Eco da Beira nº26 14-02-1915
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à é
Assinaturas:
MANO. o e JD O
Semestre… = 60
BraZill-(moeda†brazil – “59ooo
“Anpncios, na:3.º e 4.2 página 2 cen-
tavos alinha-ou espaço de linha’.
Publicação na Certã.
“Redacção e administração em
SERNACHE DO BOMJARDIM
NERO 8 impresso na Tipografia Leiriense
RNA:
S POLITICAS
O nosso presado colega. e da
“Beira, lançou o grito de alarmé con-
tra O perigo que ameaça a integri-
“dade desta comarca, pelo desmem-
bramento dela do visinho concelho
de Vila de Rei, para ser incorpora-
do na de Abrantes ou vir a formar,
cóm Ferreira do Zézere, uma nova
comarca. E
E, de caminho e a propósito, vai-
-se lasimando da falsa orientação
e erros da polÃtica de engrandeci-
mento.
– Ora, ainda bem, que uma. vez,
emfim, estamos de acôrdo!.
— Atal polÃtica de Re agido
“contra à qual nós temos bradado..
Ai estão os seus resultados—os re-
sultados dessa orientação pequenina
e egoÃsta, sem ideais nem impres-
sões alevantadas!
“Acordaram agora, “estremunha:
dos, ‘ dêsse sonho de. delÃcias, e é
que descobriram que, por falta , de
comunicações, Vila de Rei está-qua-
si completamente separada da Ger-
tã, mantendo com êste concelho pou-
co mais do que as relações judiciais,
e essas mesmas em risco de se que-
brarem, em favor de outros conce-
lhos mais previdentes e zelosos.
Que não há estrada para-Vila de
Rei.
E! verdade,
Mas quando, há pouco mais de
dois: anos, estando na pasta do fo-
mento a mais vera efÃgie do cama- ‘
chismo, se fez a distribuição de fun-
“dos’para viação, as. tubas, canoras
do unionismo cá da terra entoaram
hinos, triunfais, pela generosidade
quasi perdulária com que havia; sido
contemplado Êste concelho.
Conseguira-o-sr. “Tasso 400300
para a estrada de Vila de Rei: tudo
o mais que. pôde “arranjar desti-
nou-o… Ã estrada do Couto, a con-
tinuação | da celebrada estrada da
Boneca!
Foi êste o triunfo que os arautos
celebraram!
-Não sabemos se a iminência do
perigo é tão próxima e tão grave
como o vemos anunciado.
Ignorâmos se os povos daquele
concelho, cançados de tal abandono
e de, tanta desconsideração, estão
dispostos à ir constituir uma nova
famÃlia judicial, com quem nielhor
lhes tenha compreendido os seus in-
teresses é servido as suas necessi-
dades.
Bem pode ser que algum funda-
mento haja para o alarme da Voz
da Beira, e a falta de comunicações
com a, Certã, derivando num senti-
do: “oposto†as relações daqueles po
vos, é, em verdade, uma forte razão
de facto, contra a qual, entretanto,
outras considerações haveria que
ponderar.’
Mas, há nestes factos uma razão
que sobreleva a todas, uma fôrça
“maior, que remove todas as dificul-
dades e aproxima todos os elemen:
tos: co
Falemos claro. Deixemo-nos de
circunlóguios e de eufemismos.
Referimo-nos’Ã ng da polÃtica.
“Se amanhã Vila de Rei puzer cla-
ramente essa sua pretenção, de que
meios dispõe a Certá para conjurar
êsse perigo e evitar êsse mal?-.
A sua fórça polÃtica é inane e por-
ventura absolutamente. négátiva.
Por afeição pessoal, aliás respei-
tável; mas que não devia ser aceite,
cómo sacrifÃcio inglório, que é, a
Certã foi arrastada para as fileiras
duma patrulha condenada a desapa-
recer irrernediávelmente da vida po-
lÃtica do paÃse “5
São os Saanidtas da Repú-
blica.
– Q.unionismo liquidou truculenta-
mente no desvario dos acontecimen-
tos de. 20; de: Janeiro…
: O. próximo «acto eleitoral será o
seu responso fúnebre.
A situação polÃtica da Catas “que
para espÃritos, reflectidos, ontem, era
suspeita – e inconveniente, denuncia-
-se, hoje, a todos como uma, aven-
tura temerária.e ruinosa. Reincidir
e persistir nela seria uma inconve-
niência imperdoável.
Na transformação polÃtica: que se
está operando no paÃs, criando e-de-
finindo correntes de opinião e ro-
bustecendo os agrupamentos parti-
dários que a essas correntes corres-
pondem, a Certã deve tomar novas
posições, e inaugurar uma nova vida,
adoptendo a agremiação que melhor
satisfaça os seus ideais e em que
melhor possa servir a República e
bem. defender os interesses dêste
concelho.
E faça-o, sobreludo, em termos
hábeis e conciliadores, com ponde-
ração e sem paixões nem reservas.
-O momento pode bém ser irreme-
diável e decisivo.
Pensemos. todos nas nossas res-
ponsabilidades e cada um nas suas,
Já que os polÃticos foram. surdos
aos nossos conselhos, ouçam-nos
agora ao menos os homens de bom
senso e patriotismo que ainda ai
existem.
A Certã não se limitou à : impru-
dente aventura únionista: lançou-se
desordenadamente numa polÃtica de
intransigências e provocações.
