Eco da Beira nº19 20-12-1914

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sE

MANARIO. POLITICO.

 

 

E PROPRIEDADE DO CENTRO REPUBLICANO DEMOCRATICO o Publicação na Gertã |
Semestre, si, SS E DO Resubdia e administração: em 2
Brazil (moeda brazileira). 525000 SERNACHE DO BOMJARDIN

 

Anuncios, na;3,2, € 4,8 página 2 cén-

| tavos à rndhea ou espaco = uno
CH

Govérno
Su

Está. constituido O novo mi-
nistério, sucessor do da. presi-
“dência do sr. Bernardino Ma-
chado, e, assim, está. solucionada
a crise que sobreveio à politica
portuguesa, que, em verdade,
tém crises de mais.

Não é êste o ministério que; o
partido republicano tuguê
queria e aconselhava.
* Éle recomendou e ra à
sempre por un govêrno em que
entrassem representantes de to-
dos os partidos, que, juntos,
compartilhassem das dificulda-
des da siluação e, em comum,
trabalhassem por: ‘removê-las,
procurando, assim, a maior con-
solidação-da República e atran-
quilidade e prosperidade do po-
vo português.

“Por motivos, que, todos dese
cortinam, embora outras fossem
as razões. aduzidas, os partidos
políticos negaram-se a essa coo-
peração, e nem, ao menós, um
“dêles quiz dar o seu auxilio quan-
do o sr. dr. Afonso Costa se re-
signou a reduzir os elementos da
concentração a dois—o seu par-
tido e um dos outros.

– Nesta situação, sem encontrar

quem. lhe aceitasse a missão da
formação dum governo, em con-
dições de viabilidade, O sr. Pre-
sidente da República recorreu
ao outro. ramo: de. soberania na-
cional=o: poder legislativo-—e,
porque o sr. presidente do Sena-
do declinasse o convite, chamou
o sr. “Presidente da Câmara dos
Deputados, que se desempenhou

da missão pela maneira que é de ‘

todos conhecida.

Ainda o sr. Azevedo Continho
pretendeu, numa ultima tentati-
va, mas debalde, o concurso dos
outros partidos.

Nestas circunstâncias, êle for-
mou govêrno com elementos do
partido republicano português.

Nem osr. Azevedo: Coutinho,
presidente duma Câmara em que
os democráticos teem maioria,
podia dignamente recusar a mis-
são constitucional. que lhe. era
corfiada nem -a’ maioria podia
deixá-lo fracassar.

– Embora, porêm, constituido
de elementos democráticos, ao
governo, não pode. chamar-se,
nem é, na stricta acepção parti-
dária, “da palavra, um. -govêrno
democrático.

Às oposições não aceitam a

HnNaçãO; que acham opeoigãa

 

 

* E
t;

e subtil, mas não: teem razão. .
A distinção existe, de facto.
O partido, republicano , nunca

quiz, nem quer que seja, UM gos

vêrno a fazer política partidária,

“O presidente não foi chamado

a Peonittal ló como membro. de

um partido, mas pela sua quali-

dade de presidente. da câmara
pepuR De

O partido não: lhe deu patio
cos, deu-lhe ministros, porque
os outros partidos. Ih’os negaram,
e a maioria não podia consentir
no malogro da missão constitu-
cional, do seu presidente.

-O novo ministério não. vai fa-
zer politica do. partido a. que os
seus membros pertencem:-não é
essa a sua Missão, é ele não al
trairá. o e

“Tem um programa, próprio,
concretisado em pontos de inte-
resse e neo êle saberá
honrar.

“Aos interesses do Firifito êle
sobreporá a necessidade de não
suscetibilisar os outros agrupa-
mentos partidários, para manter,
e mais avigorar, a quietação e
socego. público, de fórma a; po-
derem fazer-se, com confiança e
liberdade, as próximas eleições
gerais, cuímprindo daqui até lá,
com calma, os outros. artigos do
seu programa que tanto interes-
sam, à vida da a E aa
Pátria.

De-resto, o gesto dosr. Pre-

“sidente da República não é uma

inovação em direito constitucio-

nal e, dos domínios das teorias,

escolares, o princípio passou já
para.o- direito escrito.

Se bem” nos recorda, existiu
êle, por exêmplo, na constituição
espanhola de 1868, que conce-
dia ao parlamento as atribuições

de elegerem o presidente do go-

vêrmo. Emfim, com esta orien-
tação e com estas intenções aí
está constituido o novo govêrno.

A sua missão é grave porque
gravíssima. é a situação do: país.

Temos confiança em que êle
saberá vencer as temerósas difi-
culdades com que se defronta
na actual: Conjuntura,

É o único prazer que temos
neste momento como português
—o qué nos vem da fé, que , te-
mos, na. inteligencia, critério e

patriotismo» dos; homens e o

compõem:
“ Que’entusiasmos, como politi-

co partidário, não os temos nem:
‘ os póde ter quem seja media-:

mente sensato..

