Eco da Beira nº34 25-04-1915
@@@ 1 @@@
POLITICO
ro
E/070)
Sibooo
y na-3/e 4.º página 2 cen-
tavosigilinha ou espaço de linha
QMACTO DE
Está publicado o decreto de
amnistia que amplia a lei de: 22
de Fevereiro de r914, ao mes-
mo tempo que revoga as suas
disposições restritivas. Já disse-
mos que, sob o ponto de vista
legal, esta amnistia é um acto
flagrantemente irregular, porque
a concessão de amnistias é das
atribuições privativas do Con-
gresso da Republica. Quando
assim não fosse, nunca um. go-
vêrno de feição transitória: de-
veria práticár-acto de tamanha
responsabilidade para a vida do
regimenpelaqualsempre são par-
tiçularmente responsáveis os par-
tidos constituídos. Mas acrescem
outras circunstâncias que, de-
monstram que o govêrno’ prati-
cou mais que uma irreflectida
imprudência.
A“ amnistia de 22 de Feverei-
ro foi concedida pelo Parlamen-
to alguns meses: depôis de ter
sido dado um indulto que apro-
veitou a quasi todos os conspi-
radores monárquicos que o Te-
quereram. Foram dois actos qua-
si seguidos de generosidade. e
tolerância realizados: em: condi+
ções: absolutamente invulgares,
porque nunca um regimen nas-
cente teve tanta pressa em per-
doar e isentar de culpas aqueles
que procuraram derrubá-lo vio-
lentamente: A amuistia não apla-
cow nem diminuiu as iras dós
adversários da Republica e, den-
tro de, poucos meses, atraves-
sando o país uma situação “es-
sencialmente delicada sobo pón-
to de vista internacional, deu-se
uma nova intentona monárquica
que, se não. tem sido prontamen-
te sufocada, poderia causar gra-
ves prejuizos à nacionalidade.
Pois passado seis meses são no-
vamente amnistiados os conspi-
radores monárquicos sem ex-
cluir aqueles que fizeram parte
da coluna de Mafraie que mata-
ram dois soldados da’ Republi-
cal Istó’é, evidentemente, mais
do que generosidade. E des-
amor pela Republica.
A medida ainda: podia conce-
ber-se por uma deficiente noção
de’ generosidade se o governo
que tomou a sua iniciativa afir-
masse por outros actos desejar,
como diz..o relatorio do decreto,
que. «a Republica seja um regi-
me: de liberdade e ‘tolerancia, |
sem odios sectarios, isento de
E Gi
espirito de perseguições». Mas O
governo que pratica este acto
em beneficio dos inimigos da Re-
publica, que o teem sido tam-
bem da tranquilidade e da ordem,
é aquele que tem feito uma obra
de ódia e de perseguição contra
cidadãos e colectividades repu-
blicanas. | Como. se compreen-
de que o govêrno se atreva a fa-
lar: numa’ obra de concórdia e
união para restituir à liberdade
aqueles que pegaram em armas
contra a Republica, se êsse go-
vêrno demitiu sem prócesso tan-
tos funcionários republicanos,
se no exército se tem realizado
e está realizando uma, acintosa
– perseguição; contra muitos , ele-
mentos que se – destinguem pela
sua devoção às’ instituições, e
se, até por ultimo dissolve as
corporações administrativas con-
stituidas, por republicanos ?
Não se trata, não se pode tra-
tar de um acto de generosidade,
de pacificação ou de conciliação.
Trata-se, pelo contrario, de um
acto que, sendo. ilegal e | ilegiti-
mo, é tambêm uma premeditada
afronta ao espirito republicano
do pais e só pode irritar as pai-
xões que convulsionam a socie-
dade portuguesa. O governo, não
contente em afrontar os repu-
blicanos, dá fôrça, da autoridade,
dá liberdade aos monarquicos pa-
rá que êstes tambêm os afrontem.
A presente amnistia é assim, ain-
da, não um acto de generosida-
de mas um acto de odio.
(Do Mundo).
ses
Ponte da Galeguia
Na sua sessão de quinta feira úl-
tima, a comissão executiva da çã-
mara: municipal resolveu mandar
abrir um novo arco na ponte da ga-
leguia por.se ter reconhecido, por
ocasião das últimas cheias; que o
que se está construindo é insuficien-
te para dar passagem franca a toda
a corrente de inverno. .
Foi encarregado o vereador, sr.
Joaquim Nunes da Silva de mandar
fazer essa alteração na planta e res-
pectivo orçamento, a. fim de, sem
demora se pôr em arrematação. a
última tarefa de obras € se concluir
a sua construção. E
Visita
Está em Sernache, com-sua ex, ma
esposa, muito melhor dos seus anti-
gos padecimentos pelo que lhes en-
viamos as nossas felicitações, o nos-
so amigo José Nemezio da Silva.
Os nossos cumprimentos de boas
vindas a esta terra onde são sem-
pre desejadas e sinceramente esti-
madas.
PROPRIEDADE DO CENTRO REPUB
DIRECTOR — ABILIO
Editore administrador – ALBERTO RIBEIRO.
E
ICANOS DEMOCRATICO lg
MARÇAL
E
EA
SAÚDE E FRATERNIDADE
Publicação na Certã
Rédakção e administração em *
SERNACHE DO BOMJARDIM
Composto & impresso na tipografia Leiriensa
| LEIRIA
y 4
O digno administrador dêste con-
celho enviou na quinta: feira ao sr.
presidente da câmara municipal um
oficio do teor seguinte:
Ex Sn:
A bem do serviço pú-
blico e para fins conve-
niêntes, venho rogar a
V. Ex.º se digne inque-
rir da ex.»> câmara, da
sua digna presidência,
se sim ou não acata e
respeita todos os decre-
tos e medidas do Govêr-
no, por Os juigar ou não
validos e constitucio-
nais, informando-me em
seguida, da resolução
que a tal respeito for
tomada, da sessão em
que o foi e se por maio-
ria ou unanimidade.
