Certaginense nº14 09-01-1890

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A
Po
Editor responsavel==A. Pires
Franco |
iAnno.. cs A] E 5 RS j de linha
| ANNO di co] Quinta-feira 9 de Janeiro | Anuncios
mes! |
Numero avuls 40 de 1890. i |
Brazil, anno. 25400] A q ejg ‘ a
já: Ana ty – 25000] É s srs. assignantes leem o abatimento de
|
11
|
| Vic RUBLICAÇE ES!
PS corpo do jornal, cada linha ou espaço
Toda a corresvondenti
da linha ou espaço de linha 40 –
Repetições, cada linha ow espaço detinha: 207 »
| Anúuncios permanentes preço convencimal,
— dirigi
.80 réi
|.
“| NUMERO 14
|
|
vá admin
CERTÃ
Nós e os inplezes
Uma boa parte da imprensa ingleza
anda ha tempo, n’uns «sueltos» garotos,
dirigindo-nos umas palavras desconcer-
tadas, ébrias, saídas do alcool que a vi-
“ciosa Albion sorve a grandes tragos pa-
: ra sua vergonha eterna.
Comquanto o meu natas collega Abi-
ho David, no seu ultimo artigo, achasse
que pairava «uma serena aragem de bo-
nança no, céu da diplomacia» — preven-
“do, em “tado o caso, que voltariam
enviadas a Serpa Pinto PB que este
:unserva em seu: poder.
Quanto ao caso das bandeiras, segue a
mesma vereda. O major Serpa Pinto to-
mou apenas uma bandeira que os mako-
lolos traziam arvorada, e tomou-lh’a no
acto do combate, quando foi por elles
atacado.
Os makololos investiram contra a ex-
pedição scientifica de Serpa Pinto e Al-
‘varo Ferraz, áquem dos nossos territo-
rios africanos; não foi a expedição scien-
dos terrenos inglezes.
ameaçador, porque a verdade é que ella
padora, tentando fazer ver ao mundo in-
haviamos calcado os se-
tifica que se “metteu com elles dentro/ É 5
“lesta folha um artigo o Ex.”º Sr
Escusa a Inglaterra d’armar o muro
se denunciou mais uma vez como usur-|
As nações pequenas teem tambem q
seu escudo. Se não é Vaço pode sor de
razão, é a razão, muito mais poderosa
do que o aço, fará resvalar as balas
da infamia reenviando-as aos peitos cha-
gosos d’aquelles que nos ultrajam, fiados
em que a fraqueza nos tornará cobar-
des e em que nos esmagará a primeira
patada do despotismo.
Fernando Hendes
No proximo numero publicará
Toslho Godinho
CLUB CERTAGINENSE
Procedeu-se no dia 29 do mez de
dezembro 4 eleição db corpo gerente
MM cais tarde os cecos da tempestade» —
teire que nós
os ares turvaram-se de novo e q questão
complica-se; 0 gordo John Bull, o bac-
chico pirata, arremete contra nós, num
segundo assalto de «boxer» consumma-
titulos,
us direitos, procedendo nós dignamente
maquillo que nos RR por todos-os
“do «Club Certaginense» cuja existencia
se deve 4 iniciativa do Delegado que
foi d’esta Comarca e hoje Juiz Dr. Jo-
só Osorio da Gama e Castro; ficando
genes directores os seguintes cavalhei-
a
“do, e manda tocar, outra vez, em todos
“os carrilhões da sua ambição preversa
“hymno charro da. doado
torpe barregão, já que elle se tem por-
“tado tão indignamente para com Portu-
“gal, este Portugal que hoje recebe,
mais um coice da sua alliada «fiel», o
premio da indolencia criminosa com que
sempre tem olhado as mumobras expo-
liadoras d’esse corsario avinhado.