Não vai o tempo propicio pa–
ra estas lutas de campanário, em,

“DIRECTOR ABILIO MARÇAL

Editor e: administrador — A LBE BERTO RIBEIRO

 

 

Ego ai SiS AA

que os Homens se diminvem, E

avolúmam as desgraças da patria,
Ás nossas palavras. corres-
ponderão Os nossos actos, pro-
movendo para este concelho por
nossa parte, uma politica de ttan-
quilidade e de pacificação. |. Se
Cumprimos, assim e sem cons-
trangimento, o nosso dever.
Cumpram os outros o seu, se
neste propósito nos querem man-

ter.
: Peposs

Em volta da guerra

 

o generalissimo Jofire

“ Alguns dados ‘ Marino, dêste
general:

– Nasceu em: ed (Pyrineus
orientais) em 1852, e fez Os seus
primeirós estudos ‘no:colégio de Per-
Pignan, de que toi um dos mais dis-
tintos alunos.

* No concurso geral, que’ então ha-
via entre os alunos distintos, obtéve
os/primeirós prémios em matemáti-
ca; geografia descriptiva e desenho
geométrico.

Sem ser tacitutno, o gentral Joffre
quando estudante, era muito reser-
vado, concentrando-se ‘muito em si
mêsmo: Os seus estudos absorviam-
no muito, porque sempre acumuloú
os estudos de: dois anos, em um só.

Quando vinha a férias a Rivesal-
tes não pensava em brinquedos | pró-

prios da sua idade, nem sequer o.

tentando as excursões aos locais mais
pitorescos, dessa belíssima região,
e ainda por lhe faltar o’tempo, pois

“tinha: de preparar-se: e o novo

ano lectivo.

Joffre ter-se-iá- iráfsformado num
taciturno, num macambúsio, se não
fosse “a icompánhia da senhora su
mãe a quem estremecia

Todos os que conheceram máda-
me Jofire são unânimes em encare-
cer as suas esplêndidas qualidades
morais. Era umaverdadeira crente,
que, se sofreu por vêr os seus filhos
não lhe seguirem as pisadas, teve
contudo ‘a’ consolação de nenhum
dêles’ser sectario, e perseguidor dos
seus irmãos em crenças.

“ Ádmitido, aos 17 anos, na Esco-
la’ Politécnica; teve como condisci-
pulo o grande matemático Henrique
Poincaré, à quem temia’a fôrça em
mecânica.

tido má nota em alemão, idioma com
que nunca” conseguiu entrar

Aos 23 anos foi promovido a ca-
pitão de engenharia, sendo pois o
capitão mais novo ém idade, do cor-
po. Exerceu as suas furicções: em
Mont:Pelliér durante 14 anos:

Em 1897 celebraram os pais de
Joffre as suas bôdas de ouro, e Jof-
fre: que, nessa: data, era secretário

da comissão de Exame de Inventos,
apressou- seia ácorrer a esta dmorá: é

vel festa, a que assistiu com um sor-
riso feliz de filho-ditoso’ em contem-
plar’a: ventura paterna.

“Na: sua volta de Tombuctu, at

receu dhe arcidade de Perpignan um:
“pounch de honra, A grande: sala

– free |

Nunca se consolou de
entrar com número baixo, por ter

 

Composto e impresso na Tipografia Leiriense

Ro LEIRIA

and desta. itlada foi pequena: par
ra conter os numerosos admirado-
res: do vencedor da longinqua cida-
de africana. «

:-Apezar do seu aspecto frio, o’ge-
neral Jofre tem toda a fogacidade
dum meridional. Ama estremecida-
mente a sua casa, o seu lar e tem
“um santo horror a visitas, recepções
e tudo quanto sintetisa a. “escravidão
humana, conhecida por relações, de
sociedade.

Porêm, tal qual [o adoram-no os
seus compatriotas, já porque veem
nêle o grande preparador da révan-
che, já por o saberem ávaro do san-
gue dos soldados que lhe enviam as
mães francesas, das quais madame
Jofire foi um modelo tão nobre e e
respeitável.

*o

Amabilidade de rei

Os jornais parisienses referem um
delicado “episódio em queainda ha
as dias Fo uoa 0 soberano ‘ nie,

lês:

Andando Jorge v de visita; como
é sabido, às: linhas inglesas, suce-.
deu-lhe encontrar-se com quatro ir-
mãos, alistados voluntários dos exér-
citos britânicos em campanha. Os
animosos rapazes estavam então a
queixar-se amargamente da faina
constante da guerra nem ao menos
lhes deixar ipi para escreverem
a sua mãe:
– —Tomo isso a meu cuidado, +
logo se ofereceu o rei..

E com efeito, daí a pouco seguia
pelo-correio uma carta do próprio
punho de Jorge V, dando notícias a

– mistressJons dos seus quatro idola-

trados filhos.
ia
0 kaiser. e amigo da
França

Ur oficial francês, o tepisdo M..:
ferido há tempo em combate é ago-
ra prisioneiro no hospital de Metz,
conta o seguinte a propósito de uma
visita que O kaiser fez aquele esta-
belecimento.

«A? hora marcada, Guilherme II

apareceu com todo o luzimento, os-
tentando o uniforme dos couraceiros
brancos e envolto no amplo capote
que usam os oficiais de cavalaria
germânica.
“ «O imperador cabotino, que se
fina por macaquear o grande Napo-
leão, quando se dispunha a entrar
na sala em que vários franceses se
achavam em tratamento, havia tido,
o cuidado de saber os nomes dos
cativos, informando-se tambêm das
condições em. que aqueles, tinham
recebido os seus ferimentos,

«Ao acercar-se do leito do capi-
tão M… que fôra perigosamente
atingido e em circunstâncias de ma-
.nifesta heroicidade, Guilherme. IL

manifestou o seu pesar pela circuns:

tância de vêr um bravo em semelhan-
te grau de sofrimento. *

«—Coisas “da guerra, acabou por
dizer.

