Campeão do Zezere nº40 08-05-1892
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ANNO ]
ATSIGNATURAS
“Piaga adiantada)
AENA d E AA d s 8
‘Xn
Pa
Domingo. 8 de maio de 1892
222 =CANPERODO ZEZER
Numére avulso.31/.+4 21100 RASO
ENA SE a i 5 $0NO0
AENA A os de L TNECAS De EA ÍISUO
Fóra de Pedrogam aeresce a
swbrança
SEMANAÁRIO
INDEPENDENTE
FA DD
BPirettor
Joaqúuim Ma
Gririgem Grunde s
riins Griltl>
NUMERO 40
PUBLICAÇÕES
No corpo do jorual; tlinha = 80 re
Annunrios, » 40 –
Repetições, » ” .-
Permanentes, preçe convencional
Os are. assignante tem 6 aAbalbil?
minto de 25 p:
Annúnciam-se gratuitamente
obras de que se receba um exem-
plar.
d Qrdrogam Gragde
‘Podaa corvrespondencia dirigida ao director—dJ. M. Grillo, || ||
* ERTA
Os originaes récebidos não se devolvem quer sejam ou
|| não publicados, seXa redaeção assim o,entender,
PEDROGAM GRANDE
Os comités
À carta dos comités es
trangeiros dirigida ao sr.
ministro dá fazenda, appa-
receu estampada n’um jor-
nal inglez. Por ella. se vê
que os nossos credores não
estavam muito resolvidos n
acceitar a proposta do sr.
Oliveira Martins, mas,. no
entretanto, lembraram àa
conveniencia — de governo
portuguez manda: a Paris
um delegado afim de se en-
tender com os nossos cre-
dores.
D’essa lembrança partiu
a nomeação do sr. Antonio
de Serpa, levando como
mentor o srsconde de Bur-
nay. Os regeneradores não
estãosáinda -acalmados, do
desapontamento “porque
passaram, vendo que o seu
chefe, por fazer mais um
serviço ao paiz, lhes passon
o pé para Paris, sem ganhar
nada!
A 10 de maio corrente
tem o governo que pagar
em Londres 210 mil libras
á companhia —de Ambaca,
pela rescisão que fez do
contracto que comesta com-
panhia fizeram 6 sr. Angus-
to José da Cunha.e priro-
gara o sr. Mariano de Car-
valho.
Proinetten o sr. ministro
da fazenda pagar em ouro
os 50 por cento dos juros
aos comités estrangeiros,
mas porque modo conta s.
ex.* airanjar essa csomena?
Se o sr. Antonio de Ser-
pa nada obtem dos credo-
res estrungeiros, como pen-
sa b sr. Oliveira Martins
Cumprit 08 encargos à que
L zumtinde las
todos estamos comprom.et-
tidos?
Ha quem espere um aº=
cordo vergonhosissimo pa-
ra nós, a que o governo terá
de subjeitar-se empurrando
todas as culpas para o de-
legado que mandou a Paris.
E’ por isso que os regene-
radores berram já por toda
a parte,
o olA o DA RD LD ——
Csurrem boatos que entre
as varias reformas que o
actual ministerio tenciona
deitar fora apparêcerá a re-
forma administractiva que
extingue as Juntas. Geraes,
supprimindo os concelhos
que não forem cabeças de
comarca e alargando a area
das parochias.
Tem alguem feito apre-
goar que pala reforima judi-
el que estã na dorja vãe
ser transferida a sede V’es-
ta – Comarea para Figueiró
dos.Vihnos.
Dadas realisadas
estas prestunpíções vae Pe-
como
drogam ficais sem 4 sede da”
COMArÇA E r-»u.—’.uq’:hflltr—
inente sem sedo conceclho!
Um ou outro zangão bas-
tantemente esnhiceido pre-
tende ou tem pretendido
querer-nos mcommodar o
tympano com tão alarvadas
encabecantdo
um tão estupendoô facto na
celebre questão Julio-Fer-
reira.— Infelizes farçantes!
