Eco da Beira nº40 09-06-1915
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Certã, 9“dê Junho dé Numero 40
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Brazil (moeda brazileira)… +pavo DIRECTOR -ABILIO MARÇAL a ll SERNACHE. DO, BOMJARDIM
Anuncios, na 3. GA página 2 cen- cao Sampaio é 8 improsao na Tpograto Loirianao
quad e RIBEIRO. es Eeaenaan
E = E
“Partido Republicano Português
Eleição em 13 de Junho de 1915.
CIRCULO: N.º s4 — GASTELO BRANCO.
Para sentir
r. José de Castro
ea e presidente do ministério |
“Francisco Esteves de Pina Lopes
Capitão ais exército.
Para deputados:
Dr. Gastão dd sia Mendes
‘ Advogado e reitor do liceu de S. Vicente, de Lisboa
ss “De: “Abilio Correia da Silva Marçal
“ Advogado e director do Colégio das Missões Ultramarinas .
A urna pelos candidatos do Partido Republicano Português!
“À comissão municipal politica do Partido Republicano da Certã concorda, em absoluto, com os nomes
ss PCI apresentados pelo. Directório ao Aysiulrágio popular e convida todos os seus correligionários a vota-
“rem: nêles.
João ds dardo
ga o | o Joaquim Ciriaco dos Santos |.
po chileno) prioos: snsées om | omoio do ah | Augusto Justino Rossi
Es e | | “Joaquim Nunes da Silva
Alberto da Eimificação Ribeiro ,
O Centro Republicano Democrático Almirante Reis e a Comissão: Paroquial Política do Partido Re-
públicas Portugués, de Pedrogam Pequeno, convidam os seus eleitóres a votarem nos candidatos propostos
pelo Directório porque os nomes indicados são uma segura garantia de us a sua acção no + aa gciito: será,
bem republicana 6: benéfica para os interesses desta região.
“José Gomes da Gosta:
eis Centro. Republicano Democrático da Certã; apoia calorosamente a lista apresentada: pelo Directório
porque Os nomes-que à! e oraRARro, merecem a absoluta confiança de todos os bons e dedicados republicanos.
do concelho.
RA úlio Nunes da. Siva,
Mirluel dos Santos Antunes |
António da Silva Ribeiro. o
a.
Alo Nunes Maid A eooupr oh ion fo
Ex.”º Sr. Adrião Davidvid
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E sem o ndamiEnto sério, as el
ções vão emfim realizar-se no, EE
13 do corrente. É.
Todos ésses adiamentos fóram ”
Partido Republicano —
feitos“comra o:
Português; ou; pelo menos, em seu
prejuízo e pará protéger ou satisfa-
zer reclamações dos dois grup
pblicanids 2 iionsta Sé evolu
Bértoldo q)
trou árvore adada
F
assim tambêm aqueles dois partidos”
políticos nunca encontraram dia pró-
prio e conveniente para a luta elei-
toral, que o partié O) der
em todos os
contingências
lências, até aquelas que se exei
ram fora da Constituição, sempre
se declarou prônto à ferir e para ela
aprest É
Ambôs-gle
com o país a seu lado e represen-
tando a maior fôrça eleitoral dagRe
pública : todavia veem fugindo sein
pre à demonstração dessa fôrça e
dêsse apoio e como que apavorados
da consulta que vai fazer se ao cor-
po eleitoral da República.
Acocorados atraz dum govêrno di-
tatorial, que à maravilha lhes servia
para irem governando a vida políti-
ca, chupando no mísero úbere mi-
nisterial umas candidaturas com que
haviam de figurar duma fôrça que
não tinham, estes bons republicanos
não pensaram em defrontar-se com
o eleitor senã az dos, admi-
nistradores das) armados. de
trabuco para nos balho em be-
nefício dêsse govêrno de bandidos e
em comparticipação dêsses grupos
que dos princípios republicanos fi-
zeram um frangalho, colaborando
numa infâmia que era a desonra da
Republica que na história ficaria co-
mo um ferrete de ignomínia !
