Certaginense nº16 23-01-1890

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Administrador proprietario==J . M. Grillo

 

À
i “ENNO |Trumestre.

Numero avu
Brazil, anno..

|Africa, anno en ae sap

* GERTÃ
JOHN BULL

“Quem estas linhes escreve, mal cui-
dava “um destes dias, 20 tracejar o
artigo sobre a questão anglo-portugue-
za, que teria de voltar, tão, cedo ao a.-
sumpto, embora prevendo como certo a
revivescencia do conflicto, porque sabe
de quanto é capa; aquella nacão de be-
bedores é de infamissimos negreiros!

Deixemos, pois, de dedicar n’este mo-
mento algumas linhas especiaes aos, as-
sumptos dá localidade, que, tratando a
questão magoa, a questão palpitante que
m’esta conjectura sobre aliou não só o
nosso, paiz, nias até a Exropa inteira,
troctamos uni assimpto que intevesaa a
cada um em particular, e a todos em geral. À esta hora alta da civilisação,)

quando um facto de tamanha magiitude
vem pôr em risco a cutonomia, do nos-
so paiz, outr’orã tão poderoso e tão rês-
peitádo; todos quentos sentem pulser-lhe
no peitó iini coração portuuez, têm q im-
perioso deve de se levantar aliivos, indi-
gnados, e pôr de parte as questiunculas
internas, para correr a tiro, a punhalada
cTaté a tranca, os miseraveis pirates do
Norte, que outra coisanão têm feito mais
do que enriquecer-se à custa da nossa ira-
queza, da nossa refinada inepeia, e mais
do que tudo isso — da nossy eriminosa
indolenttal cs, ; Ro

Não é uma questão politica. + uma
questão de patriotismo, em que todos os
que se presam de ser portuguezes têm a
rigorosa obrigação de se interessar. Sai-
bam-no todos os ignorantes e todos os
insignificantes que acima de tudo pnze-
ram os interesses de conventiculos, aos
de uma nacionalidade que se vê em
cheque pela devassidão e pela covardia
de um governo que tendo ao seu lido a
muralha d’aço dá opinião publica; préio-
riu submetter-se ás inimieções brutaes
do marguez de Salisbury, ea arrostar
por consequencia com o labéo infaman-
te de traidor! gás ;

E que o amor da patria não é uma
phrase va, vasia de sentido!- Ha n’essa
adoravel expressão um mundo de amor
e poesia que todos sentimos, mas que
ninguem sabe explicar. Só o, compre-
hende bom agelle que wma! vez se yir
longe da patria, longe dos seus, longe
dos affagos é carinhos dos pees, dos ir-
mãos, da esposa, dos filhos emtim!

Perguntae n esses que saem da terra
que lhes foi berço para atrevessarent o
Ocecano é irem, a; Jongiquas paragens
conquistar à força de inuntoros, sacrifi-
éios, foruna que não lograram obter
no seu paiz, se sobem acaso o que 6
amor patrio. Hãode decerto responder-vos
Som os olhos rasos de lagrima: que vol-
o não sabem explicar, mas que o com-
prehendem e que o sentem como niguem!

Ah! como a coisa. mais insignificante

dão 928000,

Quinta-feira 23 de Janeiro
de 1890 || Repetições, cada linha on espaçe desifiha-20 »

No corpa do jurnal, cad
| de linha.

Annuncios permanentes

“Foda a correspondenci

LUTEHOS PELA PATRIAL

nossos conterraneos que precisaram ir
alem-mar, ás terras de 8.º Craz, procu-
tar 03 meios que aqui não encontraram.
E lá, nas ingrat: 7
ando lerem e linhas dictadas por um
coração amantissinig da cua patria, Dão
de contessar que temos inteirá razão,
hão de aplaudir-nos com enthusiasmo do
intimo da alma, temos d’isso a certeza!

Só-0s maus, os ntopistas e os disiqui-
librados podem pençar em abulição; de
ironteiras. Loucos! Não vêem que a isso
se oppoem os climas,as raças, as tradi-
ções, os habitos, os costiúnies, n’jinta
palavra–as condições ethnogralicas de ca-
da povo! Foi a mão potente da propria
natureza que deliritou essas mesmas
ironteiras com enormes continentes, gran-
des cord’lbeiras, os mares, e, principal-
mente, as condições elimatologicas!

Não se affronta, pois, com impinidade o
brio e a honra: de uni povo que ama com
entranhado affecto a sua patria… :

O goverrio comnietteu esp immensó
erro politico, é por isso caiu de um mo-
do desastroso perante a onda alterosa e
senipre réspeitavel do povo quando vô
ferida a honra nactnal. ..

Allegou o ministerio que se vira for-|
cado a ceder perante o «ultimatum» ines-
perado; peremptorio e desleat do gabi
uete de S: James. Mas quem disse, go
sr. Barros Gomes que, cedesse? Quem?
A nação? Nuncal :

E viu-se! Viu-se elatamente que Por-
tugal estay> e está resolvido a resistir
até final, até queimar o ultimo cartucho
em defeza da sua integridade é da sua
honra, contra os sicrrios dit feroz Gri-
Bretanha. Ora o governo não cedeuá
vôrga, bruta, esdeu á ameaça, cedeu “ao
medo, o que é decerto mito diferente.

viver co ignominia. padece,
Temeu o sr. Barros Gomes que os
couragados britanicos entrassem pelo Te-
jo dentro e que, com os seus monstra-
0308 canhões bimbardeassem Lisboa, re-
duzindo-a a um montão de ry ipas. Se 0
ex-ministro dos estrangeiros tinha medo,
quem Jhe disse que Portugal tambem o
tinha? Sim, quem foi? E não lhe cora-
iram as faces de vergonha pela covardia?
Espantoso e unico! i
O primeiro dasver de um. homem na
situação do sr. Barros Gomes —-e mesmo
jdo proprio ministerio–logo que o «ultima
tum» revoltante, inquisitorial; extraor-
inerio pela exigencia na brevidade da
sotistação, o colluva entre a espada e a
parede, não The dando tempo dé consul-
tor rapidamente o pai, 0 primeiro dever,
diziamos, exa dar sem pérda de, tempo
a sua demissão, pariecipando-se , de.
seguida isto mesm ao gabinete londri–
Os : PERA E PED A
|; Nestes termos, deixasse, que lord
Sulisbiny realisasse a sus ameaça se era
capaz, que seria então com, as potencias,
europêas que a vil Inglaterra tinha de
liquidar-contasá O go
Depois é necessario que, se soiba,
ue não se bombardeia hoje uma cida-