Um dos seus marechais, que. há
cêrca de 4 anos, publicamente apo-
dava de traidores os que servissem
“a causa monárquica, bradava, pos-
teriormente e há pouco tempo, que
o partido democrático era o inimigo
comum, e que, entre democráticos
e monárquicos, não devia haver he-
– sitações em favor da monarquia!
O grito de- guerra correu veloz,
de boca em boca, e não se: pode di-
zer que os unionistas tenham esmo-
recido. no cumprimento dêsse santo
e senha: para uma: campanha que
êles teem feito com paixão assinala-
da, em ódios e RA oe: insen-
satas.
O que por aà se diz e faz, a to:
dos os propósitos e com todos os
despropósitos, em todos os lugares,
sem rebuço nero pudor, sem excep-
tuar mesmo os: mais – impróprios e
até os vedados a discussões polÃti-
“cas, não-é mistério nem segrêdo pa-
ra ninguêm ; e as suas consequên.
cias começam já a trazer rebates Ã
consciência dos que nessa desorien-
tação responsabilidades teem.
A Voz da Beira está até em acre-
ditar, a propósito do caso. de Vila
de Rei, «que em nome de certas re-.
presálias polÃticas. se pretenda por
éste lado fazer brecha à Certã, pre-
judicando-a.».
Começam a arrepelar-se..
Represálias, não. Não, confunda-
mos. É uma presunção: muito arris.
cada, para, não dizermos absoluta-
mente sem fundamento.
Chame-lhe antes um sangrento
contraste e ter-se há exprimido com
bem mais propriedade e verdade.
Os concelhos que requestam Vila
de Rei cuidam e procuram o seu en-
grandecimento, emquanto que a Ger
“tã nem a sua própria grandeza cui-
dou de conservar.
Os outros concelhos, cuidadosos
e previdentes, saÃram as suas fron-
teiras fazendo pontes e abrindo jes-
tradas através mesmo uma . provÃn-
cia alheia, para se pôrem em, con-
tacto com elementos. .que auxilias-
sem, à sua expansão e a sua rique-
za: a Certã faz estradas para O
Couto, levando anos a discutir se
ela há de ir pela Fonte Branca ou
pela Fonte da, Boneca.
Vila de Rei deu um apoio. franco
e eficás à República, inscrevendo-se
e servindo a causa do partido. de-
mocrático, que considera aquele con-
celho como um baluarte de bons e
valiosos amigos, com direito ao cor-
respondente apoio e fôrça polÃtica,
“ao tempo em que a Certã se lança-
va na boémia do unionismo, à espe-
ra de um dia de nevoeiro para a
ascensão do seu Messias !
E se os povos de alêm da Isna
vierem a esboçar a pretenção de
mudarem de famÃlia judicial, não é
inspirados em represálias —que ne-
nhumas devem à cabeça da comar-
ca—, mas em busça dos seus inte-
resses e das suas comodidades, que
a Certã, do remanso da sua polÃtica
descuidada e imprevidente, não sou-
be a tempo servir e acautelar..,
A Certã foi sempre a inspiradora
e orientadora—e mui naturalmente.
—da polÃtica dos outros concelhos
que constituem à comarca e por vá-
rias vezes formado um cÃrculo elei-
toral, mas os polÃticos da República
não tiveram tempo de se preocupa-
rem com êsses devaneios.
Deixou que os outros tomassem
posições politicas, e quando, tardia-
-mente, se decidiu a tomar as suas,
nem as correntes politicas do seu
próprio concelho atendeu, criando
uma situação inconveniente e precá-
ria, que bem podia ter evitado ou-
vindo os nossos conselhos,
O unionismo padece, de descon-
fianças que o inquietam: enferma
de paixões que o. desorientam.
-Redimam os erros passados.
A situação não é irremediável.
Vamos em breve esclarecer situa-
ções e definir intenções.
Sejam ponderados e reflectidos e
sobretudo sem paixões nem ac’ntes.
O partido democrático e os seus
homens nenhum mal querem à Cer-
tã e nenhum mal lhe farão. E†ela
que vai decidir. São os seus homens
de bom senso e bom. conselho que
vão resolver. . .
Numa última tentativa, lial é sin-
cera, pedimos- lhe a sua colabora-
ção e oferecemos-lhe a nossa, numa
acção comum pelas prosperidades E
integridade dêste concelho, . .
E: assim, | téremos cumprido. um
dever patriótico e restituÃdo, a êste
concelho a confiança e a, paz insen-
satamente perturbada.
Se à Certã quiser !….
ea
ADMINISTRAÇÃO cama
* Como já foi Hioticiado: nesta folha,
a câmara municipal: está, em sessão
prorogada, procédendo ao julgamen-
to das contas da sua comissão exe-
cutiva e contra elas. correndo o pra
zo de reclamacão.
Essas contas foram ahBofiialis
com um saldo de 1.608849!
Este facto é digno de Tegisto e
aqui o queremos consignar porque
êle revela o zêlo e previdência com
que a comissão executiva gériu os
negócios múnicipais.
Os patriotas que para aà andam
com moções bifrontes e capciosas
pedindo reduções de despesas em
atenção à época calamitosa que va-
mos atravessando e qué tantas vézes
com paixão acusaram a comissão
executiva de perdulária e imprevi-
dente, vêem agora bêm que ela es-
teve sempre prevÃda contra os ma-
les que podessem. sobvir e que as
contingências duma situação aflitiva
e anormal fôram por ela BG, e
acauteladas.