A menos de cinco anos sda”
clamação dum regime teve de-fázer
-se uma revolução para salvá-lo, e
entre os traidores que asfixjãranr
êsse regime, essa revolução for en-
contrar homens que tinham ajudado
pato
a
a fazê-lo 1, sua propaganda E
tambêm com 0; ço); oa
cionário. E
Em nome dêsse. passado e.com
um grande espírito “de bondade’e
tolerância, perdoou-lhes, e bem po-
dia fazer o E extermínio, com o
Tas xt pló & o mesmo direito:
eSpor detraz duma di-
pidi abj jecta quiseram decretar O
do partido demprrésico «que forem
verdade, quem fez o revolucio-
nário, que salvou: &’ Rbpábhica 1 Vo
Bem podia a revolução envolvê-
-Jos na mesma pêna e fá on sem
injustiça.
Ela, porêm, disti
tores é cúmplicês
inguiu entre AM:
si edeclaram=
Apanhados, assim, em flagrantes |
falcatrua política, BS ca-, ;
dl
iram em pavorosos desânimos;
cruciantes rebates de remorõo,. que
os ia conduzindo ao desaparecimen-
io. pelo suicídio ou pela dissolução.
Sel não,
mé to foi porque em,verdade nada
tiiiam que’ dispor; porque a própria!
honra, a tinham empenhado a uns
tantos deputados no Ministério do
Interior : e, emquanto ao património
eleitoral, quem lho herda assercenta-
mente não se arruihhtia em pag
mento de direitos de transmissão !>
Mas essa mesma revolução lhes
indicou o caminho do dever, e aos
encautrões,; envergonhados e:de má
vontade cá apareceram ; tambêm ;no
campi» eleitoral ao rebusco das “mi-
norias.
São êstes os adversários do Rel
tido Republicano Portigês! M
Não vale a pêna, discuti-los,,
O nosso partido tem os seus can-
didatos, Votará nêles, pouco lhe im-
hegaram! a ifazen testa- ||)
4
EGO DA RA reis
portando quêm deja Os outros, que
– com êle não contendem.
E: verdade que, mêste; círculo, os
maiorias, mas de aspirações não
| passam, À Nenhuns elementos .de vi-
| tória cem. E’ umá, questão” ide hon-
ra de convento em tradições de fi-
= dalguia = arruinada to
A situação emyque êles «se; apre-
sentam ao país, sem propaganda,
sem eleitores, exautor ados numa
mancomunação hedionda «contra: a
República—é mesmo mais de des-
pertar a comiseração do que de in:
iSduzir em’lúta:
Arúnica-circunstância que os tegi-
timaria na campanha e recomenda-
eleitor seria o seu passado
nte e de serviços à sta Pátma,
ma Têsse próprio pergaminho. de.
glória êles próprios negaram e es-
irangalharam em tristes–horas. de;
– insânia é dgjeçço.
O acto eleitoral que vai efectuar-
TorFS en é qay | manifestação, politica mais;
Solene é mais gráve qué se tem fei-
to no regime republicano.
Contra tudo quanto, com bons
desejos, se tenha afirmado, a verda-
de é. que a consolidação da Repú-
blica não, deixou de, ser completa-..
mente-t umá aspiração e sh estas é |
Sões a integrfi ão francamente n
ma nacional e a arrancarão à atmos-
fera revelado nária OS ainda a ali.
A nova o âmara tem uma missão
constitucional–mui. graves e melin-
sdroga’a fresolver e de aspecto mui
“delicado É
Referimo-nos à revisão da Cons-
tituição em que há’a, ‘resolyer pro:
blemas de muita gravidade e trans-
cendência, porque nêles assentará
sem duvida a vida da República ea
sua feição e quem sabe se a nossa
própria nacionalidade.
As atribuições do presidente da
» República, a existência do Senado, .
‘o problema-da dissoluçã jo.São otras
tantas questões de magnitude a re-
A SdyEeD. OIT
– Além disso tem a nova adam
de abordar e tesolver sôbre a nossa
comparticipação na guerra, O grave ,
“incidente da vida nacional em volta |
do qual tem girado nos últimos tem-
» pos tuda-a engrenagem política 4,
Não fmenos grave é tenebrosa-se
apresentará à nova Câmara a ques-
tão financeira sériamente agravada
E com encargos financeiros de, Alguns
milhares de contos, obrigando : uma
tributação que a todos está ater-
raúdo’!
A missão, pois, e nova câmara
é muúito “delicada, é’a’ sua vida-hão
será isenta de graves dificuldades,
com fundos desgostos para os que
À RS encararem a situação
e com honra queiram exercer o seu
mahdato.