«E depois -‘de: uns;momentos de
pauza ajuntou :

«—Presto a minha imperial ho-

“menagem, à valentia de todos os

franceses. E em suma, mesmo a
“despeito da crueldade do momento,ade do momento,

 

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ainda não desespero de vêr um dia
a Alemanha e a França bem estrei-”

– tamente unidas pelo laços de uma
“fiel amizade,

«A visita terminou com estas pas
lavras, que deixaram todos os pre-
sentes positivamente assombrados. |

Um ferido com sorte

 

O territorial francês Barat, do re-

gimento 237, voltou para “campo –
– de batalha depois de estar três me==

ses no hospital.

Fôra ferido em 25 de o o Lo

Courbesseau, – (Meurth-ot-Moselle),
dum «modo – pouco banal; recebeu
quarenta e uma balas de, metralhas

dora na perna esquerda, desde 9ar-

telho ao quadril. A

Não fôram atingidos nem o Rd
nem a tíbia…

Eis o motivo porque, depois dum
tratamento bastante demorado, o va-
lente soldado, desembaraçado das
suas quarenta e juma. balas, tornou
a partir alegremente para à campa-
nha, com a sua parts nne era’um
crivo..

Peste so
Ciríaco Santos

“A éste nosso presado amigo €
correligionário agradecemos a carta
que nos enviou para êste mesmo
jornal.

Pela mesma via receberá a nossa
resposta, que, por circunstâncias vá-
rias, alheias à nossa vontade, nos
vemos obrigados a adiar para o
próximo número.

sega

Ca =

Ponte da Bouçã

HGii

Edo deserta a praça aberta! no
dia 3 do-correnté para arrematação
de três empreitadas da so.
desta ponte.

E* bem curioso o que se dá com
esta obra. Ela foi à praça pelo má-
ximo preço: todavia não o con-
correntes.

Daqui: resultaram prejuizos “que
conviria evitar.

Teve êste ano duas dotações, na
importância total de 7:000%%00, que
bem conviria aplicar sem demora.

o importância, ainda eng é

de 4:243%h32 ; aliás terá de voltar-se
ao sistéma: dE administração direc-
ta, que tem alguns inconvenientes.

ERRO

‘ Falecimento

Está de luto pelo falecimento de
seu pai o nossó amigo Artur Mar-

“ques de Carvalho, digno intendente

de. pecuária. em, Castelo Branco, a
quem enviâmos as nossas. sinceras
condolências.

Comissário de polícia

O nosso amigo Manuel Gonçal-.
ves, que durante os últimos anós
exerceu com distinção as funções de
administrador do concelho de Cas-
telo Branco, foi nomeado comissá-
rio de polícia na capital do nosso
distrito.

A nomeação não representa um
favor mas o público reconhecimen-
to da inteligência e do valor do no-
meado, que em todos os actos da
sua vida pública tem afirmado a sua
competência, o seu são critério e a
sua; devótada ao pela Repú-
blica. 2

De forma que; as nossas felicita-
ções não são para Manuel Gonçal-
ves, vão para o distrito, “que à fren
te da sua polícia fica com um dis
tinto funcionário.

Partida +

Saiu, de Sernache para Lisboa,
onde vai passar o resto do inverno,
o nosso amigo Sebastião das Dores:
e Silva com sua ex.” esposa,

 

nm EGO, DA. BEIRA

Carta de: 1 Lisboa

 

Não me enganei.

Aí temos já um govêrno consti-
‘* tuido de elementos democráticos, o |.
– que não quer dizer que seja um go- |

vêrno democrático, porque não é ês-
te o grande ministério que há de

[completar a grande obra do nosso
– partido e dar execução ao-seu gran=-

dioso programa. *
Já se apresentou ao Congresso,

de onde veio com uma votação de;
confiança pela maioria de 24 votos .
na câmara dos deputados, e de des-. :
* confiança no senado pela maioria” –
“de um voto—o do SE. Bernardino
= Machado. ss ;

 

E’ curiosa a rear dêste aaa

público contra o partido, que ha 2
anos sustentou uma campanha para
lhe conquistar o mais alto posto da
Republica. O seu gesto fica bem
com o do presidente do senado na-
quela .ignóbil trapalhada de mandar
e retirar depois um ofício, para:so-
negar 2/ senadores ao partido demo-
crático. “Arcades ambo!

Adeante!

Mais uma vez o geaitdo republi-
cano português prestou os seus ser-
viços à República,, com;isenção e
patriotismo, “encarando «com. des-
assombro as dificuldades politicas,
em quanto os outros, nêstes transés

– críticos, mascararam uma torpe es-

peculação partidária com o mentido
escrúpulo de incompatiblidades. po-
Jíticas e pessoais. |

Como se os agravos dos homens
podessem subsistir ou significar al-
guma coisa, perante as supremas
necessidades da Patria.

Que doloroso espetáculo deram
durante esta Crise ésses rudimenta-

res. agrupamentos políticos que se .

chamam os partidos: dao cen é
unionista !..

Só tiveram uma preocupação, só
um ideal, uma Pena ças areas pô-

– derl:

| Nesta O eianas eles oferece-
ram até aspectos curiososmuito
originais, mesmo !

