Eco da Beira nº39 30-05-1915

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Certã, 30 de Mai

 

de:

 

ÁAROjas ate prrtsiy
Semestre…
Brazil (moeda brazil SFA

 

Babooo

Rc na 3.º e 4.º págna 2 cen-
tavos a linha ou espaço «e linha

Roads

 

 

 

DIRECTOR — ABILIO

jr

 

Publicação na CGertã ir
Redacção e administração em

SERNACHE DO BOMJARDIM

Composto e impresso na Tipografia Leiriense –

-MEIRIA…

 

 

TRISTE FIM |

|

Caiu o paro sdbreli he-
dionda comédia politia que
ha meses se vinha repesen-
tando.

O póvo republicano ‘avou
com o seu sangue a ródoa
com que à ditadura irria-
ga-Castro muncharan as
páginas da história pwrtu-
JUuesdx, ;

Viva a República!

Liquidou-de vez essa ditadva que
pelas cadeiras do, poder vgetou
cêrca de quatro meses.

Apesar de inexperiente na ooliti-
ca. já ha muito que. previranos o
triste destino dessa hediondae pe-
rigosa ditadura; hedionda pelo seus
processos; perigosa pelos seu fins,

A atmosfera asfixiante cú que
desde Janeiro se vivia; as peregui-
ções revoltantes que se faziama to-
dos os que tinham o defeih de
amar à República; as inqualificiveis
transigências para com, aquele que
mais duma vez atentaram corra a
integridade da Pátria, prepanram
êsse grandioso movimento reolu-
cionário que. explodiu em. y de
Maio.

Os ditadores, cegos aos-clanores
que de toda, a parte se erguam,
continuavam na sua senha ferg de
derrubar a República que tantosan-
gue. custara, é dispunham-se « en-
tregar. de mão beijadavo País. ês-
ses monárquicos que em.5 de Cutu-
bro não, souberam defender amo-
narguia, e que agora a queriamres-
taurar pelo preço duma traição!

So: verdadeiros cretinos poderiam
estar obcecados por, uma situação
política absolutamente insustentável.

Só quem não conhecesse a fé, o
carinho e a dedicação que o Povo
tem, pela, República poderia supor
que em Portugal seria possivel uma
restauração monárquica.

“O ditador Castro que tão miserá-
velmente se apossara das rédeas do
govêrno nos últimos dias de Janeiro
embriagado com as bajulações da-
queles que ,o cercavam, não via o
abismo que se estava cavando a
seus pés, supoz que bastava o bri-
lho. dos seus galões de general para.
sufocar os sentimentos republicanos
dum povo. Enganou-se !

As suas atitudes quixotesças só
rovocavam gargalhadas. Soluços
ouve-os tambêm mas estes eram
não de medo, mas de cólera, dessa
cólera que dignifica e faz dum pi-
gmeu um herói.

 

Enganou-se! O povo republicano
não dormia.

Espreitava simplesmente – a oca-
sião de poder castigar a ousadia im-
becil-daqueles que o queriam atrai,
çoar!

Se o senhor Castro se desse ao
trabalho de pensar um poucochinho
veria qual o fim a que estava des-
tinado. Veria que não é facil calcar
a pés juntos um povo. que. tem:o
culto da dignidade e da honra.

Veria que em Fevereiro de mil
novecentos e oito alguem que ten-
tara fazer-se dono de isto baqueara
varado .pelas balas dum revoltado.

Mas sua’ excelência no seu des-
vairamento, não pensava nestes pe-
queninos nadas.

Quem manda sou eu e… Deus
super omnia!

Quando à boca cheia se dizia que
esta. deprimente situação liquidaria
por uma tragédia ou uma revolução,
limitava-se a vestir a farda, sorria
desdenhosamente e… ia cumpri-
mentar o senhor Presidente da Re-
pública.

A cada protesto que se levantava
respondia, com uma perseguição; a
cada clamor que se erguia corres-
pondia com uma violência.

Brincou demasiado com o fogo e
queimou-se.

O Povo fez a Revolução e triun-
fou!

Tremendo aviso para aqueles que
no futuro tiverem a veleidade de
querer fazer de ditadores!

Centenas de vidas foram rouba-
das ao convívio dos seus parentes e
amigos; o sangue dos nossos irmãos
correu abundantemente, mas a Re-
pública foi salva!

A. política portuguesa entrou nu-
ma nova fase.

Gravissimas responsablidades pe-
sam neste momento sôbre todos os
republicanos sinceros.

E” nececessário fazer uma obra
de saneamento; pôr de parte todas
essas lums mesquinhas de partida-
rismo que tanto mal causaram á
primeira República e esquecer agra
vos passados.

Unamo.nos todos em volta da ban-
deira da Pátria e trabalhemos na
medida das nossas forças para o
resurgimento deste Pais tão avilta-
do por êss: aventureiro de nome Pis
menta de Castro, e, assim, teremos
satisfeitos os desejos daqueles que
não duvidaram jogar a vida para a
implantação da segunda República,
que é como quem diz, para a defe-
za da independência nacional,

 

Explicando…

Numa local do; último | número
dêste jornal: sôbre a candidatura do
sr. dr: António Vitorino, escreve-
mos “assim: «Entendemos mesmo
que cometeriamos uma indignidade,
hostilisando esta pretenção dum ve

sinho nosso:» e saiu publicado «dum
vencido nosso».

Faz sua diferença.

E para que dela não se faça ex-
ploração, o que nos contrariaria,
abrimos uma excepção a nossa nor-

ma, para fazer a explicação desta
errata, que levamos a conta da nos-
sa péssima caligrafia.

 

 

 

Ajuste de contas

Tinhamo-lo prometido, nas colu-
nas dêste jornal, com o ex-adminis-
trador dêste concelho, sr. dr. Ber-
nardo de Matos. :

Começarei hoje essa operação,
que poderia ser dolorosa, mas que
era necessária.

Seria porventura escandálosa, mas
era-uma resolução por nós tomada,
e todos os que nos conhecem sabem
bem a decisão e intransigência com
que costumâmos seguir as linhas de
proceder que a nós mesmo: traçá-
mos, doa a’ quem “doer “e sejam
quais forem as consequências.

Circunstâncias supervenientes, po-
rêm, vieram modificar a situação e
obrigar- nos a alterar a nossa’deli-
beração.

Ficará em paz o sr. dr. Bernardo
de Matos, com toda’a glória que
refulge-da sua obra.

A operação teria que revestir uma
feição pessoal, como pessoais foram
os seus propósitos e os seus actos’;
mas o directório do nosso partido
mandou banir de todo das polémi-
cas da sua imprensa as discussões
de carácter individual.

Seria certamente irritante, porque
odientas e baixas foram as inten-
ções, e a disciplina obriga-nos a evi-
tar. as paixões, de forma a poder
«unir todos os republicanos debai-
xo da mesma bandeira de deresa da
Pátria e da República».

Não é porque nós consideremos
o ex-administrador da Certã um re-
publicano.

Unionista na Certã, evolucionista
em Sernache, independente em Olei-
ros, democrático onde for | preciso,
êle é, no fundo e em toda a. parte,
um autêntico e incorrigivel: monár-
quico de genuina marca talassa.

