representantes no Parlamento; autos
ridades-constituídas; e Directório-do
Partido, afim de que no.mais curto
espaço de tempo possivel. seja con-
cluída à construção da estrada dis-
trialr23′ entre Pedrogam’ Pequeno
ea Serra da Cava, devendo oportu-
namente, porêm, proceder-se-ao es-
tudo . duma variante entre a Madei-
rã e o Alto da Cava de modo que
a referida estrada se aproxime quan-
to possível das povoações dá Madei-
rã e da Cáva atravessando-as se
para tanto não houver inconvenien-
tes de ordem. técnica».—-Nesta con-
formidade todos os presentes se
prontificam a trabalhar com amor e
dedicação pela Republica na convie:
ção em que vivem de que dignifica-
rá a nossa querida Pátria e atende-
rá com carinho e equidade às neces»
sidades dos povos nossos represen-
tados, que durante o longo período
monárquico viveram sempre no meio
do: mais:absoluto e criminoso indi-
ferentismo e até do desprêso dos
respectivos governos e seus repre-
sentantes—Foi pois com esta orien-
tação que foram eleitos os seguintes
cidadãos para a referida: Comissão
Paroquial Republicana :

Presidente, António Lourenco” da

Silva, proprietário. e capitalista
Vice-Presidente, António Alves Gar-

cia, propbplrio
Secretário, José Lourenço da Silva,

proprietário e
Tesoureiro, José D’as Barata Sal-

gueiro, proprietário
Vogais, Manuel Lourenco Mendes,

proprietário e Adriano Lopes Men-
des, proprietário,
Suplentes

Joaqum Lourenço da Silva, pro-
prietário

Januário “Dias da Silva, proprie-
tário e capitalista

Alfredo da Silva Girão, proprie-
tário

Albano Sequeira, proprietário e ca-
pitalista

João Cristóvam Martins, proprie-
tário

Manuel Barata; Salgueiro, proprie-
. tário. E

Concluído o acto eleitoral e lido
o seu resultado foi dada posse aos
eleitos pela respectiva msêa, com-
posta dos Cidadãos António Baptis-
ta Ribeiro e secretários Joaquim
Luís de Carvalho e Afonso Louren”
ço da Silva, depois do que a todos

“Joaquim Luis de Carvalho.
Cópia da acta da sessão da |

 

os presentes foi lida esta acta com
cujos dizeres se conformaram e vão
assinar conjuntamente tom a mêsa
eleitoral;

(a) António Baptista Ribeiro
(8) Joaquim Luis de Carvalho
(a) Afonso Lourenço da Silva.

A Comissão Política:

(a) António Lourenço da Silva —

(a) Antônio Alves Garcia

“(a) José. Lourenço da Silva

(a) José Dias Barata Salgueiro
(a) Manuel Lourenço Mendes.
(a) Adriano. Lopes. Mendes

(a) Joaquim Lourenço da Silva
(a) Januário Dias da Silva

(a) Alfredo da Silva: Girão

(a) Albano Sequeira

(a) Jodo Cristorão Martins

(a) Manuel Barata Salgueiro,

Assistentes –

(a) Domingos Lourenço e Silva
E a João Lopes Leal +

a) António Lourenço.e Silva
a) José Antão Nogueira

(a)-José Barata Salgueiro

(a) Libano Girão

(a) Joaquim Luís de-Carvalho

(a) Afonso Lourenço da; Silva

(a) José Mendes Barata

(a) Pedro Gaspar

(a) Manw’l Fourenço dos Santos

(a) António Mendes Gaspar

(a) António: Lourenço EMendes

(a) António dos Santos Ascenso

(a) Firmino cálves Barata

(a) Firmino Inácio Lopes :

(a) José Lopes Marmelo Junior.
Está conforme. —Madeirã, 19 de

Setembro de 1915.
O, Secretário da Mesa Eleitoral.
Joquim Luis de Carvalho.