que lhes recorde a terra onde eg como Lisboa, do mesmo modo que
o páiz a que pertencem, tem para. elles se bombardeou a Alixandria.. Aqui o ca-
um valor incalculavel! Que o digam os!’so é outro muito diverso. Além Visso,

sregiões tropicaes, qu-|1
7

E mais vale morrer com honra do quet:

caiu pela execração : publica, an

tipetimmo do marquez,

é preciso adevertir que nós temos uma
softrivel esquadra de torpedos com qne
podiamos em poucas horas fechar a
e metter no fundo do mar, Os
res couraçados. De resto à torpedo
tem ainda, a grandissinid Vantagem de le-
vantar form’daveis columnas de agua a
unia altura superior a 40 metros com
dez de raio, o que, mais depressa, faria
afundar “qualquer nayio, de guérra. Po:
diam og inglezes, bombardesr-nos . da
chomada «linha de respeito», e por con-
seguinte mesmo de ióra da barra, etten-
dendo à quê. os gimides carihões alcar-
cun bem a tres leguas de” distancia?
Mas de, Lisboa 4 barra vae muito mais
do que isso, eo que asbales inslezas nos
podiam fazer era arrazey Belem. Dois
que srrazessem, com, mil diabos; se a
tonto se atreviam 03 piratas, e a Earopa
lhês tomaria sérias contas. pôr essá, in-
qualificavel infamnia. O menos que pode-
na acontecer depoir a essa nação, de
lobos marinhos, seria o que succedeu á
Polonia e sem, divida, n’este caso, com
vazão supérior. A Inglaterra tinha o di-
direito da forca; nós tinhamos: a, força
do direito. Tantomelhor para nós e tanto
peor para ella, porque mais grave e tre-
mepda havia de ser à sua, respongabili-
dade a liquidar perante as outras potencias
Isto é rigorosamente logico e não offeré-
co a midima duvida.

A pata do leão

britannico enxova-
ave-nos apontando-nos as, bocas. dos
us terríveis canhões, coino supremo
umento d’agrelles que tem por diyi-
sa que a Corça prima o. direito? pois o
governo respondia à violetícia com al
violencia, à lórça oppunha a fôrça, ao
insulto respondia com o;insulto, E? esta
opinião, que felizmente vemos

| por toda a imprensa séria,
o sensata. E” que ninguem dá
tm abraço em quem lhe dá uma bofeta-
da. Jém tal caso, responde-se tom. vm
trabuco ou com um cacete. O ministerio
progressista não fez isto; e por, isso
! te uma
vovolta quo cada dia toma. porporções
ntaiores, alastrendo-se por todo à paiz,
e-que ninguem pode prever até aonde
irá, “onto mais que os immundos cerve-
jeivos de, Londres não desistem do seu
miseravel proposito, o

O conflicto anglo-portusuez, pelo ca-
ractey escépeional que 0 reveste, yae tal-
[vez provocar uma uova ennferencia de
Berlim, porque a Inglaierta com o «ul-

de Salisbuvy,.cal-

comu aos pús oss
iivejto internacional, e, despreson . por
‘completo a dontring espressa e clara do
vnigo 12º do acto gerel, daquela con-
ferencia, que clla mesma assignou com
os outras potevelrs signatavias, o
Esse ertigo, perceitua’com a maxima.
clareza, que em casos destes sé recoe-
»a à, mediação; e em, ultimo recurso á
arbitrazem.. Ora a. ganancia, insaciavel
do leopardo inglez, não. quiz uma coisa
nem outra, porque sabia de sciencia
certa quo a justica está do lado de Por-
tugal, 6, que portanto em caso nenhum
lhe podia ser favoravel uma mediação

ou uma arbitragem. “Queria rouba:-nos

| “5 — PUBLICAÇÕES

| Anuncios, cada linha ou espaço de linha 40 »

atissimos deveres de

Editor responsavel-—A. Pires Franco

 

a linha ou espaço
«BO réis

 

E NUMERO Iê

rigida á administração |…

preço convencional; ,;

Us srs. assignantes teem 0 abatimento de; 25 p, c.

a isto a

á viva força, custasse o que custasse,
E u’esta disposição de aniuio, não, vit
dig não, foisó. a nós que – derrêspeitoit)
porem qite desconsiderou toda a Euro;
Pa;que n/este monienti aguarda interes.
sada à solução, da. pendéneia; afim de
mtexvit no ensejo opportuno.
«Alca jacta 83tn] pia RD
», Dediquienios,- pois, odio de morte, im;
placavel, à Inglaterra, a essa nação dê
galfarros, de traficantes sem brio; de
ladrões desalmados!, «uma nin
« Que à mãe exsihe seus filhos a odiar
esse paiz maldito, que o professor la sua
cadeira não cesse de encutir no espirito
dos. seus discipulos o, desprezo por esses
negreiros, o estriptor comi asus, perina,
que at enfint, nos empenhemos n’es-
iá criizade; santa e nobilissima, Assini’o
dizem, assjm q. atotiselHa à imprensa de
todos os matizes e nós vivaniente aplau-
TOS) ear “EPSRA NOR PRICE TO RPI TA
|: Á grandissima bebeda Albion, esteja
certa, que os portuguezes não sabem jo-
Par ODOR pi nar RE Area
– Mas 9 que elles sabem com certeza. é
Vem, tias ocêasiões. precisas, é manejar
alentados marmeleiros e apotitar uma
estopeta, para, assombar, 09 coirog avi-
re os, apopleticos, Ea bandidos do nor:
& que marcam na Europa, au ; miapça
va, esphera Esogra pH Mio odod
que marcaria um, mogo de fretes conde,
corado, n’uma ascendencia, de, principes,
de-vaca; avoengos de uma geração de
catões.