-Apregoa-se hostilisada a Inglaterra, pe-
o procedimento. do honvado major Ser-
pa Pinto, lançando aos quatro ventos
umas aceusações infamissimas contra nós
“que, na pessoa. desse valente militar,
penetrámos, diz, ella, no torritorio Ma.|º
“koling, apossando- -nos s do duas bandeiras
inglezas.
A imprensa pórtiigneda tem-se. limita-
“do, embora muito honrosamente e muito
altivamente, à destituir de fund!
essa acensação da Inglater bis prov
em terreno) M
“fora em
idireito. Rris ‘
Hoje a GA mostra “o seu reverso;
a sua verdadeira face.
dos Lagos. “
Da maneira como se ad o rd Ra
“major Portuguez derivaram-—ao contra-
rio do. que dizem os jornaes britanicos,
“beneficios para os inglezes, beneficios
que elles agradeceram em diversas car:
reg eemos deslonvores, aol
em
A À 3 dias
defeza e nunca por um requinte Vaftron-
ta como pretendem as folhas da City, no
“Seu mistér de nos cilupânidi a torto é a
“O mundo inteiro conhece a Inglater-
ra como nós a conhecemos, e a provajto-
gica e em nosso abono, da i imprensa de
todos os paizes, se bem” que o “«Dadily
Telegraph» eynicamente afoite que),
Portugal não tem amigos poderosos na
Europa, ou n “outra parte, que ayinpa-
thisem com elle ou o estimem sullicien-
temente para tomar as armas pela sua
Calisad, CAINDA MESSO QUE ESTA FOSSE Jus-
des ri
É nsaie a ada uma segunda e-
dição do boinbardiunento d’ Alexandria,
e saberá se temos amigos. ?
Conveio- lhe especiticar a Europa pa-
va não ter quo: exeluir a America do
Norte. 8.
propos alliança a troco de lhe cedermos
Sabe. que esta, em tempo, nos
armazens depositarios de enrvão paraas
«uas esquadras, e que os nossos. gover-
nos, por uma resolução desgraça da, não |
o
aeceitaram sob pretexto de não: desasra-
ando
que o major pe eo? não pa
dar d antiga alliáda «fiel» que. lujo nos
quer sugar as ultimas pingas de sangue:
A memoria do g allo de Jolm Bu;
nem mesmo conserva 0. nome Mel ceia
imgne; sas
* Pos 6. esse um nome que ig nã Tó de:
Faráras. A
“Prova-se por um auto público a gua- À e y Eua
o pelos. makololos que.o major Serpa
into não atac: ra; ninguem, mas antes
fora atacado pelos makololos instigados
“ao ataque pelo director a etnia
h
A Into à desafios; desilionãos
a Inglaterra.
“Não nos ER intimidar à mossa o
pie a razão ao io a Sorça precisa |
j trepidemos. em, as
esses direitos, “seja por: que meios. fôr,
até se fazer dna na ordem a traiçoei-
ra e vil Ingl: atertn, ; ‘ ‘
mol-a nós, felizmente, na attitude, ener-
espaço nas margens do” Tejo. para uns
via esquecer jamais, para, da lição que
levou, tirar a, omenda das suas, aco ções a!
“|Manso,. É EM
rO8:
“Dr. Guilhermo Nunes Mar ha.
“Dr. Albano d’Oliveira Frazão.
Dr. Antonio. Nunes de Figueiredo)
Guimarães ;
“João da Silva Ec :
José dos Santos Coelho Godinho
A situação financeira d’este elnb é!
extramamente lisongeira e pelo balan-
cete que, por simples coriosidade, publi-
CmnOss se mestra oique. dizemos
== Anno de 1S89-=
Saldo reis,
A instalação: deste club data apenas
de. 2o de j aneiro de | 8 contando, pois,
apenas 2 o d existencia. N’uma ter:
ra como a Certã e “como são quasi to-
das as villas da provincia, é indespensa-|ç
vety! seni Ro necessaria uma instituição
Posta “ordem, pois quo “depois das fadi-
as e trabalhos dos diversos misterés
é fórgoso que o espirito descance e que
‘pondo-se de parte os lubores ca lueta
Ea pela existencia, n’um doce!
urhientes hajt à «verve», scentilante do
sapivito on 0 eniretimóiito de paslque
j go inofensivo.