Mas é que a circular, que noutro
lugar publicâmos, manda esquecer
agravos recebidos, e nós, pela nos-
sa situação especial temos de dar o
exemplo da obediência e da disci-
plina, por mais que ela nos contra-
rie’e por mais fundos e violentos
que tenham sido êsses agravos re-
cebidos.

E foram.

O sr. dr. Bernardo de Matos pro-
curou ferir-nos, inclemente, na nos-
sa honra e na nossa dignidade. pro-
fissional—a nós que tantas vezes de-
fendemos a sua, que nunca deixá
mos de defendêla, e porventura,
algumas vezes com alguma dificul-
dade.

Ele procurou alterar o socêgo e
a paz a uma família que para êle
teve sempre extremos de. afecto e
carinhos, que não foram compreen-
didos nem reconhecidos.

Para nos expoliar dum lugar : pa-
ra nos tirar um mísero emprêgo pú-
blico, a nós que alguns passos de-
mos: para lhe conservar o seu, em
momentos de aflição.

Porque não o elegemos vereador
da Câmara dêste concelho !

A que misérias obrigam as pai-
xões da vida!

Fique, pois, em socêgo e de vêr
liquidada toda a obra do ex-admi-
nistrador dêste concelho, nas suas
referências à nossa individualidade
profissional e política, e o seu autor

 

 

no serêno gõzo. de prazer da sua
obra de perseguição e desvario.

E para que o seu prazer seja
maior e completo, nós lhe confessa-
remos aqui que, tendo sido.o seu
propósito. ferir-nos; o conseguiu; pe-
la mágoa de desilusões que “trouxe
à nossa afeição sincera e dedicadas

A nós não nos: ficam. ódios; nem
reservas, e sómente o desânimo por
mais esta decepção: na, caminhada
da vida; mas dêle nos consolâmos
com a consciência. segura de nem
uma só vez termos traido;.os, deve:
res duma amisade, que não era cal-
culada nem mentida, para com um
homem que em desvarios dum vão
e fugaz poderio, a quebrou, tentan-
do esfrangalhar-nus à dignidade e o
nome !

ê

cisne
Alves Froes

Ra

Este nosso. prestante corréligio-
nário vem, de afirmar mais uma vez
o seu carinhoso: amor pela, Repúbli-
cae a sua incondicional dedicação
pelo Parudo Republicano Português,
que o considera um dos-seus mais
valiosos membros e o encontra sem-
pre no seu posto de combate, nas
horas de luta e em transes de difi-
culdade.

Alves Froes é dos que não faliama
nem desertam!

Sabendo que o cofre do seu par-
tido estava exausto, ao cabo desta
longa luta contra a ditadura, e por
ventura mal habilitado para a cam-
panha eleitoral em que está lançado
espontancamente enviou ao jdiretó-
rio o importante donativo de 1:000
escudos, acompanhando esta gene-
rosa. oferta duma. vibrante. carta
que é, ao mesmo tempo, a afirma-
ção patriótica da sua dedicação par-
tidária e a revelação: duma alma
sincera e boa.

A sua oferta é extremamente ge:
nerosa, mas as palavras da:sua car-
ta não são menos valiosas nem me-
nos apreciáveis

Este belo gesto do nosso. presa-
do: correligionário é um acto bem
digno “de registo, como manifesta-
ção da vida, da energia e da abne-
gação dêsse partido, no qual, nas
horas do perigo e luta, cada solda-
do é um combatente, cada um no
seu campo, com o seu: esforço e
com as suas armas.

Alve Froes lá esteve no seu, nes-
te movimento revolucionário, e não
foi dos que à República menor ser-
viço prestou nem dos que afirmou
menos amor pela liberdade-e dedi-
cação pelo seu partido, em que, le-
giumamente, tem um lugar de des-
taque,

Releve-nos a sua modéstia que
nós revelemos êste facto.

Actos. desta natureza não poda
ficar no olvido.

Deixariam mesmo de produzir
todos os seus efeitos.

Uma vez praticados deixam de
ser uma reserva do seu autor; ficam
sendo um caso público duma cole-
tividade que tem de registal-o como
uma “afirmação da sua vida e da
sua fôrça.

 

Certã,

EAST. Adrião David

 

 

 

 

 

 

 

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D. ANA COSTA
Faleceu em Lisb: tan 8:
senhora, mãe dos ser

 

 

se!
para Ceia, onde ficou depositado
em jazigo de família.

 

O*seu funeral naquela vilave io”

cortejo em Lisboa transportando Os

restos mortais para a estação doca-..

minho; de. ferro constituíram, duas
imponentes manifestações de homê-
nagem:à ilustre-senhora e de consi-

deração para seus-filhos..

 

 

– À êles o Eco da Beira envia as
suasisinceras-condolências.. «sun

 

ea
Partido Republicano Português

O Directório’ do Partido Republi-
cano Português fez expedir a séguin-
té circular, cuja leitura ‘é observân-
cia” nós recomendâmos a tódos os
bons republicanos dêste distrito, co-
mo ‘nela é reclamado. Por nossa par-
te, observâmos, como nós cumpre, to- .
das as suás recomendações na orien-.
ração déstejornato tita! sor 06 EE

“Segue a circular:
ai lustre-cidadão

O Directório do, Partido Republi-

cano Português chama a atenção de

“todos os seus correligionários para

a gravidade da-hora presente.

É” necessário que todos patenteiem
os seus principios democráticos, não
perseguindo | republie os, qualquer
que seja à sua côr partidária.

Esqueçam agravos recebidos, lem-
brándo-se sempre de que’a Repúbli-
ca’ carece da união de todos os re-
publicanos. -As’ perseguições deson-
ramos principios é os homens que
as exercem. Es

‘A Revolução não se fez para pet-
seguir republicanos mas sómente pa-
rarestituir à República a normali-
dade da Sua vida’constitucional é pa-
ra unir todos os republicanos debai-
xo da mesma bandeira de defesa d
Patriá é da Republica oo

“O Directório reprova’com veemên-
cia quaisquer perseguições feitas pe”
los: seus córreligionários, qualquer
que -séja a razão em que pretendam
justificá-las. : a
“”Ataquem princípios mas não ho-
mens.

“Muitos – revoltcionários – tihham
agravos de perseguições que lhes fô-
ram’feitas e, no entânto, esqueceram
para únicamente exigirem de todos
arunião ea Concórdia. Por êsté mo-
tivo quiseram a constituição dum go-
vêrno nacional’que faça única e sim-
plesmente política republicana:

A natureza: do govêrno impõe a
nomiação de autoridades “adiminis-
trativas: de” todos’ os partidose da
maneira que entre os três-pártidos
fôr acordado por intermédio dos seus
representantes no Ministério. >

O Directório soliciita-de todos os
seus ‘correligionários que auxiliem
em tudo os bons deséjos do govêr-
no nosentido de apaziguar paixões
e de criar a tranquilidade ea boa
harmonia entre os partidos. -*

Saúde é Fraternidade.

 

 

“ Lisboa, 19 de Maio de 1915.
“O Secretário do Directório:

Luis Filipe da Mata.