 

+S Pa ganas
Abitio David

a Re ER
Jlás c os inglezes
x 1 VE EAD O PI ção
– No momento assáz eritico em que es-
erevemos, levantam-se em, massa, todos.
aquelles em cujos; peitos palpite,o, cora-
ção por «& protestarem e-

tuguez, afim
nergicamente contra o infamissimo, pro-,
ceder da Inglaterra e, contra, os incons,
cientes que, numa, prova, de; dobardia
criminosa, calcaram a pés o nosso herq-

ismo trod.ceional, jus sir or cy ogrm

|, É um.povo inteiro que levanta esse,

protesto; é um povo Vriozo,- um: povo
digno, yin povo que mostra respeitar em.
todos os tempos as suas tradicções hon-,
rosas, que ergue, indigriado, . ferido;, no,
que, tem; de meets, sagrado, de mais! invis,
olavel, um? Prado unisono a ban do “sua
integridáde, a bem do se? nome ilus:

+= Eodas 4 RR AR ac ita
Bem sabiamos rós que Poitugal;y es
te nosso querido Portugal é e deu; ao,
mundo qs leis da navegação, 1 vando,
primeiro que ninguem, por esses, opea-
nos fóra a sua coragem q à, sax Bandei-:
ta, nãorpodia calar agora o vexame d”
Puma aibeanta so fer tdi Let O qa
|» Bem. sabiamos nós que os hardeiros.
dus, Games, dos Albuquerquesy eiys Ca,
braes e de muitos outros, pio recuariam.
acobardados ante a, voracidade insacia-,
vel do, paiz. pirata que, não contente,
em nos roybar ‘o- que nos: tem ; roubado.
no decurso d’alguns seculos,.nos vinha:
tomar agora o pulso para” se aproveitar;
do nosso marasmo apparente e poder

Er a Vez A Vez A

 

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CERTAGINENSE
EGMEE SS dare ep 2 meg comme, Ea

NR 5

 

lançar mão do poucô que nos resta il-
leso da rapinagem.

O povo portugnez; sem dúvida, vevi-
veu para a historia. –

Este novo conflicto anglo luso acabom
de o certificar que é precizo, que é ur-
gente, fazer pagar bem caro ao insolen-
te negreiro John Bull todes ‘os seus
assaltos de traição. E elle, o pequenino,
mas corajoso, habitante bo extremo e-
E ccidental, comprehendeu alâm o grandi-/
oso papel que tem a desempenhar ao la
do das nações dignas.

Depois de tantos annos de vilipendios,

futuras pezem bem o cio que devem sustentam e são vossos lavradores os que,
votar aos piratas da Gran Bretanha, a substituem os nossos, quando em tem
nerza intestina que devém ter-lhes a- pos antigos era-mos nós quem vos for-
berta sempre. necia os mantimentos; mas a razão é
O nosso sangue tem servido para en-ique, emquantô vós reteaveis vossas ter;
sordar os inglezes, façamos, pois, dasiras, deixamós nós ficar as nossas sóm
gottas que nos restam o narcotico quejcultura. Comtudo, se nós somos os que
os extermine. ivos terãos elevado Ro nisior graú de vos
| sv grandeza, tambem nós somos os unt-
lcos que d’ella vos podemos derribar.’
«Muito melhor podemos passar sem
vós, do que vós podeis passar sem nós;
uma só lei póde transtornar vosso poder.
» deminúit vosso inperio. Não témo-|

a

der é a força das nações. — «Conde de
Seiras». e

Notem como maquelles tempos se re-
pelliam ultimamente os actós de pirate-
ria dos negrciros saxões.
Vê-se que o grande marquez de Pom-
bal nunca sentiu medo e que por isso
mesmo estrevia notas diplomatica d’está
ordem cam uma tranca e de pé atraz!
Assim é que é!

MEMORANDUM APRESELTADO
PELO MINISTRO D’INGLATERRA
MR. PETRE, EM 11 DE JANEIRO

Fernando Mendes

OUTROS TEMPOS
Ali por 1757, quando os ingiuzes es-|
tavam convencidos da humilhação a que

a E ; i pedi p E a y
RE a dapprobrios, de Se de nos sugeitaram em todos os tempos, in mais de que prohibir com pena dê mor- DE 1890.
Rede va d dus as Sitentaram repetir os actos de piratarialte a sahida de nosso ouro, e elle não sa: (Praducção)
Bigante d’outras eras, é apruma-se en- que sempre fizerara mesmo nas nossas) hirá.

vergonhado da somnolencia em que ja-
zeu e disposto a firmar a sua força de
vontade seja como fôr, custe o que cus-
tar.
A Inglaterri tem sido o nosso verdugo:;
A Inglaterra tem-nos desfeitiado sem,
cessar, auxiliada pelo patriotismo balo-
fo dos governos que indignamente teem
votado ao despreso absoluto o nome da
nacionalidade que lhes serviu de berço
e os interesses legitimos e respeitaveis
deste povo que os chama agora a presta)
rem contas de todos os seus actos nc
grande tribunal da opimão publica. ]
A Inglaterra tem levantrdo todas!
as intrigas. tem inventado todos os
pretextos, tem feito todas as diligen-
cias, paro nos. reduzir à miséria, expo |
liando-nos ousadamente, fiada, na “sua
força bruta, apuillo que tanto sangue
custou a nossos avós, quê tantas vidas

 

O governo de sua magestade não po-
de acceitar como satisfactorias ou. suf-
ficiontes, as seguranças dadas pelo go-
verno pórtugiez taes como as interpre-
ta. O ‘tonsul intérino de sua magestade
em Moçambique, telegraphou citando o
proprio manjór Serpa, Pinto, que a ex-
perdição estava ainda detupando o Chi-
re, e que Katunga é outros logares
idais no teiritorio dos makololés jam
ser fortificados e receberiam guamições.
O que é governo de sua magestade de-
seja e em que iisiste é o seguinte:

Que se enviem ao governador dê
Mocambique instrueções telegraphicas
immediatas, para que todas e quaes-
quer forças militares portuguezas ac»
tualmente no Chiro e hos paizes do
makololos e -mashonas sé retirem.
governo de sua magestade entende que
sem isto as seguranças dadas pelo go»

«Verdade é que a istó pêdeis vespon-
der-mié que, apezar de todas as prokibi-
ções, elle sempre sahirá, cómo tem sa-
hido, porque vossos navios de guerra
tem o privilêgio de não serem togista-
dos na sna sahida; mas não vos enga-
Reis Cork isso; se eu fiz Com que se de-
zolasse um duque de Aveiro, porque at-
tentou contra a vida de el-rei, mais fa-
cilmente farci entorcar um dos vossos
sapitães por levar sua efígie contra o

proprias aguas, E E a

Em março, ot coisã assim, d’aqutelle;
mésmo amo, um corsario inglez ronbou;
um navio que navegava com bandeira
portigueza, trazendo a bordo uma car-|
ga de altissimo valor.

