Eco da Beira nº16 29-11-1914

@@@ 1 @@@

 

*

 

 

SEMANARIO POLITICO |

 

ciciro o Assinaturas:
AMO id od elnio do AMO eh o tt natoos «TO
Semestré.. seus “p6o
Brazil (moeda brazileira). . . “53000

a cio o pio ca e

 

Anuncios, na:3.º e 4.º página 2 cen-

tavos a linha ou espaço de linha |

 

 

[6] PROPRIEDADE DO CENTRO REPUBLICANO DEMOCRATICO |
le os ray do jam pets

DIRECTOR — ABILI

ia

t
AEK

MARÇAL

Publicação na Certã

 

Redacção e administração em

SERNACHE DO BOMJARDIM

-Composto e impresso na Tipografia Leiriense

LEIRIA

 

 

 

 

– Editor e administrador — ALBE TO RIBEIRO :

 

 

“À comissão executiva inscreveu
no seu-orçamento suplementar a ver-
ba de 300 escudos, se bem nos re-
corda; para construção e reparação
de pontesilnio oo. iisvas tu
Na sua discussão, logo o’sr. Tas-
so de Figueiredo se levantou para
declarar que iêle e a minoria não
aprovavam aquela verba, por sus-
peitarem que ela se destinava à pon-
te du Galeguia. vv dá
“O sr. Tasso grita contra a ponte.
Interpõe recursos contra aponte e
nem quer que em sessão: da Câma-
ra se fale da ponte. Da a
“A famigerada ponte da Galeguia!
E’ uma preocupação–uma imperti-
nência, que já começa a aborrecer-
nos deveras. o
Ora, nós vamos contar uma his-
tória, e, no fim, o leitor tirará as
conclusões:
-» Em meiados de Outubro de 1910,
nós fomos encontrar o sr. Tasso de
Figueiredo em profundas lucubra-
ções duma conferência política Com

alguns influentes da freguesia do

Nesperal, entre os quais os nossos
presados amigos João Lopes da Sil-

vae, se bem nos recorda, Alfredo
Mendes da Silva. Logo à nossa en-

trada, diz-nos o sr. Tasso:

—E’ curioso! Queria um: adver-
sário seu en Nesperal e não o tem.
lá. iso
— Para que queria v. ex.* um ini-
migo meu, interroguei eu?

—Para lho meter na comissão
paroquial.

— Está bem, respondemos nós,

sem mais comentários.

Emfim, o partido do sr. Tasso
de Figueiredo não tinha, em 1910,
um único eleitor na freguesia do
Nesperal, e, de então para cá, não
tem sofrido alteração a sua fôrça
pomtica
* Ora, reflectindo o leitor que a
ponte pode servir Sernache e é cons-
truída na freguesia do Nesperal, te-

rá reconhecido e achado os motivos .

desta oposição persistente, apaixo-
nada e impertinente do sr. Tasso à
famosa ponte. .

Entenderam, não?,
“% i

‘Mas, agora, encaremos nós à si-
tuação sob um outro aspecto.

Meses depois daquele caso, reali-

zam-se as primeiras eleições da Re-
pública. ne

“O sr. Tasso apresenta’o seu no- .

me ao sufrágio, e essa freguesia,
onde êle não tinha um amigo, vem,
em massa é unânimemente, dar-lhe
as seus votos Re
* Nunca o’sr. Tasso cuidou dos in-
teresses desta freguesia, nunca se
preocupou com esse corpo eleitoral,
nunca lhe prestou o mais insignifi-
cante serviço, nunca, sequer teve o
incómodo dum bilhete de agradeci-
mento a qualquer dos seus eleito-
Pes oque 5 obmBat

‘Mas quando na tela da discussão.
aparece a concessão dum melhora-.
mento para aquela desfavorecida
freguesia, é o sr. Tasso, O repre-
sentante, em côrtes, dêste concelho,
quem aparece na câmara a tomar O

 

 

comando de ataque contra uma fre-
– guesia que generosamente q. rece-
– beu em seus braços, contra êsses
bons eleitores que dedicadamente
lhe deram os seus votos para seu
representante no parlamento!
O sr. Tasso não lhe deu um me-
lhoramento e ainda pretende. tiraz-
lhe o que outros lhe querem dar!
| O sr. Tasso-de Figueiredo, o re-
presentante parlamentar de. todas
as freguesias dêste concelho, a.fo-
mentar rivalidades entre elas!

“E assim que um representante
de todos os republicanos do conce-
lho da Gertã no, Congresso. da Re-
pública compreende a sua missão
POA. e sem eo

E” assim, fazendo política. parti-
dária, impertinente e irritante, con-
tra aqueles que em 1910 só fizeram .
politica republicana, honrando e vo-

– tando o seu nome !..