 

DE Te
rá Soa E
Rare je ;

Presidente da República
“Em mensagem que enviou à pre-
sidência do Senado, o sr. Manuel
de Arriaga renunciou ao: exercício
do seu «mandato. O oficio era redi-
gido em termos incorrectos, motivo

porque não foi lido ao Congresso.
Talis vita finis ita!

nhores dr. Afon-
so Costa e Artur Costa. E
seu cadáver foi transportado

 

A grande puria

Transerevemos do nosso
colega, de Lisboa, o «Povo:»

= Do editorial da Luta de hoje, fir-
mado pelo sr. Brito Camacho, trans-
crevemos os seguintes excertos, a

que nos permitimos pôr titulos elu- |

cidativos, nos quais se confirma
plenamente a existência da cabala
“tramada contra, o Partido Republi-

“gano–Português, inixta colaboração

“do governo e dos partidos:

O que o se. Camacho queria .

«A situação que o democratismo

– se fez no Estado, mercê;de circuns- :
– tancias várias, algumas delas pura-
* mente fortuitas, deu-lhe o valimen-
»eto político que -tem,-e-que certamen-

te-não perderá emquanto conservar

aquela situação. Sem violências que

 

fossemysaté à perseguição ;-exercen-
do o Poder no sentido de o libertar
da influência dum partido que se
propunha monopolizál-o, O. sr. ne
menta dé Castro teria facilmente
reduzido o democratismo as suas
forças próprias, que podendo talvez
set” maiores que as dos outros par-
tidos, não chegariam para O tornar
onipotente. . e

 

Os meios para atingir os fins

“Tinhamos aceitado à: proposta
duma lista; conjunta, entrando nela
candidatos: da: União, evolucionistas
e-independentes,: constituindo estes
o grupo: do: govêrno..-Nunca pedi-
mos – deputados, mas sempre disse-
mos: ao sr.. presidente; do ministé:
rio ique- entrando numa: lista-conjun-
ta, não aceitariamos para onosso
partido. uma situação de inferiori-
dade.: Se o governo queria assegu-
rar-se uma maioria, desnecessária
era; a lista conjunta, nem os parti-
dos a aceitariam, visto ela lhes; não
oferecer vantagens,

De como o gado lhe saiu
mosqueiro

A última vez que falâmos com o
sr; Pimenta” de Castro ‘s. ex.* pro-
poz-nos que delegados da União,
delegados do partido evolucionista
é’ delegados do govêrno se juntas-
sem em conferência, presidida pelo
sr. “ministro “do interior, e aí se li
quidasse a questão da lista-conjun-
ta. Nessá-cónferência, de qué demos
conta! aos nossos leitores, os dele-
gados da União pretenderam que
à representação dos partidos fosse
tal, que sempre houvesse a possibi-
lidade deles governarem, podendo
tambêm governar” qualquer deles
com os independentes. O st:’minis-
tro dó interior, sem razões, sem ar-
guimentos, disse que o govêrno apre-
sentava 606 candidatos; os delégados
evolucionistas disseram que ó seu
partido apresentaria 58; e o-sr. Ma-
chado Santos contêntava-se com cin-
co reformistas.» e

Eis em três capitulos, a história
da’burla que se premeditava contrá
o Partido Republicano Português,

“fielmente reproduzida pelo sr; Bri-
to Camacho, que’ persiste em’ser o
cronista, o autentico Fernão Lopes
das infâmias que ó pimentismo fez
e arquitetou. a

SEE

AE
“REZA DOCE»

“Eleições
As eleições foram adiadas para

o dia 13 de Junho.
O dia de Santo Antonio !

: ie ia a
«2 Se Mi
PISA
i DELE, L4+ ES

O caluniador-é um vampiro cruel
que suga o sangue das suas vítimas,
com uma diferença porêm: as feri-
das da mordedura do vampiro teem,
cura, as da calunia são incuráveis.

Outra circunstância; o vampiro
da-se a conhecer e com fucilidade O
afugentâmos. – O: calumiador como
reconhecido, oculta-se: sôb o titulo
de amigo e… admirador.

E, de Almeida: |

Moção Alexandre Braga
Por ser um documento histórico.

* lunas dêste semanário, publicâmos.
em seguida a moção que o sr. Ale:
xandre Braga apresentou, e a Câ-‘

“mara dos deputados aprovou em

sua sessão de 27 do corrente:

Considerando que o movimento de
r4 de Maio corrente, caracterisada-
mente -nacional-e alheio a quaisquer

“Antuitos de partidarismo político, de-
finiu a aspiração e vontade do pais
por forma a libertar a vida da Re-

| pública das passadas hesitações e m-

certezas que por vezes perturbaram
“a sua existência política; conside:
rando que o mesmo movimento, res:
tabelecendo: pela inevitárel impos!-
— ção da fôrca a normalidade-consti-
tucional, visou a afirmar o intangi-
pel wespeilo-do.diresto-fundamental

tentábivas-de atentados similare
praticado pelo govêrno ditatorial,
que capitulou e foi destituído pelas…
fórcas militares e civis, defensoras
da pureza e intangibilidade do nos-
so regime parlamentar; consideran-
do que a aspiração insofismável.e a
intenção expressamente afirmada pe:
los vencedores da ditadura traduz-
ram a vontade da nação inequivoca-
mente expressa nas manifestações de
entustástico regostjo com que fot
acolhida a queda do govérno tran-
sacto, quando formularam em nome
da segurança e da prosperidade da
República a imperativa exigência
de que terminassem de vez as dipi-
sões e incompatibilidades artifictais
que teem ameacado separar a nação
republicana, enfragiecendo conse-
gientemente as suas energias de pro-
ducão e trabalho ; considerando que
a aspiração do movimento de 14 de
éMaio visa essencialmente à assegu
rar pela untão de todos os patrio-
tas, sem distinção de nenhum par
tido, uma futura e eficaz defesa do
regime de cuja subsistência hoje de-
pente a própria inlependência e in-
tegridade da Pátria:

A Câmara dos deputados da na-
cão portuguesa, saidando o exérci-
to, a marinha e o povo, que tão he:
roica e nobremente se bateram pela
defesa da liberdate e do direito,
expressa o firme desígnio de reali-
zar integralmente as aspirações for-
muladas pelo movimento constitucio-
nal fazendo uma eficaz e vigilante
defesa do regime, promovendo a har-
monia de todas as fórcças republica-
nas, para o que desde já convida o
govérno a apresentar na primeira
reúnião do Congresso uma propos-
ta de amnistia para crimes politi-
cos provocados pela ditadura, bem
como para-os crimes sociais vu quais-
quer outros que julgue conveniente
ammistiar e assegurando igualmen-
te a integridade do nosso território
e o exacto cumprimento de todos os
deveres contraídos para com a na-
ção nossa aliada — Alexandre Braga,

| capa.
Os boateiros

DT mim

Dizem-nos de Sernache que entre,
osS cidadãos que ali se ertreteem a
difamar a República e a contra ela
propalar boatos de desissocêgo é
descrédito, se distingue um cava-
lheiro de prendas mui conhecidas.
“ Já-há tempos neste mismo lugar
nós prévenimos os consjicuos cava-
lheiros e respeitáveis catastras, de
que isto viria a muda, porque a
República, se queria lefender-se,
não poderia tolerar o discrédito da
matulagem. | e

E mudou; com: muitosangue é a
perda de muita vida.

Certamente não foi pira tudo fi-
car na-mesma.