O marquez de Pombal que sempre
foi homem com quem se não brincava,
e isso via-se em tódos os seus actos, exi-
sin à Ingiaterra tima satisfação mos ter-
mos mais altivos, mais energicos, de
que ha memoria nos annaes da diploma- determinado por lei. Ha tempos em que
cia. jnas monarchias um só bomera póde mui-

Sente-se mn aquelle doceumento a ferreatto. Vós sabeis que Cromwell, em quali-
energia desse colono que logrou atra Idade de protector da republica ingleza,
háu m si as attenções da Europa inteira! iz morrer o irmão do embaixador de

Ha ali fora, ha vida, sente-se no de-lel.rei fidelissimo; sem ser Cromwell me
correr d’aquellas, linhas o quanto terri-|sínto tambem com poder de imitar o seu
vel do famoso ministro de 1), José 1. lexemplo, em qualidade de ministro, pres

Vejam os leitores, é admirem como tector de Portugal. Fazei logo o que de-
é que se respondia m’aquelles tempos álveis, que en não farei tudo quinto pos-

cnstort é nbssa patria, quo tantas Sló) cidade da bebeda Inglatorra! Ve-|o. EE Rineido são illusorias,
Tlãs LS trs UQS Casou. a E iram: Ê Va x / Mr. RU SE t Tais
E ão uol a jum, pasmem é admirem: «dim que viria a parar à GriBróta- etre ver-se-ha obrigado, & vis

Essa-avara, essa miseravel, essa ca-
nalha fa-se nos seus couraçados, com-
prados com o oiro que já foi nosso-
para nos escartar nas faces o pus he,
diondo de sua ambidão iniqua. E amea-
ca-nos cobardemente, montada na au
cioridade do despota, porque vê despo
vimento das nossas praças, a exiguida-|
de da nossa armada, a deficiencia do

ta das suas instrucções,
diatimonte Lisbo com todos membros
da sua legação, se una resposta satis-
fatoria à precedente intimação não fôr
por elle recebida esta tarde; e o navio
de sua magestade «Encthantrese» está
em Vigo esperando as suas ordens.
Legação britannica, 11 de janeiro de,
1890. : a e

«Vós fazieis bom pequena figura na à deixar imme-
Europa, quando nós já a fuziamos mui
grande, Vossa ilha apenas formava um
pequeno ponto sobre a carta geographt-
ca, ao passo que Portugal quasi à en-
chia com seu nome. j: :

«Nós dominavamosem Ásia, Africa e
America, entretanto vós não dominaveis
senão em uma pobre ilha da Europa,

nha se por uma vez se lhe cortassem as
fontes das riquezas da America? Como
pegaria, ela sãas tropas de-terra o de
mr; e como daria a seu Soberano os
meios de viver com o esplendor de um
Igrande. reino? E mais ainda, de ‘ende ti-
rária ella os subsídios com que paga às
potencias estrangeiras para apoiarem àAR Ê sua? A
nosso exercito! lvosso poder era do wumero daquelles E TIA iiSA de visados ni o la A
Pois bem. O povo portuguez não) solda tr dOs- DO Rat OD a
ma. vo. portug . NãO) que só podia áspirar aos de «segunda or-) , Pes E – ENTT ni ç
está resolvido a continuar n’essa indif-ldem» mas por 0s meios que vos temos e em tim mano a pantera se HENRIQUE DE BARROS GOMES
ferenca, e a prova ahi a temos na atti-ldado, podeste elevar-vos a uma potencia: b a para elles acabasse a mão de] A GEORGE G. PETRE
É tude energica que tem tomado peranic| Je prineira ordem. Vossa fraqueza po ARA des E ig a Ml.eº e ex —O governo portu-
É os ultimos factos desgraçados em que Jitica vos privava de estender vosso domi- Pe ERA Pot nu da “Il euez julgava, e julga, haver com a sua
z 7 E ; ira : A ) est: PSB = )ê pos, ‘ con 4
elle mais uma vez se viu ultrajado pe-lpio além dos limites da vossa ilha; p giiaa o a o sa Ra gem de ri a a da sto, satiafato Fa
los inglezes e traiçoado pelos gover-lgue paralazer conquista vos era necessa- ea ao EE sas 0 limieivo quanto dello reclamava o de
. nantes. drio uisa grande exmada; mas para ter] «Portugal não precisa de mais que re-l sa magestade britannica. Antecrpando-.

gular seu sustento; e fazendo assim, a
quarta parte da Inglaterra morrerá de/
fume. Bem verdade é; que me podeis]
dizer quo a ordem das cosas hão se)
muda tio Tfacilmênte como se diz,
«e que um systema estabelecido depois
de muitos anhos não se muda eim witial
hora», asim é porem posso-vos respon-
der que, não deixando eu peder a ocea-)
sião opportuna de preparar esta reforma,
não mé é dificil no em tanto estabelecer]
um plano de economia que conduza ao

O povo portuguez quer a desforra,!
exige-a e ha de tela. :
Já aqui o: dissemos: Não mos deve;
intimidar a nossa pequenez, A razão!
dá-nos a força precisa para luctar con-;
tra a tyrania ingleza. 7 EA
Mostremos, pois, que sabemos ainda!
conjugar o verbo «querer», e que não
nós deixamos avassalar pelo primeiro)
expoliador que appareça. i
Inrepidos como sempre fomos, enst-
nemos a essa cohorte de pescadores do
alheio que ha em cada um de nós um]
| defensor da nossa, patria, um peito que
se offvece, orgulhoso, 4 polvora’do inva-
sor ‘descarado.

—— Poxtwezes! Não desmereçamos o fico
patrimonio de tradições que possuimos.
Enfilleiremo-nos contra a Inglaterra
traçoeira quê almeja por nos extorquir
as nossas colonias e a nossa propria

é – honta, tentando intimidar-dos pela des-|
proporção das forças! ; 7

Resvalemos a nossa digúidade, e a

A nossa integridade. Sacudamos altivos a

vergonha em que nos fizeram cair

os nossos governantes. Não recuamos

um passo no caminho que trilhimos.