Saúde é Fraternidade
O administrador do concelho
Bernardo Ferreira de
Matos
Este ofício causou em’ todos a
mais agradável impressão, pela for-
ma vernácula do português, pureza
de linguagem e lógica de dedução.
Sua excelência foi sôbretudo du-
ma grande correcção e ponderação
porque, sendo incontestávelmente
de suás tutelares atribuições ordenar
o inquérito à opinião dos vereadores,
em devassa política, se limitou a
rogá-lo, e a chamar-lhe, no fim, uma
simples resolução.
Por isso e mais ainda pelos sãos
princípios que êle contem, pelá pu-
reza de intenções que revéla nós não
lhe regatearemos o nosso mais calo-
roso aplauso em sincera manifesta-
ção do nosso maior júbilo.
Não podemos tambêm deixar de
registar com prazer o zêlo e deligên-
cia com que a tal respeito procedeu
o digno administrador, pois que, ten-
do o ofício a data de 21, logo no dia
22, à tarde, pouco depois de terminar
a sessão da comissão executiva, apa-
recia sôbre uma mesa da secretaria
da câmara!
E, àssim pouco mais de 24 horas
apenas, levou da administração do
concelho áquela secretaria !
Os que por má fé ou ruim pre-
venção duvidavam da independên-
cia política é absoluta neutralidade .
do sr. administrador do concelho
teem ai uma prova exuberante de
que as suas afirmações não são
palavras vãs e antes correspondem
inabalavelmente a uma forte e tenaz
disposição do seu ânimo sereno e
justiceiro, que, se transigiu com a
solicitação dos amigos, não quebrou
a sua inflexibilidade nem lha amo-
lece o sacrifício! ú
A” doutrina do ofício nada temos
que opor,
Encerra os mais sãos princípios.
Sempre assim pensámos,
E? um êrro: dizer-se -que’só ao
Congresso da República; em geral,
e aos tribúnais-judiciais, nos casos
ocorrentes, “compete conhecer. da
constitucionalidade- das leis: e -de-
cretos,
E’tambêm atribuição ‘das’câma-
ras municipais, que vem expréssa-
mente “consignada na: Constituição,
artigo: 88.º eseus. $$ e no artigo
199:º do Código Administrativo de
q ide Agosto de 1913. fe a
A’s câmaras-e às juntas-de’paró-
quia.- E, em nosso: entender, deve
tambêm estender-se às filarmónicas,
Simplesmente parece oferecer dú-
vidas e se discute-se esta atribuição
é um mero direito de que Os corpos
admidistrativos padem’ou não usar,
à sua vontade, ou: constitui para êles
um dever. Rs
Somos, salvo
última opinião.
Esta atribuição obriga os corpos
administrativos.
O ilustre administrador do conce-
lho – estabeleceu, em boa jurispru-
dência, a melhor doutrina.
As câmaras que não se’manifes-
tam sôbre a constitucionalidade e
validade dos diplomas governamen-
tais exorbitam passivamente das suas
atribuições, e 4 tutelar autoridade
administrativa compete chamá-las e
estimulá-las ao cumprimento do seu
dever. ;
E contra elas proceder alfim quer
acatem: quer não: acatem’os diplo-
mas: porque; em verdade, a falta
está cometida no: facto negativo, ‘de
não se terem expontaneamente ma-
nifestado, -faltândo assim ao cum:
primento dos seus deveres. É
E’esta a revelação e reinvindica-
ção “da! boa doutrina: e idos sãos
princípios, -&m afirmações ‘salutares
de ordem pública e de respeito pela
lei: : Seis
Folgâmos. de assim ..ver..prati
das “e defendidas. as: nobres
vindicações liberais, com um alevan-
tado e acendrado espiritoTepublica-
no e a fé quente e carinhosa de
quem ‘sinceramente ama a Reptbli-
ca e -tem a fortuna de possuir uma
alma nobremente inacessível é ru. –
demente rebelde a ódios e a perse-
guições políticas que conspurcam
dignidades é estigmatizim caracte-
res. : :
A nossa satisfação é ainda maior,
por confiarmos que a êste ouitos
actos da mesma orientação e de não |
menor importância se seguirão e
que para aí se anunciam já sem re;
servas nem rebuço.
E” preciso definir bem indelevel-
mente esta situação, com decisão e
energia, cortando radicalmente com
as tibiesas e indecisões do passado
e dando ensinamentos para O futuro.
E” necessário inaugurar já e abrir
para êste concelho uma nova era
melhor juízo, desta
– de paz é de pacificação em todos
os espíritos, de estabilidade e ga-
rantias para todos !
Leguemos aos outros bons exem-s exem-
@@@ 2 @@@
plos, já que os que recebemos do
passado, em verdade não nos devem
servir de honrado património !
Aproveitemos, com honra, patrio-.
tismo e algum lucro, a oportunida-
de duma situação que, senão puder.
perpectuar-se, será ao menos e cer-
tamente de algumas gerações.
E? preciso» cortar com o passado,
exi
lho os velhos processos que nêle flo-
resceram como erva daninha em
prado abandonado. ,
Emancipemo-nos dos exemplos.
dos velhos políticos da monarquia, |
“uns pataratas que fraca conta deram
de si e que, como justo castigo dos
seus erros, se vêem para aí abando-
-nados de todo um concelho que nu-
ma-carinhosa e unânime manifesta-
ção de solidariedade cerrou fileiras
-em volta dos corifeus republicanos
da Certã, dando-lhes apoio e fôrça
que “êles devem aproveitar para fa-
zerem, emfim, aqui a República.
Para tanto não falta decisão é au-
toridade ao digno administrador do
concelho, que, servindo. outrora a-.