Resta à autoridade” aiministrati-:
va fazer compreender assa genti-
nha qual foi o carácter, a feição e
vontade da revolução de-14 de Maio:

 

“Em breves dias deve reunir o:

 

e para que fique arquivado nas co=

= é f : :
da nã do, de maneira a impossibili…
tar para todo o sempre quaisquer .

sds

Congresso e dêle devem sair algu-
«mas medidas explicativas” do acto
revolucionário…

Entretanto, o sr. administrador
do concelho tem já nas leis existen-
tes meios de defender a República.
A lei contra os boateiros já é muito
aproveitável, o

O boate: desta semana era o de

| uma nova revolução prestes a“re-

bentar.
O sr. administrador do concelho
-manda-chimar o capataz do bando
“e mais a mulher à administração do
concelho, para” saber de onde-lhe
veio a notícia, e’a seguir outros e
outras, que por aí andam-a abusar
do estado, do sexo-e da… lingua.
No fim de meia dúzia de dias po-
dia pô-lo: em liberdade, que devem
“estar maisos e’mansas é térão, sem
dúvida, tessado essas campanhas
de difamação : mas para que a lição
“seja dumdoira, mande-os a autori-
Fdadé administrativa para juizô, para
liquidação de contas,
– Bem pode ser que, entrejos tais
boateiro haja funcionários em ser-
viço ou aposentados, aos quais a
»er;-se lem nos recorda, manda fa-
zer ums contas especiais…
Já qu essa gente não tem. vergo-
nha nen juízo, tenhamos nós todos
a energa e coragem necessária para
defenda a’ República. Seja contra
quem fir. Cod
vParee que isto que é dêles.(»
-Masnão é. Nem será. E é pre-
o faer uma demonstração práti-
Grs Roe

 

 

Ex

 

 

Eraao caír da tarde, uma tarde
de Deembro, húmida é fria,
“O ol, havia pouco, sepultara os
seus jálidos raios no afogueado ho-
risont, e a lua, merencória, uma lua
de inerno, começára a bruxulear, na
vastido imensa do firmamento.
“Já então, ao longe, resoando pe-
las aebradas, num crescente mo-
nótop, sé distinguia o canto das raí
parigs, que, alegres, a gargantear
amors, voltavam da azeitona. E a
aldei, rescendendo um bucolismo to-
do vigiliaco, elevava às auras.os va-
pores subtilíssimos- da ceia fume-
gante Gana =
“Senão fôra uma aragemsita fria
fazemos, por vezes, tiritar, dir-se-ia
de fimavera, extraviada em pleno
inveno essa tarde de Dezembro, du-
ma pesia melancólicamente bela.
Prssurosa, tanto quanto lho per-
mitim as suas débeis, descarnadas
pernias, a Triste, a deixar vêr, por
entre os rasgões dos farrapos, que
mala cobriam, o corpinho magro,
esqulético, sorria estendendo a mão
acadade Cc
– ATriste era uma engeitadihha de
onz ‘anos, dez, talvez, que, desde
tenpos, “corria a aldeia obsecrando
um esmola: = o Fa
Tinguêm conhecera os pais da
crilhcita. Aos que lhe perguntavam
setinha mãe, onde nascera, res-
pandia invariávelmente, duma inge-
niidade casta, abrindo desmesura-
dimente os olhos: que não tinha
nãe; que correra sempre as aldeias
e os vales, mendigando o pão!
No lugar onde, havia tempo, apa-
| recera, Chamaram-lhe a Triste. E
não podia Ser mais adequada a an-
tonomasia :-com um rostosinho óh-
de fulguravam ‘uns olhos azues, mei-
gos e lindos, emoldurados por duas
sobrancelhas negras, de cinzeladura
grega; longos é bastos os cílios: de
cabelos, como o ébano, ao vento;
estereotipado nos lábios, sempre, um
sorriso de candura, pálido, encarna-
va, de feito, a pequénita uma das
criações do místico Lamartine.
Espirito genialmente-inconfundi-
vel, entre as almas as mais acriso-
ladas no cadinho da existência, o da
lourita tinharuns como angelicais àr-
roubamentos; que davam à mísera
criatura um cunho supernatural. E
assim, ela só parecia fadada para a
supérrima vída nos páramos:inson-
‘ dáveis e absconditos onde, a flux, sende, a flux, se

 

@@@ 3 @@@

 

bebe à-luz ideal do Infinito…
“ Implorava à sorrir
a ‘viu retirar dos lábios, ao negar-se-
lhe uma esmola, aquele-sorriso de
candura;-pálido. Sorria sempre!.
“Naquele-dia, O fri»-glacial a cor-
tat-lhe a face, vinha mais mirrada a
Triste..Nem uma alma caridosa a
matar-lhe a”fome. Todo um dia se
passára, e outro, sem que, na sua
boquita, entrasse, sequer, uma sopa
dEro. ii

Does ct rieoaad dado a

O último a quem pedira, um se-
nhor simpático de barbas brancas a
flutuar, que raro 4 não acariciava
beijando-a e metendo-lhe nas mãosi-
tas.o óbulo da caridade, naquele dia,
astago, nada! ;

Então humedeceram-se-lhe de lá-
grimas os olhos azues, meigos e lin-
dos; e à sorrir sempre, fugiu numa
carreira doida, vertiginosa…

|

A temperatura descia considerá-
velmente.

“Ao longe, no espaço azul, viam-se
já: balançar-se,: lembrando danças

 

 

 

macabras, nuvens de arminhosque a.

breve trecho se condensavam, indo,
plúmbeas, observar a luz mortiça do

plénilineo, E! blocos de neve calam,

calam, nas vielas solitárias da al-
deja, nos prados sem flôres do lugar.

de manhãsinha, atrifulgente, O
sol a espreguiçar-se nas colinas; co-
bertos–de -niveo-lençol.os campos e
às varzeas; dois homens traziam nos
braços, desbotada, hirta, a sorrir, a
Triste, que encontraram boiando
num chafco; morta…

Que as flóres êm em plena
primavera; “açoitadas no caule por
frígida aragem, estiolam e tombam
e somem-se no pó da terra dispersas
pela ventania… ]

Armando Vale.

“Tivemos. O prazer de abraçar nes-
ta redácção o nosso amigo Acácio
Ribeiro, distinto aluno da faculdade
de medicina da Universidade de
Coimbra, que ao Castelo veio, pas-
sar alguns dias com seus pais.

 

 

 

Campesina

O” moças da minha aldeia
Cantai, cantai ao luar

Que em noites de lua cheia
Andam segredos no ar.

Asvossas trovas antigas
Fazem vibrar corações:
Cantai, cantai, raparigas,
Que eu gosto dessas canções.

Sôbreso:chão liso das eiras
Não deyereis. esquecer

As vossas danças ligeiras
Capazes de endoidecer.

As vossas francas risadas
Fazem-me esquecer agora
As minhas culpas passadas, *
Os meus delírios doutrora.

Vossos olhos traiçoeiros
Dão punhaladas mortais,

— Tão negros, tão feiticeiros
Não sei eu doutros iguais.

As vossas compridas tranças

Da côr do luto pesado,

Haveis de dar-mas, crianças,
–Para.eu ser amortalhado,

Os vossos lábios vermelhos,
Cofres d’ocultos desejos,
São sagrados evangelhos .
Onde eu daria mil beijos.