Vejam os meus amigos a uela ati-

tude do sr. Camacho, que faz guer-
ra sem tréguas aó actual, govêrno,
por ser constituido de elementos-de-

mocráticos, sómente, “mas, apoiaria

um govêrno feito de democráticos e
evolucionistas ||

Os dois! govêrno dum. Só; não!

Percebem a habilidade?

É que. quando cair o govêrno ide-
mocrático tem êle, um concorrente
à sucessão, e, caindo um . govêrno
dos dois, seria êle;só a» recéber- lhe

á herança E

+ Que! egoismo ! Que: enrio não |

Mas esta crise-teve ainda um ou-:

tro efeito,» algo. interessante—-de-

nunciar a desorganização dos dois

– partidos. o sorn 2

– Que coisas: extraordinárias. por aí
se teem dado!

“O que por aquivai, meus “amigos!

Lembram-se que no princípio do
corrente ano; se tratou e muito dis-

cutiu.a fnzão, dos dois minusculos,

partidos—unionista e evolucionista;

Foi o caso «que o-sr. Camacho,

vendo a miséria e fraquêsa do seu
grupo. e vendo, com pavôr,. aproxi-
mar-se o período eleitoral, ajuste de
contas um tanto arriscado para êle,

procurara um entendimento com o,

sr. António, José de, Almeida no
sentido de fundirem os seus dois
grupos políticos num só, de. forma.
a poderem dar batalha ao partido
democrático, senão para. vencerem,

ao menos para uma luta honrosa…

Fez o-sr. Camacho todas as’con-

cessões, . ando, até, ao sacrifício. da

sua individualidade, pela-sua expa-
triação voluntária: mas o sr. -Antós

nio José de Almeida, sempre, ingé:|
nuo e infantil, desta vês não se dei-,
xou embalar ie a musica. Não. Ro

deixou comover!:… «1 jest o
Que se: dissolvessem Os ubionis”

A

 

 

tas. e viessem: para o: seu partido:

que lá: seriam receêbidos:com: gefti-
lêsa e agrado e lá conservariam as

suas. patentes, É : Nos vb Soto x

 

 

Mas de fuzões é que não enten-

” dia nada… É
* Ea fuzão não se fês, resultando
até dêsse insucesso um maior, aze-.

 

dume entre os dois grupos.
Decorreram os mêses, e através
as vicissitudes políticas, tódos teem

“visto O continuo, e incessante enfra-—

quecimento dos “dois grupos..
Vê-se e sente-se.

Daqui. resulta tambem um mal.
para a República, a-qual falta um
“partido conservador suficientemente

“-forte para lhe dar um apoio eficaz. |

Todos vêem a decomposição dos
dois. partidos, menos o sr; Antônio

– José – de . Almeida .e um grupo de

amigos mais da sua intimidade.

O resto do: grupo: pensa: contra-
riamente ao seu chefe e. tão decidi-
damente que, levado: por sugestões
dos unionistas, resolveu um grupo
deles tomara iniciativa da fuzão,
sem: querer saber do chefe. «

Qsr, Camacho a derruir: o: edi-
fício evolucionista como auxílio dos
de dentro, emquanto o sr. António
José de Almeida canta tróvas à, e
nela. Ingénuo homem !’

Começou as demarches aí por
princípios. de . Outubro–confessa-o
agora.o sr. Camacho, que para os
emissários foi de todas as facilida-
des’e ofereceu todos os sacrifícios,
até ao dn sua E do o por um
andisno. +

– dE ele que o. diz; «realizada a fu
são, e mesmo antes dela se realizar,
desde ‘ que “estivesse ajustada, pedi.
riamos.licença ao ministério da guer-
ra para irmos, na qualidade: de mê-
dico militar que temo, vêr os servi-
cos sanitários nos campos de bata-
lha “e’ hospitais de: depósito, a êsse
respeito enviando para cá relatórios,
quetalvez podessem ter «alguma uti
lidade. Por la nos deixariamos fi
car, um, ano pelo menos, e nem se-
quer apresentariamos a nossa can-
didatur anas primeiras eleições »

Mas, aí por princípios do mês, ARO

rente, o caso chegou ao conhecimen-
to do chefe do partido evolucionista,
dando lugar a um violento artigo, no
orgão “do: partido, escrito com miá-
goa mas com: decisão e vigôr.

O caso começou então a complicar
se. Os negociadores da fusão, con-
tundidos, não hesitavam ! vieram ao
mesmo jornal coma seguinte carta,
que não (é positivamente um spéci

men de amabilidade e nem um môó-‘

dêlo de ;FeSPeito e disciplina:

Exmo Sp. director do jorhal República e
nosso presado amigo :— Us abaixo. assinados,
tendo lido o artigo de fundo do jornal Re-
pública de 5 do corrente, enteridem-de sei
dever declarar que toda a acção e-toda a ini-
ciativa no sentido da fuzão, «que ultimamente
se vem tentando das duas agremiações poli-
ticas evolucionista e, unionista, pertencem ex-
clusivamente a um grupo de parlamentares
evólucionistas de que fazem parte os signa-
tários que, independentemente de interferen-
cia ou conselho de quem quer que iseja es-
tranho ao nosso partido, consideram essa fu-
zão uma necessidade de política republicana,
como é, de resto, uma aspiração patriotica e
Re de uma pan do. partido – evolúcio-
nista

Ê porque é é esta, e só “esta, a verdade. dos.

factos, esperam os Signatários. que v. mande
publicar esta declaração no próximo futuro
número da República.