Acta da sessão da” Comissão
Paroquial Republicana:
«do Sobral. sus

Aoz vinte e seis dias do mês de
Setembro de mil novecenteséiquin-
ze; nesta paróquia-civil do “Sobral;
concelho de Oleiros, e casa da es-
cola oficial, por iniciativa do cida-
dão António Baptista Ribeiro, na-
tural “da visinha freguesia da Ma-
deirã’ e residente em Lisboa, rua
do Salitre, 55, 1.º, que a êste acto
preside, reuniram os cidadãos abai-
xo assinados os quais, de perfeito
acôrdo e tendo em vista os interes-
ses da Pátria e da República é em
especial os“dos povos: desta fregue-
sia, sempre tão abandonados pela
extinta monarquia. e seus represen-
tantes, resolveram dar franca e leal
adesão ao Partido Republicano Por-
tuguês, por isso que já chaviam da-
do à República, após o glorioso dia
da sua proclamação ; e, nestã orien-
tação, acabam de proceder à elei-
ção da respectiva . Comissão .Paro-
quial com-o fim: de trabalharem «e
darem’o seu opoio e boa vontade à
política democrática, de harmonia
com. o disposto .na, Lei. Orgânica
votada no-último Congresso realiza-
do em Braga. Outra missão, porêm,
é pelo povo republicano desta paró-
quia cometida à comissão eleita: «a
de pugnar junto-dos nossos: repre-
sentantes no: parlamento, autorida-
des constituídas e Directório do parti-
do, pelos melhoramentos a que teem
direito, tais como, um pequeno ra-
mal” de’ estrada que ligue esta po-
voação com a estrada distrital nú-
mero. 119, e a instalação da escola
do sexo feminino, já criada», Nestas
condições todos os abaixo assinados
juram pela sua honra que defen-
derão com, dedicação e lialdade a
República na convicção em que vi-
vem de que’ela “dignificará a nossa
querida Patria e atenderá com cari-
nho e equidade às necessidades dos
povos seus. representados, Gom tal
orientação, pois, foram eleitos para
à comissão os seguintes cidadãos
que vão assinar esta acta conjunta-
mente com a mêsa.e os eleitores pre-
sentes. é Y

cá mésa eleitoral: (a a) Antônio
Baptista Ribeiro, Joaquim Luís de
Carvalho e José Maria de Azevedo.
Comissão Paroquial eleita, preste
dente — Manuel: da Silva: Cardosordoso

 

@@@ 3 @@@

 

dos Reis, proprietário, Secretário.

“José Maria de Azevedo, professor. *

oficial. — Tesoureiro — José Fernan-
des Júnior, a
registo civil=— Vogais —Alfredo Fer-
nahdes dá Silva, proprietário; Ma-
nuel Fernandes Barata, proprietário.
— Suplentes—Is:dro. José «da Silva,

sargento reformado; Manuel-da Sil- |

va, guarda fiscal reformado; Ma-

ajudante: do “posto do

nuel Mendes, secretário da Junta-

 

de Paróquia; Ramiro Antunes, ma-
Nnhéiro da armada reforinado; Ma-
nuel Alves Barata, jornaleiro.

Alêm dos eleitos assisticam ao

acto eleitoral “os seguintes cidadãos: |.

José Mendes Nunes, Amadeu Bara-
ta Salgueiro, Manuel Alves Pereira,

Adelino Alves, José Antunes, Lau-.:

ra-da Silva Fernandes, Amélia Fer-
nandes Barata, Emília Barata da

Silva, Luis Alves e José Antunes.

Está conforme ao original. So-
bral, 26 de Setembro de 1915. —E
eu Joaquim Luis de Carvalho, se-
cretário da mêsa, a subscrevi e-as-
sino.

 

Aniversário da República

O aniversário da fundação da Re:
pública foi aqui festejado com todo
o entusiasmo e fé republicana.

– Houve alvorada e iluminações, e,
a tarde no largo do Colégio festa
que correu muito animada.