Abandonai os cuidados,

Vinde pará os arvóredos
“DiZér-me ós-vossos pecados
Contar-me os vossos segredos.

Dou-vos, filhas; um, rosário
Feitodas sentidas dôres

Que guardo nêste sacrário
Dos-meus perdidosamôres,

E quando nas cumiadas

O solnos der-os+bons dias
Vamos p’ra as nossas moradas
Encastelar fantasias.

Miranda de Vascancelos

jámais alguêm

 

ECO DA BEIRA

Questionário curioso

— Qual é a frueta melhor para as
creanças de peito?

— À maçã (ama sá).

—Porque é que os empregados
do telegrafo elétrico: devem “ser
muito engraçados ?

—Porque teem pilhas de graça.

> Quais .são os homens que-se
podem. desarmar”com unia-chave
de parafusos?

—Os deputados, porque são ho-
mens eleitos (homens é leitos).

—Em que se parece um juiz com
um médico ?

Em matar com pena sem ter
pena de matar.

—Quando é que um baixo (can-
tor) se parece com um cosinheiro.?

— Quando nos dá um bom ré cheio.

— Quais são os pés que levantam
mais poeira ? ,

— São os pés de vento. A

—E os que mais nos embaçam ?

—São os pés de cantíga. Ê

=-E os mais quentes?

—São- os: pés de lã

—E;os que nos seduzem?

—Os pés de mulher.

—E os que nós comemos e te-
mos-na cara? | Ê

—Os pés de galinha.

—E os que servem para as mesas?

—Os pés de galo. i

Peixes músicos po

O lago Battialoa, no Ceylão, gosa
do privilégio, por assim dizer exciu-
sivo, de albergar nas suas águas pei-
xes músicos. Os sons emitidos por
êsses animais são tão suaves e me-
lodiosos como os que se tirariam de
uma série-de-harpas eólias. Cruzan-
do o lago num bote, podem-se ouvir
fácilmente os referidos sons harmo-
niosos, Os quais se tornam mais rui-
dosos e mais fortes em se deixando
cair um remo na água. ç

O fabricante Singer

Uma das maiores fortunas do
mundo é a deixada por mr: Singer,
o grande industrial inventor e fabri-
cante das célebres e conhecidas má-
quinas de costura:

A fortuna deixada por mr. Singer
atinge, ào câmbio actual, a enorme
soma de 42:000′ contos |

Foram seus herdeiros a viuva e
filhos.

Esta fortuna foi toda feita na fa-
bricação e venda das ditas máqui-
nas, que êle levou a um aperfeiçoa-
mento de maquinismos é trabalhos
que as- coloca acima de quaisquer
outras. j

Foi mr. Singer que estabeleceu o
princípio de vênder directamente ao
público simplesmente por intermé-
dio dos seus agentes é empregados
e sem-o concurso das casas comis-
sárias, o que lhe permite vender
sempre mais barato que qualquer
outro fabricante.

O beijo na Russia

Durante a Semana Santa o beijo
é uma saudação geral na Russia.

Os individuos de uma família
beijam-se e ao serem apresentados
a outras pessoas. EA

Os patrões beijam ós:seus empre-
gados; o general beija Os seus ofi-

“ciaes, os oficiaes os soldados; o

czar a sua família, as pessoas da
côrte, até os seus Oficiais em revis-
ta pública, recebem esta saudação
imperial.

outras partes o camponez mais
pobre, encontrando-se na rua com
uma senhora de alta aristocracia, só
tem a pronunciar as palavras: «Je-
sus Christo ou o senhor resuscitou»,
e receberá um beijo; ajuntando a
resposta: «assim é certo, resusci-
tou».

o Sagrado Colégio

Até ‘ao ano de 1455 0 Sacro Co:
légio compunha-se de vinte e cinco
cardeais, número estabelecido pelo
papa S. Evaristo, que foi tambem o
primeiro pontifice que lhe deu o ti-

tulo de cardeais, pois antes o tinham

 

apenas de presbyteros e diaconos
de Roma, como consta do concilio
de Nicea, celebrado no pontificado
de S. Silvestre:

Calixto III foi o primeiro que
aumentou “o numero, fixado por S.
Evaristo, creando mais um. Depois
Sixto “IV, creou outro; Leão X,
mais onze; Julio III, mais três; Pau-
lo IV, um; Pio IV, outro; S. Pio V,
três; Leão XI, de uma só vez, trin-
ta e um; “até que, finalmente, Sixto
V, por sua bula, de 3 de dezembro
de 1586, determinou que o Sacro
Colegio se compozesse de setenta
cardeais, repartidos em três ordens
a saber: seis cardeais-bispos; cin-
cõenta cardeais-presbiteros e: ca-
torze cardeais-diaconos.

Como as mulheres ca-
sam na Noruega

Na. Noruega, nenhuma mulher
pode – contrair casamento sem que
esteja munida dum diploma pelo
qual prove que pode vir a ser uma
boa dona de casa, atestando por êle
que. sabe coser, fazer crochet, fiar
e cosinhar,

O tempo que um sapo
vive sem comer

Eis os resultados que um natura-
listafrancês, ‘ Margelidet, publicou
sôbre o assunto.

Numa cavidade feita-numa -enor-
me pedra meteu um. sapo, tapando
em seguida a abertura da mesma
cavidade com cimento-impermeável.

Cinco anos depois, dia por dia,
partiu a pedra no Museu de Histó-
ria Natural de Paris, na presença
de vários professores, e verificou-
se que o sapo estava vivo e são em
bora adormecido. Posto em liber-
dade, não mostrou pressa em ali-
mentar-se.

Gato escaldado de agua fria
tem medo

Dá-se como origem dêste anexim
a setims velha anecdota :

«Um padre muito amigo de gatos,
tinha por costume rodear-se dêles à
sua pequena mesa de jantar e dar-
lhes de comer, de maneira que as
sobras eram bem poucas para o po-
bre-sacristão que o servia; tambêm
usava o bom do padre aspergir de
água benta as comidas, participan-
do os gatos da aspersão.

Um dia em que o padre teve de
ir prégar a uma freguesia próxima,
ficou o criado, sacristão em casa, e
antes de ir-para a mesa de jantar,
mergulhou o hissope em água a fer-
ver, ‘e esperou os gatos: Vieram êles
logo que lhes deu o cheiro da co-
mida e o criado aspergiu-os então
fortemente-a “valer, fugindo em de-
bandada toda a gataria.

No dia seguinte,-quando o padre
se dispoz a jantar, vieram os gatos
rodeá-lo, mas assim que o viram
pegar no hissope, pernas para que
te quero! Saltam por cima da ne-
sa, a Íugir, quebrando pratos, terri-
nas, é fazendo um estardalhaço de
mil diabos!

Espantado, o padre pergunta ao
criado a razão do caso:

—Meu senhor, disse êle — é que
gato escaldado, de água fria tem

medo.
esSRRa Esto
O sapo, amigo do lavrador

O elogio dêste horrendo batráquio

está feito de há muto; mas nunca É

será de mais ins stir nos bons ser
viços que lhe devemos. ‘ f

Muitos camponezes o sabem e se
absteem de o maltratar; mas ne-
nhum terá itido;a pachorra’ de ccal-
cular os ben fícios que resultam da
presença de um sapo numa horta.