Com subida consideração nos subscrevemos.,

De Vi Exa
Am.ºs Correlig.ºS e. Atºs Ven. es

«Lisboa, 7 de Dezembro de 1914.

Abílio Barreto, Joaquim Brandão, Leão
Azedo, Ricardo Pais tlames e a Perdigão.

Mas. no, mesmissimo número. do
jornal em que teve de publicar esta
carta, o Sr. António. José de Almei-
da disse logo dá sua justiça nos se-
guintes tetmos,” dignos do tom da!
carta dos seus partidários ::

« Pensou-se na; fuzão; para ela: trabalham
, alêm de alguns homens com intúitos reser-
vados, e um dêles era O snr. Brito Camacho,
muitas pessoas que só queriam, pela forma-
ção de um grande partido, defender a Repú-
blica e prestigiar a nação. A empreza não

era das mais viáveis, mas com as suas habili-

dades, com a sua política, com as suas artés,

* o’sar ae suo tornou-a impossível,

 

 

Ainda alguns raros fanáticos acalentam essa

“ideia. hoje de tão possível realização, como

a cidade ideal de alguns devaneodores da
eterna ouiméra humana. À fuzão, sombra es-
vaída, passo: como uma nuvem que se desfaz.

E do sr,

Gamção falam Reses
termos. aee

aêsse partido tem à infelicidade de ter à

– sua frente 0 snr. Brito Camacho, político in-
: consistente, inábil e incerto, cuja vida públi-

ca é salpicada de incoerencias, de hesitações
e de movimentos de recuo. A’ sua direcção

“ tão frouxa como insubsistente, deve o parti-
-do unionista alguns dos seus desastres de
“que o maior foi o ultimo, salientado de
“uma maneira. cruel pela nota política da

Luta de ontem, redigida pelo próprio punho
do snr. Brito Camacho. Há três dias ainda
o leader unionista se queria conchavar, com
o partido democrático, para nos exterminar
a nos, evolucionista. Ontem já êle nos apa-
receu em hostilidade franca contra o govêr-
no democrático em formação, não o guilho-
tinando porque não póde. Este febril exter-

– minador não pára, não descansa na sua obs-

tinação de dar cabo de alguem, sempre se-
dento de meter o seu ferro no peito de qual-
quer inimigo, embora festa e hesite. no
momento decisivo do golpe a qe

Eosr. – António José de atenfiaa
frisa bem:

 

uVai o Partido Evolucionista só para a lu-
ta. Não quer macular-os nobres intúitos da
sta campanha de moralidade e de justiça,
meten dose de gorra com quem o quiz ma-
tar há 3 dias e ainda a esta hora afaga, em-
bora impotentemente, como lhe acontece
sempre, o ferro escolhido para. a execução;
com quem procurou contactos impuros d
conúbios monstruosos, para aniquilar aque-
les que, por lhe terem resistido às arteiras sor
licitações, e apa em. alvos do séu
ódio.” 3

a

Essa luta vai dar-se entre evolu-
cicjaístas e democráticos, sem cama-

etagem com OS unionistas.

UPS não a quer.

Repare bem a nação, diz eles:

«No meio, com à cara lívida, o olhar fu-
zilante de astúcia e de’manha, as pernas fle-

-clidas num movimento que póde ser de sal-

to ou de fuga, como fôr preciso, pronto a
atravancar tudo sem cerimônias, sea vitória
lhe sorrir, disposto a sumir-se como uma
sombra, se os ventos lhe soprarem contrários,
está o camachismo,—não. diremos o unionis-
mo–pronto a cair nos braços evolucionistas,
pronto a abraçar-se ao democratisto, como
calhar!” :

Não. se e póde Ser nem mais cruel
nem mais decídido é claro.

Mas o sr. Camacho, insistindo na
sua obra de: dissolução, veio, contar
que dois evolucionistas de categoria
lhe tinham ido falar do caso da fuzão,

O chefe do partido evoluciónista
marca-os logo com ferro em braza
no seu jornal nos seguintes termos:

«Como se pudesse havet, dentro do par-
tido evolucionista, homens de categoria, vil
vendo na compreensão das suas respeitabili-
daces, que praticassem a negra acção de
irem ter com quem pata os efeitos devia ser
considerado um adversário, ou pelo . menos
um estranho, combinando com êle a destrui-
ção do pardo -a que pertenciam e deixan-
do-a dependente da; vontade dêsse estranho.”

“Ao desafio responde logo o chefe
unionista nos seguintes termos satàã-

nicos:

«Estamos hoje autorisados a dizer que “os
dois evolucionistas que nos. procuraram: em:

Outubro, para nos perguntarem, em seu no:

me indivídual, sé ainda -aceitavamos conver-
sa sobre: a fuzão, doram os nossos velhos e
muito estimados amigos dr. Leão Magno
Azedo senador, e dr. Arnaldo ipa, as
ctor da assistência pública. –

Eis, meus amiígós, O triste espe-
ctáculo de dissolução,— que ao país

estão dando êstes dois agrupamen-.

tos políticos, , que, aspiravam a go-
vernar, para no. “poder atalhar a gan-
gréna que os vai corroendo e decom-

pondo!

– E é nêste estado que” êles vão

apresentar- se;;a0 corpo eleitoral da:
República. |

Como pode haver eleitores que
deem os seus votos a organismos

assim desorganizados e desvairados?
Como. póde: haver republicanos

que deem a sua simpatia: e o seu,

apaio aos programas dêsses, grupos

que não teem forças para executá-
los e que cada vez se afastam mais
do a na, em que: da cum-.

pri- los?