De felicitar são os que tão patrio-‘

ticamente- concórreram para o bri-
lho desta, gloriosa; data da pátria
portuguesa,

LITERATURA
A, UNIÃO SAGRADA

Ao ver ua da grade a. estação
aquela de quem;se divorciara, Ay-
gurande sentiu empanar-se repenti-
namente a alegria que-lhe ia na al-

 

 

 

ma. -Compreendeu tudo: seu-filho..

Luis:avizára-a a ela tambêm de que
poderia. abraçá-lo, quando. êle ali
passasse de caminho. para as trin-
cheiras. E suspeitou mais que.o mo:
ço, estimando-os a ambos igualmen-
te, tivesse premeditado aquele en-
contro.

Entretanto, O rapaz aparecia. Era
uma bela figura de joven e ao vê-lo,
tanto, Aygurande como sua auher,
com quem não trocara um olhar, fi
caram, com os olhos-cheios de lágri-
mas…

Discretamente, o bom pai deixou-a
a ela avançar primeiro para o filho.
Não puderam então deixar de tro-

car um cumprimento cerimonioso..

Não se tinham visto desde que, con-
siderando as suas incompatibilida-
des, resolveram separar-se.

Depois disso tambêm o filho-foi-. 1

internado num colégio e só nas fé-
rias via os pais. Não podiam, por-
tanto, encontrar-se dera, vez sem co-
moção.

,

Joaquim Lués de Garvalho.

—De certo, veem nie comigo, ”

disse Luis.
A mãe tomou-lhe logo o braço.
‘ —Pai, venha tambêm, Parto daqui
a pouco para a linha de fogo…
Estas palavras não consentiam
qualquer discussão. Durante o jan-

tar, porêm, Luis foi o intermediário: :

da conversa : os dois esposos; por
convenção mundana, por amor pró-
prio fizeram-o mais possível por-se
esquecer um do outro, vendo: ali
apenas o filho. Mas-por fim as pa-
lavras começaram a ser mais raras
e sôbre: todos pezou, desvanecendo
quaisquer»óutros sentimentos, a me-
lancolia das separações próximas.
-—-Há uma coisa que me preocu-

pa; disse Luis; Para lhes dar notíc

cias minhas é precizo escréver aca-

“da um em separado. Duas cartas de
cada vez. Ora,nas-trincheiras,com-
preendem que-não terei muito tem:
po, nem muitas comodidades para
isso. Não acham que seria melhor
escrever só a um de cada vez.

Depois (cada um, transmitiria ao ou |

tro as minhas notícias.

A

 

E! ts

 

ECO DA BEIRA

A mãe olhou para Aygurande, És

te desviou os olhos e não respon-

deu.

“Então ela:propoz.

“—Mas um bilhete postal, com dúás
linhas, basta meu filho, Ainda que
tenhas de escrever duas vezes a
mesma coisa, não te, incomodas mui-

ir togo ‘

 

“Luis, triste; não insistiu, Saitêm

e entaminharam-se para.a, estação.

“Parece-me, “recordou o rapaz,
que se repete hoje-o dia em que o
pai e a mãe fôram ambôs’ nau
nhar-me ao colégio.

Aygurande para desviar a conver-
sa começou a falar da guerra éra

incutir coragem ao joven soldado;
Mas por fim começou a entristecer,

compreendendo que Luis não podia

levar uma impressão. consoladora

daquele“encontro familiar. Sentiu a

necessidade de fazer um sacrifício

por amor do filho. E chegado o mo-

mento das despedidas, disse :
— Olha, se tua mãe estiver de

acôrdo, para te poupar trabalho… .
— Escreve ‘ as tuas cartas a qual-

“e quer «de nós, que cá as iransmitire-
“mos um ao outro..

« concluiu a mãe,
com vivacidade.

‘ Luis abraçou-os Comopidamente.
Quando êle partiu os dois esposós
ficaram alguns momentos imóveis

em face um do outro. Aygurande

informou-se:

—’Fem–a minha direcção, para
me transmitir as cartas de Luis? .

—Tenho. Deseja a minha?

=—Já a sel..