“De jm pois; qua 9 “el Di
Teom à mesma prosperidade e damos a
“ftodos wa “socios “8 boas
pa Ars h
“CORRESPONDENCIA
– Proença a Nova 28 de dézembro
* Hoje por H horas da manhã teve lo-
gar na Egreju matriz d’esta villa a ex-
ne Te Deum emucção de graças pelá
acelamas do do 8. M. El Rei o/sr. D.|S
aaa bs
; Foi. bastante conto Fadi À e compro
ceras entre outras psssoas os srs. Ad-
m inistrador do concelho. Manoel. Godinho
Comeia e sous empregados e o secreta-
rio da Camara mum cipal sr. João Lopes
o
aque: eada um applica a sua actividade , |
|pensas do reverendo arevpreste sr, Ma-|
e! Antonio Correia da Silva, um solem-|
SEE cin A
E” sempre agradavel: para Portugal
festejar os [actos mais importantes da
nossa: vida constitucional, exultando de
jubilo; expecialmente quando vê por mais
uma razão mantida a autonomia nacional.
O sentimento unanime de amor e es-
perança no futuro reinado, traduz-se cla-
rumente pelas ed pr espontaneas
de todo o povo. ;
Isto assim .tem’ mais pezo, porque q
bolorento ceremonial das festas officiaes;
que em nada condiz com «a pompa dé
nossas antigas grandezas, tem hoje em
dia uma alta importancia social.
E” no amor dos povos que o poder to-
ma as verdadeiras bazes.
É verdade que a sorte não parece
querer ser benigna com o novo, rei; por
que por wm lado-devemos esperar ‘que
se reflictam em nós os embaraços da Hes-
panha; por outro lado: temos a questão
anglo-luzo, que bem deixa vêr a conti-
nuação das antigas ambições do velho le-
opardo: e-por ultimo a desthr nação, ou
aposentação de D. Pedro d’Alcantara;
cujo exemplo é de máu ABouro) na pre-
sente occasião.
Não . somos pessimistas,
que pensamos.
dizemos
o
o pes a ae
Na noite do natal, houvé mis sa canta-
da, a que assistiu a “philarmoni cardiesta
villa, que executo a grande istrumenta
uma bonita missa. y
—— cepa ——
JANEIRAS |,
senda os velhos exteráplos de nossos
avos, no dia 1º de janeiro, diversos ban:
dos, alguns dos quaes eram a -companha-
dos. por instrumental, cantaram às por:
tas de quasi todos as habitantes. da. villa,
tuma canção popular, conhecida “aqui pe-
las Janeiras, recebendo como pisnntene, a
são Amheiro, carne, ete. 4
No dia seis, repetin-se a “mesma coi-
sa, cuntando os «Reis»
ty
Neste gi Nida o sta de ln E
gos annos, a nossa. phylarmonica , foi dár
as boas festas. aos seus socios; a nume-
ro smpérior a 60, a
“Durante o. trajeto que svou Eae oué
viram-se successivamente.. ord’narios
quasi todos do gr ande – efeito,
agradaram immenso.
a
e que
“No dia 4, tevo o a a
do tevrado, “fomibcinento: de carne, re-
“Jalinho cte, não sendo entregues pelos
lanços gas – visto que. ram insi-
gnilicantes:
“o y MERCADO , Ros
No do 4, teve Jogar o mer io do à
gado bovino, que mu tis: almonto se fam
nesta villa.
– Consta-nos que se é Bati upon
tes ransações, 7
E adaga
Baptison-se no. dia 7, uma filha do
sr. Francisco Barata, que recebeir o ng:
time de “Clem utimas
id@@@ 1 @@@
CORREIO DE LISBOA
CHTONIGA
Brr!… Qne frio!