Dizem que s são alguns: dos: intimas,

do sr, Antônio José de Almeida que
se opõem à fuzão e não a deixam
fazer.

– Não creioe não a deixam
fazer.

– Não creio

 

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Conheço muito. de perto o chefe
do partido evolucionista.

– – Naquele seu fundo de bondade,
que a tem incontestávelmente, existe.
tambêm .uma vontade decidida, in-
quebrantável=”teimosa, messo.

A sua iugenuidade não exclue nêle
a reflexão-e.o zêlo da sua autorida-
dé, E “nad
– Ele vê bêm que da fusão resulta-
ria, pelo menos, uma divisão dessa

autoridade, entre êle e o sr. Cama-

cho.
“Os dois no mesmo partido seria

positivamente o desassocego, de que E
-resultoria,-em pouco témpo; a elimi-

nação dum déles, e o chefe dos evo-
Incionistas tem motivos para receá-
la; vendo ‘o que já se passa agora,
e ainda 6’sr. Camacho está de fó-
ad RS cbn ;

O unionismo leva-lhe, sem dúvi-

da, um estado maior brilhante, mas. |

«sem fôrça eleitoral, indo, assim, pre-.
judicar os direitos adquiridos dos
seus amigos…

– Porque 9; evolucionismo tem ain.

da uns bemsitos pela província, de.

cobiça dos unionistas, mas o sr. Ál-
meida não tem pão pana tanta gen-

te. f :

“O sr. Camacho quer a fusão, por-
que não pôde exterminá-los. Isto não
é isenção: é ambição, –

Que vai para o extrangeiro passar

um ou dois anos. Que grande abne-

gação | Esse tempo vai ser-de luta |

para a oposição, e de trabalho e ad-
versidade. Para êsse tempo é que
deve começar à preparar-se o govér
no que virá a suceder ao partido de:
mocráticoes. Ne

É o sr. António José de Almeida

vê bêm. E

E de crêr que os seus amigos não .
gostem dum pacto que só lhe trás |
honras, sem nenhum lucro eleitoral, –

e lhes vem prejudicar os seus direi-

tos, mas na decisão do chefe está |

tambêm a sua vontade própria e sem
sugestões. é a :
* Nestes termos a fusão não se fará.

Mas, perguntarão os meus amigos,

o que resultará desta trapalhada?
– Provavelmente, esta contradança:

uns 20 parlamentares evolucionistas –

vão para o unionismo, e alguns unio-

nistas, que tambêm não querem tal |
companhia, veem para o partido re- –

publicano.

O sr. Camacho não fica mais ri-
co, porque só recebe marechais e
disso tem êle por lá e melhor; o sr.
António José de Almeida não fica
mais pobre, porque os que se lhe
vão não teem eira ném beira elei-
toral, é vai ficando com os elemen-
tos da província, que são à sua fór-
ça política. A

“E bêm poderá ser ainda que, nu-
ma ouy’noutra parte, democráticos
haja que em seu favôr deem ainda
um gettinho… e

A política, essa, fica no mesmo
estado, eivada de intrigas e corroida
de ódios, .sem um partido de con-
fiança, pronto a receber os elemen-

tos conservedores que venham esta-..
belecer o equilibrio necessário à vi-

da dos regimes, e dando a todos a
impressão fajsa de que no país não
ha republicanos para mais dum par-
tido.

Porque, infelizmente, é um facto |

que, contem tanta ambição a mor-
dê-la, a República só tem tido um
partido a servi-la e a defendê-la-—o
partido republicano português.

Sem um desfalecimento ! E agora,
após mais de dois anos de adminis-
tração, em que êle lhe deu um go-
vêrno. completo, os seus homens, o

seu programa, as suas energias e q

“sua vigilância, é êle ainda que, cheio
de vida e fôrça, se apresenta, quási

sem oposição, nas eieições, ondé vai «.

receber. a, consagração da sua obra,

e receber do pais o;apoio de.que

carece: para continuar nêstes. trêr

anos que se vão seguir a obra de |

consolidação: da; República e do re-.
surgimento da, Pátria.

Esta já vai longa de mais.
Boa noite. fa

es Vósso dedicado,

 

 

 

 

 

 

— AGRICULTURA

“A hérnia da couve
Não raras vezes se. encontram os

horticultores a braços com esta do-

ença, que é caraterisada pela produ-
ção de tumores ou excrescencias, de

| formas as mais diversas, que,consti-

tuindo-se sobre as raizes das couves
lhe perturbam as suas funções, do
que resulta, na maioria dos casos,
a morte das plantas,

O. mal está espalhado por toda -a
Europa, e nos arredores de S. «Pe-
terburgo causou perdas tão impor-
tantes que determinaram os estudos

de M. Woronine, conseguindo este

micologista apurar que a epifitia era
causada por um fungo da ordem dos
“ Myxomicetas; o Plasmadriphora
Brassicae. E
– No interior das celulas das raizes
cujas paredes lhe servem de péridio
desenvolve-se o plasmodio do fungo,
incolor, denso e granuloso ‘e geram-
“se produções globosas, tambem in-
culores, que são os esporos—os or-
gãos propagadores do mal.
Esses crepusculos pequenissimos
pelo apodrecimento das raizes, de-
sagregação e rotura das ;suas colu-
nas, são postos em liberdade; euma
vez no solo, encontrando .condições
favoraveis, germinam;=- emitem. pa-
ra o exterior o plasma, que reveste