Fazemos votos por que os eleito
. Fes, compenetrando-se da gravidade
Valar Situdç o, dos perigos que a amea-
came! das dificuldades que já ila-
queiam a República, sejam ponde-.
rados e reflectidos na sua escolha,
elevando se com dignidade-e altivez
“à nítida Pen o dos seus de-
véres! j
O Partido Republicano Português
apresenta aos sufrágios dos eleitores:
dêste circulo quatro nomes da nos»
sa maior consideração e que em si
teliném as qualidades de inteligên-
cia e patriotismo para bem servirem
a sua Pátria e a República e com
consciência e acêrto resolverem es-
sas magnas questões sôbre as quais ,
+ paira, com um tanto de inquietação,
“o grave problema da nossa’situação
internacional, que virá a assumir
um aspecto assaz melindroso quan-
“do é discutir a paz do mundo.
“Também a situação dêste conce-
lho demanda representantes zelosos
que possam convenientemente aten-
unionistas aspiram à” conquisia das +
we foi, em vendade, bri |
der às suas necessidades e UR
zê-las e integrá-lo-noregime de que
êle anda um tanto arredio.
“Foi encarando bem esta situação
grave e excepcional, ponderando as
; circunstâncias, que o Partido Repu:.
blicano Português fez a escolha doss |
seus candidatos.
* Para êste circulo êle atendeu às
condições da política geral, dando-
-nos a honra de nos propor o actual
Presidente do Ministério, e às ne-
cessidades da política local comple-
tando à lista com os nomes dos srs.
capitão-Pina-kopes; representando-o +:
norte e dr. Abílio Marçal, represen-
tando”o sul-do circulo e ainda com
o nome do dr. Gastão Correia Men- |
des, um amigo dêste distrito e bem
“conhecedor das suas necessidades e
aspirações.
Perante: estes nomes, que são de
verdadeiros republicanos-e-patriotas;
espíritos inteligentes e ponderados,
“não são permitidas hesitágões.
“Os nossos votos, 108. votos dêst
“concelho | são para os, candidatos d
“Partido Republicâno Port tuguês,
todos os eleitores E oeras cumpri
«neste momento solene o seu alto de-
ver cívico acorrendo às urnas a dar-
“lhes o séu apoio-e o seu-voto, ..
À? urha.pelos candidátos.do. Par-
tido Republicano Português !
= coa
– ECO DA BEIRA .
c Do » ditêctor dêste dod rnal Á
rido amigo, dr. Abílio Marçal, recebe-
mos. a seguinte carta, pela qual, tran-
sitómiamen nos confia a direeção de C
ra, cuja redacção fica
nêstes números que vão Segulo, ao
cuidado dos seus amigos
ReUIO, são os
do eleito por êste
odos;
sinceros votos de nó;
» Segue a-caria.
fi 4
BE ORI 15 Meu caro Alberto
ata me, çe todo, o tempo para
dispensar a- necessária atenção ao
josso jornal: substitue-me
recta, durante algumas
escrevam-no lá-—tu e os amigos—
como patriotismo. & espítito rt
blicano que nos anima;
Com um grande abraço dô
teú) primo amijº certo.
Sernache, 3-6-915.
Abílio Marçal, ‘
– Nuno da Conceição e Silva
Filiou-se no Partido Republicano
Português o nosso, querido amigo
“Nuno da Gounceição e Silva) abasta-.
do proprietário é honrado comercian-
te em Pedrogam Pequeno, onde go-
sa ide larga influência e legitimamen-
te porque, senhor duma boa fortu-
na, dela usa generosamente ein bel
nefício da sua terra, e inteligente e
activo, todo O seu trabalho é a sua
actividade põe sempre ao serviço dos
seus amigos e dos desprotegidos que
ao seu valimento e aos seus favores
incessantemente recorrem.
Nuno Conceição mantêm e conti-
núa bem honrosamente as tradições
duma família de nobres, pelo seu
trabalho e pela sua honradez e que
tem o seu nome indelévelmente li-
gado, ao | progresso daquela suá ter-
Fa, à qual, com êste seu gésto pres-
tou mais-um ‘serviço, vindo inscre-
ver-se, no; partido que sempre terá
curado dos seus interesses e juntan-
do ‘o sen esfôrço ao dos’homens que,
fazendo a politica democrática teem
colocado num plano do maior cari-
nho e zêlo os interesses de Pedro-
gam Pequeno.
O nosso novel correligionário pra-
ticou um acto “que o nobilita e es:
tâmos certos que só terá que felici-.
tar-sé pela sua decisão como cérta-
mente o felicita toda a sua freguesia
que, com mágoa, o via perdido num
campo em que o seutrabalho e a sua
influência eram absolutamente inú-
teis à sua terra.