Essa câmara que melhorou os ser-
viços de higiene e da iluminação,
que criou partidos médicos e de par-
teiras, que fez estradas, reparou cal-
cadas e construiu fontes é reformou
o seu e essa câmara per-
dulária, como lhe chamaram os insi-
gnes patriotas, encerrou as suas
contas- deixando em cofre para a ge-
rência do corrente ano 1: 608449 :
Bem dignos de aplauso são aque:
les que, com devotado amôr cÃvico
e o sacrifÃcio dos seus interesses
pessoais, com tamanha dedicação,
zêlo e inteligência cumprem os de-
veres da função pública que fôram
chamados a exercer.
A administração “municipal tem-se
exercido com uma grande honesti-
dade e equidade e, quando as cir-
cunstâncias calamitosas da-crÃtica si-
tuação em que nos debatemos, tive-
rem melhorado, estâmos certos que
ela se assinalará por medidas de lar-
ga iniciativa e proveito para a vida
dêste concelho e, ao terminarem a
sua gerência, a câmara terá exobe-
rantemente correspondido às aspira-
ções de todos aqueles que lhe de-
ram os seus sufrágios e lhe teem
concedido o seu decidido apoio.
asas e
«Eco da Beira»
Este jornal não se publica na pró-
xima semana.
Em Carnaval não temos paciência
para escrever. Bem basta a que gas-
tamos a escrever éste número…
|
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Ega
BL)
PIABÇ OBLIPY “IS cu’XA
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+
POLITICA LOCAL.
—ep—
Carta a Giriaco Santos
Meu amigo :
Vou terminar a minha resposta Ã
sua carta, carinhosa manifestação da
sua: amizade e bela afirmação da sua
bondade e da sua lialdade.
Na minha última carta referi-me
eu ao desvarÃo polÃtico do unionis-
mo, dando imprudentemente à elei-
ção camarária a feição duma luta
entre povoações do mesmo concelho.
Fez-me dó a miséria do expedien-
te, como Zric eleitoral. Nem ao me-
nos aquela gente reparou que a es-
peculação era de efeitos contrapro-
ducentes porque, pondo a questão
em termos tão dementados, êles se
incompatibilizaram com os elemen-
tos que pudessem ter em Sernache
e que não poderiam auxiliá- los, des-
de que a luta se dirigia contra a sua
terra.
Não ponho â questão no campo
dos princÃpios, nem vale a pêna en-
cará-la sôb êste aspecto.
Não foi sómente a exploração gros-
“eira dum sentimento mais grossei-
ro ainda, imprópria de homens que
se propunham inaugurar neste con-
celho uma polÃtica de ideias e de
ideais: foi também a conspurcação
dos bons princÃpios republicanos fei-
ta por homens que assiin se lança-
ram num atoleiro polÃtico, na sua
primeira batalha eleitoral.
O caso surpreendeu muita e
talvez mais pela insensatez do expe-
diente do que pela ofensa dos pr
cÃpios. A mim não.
Para mim foi a revelação dum es-
tado de alma muito do meu conhe-
cimento, a demência duma preocu
pação que eu sempre combati com-
uma lialdade que nunca, foi com-
preendida nem atendida.
Nos esforços que empreguei para
fazer a pacificação dêste concelho,
unindo todos os elementos numa
honrada e lial colaboração, eu não
fui simplesmente declamatório e ba-
nal,
Fui prático nos meus a’ vitres e na
minha acção,
Vou expôr-lhe um caso, algo. cu-
rioso, e o meu caro CirÃaco julgará
da honradez dos meus propósitos e
da dos outros,
Quando foi da apresentação do
projecto de código administrativo ao
Congresso da República, eu previ lo-
po que os antagonismos que eu, ao
“que parece sósinijo, procurava extir-
par, vieram. a explodir numa pre-
tenção aliás jusussima.
Mas ê êsse ensejo que muitos ante-
veriam como uma luta irritável, tive
eu a stulta pretenção de apresentá-lo
como um elemento de pacificação
definitiva.
As minhas ingenuidades!
“Para mim, para a minha terra,
mais do que o concelho, 1 incompa-
rávelmente, valia e significava a re-
forma do colégio das missões, Para
a minha. terra e para toda esta re-
gião.
Eu não tinha, por êsse tempo, de-
sejos nem propósitos nenhuns de
tomar iniciativas e intervir na polÃti-
ca activamente. Queria ser simples-
mente um comparsa em obscura co-
laboração na obra republicana do
meu concelho,
Não afrontassem nem agravassem
a minha terra e eu dar-lhe-ia o meu
modesto apoio.
O sr. Tasso de Figu iredo era
uma figura de destaque na Repú-
blica, de prestÃgio e de valimento, e
da minha sincera consideração.
Fizesse êle a polÃtica do nosso
concelho, d indo-lhe os benefÃcios e
a situação de prosperidade a que êle
tinha direito.
O.sr. Tasso de Figueiredo ea di-
rector geral do ultramar, com deci- .
siva influência no ministério das co-
lónias, ao aa estavam afectos os
negócios do colégio das missões.
Fizesse êle, pois, a sua reforma,
com uma orientado moderna, conçe-
dendo lhe um curso er e criando
nêle oficinas e uma esçol a agrÃcola,
ECO DA BEIRA
Bem fácil lhe seria>e êle teria en-
grandecido o seu nome polÃtico pres-
tando um assinalado serviço à sua
terra, porque, embora tal obra in-
teressasse mais próximamente a Ser-
nache, ela seria do mais largo alcan-
ce e do maior benefÃcio para toda
esta região.