“monarquia, se mostrou’sempre aves-
so às práticas do caciquismo prepo-
tente e indómito, denunciando-um-»
espírito tolerante e liberal, que as
circunstâncias o constrangiam a ‘su-
focar, mas que agora livremente vi-
rá-desabrochar e expandir-se numa
larga obra de pacificação, da qual-o
ofício a que nos vimos referindo,
em retorno da capital de distrito, é
a primeira e abençoada revelação !
velho e inamovível regedor da
Ermida—nessa velha e ronceira po:
lítica até os regedores eram inamo-
viveis!-—-o regedor da: Ermida nunca
se resignou a reconhecer que esti-
vessemos: em: regime-novo, pois:en-
tendia- que alguma coisa restava do
passado.
Quando muito-entendia que devia
acumular, e- na saúdação final dos
seus ofícios êle: dizia sempre assim:
Deus Guarde a V. Ex.* e lhe dê
Saúde:e Fraternidade.
Ele confiou muito na fraternida-
de: republicana, mas não. confiava
menos na guarda de Deus.
– Mas agora êle vai finalmente
abandonar a velha fórmula, para só
adoptar o cumprimento oficial, pro-
clamando a política novanesta era de
paz e pacificação que vem de abrir
se à grandeza e prosperidade dêste
concelho e à consolidação da Repú-
blica.
Graças a Deus, num grande es-
pirito de alívio como de emancipação
e resurgimento dum passado que
nos oprimia e sufocava e comosau-
dação a esta nova e benéfica políti-
ca, que tão confiada e carinhosa-
mente sorri às nossas convicções
republicanas, todos nós, cruzando
beatificamente os braços sôbre o pei-
to; podemos emfim entoar o hino de
amôr que; em duas breves palavras,
a República decretou para cumpri
mento. oficial e saúdação aos gran-
des homens e aos grandes feitos—,
Saúde e Fraternidade.
aPRSiGEd
Câmara municipal.
6.º SESSÃO
Dia 19 de Abril de 1915
– Presidência do sr. dr. Virgílio
Nunes da Silva.
Secretários—Carlos Ferreira Da-
vide Antônio Pedro da Silva Jú-
nior. :
Foi lida e aprovada a acta sôbre
a qual osr. presidente fez as de-
clarações que adiante publicâmos.
O sr. Hermínio Quintão, pedindo
a palavra para explicações declara
que só por motivo de. afazeres saiu
da sala quando na última sessão
começou a discutir-se a proposta do
sr. dr. Ernesto Marinha para a cria-
ção dum fiscal das obras do muni-
cipio e não por desconsidéração para
aquele seu colega ou por má von-
tade à proposta, à qual dava 0 seu
voto, simplesmente com o adita-
mento dêle ir a uma comissão para
defenir as atribuições e obrigações
do cargo:
pando da política dêste conce-‘
“mas como foi
ECO DA.
Entretanto vão saindo os verea-
dores da minoria.
O sr. Tasso requer a contagem,
e, como -se verifique que ainda há
número, saí êle tambêm da sala,
ficando: apenas. 12 vereadores, en-
cerrando-se, por isso a sessão.
Se a partidinha tivesse sido feita
pela maioria, ainda agora lá esta-
vam a gritar tropos de indignação,
rante Tasso de Figueiredo, antigo
vereador; e ex-vice-presidente do se:
“ nado . da: República, “acham muito
bem feito e ficaram-se a rir…
A maioria calou se serenamente
e sem despropósitos assistiu ao en-
“ cerramento da sessão.
Naturalmente lembrou-se e pen-
sou no prolóquio/ francês — Rira’ ‘
bien qui rirá de dernier…
*
O sr presidente fez consignar
na acta a seguinte declaração, a
que acimainos referimos: ,
Constando-me e verificando-se da
acta, que na última sessão a que
não.pude.. assistir, se: pretendeu-ti-
rar efeito, para fins já anunciados,
daminha intervenção e do que se
passou a respeito do preenchimen-
to duma vaga de-membro-desta cá-
mara; na penúltima: sessão, declaro
o seguinte, para que tambêm seja
convenientemente aproveitado:
Que por espírito de conciliação
manifestei-‘a minha condescendên-
cia em que fosse chamado a exer-
eita pelo sr, almi- |
cício O vereador, substituto, sr..
Marçal) “mas não afirmei a opinião
de que: fosse” essa a” interpretação
legal. : e
Nem podia afirmar porque a cã-
mara já tinha “firmado opinião ‘con-
tra à“ chamada do sr, Marçal; por
úma deliberação de que não houve
recurso e que sou obrigado “a res-
peitar, “e porque “tal opinião seria
absolutamente sem findâmento.’
“além doutros, pelos seguintes
motivos: a
1.º —porque às substituições teem
dê fazer-se por substitutos da mes:
ma lista dos substituidos, é O sr.
Marçal e o vereador que havia a
substituir são de listas diversas;
2º-—porque o $ 1.º do artigo 6.º
serrefere-as listas“em que’os can-
didatos são apresentados e nunca
aqueles em que êles são votados,
como impensadamente se pretende;
3.º—porque o próprio. texto da
lei diz—«as listas a que; pertence:
remos substituidos» e não as listas
em que tiverém sido votados os su-
bstituidos;
4.º—e nem a tais, listas se pode-
ria referir. porque o voto é secre-
to e as listas logo inutilizadas, e a.
lei não, pode invocar um acto, que
manda conservar . em segredo nem
referir-se a um documento que man-
da destruir.
As listas que agora aparecessem
seriam listas que . nunca entraram
na uroa e não teriam autenticidade
nenhuma;
5.º-—porque seria impossível des-
cobrir em quantas listas um verea-
dor foi votado e qual a preferida ;
6.º— porque, doutra maneira seria
falsear o princípio de manter sem-
pre. a proporção numérica entre
maioria € minótia, que é o espírito
e fim da disposição. .
*
Para os que não compreendam.
êste tectrico caso que há uns poucos
de meses preocupa e faz as agonias
da minoria e em especial do sr.