Em nome do Partido Republicano
E
Português, nós, que ali fômos rece-
ber a suacadesão, abraçâmos af
tuosamente Nuno Conceição, | envi
do ao nosso v:
as nossas calo) saudações e afir-
mando-lhe que nesta casa é recebi-
do com: carinho é alegria E todo: nós
satisfeito um. velho A
termos | por cor
rabalhos da vida
a esperas da luta
Vão finalmente realizar «se “as elei-
ções! x n Hs ti
O Povo no exercício dum dos
seus mais sagrados: direitos, o di-
reito do voto, vai escolher os seus
Rn no Parlamento.
ai
entregar áqueles que mais
a lhe gi o honroso
ç os seus direitos,
País, do de-
V « terra.
FE a Ra necessário que
essa escolha seja feita com toda a
cautela; que o Povo se não deixe
iludir. por riu eim. e rt pulos
que;“tomo’ verdadeiros–sáltimvan-
cos, não duvidam fazer promessas
Ir «afim, de apanharem os votos e que
“depois de guindados aos altos car-
gos da Representação re E
juecem por com lego
Padecsin ho ue e neld
e não
votaram,
E absolutamente necessário que
os mandatos sejam conferidos a pes-
soas cujo passado responda pela sua
vida política futura.
A eleição só deve recair em ho-
mens que tenham dado inegáveis
Pa e ed à República e
«carinho pela região» os elege.
E) necessário guesdfituro Pe
seja-constituído por creaturas
que’jámais consintam que quaisquer
aventureiros com ambições crimi-
nosas tentem fazer da nossa Fes;
blica uma coisa só deles. a
A escolha tem, pois, fe Sep
A bond nontal feita. +
Aos eieitores dêste círculo vão
ser apresentados quatro candidatos
pelos Partido Republicano Portu-
guês. *
Os seus nomes são sobejamente
“conhecidos para que necessitemos
fazer a sua apresentação. José de
Castro, Pina Lopes, Abílio Marçal
e Gastão C. Mendes são, sem dú-
Ri alguma, uma: fia segura
da defesa da República é dos inte-
resses destafregião.
José de “Castro é o actual presi-
dente do ministério. E
de sempre, lial, sincéro e dediça
»aindá há pouco teve a” Goiiságra
do seu grande valor MM tua e
* moral. Depois da queda do gabine-
te: Pimenta ide: Castro, de bem tris-
te memória, a Revolução triunfante
for buscá-lo ao remanso “do seu ga-
binete e confiou-lhe o espinhoso car;
go que hoje desempenha.
Pina Lopes é um brioso oficial
do exército, inteligente, activo e um
amante sincéro da sua terra.
Gastão Corrêa Mendes é um bri-
lhante professor. A sua acção como
governador civil dêste distrito foi
das mais fecundas e é um penhor
seguro do seu procedimento futuro.
Abílio Marçal é o nome mais co-
nhecido nesta comarca. (A) sua vida
;inteira tem sido uma luta constante
‘em “defesa: dos linteresses- «da sua!
terra. Pela sua inteligência je facul»
dades ‘de trabalho, ocupará, certa-
imente;’um dos! primeiros ilugares)
no próximo Congresso.
Acaso não serão êstes os candi-
datos que mais convêm ao progres-
so da nossa e
Sem dúvida alguma que sim!
Á urna, pois; pelos can-
didatos do Partido Re».
publicano Portugués!
à mm
Ao sçet A
Há mais luz nas vinte e quatro
letras do abecedário do que em to-
das as constelações do firmamento.
Guerra Junqueiro.erra Junqueiro.
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“O-IDEAL PATRIÓTICO
De qualquer cérebro bem organi-.
zado. podem | brotar milidéas felizes,
aproveitáveis; Mas, de ordinário, ca-
da “individho segue com maior pai-
xão duas owtrês que lhe servem de
bússola na- -aciden da travessia” dg
mar da vida.
Por elas se bate e se sacrificá’com
denôdo, heroicidade e amor. Amor
abhegado” é Sublime, -aureolado pela
púrpura do sangue que brota das
veias daquele que sabe morrer ten-
do: os lábios, abertos em flôr e Os
tenso do triunfo.
“Cada um serve melhor ou pior os.
seus ideais conforme o grau da sua
inteligência e da sua ilustração.