Mas outro era ainda.o seu gran-
de alcance.
A minha terra recebendo tão im:
portante benefÃcio teria satisfeitas as
suas aspirações.
A Certã, com êste generoso ges-
to de gentileza, teria conquistado a
gratidão de Sernache. E quando me-
ses “depois, fôsse promulgado o có
digo administrativo, nós não iriamos
reclamar ‘o concelho que lá tinhamos
porque, dignamente, nos era veda-
do um acto de hostilidade contra
“quem tão generosamente havia fei-
to o nosso engrandecimento e cui-
dado das nossas necessidades.
Foi nestas consideraçõ:s, que eu
supunha ser a orientação sensata de
um patriota, mas que depois reco-
nheci ser’o delÃrio manso dum ma:
nÃaco, que eu abordéi o delegado da
República neste concelho. |
” Núamente e sem átavios aqu’ vai
à sua resposta que ainda hoje vibra
aos meus ouvidos como um estali-
do: «que não podia fazer-se uma tal
refor ma porque, depois, toda a gen-
te quereria ir para o Colégio, o que
seria tirar braços à agriculiura; e,
além disso, ele ver-se ia assediado
com pedidos de emp egos!»
Eu não seio que então pensei,
Creio ter tido a impressão de me
terem deitado duma janela abaixo.
x
Um amigo meu ae assistiu Ã
“conversa disse-me que eu ficara com
cara de parvo, mas eu creio que
não fui da impressão.
Essa cara de parvo levava eu,
com certeza já, sou fui fazer o
pedido !.. 5
Claro é que a resposta não tradu-
zira o sentir do sr. administrador do
concelho. :
Um homem†ilustrado não pode
pensar assim, nem praticar um tal
atentado contra a verdade e contra
o bom senso. Foi simplesmente uma
desculpá que encobria propósitos é
intenções, que pára! mim não eram
já uma reve. ação:
Deixei-me, todavia, de “cogitar dos
propósitos e da orientação dos ou-
tros, para reflectir que a minha ter-
ta estava, senão sériamente amea-
cada pelo menos completamente
abandonada.
Porque êste cas não foi um facto
isolado : em volta dele deram se ept-
sódios que não vale a pena referir.
x
Foi , então, meu caro CirÃaco, que
eu totéi a resolução intima dé vol-
tar mais ostensivamente à polÃtica.
Mas, ainda aÃ, eu pretendi preve-
nir e evitar faturas riwalidades lo-
, cais.
E bem de ver é que se o partido
democrático se instalasse ou tivesse
a sua maior fôrca em Sernache, ea
Certã fôsse exclusivamente ou qua-
si exclusivamente dum partido ad-
verso, as lutas polÃticas que viessem
na
a ferir-se teriam à feição duma luta |
de povoações, o que contrariava os
meus desejos e convinha a todo o
custo evitar.
Por isso e por outros motivos de
não menos valor. bem de compreen-
– der, eu quis criar va Certã um nú-
cleo do partido democrático que, ao
menos pela autoridade dos seus ho-
mens, fôsse a garantia e o fiador da
lialdade das nossas intenções.
E tão valiosamente fui auxiliado
por homens de bom senso e são
conselho, que ainda um homem de
valo: e categoria morál, que eu mui-
to considero é estimo, chegou a dar,
em tal sentido, os seús “primeiros
passos, chegando mesmo a ir, com
êsse propósito, a Lisboa.
Flic ad ds fuit!
O bom homem foi ali por tal for
ma invetivado e convencido que dei-
xou a Gertã em todo o esplendor da
sua polÃtica de ódios e ataques ao
partido democrático.
A Certã só para 9s unionistas.
Ser democrático é ser contra a
Certa.
Esta a concepção genial dêsses ge-
niais polÃticos !
Foi por isso, meu caro amigo, que
nãome fez surpresa que os nossos ad-
versários fizessem tresloucadamente
da eleição da câmara uma luta de
localidades e que assim considerem :
“a existência da câmara.
Está-lhe no seu estado de alma.
9, contrário é que seria uma men-.
: tira! 4
Mas nós é que estâmos no Ro ;
to e no-dever d: repelir a stulta pre- —
tenção, -que é uma- mentira e um
atentado às nossas intenções pelas
quais respondem os nossos actos.
Havemos de: proceder como en-:
tendermos e não como êles quise-
“rem. Ro
Até hoje o nosso partido, insen-
sÃvel à gritaria desordenada dos ad- “|
versários, nenhum mal fez à Certa,
porque. nenhum mal lhe quer e ge- é –
nhum perigo para ela representa.
Estejam disso certos todos os ho-
mens desapaixonados.
A lealdade e isenção do meu pro.
de ai fica bem nitidamente vin-
cada nesses episódios da nossa vida
polÃtica.
Outros podia referir, não menos
elucidativos.
Ainda um dia, meu caro Clio
lhe, hei de dizer quem foi o corifeu
polÃtico. que foi à secretaria do co-
légio examinar um: contracto de ar-
rendamento, dum terreno. para mer-
cado público, indignado por não ter
tido. dêle prévio: conhecimento…
para evitá-lo! O grande patriota!
%
A. acusação, pois, que se vem fa-
zendo contra O partido democrático,
sôbre ser uma afirmação gratuita, é
uma- exploração ignóbil, cóntra a
qual eu protesto veementemente.
Como exploração indigna a fepilo.