Todos podiam fazer essa política
sertaneja menos um representante
parlamentar. ae

O sr. Tasso de Figueiredo não
devia descer das alturas dessa mis-
são honrosa e nobre a que o eleva-
ram os sufrágios de nós todos, nu-
ma solene manifestação de conside-
ração pela sua pessoa, sem uma no-
ta discordante, consagrando a esti-
ma e o respeito de todos os seus
patrícios, e que tão cara e preciosa
lhe devia ser, para vir lançar-se em
lutas que são impróprias da sua
pessoa e da sua categoria, que se
tem gastado e diminuído nesses in-
cidentes da câmara e episódios con- |
generes! e
– Tivesse, ao menos,
de esperar. io e

Fizesse-se eleger por, suas pró-
prias fórças e distinguisse então en-
tre amigos e adversários.
– Antes não. Todos foram seus
amigos e seus eleitores. :

Essa freguesia que o sr. Tasso
hoje guerreia e persegue acintosa-
mente, escolheu o e elegeu-o para
seu protector e seu defensor.
“Bem empregado tempo!

Bom defensor !|

Bom protector !.

Vozes…

pese

a prudência

“O jornal da Conservatória re-
clama lá para casa o lugar de juiz
subsiiuto.* ds

Não. sabíamos que tinham tanto
empenho. Tivesse-o dito. Escusava
de vir gritar para a gazeta. Figue la

com o lugar.
E: *

E, fazendo o reclamo, em favôr .
do estabelecimento, diz assim :-

Mas como pode estar isento de suspeição
a sentença proferida por um. juiz, tendo in-
“ tervido já no processo como advogado ?

—Ai, “menino, menino, não diga
asneiras ! Leia o artigo 292.º, n.º 3.º
da cartilha, que lá lhe d:z que um juiz
não pode funcionar em causa em
que tenha intervindo como advoga-
do. E não diga mais intervido, que
chora a gramática! E depois diga
que é vingála.

»

 

es aiemnso e
E continúa;
E’ êste um assunto que deveria ser me-
lhor reflectido, pelos encarregados da re-

forma, na maior das vezes, pessoas sem ne-
nhum conhecimento-desta técnica judicial.

—Pois é. Na maior das vezes e
na mais pequena. Sr

São todos uns brutinhos !

Nem sabem: dum, juiz a decidir
num processo em que, tenha sido
advogado… Fo
” Reclama-se um: sábio da Univer-
sidade da Rua Nova, que saiba da
tal técnica, para fazer a reforma!

Mas os senhores não sabem por- /
que à Qto alarido td dad na

O sr. dr. Abilio Marçal é substi-
tuto do juiz de direito… Percebe-
Fanpa A DIGADE e
Cá vai também para o canhenho!
E’verdade : tambêm querem aque-
le -lugarsinho que pediram há dias
para: Lisboa ? jo ni ds

Ea Ã Í 5 iá x Ê 45% k.
Uma voz amiga diz-nos:que os
unionistas, não querem úem consen-
tem que na câmara ‘se-fale em ponte
da Galeguia, | E cd
– Porque é proibido, visto haver um
recurso: pendente. ta
Bem percebemos…
Que raio de lembrança !!…0
t | >
“Diz-nos uma voz certa e discreta
que um dos mais graduados mem-
bros da comissão encarregada de
estudar a tal questão do peixé es-
teve na última sessão a queixar-se
para um colega de lhe terem dado
. por companheiro o sr. Demétrio Car-
velho O
“Que é impenitente, intolerável e
nem se pode ouvir… –
E muitas coisas peores. O demó-
nio ! e =
—Já?
Pois, senhores: Nunca pensámos
que fosse tão cedo! – i
Já a aristocracia unionista come-
ça a dar a paga dos que a teem ser-
vido.
“Para 0 ano, quando vier o recen-
seamento, que volté êle a requerer ,
a eliminação de eleitores democráti-
GS
Os unionistas agastaram-se com .
a nomeação do sr. Demétrio. Que é
“dar-lhe importância de mais, dizem.
Pois está lá tão bêm, tão digna-
mente e com tahto direito como qual-
quer outro.
Está melhor e já compareceu nas
últimas sessões da câmara munici-
pal o nosso amigo sr. Hermínio
Quintão, mui digno presidente da
comissão executiva.

g ES ÉS
Pêsames

Mui sinceramente, os enviâmos
aos srs. Eduardo Barata, digno es-
crivão de direito nesta comarca e
Antonio Barata e Silva, inteligente
aspirante de finanças nêste concelho,
pelo falecimento de sua extremosa
mãe, uma simpática e respeitável
velhinha que há um ano tivemos o

 

prazer de conhecer. .

 

O KRONPRINZ |

e um oficial francês

No Daily Telegraph, de Londres,
lemos que o alferes Damars “seguia
por-uma estrada, nos arredores: de
Saint: Menhould, levando: uma or
dem para o seu coronel, quando ines-
peradamente se encontrow em pre-
sença de uma guarda’avançada ini-
miga. Os alemães fizeram fogo, ‘e-o
alferes foi atingido, por uma bala
dum dum, num: ombro. Horrarosa-
mente ferido, caiu e foi aprisionado
elevado para dentro das linhas ale-
mãs. Foi lá que viu o principeimpe-.
rial; que o veio interrogar! Oprinci-
pe-trajava um capote iinpermeavebé
botas Wellington; nada no’seu ves:
tuário indicava a sua personalidadé,
mas ‘os que: dêle-sé aproximavam
tráiam-no pela deferencia com que o
tratavam. Só mais tarde é que o pri-
sioneiro soube que havia estado em
presença do filho mais velho -do im-
perador da Alemanha;’O prificipe
imperial perguntou ao. oficial francês
o que fazia no momento em que fôra
aprisionado, e Demars respondeu-
lhe que levava comunicações. “Fra-
vou-se então o seguinte diálogo:

“—Que tal é o estado moral das
tropas francesas ?