Hú ideais individuais e ideais co-
lectiyos : os dos cidadãos é os das
na ões.
intre êles há um que sobrepuja
qualquer des outros porque é uni-
versal, abrangendo-assim todos os
cidadãos, todas as naçheso O paro ;
inteiro. ;
Esse ideal é o ideal patriótico!
E tão grande, tão nobre e tão su-
blime êle é que se lhectem sacrifica:
do, ém tudos os témpos é em todas
as regiões do globo, a humanidade
inteira, apesar dos diferentes graus s
de “civilização, da giferençiação de
a diversidade das linguas e
da desigual aptidão assimiladora dos
vários povos do mundo.
Não há cidadão nenhum, mesmo
ro incúlto O ger-
men do aimôr
o osculou pela primeira vez
Nas nações civilizadas é admirá-
vel o carinho, o nobre órgulho, com
que os escritores descrevem a histó-
ria dos feitos heroicos e brilhantes
dos seus concidadãos.
Parece que todos os escritores sé
elevam e refinam de talento quando
tratam de transmitir ao muúdo in-
teiro os feitos gloriosos dos seus pa
tríciós..
Parece que às suas pênas mergu-
lham em Sol “e que a tintá de que
se Sérvém é O seu próprio sangue
que o seu talento e encêndrado amôr
pátrio cristaliza em rubis.
E por isso que as mais empoi-
gantes páginas da literatura mundial,
são as da história das diversas na-
ções do orbe.
A pátria portuguesa, como um fa-
vo de’mél, contêm: diversas células
que são as localidades espalhadas
pelo Seu sólo ubérrimo e fecundo.
A sua história é feita de capítulos,
que são às monografias locais, nas
quais se” descreve o concurso pres-
tado pelos cidadãos das localidades
a obra Comum, a cooperação de es-
foiços individuais para a glória, pro-
gresso e bem estar de-todos os seus
concidadãos,
Não há esfôrço, diligência, traba-
lho e aplicação individual bem orien-
tados, que não redunde em benefício
da comunidade.
Não há progresso dE localidade:
que não beneficie a pátria comum.
Trabalhar pelo desenvolvimento e
progresso da nossa aldeia é uma obra
patriótica | em que devem aplicar-se
todos Os que verdadeiramente amam
Sernache, porque aqui nasceram ou
cá; encontraram O seu bem estar, a
sua felicidade…
A ninguem que aqui viva pode ser
indiferente a maior expansão. que
se pretenda e possa dar à vida des-
ta terra que é de nós todos, que há
de ser de nossos filhos.
A. posteridade, teria o direito de
nos, censurar: se porventura nós po-
dendo não quisessemos erguê-la co-
loçá-la no lugar que de direito lhe
pertence pelo seu passado. de luta é
pelo seu presente auspícioso !
Sôa para todas as nações e para
todos os indivíduos uma hora, feliz.
Há na sua vida um momento único
que ninguem deve desaproveitar—é
o momento das realizações ;.o-ins-
tante providencial em que podemos
alcançar; a iméta das nossas aspira-
ções justas é legítimas. Aspirações
que veem de longe e em que:pensá-
à qué não tenha no”
que”o homem-civiliza–
do dedica ao sólo em que sua mãe
mos maduramente para nos conven-
cermos de que o que pretendiamos
era razoável eo podiamos vir à con;
seguir com o nosso esfôrço bem ori-
entado e alguma persistência.
Essa hora feliz, talvez: única,
na vida do nosso Sernache, vai
soar em breve. Nós conservâmo-nos
no.-posto de. sempre oferecendo o
nosso modesto. concurso aquele que,
pela“’sua privilegiada inteligência e
encendrado amôr-aà sua terra, é de
direito o nosso comandante, e espe-
rando que todos cumpram -o.seu de-
ver patriótico, termino gritando aos
meus patrícios = ia! todos a postos!
avante pelo nosso Sernache; avante
pela nossa pe terra,
Sernache, 6-6-915.
pa eigend Teixeira.
MOSAICO |
A chuva e os bombar.