Estunros jotimamente con-
vencidos que 4 sede da eo-
marca não é transferida pa-
ta Figueiró, não só por mo-
tivos que mais tarde expen-
deremos, nmas ainda porque
o a :tual presidente do con-
selho de ministros, o sr. Jo-
só Dias,ha de e deve mes-
Reverendo: Bispo de/ Beth-
saidá. pata /que em ““tal
não caia, visto que em 1880
quando na Camara dos De-
putados o Gabinete pro-
gressista approvon tal trans-
ferencia s. ex.*º foi doós uni-
cos ou não sei se só, quem le-
vantou o seu verbo auctori-
sado, evidenciando, que tal
transferencia não tinha ra-
gão de ser. Cremos que: s&.
ex.* pelo facto de qualqguer
Jfacto deixará de ser cohe-
rente;
Aguardamos e depois. ..
esborracvharemos os taes
zangãos, cujos nem sequer o
zumbido nos incommoda.
picadellas temos um antise –
ptico de que estaremos sem-
pre prevenidos.’
efficacia :
Estas nossas presumpções
.serão tilhas dos nosso «pti-
mismo ? À
n O – futuro odirá:
S aa o S aa SAn aa
E RDALEECIMENTOS
Faliceeeu segunda feira o
sr. Antonio Nuves Roldão,
victima d’uma queda desas=
trosa que deu ao descer
uma escada,
Os nossos pezaimes a to-
Jdaa su fumilia:
Em Leiria fáileceu térea
feira o sr. Conselheiro An-
tonia Rino Jordão.
Áté ao primeiro atague
da doencça que o prostrou.s
foi o chefe do partido rege-
nerador no districto, desem-
penhando em mais d’uma
situação politiea o cargo de
Governador Civil.
À sua ex.”* familia envia-
mos a expressão da noessa
1no interceder para cora o
Para as suas venenosas|
Devem . presumir a sua
menino
condolencia.
— s n———
No comboio: Slsro,
—lIsto não pode ser, é já,
o terceiro phophoro que me
apaga; não me deixa ácceen-
der o eharuto? exclama um
passageiro furioso para ou-
tro que ja na mesmo , com-
partimento. ;
—— Desculpe-me, por quem
é., Força do habito. Como
sou bombeiro voluntario…
*
* ST
Um bebado cambalean- :
do vae de encontro a um
transennte que exclama:
— Você hão vê? .
— Vejo até demais. Vejo
tudo dobrado.
— Então para que esbar-
rou comigo?
=— E’ porque eu queria
passar por entre os dois:
*
* *
Um professor de instruc-
ção primaria:
— Já disse aos meninos
que não se podem sommar
quantidades hecterogeneas;
por exemplo: um carneiro
e uma vacrea isso não da-
va nem dois carneiros nem
duas vacceas.
— Diga-ine uma “cousa,
ar. professor, perguntou um
mais espevitado;
quel é a razão porque em
minha casa, com um litro.
de leite e outro de agua, se
soimmam dvis litros de leite?
— — AA D – :
Foi provisoriamente alte-
rado o horario da condne-
ção de mallas do correio
entre esta villa e Certã.
Sebe diqui 48 1Dh E
30 m. da manhãe . chega
ás 6 h. e 30.m. da tarde.
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GORRESTONDENCIA
Ferreira do £fezere
Ti num jornal da capital, o
uegumte — Perguntou-se a um
albardeiro se. oseu «officio» era
rendoso, respondeu: era, era…
€ inuito ricó eu serid se todos
os asnos trouxessem albarda.
Isto deu-se, .ha menos d’um
mez, neste concelho. ÀA res-
posta, «supra» foi dada: muito
a tempo’ pelo r: Estevão, al-
bardeiro dos Casaes de lenel-
Ya, A UM aASsnO qe se alvorou
e escrevinhador de «locaes»
pára um dos: semanarios publi-
rados. .em. Thomar.