Não sei como resistir a esta tempera-
tura insupportavel que nos traz por aqui
carregados de sobretudos, de «cache-
nez», de lenços d’assoar, n’um defluxo
continuo, n’um tiritar tambem continuo,
emfim, mirrados, encolhidos, engadanha-
dos, o corpo lasso, o nariz vermelho…
o diabo!
* Depois, este inverno trouxe-nos a
«dengue», a xgrippe» ou a «influencia»,
como quizerem,
Ora não sei se sabem que «influen-
cia» tornou-se para o lisboeta a doença
da moda. É ridiculo dizer-se que o
sr. Fulano está incommodado, o bom tom
aconselha que se diga «influenciados.
Como a doença não é, felizmente, fatal,
não ha ninguem que não queira para
si as honras de tal vizita, e ha meniao
que, à falta do febre, se recolhe a len-
çoes assim que o visinho do lado se con-
fessa indisposto.
Grande exemplo de valor epidemico!
A «influencia» tem feito por ahi das
suas, é verdade, mas — o que não quer
dizer que se não tomem todas as pre-
cauções — o seu caracter benigno não
offerece motivo para grandes medos. E
muito pouco duradoira e facilmamente
curavel. Desapparece aos quatro ou seis
dias; e vence-se cum o acetato d’am-
moniaco e a tintura d’aconito.
Em todo o caso muitos jornaes da
capital acusam «d’influenciados» reda-
ctores e empregados seus. Até um mal
amanhado semanario fez constar, por
annuncio, que não podia sair senão dois
dias depois do dia proprio, por ter to-
dos os compositores com «influencia!
Ou o respectivo corpo de redaçção falou
com alguma bruxa antes de botar a des-
culpa prophetica ou a «influericia» dos
* compositores queria dizer «desinfluon-
cias de leitores… ,
Em alguns collegios e estabelecimen-
tos de beneficencia, como nos diversos
quarteis da guarnição de Lisboa tem se
manifestado a epidemia sem haver, con-
tudo, a lamentar desenlaces funestos,
*
Effectuou-se aquí à acclamação de D.
Carlos I, Conforme estava annuncia-
da.
Como todos os jornaes davam com a
«influencia» a rainha Ameha ,ella com-
pareceu á festa do constitucionalismo,
para desmentilos, provando & evidencia
que não tinha febre, envolta no seu real
manto d’arminho, forrado x azul e oiro,
que, segundo dizem, reprezentaya uns
20 contos de réis.
Cortejo pequeno. Abria-o um pígie-
te de cavallaria 4, precedido por ar
cheiros montados, passavantes, arautos
ereis d’armas. A seguir, sete coches
da casa real, na ordem seguinte: é
No prímeiro o conde de 8. Mamede
e Teixeira de Carvalho. ;
No segundo o Conde da Lapa, o Vis-
conde da Varzea, o conde do Sobral e
Antonio de Vasconcelfos e Sousa.
No terceiro o marquez d’ Alvito, o
conde da Cerveira, o conde ae Sabugosa
eo conde de Linhares.
No quarto a condessa de Sabugosa e
D. Josepha de Sandoral Vasconcellos e
Sousa, damas da rainha D. Ameka.
No quinto o infante D. Affonso e o
conde de Ficalho.
No setimo, D. Carlos e esposa.
O sexto coche era de respeito.
D. Carlos ía farlado de generalissi-
mo e com manto d’arnsinho.
Atraz dos. coches os offíciaes da casa
militar real, seguidos A’un esquadrão de
municipal a cavallo, e dos differenten
CERTAGINENSE
durou 30 minutos. Ao mcio dia e meia
jhora as magestades dirigiram-se para
S. Domingos onde sé rézou tim «Te-
iDeum» em acção dê graças, têrminan-
do a festa Vaceiamação pela entrega!
das chaves de Lisboa nos paços do
(tuntelho.