“ deios
Camille; Flammarion,- 0: célebre
astrónomo. francês, escreveu para o
New York Eerald sôbre o canhão e
a chuva:
«Há já muito tempo; em 1886, se
tenho boa memória, que recebi a vi-
sita de um tipógrafo de Saint-Brieu,
que “me “trazia. um livro publicado
por êle mesmo, para demonstrar que
os canhões, provocavam.a chuvã é
que os combates de artilharia na
guerra da Criméa, em 1854, tinham
tido a sua influência “atmosférica até
mesmo’na França. *
Essa ideia voltou depois à baila,
em particular durante a guerra dos
Balkans e agora, porque muita gen-
“tê ainda pergunta se a atmosfera É
cúmplice da artilharia, se as chuvas
abundantes e contínuas que caem
tão-cop’osamente e que produziram
transbordamentos do Sena, do Mar-
ne, do Aisne, do Oise, do Sahona e
do Tamisa, teem por Causa determi-
nante os excessivos canhoneios da
formidável guerra, …
A questão apresentou-se também
ao espírito dos artilheiros, e um dê-
les que sé encontra na linha de ba-
talha, escreve-me, não sem despei-
to, para me dizer que há mais de
dois meses, na localidade em que se
encontra, nunca deixou de chover !
Ele acusa os bombardeios do famo-
so 75-de matarem o tempo, depois
de haverem dizimado os inimigos.
Eu penso que não estamos autori-
zados a afirmar tal facto pelas se-
guintes razões: :
1*—O mês de Outubro foi sêco
e de sol, não obstante todos os dis-
paros de artilharia;
22—Qs primeiros dias chuvosos,
tiveram a coincidência de sempre
“com as correntes do sudoeste e as
tempestades vindas do Oceano;
3.º-Já tivêémos períodos chuvo-
sos como êste, sema coincidência
dos combates de artilharia, em 1905
e em I91o. Se, as metralhas é as
bocas de fogo tivessem uma verda-
deira.acção sôbre a atmosfera, a es-
tação actual deveria ser ainda mais
chuvosa do que em qualquer outro
ano e indepéndentemente das cor-
rentes do sudoéste provenientes da
atmosfera, Parece assim tratar-se
de uma: legenda: sem fundamento
suficiente.
Não obstante isso, ainda nada
afirmâmos. -Se o. tempo. chuvoso
continuar; a nossa conclusão, de
uma prudência scientifica, partindo
do princípio de, que devemos afir-
mar apenas o que é absolutamente
demonstrado, poderá ser modificada
da mesma maneira e de conformi-
dade com o-mesmo princípio. A
guerra, flagelo da humanidade, po-
de- ser tambêm pertarbadoras da;
atmosfera De
Espiões : espionagens
A espionagem, em tempo desguer-
ra, é rapidamente punida com a
morte.
« Não. faltam casos, entretanto, em
que os espiões sejam tratados mui-
to benignamente, sob a condição de
referirem certas particularidades do
– exercito de que são mensageiros,
Na Narrativa do sitio de Hesdin
de 1639 escrita pelo cavalheiro de
Vile ha o seguinte trecho:
«Um espião;-mandado pelo gene-
ral Piccolomini ao conde de-Hana-
pe, governador dá cidade, para avi-
sá-lo de que seguia em seu-auxílio,
caiu em poder dos inimigos, os quais
lhe sequestraram a carta de Picco-
lomini, e mediante a promessa de
uma soma considerável, convence-
ram-no a levar uma outra carta que,
imitando perfeitamente a caligrafia
de Piccolomini, dizia ao governa.
dor que se rendesse, visto não lhe
ser possível levar auxílio. O conde
de Hanape, longe de suspeitar da
traição, caíw’ na esparrela e, vendo
os sitiantes prontos para o assalto,
se rendeu».
Mas ha casos de espiões tratados
com-generósidade.
Em 1859 0: exército: do general
francês: Bourbaki estava à espera
do inimigo, que não dava sinal de
vida, quando os postos avançados
capturaram um espião austríaco, o
qual foi imediatamente: conduzido
ao general.
«Então —disse – Bourbaki–está
provado que tu és um espião aus-
tríaco.»
—«Sim; senhor general»,
—«E tu julgas que a tua profissão
seja uma profissão honesta ?».
“E «Stm, senhor».
— Queres e como espião ao
nosso serviço ?
— Não, serias. » !
“Pois bem, és livre, mas que
tu sejas ligeiro nos pés, é corre a
referir aos teus caros Aústriacos, que
já lá vão duas horas que eu os es-
pero e que ca m’embéte.»
Emtre os espiões de guerra, há-os
naturalmente em partida dobrada,
que lucram de uma e outra parte..