Tasso de Figueiredo, ex-legislador
senatorial e, como tal, pai putativo
da lei ém questão, vamos nós tro-
car O caso em miudos e ver.se con-
seguimos expôlo de forma a ser
bem aprendido por todos os que
queiram ler-nos é perder O seu tem-
po a cogitar nas causas, fins e efei-
tos desta bugiatia. E
Ora, vamos lá, pois.
A lei determina que cada partido
político ou cada “grupo que queira
disputar a eleição da câmata apre-
sentará na secretaria da mesma a
lista dos seus candidatos, com tan-
tos nomes para efectivos & substi-
tutos quantos são os membros da
“das listas: a que pertencerem os su:
“bsútuidos. é
— lista onde estava o nome que se
BEIRA
maioria; e só êstes podem ser elei-
tos. Neste concelho são 18 efectivos
e 18 substitutos.
E diz uma outra lei que, quando
depois, na câmara se derem vaga:
serão preenchidas por substitutos |
Os substitutos vão-se buscar é
vai substituir: e, assim, se preten-
de manter sempre a mesma pro-
“porção numérica: que tenha resultal
-do-do-aeto-eleitoral: Prato
O sr. Manuel Marçal. pertence à
lista apresentada .pelo sr. Tasso de
Figueiredo, por consequência ha de
ir preencher as vagas que se derem
” na lista do sr. Tasso, e só nessas!
Ora, aconteceu que o sr. Marçal
foi votado tambêm em listas da
maijoria-‘e-a «esta o quer impingir
como filho adoptivo. ú +
E diz êle que a lista a que se re-
fere ia leia lista-eleitoral,’alista
do voto!!! Ea
Basta atender. a que 0 voto é se-
creto e não se sabe nem pode saber
quem votou ou não votou nossr, Mar-
cal: e’“a’ que ‘a lei: eleitoral “manda
queimar: (as listas; em (seguida:ao
apuramento… bs gil
“Como podéria a lei referir-se a
um documento que elá mandou inu-
tilizar, sem dêle restarem vestigios?
As listas que agora pudessemiapa-
recer’ e que-qualquer; poderia à sua
vontade fabricar, não, são. as listas
que o votaram: essas fôram quei-.
madas.
De resto, a lei é clara.
Diz-—as” listasa-que pertencerem
os substitutos e não as listas em que
tiverem sido, votados os-substitutos.
Sem atenção mesmo pelo princi-
pio que ditou a disposição. ‘
E vai, então, o sr. Tasso e a’sua
gente fazem; sempre gritaria e ques-
tão quando se trata/de- chamar qual-
quer substituto. =
Querem para ali o seu Marçal.
Claro é que pensam e discutem
assim, em defesa dos bons princi
pios e não para apanharem mais úm
vereador… t
Santos princípios!
A resposta, pois que lhes deu o
sr. presidente da câmara contêm
a verdadeira é pura doutrina.
Tempo de mais perdeu êle em
lhes dar explicações !
Doente
O sr. Filipe da Silva Leonor, de
Sernache, quando na terça-feira
passava a noite no Club -Bomjar-
dim: foi atacado de doença repenti-
na, que o deixoucem, estado. extre-
mamente melindroso. E
Este triste acontecimento tem cau-
sado“o mais’sincero pesar em Ser-
nache, onde o sr; Filipe ‘é muito es-
timado.
Desejamos as suas melhoras.
Faleceu o sr; J, Nunes-Destrinço,
funcionário da câmara municipal.
Os nossos pêsames,
LITERATURA
O retrato de Sua Eminência
A história que vou contar é bas-
tante recente e completamente iné-
ditá.
Passou-se numa cidade: da pro-
vihcia, e podia muito bem intitular-
-se:—O pintor, o bispovo guir-
da-portão.
E” inutil investigar o nome do
bispo. Esta curiosidade não pode
ser satisfeita- porque fiz solene jura-
mento de guardar, a êste respeito,
o mais absoluto sigilo. Quanto á
cidade, onde o caso se passou,
fica ainda de pé a declaração ante-
cedente.
O bispo, cedendo às solicitações
dos seus diocesanos, decidiu-se a
mandar pintar o seu retrato. Grave
resolução !
E, portanto, como as determina-
ções dos bispos assumem o carácter
de compromissos a que se não deve
faltar, – Sua-Eminência–veio ao ate-
lier. do pintor, onde pousou revesti-
do:com seus trajes pontificaes. Ha-
via já pousado uma, duas, três ve-
ses. Porém, o- tempo de Sua Emi-
nência.-era precioso e o pintor não
se dava grande pressa em terminar
o seu trabalho,
“Aliava à morosidade de Ingres o
escrúpulo de Meissonier,
—Meu filho, isso promete durar
muito” tempo, — disse-lhe um dia o
bispo.
—Monsenhor,–nem – tanto como
Sua Eminência; pensa; talvez,–—res-
pondeu. o. pintor. —Dentro em pou-
co;-a cabeça estará concluida.
—E o corpo?
—(O corpo-está já suficientemen-
te- debuxado… Entretanto poder-
-se-ja: poupar: a Sua Eminência o
aborrecimento-de algumas sessões.
— Então veja lá como arranja is-:
903.43 FO nTiy E
“E fácil, Empreste-me as vestes
Sacerdotais é eu me entarrego de
fazer posar um modêlo, que regu-
le pela estatura de Sua “Eminência.
Efectivamente, parece-me judicio-
so,—disse o bispo.
E) em-seguida, entregou os” seus
ricos: paramentos/ do pintor;’ que ‘se
poz imediatamente à procura dé um
modêlo idónio,
E E ;
Q bispo era um individuo de. es-
tatura imponente e de largo arca-
boiço. ‘ Ê er
O-pintor, que morava perio de
um quartel, teve uma: ideia-lumino-
sa; dirigir-se ao coronel e pedir-lhe
numa carta infinitamente respeitosa
que lhe*cedesse, para o efeito, um
dos seus subordinados, que estives-
se nas condições exigidas. !
Oscoronel respondeu-lhe, assim
pouco mais ou menos:
«Exmo Bnis
«O exercito não foi criado ‘para
fornecer manequins àos artistas.