O sapo é um animal de extraor-
dinária xoracidade. Alimenta-se de
caracois, lesmas, larv.s de toda a
espécie, moscas, pequenos roedores,
aranhas, minhocas, comendo-os em
quantidades ‘assombrosas’!

Um sapo de pêso de 50 gramas
póde comer uma ninhada de ratos
de campo ou uns vinte metros de

 

lombrigas da terra. Póde, alem dis-
so, comer diariamente alimento equi-
valente a metade do próprio pêso!

Um naturalista francês verificou
que o sapo. púde devorar perfeita-
mente cincoenta e dois mosquitos
dos pantanos, o que não consegue
certamente o mais destro. funcioná-
rio de saude.

Protejam, pois, o sapo!

ANUNCIOS

CARREIRA DE AUTOMOVEL

No. dia 18 de Maio «começou a
carreira de automovel de Barqueiro
(Alvaiázere) a Paialvo « de Paialvo
a Figueiró dos Vinhos Começou a
fazer carreira à 19 de’Maio, de
Paialvo á Certã e vice-versa…

Parte o abtomovel dé Barqueiro
todas as terças e sextas-feiras ás 16
horas para Paialvo. : :

Parte de Paialvo todas as quartas
feiras e sabados depois do combóio
correio em direcção a Certãsaindo
dali ás 15 horas novamente para
Paialvo. De Paialvo parte para Fi-
gueiró dos Vinhos ás quintas feiras
e domingos depois do “comboio
correio: Preços resumidos; / 4023

“Lemos, Pedro, Santos & C.*

Castanheiro do Japão

O unico qué resiste 4 terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
nossos soútos, é Castanheiro do
Japão. ;

* O castanheiro japonez ofere-
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tém oferecido no
caso da: doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não só ao norte do
nosso pais mas principalmente
em-França, onde o castanheiro
foi primeiro que .em. Portugal
atacado pela filoxera,’e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando um rendi-
mento magnifico.

O custanheiro japonez acha-
se à venda em casa de Manuel
Rodrigues, Pedrogam Grande.

 

 

 

Vendem-se todas as propriedades
rústicas, que pertenceram a Possi-
dónio Nunes da Silva, em Sernache
do Bomjardim.

Quem pretender ou desejar es
clarecimentos, dirija-se ao sr. João
Carlos d: Almeida e Silva, de

SERNACHE DO BOMJARDIM

 

PROPESSOR DE INGLES
Lecciona. Traduções de inglês,
francês e espanhol.

GUARDA-LIVROS

Escrituração comercial e agricola.

Correspondencia. gi :
Trata-se com F. Tedeschi

nache do Bomjardim. – –

= Cândido da Silva Teixeira

 

K

 

»

 

SERMACHE DO BONJARDIM

Interessante monografia de pro-
fundas investigações históricas, ilus-
trada com excelentes gravuras…

Obra dividida em 11 capítulos,
com um prólogo e notas curiosas.

1 volume de 378 páginas
Preço 850.50.

 

@@@ 4 @@@

 

ECO DA BEIRA

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Mudança de velocidades: Electrica Vulcan,
luminação: Electrica Westinghouse,

Conta-kilómetros: Stewart. |
Mise-en-marche: Electrica. Westinghouse, Ê

– Roda sobrecelente, Faroes e lanterna, Busina aplectrica, Bomba-

*“enche- pneumáticos e Capota

– Bm « outros países teem estes carros já obtido o mais od su-
cesso, porque, alêm de suplantar todos os aperfeiçoamentos” introduzidos
nos de outros fabricantes, ocupam um lugar de destaque Beta”solidez-da sua
construção, elegância, velocidade, duração e economia de “combustivel.

– Teem uma, longa distância entre os eixos, baixo centro de gravidade,
todas largas. com grandes pneumáticos, excelente sistema de lubrificação au-
romática e estofamento Turkish de 11”.

-A sua marcha é da maior confiança, tanto has tuas das cidades, como
nas; peiores, estradas de rodagem e nas “subidas não teem rival.

ado,s alâm de todas estas vantagens, são ‘extráordinariamente mais Barátés
do que os de todos os outros carros de luxo até hoje Ee no nosso
mercado. .

 

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ass sa eae FANQUEIROS, 238 — —LISBOA

“Agua. da: Foz da Certã,

 

E a minero- Pa da Fox da Ce tã apresenta uma ntlção
quimica que a distingue de todas-as outras até hoje uzadas na terapeutica,
Er, empregada com segura vantagem da Diabetes— Dispepsias— Catar,
ros gastricos, pulridos ou parasitarios;—nas prever sões digestinas derivadas
das doenças, infeciosas ;—na convalescença das febres. gr ques ; —nas, atonisa
gastr icas dos diabeticos, tuberculosos, br ighticos, etc.,—no gastricismo dos
exgotados pelos excessos ou privações, etc , etc.
ostra a analise bateriologica que a Agua da Foz da Certã, lo como
se encontra nas garrafas, deve: ser considerada como, -microbicamente
pura não contendo. colibacitlo, nem nenhuma das especies patogeneas
que, podem existir em aguas. Alem disso, gosa de uma certa acção microbi-
cida O B. Tifico, Difeterico. e Vibrão colerico, em póuco tempo
nella perdem todos a sua vitalidade, outros microbios dnsaerdh o posse: re-
sistencia major.
A Agua da Fox da Cortã não tem gazes livres, é limpida, de sabor le

– vemente acido, muito agradavel quer bebida pura, Nuer mo com

vinho..

DEPOSITO GERAL

RUA DOS FANQUEIROS— —84—LISBOA
“Telefone eis

Ea
4,elefone eis

Ea
4,

 

@@@ 5 @@@

 

Ex.”mº Sr. Adrião David

 

“POLIT’

 

 

 

 

: ; | na ed “ Certã, é de Junho de 1915 PERA o ao a
da a al PMORIEDIDE” o CENTRO REPU BLICANO Démocnarico alega Rana DRDS du
Semestres b. inca nasg. casu mo É o sa 8 s’Redae administração em
Brazil (moeda: di sfeidna, Ç Saodo d freio e pihde DOR – -ABILIO MARÇAL. Igt:S SERNACHE. no, BOMJARDIM :
! : E PEA y “ Compos gstáie impre 6d n a Tipo grai pátia Leiri ns:

 

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tavos a linha ou espaço: dedin sa E E a & em ALBER TO RIBEIRO | a LERRTA :

E Pr

 

 

 

oróuio E E: CASTELO BRANCO

Para senadores:
r. José e Castro

Ro e presidente Er ministério d , ap pes : bio 4 emana

“Francisco. Esteves de Pina Lopes

“ao dio o é Gapitio do exército | ana ata CE
Para deputados: e |

ed a Gastão Comil Mendes

“Mavogado e reitor do liceu de, s. aiiconiei de Lishoa E

 

“Dr. E bio Corte: dá ilva: Marçal.

“Rdiogado e director do Colégio das Missões Ultramarinas ee

dia urna a pelos candidatos d do Partido Republicano Português Português

 

@@@ 6 @@@

 

ECO DA BEIRA ,

Aos meus patrícios:

“As comissões políticas do Partido
Republicano Portúguês nêste distri-
to deram-me a honra de, por unâni-
midade, votarem o meu nome para
candidato a deputado por êste circu-

“on. sra próxima eleição de 13
do corrente.