— Olhe para a minha ferida. Todo

o dia acompanhei os meus, camara-,

das. Sofri atrozes torturas durante O
meu transporte, em carruagem, por
estradas péssimas. Apesar disso, pó-
de constatar que.me encontro mo:
ralmente bem. O estado, moral dos
meus camaradas é excelente, porque
ninguem duvida do êxito final..
—Os soldados franceses sabem
que os alemães estão em Reims?
—Com certeza. Recebem diária-
mente-o Boletim dos Exercitos € sa-
bem tambem que os senhores foram
repelidos em’Fére. Esta manhã dis-
se-nos um soldado prussiano que os
alemães estavam em Paris, mas eu
entendi que era’melhor não o con-
tradizer. eae
“O principe agradeceu aó oficial por
não ter desmentido o soldado; é con-
tinuou o seu interrogatório. Pergun-
tou-lhe principalmente qual era o
efectivo das tropas francesas ali.
Demars respondeu-lhe que estas se
compunham de tres corpos de exerci-
to e de uma divisão colonial, informa-
ção que, como bem se compreende,
não era exacta. O principe herdeiro

quiz depois saber pormenores dêstes –

corpos de exército, é o oficial francês
forneceu-lhe números que o surpre-
enderam e lhe déram que pensar. Ao
pedido de informações sobre os ele-
mentos que compunham as tropas
francesas respondeu o prisioneiro

que eram quasi todas tropas regula-
res, reservistas e do efectivo, estan-
do o resto ocupado nos serviços de.

aprovisionamento, e tendo aínda sido
chamado muito poucos territoriais:
—E o que tém em vistago exérci-
to francês? Se
“—O que temos em vista, antes d
tudo é repelir os senhores para à
Alemanha, e, depois, não sabémos
ainda o que faremos, porque isso

 

 

 

Em volta da guerra

21199)

pIARQ SSQUIS “IS om XE |

 

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É
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depende dos planos do estado maior
general.

O principe perguntou depóis é ao

prisioneiro se em alguma coisa lhe
podia ser agradavel, ao que o alfe-
res Demars respondeu que só dese-
java ser transportado para a mais
próxima: ambulância. Sabia que era
a de Saint Menhould, e esperava

que esta cidade não tardasse a vol
tar ao poder dos francezes. O seu:

desejo foi satisfeito, e o alferes De-
mars foi efectivamente libertado pe-
las tropas francesas, duas horas de-

pois da sua chegada á npc va

ES) sa a Ô

UMA CARTA:

“Para publicação neste jornal, re-
cebemos uma carta em que se fa-
zem severos comentários aos actos

duma autoridade dêste concelho,

com referência especial a um. inci-
dente imprudentemente . levantado
por aquele funcionário numa repar-
tição pública, onde. o-ofendido re-
presentava alguma coisa e O agres-
sor não era nada…

» E o nosso amigo pede a publica-
ção, sob sua responsabilidade, visto
nem-referência termos feito a «uma
outra que há tempo nos escreveu
sôbre os desvariós, Hb mesmo He
cionário.::

Nem assim:

Desculpe-nos o nosso amável cor-
nespondente «bai

: E uma velha E aubncados a

Um compromisso expontâneamen-
te tomado.

Para nós, tal. autoridade é como
se não existisse. Não a conhecemos,

: Comunicam-nos, – frequentemen-
te, os seus disparates, as suas pro-
vocações: irritantes e -desconexas.
Nunca demos por isso;

E êle não terá mais prazer «em
nos agravar, a nós…
nesta nossa serena indiferença…

A sua, glória é: que pode. & ser
maior, mas nós dispensâmos- -lha to-
da,. sem mágoa.

“Talvez que, neste jornal, lhe con-
viesse uma discussãosinha-—a êle e
aos seus turibulários.

Talvez.

Mas nós sabemos o que devemu os
a nós e aos outros.

“E não seria agora, nesta altura,
que nós quebr ariamos um propósi
to de que alguêm ‘nos poderia to-
mar contas.
“Aqui tem o nosso amável corres-
pondente porque nesta parte não
podemos aceitar a sua valiosa cola-
boração, que, entretanto, com mui-
to prazer receberemos sôbre outros
assuntos. – É

Esta casa Rad às suas ordens:

(isetahgito do Japão

 

Há cêrca de 30 anos que a doen-
ça do castanheiro vem. desimando
os belos soutos- e vérgeis desta re-
gião, fazendo, assim a miséria de
muitas famílias e de muitas Peres
ções que nêste ramo de agricultura
tinham o seu principal elemento de

riquesa, no rendimento da castanha:

e da madeira.

| Descobriu-se felizmente o proces-
so de obviar a esta desgraça e de
fazer o repovoamento dos soutos,
restaurando essa fonte dereceita ea

alegria a esta região, que o casta-

nheiro tanto embelesa.

E” pelo castanheiro do Jopão, que
fornece um excelente e resistente
cavalo para nele se fazer a enxertia
do nosso castanheiro.