O protesto manime é o testemunho du

 

uma grande armrda é preciso poder-)he
pagar;e vós não tinheis o numerario pa
ra 1430.05 que tiveram culeulado vossas
qualidades naturaes no tempo da gran
de revolução da Eiropa devem ter vis-
to que não tinheis então com que sus-
tetar seis regimentos de intunteria. Nem
o mar, que se póde reputar vosso elo-
mento, vos offerecia então maiores ro-
cuísos, apenas podeíeis esquipar vinte
navios de guerra. x
tHa cincoenta aúnos & esta parte ten

des tirado a Pórtigul mil e quinhentos] mesmo fin. ; j

milhões, súmina enorme, & tal, que aj” «Ha muito témpo que & França nos
historia não apenta igual com que uma; convida para lhe recebermos suas manu,
nação tenha enriquecido otitra. O modo facturas de à, e se as recebermos, que
de haver estes thesouros vos tem sidofjserá das vossas? Tambem a Barberia,
mais favoravel ainda, que os mesmosiqne abunda em trigos, nól os pódem fur-
thesouros; porque é por meio das axte=jnecêr por o mesmo preço, .e então ve-
que a Inglaterra se/tem tornado senho-jreis’tom extrema magua como vossa
ra, de nossas minas e nos despoja regu jmarinha gradualmente se cátingue. Vós,
larménte de seu producto. Um mez de-l que tão versados sois na polítlca do mi-
pois que a frota do Brazil chega, jájnisterão, sabeis muito bem que a mari
della não ha uma sô moeda de ourcjnha mercante é q viveiro de oficiaes e
em Portugal, Grando utihdade para In-jmarujos da maxinha real, e só com esta,
gloterra, pois que continuamento au je aquella tendes feito toda-a vossa gran-
gmenta a sua riqueza numeratia; e a pro-jdeza,

va Cl que a maior parte de Sena paga-| A skt
mentos de banco se fazem com o nossojme com o diveito das

so à segurança duma justa ree:procida-
de, que deveria constituir o natural
preliminar das siias resoluções, apres-.
sou-se a enviar para Moçambique as
ordena mais termimantes no sentido de
fazer respeitar desde logo, em toda a |
provincia, o compromisso que tomáras
no intuito de facilitar a realisação d’um
acordo com a Grã-Bretanha, pelo quai
O govórho portuguez sempre puguou.

– O governo de sua magestade mantem.
egualmente pleno o direito que Ih assistê
quando a sua resposta não lograsse sa-
tisfazer a Inglaterra, de collocar-se
abrigo do que preceitua o artso dai
do acto geral da conferencia de Berlim;
recente e solemne compromisso em
que a Grã-Bertanha, tomo todas as
potencias signatatias, se obrigou a ae-
ceitar a mediação, e retorer facultati-
vamente 4 arbitragem, como meio dê
resolver perdencias da natureza d’aquel-
la que imesperadameênte se levantou
com: Portugal. A ho RR
“Pelo «memorandum» que v. ex” mê |
cutregon em 10 do torrente formula-se;
porém, a titulo de explicação, o que é
governo de sua magestade reputa uma,
exigencia inteiramente nova, que, pela

Ação “que vos peço & confor-
gentes. Succede

vida que corre as cias; afrorxalo,
suspendel-o seria w mosaa completa

131, de quo

ouro, pur eíívito de uma estupidez nos-|
o ba exemplo em toda a

tória niver:il do mundo ecónomico.|

todos os dias quê os officiaes de mar,
: Es

e terra façam por zolo, ou ingnorancia,

o que não deviam fazer; é portanto a

sua extrema gravidade, não poderia ter |
deixado de vir expressa e “elaramente
forinulada em a nota de v. ox.º de 5 do

honra, seria estrangular todes os nossos!

direitos. :
A-guerrs 4. Inglaterra não pódo
Ds

Te

“frar-se u’uma indignação de momento.|
Deve ser d’hoje cm diante o osso

pão de cada dia.

Transmittamos isto mesmo a nos
hlhos para que elles saiça n transmit
O anossos netos, para que as gera ssbm permittimos nós que nos man-
lois nosso vestido bem como todos0s
objectos do luxo, que não é pouco con-
sideravelo e a “mos emprego a qui-

ne nós que pertence 6 punilos 16 fazer e»
mendar, e renediar os damnos que elles,

estas reparades ficam mal ao Estado que
as faz: ao contrario, sempre é mais bem

-Jestimada aquela nação que de boamen-
to se presta a fazer tudo o que é justo.
Da boa opinião dependeu sempre o po-là retirada de quaesquer postos thilitarês .

teem causado. Nem se deve-.julgar que!

corrente, «se então estivesse na mente do
governo de. sua -magestado brtanica
realisala.. Refiro-me à retirada para o.
suldo Ruo, fronteira que não póde ser ve-
conhecida por Portugal, de. .quaesquer
forças portuguezas que se conservassein

aisde hoje no paiz dos makololos,-e até

 

@@@ 1 @@@

 

“Henriques Farinha da Conceição, Anto-

“estamos- nós convencidissimos, pois é

“honrorissimas de sua família.

Se Pedrogam tém vivido como que?
“envolto nos erepés do olvido estamos
“Convencidade que para o futuro, des-

; tablecidos pacifitanente, com a plena
e inteira acquiescencia dos maturacs,
nos territorios que Inglaterra chama
dos Matabele “Bs Mashona.

Ainda mesmo antes de êomhecida a
osta do governo portuguez ER
nova exigene era-me por WyoCk. em
iregue um ontro memorand:
do corrente, no qual, sobre
declarações uttribuidas ao ma)
Pinto (que aljás de à muito saira d
Chire com toda a êxpedição de reforço
que organisára) de quo Katunga, bem
como os outros pontos do pais dos ma-
Kololos «seriam» fortificados «e viviam
a receber» guarmições, o que aliás se
tomára impossivel de realisar em face
das instrucçõesde que terminantes, é
pedidas pelo governo de sua mago tade
para Moçambique, instricções de que dei
conhecimento a x. ex.* e das quaes junto
officialménto copia a este despacho, v.
ex.? não só insiste em nome do seu gever-
nó na retirada das forças portuguezas
dos texrsitorios dos malkololos e mashonas
mas declara que anão receber no docur-
só da tarde da mesma dia 11 uma res-
posta satisfatoria á intimaçãa que me
dirigia, tinha mstrueções para se retirar
de Lisboa com todos os membros da le-
gação, esperando em Vigo as suas or-
dens o navio «Enchantress».

Na presença duma múptura intminen”
te de relações com a Gran Bretanha,
de todas as consequencias que velas
poderiam talvez derivar-se, o gaveino
de sua magestade rosolveu ceder às exi-
gencias recentemente formuladas nos

or Serpe

CERTAGINENSE

concelho.

No mesina dia 2 egualmentedevia ta-
mar posse a mova juucta de parochia;

Jarlh’a allógando «que não estava ofi-
sintmente habilitado para o fazor».

ra eleição da com-
» perdendo o

A T teve tambem log;
missão recenceado”

ta não sur)
esperavam,
politica e as mm
gosam es st. Visconde da Castanheira
de Pêra 6 dr. Aníonio Henriques: Pai
nha da Conceição, o que não suecede
com os seus adyersarios, se este nôme
16 pode dar a quem não tem força para
offêrecer a mais debil resistencia.