O tal asno está pedindo tira-
Pó, no seu catirar» aos vivos,
€ cmcoucearv os mortos, se-
gundo .a oplm to de João do
Milho: –
‘O meu barbeiro pertende fa-
zer-lhe «autopsia» na estiolada
mioleira com o meu «crava-
dor», que lhe servirá de wes
enlpeló» em tão «defficil» ope-
ração, visto que os scus ferrus
«cirurgicoss estão comios de
«fer-ugem».
E’ de .supor que, .escapando
o «enfermo» seja remettido ao
Hospital do Conde de Ferreira,
onde será «enfeitudo» com o
colete de forças.
Lainento o-podre maniaco,
O «intenso» /inverno Jevou-
nos os batataes, e as favas,
“atrazando-nos es sementeiras.
Parece estar alliado com o go-
verno para «empurramm» 2
fome para: casa do Zé Povi-
Dhos L.
As baátatas devem fazer uma
consideravel falta nas proximas
eleições porque sem “ellas nada
val o carneiro. Reinara o feijão
vermelho..
Para evita’r o mau cheiro,
em redor da urna, será ditri-
buido «simonte»r aos presiden-
tes das mezas, os escortinado-
res, escr ivães e leveª«ldºl es,.
Esta medida é de Zé Dias;
€ approvada por
. Manvel .. Mendes Camão
-———————m—:à———
MERCADO MENSAL
Correu pouco animado o
mercado mensal por se a-
presentar ehuvoso o dia de
segunda feir:
: NONILA(‘AO
I 0i nomeado Governa-
dor Civil do districto, o sr.
João Carlos da Costa Pes-
soa, que era administrador
do cóncellio de Alnada.
CAMPEAÃAO DO ZEZERÍ
=— — EORTFOMAE
BU UtaMentos
Historicos e economicos
do conceiho de
PEDROGAM GRANDE
(Conclusão).
Nu parte – mas Dnpraticavel
da serra está o mosteiro de
Nuossa Senhora da Luz. Parece
impossivel que ali “subissem e
andassem os moradoures do eon-
vento. No entanto o Jlocal tem
à poesia sublime que brota do
connubio do horrivel com os su-
premos encantos da mnatureza.
Out’ora esta povoação foi
bastante industriovsa. Houve
n’ella uma boa fabrica de ferro
onde se empregavam grande
parte de homens da localidade.
Era o ferro: extrabhido de uma
mina quo bavia proximo. Já va-
da d’isto existe.
O que mnguem póde tirar-
lhe nem .amesquinhar-lhe pode-
rá jámais é a sua belleza natural.
Hoje como em recuadas eras
Pedrogam Grande tem motivos
de ufanar-se dos seus inexgota-
veis thesouros.
Quem viu Cintra, quem vm
o Bussaco, quem vin Monchi-
que tem ainda que admirar nas
alturas imponentissimo do Ca-
bril.
O masgestoso panorama que
d’ali se desenrola perante os
olhos do observador tein impre:
viatos quesnenhum ontro apre-
senta. Depsis ah é 1ndo espen-
taneo, tudo descnbado peja mão
.do Artista Supxulm, sem inter-
*Nm,ao do homem.
Qnem «ouber comprehendor
os gr.lnal(,s quadros da creação,
quem tiyerum coração feito
para os sentimentos da possia
divinal deve visitur essa estan-
cia de ideas encantos, 6 trará de
lá, gravada na memoria uma
das wais .esplenderosas pag nas
do poema da Natimeza,
Quão microseopicos nos sen-
timos em face d’aquella amplis-
sima extonsão! Tanto mais su-
binmos em pensamento, -tanto
nos reconhecemos miseraveis na
condição do nosso desgraçado
ser! Fitemos um d’esses roche-
dos, qualquer que aeja: quantos
olhos ali terão passado, quantas
lagrimas, aspirações e alegrias
terão por alíi escorregado, até
“serem absorvidas nela arreba-
tada corrente que lá em baixo
espuma, protesta e revoluteia
ha longos seculos. E os homens
desapparecem, e as gerações
consomemise nos interminos
abysmos da materia, emquanto
o múndo minperal assiste impas-
sivel á hecatombede tudo quan-
to sente, anceja € aspira.