Empreguei incessantes e’sinceros
esforços no sentido de fazer a paci-
ficação dêste’ concelho, removendo
dificuldades, esclárecendo mal-entén-
didos-e apagando resentimentos pre-
judiciais à marcha Ros dêste
concelho:
Nada pude contra a má fé daque-
les a quem essa exploração convêm
e que dela vivem.
Fiquem-lhes a êles as responsabi-
lidades.
Não pretendo convencêr ninguém:
registo apenas factos, pará definir
atitudes e intenções. =
O procedimento do partido demo-
crático e os seus propósitós não’são
de hostilidade contra a Certã : pelo
contrário, pretende e quer fazer a
prosperidade dêste concelho, uno e
integro.
Este é o facto, bem do’conheci-
mento do meu caro CirÃaco.
Não nos querem nestas end
ções ?
Ateimam em considerar- -Nos como
inimigos e como tais nos tratarem,
acintosamente, odiosamente ?
Seja. * Não “será preciso já gritar
muito.†Não insistiremos nos nossos
propósitos, repelidos pelos que’dê-
les teem aproveitado e podiam apro-
veitar é que em nós vão já Re
rando em toieima.
Isso é com a Certã.
Aceitamos a situação sem contra-
riedade e não seremos nós quem da
mudança virá a tér arrependimentos.
Mas que fiquem bem definidas é
nÃtidas as responsabilidades de to-
dos -— os que com isenção e alevan-
tado espirito republicano, sincéra-
mente trabalharam pelas prosperi-
dades e pela paz dêste concelho e
os que’ tudo ensarilharam e explo-
raram para perturbá-la: e mantêr
uma situação irritante que êles tôr-
pemente exploram e de-que mise-
ravelmente vivem. Ê
Para contas: futuras !.0. 0
Era o que eu lhe tinha prometo:
– e deixo cumprido nesta minha ulâ€
tima carta.
Para o público, que a justificação
não era precisa para’-o meu caro
CirÃaco, que bem conhece a minha
orientação e as disposições do meu
ânimo, e o cuidado que todos nós
“ tável que um pacÃfico cidadão não
peréne’de gloria e de felicidades:
temos tido para não alimentar um,
estado de inquietação e ódios, que |
é uma afronta à democracia e anega-
ção da dignidade polÃtica e da pró-
pria dignidade individual dos “que a
querem e nela vivem como rãs coa-
xando num pântano. |
Desculpe-me, meu caro Ci faco e
Ee me sempre
eu admirador e muito
dedicado,
* Serieiche,
= H=9-915
titia Eigi
«Formiga branco»
»Comêste: tÃtulo dá -nos a «Voz ic
sad a seguinte notÃcia: 1:
“ «À extinção desta agremiação “de de-
tados pé parece ui uma oedida, a pro-
— Uma medida desta ordem impunha-
-Sse como um gesto moral para bem do
Tegimen. K
Assim. deve ser. Agora. Rs
Quando os polÃticos unionistas : a
fóram buscar ou mandaram vir de
Castelo Branco para andarem por aÃ
com ela a vexar os homens honra-
dos da Certa, que não. vão lá bei-
jar-lhes a mão, e a passar buscas a
casas de cidadãos honestos e. pacif-
cos, então não era uma sociedade
de delactores nem, era uma «pr à ga».
Isso é só agora,
Então, era uma instituição respei-
nos lembra agora. quem foi…
numa farmácia da vila, remia,tré-
mia de susto por causa duma. Ato
tita que lá a em casa! –
Tambem já fala agora mais forte.
– Que é thalassa!
Pois que o seja, por, muitos ‘a
e bons, que não lhe queremos mal
por isso. Nem por outra coisa.
Mas, acabar com a formiga!
“Hum!
– E’ uma das ideias mais patuscas
que temos visto em polÃtica, esta, de
dissolver uma sociedade Secreta, ..
General Pb É o
Tenente Xavier Pereira.
Com a ultima expedição que. Mar
tiu para Angola, ‘em defeza da hon-
ra e integridade da’patria, vaé o
nosso patricio, tenente ga suar
de Matos Pereira. pita
Saudamos’ carinhosqdrente: o: brio-
so oficial é dedicado republicano; a
quem desejamos: uma ‘ campanha
– as.
Recita, infantil
E’choje que no “Teatro Taborda
dé Sernache se deve realisar o es-
petaculo, que no ultimo numero
anuniciamos, em beneficio dos feri-
dos Ja guerra.
Interessantes creanças, dão a esta
recita a sua, cooperação entusiastica
e simpatica, –
A parte, dramatica compõe se + das
comedas Uma. heroina de 11 anos
Uma experiencia e O dueto Os | pri-
minhos. .
Lá iremos com um grande pra
“Bem hajam os que de tão belo
facto tomaram a iniciativa.
eia RE
Instituto Branco Rodrigues .
Um cego de nascença que ad-
quire vista
e Companhia dos: ni da
Ferro Portugueses, aceitando: o ofe-
recimento que-o sr:’Branco Rodri-
gues lhe fez para admitir nasua ins-
tituição duas crianças-cegas, filhas
de empregados da Companhia, apro-
veitou êÊsse oferecimento para o me-
nor de 8’ anos, José M ria Carva-
lheiro, filho do: assentadors da via
ferrea António Garvalheiro e de EmÃ-|
.
.