– Às experiências deram os melho-
res e indiscutíveis resultados.

E” um processo idêntico ao do ba-
– celo americano, que veio salvar as
nossas vinhas e repovoar esta região
essencialmente vinícola.

O nosso amigo, sr. Marçal Rodri-
gues, de Pedrogam Grande, com a
iniciativasçasgada que domina todos
os seus actos, acaba de fazer aqui-
sição de alguns milhares de exem-
plares, que, como se verá do anún-
cio adiante publicado, revende em
excelentes condições.

 

do que ns

– pe, D. Diniz e D. António,
desabrocharam no berço, penderam

 

 

“EGO. DA BEIRÃO “mam

a

| Tambêm a direcção do Colégio das
Missões mandouvir alguns exem-
plares para começar a repovoar a
cêrca:

Os lavradores não devem descu-
rar êste assunto, que é de seu má-
ximo interesse.

 

LITERATURA.
0 último filho de D. João III

 

O nosso devoto rei D. João UI :
herdou tudo de seu pai D. Manuel,

menos essa felicidade pasmosa, : com

que o duque de Beja. adquiriu e’
sustentou um sceptro gua do

prestígio, da fôrçã e dó dinheiro. .
O seu reinado sobresaiu alguma
cousa nas armas, porque nele flo-

rescerâm homens do pulso de D..

João de Castro, Nuno da Cunha,
Heitor da Silveira e D. João de
Mascarenhas. Nos negócios públi-
cos, que êle não fiou de Deus e da
sé apostólica, valeu-lhe Antonio Car-
neiro é seu filho Pedro d’Alcaçova
Carneiro, que-ainda retardaram. ha-
bilmente de alguhs anos a-nossa’tre-
menda derrocada político-econômi-
ca do’ declínio do século XVI

Ora erguendo-se, ora abysmando-

-se na política intefnã é externa do

país; assistindo ao baquear vertigi-
noso do nosso poderio africano, sem
que os seus cálculos sôbre a Ásia 0
compensassem da perda dos ricos
empórios como “Azamor, Cafim e
Alcacer-seguer; Estonteado “com O
sangue que “derramava em todo o
país pelo braço homicida dá 1 inqui-
sIÇãO ; envolvido nas, arengas teme-
rárias de’seu cunhado Carlos V,
nem ao menos tinha um “Conchego
doméstico, cuja alegria íntima, bal-
sâmica, lhe refizesse o espírito dos
remorsos e lutas tão RR da
sua vida pública.

Éle ‘e sua mulher D. Catarina: já
não provinham dé sangue muito apu-
rado para produzirem “bons frutos
conjugais. Alianças entre parentes, e
de fria convenção política ie econó-
mica, não prometiam, de lado a la-
do, maiores. venturas: do que as ex-
perimentadas pelos dois esposos,
quasi aturadamente cr Eoa0 a

“1540…. ;

Nove filhos lhe nasceram no es-
paço de catorze anos: é neste mes-
mo período nada menos do que se-
te lhe foram roubados pela: morte
com todos os sonhos da alma, com
todas as. esperanças sucessivas de
que a sua má sina cansaria uma
VêZ, poupando- “lhe entre tantos ao
menos um rebento, onde ‘se espe-
lhasse o seu amor de pai e a sua
ambição de rei. D. Afonso, D. Iza-
bel, D. Brites, D. Manuel, no Fili-

apenas

logo. mortalmente para o túmulo.
Entre D. Diniz, falecido em TSM,
e D. António, em 1540, nasceu o
principe D. João, que sobreviveu a
todos. Ao cabo de tantos golpes
aqueles dois corações, acerbamente
feridos, alimentavam a melhor espe-
rança de que a morte cansara em
fim, deixando-lhes D. Maria, casada
com o príncipe castelhano. Db. Fili-

“pe, eo referido D. João, que pare-

cia tér as necessárias condições de
vida.

Novo e cruel desengano lhes trou-
xe em 1545 a morte de D. Maria.

De nove filhos restava aos pobres
monarcas de Portugal um só, mais
estremecido, mais resguardado das
contingências. mortiferas da vida, do
que as próprias meninas dos olhos.

Foj crescendo o: principe entre
mil carinhos paternais. e precauções

“scientíficas. Até o famoso ministro
Carneiro chegou a consultar um dos |

fisicos mais entendidos dêstes reinos
sôbre o melhor regimen- para a cria-
ção dum principe.

Em 1552 D. João contava 15 an-
nos de idade. Como medida higié-
nica: preventiva, talvez, ou para que
D. João II levasse para. o outro
mundo a possivel. certeza de. que

“deixava sucessores ao trono em du-

as gerações, casou o filho com a

prinçeza D, Joana de Austria, filha

 

vez a negregada aliança entre paren-
tes, apesar de tão amargas lições. (DA

* Hicipasse todo da alegria ruidosa d
um imposto especial para-as festa
“ do casamento, sem limite mínimo
de rendimento colectavel.
—— Entre.os desgraçados,

: arranjar a importância da. “Sd: CONS

-aproximadamente em um tostão, em
» «que fôra-colectada.

eme!