Misera sitnação a do ser nue
mais se vangloria de uma sup-
posta snpcrmndade’ Cada dia,
cada instante marcam no relo-
gia da eternidade uma dôr, uma
desillusão, uma —desesperança
para a alima humana. É no entan
aquelles corações de granito
vestem-se de fiôóres cada pri-
mavera, e são durante as cala-
mi’osas invernias agasnlhadas
pela verdura.
Não ha para elles avgustias
nem desalentos: innunda-os de
calidos beijos o aliivoso sol, al-
Jjofra-os de perolas de inz a poe-
tica dêa das noites branceas e
serenas. O seu somno é emba-
lado pela orchestra das aguas,
e emquanto na esphera da in-
telligeneia a desventura faz a
dervocada de todas a2 crenças,
vão sobre o38 seus arvoredos
pouisar as ayes do cen em amo-
rosos extasis, lançando us cean-
ticos do eterno amor e da crença
infinita atrevez das vibrantes
ondulações luminosas!
Angelina Vidal.
—— t EE NSS RT — ——
REGEDOR ATILADO
Um regedor dé parochia al-
deã recebeu um officio da res-
peetiva administração do con-
celho, com varias perguntas a
que lhe cumpria responder,
indispensaveis á elaboração de
uma estatistica.
Eis a resposta:
«Inselentiçimo – Stmher==In
clusa arremeto a vossa Inselen-
cia a tnclusua relaxação dos acon-
tec’mentos que acontecerão eá
na freguezia no àânno findo que
acabon / de findar em 31 do
mez findo, digo que findou.
« Almas». Nenhumas. Cá na
parroquia — ninguem — acardita
n’essas tolices.
«Nascidos na freguezia». Ne-
nhuns, porque a egreja só está
aberta de manhã cedo.
Cada qual nasce na sua easa,
e apenas o tilho da Tareza Ca-
nhota é que nascen no trigal
do farrador, por ellanão ter
tempo de ir mais longe.
, «Mortos na fregueziar Ne.
nhuns. “Todos morreram em
SUAS CAsas.
cCasas poblicas». A docer,
patire prior e a da ‘sr.º fedalga.
Todas us outras são “nmas -po-
bres ehoças ao pé d’aquellas.
«ldiotas». Só’ o-mestre esco-
lJa; pois não ha cá ountro que
tenha mais ideas e mais aqeel-
las do que elle. ;
«Suicidios» Um só: o do Pe-
dro Zagal, que morren de um
coxee que lhe deu a besta do
meleiro.
«Contribuições». Nesta fre-
guezia devem pagal-os os pro-
ves, porque os mais não teem
com que.
«Cereaes», Aqui não ha mel
quanto mais cêra. As abelhas
são mais do que as ubespas. Em
quanto ó resto, apanha-se ce-
vada e palha para os cidadões,
«Gabo buvino». O burro do
jurz de paz, a mula do moleiro
e as cabras dos filhos d’elle.
«Gado de outras especies».
O porco do meu eserivão al-
guns patos e gallinhas, e a ra-
pasiada miuda de pé desscalço.
—n AAIUSSIADO G – o
Desejamos «aber para que
serve um guarda rural a
quem a Camara paga
80:000 reis, ;
E’ entidade que não ap-
parece senão…para rece-
ber o mdenada.
E’ preciso que a ex.”*
Camara acabe com -uma
tal conezia porque. . .ésta-
mos no tempo das econo-
mias.
uuu ED
“XAME
Fez exame de admissão
aos lyceus, o menino Adri-
ão Moráes David, filho do
nosso amigo Simões David,
a quem felicitamos. –
– __owç_º_——, —
ATTENÇÃO
Vende-se a propriedade
d’esta folha. Quem preten-
der dirija-se ao proprieta-
rio, J. M. Grillo, na Certã.