@@@ 3 @@@
lia Barroca, guarda-da lihha, em Ma-
rinha das Ondas, Coticelho†de Fr |
«sueira da Foz.
as AT Gama into, cos
nos, desta, a TS : Ê
‘ Pelo facio†de- sofrer estada
logia, onde: foi operada com. tanto
“êxito, que conseguiu obter vista.
i&Depois de sair do Instituto de Of-
; talmologia,: “foi apresentado pelo fun- |
: dôs-Gegos, ão sr.
di Institute
Melo e Sousa, presidente do conse-
lho da Administração da Compa-
nhia dos Carminhos – de Ferro, que.
« Branco, Rodri- :
‘ghes,. pelo – brilhante, resultado « obti-.
felicitou, muito, o.
do.
Instituto de G
é um so Sanatório, Ã
receber Aisirtão nfinsttada a
pano
to que as PRA cegas vão ensi-
par e que: apresentarão. a exame de.
instrução primária, ana ni
A eneméria sociedade da Cruz
Vermelha dirigiu ao fundador do Ins-
tiiuto de AR
“dirigir-nos em. data-de hoje, acom
panhando o generoso «e “patriotico. |…
anos antes.
donativo de artefáios de malha, ma-
nufarurados pelas distintas professo- ,—
ras «cegas.e-que. fôram destinados a.
seguir com, a ambulância da; Cruz.
Vermelha que acompanha o corpo
‘expedicionário ao sul de; Angola…
Incumbe-nos o ex.â€
tar «a: Y;os protestos -do mais pro,
fundo agradecimento. e. bêm. assim ,
professoras que, tão hu-..
ib
árian tribuiram para O
bém, dos soldados, portugueses. É
igne-se V. aceitar a expressão
da nossa consideração a mais Rio
Ta.
Pela sociedade da Elia
dha-oa ;
x o Secretário Geral
“G. Santos Ferreira
LE 20 de Janeiro de 1915.
AGRICULTURA
“Plantação de castanheiros
Tenho recebido. algumas consul-
tas sobre o modo de plantação dos
Castanheiros japonezes, julgando por
– isso util resumir aqui ligeiras indica- +
ções sobre o assunto, que terão, pe- |.
lo menos, a vanitagein | de eu pou-.
– estampilhas,
par..
Em terrenos de súbsólo perm .á-
vel, onde não há água a encharcar
a terra, os Castunheiros japoneses
dão-se: bém no nosso clima e crês-:.
cem bastante depressa. “Em todô o –
caso, o seu desenvol.imento varia
com. a- natureza, do terreno, Em ter-
ras pretas, fundas,, muito. ricas em.
humus, bem. adubadas..e regadas,
onde… eu, supunha que o seu desn-
volvimento. seria muito rapido, não.
obtive ..tão bons . resultados . como
nas plantações em Era soltas, are-
“nosas, | sem. humus,. relativamente
pobr regatas ,O crescimento: é
muito. mas rapido n’estas ultimas,
segundo as minhas experiencias de.
três anos e com varias centenas de
Castanheir OS, .Japonezes “silvestres,
que são os mais resistentes á doen-
ça, quê tem dado. cabo de quasi to-
dos. os:nossos.Castanheiros antigos.
A plantação faz-se como a de
qualquer .frucicira, sem – covas que «
tenham .cinco palmos de compri-
mento, “com outros tantos de largu-
fa e: “quatro de altura. Se o terreno
fôr muito duro, é conveniente fazer
“ao crescerem,
– Esta criança, antes. de dar entra;
da, no Trade Cegos, foi cxami- o
“tasas covas,
congénita, ficou internada-durante†)-. antes:
“dois meses, no Instituto de Oftalmo–
“Como a criança é de fraca†coma-
pleição vai agora para a séde do |
egos, Do Estoril; que: ria,
fim de |
ao, mesmo e a
Er.) Rrança†no E
«Temos a 4 Nona de acuzar a re.
cepção do ofÃcio que V. se dignou
Presidente
-desta sociedade a honra de apresen-..
– perto de ro anos.
ECO DA BEIRA |
as covas maiores, para que as raizes,
encontrem sempre
que facilmente se
terra revolvida,
«deixe penetrar.
“Mas não imaginem os lavradores
que os Castanheirinhos se platam
ficando as raizes enterradas quatro
palmos. Assim morriam todos. Aber-
quanto mais tempo
a plantação melho: enchem-
– Se até «Meio, ou mais, no acto da
plantação e com a terra da melhor .
qualidade A altura a que os Cas:
tanheiros estavam no viveiro-conhe-
– ce-ser bem na casca e ao plantal-os,
«devem. ficar mais fundos, mais en-
um palmo em terrenos.
“sêcos; um palmo e meio em terre-
terrados,
nos médios; dois: palmos em tetre-
Dos muito sêcos. Mas n’este ultimo
Caso, -não-se arrasa de todo;a cova
«no primeiro ano; deixa-se em volta
da arvoresinha uma bacia, que só
ho ano seguinte se arrasa.
| Nos primeiros. anos,” emquanto as
ç Taizes são curtas, . é preciso regar
os Castanheir os no verão, para que
não. sequer.
Ss Castelo de Paiva. se
J. Salema.
“O Cipreste
“A Conifera de fórma conica-pira-
“*-midal, conhecida entre nós pelo no-
me de Cipreste (Cupressus semper-
-«pireus..) é uma arvore. que.ordina-
Tiamente adquire 15 a 20 metros de
aktura, quando adulta; algumas ve-
zes, porém, 25 a 35 metros, com
uma grossura de tronco de, 5o a Go
centimetros. de diametro. .