No dia 29, pelas duas horas da tarde,
realisou-se a revista das tropas na Ave-
nida da Liberdade.
O corpo de marinheiros foi enthnsias-
isso, abriu uma excepção na frieza gla-
cial com que acolhera o resto da cere-
monia.
Foi justissimo o preito que se rendeu
a essa corporação briosa e digna que
sabe impôr-se aos olhos de todos pela
sua uniformidade respeitavel e sua atti-
tude sympathica.
E um corpo de valentes quo so não
encorajam no protectorado de ninguem
para afivelarem ao peito uma distinção
mas que as ganham, sem o preverem,
expondo-se aos altos perigos dos ocea-
nos que nas suas terríveis tempes ades
não conhecem homens nem deuses.
cundar as saudações do povo.
Da párte do ministerio da guerra hou-
ve censura ao modo como as bandas dos
diversos corpos se apresentaram tocan-
do em diferentes cadencias.
O exercito a respeito de formaturas
de tal ordem precisava uns exercicios
para que não succedesse o que vimos
no dia 28, por exemplo, em que o desf-
lar d’um regimento qualquer nos pare-
ceu uma evasão de soldados, pois cada
um fugia para seu lado, tentando seguir
os oficiaes que corriam t/uma desordem
triste.
*
Está ha dias muitissimo doente com
uma bronchite, o nosso presadissimo
collega de redacção Abilio David. Ao
lho desejamos o mais prumpto restabe-
lecimento. :
aa e w f
* : ‘
Até à presente data os relactores do
SERTAGINENSE, residentes em Lis-
boa não estão “cinfhienciadosa, Em com-
pensação achum-so tudos defluxados.
*
Apesar de terem concluído os trabalhos
Vassentamento da linha funienlar para
os ascensores do Camões e Estrella não
se verificará tão depressa a respectiva
inauguração. Deve-se isto 4 prepoten-
cia d’alguns endinheirados, entro os
quaes estão 9 conde de Cabral é duque
d’Albuqrerque, que teem gnerreado te-
nazmente a companhia, buscando por
todos os meios impedir que se effectne
o transito dos ascensorss, pela razio de
não «quererem» mada a alterar-lhos a
linha recta das suas carruagens,
Trata-se d’um melhoramento impor-
jantiasimo para toda a população da ei-
dade e, portanto, de qualguer addia-
mento, por eurto que seja, derivam al-
tos prejuízos geraes; nias isso não bas-
ta para que os taes senhores se não
opponham, lá porque lhes passa á por-
ta uma conveniencia popular, Se se tra-
tasse duma festa principesea deixariam
arvazar atá os seus palácios!!!
Estreou-se no dia 27 no theatro
d Avenida uma revista do anno intitu-
lada «Lisboa em camisa», origigal dos
ars. Ernesto Desforges e Cruz Moreira.
Foi um verdadeiro «chá», a tal es-
“|treia. O público mostrou o seu desagra-
do, e fez muito bem, porque os aueto-
res da revista escreveram uma boa doze
ide disparates, tres como a erítica É
Exposição de Pariz, depreciando igmo
g , ii
vantemente a ebra mais monumental do
regimentos da guarnição de Lisboa au-[nosso seculo, que foi y grande pagina
xiliados por destacamentes dos corpos [Pero editada pela França á historia
ausentes
A ceremonia no edificio das córte b Que os anetores escrevessen- isso não Inha Martins e Francisco: Pires Moura
córte. EQ)
“as glorias wniversasa.
ticamente saudado pelo povo que, para(
A imprensa toda é umanime em se-
nosso talentoso companheiro de traba-|
nos surprehende; pasmamos só de que a
empreza não pôssuisse o bom senso pre-
ciso ipara fazer deitar a «peça» no ca-
xote de lisó mais proximos
Com certeza, se a revista fosse escri-
pta por qualquer desconhetido intell-
gente, embora estivesse um primor, te-
ria servido de pasto à gargalhada pa-
lerma da dita empreza que, de braços
abertos, recebeu agora aquele aborto.