 

a forma de tubo alongado e termi-

na num ciclo vibratil, com o auxilio

do qual se move na água, fixando-se

aos objectos por uma especie de
tentaculo; ou movendo-se á seme-
lhança das amibas,

Penetrando no interior das raizes

que ataca, invadindo as celulas o
“fungo irrita-as pela sua presença,

estimulha-lhe a atividade protoplas-

mica, provocando-lhes’a hipertrofia

e a divisão, que se vai operando

simultaneamente à invasão, que o
“fungo vai fazendo nas celulas neo-

formadas, levando-as por sua vez a
* aumeéntarem dé volume ea dividi-

Einse ec

– Assim são originadas as intumes-

cencias, que constituem o principal

sintoma externo da molestia, ..
Os tumores notam-se, sobretudo,
– no eixo principal, mas tambem se
formam sobre as raizes mais delga-

das

– O plasmódio do fungo não ocupa
geralmente todo o conteúdo das ce-
lulas, mas estas ficam, apesar disso
em pessimas condições de vitalida-
” “de: as funções vegetativas são per-
turbadas; daí passa-se ao apodreci-
mento que depressa conduz a planta

á morte. : Ê

Vejamos agora quais são bs meios

de que poderemos lançar mãos para
debelar o mal.
** Destruir o fungo no interiór das
hipertrofias que a sua presença pro-
voca, seria impossivel sem que si-
multaneamente se matassem as rai-
Ze.» ai

Parasita do solo—assim se pode

chamar-—no solo-se devem concen-
trar os meios de combate.
– Nem em todos os terrgnos o mal
prospera com a mesma. violencia;
os solos mais favoraveis ao seu de-
senvolvimento são os quentes, hu-
midos e ricos em humus.

Portanto, crescendo e multiplican-
do-se rapidamente nos meios ácidos
na alcalinisação das terras se resu-
me o tratamento mais eficaz.

Com efeito, M. Seltensperger fez
diversas experiencias das quais con-

“cluiu que a cal viva impedia a
germinação do Plasmadivphora.

O distinto experimentador abria,
junto ao “local em que colocava ca-
“da planta, um covacho de 6 a 10

“centimetros de profundidade; nesses

* covochos’deitava uma mão cheia de
cal viva, tapando com’terta até a0
nivel do terreno. E
“Turminou ‘as’ suas experiencias
plantando 1:000 pés de couves num
terreno invadido pelo fungo, e tra-
“tou pela cal, seguindo o sistema des-
– erito, a terra junto de 660 plantas;
nessas nenhuma foi atingida pelo
“mal, emquanto que todas as restan-

 

tes apresentavam os sintomas da
doença, algumas tão pronunciada-
mente, que os tumorês chegavam a
atingir as dimensões de um ovo de
galinha, : Ê E Ê ê

Seguindo-se nesta orientação re-
conheceu-se que o emprego da. cal,
mesmo extinta, finamente pulverisa-
da, na proporção de 5oo a 1:000
gramas por metro quadrado, dava
resultados: favoraveis.

Esta aplicação deve ser feita logo

apoz a remoção da cultura contami-:

nada, ouseis mezes antes da replan-
tação das novas plantas.

O «kainite», adubo das minas: de.
Stassfurt—qãe: contem 24º, desul- .

fato de potassio, conjuntamente com
elevadas quantidades de sulfato e
de cloreto de magnesio, cloreto de
sodio e algum sulfato de calcio — é

– tambem indicado, na dose de 200
gramas por metro quadrado, como:

desfavorável ao desenvolvimento do

parasita.

Como medidas de precaução, é.

conveniente proceder, antes da neu-
tralisação do terreno, ao arranque
e á queima cuidadosa das raizes
apodrecidas; bem como, antes-das re-
plantações, ao exame minucioso das
novas plantas, inutilisando aquelas
em que o sintoma da doença já se-
jam sensiveis.

=-Na rotação das culturas encon- –

tram tambem os agricultores um

meio de defeza contra a hernia; cul-

tivando o solo infetado, por: alguns
anos consecutivos, com plantas que
não sejam atacadas pelo parasita.
Sendo a doença de feição grave
e perigosa, capaz de “originar pér-
das consideraveis, e atacando as

“Plantas em todas as idades, deve
haver o miáior cuidado em ‘que ela

se não transmita pela aderencia de

– particulas terrosas ao calçado dos |

operarios, aos instrumentos de, cul-
tura, ás patas dos-animais etc.

“Tambem se devem evitar os efei-
tos das aguas pluviais ou das de re-
ga, quando estas tenham atravessa-
do terrenos inquinados. .

Como deve colher-se a
fruta de inverno

A fruta de inverno deve ser apa-
nhada em dias em que a atmosfera
esteja isenta de humidade e à hora
do SORVASANZAN

A produção de cada árvore não
deve ser colhida de uma vez: apa-
nha-se em primeiro lugar, e por
duas vezes, a fruta dos ramos mais
baixos da árvore, que a seiva aban-
dona mais depressa e alguns dias
mais tarde a dos ramos mais eleva-
dos.Ziti e il pao

Os frutos devem ser colocados
em taboleiros forrados de musgo
muito seco, ou qualquer substância
que o possa convenientemente subs-
tituir, e dispostos de fórma que se
não toquem. o

Um dos factores que mais impe-
ra na má conservação dos frutos, é
sem dúvida, a falta de cuidado na
sua colocação, deixando-os assentar
uns sôbre os outros.