Fizeram um profundo cumprimen-
to e afastaram-se..

A primeira carta que Luis escre-
veu à mãe levou-a um criado a Aygu-
rande. A’ que O pai recebeu dias de-
pois, êle. próprio a deixou na casa
da esposa. Mas foi-se passando tem-

po;e ardendo uma febre de noti-
cias, a mãe nem sempre compreen-
dia as informações dos jornais, nem,
certos pormenores das cartas, do, fi.
E lho. e :
to am dia ur maior: da res
so

veu solicitar do marido um: escla-

– recimento. Foi-lhe transmitida.a res-,.
-posta, por. escrito. Depois essas co:

municações repetir am-se até que! um

dia resolveram dar uma entrevista,

em que só falaram do filho.

Passaram-se semanas, e cada vez,
mais à vontade de Luis dominava
os divorciados. Obstinadamente, o

rapaz obrigáva- os a entenderem-se,

de maneira que as visitas de, Aygu-,
rande à esposa tornaram-se um cos.

tume piedoso.

—Fico inquieta quando o vejo
chegar, dizia a mulher. Mas mais
inquieta estou quando tarda…

E acrescentou :

—Não sei porque, lembra-me sem-
pre aquela ocasião em que êle estes
ve doentinho, e em que nós espera-
vamos anciosamente o médico. Lem-
bra-se?:-

— Aygurande lémbrava- -se, E uma
série de evocação começou então a
animar a conversa, a infiltrar-lhes

na alma uma secreta doçura e o de-
-“sejo insistente de reunirem nova-
– mente. e os seus corações no cora-

ção do filho.

Certa manhã, Aygurande apare-
ceu triunfante e exclamou, logo à
entrada; núm grande grito de alegria:

dia!
A mãe caiu numa cadeira, cho-
rando de contentamento. E Aygu;

–rande continuou:
“Aqui estão os jornais que rela-:
tam o feito heróico do:rapaz. E” ad-

mirável!
E poz-se a lêr as informações das
gazetas, comentando-as com excla-

– mações entusiásticas. Quando aca»
bou a“leitura;-uma criada veio anuns:

ciar à senhora que o almôço estava

pronto. À esposa então o tímio

damente:

—Peço-lne para assistir ao almô-
ço: Temos tanto a dizer do 1 nos-

so Luis!

Aygurande aceitou. Desta vez’i

conversa tornoú-se’mais íntima e a
certa altura o márido perguntou :
“Be saberá que eu a venho visi-

=) Luis foi citado na ordem do

 

— Sabe. Mandei-lho-dizer.
Fez bem. O rapaz deve ter fica-

do contente. Ah! se êle pudesse vêr-
E” que os bra

nos hoje juntos
vos moços que para lá estão-na li-

nha de fogo precizam duma grande. |

alegria de vez em quando.

‘ez-se um longo silêncio, Algu-.

mas vezes aygurande fez menção

de se retirar, mas detinha-o uma

fôrça misteriosa.

“> Pobre Luis! exclamou êle por

fim. Como ficaria contente se…
—Se?… interrogoua mãe.
Os seus pensamentos penetravam-

-* se mas nem um nem outro ouzava

dizer a palavra reveladora.
“E Seeu lhe escrevesse, se eulhe
podesse dizer..

—Dizer o que? interrogou de no-
vo instigadoramente a mulher.

| «—Pois bem! Vou escrever a car-
“ta. Depois dirá’se lha posso enviar. .

Aygurande começou: a escrever,
mas intertompeu-se de repente.

—Não ouzo acabar, sem saber…

A mulher: então leu as palavras
escritas na fôlha de papel que « o ma:
rido lhe entregou:

«Meu. querido filho: Eu e tua mãe
sentimo-nos felizes e envaidecidos

contigo. A tua bravura fez milagres.»

Um dêles é ter-nos apróximado, a

“mim e tua mãe, cada vez mais es-

treitamente, a ponto de…»

“A ésposa então; trémula’de como-
ção, de louca alegria, pegou na pê-
na e acabou a frase : a

«a ponto dé-nos juntar. absoluta-

mente, agora mesmo, ç para na

mais nos separarmos, ado

Entregando-a “carta” ao marido, *|

perguntou :
— E isto, Pedro?