Bem haja o público!
*
Appareceu no «SECULO» um annun-
cio d’um typo qualquer com pretensões
a espirituoso, emque elle pedia, para ca-
sar, uma senhora de qualquer idade.
Isto de pedir mulher pelos jornaes
assim como quém pede um moço de re-
cados, póde ser muito natural na Ame-
rica, mas, entre nós, está pedindo col-
lete de fôrças.
O homensinho! Voce não sabe onde é
o Caminho novo?
Ora o parvo!
Ê
*
O n.º 108 do «ALENQUERENSE»
insere a seguinte curiosa local:
«No Hospital Boanjon, Pariz, estava
desde domingo em estado cataleptico
uma joven viuva. Na quintá feira depo-
is do meio dia despertou. Unde estou?
disse ella, Disseram-lhe onde estaya e’a
donzella pediu de comer pois havia cinf
co dias que não tomava alimento
gumo. Dia Ea
Vejam lá se isto não afina com a-
quella quadra fadista,
ei
Por seis vezes fui casada |
Seis maridos conheci
Eu por minh’ alma te juro
Que inda estou como nasci!!
Lisboa Janeiro 7
É Martim Feyo,
HIGHLIFE
Fez 31 annos, no dia 29 de dezenhro
ultimo, o nosso estimavel assignante e
conterraneo, Anfonio Ferreira Alberto,
commereiante estabellêcido no Pará.
Parabens. –
Z *
“Tem estalo incomodado de sautide, o
sr. Joaquim Maria das Neves, secretario
ço dA
da Administração d’este concelho,
*
“Tem estado bastante incomodada a
ext gr, D. Gertrudes Izabel Martins
Dezejamos-lhe o mais completo e rapi-
do restabelecimento, é
*
F
É ‘
Sabisam, com destino ao Salgueiro o
sr. dr, Albano de Oliveira Frazão é sua!
ex.”3 esposa, e com destino a Moimenta
da Beira, à ex gr.2 D. Maria do Car-
mo Pereira de Mello Gouveia,
*
» Fez hontem annos a menina Itelvina,
filha do nosso amigo Emygdio de Sá
Xavier Magalhães, a E
Parabens. à
»
resta villa os sr.º José Antonio Serra
Junior, Antonio Pedro da Silva, João
Nemezio da Silva, de Semache; Joa-
quim Ferreira Guimarães Lima e sua
ext esposa, do Cabeçudo; e Bernardi
no Antonio Jaciniho, dos Ramalhos.
; Je» y : x ”
Partiram desta villa: para Sernache
o sr. José Baptista d’ Araujo; para Com-
bra o sr, Accacio de Sande Marinha;
para Santarem o sr. Antonio Martins da
Silva é para Portalegre o sr. José Fari-
– |sous freguezes, que do dia 15 de jan
– |tabelecimento
Grillo, mãe do propriatario d’esta folha. |
Durante a semana finda estiveram) |
Sonetos alegres
Abrin primeiro os olhos na Sertã;
Terrinha do seu bello nascimento,
Aos beijos adorados da mamã
Que sempre relle vin o seu portento:
Hoje em dia—não julguem coisa vk-—
Pem-se feito um poeta de talento,
Seductor como o joven mais louçã
Av vêr chegar a hora do «momento»:.»
Leitores d’este terno semanario,
Acaso não sabeis como se chama j
Este vulto do mundo litterario? Y
=
Perguntas na Sertã, qite sem favor;
E : ‘
David—dirá a grande fama,
sobrinho do nosso professor.
Ravix
TSE DR re
O nosso correspondente do Pará, co-
múnica-aos em data de dois de dezenhbro
ultimo, que seguia d’ali com destino a.