Um bom caso de espionagem-em
partida dobrada é o que foi assina-
lado por De Bourrienne nas suas
Memórias. Quando Napoleão Bona-
parte, em 1800, alcançava a Itália
para a campanha de Marengo, de-
morou-se seis dias em: Milão,
«No segundo dia (narra De Bour-
rienne), | fez -se anunciar um espião
que já tinha servido muito bem nas
primeiras-campanhas de Itália (1770-
-77). O primeiro Cônsul lembrou-se
imédiatamente déle acolhendo-o com
estas palavras:
—Mas ainda não te fuzilavam?.
=>«Gencral!–respondeu 0 espião
—quando começou aqui à guerra,
tomei a resolução de servir os Aus-
tríacos, visto como vos acháveis lon-
ge da Europa, Eu me dedico sem-
pre ao vencedor, e me dou muito
bem “ássim. Alêm disso estou fati-
gado de trabalhar e preciso arranjar
um pequeno património para viver
tranquilamente.
«Bonaparte fitava-o, com aqueles
seus olhos fulminantes.
«O espião continuou:
—«Eu fui mandado aqui, às vos-
sas linhas, pelo general Mélas (aus-
triaco;; isso quer dizer que’eu; pos:
so-yos prestar um serviço. Eu vos
informarei sôbre o estado exacto de
todos os’corpos, da sua fórça e das
posições que ocupam. E vos direi
ainda em que condições.se encontra
Alexandria. Vós me conheceis. Eu
tenho confiança em vôs e não vos
trairei. Mas é necessário que eu re-
fira qualquer cousa ao general Me-
las. Dai-me algumas informações
verdadeiras, exactas, tais, porêm,
que não vos prejudiquem e que eu
possa levar ao general austriaco.
-—« Pouco. me importa-—respondeu
Napoleão-—que conheçam as minhas
fôrças le as posições em que se en-
contram ; basta que eu conheça bem
as fôrças e as posições do inimigo
e que êsse ighore o meu plano. Es-
tamos de acôrdo: tu ficarás satisfei-
to se me servires bem.
«Então eu escrevi sob o ditado
(prosegue De Bourrienne) dêsse es-
pião, ‘o nome dos corpos austríacos,
a sua fôrça, a sua posição, os no-
mes dos seus generais. O primeiro
Cônsul assinalou com. alfinetes sô-
bre um mapa todas as informações
‘prestadas pelo espião, o qual acres-
centou que a Alexandria não estava
PR
aprovisionada porque Melas não
acreditava no sítio dessa cidade;
que havia muitos doentes ; falta de
medicamentos, etc. “O general Ber-
thier, chefe do Estado Maior foi au-
torisado à fornecer ao espião uma
nota mais ou menos exacta das nos-
sas posições. |
«As informações dadas por aque-
le homem, ao qual” Bonaparte não
tinha senão que agradecer .os, rele
vantes serviços prestádos. nas. pri-
meiras campanhas, eram
tas e serviram tão bem Pr
meiro Cônsul, depois da. io “de
Marengo, me “ordenou « que en sr
se aquele homem mil luízes; é.
espião acrescentou qi bêm o
generai Melas ficara ‘contentíssimo
com as informações que: lhe fôram
dadas, tendo-o recompensado gene-
rosamente. E“isto dizendo–conclue
De Bourrienne—aquele desgraçado
nos asseverou que ‘se-despediá para
sempre de tão ue a perigos
sa Ross
ANUNCIOS:
CARREIRA DE AUTOMOVEL”
No dia-18 de Maio começou a
carreira de automovel! de. Bar ueiro
(Alvaiázere) a Paialvo e de Paialvo
a Figueiró dos Vinhos Começou a
fazer carreira a 19 de Maio, de
Paialvo á Certã e vice-versa.
Parte o-automovelíde Barqueiro
todas as terças e sextas-feiras ás 16
“horas para Paialvo. |
Parte de Paialvo todas as quartas
feiras e sabados depois do comboio
gorreio em direcção a.Certã saindo
dalt ás ;r5 horas no)
Paialvo. De Paialvo parte para Fi-
gueiró dos Vinhos ás quintas feiras
é domingos depois do comboio
correio. Preços resumidos.
Leimos, Pedro, Santos & lr.
Castanheiro do Japão
O unico que resisté à terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-
vês estragos tem produzido, nos
nossos soutos, é .castanheiro do
Japão.