Faça por encontran’o que deseja
no elemento civil. i
“Tenho a honra de cumprimenta-
lo,»
Um tanto desanimado, o: pintor
voltou as suas atenções para o ele-
mento civil.e contentou-se tendo en-
contrado um simples guarda-portão
da vizinhança; que, de bom grado,
serprestou a pousar.
guarda-portão, infundado, por
tamanha honraria, revestiu-se rapi-
damente com as vestes roxas do
prelado, colocou os punhos de ren-
da’e’a cruz-peitoral. Estava explên-
dido. Vestido assim; na gloriosa im-
ponência. de príncipe da igreja, até
parecia achar razão ao anexim po-
pular:—o hábito faz o monge. :
Pousou cônscienciosamente duran-
te’os primeiros dias, Emquanto’ o
pintor não chegava, vestia-se emi-
raya-se, . com orgulhosa complacên-
cia, diante-do espêlho, e pantomi-
mava beriçãos. FR E
Depois, carrégava a corveta, acén-
diave tirava uma fumaça:
bispo: autêntico teria: talvez
franzido o sobr’ôlho se presenciasse
o seu sosia de cachimbo entalado
entre os dentes, Nunca, porêm, lhe
foi -dado’ contemplar ‘ ste especrá+
culo; Í
*
Ea *
Durante: ‘a primeira semana “ foi
tudo. ás mil maravilhás. .; <
Ao cabo dêste tempo, o guarda-
-portão olvidava a seriedade ineren-
te ao seu novo ofício de modêlo
de:., bispo. Era, desgraçadamente,
um poucó dado á bebida.
O.pintor começou a perceber que
havia alguma, incorrecção na sua
conduta. Deu-lhe repreensões, pri:
meiro suasorias e depois severas,
— Pense ‘ no | hábito que reveste,
—lhe disse êle. 4
-——Esteja descançado…. não ha
novidade. ,.—respondia invariavel-
mente o guarda-portão, o olhar ful-
gurando com desusado brilho.
Um dia, porêm, o pintor demo-
rou-se mais (do: que era costume. O
demónio – tentou o guarda portão.
Revestido durante três longos: quar- quar-
@@@ 3 @@@
tos de hora com os hábitos do bis-
po, impacientou-se e acabou por
| principiar o seguinte solilóquio:
“A sêde escalda-me “as guélas.
A taberna.é ali defronte, E questão
de fazer’uma curta travessia de aqui
“até lá. à, Dois passos é num ápice…
Passo.. como um. relâmpago € nin-
guem me vê.-O bairro está: quasi
deserto e, para beber dois, não se
gasta tanto tempo como em rezar
uma .avémaria, Vamos. E, toman-
«do uma resolução súbita, o desgra-
çado correu para a taberna.
*
É ate Ed
O restó conta-se assim, muito su-
cintamente.
-. Pouco depois, o pintor chega-
va, e, abeirando-se dum magote de
gente,” que estacionava na rua, quis
indagar o qué se passava.
«-Quviam-se gargalhadas ruidosas
e vaias zombeteiras que o ae
vam, espicaçando-lhe a curiosidade.
: Afastou rapidamente dois ou três
operários que lhe impediam a pers-
pectiva-daquela quadro e viu…
“Que havia de ver 2…
‘O guarda-portão, que lhe servia
de modélo, magnificentemente para-
mentado com as suas vestes rôxas,
é cantando a plenos pulmões:
E Quem não bebe vinho
não é São Martinho…
Os cabelos: do pintor puzeram-se
em pe
Atirou-se ao modelo, e, agarran-
do-o por.um braço arrastou-o até
ao atelier. E
Pelo caminho, o guarda-portão
cantava ainda: 7
O belo sumo das uvas
faz esquecer nossa mágua…
Se o vinho é bom e barato,
é bem tolo quem bebe água…
E assim terminou a aventura do
guarda-portão da cidade de X…
que por ter tomado demasiadamen-
te à Sério O seu papel episcopal, in-
gerindo3 abusivamente oR precioso
sanguis domini nostri Jesu Christi,
perdeu o seu mágnifico emprêgo de
modélo de… bispo.
C. Monselet.
(trad. Metzer).
— AGRICULTURA .
O tratamento do mildiu
ne
“A guerra de extermínio completo,
que agora se estende por todo o
mundo, paraliza o trabalho de mui-
tas indústrias e impede ainda que se
obtenham: os-produtos que existem
fabricados já nos países beligerantes.
Estas circunstâncias explicam sa-
tisfatoriamente a falta que temos de
sulfato: de cobre-e o subido preço
que hoje se exige por êle, Desta fór-
ma, torna-se quasi impossível, ou,
pelo menos, anti-económica a sua
aplicação às nossas vinhas como de-
fêsa segura contra o mildiu,
Pesando, pois; com o maior cui»
dado, a crítica situação em” que nos
achâmos, vemos que’é urgente en-
contrar de pronto um meio prático
e novo para salvaguardar as vinhas
contra-o: terrível flagelo.
As experiências iniciais sôbre o tratamen-
to do mildiu mostram que o sultato actua
em quantidades reduzidas.
O meio que primeiro, natural-
mente, nós ocorre é diminuir tanto
a» percentagem do sulfato de cobre
empregado nas caldas, quanto essa
diminuição seja compatível com a
eficácia que se espera dêsse remé-
dio. o i
Essa-redução afigura-se-rios tanto
mais possível eaceitável, quanto re-
duzida foi a’porção de sulfato de co-
bre que primeiro isentou as cêpas do
ataque do mildiu, e que chamou a
atenção de Millardet sôbre a influên-
cia: benéfica: que êle tem sôbre o mil-
diu.
Efectivamente verificou Millardet
que eram livres dos ataques do mil-
diu as cêpas que se achavam perto
dos postes de madeira que tenham
ECO DA
sido injectados com sulfato de cobre.