———————W——-—
Cribunal
DA
OPINIÃO PUBLIÇA
Um erro judiciarie
Auto de investigação
(Cominuação)
Decima primcira teste-
munha
| AFrancisco Antonio Bar-
reto Leitão. solteiro, de 28
annos de edade, proprieta-
rio, morador n’esta villa,
testemunha a quem foi de-
ferido o juramento dos
Sanctos LEvangelhos, que
recebendo, prometteu cum-
prir. Sendo perguntado pe-.
los factos constantes do au-
to retro, o qual lhe foi lido
disse: que é uma falsidade
o ter havido n’esta villa no
dia e horas marcadas no
aucio, ou em outro qual-
quer dia e que mesmo se
surprehende que alguem
por certo mal intencionado
se lembrasse de levantar
uma calumnia de tal fagz,
como ade se dizer, que
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mo o o u tee o
nesta villa tivesse havido
úpupos arruaças ou tomul-
tos, é que estava conven-
cido, , que se alguem se
lembren- de tal caluninia,
foi unicamente. com o fim
malevolo e.mal intenciona-
do .de «desacreditar» os ha-
bitantes d’esta villa e por
corto o digno « Administra-
dor d’este goncelho, a quem
ninguem. com verdade po-.
de.assacar: qualqguer, acto
menos justo não só no
exércicio das suas atrribui-
6ões mas tâámbem como
homem». Disse mais «que
sabe» pelo ouvir dizer e
«ser facto publico» que o
. conflicte havido entre o dr.
Vicente Dias Ferreira e
Julio Farinha da Loncei-
ção, fora motivado «por
desharmonias particulares»
entre um e outro já de an-
tiva data e que o dito con-
flicto tivera logar na noite
de 28 de -julho ultimo, por
explicações trocadas entre
“ambos, sendo certo que o
mesmo conflicto não fora
originado por pendencias
judiciaes que entre’ elles
houvesse com outra qual-
quer pessoa, mas sim e tão.
sômente por a£ ditas des-
harmonias pura e simples-
mente pessoaes. Mais disse
que egualmente pelo ouvir
diger, sabe, que apparecen-
do o administrador desta
coênicelho dr. Antoniv Hen-
riques Farinha da Concei-
ção, no local do conflicto
momentos depois d’este ha-
ver terminado, se estabele-
cera entre este e o dr. Edu-
ardo uma altercação, que
deu em resultado ver-se 6
* dito adm.nistrador na ne-
)
cessidade de lhe dar voz
de prizão, sendo auxiliado
nesta em virtude de mais
ou menos resisténcia, por
José Antunes, soldado da
guarda municipal. com li-
cença n’esta villa, que alh
aceudiu. attranido pela al-
tércação. travada entre .os
referidos administrador e
dr. Eduardo. Sabe mais
pelo ouvir dizer, que n’este
acto apparecen odJuniz de
Direito dest”w comarca, que |
subtrahiu c preso á aucto-
ridade administractiva. E
mais não disse. Lislo o seu
depoimento o racteficou e
assiene com elle adminis-
trador e commigo Ehas da
ee Si sp ee taaa maa SSAA
CAS
Costa Carvalho, escrivão
que o escrevi, João Anto-
nio de Sonto, Brandão,
Franeisco Antonio : Barret-
to -Leitão. Elias da Costa
Carvalho. ‘
Decima segunda teste-
munNiha
Manoel Antunes, casado,
jornaleiro, de cincoenta e
quatro annos de edade,
morador n’esta villa, testes
munha a quem foi deferido
o juramento dos Santos
Evangelhos, o qual sendo
por elle recebido prometteun
cenumprir. Sendo pergunta-
do pelos factos constantes
do aun’o retro, o qual lhe
foi lido disse: que no dia
vinte e oito de julho ulti-
mo, seriam unove horas da
noite pouco mais ou me-
nos, indo de sua casa afim
de regar uma horta e quan-
do passava pelo largo da
Deveza, ouvira uma alter-
cação que peresbeu ser en-
tre o administrador e o dr.