“dos executores, debulhada’em lágri>

“mesmo coma suagrande vontade de

“ria o principe; ea pobre D. Catari-

TOos e injustiças dos homens

– que nem tudo se paga nas regiões,

 

 

 

 

de seu” cunhado Carlos V. Os

 

E para que o povo português pa

corôa, entendeu o piedoso rei lança

que não
tinham para onde se voltar a fim de

ulhe –

im cuja

 

sinha dé Montemório- -Novô

 

para proceder a uma execução, vis- –
to que ela ‘não -pagara’ a quantia

 

A pobresinha, vendo aquele me.
donho aparato judicial caiu aos pés”.

mas protestando à sua pobresa, -su=* |”
plicando pelo amor de Deus e pela
boa sorte do príncipe, que elrei ‘a
dispensasse dum sacrificio; que nem
o servir sabia como fazer. 2 “O

Mas ós homens da ler não: entén-
dem a linguagem das lágrimas; e a
miséria nunca fez fé aos olhos ine-
xoráveis do fisco, Era necessário
que todos, pobres É TICOS, Se asso-
ciassem do coração ao juúblio do seu
rei e senhor. A única coisa de valor
que’tinha’a Maria Fernandes, era à
sua saia de ir’ver a Deus: pois “ói
isso mesmo que lhe” levará em E
sa do impósto. |

Daí a pouco tempó, tem 554, mor

 

 

na, nas alucinações da sua enorme
dôr, até se queixava amargamente
do próprio Deus.

-—«E bem, senhor», <esclamava
a aflicta Creatura- «oito filhos me
levaste; agora êste, que era’o lume
dos meus olhos, tambem me atre-
bataste ! Que é isto? Que pecados
tenho eu cometido contra, vós a di-
vina Magestade ?»

D. João HI passeiava, sorumbáti-
co e apreensivo, . perto do oratório,
onde à: esposa misturava as’ suas
preces por alma do filho com os
seus queixumes pelos misteriosos
decretos da providência. O monar-
ca, que já sabia da história da saia,
acudiu, talvez espicaçado do. remor-
so, a atalhar as queixas de B- Ca-
tarina:

—« Senhora, não vos “queixeis de
Deus; não vos matou “ele o vosso
filho. Sabeis quem O matou ?.:».

E a resposta ficou-lhe suspensa
dos lábios trémulos durante alguns
instantes. A inconsolável mãe, er-
guéu-se com espanto, “fixando ‘no
marido os oihos envidraçados de
lágrimas, é êste, pareceu reunir to-
das“as suas forças pulmonares, Te-
fluindo-lhe ao semblante” desarranja-
do o fogó que o requeimava lá or
dentro.

— «Quem “matou. “Vosso filho) se-
nhora, foi a saia da Maria Fernan- |
des, de Montemór- -O-NOvO».

Não seremos nós quem’se ria do
terror supersticioso’ de D. João HI,
nem das almas. cheias de fé, qué
vêem a intervenção divina nos er.

E

Não lhes: oçaguêmos com O so-
pro estiolante da nossa filosofia a
crença, repressiva para os tiranos e.
consoladora para os que sofrem, de

cada. vez mais. problemáticas, da
outro mundo. ndo

Nicolau Elorentiio

(1) O único “Prulo deste mattimónio. foi o
nosso desgraçado rei D. Sebastião. –

EHUMI po n

— Notas dum ao da

 

a esposa Idea

“Anda o Nosso colego, Voz da Bei-
ra muito empenhado em saber quais
as qualidades que a. mulher, deve
possuir para.fazer..a felicidade do
lar,

Não conhecemos o. autor.de tão.

 

 

-Brimas, abundantes às meninas sen-
“timeéntais quando o marido tirano
–choupana-entraram-os agentes fiscais |—-ultraja-a–esposa-infiel=e-que-faz

“é uma cabana foi.

 

du cem

ca brincadeira, mas parece-nos

se deserta atravez das Panis do
romance barato, que faz correr lá-

palpitar desamor quando o cavalei-
ro ‘enamorado,- à luz vaga e indeci-
saida lua,- se- aproxima . dai “janela
“aonde o espera’a noiva, querida!

Este amor só-se empresndia na
idade-médiá: Hoje, não. Ê

Hoje: a velha” ade frase do
antigo ritual-amoroso : -o teu amor

saptiida
uma outra, féia para! gs: ai
dos, mas mais prática : o teu dinhei-
ro é um palácio) pretendente não
indaga das qualidades da mulher a
quem. vai ligar o-seu destino -quan-
do resolve casar:faz; acêrca da mu-
lher «que pretende, simplesmente es-
ta pergunta-sêca, friave cortanté co-
mo uma navalha de barbas! 06 o!
enQuanto pesa Miicaneil sua nA

“E perante esta tão: Jacónica à inter-
rogação não ha olhar «que fascine,
belesa que! atráid ou pbandade que
prenda, 1 S%

Hoje o amor não:: passá) des
fair ecruel pairanha de: (que
nos fala dbafiezo 20240297 907

« Assim como na botânicas; poder
mos dividir as plantas em iduas ca-
tegorias: as que se comem-eas.que
se: não comem; «assim,: tambêm,
quanto ao gravíssimo. problema:do
casamento, podemos dividira mu-
lher em “duas: categorias»: as com
dinheiro e as sem dinheiro..s jiu

As primeiras, feias ou:bonitas,
boas oú más passam sempre; as

segundas… ficam: pa tias. O res;
to-são histórias «o ser

“ Por isso, colega, ‘se de bed a
opinião-dum novo na idade mas ve-
lho: e: experimentado: nos. amores,
dir-lhe-hei sem hesitações.