O castanheiro japonez ofere-
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ta cujas vantagens são já bem
conhecidas: As experiencias teem
sido feitas não só ao norte do
nosso pais mas principalmente
em França, onde o castanheiro
foi primeiro que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
rós do Japão, dando um rendi-
mento magnífico. «7 à rz
O castanheiro japonez ha
se à venda em Casa dé Manuel
Rodrigues, – Pedrogam Grande.
ANUNCIO
Vendem-se todas as propriedades
rústicas, que pertenceram a Possi-
dónio Nunes da Silva. em Sernache
do Bomjardim. di a
uem pretender ou, desejar
EAS dirija se do s RO
Carlos de Almeida E Sily d
SERNACHE DO BOMJARDIM
“PROFESSOR DE INGLÊS
Lecciona; Traduções de inglês,
francês e espanhol.
GUARDA-LIVROS::
Escrituração comercial € agrícola.
Correspondencia.
Trata-se com F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim.
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“PULLMAN”
et “carro: modelo. ideal
E d ser troduzião- Do Dog mercado esta: soberha marca de amtomóves:
“TORPEDO MODELO 1914
gl ntiaros em dois blocos: 957/mX< 1337/0406, 5 HP a fan rotações.
Allumage: Bosch alta tensão.
Mudança de velocidades: Eléctrica Vulcan.
Húminação: Electrica Westinghouse,
Conta-kilómetros: Stewart. a
Mise-en-marche: Electrica Westinghouse.,
Roda sobrecelente, Faroes e lanterna, Busina electrica, Bomba-
a “ênche- pneumáticos. e Capota –
“Em Outros países-teem estes: carros já obtido o mais epi oa su-
agita o porque; alêm. de -suplantar todos os aperfeiçoamentos introduzidos
nos de outros fabricantes, ocupam um lugar de destaque pela’ solidez da sua
cbn ptrigças elegância, velocidade;(duração e-economia de “combustivel…
: Teem-uma- longa distância entre os eixos, baixo centro de gravidade,
todas: dargas com grandes pneumáticos, exbelente sistema: de lubrificação au-
romática e estofamento Turkish de 11”.
-A-sua-marcha-é -da-maior confiança, tanto nas suas: o: idades
nas s pelbeea estradas/ de” todagem e nas “subidas! não teem rival.
E; “alam dé todas estas vantagens, são extraordinarismente mais baratos
do que os de os Os outros carros de luxo até: ao Apr RSaRAÇES no nosso
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Mernache. do Bomjardim, O |
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– Preparado por: FRANCISCO SIMOES |
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E” muito útil nos escritórios comerciaes, govêrnos civis, administrações.
de concelho, câmaras municipais e, finalmente, em todas as repartições pú-
blicas e particulares em algumas das quais funciona; com inexcedivel êxito,
E” o único que dá tantas provas nitidas e que pode. funcioner cinco
minutos depois de ter servido, por se lhe titar a tinta com água. quente em
menos de dois minutos, Garante sc o bom Go pestipuindors Se O impor-
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“Todos « os pedidos devem. ser, dirigidos a;
“FRANCISCO SIMOES
E SL RUA DOS ERRQUENROS a Abr LISBOA |
“Agua da Foz. da Ceriá
A á eom minero-medicinal da Foz da Certá apresenta uma’ eotibasiçad?
quimica que a distingue de todas as outras até hoje uzadas na terapeutica. e
“E” empregada com segura vantagem da “Diabetes—Dispepsias =Carar-
ros gastricos, pulridos ou parasitarios ;—nas preversões digestivas deriradas
das doenças infeciosas; ;—na’ convalescença das febres graves; —nas atonisa
| gastricas dos ‘diabeticos, tuber culosos, br ighiticos, etc. io. gastr icismo “dos
* exgotados pelos excessos ou privações, etc., etc. e
Mostra a analise bateriologica que a Agua da Foz da Certã, tal toino
se encontra nas’ garrafas, deve ser considerada como microbicamente.
| pura não contendo colibacitlo, vem nenhuma das espécies patogeneas,
‘* que podem existir em aguas. Alem disso, gosa “de uma certa acção microbi-
| cida. O B. Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco tempo.
| neHa’ perdem’tódosa sua vitalidade, outros micróbios apresentam porém re-.
* sistencia maior.
A Agua dá Foz da Certã não tem gazes livres, é limpida, de sabor le..
vemente acido, muito agradavel quer bebida pura, quer misturada com.
DE POSTTO GERAL
RUA A DOS FANQUEIROS–84—LISBOA |
“”Velefone esa es É
: vinho.
: vinho.