Cduardo—-que presenceaára
que este offerecia resisten-
cia aquelle, ouvindo então
dar voz de preso ão 1eferi-
do dr. Eduardo, que em
seguida apparecéra o Juiz
de direito da comarca e dis-
sera para o dr. Eduardo «o
administrador prende-o
mas eu solto-ó sob. minltia
responsabilidade» ao que o
administrador — respondeu:
visto o sr. Juiz o soltar eu
ponho o sr. dr. KEduarde à
sua disposição. para evitar
por agora conflictos E ma-
is não disse, sendo-lhe lido
o seu depoimento o racte-
ficou e não assigna por de-
elarvar, que não sabe escre-
ver, assignando-o o referi-
do administrador eommigo
Elias/ da Costa Carvalho,
escrivão que o escrevi.
João – Antonio de Sonto
Bradão: Elias da Costa
Carvalho.
SECÇÃO DE ANNUNCIOS
Verdadeiro manual das
Sinas
pelo dontor
Barviuista RiBkiRo JuNIOR
Livro precioso que habíhta
todas as pessvas à conhecer a
propria sina ea alheja pela
epoca do nascimento e pola li-
nhas da palma da mão. Preço
DO réis.==Está à veuda nas lo- .
jas de livros. Pedidos a F. da’
dilva rua do Telhal, 10, Lisboa:
PEAO DO ZEZERE
Biblis engrdu illesirada
por assiqnotura de 20 réis
— sa PTAA
O Testo que de preferencia eseolhemos pará esta Obra Popular é m
reimpressão da edição approvada. e da qual existe ém exemplas archivado
na Bibliotheca Municipal de Porto, sendo esta a tradueção, pelo Padre
Autunio Prreira de Figueiredo, da Vulgata, ou versão latina, dos eriginaes
hebraico e grego, feita pela Primitiva Egreja Christã. : ó :
As «Nuvecentas a mil gravuras» fivissimas, aão identicao é collecçãe
que serviu ultimamente na edição italiana (Milão 1889), é mais recente-
mente a edicção hespahbola que se está imprimindo em Barcelona. Ha tam-
bem uma edição ingleza com estas gravuras, tma cbra franceza intitalada
«f,a Bille Mustrée histoire populaire», a qual e tem aproveitado, em par-
te, d’esta escellente colieção. A edição portugueza que presentemente se
está editando, € mais completa do que algumas obras acima menciónadas,
porque alêm das gravuras que foram «espressamente estereotypadas de no-
vo» para esta obra, contém tambem uma colleeção. de «mappas que foram
feitas de proposito para esta Biblia Mustrada. 8
O PRIMEIRO VOLUME e o segundo que ja estão bastante adeanta-
daos cvonstam ds Velho “Testamento, contêndo a historia dos tempos primiti-
xvos, e dos livros historicos, poeticos e propleticos do povo hebraico,. O ter-
reno volume ocenpar-se-ba do Novo “Testame to de. Nosso, Senhor. Jesus
Christo, é o quanto e ultimo volume dos livros deutero-canonicos: &
Este primeiro tomo contéóm 748 paginas (Cou 93 1/2fasciculos) illustra>
das com 400 gravuras explicativas de testo e 12 mappas. O preço do volit-
me completo em brochura para os não: $signantes é de 23500 encadernade
38500 reis; iderá dourado 48000 reis. à . & ET
O preço para assignaítura E .. E
– 2O reis por fasciculo de 8 pagins ou 180reis por
cadernetas de 10 fasciculos. ..