A belesa, a: bondade é o: amor,

 

 

*

– são puras: utopias. IL Ei Fiat

Se algun dia resolver casar, pro-
cure. mulher com às tais únicas e
verdadeiras qualidades que são: de
apetecer : J

Dinheiro, fortuna ecapital.-

Olhe, colega;:que, o: restos
ranja- -se depolssims om sm

 

Estas q

para a Cruz Vermelha

fogao nbr

“Um passa-montanha abate,

 

 

 

“Este estabelecimento de EhAtRd
especial, desejando contribuir com o
trabalho” das | proféssoras “eegas +
suas alunas para O confôrto dos que
estão lutando nos. campos “de bata-
lha, solicitou de algumas fábricas e
estabelecimentos «lá em fio, para
com ela serem manufaçiurados é arte-
factos de: malha, que serão: entregues
à sociedade. da Cruz Vermelha

– Entre estes. artefactos. destaca-se
um muito interessante : é um passa-
-montanha extremamente simples, e
de. um, emprêgo essengiálmente prá-
Le e É

Este passa- mo; oo tem. a forma
va um cilindro perfeito, Pode . ser-

por, isso, de regalo, muito útil
Ea combatente « “que numa, trincheira
fór atacado. pelo. entorpecimento do-
loroso das extremidades dos, ‘dedos,
que muitas vezes paralisa o atirador
e o impede de. disparar à arma…

Enterrado na cabeça; até a altura
dos olhos, ficando a parte superior
solta, em forma de barrete, ou ;do-

“brada e prêsa na dobra posterior, o
passa- -montanha constitui, um boné :
de viagem, que resguardará . por
“completo as orelhas e a nuca.

Se se acabar de enterrar 0 passa-

 

@@@ 3 @@@

 

ta, e puxá-lo até ao queixo e |
que toda a cabeça e pescoço-fiquem
Ó O rósto à desco- .

ardados

Dica Ber com-

plEy mente abrigados Améve’oua

chuva, deslisando “sôbre a-lãy. não
pode penetrar pela gola da farda.

Puxando a parte inferior para ci-
ma, até à cana do. nariz, e. a. supe-

 

 

rIor até à altura” das” sobrancelhas,

obtem-se um verdadeiro passa- mon-
tanha, por
de cobertô;

 

que tem eme
de estar alerta e Rendo de

 

 

e só os.olhos, ficam a bm
|. com esfôrço se pode tirar por. cima

 

“noite precisa de ouvir bem, deixará

descoberto alternativaménte 0 ou-

vido direito e o esquerdo.

Sabe-se: que durante as baixas
temperaturas são o nariz é as ore-
lhas as partes que mais se -ressen-
tem do. frio. O soldado munido “do
passa-montanha evita fácilmente ês-

* tesgrave perigo.

Finalmente, em tempo pinto,
“mas “frio, basta abaixar completa:
mente–o. cilindro-em tôrno do pes-
coço, para se obter. uma éspécie de

cache- nez, impossível de perder, vis-
to ser um; circulo períeito que – só

da cabeça,

 

 

 

Quem déra se o als E
O mais fin: ndo ‘ámiorperféito,
Só. para servir de adorno,’! «

K y amor, nesse teu peito.

 

 

 

 

sciência perturbada dos maus.
s “Peres Escrich.

 

WBela. eu lhe disse, 1 nô teu as gestos
Todo o socego do teu peito leio ;
Bardo, disse ela co’um sorriso honesto,
A lua é calma, vulções no seio.

 

 

O ao é cas de o cp
+4º Qsclenços-brancos são ais,

tolos e alguns velha:
Poras “Fscrich.:

E mo) Numa,lage, dumular E

“ Indcência, graça, candura,
;« Refugiaram-se aqui; |
“Terra, não peses sobre ela,
a Que: ela não pesou sobre ti.

*

A ninguém cabe o direito de cap-
tar o coração duma virgem, desde |
que 1 não possue a firnesa ug a amar

— para sempre.

e ue
Naufrago coios merda Inss,
Perdidô nestes escolhos ;
Meu’ faról são-os teus olhos,
Meu RENO a cruz dos téus braços.

 

“Os homens ainda os mais manho-
sos, teem um fraco por onde é fa-
cil, sei pre vencê-los: a vaidade.

Paul Bow se

 

dE
Prisão le a tua casa…

O teu quarto calabouço, | E
E cadeias, os teus braços, |
Em volta do meu pescoço.

age

AR
E’ sempre fataliista o
rante.

luta de quem não é capaz de ser al-

guêm.

 

 

O homem, em POR,

Agostinho. –
e
Suponho vêr-te… falar. te.
tua voz doce . É
Sentir teus beijos…
: Proúvera à Deus que é ássim fosse. ;

 

 

Ás desilusões, são à sabedoria. que.
vem ter comnosco E em
* CARFASCO, 2.