Portugal o sr, Jasé Lucas de Sousa, nos-
so conterraneo estabelecido no interior
d’aquelle Estado, que vem procurar na
patria, alívio para os seus sofrimentos,
o que cinseramenta lhe desejamos.
eme E
AO COMMÉRCIO
Chamamos a attenção do commerei pa-
ra o estabellecimento de Jasé Nobre Cora
reia de Brito, rua da Magdalena, 97, Lis»
boa, com casa de commissões, consignar
ções e mercearia por atacado.
TESE CIO Se de
José Pires Mendes: & Irmão
estabelecidos n’esta villa, partecipam aos
É
ro proximo, em diante, passam o seu es-
para a praça nova d’esta
villa, :
TABELLA DOS PREÇOS DOS GE
NEROS NA PRAÇA DA CERTÃ
Milho, 380 rs. o alqueire,
Trigo, 540 rs, 0
“Centeio, 400 rs, o»
– Grão, 960 rs. 0,
Batata, 240 18,0
|, Azeite, 2:000 rs. 10 litros,
Castanha, 480 rs. 4 rasouras,
Lande, 280 rs, 4 ditas.
Bolota, 400 rs. 4 ditas,
Vinho, 1:200 rs. 20 litrosa
»
: Z casos
Ao lêr as tuas «ardoncias»,
Meu Fernandinho poeta;
Até me sínto pateta
A. sofirer as consequências. ,
Em versalhada faceta,
Sem pensar nas «itifluencias» j
As tuas bellas «ardencins»
Dá-me kicença que motta.
Gostas então fiei cantor
– Na tua bella full? ,
Sendo assim é de suppor
Que amando tu essa joia,
Logo o Deus te faça em mar,
Dando-to a nynpha por boia,:
Lisboa:
£
movia boia,:
Lisboa:
£
movia@@@ 1 @@@
CHRLONICA
Pará, 17 &e novembro de 1589.
Novo conflicto entre a policia e pra
cas do 4.º Batalhão, que teve lugar n 4
noite de 15 para 14. sHistórihemos 6
factos: E
No Ver-o-pezo, fasiam a patrulha –
ou 6 soldados de policia, que de subit
são atacados por wu troço de soldado
do 4.º batalhão sendo obrigados a porem
se em fuga.
Em vista destes terem escapado /
senha feróz d’esses malvados, dirigiram
se ao Porto do Sal, outro ponto de pa
trulha, onde atacaram os policiags, di
que a mesma se compuiha. )
A este acudiram umas vinte praças di
policia a cavallo e outras tantas a pó
travando-se uma luta verdadeirament
horroroza.
A Travessa da Barroca, theatro d’es-|
ta tragedia, apresentava o aspecto dk
verdadeiro campo de batalha. Os. con
tendores devedidos em dois grupos ata-
cavão-se com furia, e gritando: Mata
Mata!
O 1.º Delegado compareceo no luga,
do coflito que com muito custo poud
restabelecer a ordem e ordenando que:
= policia se recolhesso ao quartel,
O numero dos feridos 6 o segumte |
– Raymundo Lopes de Queiroz, Manoe
Francisco de Almeida, Francisco Fer
reira, Manoel Lucas é José Caetano d:
Silva, Florencio da Silva Nunes, Manoel
Francisco da Silva, João Francisco de
“com um tiro de rewolver na côxa.
)
»o
Como já devem saber, foi proclamada
a Republica no Brazil. Esta Provincial:
adherio ao movimento, tomando conta
do governo, os membros da junta acla-
mada pelo povo. Esses membros são: Dr,
Justo Chermont, o commandante do 4.º
Batalhão de artelharia, e o inspector do
Arsenal de Marinha. +
A junta, nomeou commandante das
armas, o actual do 15 Batalhão, major
Maciel Cósta, e chefe de Policia, o 1.º
tenente do exercito
Brasil e Silva.