E foi esta descoberta devida ao
génio observador e: inteligente de
Millardet, que ensinou aos vinhatei-
tos o remédio contra o mildiu.
Aumentando a aderência das caldas pode
diminuir-se o seu teôr em sulfatô de
cobre.
Do mesmo: modo, à sensata ini-
ciativa. de Vermorel se deve a re-
dução que se pode fazer na dóse do
sulfato de cobre que se’adiciona às
caldas.
Foi na Estação Viticola de Ville-
frenche, em França, que em 1913 e
tg14 se fizeram experiências sôbre
a redução do sulfato de cobre nas
caldas.
Nessas experiências incorporou-
se a caseina nas caldas para auxiliar
a sua aderência, e verificou-se que,
não obstante as dóses do sulfato te-
rem sido reduzidas a 500 e 250 gra-
mas por hectolitro de calda, em vez
de 2 quilos pára a mesma quanti-
dade de calda, o remédio produzia
o efeito desejado, e livrava as cêpas
do mildiu.
A caseina que se incorpora na
calda é preparada dêste modo :
Misturam-se a sêco e muito in-
tensamente 150 gramas de cal gor-
da em’ pó com 5o gramas de casei-
na em pó fino. Depois junta-se a es-
ta mistura. a- água suficiente para
constituir uma pasta. Feito isto, adi-
ciona-se a esta pasta água, a pouco
e pouco, até fazer um litro de liqui-
do bem fluido e que não faça gru-
mos no depósito, Atendendo às
proporções que ficam consignadas
para um litro, se fabricam porções
mais ou menós avultadas de água
caseinada, que se incorpora nas cal-
das ao fazer os tratamentos.
A dóse que se junta à calda é um
litro de água caseínada, por-cada
hectolitro de calda.
Se no preparado da caseina apa-
recerem grumos e godilhões no fun-
do do receptáculo, é sinal de que a
caseina não está bem dissolvida no
líquido.
Este é o processo que lembro pa-
ra ocorrer à defêsa das vinhas pe-
quenas.
Para grandes extensões de terre-
no ha meios de defêsa alheios à in-
tervenção do sulfato.
Outros meios profiláticos a adoptar contra
o mildiu—As nuvens artificiais
Efectivamente no momento em
que se levantam: dificuldades quasi
insuperáveis contra o tratamento do
mildiu pelo sulfato de cobre, é oca-
sião, creio, de lembrar todos: os
meios profiláticos que existem para
preservar as vinhas do mildiu.
Esses meios são conhecidos de
todos e traduzem-se pela situação
da vinha, pelo modo porque se di-
rige o seu cultivo, pela resistência
das castas e pelos abrigos.
Como de momento não se podem
utilizar senão os abrigos, por serem
só êstes que é possivel ainda orga-
nizar, será dêstes apênas que fala-
rei. :
A benéfica influência do abrigo
contra o mildiu, procede da própria
natureza dos seus verdadeiros facto-
res, que são, como sabem, a humi-
dade, a água e o calôr.
Como, porêm, está provado ser
o orvalho o principal gerador da
água que se encontra nas fólhas e
frutos da vinha, e são os abrigos
um estorvo à formação do orvalho.
serão’os abrigos inquestionávelmen-
te, em vista do exposto, um optimo
remédio contra o desenvolvimento
do mildiu.
Ora o orvalho, é sabido, fórma-
se em virtude do resfriamento pro-
duzido pela irradiação noturna, que
se efectua da superficie da terra pa-
ra a abóbada celeste.
Assim pois. quanto. mais pura é
lavada de nuvens estiver a atmos-
fera, e quanto mais núa e rôta se
achar a superficie da terra, mais in-
tensa será a irradiação e mais orva-
lho-se formará,
Desta maneira, tanto é abrigo con-
tra o orvalho, a érva que atapeta €
BEIRA
esconde a superficie da terra, como
abrigo, contra a irradiação, são as
nuvens que se acharem sobranceiras
ás vinhas. ‘
Mas como não podemos confiar
no abrigo fornecido pela lizura da
terra, ou na sua cobertura com ér-
vas, porque qualquer dêsses atribu-
tos determinaria a falta das cavas,
e não pode haver colheitas remune-
radoras .. sem: os, respectivos ama-
nhos, só nos resta apoiar-nos na in-
fluência dos abrigos, sobranceiros
às vinhas e constituidos pelas nu-
vens. Por essa fórma, serão as nu-
vens que, estabelecendo uma verda-
deira baia entre a superfície da ter-
rae a abóbada celeste, dificultarão
com êsse biombo improvisado que
tenha lugar a irradiação, e, desde
que esta se não dê, não se formará
o orvalho, consequentemente, não
se desenvolverá o mildiu. *
Vejâmos agora como se organi-
zam ‘as nuvens. Ora é fóra de toda
a dúvida, que não podemos contar
com’ nuvens naturais sôbre as vi-
nhas, sempre que precisarmos do
seu auxílio, e, portanto, impõe-se-
nos a obrigação de fabricar nuvens
artificiais, que nos ajudem a impe-
dir a irradiação, e a consequente
formação do orvalho.
E! conhecida a maneira prática de
realizar o fabrico-das nuvens artifi-
ciais.
Estabelecem-se fogueiras em di-
versos pontos da vinha, e do lado
de onde se calcula que deverá so-
prar o vento, para êste empurrar o
fumo dessas fogueiras e espalhá-lo
em nuvens sôbre a vinha.]
Conseguido isto, é claro, envol-
verá essa nuvem toda a vinha, e pai-
rando sôbre ela’servir-lhe-há de abri-
go, por se interpor entre a terra e
a abóbada celeste, e estorvar a irra-
diação e, com isso, a formação do
orvalho.
Posto isto, devo lembrar que a
utilidade do meio que aconselho, es-
tá plenamente demonstrada na Amé-
rica. E” ali do conhecimento de to-
dos; e Vialla faz menção do facto
de-que são isentas do mildiu e black-
rot, as vinhas para onde o vento
impele as sombrias nuvens de fumo
lançado na atmosfera pelas chami-
nés. das fábricas que abundam nas
cidades industriais. E pelo contrá-
rio não gosam do mesmo benefício
e chegam a perder go por cento das
colheitas, as vinhas que estão livres
daiinfluência protectora dêsse fumo
abençoado.