 

ci lima dê; muita gentes ton

E” como um lago profundo,> “:

D’água limpa; transparente,
Com muito lodo no fundo.»

 

O jardim é a criação agronômica
cuja utilidade reveste mais numero-
“sos e variados aspectos.

: Obra de arte viva, agente dé sa-
– lubridade, laboratório de ensino, ofi-

“cina de produção lucrativa de flóres |

a
!

 

pobre igno= :
O tem-de ser é crença ;abso-

beijar. pelo catia

 

 

NiA vinginca ndo a Ra na con. Ee

Miscelânia liferária, histórica, scien-
| tificae jocosa |

| Curiosidades úteis

É Plantas. decorativas, Eonisdadedao

as aspirações estéticas do espirito,
| facilitando: a “respiração de bom ar,
fornecendo ensejos e elementos de

ginástica sádia da inteligência, “do
“caracter e do, corpo, ou promoven-
do. benefícios económicos, em toda
“a parte, nas casas dos ricos e dos
pobres, nas grandes e nas pequenas

: povoações, ao ar-livre e em recintos

“fechedos; nas escolas, nas habitaçõss

É

JE rador do

Os desenganos mais úteis, são
“aqueles que nos custaram mais caros.

particulares, nos estabelecimentos e
nas praças públicas, a criação dum
jardim, se justifica pelas vantagens

“de encanto, de bem estar ou de lu- –

“que a todos pode dar.
x*

 

“ro

Que vivem, que morrem no ar;

“ Ao perto são’ lenços brancos

-A acenar;

De longe, casais de rôlas.
A Voar
«Lopes Vieira:

“Gagos Rita

Enciá outros:

Moisés ; Demostenes ; Eligato;
Luiz o Gago; D. Miguel IL, impe-
Oct: Nehemedel- Nos-

sor, rei arabe de Espanha; Erico,

rei da Suécia; Luíz XIII; Malher:
Eus dd o Desmoulins; o pintor
Dayid, –

17» «iNa aldeia

“Que’silencio, que paz e que doçita .
No suave repouso de-uma aldeia! |
– Como.a vista.se alarga e se recreia
Por seus campos cobertos de verdura!

Nós valesy a ribeira que murmura ;
Na balsa, a toutinegra que gorgeia ;
Da. terra, que se cava e se semeia,
Os frutos despontando com fartura ;.

Rebanhos a pascerem nas colinas;
-E as aguas das nascentes cristalinas:

Serpeando atravez fragosidades.

Aldeia, ó santa aldeia! o teu regaço
E’tão bom que ele quebra o cansaço

É o vida: ques se a nas cidades.

a, Pedro Vidoeira.

.*

Ninguem solto sé vê, se chega a vêr-te,

Por mais livre que traga o pensamento,
“Ha de amar-te, servir-te e obedecer te.

Pedro Antonio Corrêa Garção.

a DR : 4 7 Ra ã E É
“Quando me: fazem uma: ofensa,
esforço-me por elevar a minha alma
a grande altura, para que a ofensa
não possa ir ter com Bla o

: Descartes. E
Velejam. pelo: mundo, o ormentaso rios.
Os dias da existência, entre caudais de dôr,
“A” frente a Mocidade, êsse gentil navio, .
Leva escrita esta palavra: Amor. o

dose Newton.
*

o veneno da palavra

“Com a falsa palavra engana a as-
túcia as fáceis credulidades, disfar-

“ça a cubiça a ruinosa sofreguidão,

ui

temerários,

 

t

deixa a lisonja asjardilesas torpissi-
mas.

A palavra refalsada ilude todos
os poderes e mina todos os estados.
Tem cortezãos que lhes mentem os
príncipes, quando os principes im-
peram; tem aduladores que lhes
mentem os povos, quando os povos
exercem facul dades soberanas.

Mendes Eeals
Ca

Não posso compreender êste fervor que sinto,
Este dôce fervor que me impulsiona: e quero
Afirmar que és mulher, mas balucino e minto na
Não sei se és deusa ou santa ! eu sei que te venero.

António régo..

Olisongeiro
Se rides o lisongeiro ri, se cho-
rais: chora, se vos calais louva vos-

“so silêncio, se falais engrandece vos-

sas palavras, se mostrais ousadia,

diz: que fortuna ajuda os ousados,
-se mostrais temor e pusilanimidade,

diz que os homens uão hão de ser
“mas. sofridos, e que: o
mór mal. dos males é não: os poder
sofrer.

Finalmente transforma-se em vos-
sa condição e representa vossas cau-
sas com suas côres, ‘mas às vezes,
porque sua’tenção não é louvar-vos,
mas aproveitar-se de vós. Assim co-
mo no rio, quando se brada entre
montes, o tom é em uma”parte, e
em outra a pancada; assim quando

o lisongeiro engrandece vossas coi-

sas, o tom é em vosso louvôr, mas
a pancada em seu proveita.

(Século XVDA +º+ &
Fr. Heitor Pinto.
Sernaghes go É e a
eb SO compilador,

P. Cândido Teixeira,

 

 

AGRICULTURA.

Serena de trigo em
linhas

 

“Tão atrazada está a agricultura
portuguesa que aos nossos agricul-

tores custa acreditar na possibilida-
de de colher proveito de certos pro-
cessos adoptados no estrangeiro e:

cujos bons. resultados estão já bem
provados.