O que fará o novo Governo?
“E ao que não so pode responder.
No entanto os fu
* verdadeira democracia, hão-de mostra
que a Republica é o govemmo que maix
convém ao povo, porque: é o govermo
do povo, pelo povo.
O Brasil escreverá nas paginas d’ou-
“vo da sua Historia, mais este facto gran-
“dioso, e mostrará a) mundo inteiro, que,
para faser as suas reformas democrati.
cas, não nessecita derramar 0 sangue de
seus cidadãos. N’esta Provincia reina te-
da a tranquilidade,
– Depois de tomar posso do governo, a
“tropa da guarnição desta cidade, per-
eorreo diversas ruas com suas bandas
marciaes à frente, tocando aléyremente,
vo, om! E
O commercio nada sofreu e nem qual-
quer popular, correndo tndo na melhor
ordem. Não se podia faser uma revolu-
são mais pacifica do que esta,
‘ Consta que no vapor Mandos, que vie
“para o Amazonas, segue o sr, Antonio
Souza, como imissario do govermo, para
intimar o sr, Machado, a retirar-se do
* governo d’essa Provincia,
O Governo fez distribuir pelo povo, o
stguinte boletim; a E
ÃO POVO |
Reivindicastes o patrimonio sagrado
– dos vossos direitos, ha Jongo tempo pos-
“tergados, realisando a conquista das vos-
sos mais legitimas aspirações com a pro-
elamação da Republica: Federal.
PARAENCE
Monte, « uma praça do 4.º Batalhão).
+ Arthur Indio do)
tetos. fundados em,
“e acompanhadas de grande massa de por
Na historia da humanidade não ha e-
» » » 115000» ide chumbo em conta separada.
ns 2:100 » » » 185000 » is EA
Uma bomba de incendios com carro para a conduzir, tubo d’aspiração, um!
DE “EM E : E UZAr; PAÇO
lance de 20 metros de mangueira agulheta e todos os pertences prompta a fume- o
Os Sete Peccados Mortaes—A Soberba 15300. A Avareza-A Luxuria |.
. Historia de Roma – de Victor Duruy, tradução de M. P. Chagas; fuscicu-
DE
JOÃO TCLRES PINHEIRO
Cemrsr
TORNAR
TABELLA DOS PREÇOS
Furinha superfina flór a …….. -« “88 réis o kilogramma
am “Tina nº la 86 » » » ?
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Alimpadura……… RR PL nda arte a 8 » » a
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Os pedidos devem ser feitos ao deposito, n’esta/ cidade,
* NOVALOJA ,
EINTONIO PIRES FRANCO,
– Depesito de tabavos, viveres, fanqueria, fazendas de 1ã e seda, chapéus, ferragens
quinguilherias, papel, vellas de cera, drogas, tintas. ete. ERR
Agente da Compania de Seguros—PROBIDADE-
PREZA IITIERARIA ELUMINENAE
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e Preços ecessivamento baratos —.
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Fazendas byancus, [ã, soda e algedão, narionaes é estrangeiras
Quinquilherias, imitdezas, latouria € cordoaria garrafões, mercearia e louças. etc, efe.
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“DEPOSITO DE TABACOS
aro Mercearia, fanqueria, quinquilherias, ete.
“Preços excessivamene baratos e sem competencia.
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Revista semana Litteraria é Charadistica,
11, O-=Recreio—é sem duvida ia das publicações litterarias mais baratas do paiz e qu.
tem unicamente em vista proporcionar avs seus assignantes leitura amena é util mediante um,
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cia, a assignature é feita ás sórics de 26 numeros, € custa 580 réis. a Hei
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Cc — Travessa ca Queimada -89 fISBOA
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(1 Toda à correspondencia deve ser dirigida a João Romauo Torres rua do Diurio de Noli
das, 43 Lisboa: Á A Y i 4 ge
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