Do pomar devem passar para uma
casa bem ventilada, sendo dispostos
tambêm sôbre musgo e de fórma
que se não toquem.

Assim permanecem por uns oito
dias, para que por uma espécie de

– evaporação (permitam-nos o termo)

se ponham em condições de pode-
rem entrar nas fruteiras.

Estas teem muitas vezes disposi-
ções especiais, com prateleiras dis-
postas em andares; todavia, qual-
quer compartimento, vedado por

“duas ordens de paredes separadas

entre si por um corredor de om,80

a om,90, está bem nas condições.
Praticam-se no- tabique interno

duas frestas, uma ao nascente e-ou-

tra ao poente, e outras duas frestas

nas paredes externas, uma ao norte
e outra ao sul.

»( Tão simples disposição permite o
arejamento conveniente e encerra os

necessários requisitos para a boa con- –

servação dos frutos, que devem ser
sempre colocados nos taboleiros ou

prateleiras com o pé para cima e
nunca deitados.

(Do Seculo Agricola).

ex. esposa e filhinha, o nosso ami-

bia

 

VISITA
De visita a sua -extremosa mãe,

encontra-se em Sernache do Bom-
jardim o nosso presado amigo Sal-

vador Nunes Teixeira, brioso alfe-.

res de infantaria. no

Ao bemquisto Sernachense, ‘ nos-
so conterrâneo e amigo verdadeiro,
enviâmos sinceros cumprimentos de

boas vindas. .

Regressou de Lisboa, “com. sua

 

go Joaquim Nunes da Silva, dó Ne,

. H a E a

– Está em Lisboa,’com sua filha,

asr.* D. Conceição Branco, espo-

sa do nosso amigo João Joaquim
Branco. E pisa.

‘ Como as mulheres ca-.

sam na Noruega:

Na Noruega nenhuma mulher po-
de oontraír casamento sem que -es-
teja munida dum diploma pelo qual
prove que podã- vir-a set uma boa
dona de casa, atestando por êle que
sabe coser, fazer croché, fiar e co-
sinhar. q

– ANUNCIOS |

 

Castanheiro do Japão

 

O unico que resiste’ã terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-.

ves estragos tem produzido nos
nossos-soutos, é-castanheiro do
Me.

|O castanheiro japonez ofere-
ce iguais vantagens que o bace-

lo americano tem oferecido no

caso da doença da antiga videi-
ra cujas: vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não só ao norte do
nosso pais mas principalmente

em França, onde o castanheiro

foi primeiro que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-

Contram-se Os soutos já comple-

tamente povoados de castanhei-

ros do Japão, dando um rendi–

mento magnifico. –

O castanheiro japonez acha-

se à venda em casa de Maruel

Rodrigues, Pedrogam Grande.

“PROPESSOR DE INGUÊS

Lecciona. Traduções de inglês,
francês e espanhol.

GUA RDA-LIVROS

Escrituração comercial e agiícola.
Correspondencia.

Trata-se com F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim.

CHALET

Com boa vivenda e nos arrabaldes
de Pedrogam Pequeno — vende-se.

 

 

Tiata-sé com o notário deste
marca, Ônrios Divida. 2º e

o Cândido da Silva Teixeira

eme near meo mm er verme

 

 

“SERNAÇHE DO BONJARDIM

Interessante monografia, dé pro-
fundas investigações históricas, ilus-
trada com excelentés gravúras. 2!

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nos de outros fabricantes, ocupam um lugar de destaque pela solidez da sua
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Teem uma longa distância entre os eixos, baixo centro dé gravidade,
todas largas com grandes pneumáticos, excelente sistéma de a au-
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blicas E particulares em algumas das quais funciona com “inexcedivel êxito,

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minutos depois de ter servido, por se lhe-tirar a tinta com água quente, em.
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236, RUA DOS FANQUEIROS, 28-LISBOA

 

“Agua da Foz da: Ceriá

A Agua minero- era) da Foz da Certã bptsbenita uma “composição
quimica que a distingue de todas as outras até hoje tizadas na terapeutica.

E” empregada com segura vantagem da “Diabetes-— Dispepsias— Catar-
ros gastricos, putridos ou parasitarios;—nas preversões digestivas derivadas
das doenças. infeciosas ;—na convalescença das febres graves; —nas atonisa
gastricas dos diabeticosy tuber culosos, br ighuicos, eic.—=no gastr icismo pd
exgotados peios excessos ou privações, etc:, etc.

Mostra a analise bateriologica que a Agua da Fox da Certã. eafi como
se encontra nas garrafas. deve ser considerada como microbicamente

pura, não contendo. colibacitlo, nem nenhuma das especies parogeneas

que podem existir em aguas. Alem disso, gosa de uma “certa acção mierobi-
ai O: B.. Tifico, Difeterico e “Vibrão colerico, em pouco témpo
nella, perdem todos,a sua vitalidade, óuros a apresentam Ro re-
sistencia maior, |

“A Agua da Foz, da Certã não tem gazes livres, é limpida, de sabor le
vemente acido, muito agradavel quer bebica , Puca; q misturada” com

Hint o DEPOSITO GERAL o
RUA DOS FANQUEIROS— 84—LISBOA
“| “Telefone Rioselefone Rios