Um deles é, por exemplo, a se-
menteira do Trigo em linhas,

Se se fôr aconselhar a um lavra-

dor de Portugal que faça a semen-

teira de Trigo às linhas, êle repon-
tará logo, afirmando que é umã grang
de massada e que isto não passa

“de teoria. O. mesmo dirá se fôr

aconselhado a mudar de semente
de ano para ano, apesar de, estar
averiguado que as variedades vin-
das de outras terras dão maior pro-
dução do que as usualmente cultiva-
das.

E preciso que saiba queia semen-
teira em linhas está provando mui-
to bem em toda a parte, demons-
trando-se que:assim se aumenta a
colheita do Trigo é se melhora a
qualidade dele. |

Basta atender à quantidade con-
siderável de semente que se poupa
em lançar a semente em linhas,
para se reconhecer, desde logo, que

o processo é tudo quanto ha de mais:

racional e proveitoso, especialmente
no momento actual, em que a escas-
sez e carestia do Trigo são gerais,
em todo o mundo.

Semeado o Trigo em linhas, tor-

na-se muito fácil a monda que tenha
de fazer-se na primavera e que é.

sempre de grande vantagem.
Dizem os que teem feito a semen-
teira, do Trigo, em linha,
um pouco mais de tempo, “especial-
mente emquanto se não está bem
prático nesse modo de sementeira;
mas êsse trabalho e êssé tempo fé
cam-bem. compensados pelas vanta-
gens da monda e pelo proveito de
maior colheita.
– Está demonstrado que o Trigo
cultivado em linhas rende mais em
pêso, tanto do grão, como da palha,
e em qualidade, que é sempre me-

lhot, porque o ar e a luz circulam

 

“linhas,

(Do Lavrador) €

que dá

 

“mais facilmente entre as plantas, fi-

cando estas em, condições de vege-
tar melhor e de resistir ás doenças
que, por vezes, as atacam e fazem
diminuir a produção.

Espera-se obter tantas vantagens
da adopção da cultura de Trigo em
que, na| Italia, procura-se,
por todas as formas, fazer com que
os lavradores a adoptem. Ainda
agora, foi aberto um concurso com
prémios, para os lavradores que-
mais. cultivem O Trigo em linhas.
Esses prémios serão distribuidos
passado o mês de Abril.de. 1915,0;

Porque não hade fazer-se o mes-
mo em Portugal, se os resultados.
já obtidos são tão. animadores? E”
Hiásdão de decisão é de propósito
de romper contra a maldita rotina.

O Lavrador acha tanta vantagem
em espalhar em Portugal a prática
da sementeira de Trigo em linhas,

que resolve abrir, para êsse fim, um

concurso entre os aim que
queiram pa folRo NiFRed

Bento Carqueja:

Es

 

 

ANÚNCIOS . |
Castanheiro do Japão

O unico que resiste à terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-

ves estragos tem produzido nos

2

HOssos soutos, é castanheiro do

Japão.

– O castanheiro japonez Dre
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano; tem oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não só ao norte do
nosso pais mas principalmente
em França, onde o castanheiro
foi primeiro que em, Portugal
atacado pela filoxera, € hoje en-
contram-se os soutos «Já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando um rendi-

mento magnifico.

O castanheiro japonez acha-

– se à venda em casa de Maruel

Rodrigues, Pedrogam Grande.

CHALET

Com oa vivenda e nos aos

 

“de Pedrogam Pequeno — vende- -Se.

Trata-se com o notário desta co-

marca, Carlos David.

 

PROPESSOR DE INGLES

Lecciona. Traduções de inglês,
francês e espanhol.

GUARDA-LIVROS

Escrituração comercial e agrícola.
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Trata-se com F: Tedeschi, oáE-
nache do Bomjardim, :

 

 

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“Agua da Foz da Ceriá |

“A Agua minero- dci da Foz da Gerd tã apresenta. uma “composição
quimica que a, distingue-de todas as outras até hoje uzadas na terapeutica,

E” empregada com segura vantagem da. “Diabetes— Dispepsias — Catar
ros gastricos, pulridos ou parasitarios;—nas prever ‘sões digestivas. deriradas
das doenças infeciosas;—na convalescença das febres graves; —nas atonisa
gastricas dos diabeticos, tuberculosos, br “ghhicos, ele. O: paso teário “dos
expgotados pelosexcessos ou privações, etc. etc. +

Mostra a analise bateriologica que a “Agua da Fo da Certã, tal: 22oaRA
se encontra nas garrafas, deve ser considerada ‘como mitrobicamente
pura não contendo colibacitlo, nem nenhuma das especies patogencas
e podem existir em aguas. Alem disso, gosa de uma certa acção microbi-

O B. Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco tempo

Ai perdem todos a sua vitalidade, outros microbios PRRSo Aran porém, re:
sistencia, Maior.

A Agua da Foz da Certã não tem gazes livres, é limpida, de “sabor E
so acido, muito agradavel aus bebida pus. o fu com
vinho. Cd agraciados

ri DEPOSITO GRAAL pda
RUA DOS RANA DA
+ canlelodes, 2168.

ó