Não puderam dizer palavra. Ay-:
gurande «abriu Os braços e-apertou |

a esposa contra O no

Palácio do Louvre em l

Paris

Este soberbo edifício, que se en-
contra no centro da grande capital |
francesa, desperta a nossa atenção.

por três, diferentes aspectos: pela
sua formos
creia a vista desde O mais ignorante
ao mai

 

 

que contêm e que fazem dêle um
dos museus mais ricos do mundo.

A fundação do Louvre data do
ano 1200. Foi residência régia até o
reinado de Luis VIV, o-qual mudou
a côrte para Versailles: Ali se rea-
lizou o enlace de Henrique IV, an-

tes de herdar a corôõa, com a sedu:

tora Margarida de Valois. “Cinco
dias depois, na noite de 24 de Agós-
to-de 1572, vesperas de S. Bartolo-
meu, dali partiu o sinal para a ma-

tança dos huguenotes, e ainda lá se:

vê a janela de onde Carlos IX dis-
parava sôbre os fugitivos.
Os dois Napoleões aumentaram

considerávelmente as riquezas’-do |.

Louvre, e a êles se deve a edifica-
ção das extensas galerias que o uni-
ram com as Tulherias.

As colecções que naquele pafício
se guardam tem um valor incalcu-
lável, e estão sempre expostas ao
público, Alguns volumes não chega-

riam, ainda que não fôsse senão pa-
ra catalogar Os objectos artísticos.
, que ali se encontra e que dão a Pa-

ris uma importância excepcional pa-
ra quantos se consagram ao estudo
e à arte.

Por incrível que pareça, porêm,
os comunistas,
do.o possível.
se
nha; acto vandálico que desenra o
século XIX, A biblioteca imperial,

 

 

que continha 90:000 volumes, foi. |

ainda destruida, e não ardeu todo o
palácio porque as tropas do govêr-
no chegaram a tempo de impedi- Io.

Carro de aluguer

 

– Preços! baratissimos. Pedidos a |
‘ Acácio Lima Macêdo.

—ÇGERT×

arquitectura, que re- .

entendido; pela sua histó- .
ria, de severo interesse e pelo ri- o
quíssimo tesouro de joias artísticas *

| em 1871, fizeram to- .
ara que desapareces-
“edifício com tudo quanto conti- ‘

 

 

* ANÚNCIOS
im

CERTA |

– Situada em Santo a ven-
de-se. -por -3 mil, escudos; «acabada;
de construir, com quintais, bom ars
mazêm elojas, com:2 andares e pôs
ço em exploração. Pode: ser ;paga:
em prestações . ou como; se. .compbis;
“nar. Dirigir a Carlos. San
– mesma, ou à José do Val.
Sd das Bandeira—Coimbr

Tas anheiro do Japão

O unico que resiste à terrivel
“moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem. produzido ‘nos:

 

 

 

 

 

“”HOSssos soutos, é Castanheiro do

pe o. k
“O castanheiro japonez flies
ce iguais vantagens que o bace-
“Jo americano: tem oferecido no
caso da doença; da- antiga / videi-
-ra- cujas , vantagens, são; já;bem;
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não so ao norte do
nosso pais mas principalmente
em França, ônde o castanheiro
foi primeiro que em Portugal
“atacado: pela – filoxera, e hoje en-
“contram-se os soutos já comple-
“tamente povoados de, castanhei-
» rós:do Japão, dando úm rendi-
ad magnifico.

O castanheiro japonez acha-

 

ae à venda em casa de Manuel
)Rodrigãess. | Pe

 

 

 

PROFESSOR: dE l

Lecciona: : Traduções de inglês,
“francês e espanhol. – nas

“QUARDA

Escrituração comer
+» Correspondencia. j
Trata-se com F. Tedeschi E

een

nache do Bomjardim:

 

ANÚNCIO

Vendem-se todas as propriedades
rústicas, que ipertenceram a Possi-
“dónio Nunes da Silva, em Sernache
– do Bomjardim.