O Directório sancionou essa esco-
lha e proclamou a minha candidatu-
ra.

Sou, pois, um candidato do Por-
tido Republicano Português.

Pela pr i

já não mui curta, me encontro peran-
te um corpo eleitoral solicitando os
seus sufrágios.,

MA ter lhes aminha apresen-
tação, não: Ra fazer programas, que
eu não tenho programa próprio, mas
para com os meus eleitores e dar-
lhes a garantia e fazer-lhes a afirma-
ção que cumprirei o do meu partido,
que outro não posso ter, com zêlo
e lialdade. 2 é a sa

Mas, antes, úero fazer Uma
apresentação. especial — aos meus
conterrâneos. é j

Devo-lhes esta manifestação de
carinhoso afecto—devo-a a mim mes-
mo. i

Para com êles trocar impressões
sôbre as necessidades desta região e
unílos na mesma e comum aspira-
ção de satisfazê-las.

Sou republicano.

Hide Sempre servir e defender
a Repúbliéa com lialdade e com de-

 

 

 

 

«dicação, com fé-e honstidadeé a se- *

gura confiança, que no meu espírito
se radicou, de que só ela pode fazer
a regeneração e o resurgimento da
Pátria Portuguesa !

Julgo impossível o restabel
to do velho regime : julgo f
veis mesmo novas tentativ
de restauração monárquica.

A rialêza caiu, abandonada, ver
gando ao pêso dos seus erros e dos
seus crimes : não deixou defensores.

Umas tentativas de visionários, de
mistura com gente suspeita, que se
vinham fazendo periódicamente e
em exibições grotescas, liquidaram
miserávelmente-com a revolução de
14 de Maio, gesto audacioso e subli-
me dum povo que quer viver honra-
damente no respeito da Lei e no cul-
to da Liberdade.

O conchavo desonroso dos parti-
dos unionista e evolucionista para
cobrirem a ditadura dessa quadrilha
de bandidos, violando, dentro da Re-
pública, uma constituição que êles
próprios votaram, teve a bela e ime
diata consequência de provocar essa
memorável reacção, em que o povo
português afitfmoú, por fórma deci-
dida e viólenta, que ‘quer viver com
honra e no respeito dó mundo inteiro.

A República é hoje o regime con-
solidado e indestrutível do pais: e só
ela é a garantia da independência e
da integridade da Pátria.

Uma nova convulsão política, uma
tentativa mais de mudança de regi-
me seria irremediávelmente a perda
da pátria portuguesa como nação li-
vre e independênte, e, eu quero, aci-
ma de tudo, ser português

Não tenhâmos ilusões!

E” por isso que eu hei de defen-
der sempre a Republica não só com
à dedicação e lialdade, dum bom re-
publicano mas tambêm com a ânciá e
o entusiasmo de quem reconhece que
só ela pode garantir e realizar a mi-

 

 

nha mais nobre, mais quente e vi-

brante aspiração de cidadão portu-
guês—ser livre e independente !

Soldado obscuro dum partido po-
lítico, de largas e gloriosas tradições
e de incontestáveis serviços à Pátria,
eu set’vilo-hei com .o..carinho e a
abnegação:que’me náSceram da con-
vicção em mim feita, de que êle é a
única fôrça apreciável da República,
a única que a tem amparado e pode
amparar, continuândo a fazer esta
pátria nova, que começa, risonha, a
despontar no horisonte das nossas
acrisoladas esperanças!

 

 

À

“Mei de dar-lhe, por isso, todo o.

“esfórço da minha inteligência e do
meu trabalho, da minha dedicação

 

 

e da perseverança da minha activida-
de, e, com a fé é a confiança que
me veem da adniiração que eu te-
nho pelo político que o dirige, de
excepcionais qualidades, grande por-
tuguês e grande patriota, grande pe–
lo seu trabalho e pelo seu talento,
impondo-se à inteligencia de todos
e dominando suave & carinhosaimen-
te no coração dos que o cercam e
com êle tratam… 4 ei

Afonso Costa é mais do que uma
fórça da República, o maior dos
seus homênis. por um compléxo de
virtudes e qualidades que fazem dê-
le um estadista, na verdadeira € ri-
gorosa acepção:da’palavra: mais al-
ta e gloriosamente, êle é uma das
grandes figuras políticas da história
dêste sécuio.

Ele, só, fez a República.

Ele, só, fará a -ua grandeza a gran-
deza da sua pátria até mesmo con-
tra aqueles que dizendo, e talvez
supondo defendel-a, nada mais teem
feito do que atraiçoar os Seus inté-
resses, traindo os seus deveres ! gran-.
de português e grande patrióta !

 

*

*

Mas, não é como-político que-eu-
venho dirigir-me aos eleitores da 2.2
assembleia do concelho da Certã;
é como seu conterrâneo.

E; como filho desta minha queri-
da» terra em que dei os meus pri
mMeiros e indécisós passos na estra
da da vida e em que dárei o altimo,
tombando na escaleira da sepultura.

Tão pouco estou eserevendo-um–
manifesto político, nem mesmo es-
boçando urna. programa. eleitoral.

— E-Sómehte e como que’uma carta
intima escfira.aos meus*pátrícios, a
dar-lhes conta da minha candidatu-
ra, dos meus planos e dos meus
sonhos, em estilo desataviado e sem
pretenções, na linguagem familiar
em que se escreve a amigos

Nem todos o são?

Nem a todos eu merecerei os seus
sufrágios ?

Naturalmente : e estou mesmo em
conceder alguma razãv aos que, ne-
gando;me o seusapoio, me negam
competência | e qualidades «para re-

*presehtar em côrtes a nossa’terra.

“Talvez.

Mas, de todos nós ela é. :

“Todos são “meus conterrâficos,
uns pelo nascimento, outros por
adopção, creando aqui interesses e
encontrando aqui a ventura que não
procuraram ou não encontraram na
sua, . é estes certamente, ao menos
por dever, ainda mais devotados

‘patríotas.

Eu não tenho ambições pessoais,
mas tenho aspirações, e uma delas,
vibrante e sincefa, é fazer)o engrán-
decimento e a prosperidade da mi-
nha terra.

A ela tenho sacrificado uma boa
parte das minhas comodidades e
dos meus interêsses: a ela e por
ela faço êste último sacrificio, que
só podem compreender os que vivem.
na minha intimidade e sabem fazer
justiça ao meu desinterêsse e à sin-
ceridade das minhas intenções.

Cumpro um dever : que todos os
outros Saibam cumprir o seu. f
» Para mim nada mais quero do

“que a’satisfação=a enorme é con- —
soladora satisfação—do dever cum-
prido. . o. :

Eegarei “ameú filho menos bens

e mais cedo: mas legar-lhe hei uma

maior riqueza-—a riqueza dum nome

honrado em que êle, com orgulho,
se poderá inspirar para ser um bom

“cidadão e um patriota; um nome
“feito de trabalho e afectos, no culto
da lialdade“e dedicação pelos bons
amigos e no amor sacrossanto da
minha-família é da minha. pátria.