Aqui não se prudo nem pode lançar
mão de meics desvergonhados como a-
contecen por oecasião da eleição de de-
putados em Figuairó dos Vinhos, pois
tendo o sr. João Alves Behiano vencido
em todo o circulo por uma inormo maio-
ria, viu-se infame e descaradameênte roú-
bado 4 ultima hora! Mas como essa vac-
ca ainda está por pesar, fizaremos hoje
por aqui. vs

&

Como vac tudo de eleições, daremos
egualmente conta da do Club Pedro-
guénse.

dois «memoranduns» à que allude, e
resalyando por todas as fórmas és direi
tos da: corôu de Portugal nas regiões a-
fricanas de que se. trata, protestando
ben assim pelo direito que lhe confere
o artigo 12.º do acto geral de Berlim
de ver resolvido defmitivamente o as-
sumpto em litígio por uma mediação ou
pela arbitagem, o goveruo de sua qa-
gestade vae expedir para o governador
geral de Monçambique as ordens exi-
gidas pela &krã-Bretanga.

— Aproveito a oecasião para renovar a

v. ex.º as seguranças da minha alta con-|

sideração. ‘ 9 Riad
Secretaria de estado dos negocios es-

trangeiros, em LL de janeiro de 1890, —
Henrique de Barros Gomes.
Conftonte-se agora o lacenisgu incinis
os, issolente e audaz de lord Sabisbnry,
e a prolixidado superficial) incpta e ço-
varde mesmo, da xespostal ]
O marquez de Pombal coraria de
vergonha se resurgisse na presente, 06-
casão! = ,
Outros tempos…

outro criterio!

‘GORRESPONDENCIA |
gare
Pedrogam Grande

A nova Camara/Municipal Veste Con-
celho, composta dos ex.” sy.* Visconde!
da Castanheira de Pera, Dr. Antonio!

nio Joaquim da Fonssca, Domingos
Alexandre, e Joaquim Thomaz da Sil.
va, prestoil juramento no dia 2 do cor-
rente, sendo eleito presidente o sr. dr.
Antonio. Henriques Farinha da Conceicão e vice-presidente o sr. Visconde da)

Castanheira da. Pêta. «5 “esa

Que a nova Camara saberá em
todos
às lisongeiras e perarças deste concelho.

composta de cavalh
quanto respeitaveis. é

“O sx, dr: Conceição dotado duma in-
telligencia, esclarecida e d’um nobiliei-
mo caracter, é estimadissimo por estes
povos que n’elle veneram as tradições

“as tão illnstrados |

pertará de tão inquálificavel lethargia

auimado por um. cavalheiro que, como|’

EP ama a, terra da stia naturalida-
e: E

os actos da sum administração |

Procedeu-se a ella no dia 6 send» elei
tos para à Direcção, como efectivos,
05 ex MO grs: –

Dr. Antonio Hemtiques Farinha da

Parabens, pois, aos habitantos d’este) Que Deus o traga depressa, alegre,

mas o antigo presidente recusqu-so a] ——— EF TRCIGARNIZAS Edo

enc g=:p6 goi todas as terras do Portugal, sé t
verno a maioria e miduria. Esta derro-l o manifesta!

rohenden porque já todos a! ojeza. :
attenta à grande infinencia | Mais uma vez se sentin pulçaro co-
tas sympatiias de que qação da patria, mais uma vez se mos-

feliz e prelongado como- se espera,

Bv.
Mais nada por hoje.
11-1.º-90

*o% x

PORTUGAL
E os
PIRATAS INGLÉZES

E extra

hordinaria a maneira como em
pm fei-

es contra a pirata

trow as mundo que 0s poringuezes teem:
coração é amor patrio, anais uma vez
attestamos o nosso valor, que parecia
tor=se apagado de todo, mais uma vez,
emfim, fizemos abrir à nossa historia e
ler as suas grandes paginas Vouro, aos
gtan tes vultos de todo o mundo.

A Certã não foi estranha a essas ma-
taçõos.

O nos36 povo tambem está de tál for-
ma indignado, que temos ouvido dizer à
homehs de certa idade, mesmo, que: se
fosse perciso, iriam pegar nas armas
para sacudir pwa bem longe essa mal-
dita canalha, essa horda de. piratas in-
dignos, quo, como algures ouvimos dizer
— 0 serve para tecer fazendas éróubar
colonias.

Bravo! Aiula bem que o povo cohe-
ce o sou logar. j ;

Nós, os mais humildes membros de
toda-a imprensa portagueza, levanta-
mos tambem bem do nosso brada
Vindiguação. Ê

Teor fp re

Findo isto, e depois de recolher a
philymonica à sála das suas reunides,
os Iúusicos e muito povo, percorreu as
rtas levantando as seguintos vivas:

Viva a Independencia,

Vira Portugal.

Viva Serpa Pinto.

Viva Alvaro Perraz,

Vivão os Certagimenses.

Morra à Inglaterra.

Abaixo a espoliação.

Abaixo os piratas. . É

Correu tudo na melhor ordem, e no
meio de inórme enthusiasmo.

AGE By qt ————

HIGH LIFE

Aconpanhando à grande manifestação,
que por todo o reino se tem feito contra
tudo que cheire a inglez., resolvemos
mudar para Elite, o titulo de secção que
até aqui denominavamos—High-Life,

ê PES Po li me Ê

Doo

Chegou de Catumbella, Africá, o nos-
so bom amigo e assignante O st, Joa-
qrim Mendes dos Santosr. ] –

Este bom moço tinha salido daqui;
ém outubro, para tentar fortúna do con-
tinente negro. Foi-lhe porem adversa, e
tevede regressar à terra natál, doente e
sem fortúna. : :
Sentimos deveras as suas eontrarieda-
es; )

Fizeram anos:

Ê E ad GAL =
No dia 8 do corrente ó nosso Contar

O Commercio, em goral, tem súspen-

Conceição, Alberto Bagenio do Carva-|
lho Leitão, dr João Antonio Santos

Brandão, Antonio Joaquim Simdos Da-
vid e Epiphaneo José David e como
substitytos os Ex sr. Antonio Jacin-

tho Fernandes Junior, Nlias da Costa
Carvalho e Manoel Simões, Castanheira.