Quem pretender ou desejar es-
clarecimentos, dirija-se ão sr: João
Carlos de Almeida e Silva, de”

SERNACHE DO BOMJARDIM |
CARREIRA-DE AUTOMOVEL

No dia 18 de Maio começou a
carreira de automovel-de Barqueiro
(Alvaiázere) a Paialvo. e de, Paialvo
a Figueiró dos Vinhos. Começou a
fazer carreira a 19 de Maio, de
Paialvo á Certã e vice-versa.

Parte o automovel de Barqueiro

 

 

– todas as terças e sextas-feiras ás 16

horas para Paialvo.

Parte de Paialvo todas as quartas
feiras e sabados depois do comboio
“correio em direcção a Certã saindo
– dah ás 15 horas novamente para
Paialvo. De Paialvo parte para Fi-
gueiró dos Vinhos ás-quintas feira.
e domingos depois do
correio. Preços resumidos..

Lemos, Pedro, Santos & CG.
— Cânáido da Gira Teifeita

SERNAÇHE: DO BONJARDIN

– Interessante. monografia dé pro-
fundas investigações istóticas ilus-
tradãá com excelentes gravuras. 2/7

Obra. dividida em. 11: capítulos,
com um prólogo e notas curiosas.

I on de 378’ páginas Beda
1, Preço 880;

 

 

 

Fast

 

@@@ 4 @@@

 

a Sa E == JE ne
42 Z : :
“SP JLLMA N”
IO icarro mo delo . ideal

Acaba de= Ser introdagio no nosso merçado: esta soberha marca de mtmóneis:

| TORPEDO MODELO 1914
Geilindros em dois blocos: 95 P/m1 337/n46,5 HP a 1200 PoiaGpES.
Alturage: Bosch alta tensão. |
nar es E nNONISS Vulcan.

uminação: Electrica esting ouse. .
Corita-kilómetros: Stewart.
Mise-en-marche: Electrica;Westinghóuse. ” Migual da Costa Tr indade
Roda sobrecetente, Faroes e lanterna, Busina. electrica, Bomba-

ancnprea Capota , Patê antiga tipo sbt está habilitada à executár com a ma-

– Em outros países teem estes carros já obtido o mais extroprdinário su- | ima fiidéi paes todos os trabalhos de “grande é peque-
cesso, porque, alêm: – de. -suplantar todos os aperfeiçoamentos introduzidos Í “HO formato para o que possue as competentes maquinas | e gran- (
nos de outros fabricantes, ocupam um lugar: ‘de destaque: pela solidez da sua Ny “de as de tipos 1 nacionais e a os Ty
construção, elegância, velocidade, duração e economia de: “combustivel.
ia OEA uma longa distância entre os eixos; beixo centro de gravidade, RE

: t largas com grandes pneumáticos, excelente sisterna de idades “au:
poi iba Dono Tlriash det”, “IMPRESSÕES 1 K CORES: OURO E PARTA

: As sua-marcha é da: maior confiança, tanto nas ruas é didi cidades; como +
nas peiores estradas de rodagem, e nas subidas não teem rival. , Bilhetes de visita “desde 24 ctv. 0 cento. Participa-

E, alâm de todas estas vantagens, são extraordinariamente mais biráios | Sopa de: Ramen e livros”
do a os a os outros carros de luxo até hoje dee la no nosso