“Yung menciona uma destas arvo-
res no Lago Maior, que tinhã 19
à metrosv de: cireumferencia e já era
conhecida. como arvore notavel 600
– Segundo alguns auctores, como
por exemplo, A. Camus, é desco-
“nhecida a sua patria, pois não se
conhece no estado espontaneo e só
Se encontra cultivado ou sub-espon
tango, onde o clima no inverno não
“fôr demasiadamente frio, como o
do meio dia da Europa é da Asia.
Dizem que no Libano prospéra em
altitudes superiores a 1:500 metros.
No norte da França dificilmente su-
porta os invernos rigorosos. E” no-
tavel, por viver muitissimos anos.
– Segundo se afirma, um Cipreste
que existe perto de Soma era já ce-
“lebre. pelo seu tamanho no tempo
de Cezar. Os sólos sêcos, ligeiros
ou aridos e pedregosos convéem-lhe.
Prefere os teirenos calçareos. Tem
um créscimento um tanto moroso.
Reproduz-se pelas sementes; estas
conservam a sua fôrça germinativa
por muito tempo; ha quem diga,
A madeira d’esta
arvore é quasi indestructivel.
Segundo dizem alguns escritores,
as portas que fôram feitas com esta
madeira. .na igreja de S. Paulo, em
Roma, con-ervaram-se em bom es-
tado por mais de 600 anos. Esta ma-
deira é estimada em muita parte, tan-
tona. carpintaria como ua marcena-
“tia… Trabalha sé com facilidade. Eâ€
de cor avermelhada, ou amarelo
amorenado, de grão cerrado, pouco
duro, muito resistente, com raios
-medulares bastante distintos e nu-
merosos. Tem grande duração; de-
baixo da água é quasi ilimitada. For-
nece estacas muito sólidas. Qutrora
era muito emprogada no Egito,
Grécia e Itália. E’ muito odorifera ;
o cheiro é tão forte que chega a in
comodar; só-se pode empregar no
“interior: das -habitações, passados
dois ou três anos depois de serrada,
para perder muito do cheiro resino-
“so, e. ainda assim não convêm em-
pregá-la nos quartos de dormir. A
madeira: desta árvore é boa para cai-
« xas e baús, onde se tenham de -guar-
“dar tecÃdos de-lã, porque o: cheiro
que cxála afugenta os insectos ape
os destroem.
Qutrora brisdva se com ala
pequenos cofres para guardar objec-
tos preciosos. Também é muito es-
timada para instrumentos músicos.
O Cipreste é tido como sÃmbolo
da tristeza e da morte; tanto assim
que em muitos paÃses, e tambêm no
“nosso, é plantado nos cemitérios e
f
perto dos monumentos funerários. A
forma esguia ou piramidal, faz com
que ele não assombre muito e não
impeça o transito.
Em alguus paizes tambem o em-
pregam-“para abrigos ou demarcar
propriedades; os frades é que o usa-
vam para este fim. Recordo-me ain
“da de vêr cêrcas de conventos que
tinham Ciprestes em volta. d’las.
No cemitério-inglês em Lisboa exis-
tem soberbos exemplares de Ci-
sipr este e tambêm no cemitério ale-
mão.
“Os cónes (estróbilos) a que vul-
“garmente se chamem Maçãs de Ci-
preste, são. muito adstringentes e
emquaeto frescos passam por ter pro-
prÃedades 2 estomáquicas e
vulneráveis.
Atribui se ao seu ólio essêncial a
“propriedade de acalmar a tosse na
coqueluche. –
“Devem ser colhidos antes da ma-
tura ção.
Gontra o: onda tia
Está chamando a atenção da sciên-
cia e, muito principalmente, dos que
sofrem de reumatismo. e gota uma
comunicação ha tempo feita à Aca-
demia de Medicina francesa por um
e seus membros.
Segundo essa comunicação, dá-se
como radical a cura do reumatismo.
Imagine-se um cilindro metálico,
forrado interiormente. por duas ca-
madas de amianto e de feltro; nes-
se aparêlho introduz-se a parte do
corpo afectada de reumatismo ou
de gota, ao passo que a restante se:
conserva ao ar livre. Por meio do
gaz, aquece-se: exteriormente o cilin-
dro, por’ fotma’ progressivas: dêste.. 4.
modo o paciente pode suportar tem- |
peraturas localizadas de 120, 140,
150 graus e mais.
A razão é simples: o resfriamen-
to devido á evaporação consecutiva
da sudação profusa provocada pelo
calor, gradualmente crescente, per-
mite aos tecidos o suportarem tem-.
peraturas que, noutras circunstân-
cias, seriam . intoleráveis. O alÃvio é
imediato, e’ pode dizer-se, com a
confiança que dá uma experiência já
longa e sempre coroada de bom êxi-
to; que êste- método “tão simples é
soberanamente eficaz contra a gota,
sob todas as. suas fórmas: artrite
sêca ou deformante, ciática, reuma-
tismo crónico, eczema, entorse, ul:
cera varicosa, etc.
ANUNCIOS
Castanheiro do Japão
O unico que resiste à terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
nossos soutos, é Castanheiro do
Japão.
O castanheiro japonez ofere-
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não só ao norte do
nosso pais mas principalmente ‘
em França, onde o castanheiro
foi primeiro que em Portugal
atâcado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando um rendi-
mento magnifico.
O castanheiro japonez acha-
se à venda em casa de Marmuel
Rodrigues, Pedrogam Grande.