Para presidente foi escolhido o sr.
dr. Antonio Conceição, e para vice-pre-
sidente o sr. dr. Brandão, –

O st. dr. Accureio Henriques da Con-
ceição foieleito presidente da Assemblea
goral.

Vão procedor-se a muitos melhera-

nentos urgentes no edificio é mobila do
Club, devido principalmente à activida-
de e bora gosto d’um dos membros da
direcção — o Br. Alberto Enxeio de
Cistyalho Loitão: De-mida que, daqui
a póucos dias. podem gosa muit
commodamsnte algumas” horas agr:
veis ao abrigo das gelidas noites do car-
rancúdo inverno. j
Esperam-se: animadoras sowes dan

dido todas ns snas relações com a In-
Slaterra, mas isto não bastará, era ne-
cessesario prohibir até, as passagens de
navics inglozoa por, portos portaguezes,
«romper vez w aliança com essos es-
poliadores,
Euxopa, depois duma pertenção como
cata. K

Em fim. esporemes os ncontecimentos;
e depois faremos as nosas apreciações.

No dia 26 do corrénte, alguns socios
da philarmontea, afivetos.ao partido. re-

gonorador, uzando da frcnldade que lhe
conferem os estatutos, exigiram que el-l
ta pecorrosso ar ruas da Vila, tocando
os hymão da Curta é da Restauração,
tocandostumbem um bócado na praça
nova, para festejar a queda da situação
progrêssiata :

A noite percorren novanente as tuas
je foi dopois exceutar diversas pagas de
musica, no Clay Coringinense.

À subida; levantarmm-se diverças vi-

antes por oceasião do Carnavel,

Á DISTINCTA

Ei vê a
Aq vêr da Luizita a negra

ttindados.

“o Honeto

É “A Ex,

D. Magdalena Martins de Carvalho (1) e

“Ao vêr no vosso canto, eterno de doçura
Cheio-d’inepiração e rico de talento,
Os labios da Lui, replectos de frescura, :
Sorrindo com desdem perante o sofrimentos.

Do seu vivêr atroz, myrrado e sem alento,
“Tendo n’ahua à luz bella, a luz divina e pura;
Da estrella mais vivuz olhando 6 firmamento; E

Eu quizora envolver na Drancura dum Iyrio
A sgraça angelical da vossa gentileza Ê

: “Aos mimos do prazer. às garras do martyrio.
Cantala, para que? Tendo ella, que deficai,

Da mimosa Lili um riso de pureza!… –

* Da terna Luizita uma gentil cáricia

vas qua foram – enthusiasticamente sex

ESCRIPTORA

na Spam

desventura

que nos faz córar perante. q.-

Sd BE ça dp

raneo é assignante Joaquim: Marques
Nunes da Costa, sé em Odluher

No dia 20 o nosso bom amigo José
Marques Nunes da Costa, desta villa, é
o sr. Luiz Domingues daSilva, empre-
gado do comercio no Pará, e nosso
stinavel assignante. E
Parabens.

 

*
Estão influenciadas as ex Ps gr.às D;
Ritta Gonçalves, D. Laura Marinha, D..
Anna Ribeiro Lopes, D.- Beatriz Grillo
ecos srº Antonio Pires Franco; Ma
noel Antonio Grillo e Antonio David
e Silva, José Miguel: Coelho. Godinho;
José Marques: Nunes” da Costa, Pires
Marques d’esta Villa, Francisco Pereil’
va Xavier, Januario Matta, do Gabe-
gudo. Tambem teem estado bastante do>

 

ra, e Maria, das Neves e s. ex
esposa d’esta Vil; e José Alves Cor
veia, do Cabeçudo. 7

FAGECIAS

», A questão ang lo-portugueza.
elas ruas da cidade,
Em constante barbuyinho,
Parece andar o povinho
Nun bom pagode chmez”
Foi tal o patriotismo,
Foraih faes as ameaças,
Que partiram as vidraças . S
– Cá do consulado inglez.
A guarda municipal,
Com o bello peixé espada,

– Teve lueta denodada EN
Baixando costados mil.
E consta por tóda a parte,
-—Não stpponham ser balota—
“Que foi muito patriota ed
* Para O govermo eivil-

Edioo

PRO e
Xavier Lobato

i e DE Ta à
Dove ser bella a réceita,, , ;
Ha-de huver munita fiançã, E
RE Mapa
ara à gente da papança.
ue o povinho tantojoppriné:
ju sÓ imvejo, leitóres, E
— Isto a nenhuns rodeios —
Para terem os bolsos cheios
Não ser escrivão do crime,

Lisboa

1) inspirado nó formoso conto—«Os brilhantesi; driginal de éua excolloncial

PR
Ravis,

entes os sr.º José Pedro Lucas de Mou-.

 

@@@ 1 @@@

 

CERTAGINENSE

Companhiv de Uavepacão

 

Hamburgueza ; = ** Chargeurs Reunis

MALA REAL PORTUQUEZA — LLOYD BREMEN — UNIÃO

MESSAGÉREIS MARITIMES — BRL CA
Para todos os portos do

Barail, Gírica Gesidemial e Orieniul els
SAHIDAS DE LISBOA, para todos os portos d’Africa, em 15 de cada mez

As creanços de passugeirossute dois itinos, gratis: de tres a quatros annos sum quanto de
passagem: e de cinco q dez annos meia passagem. – E
é IT: reu o a
PARA os diversos pontos do BRAZIL, em diferentes dias dos mezes

PASSAGENS GRATUITAS PARA O BRAZIL

A Nos magmificos paquetes francezes da Companhia Chargeurs Reunis. que saiem de o
boa em um, dose e vinte dois de cada mez dão-se passagens gratuias a fame tias de tre balhao o
res que dêsejem ir para quasquer Provincia do Brazil: d esde Listoa ate ao Rio de Nanaira. á

sua chegada uti; o Governo concede-lhes transporte gratuito até ú Procencia a que se « stúmem,
e ehi são livrês para empregarem a sua actividade tubóriosa no trabalho que mais lhe coive-
nha não contrahindo nenhuma divida pelos benefícios recebidos.