»

 

 

 

 

 

*

Aos meus patrícios, pois, em pou-
cas e simples palavras, eu voudizer ,
o “que preténdo fazei em benefício
da nossa terra e das povoações cir-
cunvisinhas.

 

 

 

Reforma do Golégio das

Missões, sóbre as sê-
guintes bases: az
‘“a—-criação dum curso li-

ceal com internato e
externato) E
b-instalação duma es-

cola de agricultura na .

“Mata do Bomjardim.
c-fundação das ofici-

nas, observatório me-

teorológico, etc.

Gonclusão da ponte da
Bouçã e estrada que a
«ela conduz, ae forma a

estabelecer em curto
espaço de tempo a li-
gação dêste distrito
com o de Leiria.

Fundação de um Vardim-
-escola João de Deus,
bela instituição, ao
fmesmo te escola
e creche;d rinhosa
protecção às crianças .

“pobres. |. E

LANÇAMENTO da linha
telegráfica por Fer-
reira do Zézere e Fi-
gueiró dos Vinhos.

ELEVAÇÃO da estação
telegráfica de Serna-
che a estação de servi-
co-completo, até às 21
horas, ge4 ;

 

 

CRIAÇÃO dum subipos-
to da Guarda Republi-
cana em Sernache.

““GUNCLUSÃO e abertura
à exploração do Mer-
» o Bitencourt. ||

Ê

 

, *

Estes melhoramentos correspon-
dem a inadiáveis necessidades des-
ta região, e são outros tantos ele-
mentos da sua prosperidade e da
sua riqueza, e farão sem dúvida a
sua-completa-traiisformação. , é
– Sôbre todos êles me parece o de
mais largo alcance e eficazes e ime-
diatos resultados a reforma do Co-
légio das Missões, já elaborada nas
bases que deixo esboçadas eprestes
a ser publicada. ee f
“Bla «contêm os elementos para
um largo e Bénéfico influxo à vida
agricola desta região, para a educa-
ção: literária ep jonal. de: seus
filhos e para a sua Expansão comer-
cial. É

Estes são os melhoramentos pro-
jectados para a nossa: terra, que
constituem o meu compromisso elei-

a

 

‘toral * estes; Os-que eu pronto rea |

lizar. A.

Não descurarei outros que as cit-

“ cunstâncias forem recomendando e
deixarei mesmo de enumerar outros
de somenos importância mas já no
meu ânimo e em via de realização.

Estes benefícios não se realizarão
com sacrifício ou prejuizo de qual-
quer porção do concelho.

“Nem eu tenho projectos ou intui-.
tos ‘que possam constituir unia amea-
ta para qualquer “parté-dêle = :

Dêstes melhoramentos participa
toda esta região e êste concelho,
que tanto maior e mais rico será

“quanto. maibr – é mais rica“fôricada
uma ‘das terras ot regiõês que o
compõém.

*

Sobre todos estes, porêm, “dóis,
outros importantes melhoramentos
preocuparão constantemente a minha
atenção e os meus cuidados — a luz
electrica e o caminho de ferro.

Mas êles são.de tal maneira vi

* portantes e-grandigsos que-eu,
obstante boas esperanças..me’: sor
rem, não posso nem devo tomar ou-
tros compromissos que não sejam
Os de à realização dessa nossa maior;
aspiração consagrar todos os meus
esforços, a minha dedicação e toda a
minha actividade.

e z

E poderei cu realizar todo éste
programa ?

 

 

 

| Poderei cumprir todas as pro-
| messas nele feitas?

Confio que si
RS

 

 

persistência patriótica, na minha de-
dicação e na fórça da minha vonta-
de, e mais amo apoio e união de
tados os meus patrícios.
* Os homens podem m
e abrirem entre Si abismos le pai-
xões e Ódios irredutíveis, mas há
um campo em que todos podem e
“>devem encontrar-se, sem ódios nem
paixões—o da defesa dos interesses
da nossa terra, da sua honra e do
seu engrandecimento, que é o en-

grandecimento-do-nosso-nome–e a

honra dasnossargeração., :

Inspiremo-nos todos nos-nósso:
deveres.para com a nossa-pátria tão

“risonha e-tão: bela, e unamo-nós to-
dos para-fazermos o seu engrande-

cimento. 0
Nihgúem-suponha’ que vai servir

interesses alheios, pessoais ou po-

líticos, a minha ambição ou a minha
vaidade. Não.

» Pense sóme que neste acto
seleitoral gsté eiido dos interes-
“ses e dos de da sua terra.

* Eu nada peço.

*Somenté’me proponho ser o in-
térprete da vontade e da fôórça dos
meus conterrâneos. É

Onde não puder chegar com to-
dos chegarei com os bons patriotas
que êsses, felizmente, ainda consti-
tuem o maior número.

Durante muito tempo hesitei em
aceitar esta candidatura, -quesme era
oferecida, Cheguei mesm recu-
séria. Coibpteendihs dl culdades e

s“minhás respônsabilidades se tive

medo delas.

Resolvi-me, afinal, por várias ra-
z6es que ocioso é expor e ainda por
considerar que não devia ser indife-

| rente à nossa terra ter ela um filho
s Seu no Parlamento, por mais modes-
“to e dos mais obscuros que êle seja.

O outro candidato que comigo é
apresentado aos vossos sufrágios é
o dr. Gastão Correia Mendes ; e pa-
ra senadores propõe o Partido Re-
publicano Português os, nomes do

«dit José de Castro; actialpresiden-

“tedo milistériohe Rs é Pina- es,
capitão da guarda fiscal e também
natural dêste distrito.

A vós os recomendo com todo o
empenho e com toda a confiança,

ão bons republicanos, com quem
todos nós podemos contar na defesa

dos interesses dêste circulo, que di-
gnamente representarão no Parla-
mento.

Unamo-nos todos em volta da ban-
deira do Partido Republicano Por-
tuguês, o grande partido da Repú-
blica, que é o regime querido e con-
solidado da Pátria Portuguesa.

» RE fu a eleição do dia 13

* exercer O nósso direito de cidadãos

duma pátria livre, com altivez e di-
gnidade, elevando-nos á nitida com-
preensão dos nossos direitos e da
nossa missão, tendo no coração,
sincera e dedicadamente esta Repu-
blica que deve ser todo o nosso or-
gulho. E, como sernachenses, com
os olhos fitos na grandeza e bem

“-estar des toda esta-região, légando

“aos vindóiipos us Demefícios prove-
nientes das prosperidades da sua pá-
tria e o nome honrado de bons re-
publicanos e bons sernachenses.

Não. lhe leguemos a memória de
sruins paixões.

»| – Deixemos-lhe o exemplo vivo de
paz e trabalho e do nosso acrisolado

« patriotismo,

& JE’ o que do coração anéla o mais
obscuro dos vossos conterrâneos e
que agora e sempre, nos momentos
de desânimo como nas horas de
triunfo, bradará com entusiasmo e

» amôr e como que entoando as estro-

| fes vibrantessdum hino patriotico :

 

 

 

uistar-se

 

 

 

 

 

 

Viva a República!
: SUÊ Sernache do Bom-
jardim!

3 de Junho de 1915.

O candidato à deputado,

; do Par-
» tido -Repúblicano Portug ;

uêsy

 

 

ábilio Correia da Silva Marçal,al,