f em 0. :
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tipos ne ni ii Rd caricaturas, anuncios, eic. a “com
em V ) tar o único que está sempre a lunicionar, porque! se- Ee ê lavar
a nine a. | AGUA QUENTE EM UM MINUTO, | 1557
= “sem ver o sortimento e preços: desta casa “E munto útil nos escritórios comerciaes, govêrnos: civis; adminísirações
] de concelho, ai ea municipais e, finalmente, em todas as pd apa ção pú-
as oa blicas é particularés em algumasdas quais funciona com” inexcedivel “êxito.
E ‘ gl Risos Elio E” o único que dá tantas provas nitidas e que’ pode: funcioner cinco
PUNHOS | a -PEUGAS a BENGALAS. minutos depois de ter servido, por se lhe-tirar a tinta com’ água quente em
, “GOLARINHOS E en vio LIGAS E “GUARDA- CHUVAS | * | menos de dois minutos. Garante seo bon FE mrestulnids Se” o por
i – GRAVATAS, LENÇOS e |. IMPERMEAVEIS. O CRE,
a ane lia recebida: directamente de londres e Bis, ca “PRECO Do APARELHO
PREÇOS MOD icos. Para tirar bilietis * de Visita, . “Soo Téis
– Pombo rca oC SoRel o), ama pd om “600 >»
» Cas dor Me EN SPO Pre ao
“MEBCHARIA. o CE mit Ea cana RR | iTGRLOP POjago cond dO Meido 5
Aa ci dt. 18700 %
Estabelecimento de géneros alimentícios, louças, vidros POR la oito clolipal 7 5 doiiab ini hçã O anna ç,
E Massa—Lata de quilo. . . (4 ceras cc cuca ra 18400
B tabacos. eo » cio QUO. sie h ps des cPlO |
Grande sortimento de conservas de primeira qualidade, de carnes, per Tinta—krasco grande… cid. isa ae is »
xes e mariscos. dn EqUeno . «ecc are cem ca rea 150
É Licôres nacionais e estrangeiros, vinho do: Poito é pie pasto, ete. à Pam ESA a e é “as obBitobie
E Preços lemitadíssimos ss Para as províncias acresce: mais 100 réis por pera mbiawloasa (ás
no AT ‘TONIO LOPES. ‘ Tedos os e Sbedidn devem ser dirigidos a
Sernache do Bomjardim
F B ( – FRANCISCO SIMÕES
À RI A: DA. SALGADA Es RUA, DOS FANQUEIROS, 938 LISBOA
– Moagens e – fabrico. de. azeite A
Venda decereaise farinhas… gua “da. Foz da Certã
-Recebeme -Se cereais e azeitona ã maquia,” A: Agua minero-medicinal da Fog da Certá EE uma | composição
quimica que a-distingue de todas as outras até hoje uzadas na terapeutica.
o ANTONIO PEDRO DA: SILVA JUNIOR E” empregada com segura vantagem da Dinhctes-Diapepstasi-Cataro
a e Sernache do Eomjardim ros gasibicos, putridos ow parasitarios ;—nas preversões; digestivas ‘ derivadas
“das doenças infeciosas;—-na convalescença .das febres graves; nas atonisa
gastricas dos diabeticos, tuber culosos, br ighticas, elc.;—no: papa eo
ce pelos excessos ou privações, etc.eto. +:
a Mostra “analise bareriologica que a “Agua da Foz da Certãvtalcomo
E e se encontra nas ein Eu ser considerada: como microbicamente
* pura não contendo colibacitlo; nem nenhuma das especies: patogeneas
ANTONIO: ‘DA COSTA “o GA que podem existir em aguas. Alem disso, gosaide uma; certa acção lirobi
cida O B.-Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco: tempo
‘SERNACHE DO BOMJARDI mM nella perdem todos a sua vitalidade, outros microbios apresentam porém re-
Pa sistencia. maior.
E. a Bê acide sortimento: de velógios e todos os «A Agua da Foz da Certã não tem gazes livres; érlimpida, de sabor’le:
sistemas É ARAL autores é Ts acido, muito agradavel quer bebida puras quer misturada: com
É n ses

 

“Objectos de ouro e prata de-fino gósto,. mui pró-
a para brindes: |
Concertos: gsirantidos. |

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DEPOSITO GERAL x

RUA DOS FANQUEIROS-—84—LISB DA
Telefone 2168RAL x

RUA DOS FANQUEIROS-—84—LISB DA
Telefone 2168