Na redacção Veste jornal prestão-se esclarecimentos

“Agente n’esta villa é N ;
Sonquimdlartins Gral
Ceriã

NOVA LOJA |

BATENTES DE NOGUEIRA

; DE Nesta redacção se diz quem vende.
a Pc
Sutenio Qices Seen | enpsiponio Benaso
—— e seta —— | — ms 0.
|

Ea Preços ecessivamente baratos
Deposito de tabacos, , viveres, fanqueria,
fazendas de lã e seda, chapeus, ferragen. quin

Fazendas brancas, lã, seda e algadão, navio
quilherias, papel, vellas de cera, drogas, tintas

naes e estrangeiras

etc. Agente : Quirquilherias; mindezas; latoarif e cordoaria.
E 3 DA é garraíões, nmieretaria e louças. ete.
Companhia de seguros PROBIDADE- — Neste estobelecimento vendem-se diversos
Ema dE generos. Ei
reed Sn Ro Mim
Empreza Literaria — PLUMIINENSE- CERTA
a

E as

Revista semana Litteraria e Charadistica

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tem unicamente em vista proporcionar aos seus as-ignantes leitura amena e util mediante nina
modieissima retribuição, isto é, cada numero—20 reis, com 16 paginas a duas culumuas o em
optimo pa: el.

– Está em publicação a 8.º série. Cada série, contem 26 numeros, e fórma um volume|,

completamte independente. Em Lisbca assiguatura é paga no acto da entrega, Para à provin-
cia, a assignatura é feita ás séries de 26 numeros, e custa 580 réis.
; oda à correspondencia deve se? dirigida a João Romauo Torres rua do Diario de No
cias, 93—Lishoa.
voão Mendes
RELOJÓBIRO

ó | REVISTA ARCHEOLOGICA
Encarrega-se de rodos os trabalhos |

ESTUDOS E NOTAS
Publicados sob a direcção
a de /

A. C Botors pe FravemeDo

oncernentes à sua arte,
Preços excessivamente baratos.
Rua de Baixo

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A CA e os sa Lisboa a
José Pires Mendes rmão SUMMARIO
CERTA ” DO

LOJA. DE SOLA FERRO LOUÇA E OUTROS OBJETOS
Vende corne de porco, tanto fresca,
cono salgada e archido, exce leutemento
Pepe de todas as qualidades. g
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– rumo, Í889 ;

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G. Peesina, O Santitario de Endovelli-

q co. — Piquemevo, As Thermas dos Ca-

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860 reis. Cerejinha, 15100 reis. A Donzella de Lelleville, no prelo.

. Os Sete Peccados Mortaes—A Soberba 19300. A Avareza—A Luxuria—

A Colera, 15300.—A Gula—A Inveja—A Preguiça, 15200 reis.

É y
Gm goblieação
Historia de Roma—de Victor Duruy, tradticção de M. P. Chagas; fascicu-
Iso quinzenaes a 120 reis
Damuadas de Paris—de Julio Mary; fasciculos quinzenaes a 120 reis.
Wesas-ão Portugueza—Numeros semanae a 40 reis é
Ro,esio Laroque-—de Julio Mary; fasciculos quinzenaes de 12 folhas de 8,º
francez, a 120 reis. a Ea
Recanibole-—por Ponson du Terrail; fasciculos quinzenaes in- 4.º a 1 20 reis
Colleeção Camillo Castello Branco-—Volúmes mensães a 220 reis, brochados,
e 820 theaderúados em percalna

Pedidos «= PODRIGO DE MELLO CARNEIRO ZAGALLO
35 — Travessa dá Queimada—35. LISBOA

LOJA NOTA
DE Maneira de conhecer e curar, sem

7
Ju 5 da Silty (fi urbalh f) jauxilio de medico, todas as doenças veo

nereas e syphiliticas, manifestadas no
Nºeste estabelecimento encontra-se um variahomem ou na mulher,

do sortimento de fazendas brancas de algodão, PELO DR. R SEPULVEDA

lizho, e seda, mercearia, ferragens, quinqui E 4
lheias, Jinbo, solla, calcado, aço, ferro, relogios Acaba de ser publicado este impor-

americanos de mesa e de parede, ditos com pe |tante folheto, que se encontra 4 ivenda
20s e de prata pará algibeira, rewolvers, espin-|em todos o ki :

– QrSINE a s Kios E
gar, louças, vidro», canias de [erre e louçé de co] po, ques de Lisboa e Por:
zinha em ferro esmaltailo, etc.etc; ele. a

+ Toma-se dinheiro edescontam-se letras
Lisboa, “

— Agente da companhanie Seguros”

Buenas secretas

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Cadernetas semanaes dei4 folhas e estampa, 50 reis,
a BRINDE A TODOS OS ASSIGNANTES a
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CRISTA E do Porto. Com as margens mede 60 por 73 centimetros.
Assigna-se na casa editoa==—=BELEM & 0.:=Rua do Marechal Saldanha 26

Msboa
ENTPIREZA INDUSTRAL PORTUGEZA

Constinsções Sabara Completas

CONSTRUCÇÕES E ASSENTAMENTO DE PONTES METALICAS
PARA ESTRADAS E CAMINHOS DE FERRO

FUNDIÇÃO DE CANOS, COLUMNAS E VIGAS, POR PREÇOS

rea Volta = BERTA

Construcção de cofres à prova de fogo
Cons’rucção de caldeiras

A EMPREZA INDUSTRIAL PORTUGUESÁ, actual propretaria da officina de constue-
ções metul licas em Sunto q maro, encirregu-se da fabricação, fendição, collocação, tanto em,
Lisboa e seus arredores como nas províncias, ultramar, ilhas, ou no estrangeiro, de qualquer |
abras de ferro ou mudeira, para construeções civis, mechanicas ou iiaritimas.

Ateeita portanto encomendas para o fornecimento de traba lhos em que predominem estes
materiars, taes como, telhados vigomentos, cuplas, escadas, varendas, mechinas a vapor e
suas caldeiras, depositos para aqua, bombes, veios e rodas para transmissão, barcos movidos
a vapor completos, estufas de ferro e vidro” construcção de cofres à prove de fogo, etes

ara a fundição de coimas, canos e vigas tem estabelecido pregos dos mais resumidos,
tendo sempre em deposito grandes quantidades de cannos de todas as aimenções. | é
Pura facilitar q entrega das pequenas encommendas de fundição tem a Empreza um depo-
sito na rua Vasco da Gamma,19 e 21 ao Aterro, onde se encontram amostras e padrões
grades, ornatos e em geral o necessario para as construcções civis, onde se tomam quaesquer
encommendas de fundição. :

Toda a corresqondencia deve ser dirigida 4 EMPREZA INDUSTRIAL POR-

as caldeiras e a formaço da cresta que as detesiora

TUGUEZA, Santo Amoto, Lisboa.