CHALET
Com boa vivendaé nos arrabaldes
de Pedrogam Pequeno — vende-se.
Trata-se com o notário desta co-
marca, Carlos David.
ANUNCIO
“12 publicação
Faz se saber que no dia vinte e
um do corrente mez de Fevereiro,
por doze horas á porta. do “Tribu-
nal Judicial desta comarca, em
virtude dos autos de ex cução em
que é exequente Manuel dos Santos
Antunes, casado, comerciante, de
Sernache do Bom Jardim “e execu-
tados Joaquim José Francisco da
Silva, viuvo e seus filhos Carlos
Francisco da Silva é José Francisco
âmbos solteiros, residentes na“ “Tra-
vessa das Recolhidas, numero “oito,
da cidade de Lisboa, Alda’da Con-
ceição e Silva, solteira, Maior, de
– Sernache do Bom Jardim e Victor
Francisco da Silva, solteiro, . ausen-
te em parte incerta na cidade do
Pará, Estados Unidos da Republica
“do Brasil, se ha-de proceder á ven-
da e arrematação em hasta publica
pelo maior preço que for oferecido
acima dos valores que lhes vão de-
signados, que corresponde a ineta-
de: do valor das respectivas . avalia-
se -s dos predios seguinste:,,
“—Uma terra de hortar com
ira testada de mato e sobreiros,
no sitio da Lavandeira
sal Novo; no valor de cento &-‘ses-
sento escudos (160800).
2.º—Uma casa e quintal com ar-
vores de fruto, no lugar do Casal
Novo,.no valor de cincoenta escu-
dos (Lomoo).
3.º—Um pequeno quintal no lu-
gar do Casal Novo, no valor de dois
escudos e quarenta centavos (2:40).
4º—Um olival no sitio do Ma-
xial, limite dos Escud eiros, no valor
de quitize-escudo-(15306).
5.º—Um olival mato e pinheiros
“no. sitio-do Vale Bodalho, limite dos
Escudeiros, no valor de vinte e
quatro escudos (2400).
6.º-Um olival, terra de mato e pi-
nhal, no sitio do Cassal dos Mouros,
limite dos Escudeiros, no valor de
cento e quarenta e cinco escudos
(1452800). nd
São citados. quaesquer , eredores
incertos.
Certã, 4 de Feveteito de 1915,
O escrivão. do 2º nas
| Francisco Pires de Moura
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
“Matogo
PROFESSOR DE INGLES
Lecciona. Traduções. de as
francês e sepanhol: :
GUARDA-L VROS
Escrituração comercial e agrÃcola.
Correspondencia.
Trata-se com F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim. –
ANUN CIO
Vendem- se todas as propriedades
rústicas, que pertenceram a Possi-
dónio Nunes da Silva, em Sernache
do Bomjardim.
Quem pretender ou desejar es
clarccimentos, dirija se ao sr. João
Carlos de Almeida e Silva, de *
SERNACHE DO. BOMJARDIM
Cândido a Silva Teixeira
SERMCHE DO BONJARDIM
Interessante monografia, de pro-
fundas investigições histó. icas, ilus-
trada com excelentes gravuras.
Obra dividida em 11 capÃtulos,
com um prólogo e notas curiosas.
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cesso, porque, alêm de suplantar todos os-aperfeiçoamentos introduzidos
nos de “outros fabricantes, ocupam um lugar de destaque pela solidez da sua
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blicas e particulares em algumas das quais funciona com inexcedivel êxito.
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minutos depois de ter servido, por se lhe tirar a tinta com água quente em
menos de dois minutos. Garante se o bom resultado, Pesutaindo -se o a a
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D MIDAÇO cs qa ah cu e a nad A0/0D D
» E Ud cc e E “o 38400»
Massa—Lata de quilo. . …,… soe sic ola dh doc IOLOO »
» (MBO QUO. ue aa 6 aco dia e EM e sas 7oo »
inia-=P rasca Grande. so mieiicims D o a 280 »
» DO DEQUNNO cms Co nem “JO o
Para as provÃncias acresce mais 100 réis por aprêlho, –
Todos os pedidos devem ser dirigidos a
FRANCISCO SIMÕES
236, RUA DOS FANQUEIROS, 138 -—LISBOA
PRE da Foz da Ceriá.
A Agua minero- medicinal da Fog da Ceitã apfesénia uma eónipbsitão
quimica que a distingue de todas as outras até hoje uzadas na terápeutica,
E†empregada com segura vantagem da Diabetes— Dispepsias —Catar-
ros gastricos, putridos ou parasitarios;—nas preversões digestivas derivadas
das doenças infeciosas;—na convalescença das febres graves; —nas atonisa
gastricas dos diabeticos, tuber culosos, br ighticos, Eis eo par Rima. dos
exgotados pelos excessos Ou privações, etc., etc.
Mostra a analise bateriologica que a “Agua da Fox da Certã, tal como
se encontra nas garrafas, deve ser considerada como microbicamente
pura não contendo colibacitlo, nem nenhuma das especies patoógeneas
gue podem existir em aguas. Alem disso, gosa de uma certa acção microbi-
cida O B. Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco tempo
nella perdem todos a sua nos outros microbios apresentam porem re-
sistencia maior.
— A Agua da Foz da Certã não tem gazes livres, é limpida, de sabor fes
vemente acido, muito agradavel quer bebida pura, quer misturada com
vinho.
DEPOSITO GERAL
RUA DOS FANQUEIROS— BRs E DA
‘Velefone 2168e 2168