PAGAME’TO ADIANTADO OU NO ACTO DA ENTREGA. *
de ma neira quo o assignante que tem recebido .a f“ascicnio n.º 100,
pagou em prestacções o diminuto preço de 18800 tsendo por caderneta )3
ou 28000 (sendoó por fascienlo) por este magnífico primeiro volume alein
dos prinjeiros fuuieros do segundo tomo. :
ESPECIMEN E PROSPECTO GTATIS
EMPREZA DA BIBLIA SAGRADA ILLUSTRADA.-.
— 191, Rua do Mousinho da Silveira, 1. PORTO
A capas especiães de percalina com Jletras em relevo custam 18000 e
à encadernação do primeiro volume 300 reis—idem com folhas dourdas 60
reis; tambem pode-se fazer uma forte e l.oa encadernação porem semr Juxo
por 600. reis. Ê 2R
Assigna-té tambem nas livrarias e nas agencias auctorisadas.
Os QastTIOA do Mexts
i PorR : &
GERVASIO LOBATO
Komance de grande sensação, desenhos e
Manoe! de Macedo, reproducções
phototypicas de Peixoto & Irmão
CONDIÇÕES D’A ASSIGNATUBA
Em FEasboa é Porto distribui-se semanalmente um- fascicule de 48 pm
J2inas. ou 40 é uma phototipia, custando cada fascicul» à modica quantis de *
G0 &. pagos no aeto Ja entrega, é
Para a provincia a expedição será feito quinsenalinente com & maxime
regularidade, aos fascicules de88 paginas e uma phototvpia, custando cada
aseiculo 120 rêis, franco de porte.
Para fóra de Lisboa on Porto não se envia fasciculo algum sem que
previamente se tunha recebido o seu importe que poderá.ser enviado emx
estampirlhas , valles do correio ou orúens de facil cobrança, e nuncaem sellos
forenses. aa R ”
As pessoas que, : ara economisar porte do correi enviarem de cada vez
a Importanceia de cinco on mais fascivnlos receberão n volta do correio avise
de recepção; ficando por este meio certos que não bouve extravio. ‘
Accentam-se correspondentes, que deem boas referencias, em todos aw
terraás da provinceia. :
Toda na correspondeneia relaliva áàos «Mysterins do Porto»r deve sor
dirigida franca de porte, ao gerente da Fmpreza Littaceria e Tvpographies,
80,ua de D. :Pedro 184— VPorto,
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CAMPEAR
DDOARARERE
s UM) e Em Viss
CON-OS BERSAS, TUPÇGOS E QLIITAES
E & RA :
DERVIS MOCLES
Obra illustrada com, bellas gravuras
Oscar Acyr
E uma obra verdadeiramente extraordinaria, cheia’ / de sol
e de vivos ároiras, banhada por ma Inz saliente é mysteriosas
a obra com que esta Iimpreza inicia unma seria de publicações
destinadas À eunsar sensações obras-prinas devidasá. pena ato
thorisada de. escriptores de. “primeira- orandeza. lsta, que nos
faz pitssar pelos olhós deslumbrados, emo nm soenho produza
do, pelo opio, toda à phantastica vida oriental, é., sem duvida
muito. superior aos contos que existem traduzidos pur Galland
pois que:encerra vs mysterios, as . reminiscensias do Orierte,
desde a itteratura da lndia até ãos poemas traçados nos confins
da Asia, como a littératura persa, arabe e juponeza,
Em todos os. paizes onde OS MIL k UM DIAS tem
feito’ Á’ sus apparição, anuerosas edieções se tem logo esgotado
em Yesumido -eápaço de tempo.
COXDIÇUES DA ASSIGNATURA
o LISBOA
DuasTolhas, por -semana, de 8 paginas, em 8.º grande, allernadas comm
Cto da entregaã. . 2221000 A
iwbéllas illustrações pagas nota e ddc aa e RE
de n 1$, de oilo paginas, uma Ql’âl’ul:t
an pressão niiída, pagalnento a dimiado, 2..c 2O reis
EMPREZA EDITORA DO MESIRE POPULAR
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