Assim pois, não me resta a me-
nor dúvida, que as nuvens artificiais
são um meio profilático para pre-
servar-as vinhas contra o mildiu.
Antonio Batalha Reis.
(Do Século Agrícola).
caSA das
MOSAICO
As duas rosas
Sôbre se era mais formosa
A vermelha ou branca rosa,
Ardeu séculos a guerra
Em Inglaterra.
Paz entre as duas, jamais !
Reinar ambas as rivais,
Tambêm não; e uma cgder
Como há de ser?
Faltei eu lá na Inglaterra
Para acabar com a guerra.
Ei-las aqui bem iguais,
Mas não rivais.
Atei-as em laço estreito :
Que artista fui com que geito:
E oh! que lindas são, que amores
As minhas flôres !
Dirão que é cópia, —bem sei:
Que todo inteiro o roubei
Meu pensamento brilhante
Do teu semblante…
Será. Mas se é tão belo
Que lhe dêm êsse modêlo,
Do meu quadro, na verdade,
“Tenho vaidade.
cAlmeida Garrett,
O rei dos gigantes
Não há dúvida sôbre que deve
ser considerado rei dos gigantes o
que recentemente se exibiu numa ex-
posição de Buffalo (Estados Unidos
da América do Norte).
Chamava-se êle Eduardo Beau-
pré, era canadiano francês, de 18
anos de idade, e media a altura de
2 metros e 34: centimetros. Cada
perna media 1 metro e 14 -centime-
tros, cada pé 43 centimetros de-com-
primento, cada mão 28 centimetros !
As regateiras de Paris
O entusiasmo das regateiras foi
sempre fácil e expontâneo para os
grandes acontecimentos, qualquer
que fôsse a política que os caracte-
rizasse, y
Assimy elas festejaram Luís XIV,
o regente de Orleans, e Luís XV;
cobriram de flôres a Luís XVI e
acompanharam a carreta em que foi
a guilhotina, gritando:
—Morra o tirano e viva Robes-
pierre! :
Quando Bonaparte desfezvo di-
rectório, gritaram :
— Viva o primeiro consul!
Os mesmos vivas dirigiram depois
a Napoleão o Imperador » depois a
Luís XVHI; fizeram um cortêjo po-
pular a Carlos X; adornaram as
barracas de flôres à saída do rei-ci-
dadão ; coroaram de rosas a árvore
da liberdade é elevaram às nuvens,
com os seus quentes mas volúveis
entusiasmos, os nomes de Rollin,
Lamartine, e detantos outros!
Num tribunal :
Juiz-—O réu vai ser condenado ;
e aí tem você o resultado de andar
com más companhias.
“Réu-—lsso é verdade; desde que
me conheço não tenho convivido se-
não com polícias, escrivães e juizes.
— ANUNCIOS *
Lastanheiro «do. Japão
O unico que resiste-á terrivel
moléstia, a filoxéra, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
nossos soutos, é castanheiro do
Japão.
O castanheiro japonez ofere-
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem.
sido feitas não só ao norte do
nosso pais mas principalmente
em França, onde o castanheiro
foi primeiro que em: Portúgal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de jcastanhei-
ros do Japão, dando Jum, rendi-
mento magnifico. –
O castanheiro japonez acha-
se à venda em casa de Manuel
Rodrigues, Pedrogam Grande.
PROFESSOR DE INGLÊS
Lecciona. Traduções de inglês,
francês e espanhol.
GUARDA-LIVROS.
Escrituração comercial e agrícola.
Correspondencia. ds
Trata-se com F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim,
Vendem-se todas as propriedades
rústicas, que pertenceram a Possi-
dónio Nunes da Silva, em Sernache
do Bomjardim.
Quem pretender ou desejar es-
clarecimentos, dirija-se ao sr. João
Carlos de Almeida e Silva, de
SERNACHE DO BOMJARDIM
di di
di nd
]
á
á
j
@@@ 4 @@@
Edo ie arise cre MEgNERSS cerepea a cacto masc
Ro “carro, pepoindaa arise
a te sr introdnzião nO NOSSO mercado esta sobenha marca. de dmtomis
TORP: “no MODE LO 191&
6 eliindros’ em dois blocos: 95″/nxX188” [n46, 5 HP a 1260 rotações.
Alumage: Bosch alta tensão.
Mudança de velocidades: Electrica vutcan.
Humináção: Etectrica: Westinghouse.
Conta-kilómetros: Stewart. = o
“Mise-en-marche: Electrica. MV estinghause: 2 ae
Roda sobrecetente, Faroes e lanterna, Busina etectrica, Bomiba-
enche-pneumáticos e Capota
Em outros países teem esStesicarros já obti do o mais extri ordinário: su-
cesso, . porque, alêm «de-suplantar todos os. Aperfcicormentos introduzidos
nos de outros fabricantes, ocupam: um lugar de destaque pela solidez da sua
consteução; elegância, velocidade, duração e economia; dé “combustivel.
Teein uma: longa distância: entrs os. eixos, baixo centro de. gravidade,
todas largas com grandes pneumáticos, excelente, sistema «de lubrificação au-
Tomática e estofamento Turkishde 11”.
A sua marcha é da-maior confiança, tanto. nas, [uas, das cidades como
nas peiores estradas de rodagem e nas subidas, não teem rival.
E, alâm de todas estas vantagens, são, extraordinariamente mais ata a
do que osde js os outros: carros de luxo até hoje, apresentados no nosso
pisado.
Representantes em. Portugal:
E ço OPES:. Bm Eb
Esentronio: Avenida das Côrtes 17º
» – GARAGE: Rua 24 de Julho, 50-E e 50-F
ei b sbre LE EB A – colocn
– End, telegr.: DITA Telefone n.º 1800
“CAMISARIA EYSNE
= DE ==
rn redo . Silva.
CELERON ECON 3529.
da ae a Augusta, (68-—LISBOA
Artigos, que ninguem deve comprar o |
so Sem ve EO sortiménto te preços desta e casa
“oamisas – PY JAMAS + BOTOES
‘CEROULAS “CAMISOLAS” “SUSPENSORIOS
“PUNHOS -PEUGAS “BENGALAS |
“COLARINHOS:! | LIGAS | GUARDA-CHUVAS
GRAVATAS LENÇOS ob IMPERMEÁVEIS |
Ro doviddos “escoa directamente de: Londees e Pais
PREÇOS pe
tan di rider ain [rios un quis 65
“Estica k gia mentíis, loúçás, vitro
aq ê tabacos sa
E Grande Sortimento de conservas de primeira qualidade, de, carnês, Pei-
xes e mariscos. – seo
Licôres nacionais e estrangeiros, vinho do Fenda &- de as
E – Bineçós | Temitadíssimos e.
ANTÓNIO LOPES,
Sernache do Bomjardim |
PABRCA 1 DA SALGA
– Moagens e: fabrico de eito
copa de cereais e farinhas. o
*’Recebem-se cereais E azeitona â maquia:
“NTONIO: PEDRO DA SILVA JUROR-
Sernache do Bomjardim
QURIV Al
ANTONIO DA COSTA. NOTGA
‘SERMACHE DO BOMJARDIM Co
to EssaiónE sortimento de relógios; ue todos: e
sistemas e variados, dutotes
Objectos de « ouro e: prata de fino gôsto, mui prós.
prios DAR DIMARS 6 o
«Goncertosgaraniidos.
quimica que a distingue de todas as outras até hoje uzadas na
-SÁRIA E RELOJONRIA
“PROPRIETARIO.
Miguel = “Costa Trindade
Ei? antiga” Epi cs bote está” habilitada a executar com. a. à mal. A
xima rapidez e perfeição. todos os trabalhos de. grande, e peque-. EN
nó formato, para o que possue as “competentes . maquinas e gran.
de variedade de BRsEo! nacionais e estrangeiros. =
“IMPRESSÕES: K CORES: OURO E PRA
N ) aiinétes de, visita: desde 24 ctv..o cento, Participa |
pegue rd casamento e livros ae a Rev
DEPOSITO DE NPRESãS PARA REPARTÇÕES BP PAM) COLARES
“Largo, do > Passeio — LEIRIA,
«Preparado por FRANCISCO SIMOES nie ois
O mais aper feipoado e mais bar ato : odntr o d
Com este paro bee se too cópias de qualquer autógrafo “como:
preços correntes, circulares, mapas, avisos, fREMUIAE cartas, oficios, dese-
nhos, plantas, caricaturas, anuncios, eic.
|’ o único que está sempre a funcionar, porque se póde lavar COM
AGUA QUENTE EM UM MINUTO.
“E” muito útil nos escritórios comerciães, govêrnos. civis, Reininlsignes
de concelho, câmaras municipais €, finalmente, em todas às, Tepartições, pú:
blicás e particulares em algumas das quais funciona com inexcedivel êxito.
E’ o único que dá tantas provas nitidas e: que. pode funcioner – cinco
minutos depois de ter servido, por se lhe tirar a tinta com água quente em
menos de dois minutos, Garante se o bom resultado; Testituindo-s se o impor-
te em caso contrário.
o PREÇO Do APARELHO
Para úrar bilictes de vista Reno
Eosmalosteoro «on amem DoSld efe o neta uisinrionro 9h 410004
Pes e
»
izedO é ve Eombiasto: segun e e shui ue abmstoo Ne uID0O
b mina csomerGiahuico sievesodasor do quer ob odisdsmi o extiahÃ400 q
Rod ARoRGab putlua elogio jo cossapepioti obvio en tIDO di
DeOiA “duplo, JONBRO UBE eat vs ado auitoso as SRdatn
Mest o pulo ia Jide ADISMO À à made 18400».
“o uimbplo oquilo ay ap apimoadta- À poccreocS PERO nL Io aDo
| Tinta–rasco ánde. é Eee dO ad eras ups pode PRO
Me nuiv – pequeno. É o eobéd. cousa ob mise o o gádus ahi Opinihie
Para “as províncias acresce mais 190 tes poi aprêlho.
o ne “s/pedidos devem. ser. a do
“FRANCISCO: SIMÕES
Ee RUA Dos Ein to 1838 5m LISBOA,
“gua da, Foz da Certá
A Agua minero- anieinvil da “Foz da Elsa! gi E mão
apeutica.
E’ empregada com segura vantagem da. “Diabetes Dispepsias-= Catar.
ros gastr Icos, pulr idos ou parasitar 108 ;–nas prever. sÕES: digestivas derivadas:
das doenças infeciosas; ;—na convalescença das febres graves ;-——nascatonisa..
gastricas dos diabeticos, tuber culosos, brightiços, BlG n=10: sua oe
exgotados pelos excessos ou pr ipações, ale et E
Mostra a analise bateriologica que a “Agua da Foz. da Certão dal como:
se encontra nas garrafas. deve ser considerada como microbicamente:
pura não contendo colibacitlo, nem nenhuma das especies: patogeneas
* que podem existir em aguas. Alem, “disso, gosa de uma certa acção mierobi.
cida. O B. Tífico, Difeterico e Vibrão colerico; em-pouco tempo
‘ nella perdem todos a sua, utalidads, outros microbios apass ensaia rpogém res
sistencia maior. .
A Agua di Foz da Ceriã não tem gazes. liyres. é limpida, de sabor, isa É
Vc oi cido, muito agradavel quer bebida, pura,-quer misturada com
VIDDO-
| DEPÓSITO GHRAM es
a À nas S FANQUEIROS— —84—LISB. Sa
“Peletone 2168168